domingo, 8 de setembro de 2019

Houve tanta pressa para a nomeação do governo, ignorando, uma vez mais, o bloqueio do Parlamento e as suas consequências constitucionais e legais, bem como, institucionais, políticas, sociais e, por arrasto, económicas

Por Fernando Casimiro 

Não foi aberto oficialmente o período de apresentação de candidaturas às eleições presidenciais de 24 de Novembro na Guiné-Bissau e, muito menos, o período de campanha eleitoral. Contudo, alguns potenciais candidatos, mesmo sem a validação e consequente legitimação das suas candidaturas, pelo Supremo Tribunal de Justiça, já estão a fazer uma autêntica campanha eleitoral, ignorando as suas responsabilidades e os seus compromissos, institucionais, dos quais deveriam antes de tudo, abdicar/suspender, em nome da Legalidade e da Transparência.

Infelizmente, todos falam no respeito pela Constituição e pelas Leis da República, mas o problema é o cumprimento do que diz a Constituição, por um lado e, as Leis da República, por outro.

Houve tanta pressa para a nomeação do governo, ignorando, uma vez mais, o bloqueio do Parlamento e as suas consequências constitucionais e legais, bem como, institucionais, políticas, sociais e, por arrasto, económicas.

O País continua estagnado, sendo que, apenas as movimentações, entre deslocações e negociatas de políticos e governantes (de um Governo sem legitimidade, pois até hoje não apresentou o seu Programa, nem o Orçamento Geral do Estado, mas está a assinar Acordos Internacionais, sem qualquer conhecimento, discussão, debate, Aprovação e Fiscalização do Parlamento), são motivos de destaque num País onde as "armas" estão apontadas para as eleições presidenciais, do tudo ou nada, entre a vida e, ou, a morte, na perspectiva guerreira dos candidatos de sempre, numa lógica de disputa que de positivo e sustentável nada tem a dar ao País e ao Povo Guineense!

Outrossim, o narcotráfico voltou a estar na ordem do dia, entre acusados e acusadores, políticos da Guiné-Bissau, numa autêntica roleta russa, com fiscalização americana...

Se os Guineenses querem a continuidade, dos mesmos de sempre, no dirigismo nacional, continuaremos a carregar a cruz do pecado mortal, da ganância, da ambição desmedida, do egoísmo, feitos princípios e valores materiais descartáveis.

Positiva e construtivamente.

Didinho 08.09.2019

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