A RTP vai voltar a ter delegado na Guiné-Bissau, à semelhança do que acontece com os restantes países africanos de língua portuguesa, disse ontem à Lusa o presidente do Conselho de Administração, Gonçalo Reis.
“Lançámos na semana passada um concurso interno para selecionar um ou uma jornalista” para chefe de delegação da Guiné-Bissau, acrescentou o gestor.
Até agora, o delegado na Guiné-Bissau era escolhido pela Lusa e partilhado pelas duas empresas, sendo que era o único país africano de língua portuguesa a ter este modelo.
Esta decisão de voltar a ter um delegado em Bissau vai permitir “assegurar uma maior cobertura pela RTP” e um “maior intercâmbio entre Portugal e a Guiné-Bissau em termos de audiovisual”, acrescentou.
Ter um delegado naquele país também vai permitir uma maior “articulação de atividades de cooperação” e “marca um compromisso forte na produção de informação local com todos os países africanos de língua portuguesa”, salientou.
Gonçalo Reis destacou que a RTP África é um canal cuja metade dos conteúdos emitidos são locais, “feitos pelas próprias delegações”.
Com esta decisão, “todos os países africanos ficam exatamente com o mesmo modelo”, disse.
Esta medida representa uma aposta da RTP em África e na cooperação.
Nos últimos 12 meses, a RTP renovou quatro delegações - Angola, São Tomé, Cabo Verde e Moçambique - e a próxima será Guiné-Bissau.
Além disso, a RTP colocou estações terrenas, equipamentos que permitem fazer diretos, exteriores e partilha de conteúdos entre as delegações nos PALOP.
O investimento em renovação de delegações e estações terrenas é de um milhão de euros, teve início em 2018 e termina em 2020.
Relativamente à bolsa de conteúdos com os operadores de televisão africanos de língua portuguesa, Gonçalo Reis disse que tal “já é uma realidade”.
A TPA está a emitir o programa “Conversas ao Sul” da RTP África desde o início deste ano, a Televisão de Moçambique vai começar a emitir o mesmo conteúdo a partir de setembro, e os operadores de Cabo Verde e São Tomé estão a transmitir programas de ficção.
“Estamos a partilhar conteúdos” com estes operadores, sublinhou Gonçalo Reis, salientando que o objetivo é “fomentar a partilha e a indústria audiovisual na lusofonia”.
dnoticias.pt
sábado, 3 de agosto de 2019
CERVEJA - Beber cerveja controla a diabetes e reduz colesterol?! Eis os benefícios
Nada melhor do que brindar ao fim-de-semana com um bela cerveja, não é verdade? Pois saiba que além de ser um momento de prazer, a bebida também oferece benefícios para a saúde!
Além de matar a sede, a cerveja contém ingredientes nutricionais que ajudam a reduzir o risco cardíaco e contribuem para a saúde do cérebro. Foi o que apontou um estudo publicado no periódico científico American Journal of the Medical Sciences.
Segundo os cientistas, a bebida possui mais proteínas e vitamina B do que o vinho. É ainda rica em antioxidantes, o que ajuda na redução do risco de doenças cardiovasculares. No artigo científico publicado, os investigadores explicam que “a quantidade é equivalente ao do vinho, porém os antioxidantes específicos são diferentes porque a cevada e o lúpulo contêm flavonoides diferentes dos das uvas”.
Também foi destacada a presença de polifenóis, compostos naturais que contribuem para o combate de doenças como diabetes e problemas cardíacos, e a elevação dos níveis do colesterol bom (HDL), que ajuda a diluir o sangue e a remover a placa nas artérias.
Todavia, os investigadores sublinham que é importante ter em mente que a cerveja só faz bem para a saúde se consumida com moderação.
A indicação dos investigadores é a ingestão de até 14 unidades por semana, o que equivale a seis copos de 175 ml. Mais que isso pode resultar em problemas para o fígado, doenças cardíacas e, é claro, aumento de peso.
NAOM
Além de matar a sede, a cerveja contém ingredientes nutricionais que ajudam a reduzir o risco cardíaco e contribuem para a saúde do cérebro. Foi o que apontou um estudo publicado no periódico científico American Journal of the Medical Sciences.
Segundo os cientistas, a bebida possui mais proteínas e vitamina B do que o vinho. É ainda rica em antioxidantes, o que ajuda na redução do risco de doenças cardiovasculares. No artigo científico publicado, os investigadores explicam que “a quantidade é equivalente ao do vinho, porém os antioxidantes específicos são diferentes porque a cevada e o lúpulo contêm flavonoides diferentes dos das uvas”.
Também foi destacada a presença de polifenóis, compostos naturais que contribuem para o combate de doenças como diabetes e problemas cardíacos, e a elevação dos níveis do colesterol bom (HDL), que ajuda a diluir o sangue e a remover a placa nas artérias.
Todavia, os investigadores sublinham que é importante ter em mente que a cerveja só faz bem para a saúde se consumida com moderação.
A indicação dos investigadores é a ingestão de até 14 unidades por semana, o que equivale a seis copos de 175 ml. Mais que isso pode resultar em problemas para o fígado, doenças cardíacas e, é claro, aumento de peso.
NAOM
ENGENHEIRO CIPRIANO CASSAMA ESCLARECI TODAS DÚVIDAS SOBRE ELEÇÕES PRESIDENCIAIS, SOU CANDIDATO NAS ELEIÇÕES PRIMÁRIAS DO PARTIDO NÃO DA ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS, PROMETO RESPEITAR E ACEITAR QUAISQUER RESULTADOS VINDA DA PRIMÁRIA!
Guiné-Bissau vai beneficiar de 30 milhões de dólares para construção e reabilitação de infra-estruturas rurais no sul do país.
A verba insere-se no âmbito do Projeto de Apoio ao Desenvolvimento Económico das Regiões do Sul- PADES.
A revelação foi feita durante um encontro entre o Conselheiro Especial do PM, Rui Barros e o Director Nacional do Projecto de Apoio ao Desenvolvimento Econômico das Regiões do Sul (PADES).
No encontro foi anunciado que para a implementação do Projeto, o Governo vai desembolsar 61 mil dólares como Fundo de contra-partida.
No âmbito do PADES serão construídos mais de 89 quilômetros de pistas rurais, além da construção e reabilitação de centros de saúde, centros de alfabetização, mercados, etc.
By Aliu Cande
Guiné-Bissau - Ministro da Educação inicia encontros visando o Plano de Estabilização do Sistema Educativo aprovado em Conselho de Ministros
O Ministro da Educação, Dautarin da Costa, reuniu com representantes sindicais do sector de Educação. Na pauta a busca por soluções para estabilização do sistema educativo
“Este foi um encontro importantíssimo e que consolida a preocupação de todos com os professores, pais e alunos. Governo e Sindicatos estão a debater os melhores caminhos para que todos os envolvidos nesta complexa situação possam ser favorecidos”, afirmou o Ministro após o encontro.
Fonte: Ministério da Educação Nacional e Ensino Superior da Guiné-Bissau
“Este foi um encontro importantíssimo e que consolida a preocupação de todos com os professores, pais e alunos. Governo e Sindicatos estão a debater os melhores caminhos para que todos os envolvidos nesta complexa situação possam ser favorecidos”, afirmou o Ministro após o encontro.
Fonte: Ministério da Educação Nacional e Ensino Superior da Guiné-Bissau
sexta-feira, 2 de agosto de 2019
A nova presidente do Instituto da Mulher e Criança (IMC), da Guiné-Bissau, Maimuna Gomes Sila, prestou juramento e tomou posse formalmente nesta sexta-feira, 02 de Agosto, no Ministério da Mulher, Família e Proteçao Social
Advogada formada pela Universidade de Coimbra, em Portugal, vai substituir no cargo Elisabete Yala, a viúva do ex-Presidente guineense Kumba Ialá.
Alison Cabral
Alison Cabral
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FALADEPAPAGAIO
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sexta-feira, agosto 02, 2019
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Problemas técnicos no sistema de venda de cartões de recarga eléctrica, anuncia EAGB
Desde ontem a tarde, a Empresa de Electricidade e Águas da Guiné-Bissau, EAGB está a debater com problemas no sistema de venda de Cartões de Recarga de Luz Eléctrica.
A situação criou transtornos aos clientes que são obrigados a recorrer a plataforma das operadoras de telecomunicações Orange e MTN, para compra e recarregamento dos contadores pré-pagos.
Explicações dadas, esta manhã, pelo Adjunto diretor do Gabinete de Comunicação e Marketing, Celistino Fal, que no entanto pede calma, e promete solução do problema.
Aliu Cande
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sexta-feira, agosto 02, 2019
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José Mário Vaz - Em Nouakchott, Mauritania a convite do Presidente cessante Mohamed Ould Abdel Aziz para a cerimonia de investidura do novo Presidente da República
José Mário Vaz - Durante a nossa estadia na Mauritania, tivemos oportunidade de encontrar com a comunidade Guineense residente em Nouakchott.
Ouvimos as preocupações dos nossos irmãos que vivem nesse país e em representação do Governo a Sra. Ministra dos Negocios Estrangeiros esclareceu algumas duvidas e tomou nota dos assunto a serem acompanhados pelo o Executivo.
Cerimonia de investidura do novo Presidente da República Islâmica da Mauritânia, Sr. Mohamed Ghazouani.
By José Mário Vaz - Presidente da Republica da Guiné-Bissau
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sexta-feira, agosto 02, 2019
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EXECUTIVO GUINEENSE NOMEIA ARMANDO NHAGA COMISSARIO GERAL DA POLICIA DE ORDEM PÚBLICA
O executivo da Guiné-Bissau nomeou esta quinta-feira, 01 de agosto de 2019, o Brigadeiro General, Armando Nhaga para o cargo do Comissario Geral da Policia de Ordem Publica, sob proposta do ministro do Interior, segundo um despacho do Conselho de Ministros.
Nhaga um quadro senior do Ministerio do Interior, vai substituir Celso de Carvalho.
O Brigadeiro General já havia ocupado o cargo em duas ocasioes: foi escolhido enquanto Carlos Gomes Júnior era primeiro-ministro e continuou em funções depois do último golpe de Estado de 2012 e em 2016 pelo entao executivo liderado por Carlos Correia.
Ainda no capitulo de nomeaçoes, a Advogada, Maimuna Sila foi nomeada a Presidente do Instituto da Mulher e Criança (IMC), Seco Cassamá, o novo director geral da Petroguin e Caramó Camará, o novo presidente da Comissao de Reestruturaçao da Agencia de Aviaçao Civil da Guiné-Bissau.
Sila formada pela Universidade de Coimbra, em Portugal, apresentou em Novembro de 2018, a Fundação “Ana Pereira”(FAP), com a qual pretende dar uma atenção especial às famílias mais desfavorecidas que vivem no limiar da pobreza e sem apoio do Estado da Guiné-Bissau.
FAP atua nas áreas sociais, educação, saúde e sobretudo lidar diretamente com as crianças carenciadas de famílias pobres.
No capitulo deliberativo, o Conselho de Ministros deteve sua atençao na analise e debate do Programa de Emergencia que, entre outros, insta o executivo a exercer açoes de impacto rapido, para atender as necessidades sociais mais permanentes e ganhar a confiança do povo, encontrar soluçoes imediatas para alguns setores chaves como a educaçao, a saude, as infraestruturas e os serviços publicos.
Por: AC
Rádio Jovem Bissau
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sexta-feira, agosto 02, 2019
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quinta-feira, 1 de agosto de 2019
Ou faz questão de continuar a ser tão absolutista, e o único capaz de, em simultâneo, ser Presidente da República, Primeiro-ministro, Presidente e dono do PAIGC e da Assembleia Nacional Popular?
Por Fernando Casimiro
Não havendo, de facto, Parlamento, na Guiné-Bissau, deixa de fazer sentido a existência de um governo que não responde perante o Parlamento e, perante o Presidente da República.
O Povo não tem sido informado se, de facto, institucionalmente, tem havido encontros institucionais e formais, entre o Presidente da República e o Primeiro-ministro, por um lado, e por outro, se o Primeiro-ministro e os membros do governo foram alguma vez convidados a ir ao Parlamento, que continua em disfunção, o que é inadmissível, por ser o órgão legislativo eleito, quiçá, a razão de ser da realização das eleições legislativas, que não, governativas, entenda-se!
Os representantes do Povo, eleitos pelo Povo, nas eleições legislativas, e não governativas, são designados Deputados e não ministros ou secretários de Estado!
Se os Deputados não estão a representar o Povo que os elegeu por via das eleições legislativas, a quem cabe fiscalizar a acção do governo, ou quem tem poderes, competências, para legitimar o governo, e em que sede?
Como escrevi recentemente, alertamos por diversas vezes para os diversos riscos de derrapagens: constitucionais, legais, institucionais, políticas, éticas, económicas, sociais e seus derivados, pelo facto de se impor, de fora, por via de queixas de dentro, com urgência, alegadamente, por via duma calamidade política, institucional e social na Guiné-Bissau, nunca vista ou assistida em nenhuma parte deste nosso Mundo, com direito a ser declarada como emergência a todos os títulos e níveis, e prioridade máxima de resolução, através da nomeação do Primeiro-ministro e da formação e empossamento do governo, sem que, a Assembleia Nacional Popular fosse legitimada e viabilizada, tendo em conta as irregularidades no processo interno da constituição da sua Mesa, que continuam nos dias de hoje, a inviabilizar o seu funcionamento.
Do Secretário-Geral das Nações Unidas, a tantos pseudo- democratas, estadistas, e seguidistas, de diversas origens, que nunca se preocuparam em olhar para os problemas dos seus países, que não são poucos, comparativamente aos da Guiné-Bissau, o barulho foi tanto, no intuito de nos silenciarem, que agora, estranhamos tanto silêncio, dos mesmos, face ao que está a acontecer na Guiné-Bissau.
Afinal, onde está a alegada reposição da normalidade constitucional, apregoada pelo Presidente do PAIGC, face à continuidade do bloqueio da Assembleia Nacional Popular, quando é o PAIGC quem tem a maioria na Assembleia, por via do Acordo de incidência parlamentar com outros partidos, sendo que, é público, uma nova disputa política, interna no PAIGC, entre o seu Presidente e o seu primeiro-Vice-presidente, que é o Presidente da Assembleia Nacional Popular, por via da pretensão de ambos ao apoio partidário para as suas candidaturas presidenciais, tendo em vista as eleições presidenciais agendadas para 24 de Novembro próximo?
Por estes dias, através das redes sociais, foram divulgadas diversas intervenções gravadas, tanto do Presidente da Assembleia Nacional Popular, e Vice-presidente do PAIGC, Cipriano Cassamá, relativamente à disputa que o opõe ao Presidente do PAIGC, por via duma suposta traição do Presidente do partido, ao compromisso de ser ele, o nome a ser indicado como candidato apoiado pelo partido às eleições presidenciais, mas que, também, passou a ser uma pretensão do próprio Presidente do partido; como também, uma gravação na qual o Primeiro vice-presidente da Mesa da Assembleia Nacional Popular, Nuno Nabiam, líder da APU-PDGB, o Partido que suporta, com mais Deputados (5), a maioria parlamentar frágil/precária, do PAIGC, por via do Acordo de incidência parlamentar, a fazer a pior das leituras sobre o PAIGC e o seu "modus operandi", em jeito de prevenção, mas também, de ameaça de chantagem, que pode vir a comprometer a maioria parlamentar negociada, caso algumas das suas reivindicações, exigências não sejam cumpridas, e como também o próprio líder da APU-PDGB e Primeiro-vice-presidente da Mesa da Assembleia Nacional Popular pretende candidatar-se às eleições presidenciais de 24 de Novembro, com o apoio do PAIGC, quem olhará pelo Parlamento?
Como funcionará um Parlamento, a Casa do Povo, até Novembro, quando as suas principais figuras apenas pensam nas próximas eleições presidenciais?
Como é que o próprio partido que venceu as eleições legislativas conseguirá gerir, de forma satisfatória, a contento de todos, os infinitos compromissos, políticos, institucionais, numa vertente pública, e, outros, no âmbito da influência governativa, virada para o sector privado?
O Presidente de um partido, que tudo fez para blindar a sua nomeação para o cargo de Primeiro-ministro, a nível interno do partido, à luz dos estatutos do partido, de repente, deu conta que, tal como sempre dissemos, os estatutos do partido, seja qual for o partido, não estão acima da Constituição e das Leis da República, isto para esclarecer que, independentemente do cargo de Primeiro-ministro ser atribuído ao partido vencedor das eleições legislativas, e tendo em conta a maioria que o suporta, a nomeação do Primeiro-ministro e consequente empossamento, é da competência do Presidente da República, que pode rejeitar nomes, sugerindo novos nomes para o cargo de Primeiro-ministro, ao partido vencedor das eleições legislativas. Explicamos isso vezes sem conta, no passado, e voltamos a ter a mesma experiência recentemente, com a rejeição do nome do Presidente do PAIGC para o cargo de Primeiro-ministro, e por mais voltas que se deram, ficou tudo em "águas de bacalhau", como dizem os nossos amigos e irmãos portugueses...
Se o ainda Presidente do PAIGC quer para si o apoio do partido para as eleições presidenciais, é caso para perguntar: afinal, como pode Domingos Simões Pereira falar tanto em querer reformar o PAIGC, quando sabe que, a ser candidato presidencial e, em caso de vitória, deixa de ser Presidente do Partido, para ser Presidente da República?
Ou faz questão de continuar a ser tão absolutista, e o único capaz de, em simultâneo, ser Presidente da República, Primeiro-ministro, Presidente e dono do PAIGC e da Assembleia Nacional Popular?
Estamos ou não, face a mais uma caminhada de novas crises, convulsões, políticas, institucionais e sociais, na Guiné-Bissau?
Positiva e construtivamente.
Didinho 01.08.2019
Não havendo, de facto, Parlamento, na Guiné-Bissau, deixa de fazer sentido a existência de um governo que não responde perante o Parlamento e, perante o Presidente da República.
O Povo não tem sido informado se, de facto, institucionalmente, tem havido encontros institucionais e formais, entre o Presidente da República e o Primeiro-ministro, por um lado, e por outro, se o Primeiro-ministro e os membros do governo foram alguma vez convidados a ir ao Parlamento, que continua em disfunção, o que é inadmissível, por ser o órgão legislativo eleito, quiçá, a razão de ser da realização das eleições legislativas, que não, governativas, entenda-se!
Os representantes do Povo, eleitos pelo Povo, nas eleições legislativas, e não governativas, são designados Deputados e não ministros ou secretários de Estado!
Se os Deputados não estão a representar o Povo que os elegeu por via das eleições legislativas, a quem cabe fiscalizar a acção do governo, ou quem tem poderes, competências, para legitimar o governo, e em que sede?
Como escrevi recentemente, alertamos por diversas vezes para os diversos riscos de derrapagens: constitucionais, legais, institucionais, políticas, éticas, económicas, sociais e seus derivados, pelo facto de se impor, de fora, por via de queixas de dentro, com urgência, alegadamente, por via duma calamidade política, institucional e social na Guiné-Bissau, nunca vista ou assistida em nenhuma parte deste nosso Mundo, com direito a ser declarada como emergência a todos os títulos e níveis, e prioridade máxima de resolução, através da nomeação do Primeiro-ministro e da formação e empossamento do governo, sem que, a Assembleia Nacional Popular fosse legitimada e viabilizada, tendo em conta as irregularidades no processo interno da constituição da sua Mesa, que continuam nos dias de hoje, a inviabilizar o seu funcionamento.
Do Secretário-Geral das Nações Unidas, a tantos pseudo- democratas, estadistas, e seguidistas, de diversas origens, que nunca se preocuparam em olhar para os problemas dos seus países, que não são poucos, comparativamente aos da Guiné-Bissau, o barulho foi tanto, no intuito de nos silenciarem, que agora, estranhamos tanto silêncio, dos mesmos, face ao que está a acontecer na Guiné-Bissau.
Afinal, onde está a alegada reposição da normalidade constitucional, apregoada pelo Presidente do PAIGC, face à continuidade do bloqueio da Assembleia Nacional Popular, quando é o PAIGC quem tem a maioria na Assembleia, por via do Acordo de incidência parlamentar com outros partidos, sendo que, é público, uma nova disputa política, interna no PAIGC, entre o seu Presidente e o seu primeiro-Vice-presidente, que é o Presidente da Assembleia Nacional Popular, por via da pretensão de ambos ao apoio partidário para as suas candidaturas presidenciais, tendo em vista as eleições presidenciais agendadas para 24 de Novembro próximo?
Por estes dias, através das redes sociais, foram divulgadas diversas intervenções gravadas, tanto do Presidente da Assembleia Nacional Popular, e Vice-presidente do PAIGC, Cipriano Cassamá, relativamente à disputa que o opõe ao Presidente do PAIGC, por via duma suposta traição do Presidente do partido, ao compromisso de ser ele, o nome a ser indicado como candidato apoiado pelo partido às eleições presidenciais, mas que, também, passou a ser uma pretensão do próprio Presidente do partido; como também, uma gravação na qual o Primeiro vice-presidente da Mesa da Assembleia Nacional Popular, Nuno Nabiam, líder da APU-PDGB, o Partido que suporta, com mais Deputados (5), a maioria parlamentar frágil/precária, do PAIGC, por via do Acordo de incidência parlamentar, a fazer a pior das leituras sobre o PAIGC e o seu "modus operandi", em jeito de prevenção, mas também, de ameaça de chantagem, que pode vir a comprometer a maioria parlamentar negociada, caso algumas das suas reivindicações, exigências não sejam cumpridas, e como também o próprio líder da APU-PDGB e Primeiro-vice-presidente da Mesa da Assembleia Nacional Popular pretende candidatar-se às eleições presidenciais de 24 de Novembro, com o apoio do PAIGC, quem olhará pelo Parlamento?
Como funcionará um Parlamento, a Casa do Povo, até Novembro, quando as suas principais figuras apenas pensam nas próximas eleições presidenciais?
Como é que o próprio partido que venceu as eleições legislativas conseguirá gerir, de forma satisfatória, a contento de todos, os infinitos compromissos, políticos, institucionais, numa vertente pública, e, outros, no âmbito da influência governativa, virada para o sector privado?
O Presidente de um partido, que tudo fez para blindar a sua nomeação para o cargo de Primeiro-ministro, a nível interno do partido, à luz dos estatutos do partido, de repente, deu conta que, tal como sempre dissemos, os estatutos do partido, seja qual for o partido, não estão acima da Constituição e das Leis da República, isto para esclarecer que, independentemente do cargo de Primeiro-ministro ser atribuído ao partido vencedor das eleições legislativas, e tendo em conta a maioria que o suporta, a nomeação do Primeiro-ministro e consequente empossamento, é da competência do Presidente da República, que pode rejeitar nomes, sugerindo novos nomes para o cargo de Primeiro-ministro, ao partido vencedor das eleições legislativas. Explicamos isso vezes sem conta, no passado, e voltamos a ter a mesma experiência recentemente, com a rejeição do nome do Presidente do PAIGC para o cargo de Primeiro-ministro, e por mais voltas que se deram, ficou tudo em "águas de bacalhau", como dizem os nossos amigos e irmãos portugueses...
Se o ainda Presidente do PAIGC quer para si o apoio do partido para as eleições presidenciais, é caso para perguntar: afinal, como pode Domingos Simões Pereira falar tanto em querer reformar o PAIGC, quando sabe que, a ser candidato presidencial e, em caso de vitória, deixa de ser Presidente do Partido, para ser Presidente da República?
Ou faz questão de continuar a ser tão absolutista, e o único capaz de, em simultâneo, ser Presidente da República, Primeiro-ministro, Presidente e dono do PAIGC e da Assembleia Nacional Popular?
Estamos ou não, face a mais uma caminhada de novas crises, convulsões, políticas, institucionais e sociais, na Guiné-Bissau?
Positiva e construtivamente.
Didinho 01.08.2019
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quinta-feira, agosto 01, 2019
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