terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

DÍVIDAS COM BOAD CONDICIONA OS TRABALHOS DA REABILITAÇÃO DAS ESTRADAS NA GUINÉ-BISSAU


O director-geral das Infraestruturas e Transporte revelou, esta segunda-feira (10/02), que a suspensão dos trabalhos da reabilitação de alguns troços de Bissau assim como do interior deve-se a falta de pagamento da cota por parte do governo ao Banco de Desenvolvimento da África Ocidental (BOAD).

A revelação é feita numa entrevista a rádio Sol Mansi por Ismael Marcolino Soares da Gama sem no entanto avançar com o montante em causa.

“Em Bissau, relativamente às vias urbanas tinham o projecto de BOAD, para retomar as artérias da cidade, mas, infelizmente há problemas que tem a ver com a questão da cota do governo, daí que neste momento está suspenso bem como também a terceira circular e o desenvolvimento do projecto que concerne a ligação Safim-São Domingos- Varela, todos estão parados neste momento”, revelou para depois afirmar que no que concerne ao montante em causa, “não é da minha alçada mas, acredito que o governo está a resolver o problema”.   

Contudo o director-geral das Infraestruturas e Transporte avançou que em breve vai retomar os trabalhos da reabilitação de algumas vias rodoviárias do interior, porque segundo ele, a situação em que se encontram algumas, é muito caótica.

“A estrada que liga Granja-retunda da 2ªesquadra [Bissau], nas próximas semanas vai ser alcatroada porque tudo já esta pronto. Na `polémica´ estrada Gabu-Pirada [Leste] que, estamos a tentar colmatar a situação dos buracos que agora já é mais cratera em si e queremos até alcatroar e para ser sincero não há verba, mas está no nosso plano. Também os trabalhos da reabilitação que tínhamos suspendido de Aeroporto-Safim-Jogodul, assim como para zona do São Domingos, que é a zona muito crítico para saída de Bissau, vai ser retomado dentro de uma ou duas semanas, é só uma questão de tempo porque o recurso não é tao grande. O estado da nossa estrada é bastante caótica e foi degradando ao longo dos anos e está bastante patente e visível por todos, mesmo que com a contribuição dos motoristas, não será suficiente e o governo tem que envolver com ajuda dos parceiros”, lamentou.    

Para o responsável “dois aspectos são principal causa da degradação sistemática das estradas alcatroados no país: um tem a ver com a questão da drenagem e a outra tem a ver com acesso de carga nos nossos eixos rodoviárias”.

Maiorias das estradas do país ao longo dos anos têm-se degradado e dificultando a circulação da população sobretudo no escoamento dos seus produtos.

O início de obra para construção da estrada, retunda do aeroporto-Safim, ainda sem data prevista.

Entretanto, na mesma entrevista Ismael Marcolino Soares da Gama anunciou que o atraso em indemnização dos donos das casas da berma de estrada que liga retunda do aeroporto-Safim continua a dificultar o início da construção desta estrada que terá três faixas de cada lado, financiado pelo governo Chines.

“Infelizmente não avançou ainda porque há problemas de delineado feito devido faixa de rodagem e vai alcançar algumas casas e os proprietários dessas casas têm que ser indemnizado e não é fácil, também temos a estrada do Quebo-Boké e em breve vai começar. Ainda na quarta-feira passada estávamos reunidos com o Banco Africano para Desenvolvimento que é financiador desta via rodoviária e espero que ainda este ano, vamos dar início aos trabalhos, também aí está o mesmo problema da endemizarão, só que este é mais pacífico em relação ao do Aeroporto-Safim”, justificou.  

Questionado se o atraso em indemnização não pode contribuir para que o país perca o montante disponibilizado pelo governo Chines Ismael da Gama, disse que “ não de maneira nenhuma. Neste momento, o executivo está a estudar o plano `B´ sobre o referendo, porque o que está em causa é o número do eixo da via, mas estamos a tentar sensibilizar o ministro das Finanças e o primeiro-ministro no sentido de poder indemnizar a população para não perdemos este projecto porque é um projecto que vai nos ajudar muito”, reconheceu.

Em 2018, China anunciou o apoio de 30 milhões de dólares para construção de estrada que liga a rotunda do aeroporto-Safim, num total de 8,2 quilómetros, e terá três faixas de cada lado.

A estrada é principal entrada para capital Bissau e recebe o trânsito proveniente do norte, sul e leste do país.

Foi no mesmo ano, que o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) prometeu disponibilizar 50 milhões de euros à Guiné-Bissau e Guiné-Conacri para o lançamento da primeira fase da construção da estrada Quebo e Boké.

Por: Braima Sigá

radiosolmansi.net

COMUNICADO DAS MULHERES DO MADEM G15



Antonio Iaia SEidi

Guiné-Bissau/Eleições: Ultimato da CEDEAO ao Supremo Tribunal “é inaceitável” – analistas Rui Landim e Rui Semedo

Analistas guineenses consideraram que o ultimato dado pela Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) ao Supremo Tribunal de Justiça guineense, para decidir, até dia 15, sobre o contencioso eleitoral, é uma atitude inaceitável.


No final de mais uma cimeira extraordinária sobre a Guiné-Bissau, em Adis Abeba, Etiópia, no domingo, o presidente da comissão da CEDEAO, Jean-Claude Kassi Brou, anunciou que os chefes de Estado da organização pediram ao Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau que se pronuncie até 15 de fevereiro sobre o contencioso eleitoral, em curso naquela instância.

Para os politólogos guineenses Rui Landim e Rui Semedo, a CEDEAO, não pode, “em circunstância alguma” ditar prazos a um órgão de soberania, como é o caso do Supremo Tribunal de Justiça.

“À medida que o tempo passa, a CEDEAO vem demonstrando atitudes inadequadas face às exigências que vem fazendo aos órgãos de soberania da Guiné-Bissau, como por exemplo esta posição, que se assemelha a uma imposição com caráter arbitrário”, observou Rui Semedo.

O analista reconheceu, contudo, que a organização tem tido um papel “extremamente importante na busca de soluções” para a crise política na Guiné-Bissau guineense, mas lembrou que o país “tem os seus órgãos legítimos”.

Rui Landim, outro analista guineense, chamou a atenção da CEDEAO sobre o facto de o Supremo Tribunal de Justiça ser “um órgão que não recebe ordens de ninguém, salvo da própria lei”, que determina prazos e ‘timings’ para o funcionamento daquela instância judicial.

Rui Semedo sublinhou que a organização oeste-africana “ajudou a que a Guiné-Bissau não tenha resvalado para situações mais graves”, mas também denota “algum desgaste” no acompanhamento da crise política que tem afetado o país nos últimos anos.

Semedo defendeu que deve haver ponderação, sobretudo perante o processo eleitoral, alvo de litígio no tribunal.

“O mínimo que a CEDEAO podia fazer era pedir ao Supremo maior responsabilidade, ou celeridade na sua decisão, agora mandar, obrigar, dar um ultimato ao Supremo é deselegante, inaceitável e inadequado”, defendeu Rui Semedo.

O Supremo guineense está a analisar um pedido de anulação das eleições presidenciais de 29 de dezembro, feito pelo candidato apoiado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, dado como derrotado pela Comissão Nacional de Eleições.

Os advogados do candidato justificam o pedido alegando fraude no processo e que os dados foram manipulados.

Por seu lado, Umaro Sissoco Embaló, apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática (Madem G15), apontado como vencedor das eleições, ameaçou que vai tomar posse no dia 27 de fevereiro, mesmo contra a vontade do presidente do parlamento.

Embaló, que tem feito périplos por vários países africanos e europeus, defendeu ainda que neste momento “é necessário fazer a guerra” para que a Guiné-Bissau “nunca mais fique refém” de “alguns países” que estarão “a manipular” Domingos Simões Pereira.

interlusofona.info

Tem-se assistido, na nossa classe jornalística, sobretudo, um esforço de encontrar uma denominação mais específica para o Presidente da República eleito

Por: Docente, Jurista de Formação Dr. Florentino Fernando Dias

Tem-se assistido, na nossa classe jornalística, sobretudo, um esforço de encontrar uma denominação mais específica para o Presidente da República eleito.

Já se ouviu expressões como estás: Candidato declarado eleito, Presidente da República declarado eleito pela CNE, entre outras. De acordo com a nossa organização eleitoral, assente na constituição e, em especial, nas leis Eleitoral e da CNE, compete a esta, a título exclusivo, a missão de organizar e realizar as eleições, cabendo-a também, e por força destes instrumentos, declarar o candidato vencedor, que, a partir dessa altura e antes do acto de investidura - testemunhada pela ANP, em representação de todo o povo guineense, que, através de um sufrágio, geral e directo, elegeu o PR - é designado Presidente da República Eleito.

Admite, todavia, a nossa ordem jurídica, os diplomas citados, a possibilidade de haver contencioso eleitoral, assegurando, assim, garantias a outros intervenientes no processo, maxime candidato ou candidatos derrotados, podendo estes, quando não se sentirem satisfeitos e preenchidos que estão os pressupostos de recurso, interpor o competente recurso.

Porém, o facto de se recorrer não obriga a alteração da denominação do candidato eleito, que preserva, para todos os efeitos, a denominação "Presidente da República Eleito " e, entende-se, os privilégios e proteção do poder de estado que derivam desta qualidade.

Se, em decorrência da repetição de votação em várias Assembleias de votos, houver alteração de resultados e, consequentemente, a eleição de outro candidato, deixa de ser Presidente da República eleito.

As razões são viárias, a primeira decorre do facto de ser a CNE a única entidade competente para declarar o vencedor das eleições; a segunda, do facto de, enquanto não houver decisão contrária, a preferida pela CNE continua válida e vincula todas entidades públicas e privadas; a terceira, do facto do Supremo Tribunal de Justiça nunca poder substituir a CNE e declarar o vencedor das eleições, pode, como se demonstrou, anular eleições de certas assembleias de voto e, acto continuo, exigir a sua repetição ou exigir a prática de actos complementares.

Portanto, não faz sentido algum este esforço que se tem visto de encontrar uma denominação específica para o atual Presidente da República Eleito, que vê a eleição ser contestada pelo o seu então adversário, e, muito menos, aquilatar outros privilégios para a figura.

Uma reflexão.

Aristides Gomes desvaloriza controvérsia guineense na União Africana


Aristides Gomes, primeiro-ministro da Guiné-Bissau, participou na noite de domingo em Addis Abeba, na sede da União Africana, na cimeira extroardinária da CEDEAO, sobre a situação política guineense. Ele reagiu à controvérsia implicando a delegação do seu país na cimeira panafricana e comentou o acompanhamento dado pelo bloco regional ao contencioso eleitoral.
Aristides Gomes, primeiro-ministro guineense, na cimeira da CEDEAO de Addis Abeba a 9 de Fevereiro de 2020, na sede da União Africana. RFI/Miguel Martins


Umaro Sissoco Embaló: “A Guiné-Bissau deixou de ser um manicómio”

O general Sissoco Embaló foi eleito a 29 de dezembro, numa votação ainda contestada pelo candidato derrotado, e promete fazer extensas reformas com dinheiro saudita e acabar com as crises políticas.


Entrevistado pelo “África Capital” durante uma visita a Lisboa, o vencedor da segunda volta das eleições presidenciais da Guiné-Bissau garantiu que irá normalizar a situação do país lusófono.

Qual é o balanço da sua visita a Portugal? Que mensagem quis deixar às autoridades e que mensagem leva daqui?
O balanço é muito positivo, o que me deixa otimista relativamente ao futuro das relações entre a Guiné-Bissau e Portugal. Após a minha tomada de posse, iremos recomeçar, iremos refundar o Estado e as suas instituições após 46 anos perdidos. Por isso, também as relações externas terão de ser reavaliadas, para a restauração da nossa dignidade e para que deixemos de ser meros pedintes. É no âmbito dessa nova visão da Segunda República que vamos começar um novo modelo de relacionamento com Portugal, numa parceria estratégica que beneficie ambos os países, aportando maior prosperidade aos nossos povos irmãos. Nisto consiste o essencial da mensagem que dirigi às autoridades portuguesas, de forma genuína, espontânea e sincera, como é meu timbre.

Que papel tem Portugal entre os parceiros da Guiné-Bissau?
O papel de Portugal é único e insubstituível. Portugal é a antiga potência colonial, deixou na Guiné-Bissau uma língua, o aparelho legislativo, o modelo de administração, a herança cultural, a mestiçagem e os laços de proximidade que não temos com nenhum outro país do ocidente. O papel de Portugal é o de um país irmão com ligações únicas e históricas. Ao longo de 46 anos, uns e outros não soubemos realizar o potencial de colaboração e parceria que resultam da nossa história comum. Tenho dito que Portugal será a nossa porta de entrada na União Europeia e queremos ser a porta de entrada de Portugal na CEDEAO, um mercado de 380 milhões de consumidores, que muito se ajusta às características da pequena e média indústria portuguesa. Por isso, queremos estabelecer uma parceria estratégica com Portugal, fazendo da Guiné-Bissau uma plataforma para as exportações portuguesas nos países da CEDEAO e um parceiro para a produção em linha, em complementaridade, que permita o florescimento da indústria na Guiné-Bissau, aproveitando os nossos recursos naturais, gerando empregos, qualificando os jovens profissionais e melhorando as condições de vida da nossa população.

Quais serão as suas primeiras medidas para o mandato? O que é mais urgente fazer?
Na Guiné-Bissau tudo é urgente, mas temos de estabelecer prioridades. Temos de começar pelos alicerces. Iremos começar por construir o Estado, que colapsou. Vamos unir os guineenses e refundar as instituições, como as da justiça, colocando-as ao serviço do cidadão, da promoção da igualdade e da dignidade. Depois iremos reformar, a começar pela administração. E criar as condições para o desenvolvimento económico, apostando num vasto programa de infraestruturas económicas, estradas, portos, escolas, hospitais, equipamentos. Fui militar, tenho um pensamento sistemático e sequencial. Gosto de pensar rápido e de dar passos seguros. Só assim, criando riqueza sobre o património que é de todos, poderemos pensar em fazer redistribuição justa e fazer justiça social.

E a nível económico, como irá usar os poderes presidenciais para dinamizar o país?
O Presidente da República exerce uma magistratura de influência. Porém, ao longo dos últimos cinco anos, houve, deliberadamente, uma distorção da informação relativa aos reais poderes presidenciais na Constituição da Guiné-Bissau, que diz expressamente que o “Presidente da República preside ao Conselho de Ministros quando entender”. Eu pretendo exercer essa prerrogativa para influenciar positivamente o desenvolvimento do país e promover a mudança que o povo escolheu ao eleger-me para iniciar um novo ciclo de estabilidade, justiça e desenvolvimento.

Durante a campanha falou de um investidor árabe com biliões para investir no país. De que investidor se trata e onde será aplicado o investimento?
Trata-se do príncipe Al Waleed Bin Talal bin Abdul Aziz Al Saud, um empresário saudita, membro da família real daquele país, que manifestou interesse em acompanhar-nos nesta nova epopeia do povo da Guiné-Bissau, uma saga que nos conduzirá àquele estágio que Amílcar Cabral sonhou como “libertação integral do Homem guineense”. A Guiné-Bissau necessita de investimento de grandes empresas, capaz de impulsionar o desenvolvimento dos recursos naturais, colocando-os ao serviço do bem-estar dos nossos cidadãos. O investimento do príncipe Al Waleed Talal Al Saud será discutido em detalhe com o executivo. Porém, o foco estará nas infraestruturas, como estradas, portos, energia, hospitais, escolas, água potável, e infraestruturas para produção agropecuária, parques industriais, transformação de castanha de caju e indústria alimentar.

Um presidente e um governo de diferentes cores políticas não são receita para mais anos de instabilidade?
Asseguro-lhe: com Umaro Sissoco Embaló não haverá mais instabilidade política. Venho da sociedade castrense, sou objetivo e claro. Os diferendos são normais, mas serão resolvidos no quadro das instituições e das leis da República, com disciplina, rapidez, sem delongas, sem dar tempo para se convertam em crises. As crises políticas acabaram. As competências de cada órgão estão definidas, há separação de poderes e somos todos guineenses, temos o dever de trabalhar para a melhoria contínua das condições do nosso povo. Enquanto Presidente da República, não excluirei ninguém e irei assegurar condições de equilíbrio. A partir da escolha do povo no dia 29 de dezembro, considero que a Guiné-Bissau deixou de ser um manicómio a céu aberto. Acabou a desordem e acabaram-se as crises. A Guiné-Bissau vai deixar de ser uma República das bananas.

Que outro país irá visitar nas próximas semanas?
Vou a França, ocupar-me de assuntos pessoais e visitar o presidente Dénis Sassou Nguesso [da República do Congo], que também estará em Paris, a fim de lhe apresentar condolências pela perda recente da sobrinha, a que ele tratava como filha. Portanto, uma grande perda, que compartilho, porque o presidente Sassou também me trata como filho e nutro por ele uma grande e velha amizade. Em África, na nossa cultura, os momentos de luto e as amizades são muito importantes.

jornaleconomico.sapo.pt

Urgent / Le Nigeria exige « un report du lancement de l’Eco » et désavoue encore le couple Macron-Ouattara

par Emmanuel Gautier on 11 février 2020

Le Nigeria exige « un report du lancement de la monnaie unique » Eco. Le pays de Muhammadu Buhari n’est toujours pas d’accord avec la façon dont le dossier est traité par les Présidents français Emmanuel Macron et ivoirien Alassane Ouattara.

« La position du Nigeria sur l’Eco est que les critères de convergence (entre les Etats de la Cedeao) n’ont pas été atteints par la majorité des pays », a déclaré la présidence nigériane, sur son compte Twitter. « Il doit par conséquent y avoir un report du lancement de la monnaie unique », insiste Muhammadu Buhari.

Un Tweet loin d’être anodin. Il tombe au moment où se tient à Addis-Abeba, le 33è sommet de l’Union africaine. A l’ouverture des travaux, Alassane Ouattara, chantre de l’Eco dans sa formule CFA bis au bénéfice de la France (une position soutenue par Emmanuel Macron) et Muhammadu Buhari, qui est davantage favorable à une rupture du cordon ombilical colonial ; se sont brièvement entretenus.

Emmanuel Macron et Alassane Ouattara

Buhari n’a jamais caché son agacement face au passage en force opéré par les pays francophones, à l’initiative de Ouattara, fin décembre 2019. Très vite, le Nigéria et cinq autres pays anglophones (hormis la Guinée) d’Afrique de l’Ouest ont condamné la décision de leurs homologues des pays francophones, de renommer unilatéralement le franc CFA en tant qu’ECO. Réunis au Ghana, le jeudi 16 janvier 2020, le Nigeria, la Gambie, le Ghana, la Guinée et le Libéria ont dénoncé cette façon de vouloir lancer l’ECO. e Nigeria et la Sierra Leone.

Le Nigeria et les menaces sur le lancement de l’ECO

«Par un accord avec les autres chefs d’État de l’UEMOA, nous avons décidé de faire une réforme du franc CFA avec les trois changements majeurs suivants : tout d’abord, le changement du nom de la monnaie du franc CFA à l’Eco. Deuxièmement l’arrêt de la centralisation de 50% de nos réserves de change au Trésor et la fermeture du compte d’opération. Troisièmement le retrait des représentants de la France de tous les organes de décision et de gestion de l’UEMOA », avait annoncé Alassane Ouattara, flanqué d’un Emmanuel Macron, choyé par les officiels ivoiriens à Abidjan, à la veille de Noël.

Depuis lors, les Etats « rebelles » ont clairement démontré que la parole de Ouattara disant que c’était « par un accord avec les autres chefs d’État de l’UEMOA », n’était pas forcément juste. De fait, le numéro un ivoirien a déjà prouvé, à diverses occasions que sa parole ne valait que par ceux qui voulaient bien y croire.

Emmanuel Gautier

afriksoir.net
DSPo
1- Kuma i Nganha Eleiçon, ma Gossi Pa Nulal;
2- Kuma fidju i di Sil, Ma gossi pá Matal, nam, assim djus ta Kaba..!

SAÚDE - Prevenir a diabetes tipo 2. Os três principais conselhos

Em Portugal, cerca de 11,7% da população adulta tem diabetes e 22,3% tem pré-diabetes.


A diabetes tipo 2 afeta a capacidade do organismo de converter o açúcar presente no sangue em energia. Isto acontece porque organismo não responde bem à insulina - a hormona responsável por esse processo.

A Federação Internacional da Diabetes acredita que 352 milhões de pessoas estão em risco de desenvolver este tipo de diabetes. Mas este número pode ser reduzido com uma mudança no estilo de vida.  

Três principais conselhos para prevenir a doença

1. Cuidado com o açúcar, procure apoio nutricional: o açúcar é um dos principais responsáveis pela diabetes tipo 2. Troque os refrigerantes por água ou chá sem açúcar.
2. Atividade física:  caminhadas diárias de 20 a 30 minutos podem fazer a diferença. 
3. Recomendações alimentares: aposte nos vegetais (pelo menos 3 porções, todos os dias); evite o consumo de bebidas alcoólicas; prefira versões integrais dos hidratos de carbono; escolha carne branca e reduza o consumo de carne vermelha ou processada; aposte em azeite e óleo de girassol em vez de gorduras saturadas. 

Mali está a realizar contactos com grupos jihadistas

O Presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keita, afirmou hoje, pela primeira vez, que há contactos com grupos 'jihadistas', considerando que se trata de uma necessidade para explorar formas de terminar um conflito que atinge o país há oito anos.


O chefe de Estado, também conhecido por IBK, referiu que está à espera de uma resposta dos 'jihadistas' à abordagem feita por um dos seus representantes.

"Hoje, o número de mortes no Sahel está a tornar-se exponencial e acho que é hora de explorar certas vias", afirmou IBK, numa entrevista à France 24 e à Radio France Internationale (RFI).

As declarações de IBK rompem com a atitude dos principais dirigentes e líderes no país, que têm rejeitado oficialmente este diálogo.

No final de janeiro, o alto representante do Presidente para o centro do Mali, Dioncounda Traoré, afirmou que tinha "enviado emissários para [Amadou] Koufa e Iyad [ag Ghali]", os dois principais líderes 'jihadistas' no país.

"Estamos prontos para construir pontes de diálogo com todos (...), em algum momento devemos sentar-nos à mesa e conversar", referiu Traoré.

IBK referiu que aquele responsável da sua equipa "está numa missão" e "tem o dever de ouvir todos".

Durante o dia de hoje, o exército maliano iniciou o destacamento para Kidal, no norte do país, onde irá tentar recuperar o controlo de uma cidade que está sob alçada de antigos rebeldes tuaregues.

Os militares deverão chegar à cidade na sexta-feira, referiu o Presidente, na mesma entrevista, na qual explicou que a viagem é perigosa, uma vez que as forças armadas são alvos constantes de ataques 'jihadistas'.

A operação tem o apoio da missão das Nações Unidas no Mali, a Minusma, e da Operação Barkhane, a força 'anti-jihadista' francesa no Sahel, de acordo com a agência France-Presse, que cita um militar maliano, que falou sob anonimato.

Esta missão em Kidal é considerada crucial para a implementação do acordo de paz de Argel, assinado em 2015 e que pretende a estabilização no Mali.

A instabilidade que afeta o Mali começou com o golpe de Estado em 2012, quando vários grupos rebeldes e organizações fundamentalistas tomaram o poder do norte do país durante 10 meses.

Os fundamentalistas foram expulsos em 2013 graças a uma intervenção militar internacional liderada pela França, mas extensas áreas do país, sobretudo no norte e no centro, escapam ao controlo estatal e são, na prática, geridas por grupos rebeldes armados.

NAOM

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

GUINÉ-BISSAU: DEBATE NA RÁDIO ÁFRICA FM SOBRE COMUNICADO FINAL DA CIMEIRA DA CEDEAO EM ADDIS-ABÉBA- ETIÓPIA 10 de fevereiro de 2020


O que aconteceria se, de uma hora para outra, todos os policias desaparecessem?


O que aconteceria num mundo sem Polícias???
Texto apresentado numa Reportagem do Canal TV History Chanel sobre Polícias que vale a pena ler...

“ NAS PRIMEIRAS HORAS: não haveria muita diferença. As pessoas, aos poucos, iriam procurar a certeza de que realmente não mais existia a polícia. Os ricos demonstrariam um pouco de preocupação, ainda sem querer acreditar.

UMA SEMANA SEM POLÍCIA: Nesta primeira semana, a maioria das pessoas daria início a pequenas transgressões. Os sinais de trânsito não mais seriam respeitados. Os mais afoitos começam a entrar em lojas, restaurantes e supermercados, e de lá sairiam sem pagar. Não agiriam como ladrões, nervosos e correndo. Agiriam com calma e cinismo.

UM MÊS SEM POLÍCIA: A Justiça faria uma reunião de emergência. O ponto principal a se discutir seria como viabilizar as decisões dos juízes, sejam prisões, reintegração de posse, ou qualquer cumprimento obrigatório de uma ordem judicial. Não chegaria a nenhuma conclusão, pelo simples fato de que não há mais a polícia para fazer cumprir a lei. Surge um mercado negro efervescente de venda de armas. Todos querem ter uma.

SEIS MESES SEM POLÍCIA: Os homicídios multiplicam-se por dez. Os corpos permanecem nas ruas. Não há mais os bombeiros e nem peritos, e nem policiais para investigar. Almas ainda caridosas recolhem os corpos. Os políticos, antes detentores de um imenso poder, são caçados como galinhas gordas, e executados friamente. Alguns oferecem seus bens em troca da vida. Os presídios foram abertos, já que não mais existem guardas, e uma imensa horda de criminosos passa a vagar pelas ruas. As agências bancárias não mais funcionam, face ao grande número de roubos.

UM ANO SEM POLÍCIA: A cidade se torna um caos. Grupos armados passam a dominar ruas e bairros. O dinheiro deixa de circular pela inexistência dos bancos. Os ricos constroem apressadamente bunkers. Não há para onde fugir, pois em todo o mundo não há mais polícia.

DOIS ANOS SEM POLÍCIA: O comércio como no passado não mais existe. Volta-se a desordem. A regularidade é o roubo, a extorsão e o homicídio.

DEZ ANOS SEM POLÍCIA: A sociedade encontra-se totalmente esfacelada. Todos os sistemas de produção foram dizimados. A população foi reduzida em mais de quarenta por cento, e continua diminuindo face a imensa matança. Mata-se por qualquer motivo, desde uma antiga desavença até mesmo porque não se gostou da forma como o outro nos olhou. Os grupos que se formam tornam-se mais poderosos pela força, expandem seus domínios, e passam a sequestrar e escravizar pessoas, principalmente mulheres. Os homens são obrigados a trabalhos forçados.

VINTE ANOS SEM POLÍCIA: Os limites geográficos antes conhecidos como cidades e bairros não mais existem. Foram reordenados pelos grupos que impuseram seus domínios, e receberam nova denominação. Água, comida e agasalho serão acessíveis apenas aos que possam conseguir pela violência. Os mais fracos mendigam. As mansões e os prédios de luxo foram tomados dos mais ricos. Bandos de vândalos e saqueadores perambulam pela noite, matando, roubando e destruindo. O consumo de drogas é afinal totalmente liberado. A cultura e a produção literária deixaram de existir em dez anos no mundo sem polícia. Os mais novos não aprenderam nem a ler. Aliada aos homicídios generalizados, as doenças matam ainda mais. Não se produz nenhum tipo de remédio, excepto os caseiros. A sociedade como a conhecíamos, com uma policia tentando manter a lei e a ordem, acabou.
Prevalece a barbárie, a lei do mais forte.
A existência do homem aproxima-se do fim.
Mas agora é tarde...
Pois num mundo sem polícia a sociedade acabou!!”

Fonte: Comissariado Nacional da Polícia de Ordem Pública

COMPREENDER O COMUNICADO FINAL DA CIMEIRA DA CEDEAO EM ADDIS-ABÉBA- ETIÓPIA NA CRIOULO



A l’issue d élections libres et transparentes attestées par tous les observateurs, il s’agit à présent de respecter et de faire respecter la volonté souveraine du peuple Bissau -guinéen.L’#UA, la #CEDEAO les partenaires doivent continuer à accompagner Bissau pour une paix durable

@Macky_Sall - "Após eleições livres e transparentes, certificadas por todos os observadores, é agora uma questão de respeitar e garantir o respeito pela vontade soberana do povo guineense de Bissau. A #AU, os parceiros da #CEDEAO devem continuar a apoiar Bissau para uma paz duradoura"

Ali Embalo








NO COMMENT 2


Ensino público - “As aulas só vão ser retomadas em plenitude com implementação da Carreira Docente”, diz Presidente da CONAIGUIB

Bissau, 10 Fev 20 (ANG)- O Presidente da Confederação Nacional das Associações Estudantis da Guiné-Bissau (CONAEGUIB) informou hoje que recebeu  garantias da parte da  União Nacional dos Trabalhadores (UNTG) de que as aulas só voltarão à normalidade  com a implementação do Estatuto de Carreira Docente.

Bacar Darame falava à imprensa após um encontro que  com o Secretário-geral da UNTG, durante a qual a associação expressou as suas  preocupações face as greves na Função Pública  que “estão a prejudicar o aproveitamento dos jovens estudantes e do povo da Guiné-Bissau”.

“O governo deve chamar os sindicatos para negociarem com a finalidade de evitar novas paralisações no sector educativo, porque os prejudicados com sucessivas ondas de greve são sempre os estudantes. Sabemos que o desenvolvimento de qualquer que seja país está na educação. Assim sendo, cabe aos governantes priorizarem a área educativa para que a Guiné-Bissau possa ter progresso no futuro”, disse.

Acrescentou que este ano lectivo tal como o ano lectivo findo vai estar comprometido com sucessivas ondas de greve e que,  por isso, existe uma necessidade de s partes chegaram à um consenso, com o objectivo de não prejudicar ainda mais os estudantes.

“Acho que o governo deve ter a capacidade de convencer o sindicato a liberar os professores para salas de aulas, porque governar  é  solucionar os problemas que podem prejudicar o país de forma geral”, referiu aquele responsável.

Adiantou  que  a CONAIGUIB pretende promover um frente a frente entre as duas centrais sindicais e a ministra da Função Pública , para que sejam encontradas soluções para o curso normal das aulas. 

ANG/AALS/ÂC//SG

Novo ECO pode bloquear união monetária na África Ocidental

A consultora Capital Economics considerou hoje que a substituição do franco africano CFS pela nova moeda, o ECO, vai ter poucos efeitos económicos e corre até o risco de bloquear a união monetária na região.


"Renomear o franco africano por ECO vai ter poucos efeitos económicos, já que a nova moeda deverá ser governada pelo mesmo regime cambial que o seu controverso antecessor, mas esta iniciativa pode atrasar os planos para uma união monetária a nível regional", lê-se numa análise da Capital Economics à iniciativa apresentada no final do ano passado.

"Os presidentes da Costa do Marfim e da França surpreenderam toda a gente ao anunciar que os países da União Económica e Monetária dos Estados da África Ocidental (WAEMU) tinham decido substituir a moeda", admitem os analistas, acrescentando que apesar de a iniciativa "ser uma tentativa de refrescar um sistema antigo de 70 anos que atraiu crescente oposição nos últimos anos", a ideia é "mais uma evolução do que uma rotura súbita".

A Capital Economics argumenta que ainda que haja um efeito económico irrelevante, "a estabilidade do franco africano impediu a oscilação abrupta dos preços que se verificou noutros países africanos".

O lançamento do ECO pode, continuam, "ser o primeiro passo de uma reforma mais ampla, já que no comunicado que dá conta da intenção se refere que a estabilidade do ECO face ao euro 'será mantida nesta fase da reforma', mas qualquer mudança para uma flexibilização da taxa de câmbio iria implicar um significativo, e politicamente difícil, aumento da autonomia e credibilidade das instituições monetárias da região".

Os planos abriram rapidamente uma discussão sobre a integração monetária na África Ocidental, explica a Capital Economics, apontando que o Gana, que faz fronteira com países da WAEMU em três lados, rapidamente se mostrou interessado em aderir, mas só se a indexação ao euro fosse abandonada.

"A Nigéria, por seu turno, teme que a iniciativa faça descarrilar a sua proposta de uma moeda única para esta região, cujo nome é também, e de forma confusa, Eco", escrevem os analistas, concluindo que "não é claro se a Nigéria, que vale quase 70% do PIB regional, quer juntar-se aos países mais pequenos, e Paris, que aceita ajudar pequenas economias como o Mali, deverá fugir a garantir as finanças de um país anglófono cujo PIB vale mais de 400 mil milhões de dólares", cerca de 362 mil milhões de euros.

As mudanças ao acordo de cooperação monetária da União Económica e Monetária da África Ocidental (WAEMU) com a França foram anunciadas pelo Presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, a 21 de dezembro, na presença do Presidente da França, a antiga potência colonizadora vão entrar em vigor quando os acordos forem formalmente anunciados, algo que pode acontecer já este ano, mas ainda sem um calendário definido.

A nova moeda engloba três grandes alterações: mudança do nome, que passará de CFA para ECO; eliminação do depósito de pelo menos 50% das reservas internacionais do BCEAO no banco central francês, e retirada da França dos órgãos de governação das entidades financeiras do WAEMU (conselho de administração, comité de política monetário e comissão bancária regional).

O CFA foi criado em 1945, com o acrónimo a representar as Colónias Francesas de África, tendo depois mudado o nome completo para Comunidade Financeira de África.

O novo acordo monetário com a França mantém a indexação ao euro com o mesmo nível de paridade (ECO655,957 por EUR1), e a garantia de notas continua a ser assegurada pelo Tesouro francês.

Os Estados que compõem a WAEMU são o Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Mali, Niger, Senegal e Togo.

O BCEAO é o Banco Central dos Estados da África Ocidental, e é sediado em Dakar no Senegal, de onde serão emitidas as novas notas.

NAOM

Guiné-Bissau: Comunicado do Grupo dos 18 Partidos Políticos sem assento Parlamentar em relação a situação política vigente na Guiné-Bissau.




Aliu Cande

O economista guineense, Aliu Soares Cassama, lança no dia 21 de fevereiro, o seu primeiro livro intitulado “Banca na Guiné-Bissau”, com o prefácio de Aladje Mamadu Fadia, ex-ministro das Finanças e antigo Diretor Nacional do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO) para a Guiné-Bissau.

Aliu Soares Cassama
O livro, que marca a estreia do jovem economista no mundo da literatura especializada, será apresentado na sexta-feira, dia 21 de fevereiro, às 17 horas, no Hotel Coimbra, situado no centro da capital guineense. A obra será apresentada por Sandra Cristina Ribeiro, docente na Universidade Autónoma de Lisboa (UAL).


Braima Darame

CONVIDADO - CABO VERDE ADVOGA MUDANÇAS NA UNIÃO AFRICANA

O presidente cabo-verdiano participou na Cimeira da União Africana de Addis Abeba. Jorge Carlos Fonseca defendeu serem desejáveis mudanças na organização panafricana, para a aproximar dos cidadãos. O também presidente em exercício da CPLP, sobre a Guiné-Bissau admitiu o "nervosismo" que a situação actual tem provocado.

Presidente cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, na Cimeira da União Africana de Addis Abeba a 9 de Fevereiro de 2020. RFI/Miguel Martins

SINJOTECS está solidário com a jornalista Fatima Tchuma Camara, e considera os acontecimentos no aeroporto de Bissau como tentativa de humilhar, silenciar e limitar a liberdade de imprensa.



Aliu Cande

Está a decorrer neste momento a reunião da Comissão Permanente do maior partido do país. Sob a liderança do Presidente e Candidato do PAIGC, Domingos Simões Pereira, está em debate a agenda da actualidade política no nosso país.

 




Fonte: Domingos Simões Pereira