É no Hotel Capella que decorre a histórica cimeira de Singapura. Os dois líderes chegaram cerca de meia hora antes do início. Primeiro Donald Trump e, pouco depois, Kim Jong-un. Um aperto de mão histórico deu o 'pontapé de saída'.
Depois de conversa à porta fechada com tradutores, conversações prosseguiram com mais elementos das respetivas comitivas.© Reuters
Foram meses de avanços e recuos. A cimeira esteve quase certa, chegou a ser cancelada, mas esta terça-feira em Singapura faz-se história: Donald Trump e Kim Jong-un reuniram pela primeira vez e deram um aperto de mão cujas imagens correrão o mundo por estes dias.
Os líderes da Coreia do Norte e o dos Estados Unidos estão frente a frente pela primeira vez. A desnuclearização da península coreana mas, acima de tudo, a paz, são temas em cima da mesa.
Entre EUA e Coreia do Norte não há apenas um oceano de separação. Há décadas de tensão de uma guerra na península que nunca foi inteiramente resolvida. Na verdade, o fim da guerra nunca foi formalizado. E o apoio que norte-americanos deram aos sul-coreanos é ainda relembrado no seio do isolado e empobrecido vizinho do Norte.
Tem agora a palavra a diplomacia pelas mãos de duas figuras invulgares, à sua maneira, na atualidade da política internacional. De um lado o líder de um regime fechado, sob pressão, e com necessidade de apresentar uma vitória aos seus. Do outro o líder de uma potência democrática que vem de um G7 sob críticas e que chega aqui com a possibilidade de levar também a sua vitória, para mostrar não só aos seus apoiantes mas também aos críticos.
O Notícias ao Minuto tem estado ao longo da noite acompanhar o antes, o durante e o depois de um encontro que começou às 9h da manhã em Singapura e que se prolongará pela manhã fora (madrugada em Portugal). Fique connosco.
06h40 - “Tivemos uma reunião histórico e estamos decididos a deixar o passado para trás. O mundo vai assistir a uma grande mudança”, afirmou Kim Jong-un, agradecendo de seguida a Trump pela cimeira.
"Estamos muito orgulhosos", declarou Trump, adiantando que as coisas daqui para a frente serão diferentes. "Quero agradecer ao Kim. Passámos muito tempo juntos hoje e posso dizer que isto correu muito melhor do que qualquer um no mundo esperava". O presidente dos EUA caracteriza o documento assinado como "histórico" e "abrangente" e fala ainda em "ligação especial" que construiu hoje mesmo com Kim.
Entre traduções, os dois líderes recebem aplausos na sala no final desta histórica cimeira.
06h38 - Kim Jong-un e Donald Trump surgem novamente juntos. Preparam-se para prestar declarações e assinar documento.
06h00 - Trump adianta a jornalistas que haverá "assinatura" de documento e que a cimeira "correu melhor do que qualquer um poderia ter esperado", reporta a CNN.
05h38 - Após almoço, Donald Trump e Kim Jong-un surgem juntos em pequena caminhada que não escapou às objetivas da imprensa internacional. Trump alerta que poderá haver declarações em breve. Eis uma imagem do momento.
[Caminhada dos dois líderes após almoço de trabalho]
© Reuters
05h00 - Não houve acaso nem no número de acompanhantes nem no número de bandeiras (seis de cada país) que surgiram lado a lado. Para a Coreia do Norte, esta questão era importante para mostrar que a reunião decorria com os dois países representados ao mesmo nível, explica a CNN. Ainda assim, nos EUA, surgiram críticas, tanto à Direita como Esquerda, pelo facto de a bandeira do país surgir como surgir, ao lado da bandeira de um país de regime ditatorial.
04h40 - Enquanto se espera por novidades das conversações, já é conhecida a ementa do almoço de trabalho. Há pratos ao gosto de ambos, representando também as diferentes culturas. Há salada de gambas com abacate e pepino recheado (chama-se 'oiseon' e é tipicamente coreano, dá conta a BBC). Há porco agridoce, costeletas e até bacalhau, sem esquecer sobremesas, de chocolate até gelado de baunilha da Häagen-Dazs, entre outras iguarias. Um pouco de Oriente e de Ocidente também à mesa de refeição.
04h30 - Conversações vão prosseguir, mas agora à mesa de refeição.
04h10 - De jornalistas em Singapura chega uma curiosa citação de Kim para Trump, já após o perto de mão e as primeiras declarações: "Muitas pessoas no mundo vão pensar que é fantasia... ou um filme de ficção científica".
03h50 - Jonathan Ernst, fotógrafo da agência Reuters, dá-nos uma perspetiva mais próxima do histórico aperto de mão.
[Um outro olhar sobre o histórico aperto de mão]
© Reuters/Jonathan Ernst
03h45 - Da Coreia do Sul chegam imagens do primeiro-ministro e presidente a assistirem, juntos, ao início da cimeira. "Pode-se ver a reação nos rostos deles", destaca no Twitter a jornalista Elise Hu.
03h40 - A BBC reporta alguns números e curiosidades desta cimeira. A 'conta' de Singapura é de perto de 20 milhões de euros. A maior parte do dinheiro foi investido em segurança. Há também cerca de três mil jornalistas a acompanhar 'in loco' as incidências. É um número nunca antes visto em Singapura. Um que até já valeu um pequeno 'susto' no local onde se encontram os jornalistas: com a manhã a começar cedo para tanta gente, o stock de café do hotel foi 'vítima' a registar.
03h30 - Moon Jae-in, presidente da Coreia do Sul, admite que a última noite foi mal dormida, na expectativa de encontro entre EUA e Coreia do Norte. Falou também na esperança de "um novo capítulo" que este encontro poderá trazer.
03h00 - A conversa privada entre os dois líderes já terminou. Conversações prosseguem agora com a mesa mais composta, com elementos de ambas as comitivas a juntarem-se às negociações.
[Reunião prossegue para segunda etapa, agora com mais elementos à mesa] © Reuters
02h48 - Dennis Rodman, histórico jogador da NBA, apoiante de Trump e possivelmente o maior amigo norte-americano de Kim Jong-un, falou à CNN de forma emotiva. "Um grande dia para todos", afirmou por entre lágrimas, lembrando que chegou a estar sozinho a defender a ideia de que era possível um encontro diplomático a este nível.
02h35 - A BBC reporta que houve aplausos na Coreia do Sul em locais públicos no momento em que Trump e Kim apertaram mãos. Reação semelhante já se tinha verificado quando os líderes das duas Coreias se encontraram em abril.
02h30 - A CNN realça o que podemos agora esperar. Primeiro, um encontro a sós (os dois líderes mais os tradutores) de 40 minutos. Conselheiros de ambas as comitivas deverão juntar-se depois para conversações alargadas. Encontro deverá prolongar-se ela manhã em Singapura até à hora de almoço mas não há hora prevista para terminar.
02h15 - Lado a lado, os dois líderes reservaram curtas palavras aos jornalistas antes de conversações começarem. Trump realçou esperar um "tremendo sucesso". Já o líder norte-coreano, com a ajuda de um tradutor, realçou os "obstáculos" e "antigos preconceitos" que se enfrentou para chegar a este momento. "Não foi fácil chegar até aqui", afirmou.
020h04 - Encontro histórico: o presidente dos Estados Unidos e o líder da Coreia do Norte apertam a mão para as câmaras antes de início de conversações. "O momento que o mundo esperava", escreve a BBC.
[Um aperto de mão para a história]
© Reuters
02h00 - São 9h da manhã em Singapura, a hora marcada para o início do encontro.
01h45 - Minutos antes de cimeira começar, Donald Trump enviou mensagem de apoio a Larry Kudlow, um dos seus conselheiros para a área de economia, que sofreu um ataque cardíaco.
01h30 - A comitiva de Kim Jong-un a chegar. Está (quase) tudo a postos para o início.
[Comitiva norte-coreana à chegada ao local de encontro ]
© Reuters
01h24 - Donald Trump acaba de chegar à cimeira. Comitiva norte-americana mostrou parte do percurso a caminho do Hotel Capella, na ilha de Sentosa.
01h00 - A CNN revela que, no dia antes da reunião, Trump falou ao telefone com os líderes do Japão e da Coreia do Sul (Shinzo Abe e Moon Jae-in, respetivamente). Entretanto, falta uma hora para o início da cimeira.
00h55 - Mike Pompeo, secretário de Estado dos Estados Unidos, a caminho da cimeira.
00h30 - Conta a BBC que na Coreia do Norte há imagens curiosas na primeira página do Rodong Sinmun, o jornal estatal. É Kim Jong-un em passeio turístico a elogiar a "beleza" de Singapura. No Twitter circulam algumas imagens do passeio.
00h01 - Faltam neste momento menos de duas horas para que Donald Trump e Kim Jong-Un, acompanhados pelos tradutores, comecem a histórica reunião.
A segurança é pesada junto ao Hotel Capella, onde irá decorrer encontro.
[Jornalistas e forças de segurança junto ao local da cimeira]
© Reuters
Entre sinais positivos e sinais contraditórios
Apesar de tudo, e ainda que sejam necessários mais sinais concretos, 2018 fica já marcado por uma aproximação entre Norte e Sul, uma aproximação proporcionada (e aproveitada de parte a parte, apesar de todas as dificuldades) pelos Jogos Olímpicos de Inverno, que decorreram em fevereiro, em Pyeongchang, na Coreia do Sul. Em abril, houve outra histórica cimeira, uma que juntou precisamente os líderes das duas Coreias.
A dúvida do mundo passa agora por perceber como Kim Jong-Un e Donald Trump, depois de meses de mensagens de parte a parte, muitas delas mudando com aparentes contradições e até com 'nucleares ameaças', vão lidar um com o outro durante uma reunião que está a gerar expectativas no mundo inteiro.
Antes da cimeira de Singapura
Nenhum pormenor escapa ao acaso. Limpeza incluída. Da objetiva da Reuters chega-nos uma curiosa imagem de uma empregada junto às bandeiras dos dois países. Há não muito tempo, poucos imaginariam poder ver estas duas bandeiras lado a lado num evento oficial.
[Duas bandeiras lado a lado. Uma imagem impensável durante décadas]
© Reuters
Já por Singapura, Kim Jong-un conheceu alguns pontos turísticos na companhia do ministro dos negócios estrangeiros local, Vivian Balakrishnan. E até tivemos direito a selfie.
A cimeira encontra-se rodeada dos mais variados níveis de segurança. Isto inclui todos os preparativos de parte a parte mas também uma curiosa tropa especial vinda das montanhas do Nepal.
Em antecipação ao encontro têm sido várias as reações:
António Guterres, enquanto secretário-geral das Nações Unidas, mostrou-se confiante que haverá progressos. "O mundo está a seguir de perto", alertou.
O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, afirmou que este encontro é a prova de que os dois países estão "amplamente empenhados em chegar a uma solução que beneficiaria ambas as partes bem como o mundo inteiro".
A China, cada vez mais relevante no 'tabuleiro' da geopolítica mundial e parceiro próximo da Coreia do Norte, mesmo em alturas em que houve sanções por parte da comunidade internacional, disse também esperar resultados positivos.
De Portugal, surgiram também vozes de apoio, com o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa a reforçar os desejos de que a paz seja a 'vencedora' desta reunião.
Parte particularmente interessada é a vizinha Coreia do Sul. O presidente do país, Moon Jae-in, disse hoje esperar que a cimeira seja "um marco histórico no caminho para a paz".
Estas reações incluem também as da imprensa norte-coreana. Num regime que habituou os seus a poucas e controladas informações, o encontro já é assunto, tal como a desnuclearização, e há expectativas para o que aí vem.
O próprio Trump ‘puxou dos galões’ de negociador para afirmar que os primeiros minutos do encontro bastariam para perceber a margem de sucesso do encontro. E foi perentório caso ache que não há empenho do outro lado da mesa: “Não vou perder o meu tempo”, afirmou.
Também esta segunda-feira, via Twitter, Donald Trump deixou também mensagem aos "haters" e "losers".
Aproveite também para espreitar a entrevista de Vozes ao Minuto com José Duarte de Jesus, ex-embaixador português na China que teve uma relação privilegiada com a Coreia do Norte.
[Notícia em atualização]
Fonte: NAOM
Kim Jong-un e Donald Trump
Delegações acertam agora pormenores
Pela primeira vez na história, líderes dos Estados Unidos e da Coreia do Norte se encontraram pessoalmente para tentar chegar a um consenso sobre o fim do programa nuclear e balístico da ditadura comunista.
Quando se sentou ao lado do líder norte-coreano, Trump disse ter esperança de que a cúpula será "tremendamente bem-sucedida".
“Teremos um óptimo relacionamento pela frente", acrescentou.
Em resposta, Kim disse que houve uma série de "obstáculos" para o encontro.
"Nós superamos todos eles. Não foi fácil aqui chegar. Velhos preconceitos e hábitos funcionaram como obstáculos, mas foram ultrapassados e aqui estamos hoje", disse aos repórteres.
Trump e Kim saíram da sala onde estiveram reunidos em privado, apenas na presença de dois intérpretes..
Sorridentes, caminharam pela longa varanda do segundo andar do hotel em direcção a outra sala onde continuam as negociações.
Ao lado de Trump está o secretário de Estado Mike Pompeo e o chefe de gabinete da Casa Branca John Kelly.
A reunião debaterá o fim do programa de armas nucleares e balísticas da Coreia do Norte, cujas ambições têm sido uma fonte de tensão há décadas.
Além do encontro de Trump e Kim, estão previstas diversas reuniões entre representantes dos dois países ao longo de cinco dias.
Os dois líderes, no entanto, devem deixar Singapura ainda nesta terça-feira, horário local.
VOA
A Polícia Judiciária (PJ) de Cabo Verde anunciou hoje que apreendeu em 10 dias um total de 2.702 gramas de cocaína e 6.940 gramas de canábis em duas ilhas do arquipélago e deteve duas pessoas.
Segundo a PJ, a primeira apreensão de 2.702 gramas de cocaína aconteceu em 31 de maio.
Aquela polícia disse ainda que na sexta-feira foi detida em flagrante delito, no bairro da Várzea, cidade da Praia, uma mulher, de 32 anos, acusada da prática de um crime de tráfico de estupefacientes.
A detida foi apresentada no mesmo dia ao Tribunal da Comarca da Praia, que lhe aplicou como medida de coação Termo de Identidade e Residência (TIR).
A polícia científica cabo-verdiana referiu ainda que no sábado apreendeu 6.940 gramas de canábis no cais do Porto Novo, na ilha de Santo Antão.
Na sequência da operação, um homem, de 29 anos, foi detido em flagrante delito na posse de uma mala contendo 18 bolotas de produtos estupefacientes.
De acordo com a PJ, caso chegasse ao mercado de venda ilícita de estupefacientes, o produto dava para 23.133 doses individuais, avaliadas em 1.115.650 escudos (cerca de 10 mil euros).
O detido deverá ser apresentado hoje ao Tribunal para primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação pessoal.
Por Lusa
Os ratos, animais frequentemente associados à sujidade, são animais muito limpos, arrumados e organizados. Têm nas suas tocas locais específicos, separados uns dos outros, para armazenar comida, para dormir e para os dejetos.
Os ratos comunicam uns com os outros através de sinais vocais e odoríferos e utilizam diferentes expressões faciais para transmitir o que estão a sentir. Sentem empatia pelos seus companheiros, sendo também afetados pelas situações que causam sofrimento e medo a outros ratos.
Estes animais fantásticos são frequentemente alvo de todo o tipo de atrocidades, desde veneno a armadilhas. São também dos animais usados em maior número pelos laboratórios que testam os seus produtos em animais, onde são torturados em experiências absolutamente cruéis e arcaicas.
Rita Lavado
Sociedade Protectora dos Animais
NAOM
O líder do PSD, Rui Rio, destacou hoje o potencial do setor do turismo na Guiné-Bissau, salientando que com estabilidade no país os empresários portugueses podem vir a ter um "papel importante".
"Portugal tem neste momento um conhecimento muito profundo na área do turismo, é o setor que mais está a crescer em Portugal, há bons empresários na área do turismo em Portugal que terão também necessidade de expandir as suas atividades e a Guiné-Bissau é efetivamente um país com esse potencial e onde os empresários portugueses podem vir a ter um papel importante", afirmou Rui Rio.
O líder do PSD falava em Bissau, onde se encontra a realizar uma visita de três dias, após uma audiência com o Presidente guineense, José Mário Vaz.
Nas declarações aos jornalistas, Rui Rio afirmou que está disponível para "convencer empresários portugueses a investir na Guiné-Bissau", mas, disse, é necessário estabilidade.
"Para nós é muito importante que a Guiné-Bissau consiga encontrar a estabilidade política que tem vindo a encontrar, uma vez que para o desenvolvimento da Guiné-Bissau, o investimento, particularmente o investimento estrangeiro, é fundamental", disse.
Rui Rio, que iniciou no domingo uma visita a Bissau para participar nas comemorações do 10 de junho, vai reunir-se ainda hoje com empresários portugueses e com o primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes.
Na terça-feira, último dia de visita, o presidente do PSD vai ter um encontro com o presidente do parlamento guineense, Cipriano Cassamá, e com representantes do Partido de Renovação Social (PRS) e Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
MSE // ZO
Lusa/Fim
A União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau (UNTG) confirmou hoje, em comunicado, que vai realizar uma greve geral entre terça-feira e quinta-feira para reivindicar um reajuste salarial nos funcionários da função pública guineense.
A decisão de manter a greve foi anunciada após a realização, na semana passada, de um encontro de negociação com o Governo guineense.
A central sindical pretende o cumprimento da nova grelha salarial já promulgada pelo Presidente da República e que visa, segundo a UNTG, reajustar o salário dos funcionários, que, passadas quase duas décadas, não beneficiaram de promoções na carreira, nem de aumentos salariais.
No comunicado distribuído à imprensa, a UNTG apela aos trabalhadores guineenses para se "manterem firmes e serenos na luta e defesa dos seus legítimos interesses laborais".
A UNTG exorta o Governo guineense a "tomar medidas sérias e urgentes tendo em consideração o compromisso assumido" com a central sindical.
A central sindical refere também, no comunicado, que se reserva o "direito de mobilizar os trabalhadores para desencadear uma greve semanal e sucessivamente até que seja tomada uma posição a favor dos trabalhadores".
O ordenado mínimo pago na Função Pública guineense é de cerca de 30.000 francos cfa (cerca de 45 euros). Um saco de 50 quilogramas de arroz, base alimentar dos guineenses, ultrapassa os 20 euros.
A UNTG realizou entre 07 e 09 de maio uma greve de três dias a exigir o reajuste salarial e teve uma adesão de cerca de 85% em todo o país.
Dn.pt
Jorge Herbert:
Cabral Ka Murri, mistura as coisas!
O que tem o caso FUNPI (e de que caso fala?). Mostra uma autorização da transferência como se isso provasse a utilização incorrecta desse fundo! Pessoalmente desconheço a legalidade dessa transferência.
Segundo, Jomav não é o meu ídolo. É um guineense que respeito e muito, por partilharmos do mesmo amor a pátria e a forma mais dedicada à pátria por parte dele, mesmo nas adversidades, faz-me nutrir alguma admiração por ele sim.
Terceiro, nunca acusei o seu ídolo (DOMINGOS SIMÕES PEREIRA) como culpado no caso do falso resgate aos bancos (quanto a esse assunto, relacionado com a sua Nota de Imprensa, publicarei um texto a breve prazo).
No entanto, não considero normal, em qualquer parte do mundo, que alguém queira liderar um país, mas não aceita ser chamado e responder pela justiça do próprio país!
Se não deve nada, nada deve temer. Que dê a cara, enfrente a justiça, mesmo que na sua opinião esta esteja manipulada ou condicionada.
Cabral, mesmo depois de levar uns tiros, levantou e pediu justificações aos seus executantes, não fingiu de morto para fugir aos seus executores!
O problema é que até hoje, nem o seu ídolo, (DOMINGOS SIMÕES PEREIRA), nem o seu Ministro da Economia, conseguiu explicar aos guineense e ao mundo, de que forma esse pseudo-resgate beneficiaria o Estado guineense!
Quem quiser liderar um país, tem de estar no terreno e enfrentar todas as adversidades e limitações do país. Não é fugindo à justiça que um líder dá exemplos...
É impossível ser indiferente ante todas as tropelías que comete a família de DOMINGOS SIMÕES PEREIRA contra as leis, a economia, a justiça, e agora com os direitos humanos. Uma família que num ano de mandato tem saqueado o país e o levou a miséria e a fractura social.
Agora no cúmulo, o irmão maior de DOMINGOS SIMÕES PREIRA, DIONISIO SIMÕES PEREIRA exiliado em Cabo-Verde des de 1979, fugindo do regime de PAIGC depois da estranha morte num suposto acidente vial do seu irmão Bartolomeu Simões Preira (ex- ministro do regime), está a ameaçar com uma GUERRA CIVIL no país em caso de que o procurador geral de república proceder-se-á com acção de deter ao seu irmão por casos da corrupção.
Eis aqui trecho da declaração do DIONISIO SIMÕES PREIRA:
“Caso leve adiante seu plano de detenção do Presidente do PAIGC para que não lidere a campanha dás legislativas de 18 de Novembro próximo, haverá nova guerra civil na Guiné-Bissau”.
Assim proclamou com toda soberba o irmão mais velho do presidente de PAIGC na sua página de Facebook, num post cheio de barbaridades, ameaças e insultos contra o povo da Guiné-Bissau.
Não se pode ser indiferente ante essa INCITAÇÃO À VIOLÊNCIA, tem que existir uma resposta contundente do bravo povo guineense que ponha a listra ao desenfrenado ambições da família Simões Pereira que pretende se enriquecer a todo custo em detrimento de bem-estar do povo guineense, DIGA NÃO À VIOLÊNCIA!!
Fonte: ESTAMOS A TRABALHAR
Dezenas de milhares de raparigas grávidas e mães adolescentes estão impedidas ou são desencorajadas de frequentar a escola em vários países de África, denunciou hoje, num relatório, a organização internacional Human Rights Watch (HRW).
No documento, destinado a assinalar o Dia da Criança Africana, que se celebra a 16 de junho, a organização de defesa e promoção dos direitos humanos apela à necessidade de os governos do continente garantirem o direito à educação de todos os jovens, sem qualquer discriminação, dando como piores exemplos os existentes na Guiné Equatorial, Serra Leoa e Tanzânia.
Intitulado "Não Se Deixa Nenhuma Rapariga para Trás em África: A Discriminação na Educação contra as Alunas Grávidas e as Mães Adolescentes", o relatório da HRW é fruto de uma "intensa investigação" da organização sobre a situação das jovens no continente africano.
Os critérios passaram por uma análise exaustiva das leis de cada país, das políticas e das práticas que bloqueiam ou apoiam o acesso das "jovens grávidas" e das "mães adolescentes" no direito ao ensino primário e secundário nos 55 Estados-membros da União Africana (UA).
África tem um dos maiores índices de gravidezes na adolescência do mundo, pelo que os governos do continente devem, "com urgência", aprovar legislação e políticas para garantir que as escolas permitam e apoiem as raparigas grávidas para que se mantenham nos estabelecimentos escolares, advoga a HRW.
Outra ideia defendida no relatório é a aprovação de medidas que incentivem as jovens mães a regressar à escola depois de parirem.
"Em muitos países africanos, as raparigas grávidas e as mães adolescentes são forçadas a abandonar a escola, ficando privadas do direito à educação", salientou Elin Martinez, investigador dos direitos das crianças na HRW.
"Apesar de se ter registado algum progresso, os países da União Africana necessitam de trabalhar em conjunto para garantir que não seja negado a nenhuma rapariga o direito à educação por causa de estar grávida", acrescentou.
Nos últimos anos, vários governos africanos mostraram grandes progressos na inserção no ensino e no direito das jovens grávidas e mães adolescentes de frequentarem a escola, mas a Guiné Equatorial, Serra Leoa e Tanzânia ainda proíbem as raparigas nessas circunstâncias de acederem aos estabelecimentos escolares públicos.
No relatório, a HRW lembra as declarações do chefe de Estado da Tanzânia, John Magufuli, proferidas a 22 de junho do ano passado: "Enquanto for Presidente, nenhuma estudante grávida terá autorização para frequentar a escola".
A decisão levou à detenção de dezenas de raparigas tanzanianas nessas circunstâncias.
Em maio deste ano, o Tribunal de Justiça da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) deferiu uma queixa contra o Governo da Serra Leoa, por Freetown recusar o acesso de jovens grávidas às escolas públicas.
Segundo o relatório, muitos países africanos não têm políticas de incentivo ao regresso à escola depois de as jovens darem à luz, enquanto outros com elevadas taxas de adolescentes grávidas, como Angola e Burkina Faso, continuam sem legislação de apoio às raparigas nestas circunstâncias quando estas as frequentam.
Nalguns países, denuncia o HRW, as direções das escolas recorrem a meios "indignos" para identificar as raparigas grávidas, que incluem testes forçados de gravidez, estigmatizando-as também, através de uma humilhação pública ou da expulsão pura e simples do estabelecimento escolar.
Para o HRW, os testes de gravidez sem autorização da visada violam o direito à privacidade e à dignidade, havendo casos de raparigas que, temendo a humilhação, abandonam a escola ou acabam por abortar em condições precárias, pondo em risco a sua própria vida.
Nos países do Norte de África, acrescenta-se no documento, faltam políticas relacionadas com o tratamento dado às jovens grávidas nas escolas, havendo casos em que são impostas medidas de exclusão e castigos pesados às raparigas e mulheres que têm relações sexuais fora do casamento.
Por outro lado, as mães adolescentes, que são frequentemente acusadas de trazer a desonra para as suas comunidades, são ridicularizadas, isoladas e até detidas, não havendo qualquer perspetiva de permanecer ou de frequentar a escola.
No entanto, segundo a HRW, nem tudo é mau no continente africano, onde se registaram progressos em 26 dos 55 países, com a elaboração de legislação e a criação de políticas de proteção à educação das jovens grávidas e das mães adolescentes, com a organização a destacar Cabo Verde, Benim e Senegal, que revogaram as políticas repressivas e punitivas, garantindo e protegendo o acesso ao ensino.
Para a HRW, todos os países africanos têm de aprovar medidas para melhorar a situação das jovens mães e das adolescentes grávidas, pelo que cabe também aos governos adotar medidas para combater as causas das gravidezes precoces e indesejadas, garantindo acesso aos serviços de saúde, a consultas de planeamento familiar, a métodos contracetivos e à realização de abortos legais e em segurança.
"Punir as jovens grávidas retirando-as da escola não vai resolver a gravidez entre as adolescentes. Muitos países africanos vão falhar a promessa de não deixar nenhuma criança para trás se continuarem a excluir as raparigas grávidas. Todo o continente irá beneficiar se todas foram autorizadas a regressar à escola", concluiu Martinez.
dn.pt