terça-feira, 9 de julho de 2019

LÍDERES AFRICANOS LANÇAM OFICIALMENTE A ZONA DE COMÉRCIO LIVRE NO CONTINENTE


Com a Eritreia de fora, o novo bloco económico entre 54 países, vai unir mil e trezentos milhões de pessoas e representar um Produto Interno Bruto (PIB) combinado de 3,4 triliões de dólares, isto é, mais de 3 biliões de euros.

Uma aliança comercial que poderá contribuir para a industrialização dos países africanos e a redução da dependência de outras potências económicas, como a China ou a União Europeia. Um primeiro passo naquilo que poderá ser a criação de um mercado único.

De acordo com a União Africana, a nova zona de livre comércio será a maior do mundo e irá permitir um aumento de 60% de trocas comerciais na região, até 2022.

Entretanto, José Mário Vaz ao chegar ao país depois de ter participado na cimeira do lançamento da Zona de Comércio Livre Económica Africana (ZLECA) que teve lugar em Niamey, Niger, no dia (7/7) afirma que “o Governo guineense tem a missão de começar a trabalhar no sentido de intensificar o comércio”.

“ É importante trabalhar na direcção de aumento da transacção comercial entre os países africanos”, recomenda o presidente da Republica cessante José Mário Vaz

90% de todos os bens trocados em África vão passar a circular sem serem sujeitos a taxas aduaneiras.

A Nigéria e o Benim, dois dos três países da União Africana que ainda não tinham assinado o acordo de comércio livre no continente, acabaram por aderir ao bloco lançado na cimeira no Níger.

Neste momento, os países africanos trocam entre si 16% dos seus bens, um valor aquém dos 65% entre países europeus, mas a União Africana acredita que o acordo irá levar a um aumento de 60% do comércio dentro do continente até 2022.

Entre os países lusófonos, o acordo foi apenas ratificado por São Tomé e Príncipe.

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde anunciou na sexta-feira que o país está num "processo normal de ratificação", garantindo que o acordo "já foi aprovado em Conselho de Ministros", faltando o aval do parlamento e do Presidente da República.

Na cimeira, Angola foi representada pelo ministro das Relações Exteriores de Angola, Manuel Augusto, Guiné-Bissau pelo Presidente do país, José Mário Vaz, e Moçambique pela vice-ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Maria Manuela dos Santos Lucas.

O bloco europeu é o maior parceiro comercial de África, representando 36 % do comércio de mercadorias africano, que em 2017, ultrapassou os 243 mil milhões de euros. Valores que posicionam a União Europeia como o mercado mais aberto às exportações africanas a nível mundial.

Por: Nautaran Marcos Có

radiosolmansi.net

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