segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

SENEGAL: Pelo menos 19 mortos em colisão entre autocarro e camião no Senegal

© OUSSEYNOU DIOP/AFP via Getty Images

POR LUSA  16/01/23 

Pelo menos 19 pessoas morreram hoje numa colisão entre um autocarro e um camião, no norte do Senegal, oito dias após um acidente rodoviário que matou mais de 40 pessoas, segundo os bombeiros.

A colisão perto da cidade de Sakal, na região de Louga, deixou ainda 24 pessoas feridas, disse à AFP o coronel Papa Ange Michel Diatta, um funcionário dos bombeiros nacionais.

A colisão entre dois autocarros causou a morte de mais de 40 pessoas no dia 08 de janeiro no centro do país, pondo em evidência os problemas nas estradas no Senegal, tal como em muitos países africanos: veículos em mau estado e inseguros, condução imprudente, ou corrupção generalizada de funcionários responsáveis pela aplicação das leis ou pela emissão de cartas de condução.

O acidente de 08 de janeiro, atribuído a um pneu rebentado, levou a uma onda de críticas às autoridades pela sua incapacidade de fazer cumprir as regras e regulamentos de condução sobre o estado dos veículos, apesar do aumento do número de acidentes.

O Governo senegalês anunciou cerca de 20 medidas na sequência do incidente, mas muitas delas foram consideradas inexequíveis pelos profissionais dos transportes.


Leia Também: Pelo menos 20 pessoas morreram hoje em resultado da colisão entre um autocarro e um camião junto à cidade de Louga, no nordeste do Senegal, oito dias depois de outro acidente de trânsito ter provocado 40 mortes.

PAIGC FELICITA O PRS

Ditaduraeconsenso.blogspot.com, 16 de janeiro de 2023


PR Sissoco Embaló recebeu esta segunda-feira (16.01), em audiencia o Presidente de ANP Cipriano Cassama

Radio Voz Do Povo

Portugal: “São inúmeros os deputados que me dizem que muitas vezes não sabem o que está a ser votado” no Orçamento do Estado

Rui Baleiras, coordenador da Unidade Técnica de Apoio Orçamental, entrevistado pela CNN Portugal. 11 janeiro 2023. Imagem: DR

Por cnnportugal.iol.pt  16/01/2023

ENTREVISTA | O coordenador da Unidade Técnica de Apoio Orçamental defende uma reforma profunda do processo orçamental em Portugal. Rui Baleiras considera o processo “caótico” e “danoso” para a qualidade das políticas públicas

As propostas de Orçamento do Estado apresentadas pelos sucessivos governos incorporam cada vez mais alterações legislativas que, muitas vezes, nada têm a ver com política orçamental propriamente dita. E as propostas de alteração apresentadas pelos partidos no Parlamento têm vindo a acrescer de ano para ano. Na proposta de Orçamento do Estado para 2023, por exemplo, as propostas de alteração apresentadas pelos deputados ultrapassaram as 1.800. E destas, apenas 146 foram aprovadas. Rui Baleiras, coordenador da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), considera, em entrevista à CNN Portugal, que o processo orçamental é caótico e desafia o Governo a fazer esta reforma.

A forma como decorre o processo orçamental em Portugal permite aos cidadãos compreender o que se discute e se decide no Orçamento do Estado ou é completamente incompreensível?

Não compreende o cidadão comum nem os próprios intervenientes no processo legislativo orçamental. São inúmeros os deputados que me dizem que muitas vezes não sabem o que está a ser votado. O processo é caótico, danoso para a qualidade das políticas públicas e põe em causa e tem perigos para a sustentabilidade das finanças públicas.

O processo é péssimo e tenho dificuldade em imaginar que seja pior. Infelizmente, é pior em cada ano porque são mais as propostas de alteração que surgem sem qualquer possibilidade de terem reflexão e de se saber as suas implicações económicas e financeiras.

Por outro lado, ao longo das décadas, a Lei do Orçamento de Estado tem vindo a tornar-se num catálogo de medidas de política. Uma lei do Orçamento de Estado não tem de ter medidas de política.

Qual seria a solução?

A solução ótima era termos uma Lei do Orçamento que fosse sobre o Orçamento. Uma lei que desse ao Governo, através do Parlamento, os instrumentos necessários e suficientes para poder executar o Orçamento. Ou seja, fixar tetos à despesa em cada programa orçamental, fixar um teto à contração de dívida nesse ano e estabelecer a lista das transferências de dinheiro das administrações públicas para os outros setores da economia. Ponto final. E em anexo teria os mapas contabilísticos estritamente necessários para refletir estas decisões políticas para que ficassem fixadas as restrições orçamentais de cada uma das unidades orgânicas, as empresas, os serviços públicos, e a restrição orçamental das administrações públicas como um todo. É isto que deveria ser uma Lei do Orçamento.

Nem tão pouco deveria ter, na sua opinião, aquilo que acaba por ser na proposta do Governo o grosso das medidas, a parte fiscal. Devia ser feita fora dessa lei...

Claro. E devia ser feita antes. O Orçamento é um quadro com receitas e despesas, tetos de despesa e previsões de receita e um teto da dívida. Não faz sentido termos este quadro fixado quando entra na Assembleia, que muitas vezes é aprovado tal e qual como foi submetido pelo Governo e, entretanto, há dezenas ou centenas de medidas de política que são acrescentadas no Parlamento com óbvias implicações na receita, na despesa ou na dívida e não há reflexo, não há correção do Orçamento propriamente dito. Os deputados acabam por aprovar um documento que é internamente incoerente e potencialmente desastroso, porque poderão estar a aprovar medidas de política que não cabem no Orçamento que também aprovaram.

Para além da incompreensão que todo este processo cria, também tem efeitos em termos de finanças públicas? 

Tem. Poderão dizer: mas se isto é assim há dezenas de anos, porque é que só temos desastres macroeconómicos nas finanças públicas de vez em quando? Porque os governos usam cintos e suspensórios para evitar que o que entrou na Lei do Orçamento, e que eles não sabem e não tiveram possibilidade de avaliar, estrague as metas orçamentais.

E que cintos e suspensórios são esses?

Os governos fazem-no introduzindo inúmeros custos de eficiência no funcionamento dos serviços públicos. Por exemplo, quando não autorizam que a despesa com aquisições de serviços dos hospitais seja maior do que aquela que foi em 2012 ou 2013, quando a norma foi introduzida na Lei do Orçamento. A verdade é que as administrações não podem gastar mais do que gastaram há dez ou 12 anos. Só com autorização especial, excecional de dois membros do Governo.

E há mais restrições deste tipo, por exemplo, na contratação de pessoal. Faz algum sentido que um conselho de administração de uma empresa pública, na qual se incluem os hospitais EPE, não possa, por sua autonomia, ato de gestão corrente, contratar um trabalhador temporariamente para substituir uma trabalhadora que entrou em licença de parto? Não pode. Tem de ter autorização de três membros do Governo: o da tutela, o que tem a tutela da Administração Pública e o Ministério das Finanças. Isto é insano.

Ou quando, por exemplo, uma empresa pública vê sair quadros altamente qualificados com 40 e tal anos, 50 e poucos anos e o conselho de administração faz um concurso público para admitir pessoal e quer pessoas com experiência para substituir quem saiu, mas o salário que pode oferecer a essa pessoa é o salário de entrada na respetiva carreira profissional.

Uma vez mais, só com autorização de três membros do Governo e inúmera burocracia é que esta restrição é levantada. Como é evidente isto coloca inúmeros constrangimentos à gestão corrente dos serviços e a qualidade dos serviços, obviamente, retrai-se.

É um círculo vicioso? São feitas tantas alterações à proposta de Orçamento que, depois, os governos põem a mão para travar tudo e mais alguma coisa e garantir que não têm surpresas...

É. E por isso os gestores nunca sabem qual é a restrição orçamental com que contam porque procuram sempre o estritamente necessário para obter as tais exceções. As exceções são centenas e todos os anos inundam, nomeadamente, o Ministério das Finanças. E grande parte delas nem tem despacho, porque é humanamente impossível. O que leva a que muitas vezes haja veto político, veto da gaveta, empurram com a barriga. E o ano, entretanto, acaba e cai o processo.

E nos últimos anos ainda se vieram juntar as cativações.

As cativações, assim como outros instrumentos com o efeito equivalente, como são a chamada reserva orçamental, as dotações centralizadas no Ministério das Finanças, fazem parte do tal conjunto de cintos e suspensórios que, no final, servem para controlar o saldo, racionando a despesa.

É resultado de uma cultura de desconfiança que é visceral e estrutural entre o Ministério das Finanças e os ministérios setoriais. Uns não confiam nos outros. E não é só neste Governo ou nesta maioria, infelizmente atravessa décadas. Não temos gestão de finanças públicas, temos um processo de controlo das finanças públicas que passa por desresponsabilizar os ministros setoriais e gestores setoriais pelos resultados. O Ministério das Finanças é o primeiro a retirar aos ministérios e aos serviços essa responsabilidade quando não lhes dá os meios que a Assembleia da República atribuiu.

Isto está mal e estes cintos e suspensórios são um mal muito caro em termos de eficiência e de qualidade dos serviços prestados aos cidadãos e às empresas, um custo microeconómico, de eficiência microeconómica muito grande, mas que, infelizmente, tem sido um mal necessário porque os governos e as oposições no Parlamento nunca levaram a sério a necessidade de se visitar, olhar com olhos críticos, o processo legislativo orçamental.

Mas foi sempre assim?

Anda assim desde que temos democracia. E antes da democracia nem vale a pena falar. Desde os anos 30 que Salazar instituiu esta inversão de controlo, muito centralizada, desconfiado dos ministérios setoriais.

Porque é que não se aproveita agora um período de maioria absoluta para fazer esta reforma? É que esta reforma, ao contrário de muitas outras, tem inúmeros apelos do ponto de vista político para quem é Governo. É uma reforma que não custa dinheiro. Trata-se de mudar regras do sistema, mexer na Lei de Enquadramento Orçamental, no Regimento da Assembleia da República, porventura na Constituição. Mas já que abriram a caixa da revisão constitucional então que insiram lá também este ponto. Em poucos meses fica pronta. Não é uma reforma que leve anos, que atravesse legislaturas. Pode ficar pronta este ano, se houver vontade política nesse sentido. Não custa dinheiro e dá dinheiro. Dá benefícios aos utentes dos serviços públicos. Poderão ter serviços com mais qualidade. E poupará dinheiro aos contribuintes.

A UTAO já apresentou uma proposta nesse sentido?

A UTAO contribuiu com um relatório aprofundado de diagnóstico sobre estas regras de elaboração dos Orçamentos de Estado e de negociação e decisão na Assembleia da República que gostaríamos que fosse discutido. Tem uma proposta abrangente e integrada, sistémica, de reforma, que até devo dizer que não é a minha preferida. A minha preferida era ter uma lei orçamental seca, sem medidas de política. Mas, enfim, reconheço que talvez seja um passo demasiado ousado para a cultura política que temos.

E teve resposta do Governo ou de algum partido?

Não. Infelizmente, não. Houve algumas manifestações de interesse por parte de alguns partidos que se dispuseram a conversar comigo sobre esse documento, mas sem vontade de pegar no assunto. Onde tenho encontrado feedback positivo é fora do sistema político. É preciso mais pressão construtiva de fora do sistema político, porque a vida ensina-nos que as instituições têm muita dificuldade em se reformar, têm de se autoreformar e, portanto, é preciso haver uma pressão positiva, construtiva, vinda de fora, de vozes autorizadas, com conhecimento na matéria para que os políticos no ativo percebam que, ao fim de 50 anos, com o mesmo sistema, é altura de pelo menos fazer autocrítica ao que ali está.

Piroga com 90 pessoas resgatada nas costas de Cabo Verde

O peração de Resgate e Salvamento de migrantes na ilha da Boa Vista, Cabo Verde. 16 de Setembro 2022

VOA Português  Janeiro 16, 2023

A embarcação saiu da Gâmbia e nela estavam três mulheres e dois adolescentes

Uma piroga com 90 pessoas foi resgatada nas costas da Boavista, a ilha mais oriental de Cabo Verde, no sábado, 14

Dois cadáveres foram encontrados na embarcação que saiu da Gâmbia.

Até este domingo, 15, as autoridades tinham identificado muitos dos migrantes e, segundo o comandante da Polícia Nacional (PN), entre eles há cidadãos da Serra Leoa, Senegal e Guiné-Bissau.

Evandro Sousa disse à agência de notícias pública, Inforpress, que os migrantes foram colocados no pavilhão municipal Seixal, para concluir a triagem.

Entre o grupo, há três mulheres e dois adolescentes.

Alguns dos migrantes estão a receber tratamento médico.

“Vamos procurar um lugar melhor para os instalar sendo certo que é um processo que levará tempo para as entidades tomarem as decisões que tiverem que ser tomadas”, afirmou Sousa.

Nos últimos anos, algumas embarcações com migrantes deram à costa em Cabo Verde quando tentavam seguir em direcção à Europa.

domingo, 15 de janeiro de 2023

BURKINA FASO: Cerca de 50 mulheres raptadas no Burkina Faso alegadamente por jihadistas

© Lusa

POR LUSA  15/01/23 

Cerca de 50 mulheres foram raptadas na quinta e na sexta-feira por presumíveis jihadistas na zona de Arbinda, no norte do Burkina Faso, disseram à agência AFP autoridades locais e residentes.

Segundo o testemunho de vários residentes e funcionários locais que pediram anonimato, um primeiro grupo de cerca de 40 mulheres foi raptado a cerca de 10 quilómetros a sudeste de Arbinda, e outro grupo de cerca de 20, no dia seguinte, a norte da cidade.

Algumas destas mulheres conseguiram fugir e regressar às suas aldeias, relatando o sucedido.

"As mulheres juntaram-se para ir colher folhas e frutos silvestres no mato, porque já não há nada para comer", explicou um dos habitantes, acrescentando que tinham partido com as suas carroças na quinta-feira.

"Na quinta-feira à noite, quando não voltaram, pensámos que tinha havido um problema com as suas carroças. Mas três sobreviventes regressaram para nos contar o que aconteceu", acrescentou outro residente.

No dia seguinte, oito quilómetros a norte de Arbinda, cerca de 20 mulheres que não tinham sido informadas do primeiro rapto foram, por sua vez, raptadas, disse, acrescentando que "em ambos os grupos, algumas mulheres conseguiram escapar à vigilância dos terroristas e regressaram à aldeia a pé".

"Acreditamos que os raptores as levaram para as suas várias bases", continuou.

Segundo oficiais locais, que confirmaram os raptos, o exército e os seus auxiliares civis percorreram a área, sem êxito.

A comuna de Arbinda está localizada na região do Sahel, no norte do Burkina Faso, uma área sob bloqueio por grupos jihadistas e que é difícil de abastecer com alimentos.

Quase um milhão de pessoas vivem atualmente em zonas bloqueadas no norte ou leste do país, de acordo com as Nações Unidas.

Desde 2015, o Burkina Faso, particularmente na sua metade norte, tem vindo a enfrentar ataques crescentes de grupos jihadistas ligados à Al-Qaida e ao autoproclamado Estado Islâmico, que já fizeram milhares de mortos e pelo menos dois milhões de deslocados.

Ibrahim Traoré, o presidente de transição que emergiu de um golpe militar em 30 de setembro - o segundo em oito meses -, estabeleceu para si próprio o objetivo de "recuperar o território ocupado por estas hordas terroristas".

BRASIL: Lula da Silva demite direção dos meios de comunicação públicos

© Lusa

POR LUSA  15/01/23 

O presidente do Brasil, Lula da Silva, demitiu hoje por decreto a direção de todos os meios de comunicação públicos brasileiros em resultado do tratamento dado aos ataques a edifícios públicos em Brasília no dia 08.

A decisão foi tomada na sexta-feira e inclui a nomeação da jornalista Kariane Costa como presidente da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), da qual dependem meios como a Agência Brasil, a TV Brasil, bem como rádios nacionais.

A medida implica a abertura de um processo de transição e reorganização na EBC que durará cerca de 30 dias, informou a presidência brasileira em comunicado.

A imprensa brasileira destaca que a direção desses meios de comunicação estava nas mãos de funcionários indicados pelo ex-presidente, Jair Bolsonaro.

Em 08 de janeiro, apoiantes do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro invadiram e vandalizaram as sedes do Supremo Tribunal Federal, do Congresso e do Palácio do Planalto, em Brasília, obrigando à intervenção policial para repor a ordem e suscitando a condenação da comunidade internacional.

Fontes citadas pelo jornal Folha de São Paulo descrevem que a maior parte dos media brasileiros se referia aos apoiantes de Bolsonaro como "vândalos" ou "conspiradores golpistas", enquanto os meios públicos mantiveram o termo "manifestantes".

Outra fonte explicou que se temia uma cobertura ainda mais radical dos meios de comunicação liderados por pessoas próximas a Bolsonaro e a possível disseminação de ideias antidemocráticas ou mesmo sabotagem técnica para interromper transmissões.

No dia seguinte ao assalto aos três poderes, o telejornal da TV Brasil transmitiu declarações do senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, interpretadas como provocação por políticos do Partido dos Trabalhadores (PT), no poder.

A Polícia Militar conseguiu recuperar o controlo das sedes dos três poderes, numa operação de que resultaram cerca de 1.500 detidos.

A invasão começou depois de militantes da extrema-direita brasileira apoiantes do anterior presidente, derrotado por Lula da Silva nas eleições de outubro passado, terem convocado um protesto para a Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

O juiz do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes afastou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, por 90 dias, considerando que tanto o governador como o ex-secretário de Segurança e antigo ministro da Justiça de Bolsonaro Anderson Torres terão atuado com negligência e omissão.

PFT // NS

Rússia admite ataques de sábado sem mencionar prédio de Dnipro

© Lusa

POR LUSA  15/01/23 

A Rússia admitiu hoje que atingiu no sábado o sistema de comando e controlo militar e instalações energéticas da Ucrânia, sem mencionar o míssil que atingiu um prédio em Dnipro e que matou pelo menos 21 civis.

"Em 14 de janeiro, um ataque com mísseis foi realizado contra o sistema de comando e controlo militar da Ucrânia e instalações de energia. Todos os objetos designados foram atingidos. O alvo foi atingido", disse o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, no relatório diário de guerra.

A onda de ataques russos no sábado em várias regiões da Ucrânia provocou pelo menos 26 mortos e 81 feridos, informou hoje o vice-chefe do gabinete do Presidente ucraniano, Kyrylo Tymoshenko.

Numa mensagem no Telegram, citada pela agência Ukrinform, o responsável precisou que, segundo as administrações militares regionais, na região de Dnipropetrovsk houve 21 mortos e 74 feridos; em Donetsk, cinco mortos e quatro feridos; em Sumy, um ferido e, em Kherson, dois feridos.

O Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia informou que as forças russas lançaram três ataques aéreos e 57 ataques com mísseis no sábado e também abriram fogo com múltiplos sistemas de lançamento de foguetes em 69 ocasiões, especificamente contra a infraestrutura civil.

Os ataques russos foram realizados pouco depois de o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, ter telefonado ao seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, para lhe anunciar que o Reino Unido será a primeira potência ocidental a enviar tanques de primeira linha para Kiev.

Isto apesar dos receios, no seio da NATO (sigla original da Organização do Tratado Atlântico Norte), de que esta decisão possa ser considerada pela Rússia como uma escalada da guerra.

O Ministério da Defesa russo garantiu também hoje que o país avançou na periferia norte da cidade ucraniana de Bakhmut, situada na região leste de Donetsk, e na estação ferroviária de Sol, a oeste da cidade de Soledar, localidades que Moscovo deu como conquistadas na noite de quinta-feira.

No relatório diário de guerra, a tutela indicou que, em Donetsk, as tropas russas "continuam com sucesso na direção da periferia norte da cidade de Artemovsk (Bakhmut) da República Popular de Donetsk e na estação de comboios de Sol".

O porta-voz Igor Konashenkov disse que mais de 80 soldados ucranianos, dois tanques, três veículos blindados de combate e três carros foram destruídos nesta frente nas últimas 24 horas.

A Rússia garante que a captura de Soledar, que a Ucrânia ainda nega, permitirá cortar as rotas de abastecimento das tropas ucranianas na vizinha Bakhmut e cercar as forças de Kiev naquela cidade.

A Rússia tenta sem sucesso há meses tomar Bakhmut, localizada a cerca de 60 e 45 quilómetros a sudeste das fortalezas ucranianas de Kramatorsk e Sloviansk, respetivamente.

A ofensiva militar lançada pela Rússia contra a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e sanções políticas e económicas a Moscovo.

A invasão russa causou, até agora, a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus --, de acordo com os mais recentes dados das Nações Unidas, que classificam esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945).

As Nações Unidas consideram confirmados 6.952 civis mortos e 11.144 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


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Ambulância dos bombeiros de Camarate furtada enquanto equipa assistia vítima

 Agência Lusa, DCT  15/01/2023

Foi apresenta queixa na esquadra da Polícia Segurança Pública. Duas horas depois, a viatura foi encontrada

Uma ambulância dos Bombeiros Voluntários de Camarate foi furtada esta manhã enquanto a equipa assistia uma vítima na Rua Cidade de Luanda no Bairro de Angola, Camarate, concelho de Loures, disse este domingo aquela corporação.

Em comunicado, o corpo de bombeiros adianta que o furto da ambulância de socorro ocorreu pelas 06:30, enquanto a equipa “prestava socorro a uma vítima de doença súbita”.

“Foi apresentada queixa na esquadra da Polícia Segurança Pública, que está, no momento, a tomar as devidas diligências no sentido de localizar o veículo, bem como o autor do roubo” acrescenta.

Numa outra publicação feita no Facebook, os Bombeiros Voluntários de Camarate revelam que a ambulância “foi encontrada pelas 8:30 em Lisboa, freguesia de Santa Clara pelos Bombeiros desta Corporação que após o alerta do furto colocaram vários meios no terreno na tentativa de localizar viatura furtada”.

O veículo foi encontrado rodagem com luzes de emergência ligadas e portas aberta, mas sem qualquer tipo de dano.

“A tragédia que aconteceu em Dnipro mostra a brutalidade do exército russo”

Pavlo Sadhoka defende que “a única solução” para o fim do conflito está na frente de batalha e não numa eventual negociação de paz entre os dois países.

“A única solução é que uma das partes tem de ganhar esta guerra”, diz, acrescentando que “nós, ucranianos, achamos que vai ser a Ucrânia”.

O representante dos ucranianos em Portugal considera que “os crimes cometidos pelos russos chegaram a tal ponto que não há outra solução”, até porque, diz, “a tragédia que aconteceu em Dnipro mostra a brutalidade do exército russo”. 


Cnnportugal.iol.pt   15/01/2023

GUINÉ-BISSAU: Atual sociedade guineense não foi a projetada por Amílcar Cabral

© Lusa

POR LUSA  15/01/23 

O investigador João José "Huco" Monteiro considera, em declarações à Lusa, que a atual sociedade guineense não é a que foi projetada por Amílcar Cabral, "pai" da independência do país, assassinado a 50 anos na Guiné-Conacri.

"Não. Digo perentoriamente que não. Em todos os aspetos", declarou "Huco" Monteiro, sociólogo e investigador no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP) e antigo chefe da diplomacia guineense, para quem "o único projeto verdadeiramente nacional" foi o que foi idealizado por Cabral.

O ex-governante agora dono da Universidade Colinas do Boé, em Bissau, justifica sua opinião argumentando que Amílcar Cabral "sempre disse aos seus camaradas" da luta armada pela independência da Guiné e Cabo Verde que não podiam "aniquilar o colonialismo" nos dois territórios para praticarem os mesmos males às populações.

Para "Huco" Monteiro, Amílcar Cabral era um revolucionário que defendia uma rutura nas práticas de relacionamento entre os detentores do poder com a população.

"A sociedade que ele queria não era esta. Ele preconizava uma sociedade com um Estado. Já não falo de liberdades fundamentais porque na altura não estava na agenda. Nós éramos mais ou menos de orientação comunista, a liberdade individual submetia-se aos interesses coletivos (...) mas, a liberdade em si do nosso povo, o direito à palavra das pessoas, à crítica das pessoas, a preocupação com a unidade", afirmou Monteiro.

Um assumido "Cabralista", designação não oficial que é dado a alguém que estuda ou pratica os ideais de Amílcar Cabral, "Huco" Monteiro considerou que o "pai" das independências da Guiné e Cabo Verde "estava muito avançado no tempo".

Monteiro exemplificou que Cabral, assassinado a 20 de janeiro de 1973, na Guiné-Conacri, era contra a divisão dos guineenses com base na pertença étnica.

O antigo ministro considera que, "dificilmente, haverá um outro Amílcar Cabral", até pela sua singularidade de entre os da sua geração.

"Ninguém tinha" o gabarito de Amílcar Cabral e em Cabo Verde os intelectuais nunca se assumiram disponíveis em romper com a ordem colonial.

"Em Cabo Verde havia muitos intelectuais, mas mais conformistas do ponto de vista da política. Aceitaram a dominação colonial, Amílcar não, colocou-se num outro patamar da rotura nacionalista", observou Monteiro.

"Era um homem doutrinado nos ideais mais avançados e mais humanistas da atualidade internacional. Era um homem especial, muito especial", referiu Monteiro.

Mesmo estando a viver num Portugal ditatorial, Amílcar Cabral foi um privilegiado, por ter tido acesso ao mundo a partir da sua permanência e estudos no solo luso, defendeu o sociólogo guineense.

"Huco" Monteiro lembrou o facto de Cabral e outros jovens nacionalistas africanos terem recebido em Portugal o "pai" do pan-africanismo, o sociólogo norte-americano William du Bois e de outros companheiros ainda terem tido contactos com movimentos em França.

"Huco" Monteiro destacou ainda a facilidade com que Amílcar Cabral lidava com os nativos do território que o viu nascer a 12 de setembro de 1924 em Bafatá, leste da Guiné.

"Vivia com os guineenses numa sociedade complicada, sociedade colonial onde havia quase a estratificação racial. A classe social era quase secundada pelo aspeto racial ou cultural. Estava lá esse homem metido no desporto, na organização de bailes de confraternização com guineenses", frisou Monteiro.

O sociólogo também enfatizou o "carinho" que Cabral dispensava às crianças, que considerava as flores da luta e a razão do combate pela independência, e ainda a "atenção especial" que dedicava às mulheres.

"Hoje fala-se da quota das mulheres em diferentes serviços e em muitos países está em voga este aspeto do género que Amílcar já praticava na Luta de Libertação Nacional", observou "Huco" Monteiro dando exemplos com a presença de mulheres nos órgãos de decisão na luta armada e também, disse, fazia as mesmas exigências mesmo na formação de comités de 'tabancas' (aldeias).


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BEM-VINDO A JANSSEN O PLANETA INFERNAL DE LAVA E DIAMANTE


Discutir com alguém que se ama é saudável, se for como deve ser. Saiba como fazê-lo

Sandee LaMotte  Cnnportugal.iol.pt,  15/01/23

Esqueça o ditado "no amor e na guerra vale tudo" quando se trata de uma discussão com um ente querido. Os golpes baixos estão definitivamente fora, dizem os especialistas, e manter uma comunicação amorosa, sincera e aberta deve ser uma prioridade.

"Uma das coisas mais importantes que vimos na nossa pesquisa é que as pessoas beneficiam mais se forem diretas", declarou Jim McNulty, professor de psicologia na Universidade do Estado da Florida, que estudou recém-casados e relações próximas ao longo do tempo. "Estar com rodeios, insinuar coisas, ser sarcástico não funciona."

"Quando as pessoas têm perspetivas diferentes - e todos temos - é importante exprimi-las", declarou McNulty, "mas têm de o fazer de uma forma clara e tão construtiva quanto possível."

É saudável discutir – ou seja, carinhosamente

Se discutir com um ente querido é tão difícil, porquê fazê-lo? Muitas pessoas orgulham-se de nunca entrar em batalhas com os seus parceiros, disse McNulty. Foi um erro grave, declarou.

"Quando as pessoas evitam 'discutir', evitam falar", disse McNulty. "Estou constantemente a dizer à minha companheira: 'Se alguma coisa te está a incomodar, prefiro saber a não saber, para que possa fazer algo quanto a isso. Se não sei, não posso fazer nada."

Um estudo de 2008 que seguiu quase 200 casais durante 17 anos concluiu que casais em que ambos suprimiram a sua raiva no casamento eram os mais propensos a acabar mais cedo do que aqueles que não o fizeram.

"Evitar conflitos não funciona", disse Caitlin Cantor, uma terapeuta sexual certificada e especializada em indivíduos e casais em Filadélfia.

"Se puderem discutir e aprender a relacionar-se nas vossas diferenças e aprenderem mais um sobre o outro através da discussão, isso é realmente saudável."

Escolha uma boa hora para discutir

A maioria das pessoas vê o amor como um encontro de momento, muitas vezes desencadeado por sentimentos como "Não aguento mais isto".

"Nesses momentos é mais difícil morder a língua ou pensar no que está a dizer antes de o dizer", disse McNulty. "Muitas vezes, as pessoas arrependem-se do que dizem mais tarde, por isso tentam evitar estar nesses momentos."

Assim que começar a sentir a pressão, agende uma altura para discutir os teus sentimentos com o teu ente querido para que ambos estejam livres de distrações e stresse, disse McNulty. É mais difícil do que parece, acrescentou, porque muitas vezes as pessoas deixam as coisas acumularem-se até explodirem, ou enfrentam divergências quando estão cansadas, stressadas ou "irritadas".

E se se encontrar a discutir numa altura dessas?

"Carregar no botão de pausa e terminar a discussão pode ser bom", disse McNulty. Mas tem de ficar claro para o seu parceiro que está comprometido com a relação e na resolução do problema, só que agora pode não ser a melhor altura."

Analise os seus sentimentos

Agendar uma discussão também permitir que pense nos seus sentimentos e tente chegar ao fundo deles, dizem os especialistas. Mas não tente mencionar muito numa só vez: "Eu chamo-lhe 'pensamento de cozinha', atirar tudo o que está errado para a panela ao mesmo tempo", disse McNulty.

"É muito importante não fazer isso", disse Cantor. "Faz uma grande diferença quando se fala de uma coisa e de como nos sentimos magoados por isso."

E se não conseguir perceber porque se sente assim?

"Se as pessoas começam a sentir raiva que não faz muito sentido para eles, como 'Porque é que estou tão zangado com esta insignificância?' é provavelmente outra coisa completamente diferente", disse McNulty.

"É nessa altura que as pessoas podem precisar de fazer alguma introspeção e até de obter ajuda profissional para perceber porque estão infelizes", disse. "Se há questões significativas que continuam a repetir-se, é provavelmente uma boa altura para procurar ajuda também."

Seja bom ouvinte

Muitas pessoas pensam que uma discussão bem-sucedida tem tudo a ver com o quão bem comunicam os seus sentimentos ao seu parceiro. Fazê-lo é realmente importante, mas os especialistas dizem que é igualmente fundamental ouvir.

Ser bom ouvinte, disse Cantor, significa ser capaz de regular as suas emoções. Depois, quando ouvir algo de que não gosta, pode concentrar-se em compreender as palavras do parceiro em vez de ficar na defensiva, magoada ou zangada.

"Normalmente estamos a comunicar mal quando não verificamos o que estamos a ouvir", disse. "Estamos apenas a funcionar com o que pensamos que estamos a ouvir - e isso normalmente é baseado nas nossas reações defensivas e não no que está realmente a ser dito pelo nosso parceiro."

Pode fazer isso parando e repetindo ao parceiro o que pensava que ele tinha dito antes de responder com os seus próprios sentimentos, disse McNulty.

"Quando recuperar o fôlego e pedir esclarecimentos, vai ficar surpreendido com a frequência com que vai ouvir: 'Não, eu realmente quis dizer isto em vez disso'", disse McNulty.

Mas não o faça de forma acusatória, avisa McNulty: "Às vezes, as pessoas pensam que ouvir ativamente é apenas atirar à cara de alguém o que ouviram. Não é isso. É apenas um pedido calmo e comedido de esclarecimento."

Não diga "tu", "nunca" ou "sempre"

Evite colocar o seu parceiro na defensiva em qualquer desacordo. Quando começa por dizer: "Fazes-me sentir", não está a ter os seus sentimentos, disse Cantor.

"Há grande diferença entre dizer: 'Estás a fazer isto', ou 'És isto', contra 'sinto-me assim quando fazes isto'", disse ela. Usando a frase "sinto-me..." é muito menos provocador.

Usar sempre a palavra "eu" não é fácil, especialmente quando se está zangado com o parceiro, acrescentou.

"No início, tem de ser realmente intencional", disse Cantor. "Abrande e pense realmente no que realmente sente antes de falar."

Cuidado com a linguagem não-verbal

Escusado será dizer que usar um tom de voz desagradável com o seu ente querido vai dar mau resultado, mas também pode enviar mensagens insultuosas não-verbais, dizem especialistas.

"Revirar os olhos é uma das piores coisas que se pode fazer. Está a comunicar indiretamente que a outra pessoa é idiota”, disse McNulty.

Se está no limite, tente controlar-se com respiração profunda, disse Cantor.

"Se está realmente focado manter o controlo, pode manter-se calmo", disse. "Quer ser alguém que está a prestar atenção e a mostrar isso na linguagem e na linguagem corporal."


NEPAL: Avião cai no Nepal com 72 pessoas a bordo... O avião caiu entre o antigo e o novo Aeroporto Internacional de Pokhara, no centro do Nepal. Não sabem "se há sobreviventes"

© Getty Images

POR LUSA  15/01/23 

Um avião com 72 pessoas a bordo caiu hoje no Nepal no domingo, confirmou um porta-voz da companhia aérea Yeti Airlines, dizendo não saber "se há sobreviventes".

"Há 68 passageiros a bordo e quatro tripulantes (...) a ajuda está a caminho, não sabemos se há sobreviventes", disse Sudarshan Bartaula à agência France Presse.

O avião caiu entre o antigo e o novo Aeroporto Internacional de Pokhara, no centro do Nepal, 200 quilómetros a oeste da capital, Katmandu.

A cabine do avião, um ATR-72, estava a incendiar-se e as equipas de resgate tentavam apagar o fogo, disse, Gurudutta Dhakal.

"Os serviços de salvamento já chegaram ao local e estão a tentar apagar o incêndio" que originou na cabine do avião, disse um responsável local, Gurudutta Dhakal.

Os serviços de emergência estão "concentrado por agora em extinguir o incêndio e resgatar os passageiros", acrescentou o responsável.

O primeiro-ministro nepalês Pushpa Kamal Dahal disse que o avião voava de Katmandu para Pokhara e pediu ao pessoal de segurança e ao público em geral que ajude nos esforços de resgate.

Imagens e vídeos partilhados na rede social Twitter mostram nuvens de fumo a sair do local do acidente enquanto equipas de resgate e multidões se reuniam em torno dos destroços da aeronave.

O aeroporto de Pokhara serve de ligação para os viajantes que se dirigem à cidade de Jomsom, localizada no coração dos Himalaias, destino popular entre turistas estrangeiros que visitam o pico Annapurna (8.091 metros de altura) ou a região de Mustang, além de peregrinos hindus.

A indústria aérea do Nepal cresceu nos últimos anos, transportando mercadorias e pessoas para áreas de difícil acesso, bem como caminhantes e alpinistas estrangeiros.

No entanto, o setor tem tido problemas de segurança devido à falta de formação dos pilotos e manutenção dos aviões.

Desde 2013 que a União Europeia proíbe as companhias aéreas do Nepal de aceder ao espaço aéreo europeu, por razões de segurança.

O país dos Himalaias tem ainda algumas das rotas mais isoladas e complexas do mundo, ladeadas por picos cobertos de neve que desafiam mesmo os pilotos experientes.

Pilotos dizem que o Nepal carece também de infraestruturas para fazer previsões meteorológicas precisas, especialmente em áreas remotas com terreno montanhoso acidentado onde o clima muda rapidamente.

Em maio de 2022, todas as 22 pessoas a bordo de um avião operado pela empresa nepalesa Tara Air -- 16 nepaleses, quatro indianos e dois alemães -- morreram quando a aeronave caiu.

Após este acidente, as autoridades apertaram as regras, nomeadamente determinando que os aviões só possam deslocar se as previsões meteorológicas forem favoráveis ao longo da viagem.

Em 1992, todas as 167 pessoas a bordo de um avião da Pakistan International Airlines morreram perto de Katmandu, no acidente aéreo mais mortífero da história do Nepal.


Leia Também: Pelo menos 67 das 72 pessoas a bordo do avião que caiu hoje no centro do Nepal morreram, segundo fontes oficiais, que avançam ainda que 15 dos passageiros eram estrangeiros, nenhum dos quais português. Este é já o pior acidente aéreo do país em 30 anos.

sábado, 14 de janeiro de 2023

PM japonês adverte que a Ásia se pode tornar "na Ucrânia de amanhã"

© Lusa

POR LUSA  14/01/23 

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, advertiu hoje que "a Ásia poderá tornar-se na Ucrânia de amanhã", no final de uma visita oficial aos Estados Unidos que completou o seu périplo pelos países do G7.

O chefe do Governo nipónico indicou ter manifestado junto dos dirigentes do G7 -- integrado pelos Estados Unidos, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Canadá e Japão -- o seu "forte sentimento de crise em termos de segurança para a Ásia oriental".

Fumio Kishida, cujo país preside durante este ano ao G7, deslocou-se numa semana a cada um dos Estados-membros à exceção da Alemanha, por questões de agenda, mas assegurou que pretende visitar Berlim em breve.

"A lição a extrair da Ucrânia é que a segurança da Europa e da região do indo-pacífico são inseparáveis", indicou no decurso de uma conferência de imprensa um dia após o seu encontro com o Presidente dos EUA, Joe Biden.

"A situação em torno do Japão é cada vez mais grave, entre as tentativas de alterar pela força o 'staus quo' no mar da China oriental e no mar da China do Sul, e a promoção pela Coreia do Norte de atividades nucleares e de disparos de mísseis", considerou.

O líder nipónico fazia alusão ao empenho da China de aumentar o seu envolvimento numa ampla zona marítima em disputa, e que tem originado fricções com o Japão, as Filipinas e o Vietname.

A região também está suspensa pelas tensões em torno de Taiwan, a ilha que Pequim reivindica como parte integrante do país.

A deslocação de Fumio Kishida a Washington segue-se a uma decisão inédita de um país que se reivindica pacifista desde o final da Segunda Guerra Mundial.

O Japão anunciou que pretende duplicar o seu investimento na área da Defesa durante os próximos cinco anos.

Os dirigentes do G7 vão reunir-se em maio para a sua cimeira anual em Hiroxima, onde em 06 de agosto de 1945 os Estados Unidos lançaram uma bomba atómica no primeiro ataque nuclear da História. A cidade é também um bastião eleitoral do primeiro-ministro japonês.

Líderes religiosos de Bolama, promove este sábado (14.01), a marcha para celebração do dia mundial de oração à Paz... O Ato contou com a participação de todos os líderes religiosos da cidade de "Bolama".

Radio TV Bantaba

PM | FESTIVAL DA UNIÃO E PROMOÇÃO DA MÚSICA TRADICIONAL GUINEENESE

CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR AO VÍDEO

 Nuno Gomes Nabiam- Primeiro Ministro da República da Guiné-Bissau  14/01/2023

Decorreu hoje na tabanca de N’anhe em Mansôa, festival de músicos tradicionais, num ambiente de união cultural e de forte exaltação da nossa identidade. 

Vários músicos tradicionais de renome abrilhantaram o evento que contou com a presença de milhares de pessoas amantes da música tradicional. 

Nuno Gomes Nabiam foi convidado pela organização para assistir ao festival acompanhado do Ministro da Juventude, Cultura e Desporto Augusto Gomes. 

O momento mágico do festival foi quando os três expoentes máximos da música tradicional Guineense apareceram para o delírio da multidão, Djenis de Rima, Domingos Broska e Rei Kabila. 

[seleção de imagens do festival] 


PM esteve no Festival de Broska em Mansoa e, dançou... Nuno Gomes Nabiam após a receção, usou de palavra, para destacar a necessidade de acompanhar o PR Umaro Sissoco Embaló no processo de estabilização do país, para que o governo possa realizar importantes obras do desenvolvimento.

Radio Voz Do Povo

Guiné-Bissau: Caso de incêndio na tabanca de Menegue, Ilha de Canhabaque, Bubacar Gomes um de testemunhos, assegurou que, era difícil neutralizar o fogo, por causa de mau tempo.

Explicou ainda que, momentos antes de sucedido, maioria da população se encontravam na cerimónia fúnebre. Por esta razão, fogo acabou por dominar o perímetro.

Radio TV Bantaba

COVID-19: OMS pede a Pequim "mais dados e transparência" após 60 mil mortes

© Reuters

POR LUSA  14/01/23 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu hoje à China que forneça mais dados, depois de registar quase 60.000 mortes nos hospitais ligadas à pandemia de covid-19 desde o levantamento das restrições.

Além disso, a OMS pediu ainda "maior transparência" para entender as origens da pandemia.

"Hoje cedo, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, conversou com o ministro Ma Xiaowei, diretor da Comissão Nacional de Saúde da China, sobre a situação da covid-19 no país", disse a organização, em comunicado.

Agradecendo a reunião, a OMS solicitou a divulgação pública de informação sobre a situação geral na China.

Nas últimas semanas, o diretor-geral e outros funcionários da OMS criticaram a relutância da China em partilhar dados confiáveis sobre a "onda de covid-19" que está a "varrer o país".

A OMS salientou estar a analisar informação do início de dezembro de 2022 a 12 de janeiro de 2023 para uma melhor compreensão da situação epidemiológica e do impacto desta "onda de covid-19 na China".

A organização salientou ter tomado nota dos "esforços feitos pelas autoridades chinesas para reforçar" os cuidados de saúde, incluindo os cuidados intensivos.

A China registou quase 60.000 mortes nos hospitais ligadas à pandemia de covid-19 desde o levantamento das rígidas restrições para combater a doença feito no país há um mês, anunciaram hoje as autoridades.

"Um total de 59.938 [mortes] foi registado entre 8 de dezembro de 2022 e 12 de janeiro de 2023", avançou à imprensa o responsável da Comissão Nacional Sanitária da China, Jiao Yahui, referindo que o registo não tem em consideração as mortes que aconteceram fora das estruturas médicas.


O coordenador do Madem-G15 para Setor Autónomo de Bissau, Sandji Fati apelou esta tarde no círculo-27 o recenseamento em massa da população, para garantir vitória nas legislativas 04 junho. O deputado Alanso Fati falou primeiro, mas alertou que é preciso trabalhar seriamente para assegurar a vitória.

Radio Voz Do Povo

Japan-France Summit, What Will It Bring

By: Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA)

Pyongyang, January 13 (KCNA) -- A researcher of the Society for International Politics Study in the DPRK, released an article titled "What will Japan-France summit bring to the Asia-Pacific region" on Jan.12, which said:

Japanese Prime Minister Kishida on January 9 arrived in France as the first schedule of his visit to the G7 member states and held a summit with President Macron.

At the summit, Kishida explained the purport and purpose of the new national security strategy set forth in December last year under the pretext of "threats" from neighboring countries, reckoning France as an "important partner necessary for building the free and open Indo-Pacific".

He asserted that the security of Europe and the Indo-Pacific region is in "inseparable relationship" and, therefore, substantial cooperation with France, including joint military exercises, should be continuously promoted.

This clearly proved the aim of Kishida's visit which is to win support from the member states for Japan's new national security strategy with preemptive attack and arms buildup as its gist.

The new national security strategy Japan peddles in the member states of G7 is a confrontational scenario as it turned the previous policy of "exclusive defense" into a policy of preemptive attack and war in its contents and character.

It is the international community's comment that Japan has completely cast away its veil of a "pacifist state" by deciding to possess the "capability of counterattacking enemy's base".

As the concern and repugnancy of neighboring countries over its new national security strategy have grown day by day, Japan set out on a solicitation trip to secure the support of countries sharing "common values".

What matters is that some Western countries are actively joining Japan in its moves to become a military giant, bringing the dark clouds of instability to the Asia-Pacific region.

There is a greater danger in the fact that all countries visited by Kishida are NATO member states.

In June last year, the U.S., Britain, France and other major NATO member states at a summit gave a warning to "China's systematic challenge to the region linked with the security of the alliance" and adopted a new "strategic concept" whose main point is to contain China.

It is well known to the world that NATO has made public its plan to deploy more warships in the Asia-Pacific region and take more active part in the joint military drills with its allies, escalating the regional tension.

In case of France alone, it dispatched a French air detachment to the Pacific region, under the pretext of demonstrating air force capability ranging from its mainland to the South Pacific, to join the U.S.-led joint air drill in September last year.

It is the sinister intention of NATO stretching its tentacles to the Asia-Pacific region to put pressure on China in an all-round way by justifying its advance into the Asia-Pacific region under various pretexts and steadily expanding its influence over the region.

This is clearly evidenced by the fact that the Japan-France summit called for "unilateral change of status quo" in the East and South seas of China, talking about the Taiwan issue that belongs to China's internal affairs.

Japan plays the role of a guide introducing NATO, a legacy of the Cold War, into the Asia-Pacific region, while NATO tries to set its foot in the region. Such behaviors are sowing the seeds of discord deep in the Asia-Pacific region where the interests are complicatedly intertwined over the historical and territorial issues and so on.

They must be making a wrong choice.

Asia-Pacific is not what was in the past, and regional countries are strictly watching the recent worrying moves of Japan and outside forces.

Kishida's foreign tour will only bring security instability to the Asia-Pacific region.