O director do Centro Nacional de Formação Judiciária (CENFOJ) diz esta segunda-feira (16/12) que o sector de justiça precisa de uma reforma pontual para responder os anseios da sociedade.
A ideia é sustentada no âmbito do seminário de validação do relatório da missão do diagnóstico para “Um CENFOJ de Futuro”.
Para João Mendes, a justiça deve ter o seu papel na sociedade de regulador por isso deve ser célere para a população a fim de evitar os danos posteriormente.
“A justiça da Guiné-Bissau está como o país, por isso precisa de reformas pontuais para ter o seu papel numa sociedade em que a justiça seja célere e precisa da formação humana assim como na capacitação e criação de condições materiais a fim responder as exigências da actualidade”, atirou o director do CENFOJ.
O Procurador-geral da República Ladislau Clemente Embassa lamentou como a situação da justiça tem vindo a ser tema de debate nos últimos anos nos órgãos de comunicação sociais.
“Lamentavelmente no nosso país, a justiça tornou-se desde alguns anos, tema central de debate política e na opinião pública e em particular na comunicação social que descobriu nela um objecto capaz de alimentar constantemente a curiosidade com ansiedade insaciável de encontrar um “bode de expiatório” para o mal do país”, referiu Embassa.
Por: Marcelino Iambi
radiosolmansi.net
segunda-feira, 16 de dezembro de 2019
Viva a ignorância! Como rir, chorar e enriquecer no mercado da miséria intelectual
A Parábola dos Cegos, 1568, Pieter Bruegel (Foto: WikiArte/Domínio Público)
Ignorância como matéria-prima
Ignorância, por definição, é o estado de quemc não tem conhecimento ou cultura: um desconhecimento por falta de estudo, experiência ou prática. Todos nascem ignorantes e, em certo sentido, essa é a nossa identidade original. Mudar esse estado, ou não, sempre foi uma opção política tanto quanto o resultado de um esforço pessoal.
Por muito tempo, havia consenso de que era necessário superar a ignorância para desenvolver as potencialidades de cada indivíduo e fortalecer a sociedade. Mesmo a abstração do “homem econômico”, transformado em modelo do “indivíduo desejável” tanto no liberalismo clássico quanto no neoliberalismo, supõe uma pessoa que superou a ignorância para se tornar capaz de calcular as vantagens pessoais que possa obter a partir de suas decisões e ações. Em apertada síntese, a ignorância, até bem pouco tempo, era vista como uma negatividade. Mesmo as pessoas mais ignorantes procuravam fingir algum tipo de conhecimento diferenciado ou de erudição. Hoje, ao contrário, passou a ser percebida como uma positividade e tratada como uma mercadoria.
A ignorância é um estado que possui valor porque pode ser explorada tanto no plano econômico quanto no plano político. É a matéria prima para um processo de subjetivação que não enfrentará resistência de valores como a “verdade”, a “solidariedade”, a “inteligência”, a “lógica” etc. A partir da ignorância é possível potencializar tanto o mercado quanto a adesão acrítica a um regime político. Manter a ignorância tornou-se, então, uma das principais metas da “arte de governar”.
Diante da valorização econômica da ignorância, o “homem ignorante” é ressignificado e passa a ser percebido como o tipo-ideal de cidadão: aquela pessoa que se caracteriza pela simplicidade com que todos podem se identificar. A “educação” e a “cultura”, por sua vez, começam a ser tratadas como ameaças que precisam ser afastadas. Instaura-se, assim, um novo modo de governo, mais eficaz e barato: o governo para e pela ignorância.
Com a demonização da educação e da cultura (percebidas como atividades degeneradas e “ideológicas”), aparece o indivíduo com orgulho de ser ignorante, como demonstra a adesão sem reflexão às posturas anti-intelectualistas em voga na sociedade. Em uma curiosa inversão valorativa (e, com toda manifestação ideológica, não percebida enquanto tal), o intelectual (aquele que se diferencia por um saber específico) torna-se objeto de reprovação social, enquanto aumenta a ode à ignorância e a espetacularização do desconhecimento.
Diante desse quadro, cada vez mais pessoas buscam se expressar a partir de uma linguagem empobrecida, com o recurso a slogans, frases feitas, chavões, jargões e construções gramaticalmente pobres, com o objetivo de serem compreendidas e contarem com a simpatia de interlocutores que eles supõem serem ignorantes. A orientação para os governantes, a oposição, os jornalistas, os gerentes e diretores de grandes empresas é a de se limitar a formulações simples (sujeito-verbo-complemento) e utilizar um vocabulário pobre para conseguir a atenção de um auditório que eles acreditam (e agem para tornar) cada vez mais inculto.
Revisitar um discurso ou uma conferência de imprensa dos principais políticos do século passado, e compará-los com os eleitos de hoje, gera profundo incômodo. A questão ultrapassa limites territoriais ou ideológicos: para não falar do Brasil, basta comparar as manifestações públicas do General De Gaulle ou de François Mitterand com as de Nicolas Sarkosy e François Hollande. A redução dos standards de conhecimento e educação necessários para chegar ao poder são evidentes (como demonstram as manifestações do presidente brasileiro Jair Bolsonaro sobre a mulher do presidente francês Emmanuel Macron e o “boicote” à marca de canetas Bic).
Hoje, as referências culturais da grande maioria dos políticos não ultrapassam citações a Chaves (não o político venezuelano, mas o personagem infantil mexicano) ou, na melhor das hipóteses, a Valdemort (da saga Harry Poter). Os déficits culturais são evidentes tanto entre os eleitos quanto entre os eleitores: O desconhecimento de Jean Valjean e dos irmãos Karamazov é proporcional ao crescimento do capital político de atores pornôs fracassados, cantores de qualidade duvidosa e jovens dirigentes de milícias virtuais especializados em ofender e divulgar fake news. As mesmas pessoas que desconhecem a Ilíada de Homero são os que gritam “mito” e “herói” para defensores da tortura, de ilegalidades e das ditaduras militares latino-americanas.
Em um clima de indigência intelectual, qualquer personagem saído de um circo de horrores ou de um programa de auditório brasileiro (igualmente horroroso, por explorar a pobreza e a desgraça) pode chegar à presidência da República. Basta pensar que a cada campanha eleitoral diminuem o número de palavras e verbos utilizados nos debates e nos programas de governo. Os debates televisivos entre os candidatos, com suas regras que inviabilizam a formulação de ideias e a exposição de argumentos com alguma profundidade, são outros exemplos que sinalizam a desimportância do conhecimento, tanto à direita quanto à esquerda, no campo político.
Nas grandes empresas, não é diferente. Métodos de “gerência” importados dos Estados Unidos buscam bloquear a reflexão e otimizar a alienação para fazer dos trabalhadores meros autômatos. Alguns sintomas desse incentivo à ignorância no ambiente das grandes empresas são facilmente percebidos, tais como o abuso do PowerPoint para orientar as formas de atuação dos empregados a partir de imagens pensadas para pessoas incapazes de interpretar um texto; a contratação de consultores externos, diante do reconhecimento da incapacidade do pensamento no ambiente da empresa etc.
Também no campo do jornalismo a perda da qualidade intelectual é perceptível. Não é uma obra do acaso: para a manutenção da ignorância é necessário atacar tanto a educação quanto a liberdade de expressão. A stardardização e a uniformização dos conteúdos jornalísticos somadas à precarização da profissão de jornalista e à concentração de poder nos blocos midiáticos (dominados por empresários sem preocupações filantrópicas), fenômenos típicos a partir da racionalidade neoliberal, são o retrato da derrocada do jornalismo em todo o mundo.
A necessidade de manter o emprego e o desejo de atender aos detentores do poder econômico comprometem a qualidade da informação e impossibilitam que determinados assuntos, notícias ou reflexões que não interessem aos patrões sejam veiculados. Cada vez mais são “fabricados” jornalistas ignorantes para produzir desinformação e, assim, divulgar/produzir ignorância. A opção por oferecer informações e discursos simplificados, de priorizar o fútil e o insignificante em lugar da informação e da reflexão, também são uma opção política tanto dos empresários que controlam os meios de comunicação quanto da pequena casta de jornalistas que exercem postos chaves no mercado de produção de notícias.
O exemplo do tratamento jornalístico dado pelo Grupo Globo à chamada Vaza Jato, conteúdo informativo que atinge a imagem de “herói” do atual Ministro da Justiça brasileiro, é um exemplo bem evidente de como opções políticas e econômicas das empresas apostam na ignorância da população e comprometem a qualidade da atividade jornalística. Trata-se de uma questão exclusivamente econômica: notícias de evidente interesse público não são divulgadas (ou são desqualificadas) para que não se perca o investimento na construção midiática do herói Moro.
A hipótese deste pequeno artigo é a de que é preciso reconhecer a vitória da ignorância. O reconhecimento da derrota da inteligência e a identificação dos mecanismos e funcionalidades da gestão da ignorância são os antecedentes lógicos da reflexão e da criação de estratégias que recuperem a importância da educação e da cultura na construção de uma sociedade menos injusta (e, portanto, mais inteligente).
Ignorância e identidade
A ignorância é um dado natural. Basta não educar ou educar precariamente para conseguir essa matéria-prima. Mantê-la, incentivá-la e explorá-la passam a ser objetivos estratégicos (e biopolíticos) tanto de governantes quanto de empresários. Isso porque a ignorância permite uma nova e mais produtiva forma de reificação, uma radical impossibilidade de “reconhecimento” (que não se resume à mera identificação): o desconhecimento a respeito dos outros seres humanos, dos mecanismos de exclusão, das técnicas e dispositivos de opressão e do como se interage com outras pessoas.
O valor político da “ignorância”, que facilita a introjeção de uma normatividade adequada aos interesses dos detentores do poder político e do poder econômico, está ligado à ideia de identidade. É a ignorância que permite uma identificação direta com ampla parcela da população, uma identificação a partir da falta de conhecimento/informação e da miséria intelectual.
A identificação é um processo através do qual tanto a identidade pessoal quanto as relações sociais são construídas. Todavia, em um quadro de empobrecimento da linguagem e de pobreza intelectual, a “identificação” leva à formação de indivíduos que se submetem aos mandamentos daqueles com os quais se identifica e, ao mesmo tempo, à exclusão de todos os que não se adaptam a eles, em um fenômeno tendencialmente violento. Essa violência, não raro, adquire uma forma institucionalizada na medida em que é organizada e passa a contar com o apoio tanto do governo quanto dos grupos de interesse que controlam as máquinas de produção de subjetividades (televisão, smartphones, redes sociais, etc.). A divisão da sociedade entre os “desejáveis” e os “indesejáveis” é uma opção política facilitada pela ignorância que permite fazer com que criminosos recebam o tratamento de “heróis”, ao mesmo tempo em que todos aqueles que não interessam aos detentores do poder são criminalizados/demonizados.
Note-se que a identidade pela ignorância é um fenômeno correlato ao da ascensão de ignorantes ao poder econômico e ao poder político, ou mesmo à tentativa de parecer cada vez mais ignorante para conseguir enganar e explorar pessoas rotuladas como ignorantes. Há uma espécie de captação simbólica e o surgimento de uma nova figura de autoridade que se caracteriza tanto pela ignorância quanto pelo sucesso político e/ou econômico. A mensagem do detentor do poder poderia ser traduzida nos seguintes termos: “sou tão ignorante quanto você, mas cheguei ao poder, você também consegue, basta me seguir e/ou copiar”.
Hoje, ao detentor do poder político ou do poder econômico basta repetir fórmulas prontas, slogans, piadas preconceituosas e outras manifestações associadas à ignorância, ao preconceito ou à burrice para angariar o apoio e a simpatia de pessoas que foram levadas a acreditar que o desconhecimento não é um obstáculo à realização pessoal. Políticos, empresários, jornalistas e funcionários públicos disputam a imagem do ignorante para retirar proveito e lucrar.
Ignorância e autoritarismo
Não há como manter um regime autoritário sem “investir” na ignorância. Um povo ignorante pode não só ficar apático diante do autoritarismo como verdadeiramente desejá-lo, na tentativa de suprir o medo que deriva do desconhecimento sobre fenômenos e valores democráticos como a liberdade e a verdade.
A ignorância adquire assim um caráter funcional para o autoritarismo. É o elemento que, ao mesmo tempo, faz a ligação entre o governante e grande parcela da população, bem como permite a manipulação da opinião pública na construção de consensos antidemocráticos. É a ignorância que fomenta a base social que naturaliza o absurdo.
O indivíduo ignorante acredita que ele e suas limitações são o retrato do mundo. Incapaz de operar a distinção entre discurso e realidade, entre o essencial e o superficial, torna-se facilmente massa de manobra. Não por acaso, a ignorância é a matéria prima para as mais variadas formas de populismo, nas quais a emoção e os sentimentos manipulados substituem a reflexão crítica, os argumentos racionais e as demonstrações empíricas. O desconhecimento da complexidade da sociedade, e a insegurança gerada por essa ignorância, favorecem o surgimento de tendências psicopolíticas e movimentos de massa reacionários, que buscam em um passado idealizado a segurança perdida e o sentido da vida.
No lugar do convencimento por argumentos racionais, o governo pela ignorância atua a partir do reforço de preconceitos, da exploração das confusões conceituais e do preenchimento dos vazios cognitivos com as “certezas” do governante, visto como um igual (ignorante) que deu certo (e aqui reside uma contradição performática que a cegueira da ignorância impede que seja percebida).
A exploração da ignorância por regimes autoritários não é uma novidade. Theodor Adorno, nos anos 1940 e 1950, durante suas pesquisas sobre a personalidade autoritária, já apontava que “todos os movimentos fascistas modernos, inclusive os praticados por demagogos americanos contemporâneos, tem visado os ignorantes”. O que mudou, hoje, é que a ignorância deixou de ser velada para se tornar celebrada.
Festival de besteiras que assolam o Brasil e o mundo
Em todo mundo, o uso político da ignorância (naquilo que Marcia Tiburi, ainda em 2017, chamou de “ridículo político”) se faz cada vez mais frequente.
Na França, o país das “Luzes”, não é diferente. Em 2011, Fréderic Lefebvre, secretário de Estado do governo Sarkozy, disse que o livro que mais o marcou foi “Zadig &Voltaire”, confundindo a obra “Zadig” de Voltaire com a famosa marca de prêt-à-porter de luxo quase homônima. O próprio Nicolas Sarkozy, também em 2011, confundiu o nome do filosofo Roland Barthes com o do campeão de futebol Fabien Barthez e acabou homenageando o pensador “Roland Barthesse”. Por sua vez, a ministra de Emmanuel Macron, Muriel Pénicaud, por ocasião da morte da escritora Toni Morrison, declarou que foi a partir dessa autora afro-americana que os negros finamente entraram para os “grandes nomes da literatura”, ignorando a existência de Aimé Césarie, Léopold Sedar Senghor e vários outros brilhantes e conceituados escritores negros que surgiram antes de 1970.
A era Trump também é famosa pela instrumentalização da ignorância. O próprio Trump chegou a declarar que o conceito de aquecimento global “foi criado por chineses para as fábricas americanas não conseguirem competir”. O Brasil, porém, encontra-se em um outro patamar na arte de governar pela ignorância. Apenas nos últimos seis meses, os exemplos do “festivas de besteiras que assola o país” comprovam que a ignorância virou tanto método quanto objetivo de governo. Dentre os muitos exemplos que poderiam ser citados, vale mencionar a declaração do chanceler brasileiro Ernesto Araújo associando o aumento da temperatura global com o “asfalto quente”. Também não podem ser esquecidas tanto a afirmação da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de que as pessoas não passam fome no Brasil “porque tem mangas nas cidades” quanto as “denúncias” da ministra Damares Alves de que a violação sexual de meninas estaria ligada à “falta de calcinhas” em determinadas localidades. Ou de que a personagem Elza do filme Frozen, dos Estúdios Disney, seria lésbica. Também não poderiam ficar de fora o ministro da Educação, Abraham Weintraub, que tentou explicar o corte de verbas nas universidades públicas usando “chocolates” para simbolizar os valores e errou o cálculo (com o presidente da República se aproveitando da “demonstração” para comer um dos chocolates), e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que disse que a nuvem de fumaça que cobriu o céu brasileiro em razão dos incêndios na Amazônia (vale lembrar que só os desmatamento em agosto deste ano subiram 222% em relação a agosto de 2018) era uma fake news.
Ignorância: uma história de sucesso
Para encerrar, e comprovar a hipótese de que a ignorância no Brasil faz sucesso, vale lembrar de duas pérolas de Olavo de Carvalho, o guru intelectual do governo de Jair Bolsonaro, de muitos militantes de direita e de parcela das forças armadas brasileiras (que ainda acredita estar em meio a uma guerra contra o “marxismo cultural” e a ameaça comunista). Para ele (e seus seguidores), é crível a tese de que as músicas dos Beatles teriam sido compostas pelo filósofo alemão Theodor Adorno, como parte de uma grande conspiração para destruir a sociedade, bem como muito provável a ligação entre o Papa Francisco, a KGB e George Soros em uma espécie de “plano infalível” para dominar o mundo da esquerda mundial.
O fato de Olavo de Carvalho ocupar o espaço de “intelectual” da extrema-direita precisa ser objeto de atenção. Trata-se de um filósofo que divulga certezas delirantes enquanto projeta uma “revolução cultural obscurantista” a partir da tese de que se deve lutar contra a “revolução cultural marxista” (em um interessante caso de apropriação das lições de Gramsci). Pessoas como Olavo de Carvalho costumam ser desprezadas pela “inteligência” brasileira: não deveriam. Vale lembrar que ele foi capaz de construir uma obra (escreveu mais do que muitos “intelectuais” de esquerda que se mantém escondidos do debate público) a partir de teses que propagam a desinformação e contam com a ignorância (a “cabeça vazia”) dos leitores. Pode-se dizer que com ele nasce o “intelectual orgânico” da ignorância. No lugar do “marxismo cultural”, Olavo faz surgir o oxímoro “ignorância cultural”.
RUBENS R.R. CASARA é juiz de Direito do TJRJ e escritor. Doutor em Direito e mestre em Ciências Penais. É professor convidado do Programa de Pós-graduação da ENSP-Fiocruz. Membro da Associação Juízes para a Democracia e do Corpo Freudiano
Fonte: revistacult.uol.com.br
Leia a coluna Além da Lei toda segunda no site da CULT
Ignorância como matéria-prima
Ignorância, por definição, é o estado de quemc não tem conhecimento ou cultura: um desconhecimento por falta de estudo, experiência ou prática. Todos nascem ignorantes e, em certo sentido, essa é a nossa identidade original. Mudar esse estado, ou não, sempre foi uma opção política tanto quanto o resultado de um esforço pessoal.
Por muito tempo, havia consenso de que era necessário superar a ignorância para desenvolver as potencialidades de cada indivíduo e fortalecer a sociedade. Mesmo a abstração do “homem econômico”, transformado em modelo do “indivíduo desejável” tanto no liberalismo clássico quanto no neoliberalismo, supõe uma pessoa que superou a ignorância para se tornar capaz de calcular as vantagens pessoais que possa obter a partir de suas decisões e ações. Em apertada síntese, a ignorância, até bem pouco tempo, era vista como uma negatividade. Mesmo as pessoas mais ignorantes procuravam fingir algum tipo de conhecimento diferenciado ou de erudição. Hoje, ao contrário, passou a ser percebida como uma positividade e tratada como uma mercadoria.
A ignorância é um estado que possui valor porque pode ser explorada tanto no plano econômico quanto no plano político. É a matéria prima para um processo de subjetivação que não enfrentará resistência de valores como a “verdade”, a “solidariedade”, a “inteligência”, a “lógica” etc. A partir da ignorância é possível potencializar tanto o mercado quanto a adesão acrítica a um regime político. Manter a ignorância tornou-se, então, uma das principais metas da “arte de governar”.
Diante da valorização econômica da ignorância, o “homem ignorante” é ressignificado e passa a ser percebido como o tipo-ideal de cidadão: aquela pessoa que se caracteriza pela simplicidade com que todos podem se identificar. A “educação” e a “cultura”, por sua vez, começam a ser tratadas como ameaças que precisam ser afastadas. Instaura-se, assim, um novo modo de governo, mais eficaz e barato: o governo para e pela ignorância.
Com a demonização da educação e da cultura (percebidas como atividades degeneradas e “ideológicas”), aparece o indivíduo com orgulho de ser ignorante, como demonstra a adesão sem reflexão às posturas anti-intelectualistas em voga na sociedade. Em uma curiosa inversão valorativa (e, com toda manifestação ideológica, não percebida enquanto tal), o intelectual (aquele que se diferencia por um saber específico) torna-se objeto de reprovação social, enquanto aumenta a ode à ignorância e a espetacularização do desconhecimento.
Diante desse quadro, cada vez mais pessoas buscam se expressar a partir de uma linguagem empobrecida, com o recurso a slogans, frases feitas, chavões, jargões e construções gramaticalmente pobres, com o objetivo de serem compreendidas e contarem com a simpatia de interlocutores que eles supõem serem ignorantes. A orientação para os governantes, a oposição, os jornalistas, os gerentes e diretores de grandes empresas é a de se limitar a formulações simples (sujeito-verbo-complemento) e utilizar um vocabulário pobre para conseguir a atenção de um auditório que eles acreditam (e agem para tornar) cada vez mais inculto.
Revisitar um discurso ou uma conferência de imprensa dos principais políticos do século passado, e compará-los com os eleitos de hoje, gera profundo incômodo. A questão ultrapassa limites territoriais ou ideológicos: para não falar do Brasil, basta comparar as manifestações públicas do General De Gaulle ou de François Mitterand com as de Nicolas Sarkosy e François Hollande. A redução dos standards de conhecimento e educação necessários para chegar ao poder são evidentes (como demonstram as manifestações do presidente brasileiro Jair Bolsonaro sobre a mulher do presidente francês Emmanuel Macron e o “boicote” à marca de canetas Bic).
Hoje, as referências culturais da grande maioria dos políticos não ultrapassam citações a Chaves (não o político venezuelano, mas o personagem infantil mexicano) ou, na melhor das hipóteses, a Valdemort (da saga Harry Poter). Os déficits culturais são evidentes tanto entre os eleitos quanto entre os eleitores: O desconhecimento de Jean Valjean e dos irmãos Karamazov é proporcional ao crescimento do capital político de atores pornôs fracassados, cantores de qualidade duvidosa e jovens dirigentes de milícias virtuais especializados em ofender e divulgar fake news. As mesmas pessoas que desconhecem a Ilíada de Homero são os que gritam “mito” e “herói” para defensores da tortura, de ilegalidades e das ditaduras militares latino-americanas.
Em um clima de indigência intelectual, qualquer personagem saído de um circo de horrores ou de um programa de auditório brasileiro (igualmente horroroso, por explorar a pobreza e a desgraça) pode chegar à presidência da República. Basta pensar que a cada campanha eleitoral diminuem o número de palavras e verbos utilizados nos debates e nos programas de governo. Os debates televisivos entre os candidatos, com suas regras que inviabilizam a formulação de ideias e a exposição de argumentos com alguma profundidade, são outros exemplos que sinalizam a desimportância do conhecimento, tanto à direita quanto à esquerda, no campo político.
Nas grandes empresas, não é diferente. Métodos de “gerência” importados dos Estados Unidos buscam bloquear a reflexão e otimizar a alienação para fazer dos trabalhadores meros autômatos. Alguns sintomas desse incentivo à ignorância no ambiente das grandes empresas são facilmente percebidos, tais como o abuso do PowerPoint para orientar as formas de atuação dos empregados a partir de imagens pensadas para pessoas incapazes de interpretar um texto; a contratação de consultores externos, diante do reconhecimento da incapacidade do pensamento no ambiente da empresa etc.
Também no campo do jornalismo a perda da qualidade intelectual é perceptível. Não é uma obra do acaso: para a manutenção da ignorância é necessário atacar tanto a educação quanto a liberdade de expressão. A stardardização e a uniformização dos conteúdos jornalísticos somadas à precarização da profissão de jornalista e à concentração de poder nos blocos midiáticos (dominados por empresários sem preocupações filantrópicas), fenômenos típicos a partir da racionalidade neoliberal, são o retrato da derrocada do jornalismo em todo o mundo.
A necessidade de manter o emprego e o desejo de atender aos detentores do poder econômico comprometem a qualidade da informação e impossibilitam que determinados assuntos, notícias ou reflexões que não interessem aos patrões sejam veiculados. Cada vez mais são “fabricados” jornalistas ignorantes para produzir desinformação e, assim, divulgar/produzir ignorância. A opção por oferecer informações e discursos simplificados, de priorizar o fútil e o insignificante em lugar da informação e da reflexão, também são uma opção política tanto dos empresários que controlam os meios de comunicação quanto da pequena casta de jornalistas que exercem postos chaves no mercado de produção de notícias.
O exemplo do tratamento jornalístico dado pelo Grupo Globo à chamada Vaza Jato, conteúdo informativo que atinge a imagem de “herói” do atual Ministro da Justiça brasileiro, é um exemplo bem evidente de como opções políticas e econômicas das empresas apostam na ignorância da população e comprometem a qualidade da atividade jornalística. Trata-se de uma questão exclusivamente econômica: notícias de evidente interesse público não são divulgadas (ou são desqualificadas) para que não se perca o investimento na construção midiática do herói Moro.
A hipótese deste pequeno artigo é a de que é preciso reconhecer a vitória da ignorância. O reconhecimento da derrota da inteligência e a identificação dos mecanismos e funcionalidades da gestão da ignorância são os antecedentes lógicos da reflexão e da criação de estratégias que recuperem a importância da educação e da cultura na construção de uma sociedade menos injusta (e, portanto, mais inteligente).
Ignorância e identidade
A ignorância é um dado natural. Basta não educar ou educar precariamente para conseguir essa matéria-prima. Mantê-la, incentivá-la e explorá-la passam a ser objetivos estratégicos (e biopolíticos) tanto de governantes quanto de empresários. Isso porque a ignorância permite uma nova e mais produtiva forma de reificação, uma radical impossibilidade de “reconhecimento” (que não se resume à mera identificação): o desconhecimento a respeito dos outros seres humanos, dos mecanismos de exclusão, das técnicas e dispositivos de opressão e do como se interage com outras pessoas.
O valor político da “ignorância”, que facilita a introjeção de uma normatividade adequada aos interesses dos detentores do poder político e do poder econômico, está ligado à ideia de identidade. É a ignorância que permite uma identificação direta com ampla parcela da população, uma identificação a partir da falta de conhecimento/informação e da miséria intelectual.
A identificação é um processo através do qual tanto a identidade pessoal quanto as relações sociais são construídas. Todavia, em um quadro de empobrecimento da linguagem e de pobreza intelectual, a “identificação” leva à formação de indivíduos que se submetem aos mandamentos daqueles com os quais se identifica e, ao mesmo tempo, à exclusão de todos os que não se adaptam a eles, em um fenômeno tendencialmente violento. Essa violência, não raro, adquire uma forma institucionalizada na medida em que é organizada e passa a contar com o apoio tanto do governo quanto dos grupos de interesse que controlam as máquinas de produção de subjetividades (televisão, smartphones, redes sociais, etc.). A divisão da sociedade entre os “desejáveis” e os “indesejáveis” é uma opção política facilitada pela ignorância que permite fazer com que criminosos recebam o tratamento de “heróis”, ao mesmo tempo em que todos aqueles que não interessam aos detentores do poder são criminalizados/demonizados.
Note-se que a identidade pela ignorância é um fenômeno correlato ao da ascensão de ignorantes ao poder econômico e ao poder político, ou mesmo à tentativa de parecer cada vez mais ignorante para conseguir enganar e explorar pessoas rotuladas como ignorantes. Há uma espécie de captação simbólica e o surgimento de uma nova figura de autoridade que se caracteriza tanto pela ignorância quanto pelo sucesso político e/ou econômico. A mensagem do detentor do poder poderia ser traduzida nos seguintes termos: “sou tão ignorante quanto você, mas cheguei ao poder, você também consegue, basta me seguir e/ou copiar”.
Hoje, ao detentor do poder político ou do poder econômico basta repetir fórmulas prontas, slogans, piadas preconceituosas e outras manifestações associadas à ignorância, ao preconceito ou à burrice para angariar o apoio e a simpatia de pessoas que foram levadas a acreditar que o desconhecimento não é um obstáculo à realização pessoal. Políticos, empresários, jornalistas e funcionários públicos disputam a imagem do ignorante para retirar proveito e lucrar.
Ignorância e autoritarismo
Não há como manter um regime autoritário sem “investir” na ignorância. Um povo ignorante pode não só ficar apático diante do autoritarismo como verdadeiramente desejá-lo, na tentativa de suprir o medo que deriva do desconhecimento sobre fenômenos e valores democráticos como a liberdade e a verdade.
A ignorância adquire assim um caráter funcional para o autoritarismo. É o elemento que, ao mesmo tempo, faz a ligação entre o governante e grande parcela da população, bem como permite a manipulação da opinião pública na construção de consensos antidemocráticos. É a ignorância que fomenta a base social que naturaliza o absurdo.
O indivíduo ignorante acredita que ele e suas limitações são o retrato do mundo. Incapaz de operar a distinção entre discurso e realidade, entre o essencial e o superficial, torna-se facilmente massa de manobra. Não por acaso, a ignorância é a matéria prima para as mais variadas formas de populismo, nas quais a emoção e os sentimentos manipulados substituem a reflexão crítica, os argumentos racionais e as demonstrações empíricas. O desconhecimento da complexidade da sociedade, e a insegurança gerada por essa ignorância, favorecem o surgimento de tendências psicopolíticas e movimentos de massa reacionários, que buscam em um passado idealizado a segurança perdida e o sentido da vida.
No lugar do convencimento por argumentos racionais, o governo pela ignorância atua a partir do reforço de preconceitos, da exploração das confusões conceituais e do preenchimento dos vazios cognitivos com as “certezas” do governante, visto como um igual (ignorante) que deu certo (e aqui reside uma contradição performática que a cegueira da ignorância impede que seja percebida).
A exploração da ignorância por regimes autoritários não é uma novidade. Theodor Adorno, nos anos 1940 e 1950, durante suas pesquisas sobre a personalidade autoritária, já apontava que “todos os movimentos fascistas modernos, inclusive os praticados por demagogos americanos contemporâneos, tem visado os ignorantes”. O que mudou, hoje, é que a ignorância deixou de ser velada para se tornar celebrada.
Festival de besteiras que assolam o Brasil e o mundo
Em todo mundo, o uso político da ignorância (naquilo que Marcia Tiburi, ainda em 2017, chamou de “ridículo político”) se faz cada vez mais frequente.
Na França, o país das “Luzes”, não é diferente. Em 2011, Fréderic Lefebvre, secretário de Estado do governo Sarkozy, disse que o livro que mais o marcou foi “Zadig &Voltaire”, confundindo a obra “Zadig” de Voltaire com a famosa marca de prêt-à-porter de luxo quase homônima. O próprio Nicolas Sarkozy, também em 2011, confundiu o nome do filosofo Roland Barthes com o do campeão de futebol Fabien Barthez e acabou homenageando o pensador “Roland Barthesse”. Por sua vez, a ministra de Emmanuel Macron, Muriel Pénicaud, por ocasião da morte da escritora Toni Morrison, declarou que foi a partir dessa autora afro-americana que os negros finamente entraram para os “grandes nomes da literatura”, ignorando a existência de Aimé Césarie, Léopold Sedar Senghor e vários outros brilhantes e conceituados escritores negros que surgiram antes de 1970.
A era Trump também é famosa pela instrumentalização da ignorância. O próprio Trump chegou a declarar que o conceito de aquecimento global “foi criado por chineses para as fábricas americanas não conseguirem competir”. O Brasil, porém, encontra-se em um outro patamar na arte de governar pela ignorância. Apenas nos últimos seis meses, os exemplos do “festivas de besteiras que assola o país” comprovam que a ignorância virou tanto método quanto objetivo de governo. Dentre os muitos exemplos que poderiam ser citados, vale mencionar a declaração do chanceler brasileiro Ernesto Araújo associando o aumento da temperatura global com o “asfalto quente”. Também não podem ser esquecidas tanto a afirmação da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de que as pessoas não passam fome no Brasil “porque tem mangas nas cidades” quanto as “denúncias” da ministra Damares Alves de que a violação sexual de meninas estaria ligada à “falta de calcinhas” em determinadas localidades. Ou de que a personagem Elza do filme Frozen, dos Estúdios Disney, seria lésbica. Também não poderiam ficar de fora o ministro da Educação, Abraham Weintraub, que tentou explicar o corte de verbas nas universidades públicas usando “chocolates” para simbolizar os valores e errou o cálculo (com o presidente da República se aproveitando da “demonstração” para comer um dos chocolates), e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que disse que a nuvem de fumaça que cobriu o céu brasileiro em razão dos incêndios na Amazônia (vale lembrar que só os desmatamento em agosto deste ano subiram 222% em relação a agosto de 2018) era uma fake news.
Ignorância: uma história de sucesso
Para encerrar, e comprovar a hipótese de que a ignorância no Brasil faz sucesso, vale lembrar de duas pérolas de Olavo de Carvalho, o guru intelectual do governo de Jair Bolsonaro, de muitos militantes de direita e de parcela das forças armadas brasileiras (que ainda acredita estar em meio a uma guerra contra o “marxismo cultural” e a ameaça comunista). Para ele (e seus seguidores), é crível a tese de que as músicas dos Beatles teriam sido compostas pelo filósofo alemão Theodor Adorno, como parte de uma grande conspiração para destruir a sociedade, bem como muito provável a ligação entre o Papa Francisco, a KGB e George Soros em uma espécie de “plano infalível” para dominar o mundo da esquerda mundial.
O fato de Olavo de Carvalho ocupar o espaço de “intelectual” da extrema-direita precisa ser objeto de atenção. Trata-se de um filósofo que divulga certezas delirantes enquanto projeta uma “revolução cultural obscurantista” a partir da tese de que se deve lutar contra a “revolução cultural marxista” (em um interessante caso de apropriação das lições de Gramsci). Pessoas como Olavo de Carvalho costumam ser desprezadas pela “inteligência” brasileira: não deveriam. Vale lembrar que ele foi capaz de construir uma obra (escreveu mais do que muitos “intelectuais” de esquerda que se mantém escondidos do debate público) a partir de teses que propagam a desinformação e contam com a ignorância (a “cabeça vazia”) dos leitores. Pode-se dizer que com ele nasce o “intelectual orgânico” da ignorância. No lugar do “marxismo cultural”, Olavo faz surgir o oxímoro “ignorância cultural”.
RUBENS R.R. CASARA é juiz de Direito do TJRJ e escritor. Doutor em Direito e mestre em Ciências Penais. É professor convidado do Programa de Pós-graduação da ENSP-Fiocruz. Membro da Associação Juízes para a Democracia e do Corpo Freudiano
Fonte: revistacult.uol.com.br
Leia a coluna Além da Lei toda segunda no site da CULT
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segunda-feira, dezembro 16, 2019
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Secção de Cumere!
À caminho de Mansoa e Bissorã, Umaro Sissoko Embalo acompanhado pelos altos dirigentes partidários e antigos dirigentes do país: Ex PM Faustino F Imbali, Nuno Gomes Nabiam do APU-PDG, Alberto Nambeia do PRS, Coordenador Nacional do Madem-G15, Braima Camará, Fernando Mendes do Movimento-Ba-fata RGB; estão ao lado do Candidato do Madem-G15 Umaro face às Presidênciais de 29 do coerente;
Todos Unidos para reforçar o Embaló para a presidência da Guiné-Bissau, outros por exemplo: Botche Candé, Fernando Gomes, Braima Obama, etc; estão espalhados a todo território nacional, para uma única voz.
Vota Umaro Sissoko Embalo para o bem estar de todos os Guineenses.
Madem-G15/Sector Autónomo Bissau
Todos Unidos para reforçar o Embaló para a presidência da Guiné-Bissau, outros por exemplo: Botche Candé, Fernando Gomes, Braima Obama, etc; estão espalhados a todo território nacional, para uma única voz.
Vota Umaro Sissoko Embalo para o bem estar de todos os Guineenses.
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Oio-Nhacra Tabanca de Cuntanga! - Passo à passo, Umaro Sissoco Embaló em percursos políticos face às eleições presidenciais.
Nuno Gomes do APU-PDGB, Alberto Nambeia do PRS, Braima Camará do Madem-G-15; lado a lado do candidato mais popular do momento Umaro Sissoco Embaló, quarto dia de campanha eleitoral;
Madem-G15/Sector Autónomo Bissau
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Campanha eleitoral 2ª volta: SIMÕES PEREIRA GARANTE QUE NÃO HAVERÁ PERSEGUIÇÕES POLÍTICAS SE VENCER ELEIÇÕES?
O candidato do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) às eleições presidenciais, Domingos Simões Pereira, garantiu que não haverá perseguições políticas e judiciais a nenhum ator político, se vencer às eleições presidenciais do próximo dia 29 de dezembro.
Simões Pereira fez essa promessa neste domingo, 15 de dezembro de 2019, durante um comício popular realizado na cidade de Bafatá, leste do país. A caravana do candidato dos libertadores, na corrida de caça ao voto, passou pelas aldeias de Bantandjam e de Cossé.
Simões Pereira acompanhado pelo primeiro vice-presidente do PAIGC e igualmente presidente do Parlamento guineense, Cipriano Cassamá e pelos líderes de formações que apoiam a sua candidatura nesta segunda volta, fez paragens em algumas tabancas para contactos com os eleitores, antes de chegar a cidade de Bafatá, onde realizou o comício pela noite.
Pereira disse na sua intervenção no comício perante milhares de apoiantes que, caso vença as eleições presidenciais, vai colaborar com o governo para trabalhar, com a Assembleia Nacional Popular e as entidades judiciais na base do respeito às leis do país e à Constituição para que o país consiga o almejado desenvolvimento.
Para que isso se aconteça, Simões Pereira, atribuiu a responsabilidade aos cidadãos eleitores cujo futuro do país está nas suas mãos e que essencialmente dependerá das suas escolhas nas urnas entre os dois candidatos finalistas na segunda volta. No entanto, afirma que a sua candidatura está mais preparada para assumir as funções do Chefe de Estado da Guiné-Bissau e consequentemente trabalhar com o executivo para o desenvolvimento da Guiné-Bissau.
“Para cada trabalho se escolhe o melhor,” exortou os eleitores, para de seguida, avançar ainda que o dia 29 de dezembro, será o dia decisivo para a vida de cada guineense para os próximos cinco anos.
Prometeu igualmente que se vencer o escrutínio, vai trabalhar afincadamente ao lado do executivo para que haja uma boa educação e saúde de qualidade à todos e por todo país, bem como ajudar ainda o governo melhorar a produção de batata doce através da criação de uma fábrica de transformação da batata doce e da sua comercialização.
Sobre a venda dos recursos naturais do país de que foi acusado pelos adversários políticos, disse na sua comunicação que enquanto exercia a função do Primeiro-ministro não assinou nenhum contrato de exploração dos recursos naturais durante os treze meses a frente do governo, após as eleições gerais de 2014.
Desafiou ainda os seus opositores a apresentarem provas da sua assinatura no documento sobre a exploração dos recursos naturais.
Por: Epifania Mendonça
Video: Faladepapagaio
OdemocrataGB
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segunda-feira, dezembro 16, 2019
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#Reflexão
Por Ciro Batchicann
#Reflexão 🧠 🏦
Durante um assalto na América, o assaltante de banco gritou para todos no banco: "Não se mexam. O dinheiro pertence ao Estado. Sua vida pertence a você".
Todos no banco se deitaram em silêncio. Isso é chamado de "Conceito de mudança de mente". Mudando a maneira convencional de pensar.
Quando uma senhora estava deitada na mesa provocativamente, o ladrão gritou para ela: "Por favor, seja civilizada! Isso é um assalto e não um estupro!"
Isso se chama "Ser Profissional" Concentre-se apenas no que você é treinado para fazer!
Quando os ladrões de banco voltaram para casa, o ladrão mais jovem (Licenciado) disse ao ladrão mais velho (que só tinha o sexto ano na escola primária): "Irmão mais velho, vamos contar quanto roubamos ".
O ladrão mais velho rebateu e disse: "Você é muito estúpido. Há tanto dinheiro que levará muito tempo para contar. Hoje à noite, o noticiário da TV nos dirá quanto roubamos do banco!"
Isso se chama "Experiência". Atualmente, a experiência é mais importante que as qualificações em papel!
Depois que os ladrões saíram, o gerente do banco disse ao supervisor do banco para ligar para a polícia rapidamente. Mas o supervisor disse-lhe: "Espere! Vamos retirar US $ 10 milhões do banco por conta própria e adicioná-lo aos US $ 70 milhões que anteriormente desviámos do banco".
Isso se chama "Nade com a maré". Convertendo uma situação desfavorável para sua vantagem!
O supervisor diz: "Será bom se houver um assalto todo mês".
Isso se chama "Matar o tédio". A felicidade pessoal é mais importante que o seu trabalho.
No dia seguinte, o noticiário da TV informou que US $ 100 milhões foram retirados do banco. Os ladrões contavam, contavam e contavam, mas só podiam contar US $ 20 milhões. Os assaltantes ficaram muito zangados e reclamaram: "Arriscamos nossas vidas e só levamos US $ 20 milhões. O gerente do banco levou US $ 80 milhões com um estalar de dedos. Parece que é melhor ser educado do que ser um ladrão!"
Isso se chama "Conhecimento vale tanto quanto ouro!"
O gerente do banco estava sorrindo e feliz porque suas perdas no mercado de ações agora estão cobertas por esse roubo.
Isso se chama "Aproveitar a oportunidade". Ousar correr riscos!
Então, quem são os verdadeiros ladrões aqui?
In Mong Money
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segunda-feira, dezembro 16, 2019
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#45 Prince Alwaleed Bin Talal Alsaud
2017 BILLIONAIRES NET WORTH
as of 3/20/17
$18.7B
High-profile Saudi Arabian investor Prince Alwaleed bin Talal owns chunks of private and public companies in the U.S., Europe and the Middle East through Kingdom Holding Co., 5% of which is listed on the Saudi Stock Exchange (he is listed as owning the other 95%). Holdings include stakes in ride-sharing firm Lyft, social media firm Twitter, Citigroup, hotel management company Four Seasons Hotels & Resorts, the swanky Hotel George V in Paris and the Savoy Hotel in London. Outside of Kingdom Holding, the Prince owns real estate in Saudi Arabia, the majority of Arabic-language entertainment firm Rotana, and other assets. Prince Alwaleed, who bought Donald Trump's yacht in 1991, called out Trump on Twitter in June 2016, saying he should drop out of the presidential race "as you will never win." After Trump won the U.S. election in November, Alwaleed congratulated him on Twitter. In December 2016, Alwaleed joined Bill Gates' Breakthrough Energy Coalition with the promise of a $50 million investment.
#45
Billionaires 2017 Dropped off in 2018
STATS
AGE - 64
SOURCE OF WEALTH - investments, Self Made
RESIDENCE - Riyadh, Saudi Arabia
CITIZENSHIP - Saudi Arabia
MARITAL STATUS - Divorced
CHILDREN - 2
EDUCATION - Bachelor of Arts / Science, Menlo College; Master of Science, Syracuse University
NET WORTH OVER TIME
$18.7B
Billionaires
March 2017
Fonte: https://www.forbes.com
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segunda-feira, dezembro 16, 2019
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DSP, não es mais Balanta nem Manjaco!- DSP, kuma el i Mandinga di Bidjini, menus 24h i nega Manjacos 👇
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segunda-feira, dezembro 16, 2019
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URGENTE: O Candidato do MADEM G-15, General Umaro Sissoco Embalo, anunciou hoje dia 15 do dezembro em Canchungo a chegada no país no próximo dia 26 do dezembro quinta-feira o multimilionário Saudita Príncipe Al-Waleed bin Talal bin Abdul Aziz Al-Saud, detentor do fortuna 77,6 bilhões de dólares norte americano.
Ainda o candidato do MADEM G-15, General Umaro Sissoco Embalo, avança que o príncipe Saudita, vai entregar cheque visado no valor de 1.BILHÃO DE DÓLARES a governador do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO) em caso da sua vitória no dia 29 do corrente mês o montante sera entregue a estado da Guiné-Bissau. O General Sissoco afirma que a comitiva do magnata será composto por 4 aviões que vão trouxer medicamentos, materiais para hospitais e entre outros produtos básicos que serão entregues a povo da Guiné-Bissau em nome da sua candidatura.
Além disso, General Sissoco Embalo, mandou regado para o candidato da PAIGC, Domingos Simões Pereira, de levar consigo antecedência criminal da sua esposa e o seu no debate político que será realizado na televisão pública da Guiné-Bissau TGB
Texto Bissau Última-Hora
Além disso, General Sissoco Embalo, mandou regado para o candidato da PAIGC, Domingos Simões Pereira, de levar consigo antecedência criminal da sua esposa e o seu no debate político que será realizado na televisão pública da Guiné-Bissau TGB
Texto Bissau Última-Hora
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segunda-feira, dezembro 16, 2019
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Canchungo! - Intervenção do Coordenador Nacional do MADEM-G15, Senhor Braima Camará;
Canchungo!
Intervenção política do Presidente do APU-PDGB, Nuno Gomes Nabian, apoia Ell Mocktar Umaro Sissoko na segunda volta das presidenciais.
Ouça Bem!
Se o nosso candidato às eleições presidenciais, Umaro Sissoco Embaló é ou não Militar, ou seja é ou não académicamente formado? Ouça a intervenção do Dr. Fernando Gomes, ex Diretor da campanha eleitoral do Carlos Gomes Júnior
Obrigado Canchungo!
Umaro sissoko Embalo faz fecho do seu percurso político na cidade de Canchungo, depois do seu percurso às tabancas da mesma
Madem-G15/Sector Autónomo Bissau
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segunda-feira, dezembro 16, 2019
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ANÁLISE DAS INCONGRUÊNCIAS CONSTANTES NO MANIFESTO POLÍTICO DO CANDIDATO PRESIDENCIAL DOMINGOS SIMÕES PEREIRA. PARTE I
Por Jorge Herbert
1. “Todos os guineenses, no país e na diáspora, de nascença ou de adoção devem ter no Presidente uma referência de amor e comunhão, a quem se referem e se dirigem para encontrar a inspiração maior a favor da pertença e convivência nacional."
COMENTÁRIO: Esse é o manifesto da candidatura do mesmo indivíduo que passou quase uma legislatura inteira a ofender publicamente quer verbalmente, quer por atos o Presidente da República Dr. José Mário Vaz? É esse indivíduo que esteve e pactuou com uma manifestação em que se simulava a morte do Presidente da República? Esse é o indivíduo cujos apoiantes femininos foram levantar a saia para exibir as partes íntimas em direção ao Palácio da República?
2. “Se por algum motivo fosse permitido a todos, visarem o bem-estar próprio de qualquer forma, a qualquer preço, sem regras nem ordem, em relativamente pouco tempo voltaríamos ao estado natural e correríamos sérios riscos de desagregação e desaparecimento enquanto sociedade.”
COMENTÁRIO: Essas são as palavras do manifesto de um indivíduo que, por causa da recuperação do poder, bloqueou todo um país, inclusive com o encerramento da casa da democracia e provocou sanções dos seus conterrâneos, inclusive civis, apenas e só para defender o seu bem-estar próprio?
3. “...Outro exemplo, são as manifestações “étnico-culturais” em espaços que podem não ser os mais apropriados, tanto para os que assistem, como eventualmente para os próprios intervenientes. Peguemos o exemplo dos “Toca Tchur”, que acontecem numa grande maioria no centro da cidade de Bissau e que envolvem rituais para os quais as infraestruturas não estão nem ajustadas nem compatíveis. Assim orientadas, estas manifestações não honram a cultura autóctone, pois acabam muitas vezes se transformando em ostentações por parte de gente pouco conhecedora da verdadeira tradição, que põem em causa a saúde pública, perturbam a convivência urbana e não trazem qualquer benefício, ou muito pouco para a riqueza nacional.
O Presidente da República pode e deve liderar o processo de diálogo, para o estudo e compreensão dessas especificidades e identificação do ritual que, aceite pelas autoridades tradicionais, possa conviver com as regras da higiene e da urbanidade. Conseguido esse pressuposto, são reenquadradas na tradição e fazem jus à convivência harmoniosa das partes, talvez mesmo passando a constituir fontes de rendimento local para essas comunidades e suas respetivas lideranças.”
COMENTÁRIO: Pura e simplesmente ESCANDALOSO! A mais alta manifestação do complexo do colonizado! Um candidato ao mais alto cargo da nação, num país multi-étnico e consequentemente multicultural como a Guiné-Bissau, considera uma cerimónia de cariz étnico-cultural como o “Toca-Tchur” não adaptada às regras da higiene e da urbanidade! Aparentemente pretende retirar essa manifestação étnico-cultural da cidade, compensando financeiramente essas comunidades e suas respetivas lideranças!
Sr. candidato Domingos Simões Pereira, para si uma procissão católica ou um cortejo fúnebre católico, que percorre as ruas da cidade, da igreja ao cemitério por ex, perturbando a circulação dos restantes transeuntes, está adaptado ás regras da urbanidade?! Uma festa popular de origem católica, com lançamento de foguetes ou fogos de artifício, para si já se enquadra nas regras da higiene e urbanidade? Sr. candidato, espero que fique mesmo pela candidatura, para que possa ter mais tempo para ler e perceber Amilcar Cabral e a dimensão da liberdade que desejou para o seu povo e pelo qual deu a vida…
Jorge Herbert
1. “Todos os guineenses, no país e na diáspora, de nascença ou de adoção devem ter no Presidente uma referência de amor e comunhão, a quem se referem e se dirigem para encontrar a inspiração maior a favor da pertença e convivência nacional."
COMENTÁRIO: Esse é o manifesto da candidatura do mesmo indivíduo que passou quase uma legislatura inteira a ofender publicamente quer verbalmente, quer por atos o Presidente da República Dr. José Mário Vaz? É esse indivíduo que esteve e pactuou com uma manifestação em que se simulava a morte do Presidente da República? Esse é o indivíduo cujos apoiantes femininos foram levantar a saia para exibir as partes íntimas em direção ao Palácio da República?
2. “Se por algum motivo fosse permitido a todos, visarem o bem-estar próprio de qualquer forma, a qualquer preço, sem regras nem ordem, em relativamente pouco tempo voltaríamos ao estado natural e correríamos sérios riscos de desagregação e desaparecimento enquanto sociedade.”
COMENTÁRIO: Essas são as palavras do manifesto de um indivíduo que, por causa da recuperação do poder, bloqueou todo um país, inclusive com o encerramento da casa da democracia e provocou sanções dos seus conterrâneos, inclusive civis, apenas e só para defender o seu bem-estar próprio?
3. “...Outro exemplo, são as manifestações “étnico-culturais” em espaços que podem não ser os mais apropriados, tanto para os que assistem, como eventualmente para os próprios intervenientes. Peguemos o exemplo dos “Toca Tchur”, que acontecem numa grande maioria no centro da cidade de Bissau e que envolvem rituais para os quais as infraestruturas não estão nem ajustadas nem compatíveis. Assim orientadas, estas manifestações não honram a cultura autóctone, pois acabam muitas vezes se transformando em ostentações por parte de gente pouco conhecedora da verdadeira tradição, que põem em causa a saúde pública, perturbam a convivência urbana e não trazem qualquer benefício, ou muito pouco para a riqueza nacional.
O Presidente da República pode e deve liderar o processo de diálogo, para o estudo e compreensão dessas especificidades e identificação do ritual que, aceite pelas autoridades tradicionais, possa conviver com as regras da higiene e da urbanidade. Conseguido esse pressuposto, são reenquadradas na tradição e fazem jus à convivência harmoniosa das partes, talvez mesmo passando a constituir fontes de rendimento local para essas comunidades e suas respetivas lideranças.”
COMENTÁRIO: Pura e simplesmente ESCANDALOSO! A mais alta manifestação do complexo do colonizado! Um candidato ao mais alto cargo da nação, num país multi-étnico e consequentemente multicultural como a Guiné-Bissau, considera uma cerimónia de cariz étnico-cultural como o “Toca-Tchur” não adaptada às regras da higiene e da urbanidade! Aparentemente pretende retirar essa manifestação étnico-cultural da cidade, compensando financeiramente essas comunidades e suas respetivas lideranças!
Sr. candidato Domingos Simões Pereira, para si uma procissão católica ou um cortejo fúnebre católico, que percorre as ruas da cidade, da igreja ao cemitério por ex, perturbando a circulação dos restantes transeuntes, está adaptado ás regras da urbanidade?! Uma festa popular de origem católica, com lançamento de foguetes ou fogos de artifício, para si já se enquadra nas regras da higiene e urbanidade? Sr. candidato, espero que fique mesmo pela candidatura, para que possa ter mais tempo para ler e perceber Amilcar Cabral e a dimensão da liberdade que desejou para o seu povo e pelo qual deu a vida…
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segunda-feira, dezembro 16, 2019
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AMERICO BA CANTA PA DSP NA CANCHUNGO NINGUIM KA BA ASSITE, SÓ MENINOS CURIOSOS KU BAI DJUBI PALHAÇADA DE AMERICO.
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“AMANHÃ MARCIANO SILVA BARBEIRO NA MANDAM PA PECIXE, NA BA REBENTA KU PAIGC LA”
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segunda-feira, dezembro 16, 2019
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Campanha eleitoral 2ª volta: ÚMARO SISSOCO EMBALÓ ANUNCIA AJUDA DE MIL MILHÕES DE DÓLARES À GUINÉ-BISSAU
Úmaro Sissoco Embaló, candidato apoiado pelo Movimento para Alternância Democrática, anunciou no início desta noite, 15 de dezembro de 2019, que recebeu garantias de um dos homens mais rico do mundo que apoiará a Guiné-Bissau com mil milhões de dólares. Segundo Úmaro Sissoco Embaló, na próxima quinta-feira, 26 de dezembro, essa figura deverá viajar para Bissau acompanhado do governador do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO) para entregar-lhe o cheque e promete, caso seja eleito a 29 de dezembro, entregar o dinheiro ao Estado guineense.
Embaló que discursava no comício popular realizado na cidade de Canchungo, região de Cacheu no norte da Guiné-Bissau, prometeu que será um chefe de Estado de unidade nacional, que não apostará em mesas redondas para criar fundos e pagar os servidores públicos ou desenvolver o país, mas sim trabalhará arduamente para criar fundos internos para desenvolvê-lo.
No uso da sua magistratura de influência trabalhará para que o governo possa ter as condições de melhorar as infraestruturas rodaviárias. O candidato apoiado pelo Partido da Renovação Social (PRS), pela Assembleia de Povo Unido – Partido Democratico da Guiné-Bissau (APU-PDGB) e os respetivos líderes, bem como pelo candidato derrotado na primeira volta das presidenciais de 24 de novembro, Carlos Gomes Júnior, acusou Domingos Simões Pereira de estar a lidar com traficantes de droga. Lembrou que quando serviu o país como primeiro-ministro foi avaliado quatro vezes pelo Fundo Menetário Internacional e tendo sido considerada a sua governação de “bom desempenho”.
Embaló avisou que vai desafiar o candidato do PAIGC, no próximo debate, exibindo publicamente na televisão o seu registo criminal e o da sua esposa para provar aos guineenses que ele, Úmaro Sissoco Embaló, é um homem transparente que não vai roubar ao povo nem ao Estado.
Outra aposta do candidato Sissoco Embaló será o combate à corrupção e ao tráfico de droga no país, bem como a criação de prisões de alta segurança para “os corruptos e traficantes de droga”. Porém, negou que em nenhum momento tenha usado discurso étnico ou religioso para convencer o eleitorado.
Em reação à acusação de Domingos Simões Pereira em como ele seria terrorista, Sissoco Embaló assumiu que é, sim, “terrorista”, mas de desenvolvimento. Finalmente, revelou que decidiu avançar com a sua candidatura às presidenciais na Guiné-Bissau porque foi aconselhado pelo Presidente a República cessante, José Mário Vaz, a fazê-lo. E promete, se for eleito Presidente da República, batizar a praça Teixeira Pinto de Canchungo com o nome de José Mário Vaz como sinal de reconhecimento.
Por: Filomeno Sambú
Foto: F.S
OdemocrataGB
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Tempo da antena - O nosso candidato é melhor do que candidato dos outros! Vota General ..
Tempo da antena número um
O nosso candidato é melhor do que candidato dos outros! Vota General ..
Tempo de antena número dois,
O nosso candidato é melhor do candidato dos outros!
CANAL 2
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segunda-feira, dezembro 16, 2019
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domingo, 15 de dezembro de 2019
REGIÃO DE BIOMBO COM GENERAL DE POVO - DEPUTADO PAULINO TE DE IX LEGISLATURA DO PRS DEPUTADA SALOME DOS SANTOS DE X LEGISLATURA DE MADEM G-15
FINAL DE CAMPEONATO DEFESO
PANDIM 2019
DEPUTADO PAULINO TE DE IX LEGISLATURA DO PRS
DEPUTADA SALOME DOS SANTOS DE X LEGISLATURA DE MADEM G-15
AÇÃO POSITIVA "" UMARO SISSOCO EMBALO"" PRESIDENTE DE UNIDADE NACIONAL, PAZ ESTABILIDADE. O QUE O POVO DA GUINÉ-BISSAU ALMEJA.
Polução de Matamdim o nosso muito obrigado! Hoje o nosso incansável líder Botche Cande visitou os eleitorados de Matamdim apelando para votarem dia 29 de Dezembro no Candidato Umaro Sissoko Embalo Presidente da República da Guine-Bissau afim de garantir a Paz, União e estabilidade para todos!
Ministros do estado BOTCHE CANDE foi homenageado hoje, pelo populares de Bairro matandim, arredores de Bissau
OPERAÇÃO TURBADA.
OPERAÇÃO TURBADA.
HISTÓRIA DE LUBU KU LEBRE KABA.
Junior Gagigo
Prof. Doutor Mamadu Lamarana Bari diz👇👇:
"ESTOU COM UMARO SISSOKO EMBALÓ
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VOTE 2
APOIO A COERÊNCIA, A HUMILDADE E A GARRA DE APRENDER E CRESCER PARA MELHOR SERVIR A GUINÉ-BISSAU E AO SEU POVO".
Obrigado ilustre, confiar em que quem fez por merecer é nobreza!
Viva General✌✌✌✌✌✌✌✌✌
Saliatu Da Costa
Pétrole, Pétrole, Cantiga de Actualidade
Em Junho 2011, usamos exactamente esta plataforma sub-submersível denominada « Maersk Discoverer » para a execução do furo da prospeção petrolífera, KORA, na parte norte do antigo bloco Cheval Marin, Prospecto Cheval Norte das Águas Ultra Profundas na Zona da Exploração Marítima Conjunta entre a Guiné Bissau e o Senegal, com as seguintes características:
a) Profundidade da Água, do superfície do Oceano até ao solo; 2730 m ( ultrapassando mais de Mil vezes profundidade de uma Piscina).
b) Objectivo, atingir e descortinar toda a geologia num horizonte minimo de 2000 metros de perfuração a partir da parte superior do solo do Oceano, localizado à 2730m debaixo das Águas.
Esta complexa operação foi dirigida pela Sociedade Petrolífera Australiana, Ophir/Energy, (Operadora), com a comparticipação da Companhia Americana Nobel Energy e a FAR da Australia, ainda com a assistência como observadores as sociedades nacionais PETROGUIN e PETROSEN. A operação durou 35 dias.
Resultado; Furo SECO, negativo no ponto de vista económico.
Entretanto foi o primeiro furo realizado nas Águas Ultra profundas da Bacia Mauritânia, Senegal, Gâmbia, Bissau e Conakry (MSGBC).
Embora sem valor económico e comercial, KORA permitiu melhor conhecimento da configuração geológica da parte profunda e ultra profunda da Bacia Sedimentar MSGBC, cuja interpretação acabou por conduzir todas as descobertas actuais do Petróleo e Gaz observadas a partir de 2014, no Off Shore profundo e Ultra profundo do Senegal e sul da Mauritânia. Mas lamentavelmente desde 2011 até presente data nenhum furo foi realizado na Zona da Exploração Conjunta, assim como no Off Shore da Guiné Bissau.
Não obstante existência no passado de Projectos extremamente ambiciosos nesta matéria preconizados na área da jurisdição da AGC que inicialmente foram defendidos pela Companhia Austráliana Woodside e posteriormente pelos chineses de CNOOC em associação com a Canadiana Nexten mas até hoje não se concretizou, dado que até agora a Guine Bissau e o Senegal não concluíram as negociações que visam a renovação do Acordo de 1993, afim de redefinir novas modalidades da gestão e cooperação na área da Exploração Marítima Conjunta entre os dois Estados.
Entretanto nos últimos tempos, por razões políticas ou confundir a opinião pública tem se falado em todas as direções dos ventos, Petróleo, Petróleo, Petróleo da Guiné Bissau a ser roubado pelo Senegal.
Ainda o mais grave alguns « vocalistas » deste « slogan» afirmam categoricamente que o maior volume dos hidrocarbonetos encontra se concentrado no espaço geográfico do território marítimo da Guiné Bissau, outros até alegam existência de negociatas do Petróleo. Curiosamente é de perguntar os que protagonizam estas teorias o seguinte;
a) Em que Campo ou Bloco foi descoberto os hidrocarbonetos que alegam a sua presença?
b) O nome do furos ou nomes dos furos em que foram observadas as descobertas?
c) A Compahia ou Companhias que participaram na operação que conduziu a descoberta ou descobertas do Petróleo cujo maior volume encontra se acumulado no território marítimo da Guiné Bissau?
d) Nome ou nomes dos Prospectos onde se verificaram as descobertas?
Na ausência de respostas concretas as questões acima colocadas, fica evidente que todas as teorias desenvolvidas nesta matéria sobretudo nos últimos tempos não passam de meras especulações. Noticia FALSAS; FAKE NEWS.
Estes boatos estão a contribuir para envenenar o bom relacionamento fraternal com o nosso vizinho do Senegal. Induzindo sentimento que os nossos recursos estão a ser pilhados por aquele paìs.
Embora não estou por tecnicamente em causa, isso bem sabem aqueles que estão familiarizados com a configuração das estruturas geológicas principalmente na zona da exploração conjunta entre o Senegal e a Guiné Bissau que através da sísmica tridimensional ilustra prospectos de imenso potencial em Hidrocarbonetos sobretudo ao sul do Azimute 240 graus.
"Mà gora Pétrole tem toki ina furtadu, anoos ki passa manga di anos na buscal no ka odjal te gos. Talvez és Djambakusses na bin mostanu el. Certo que ate Exxon Mobil na gostaba di kunsi és Djambakusses....
In ka misti feri ninguém ma problema di no terra, no tenne gintis ki ta papia kussa ki é ka sibbi é ta bin tenta fassi kussas ki é ka pudi. El ku manda terra sta manera ki sta.... »
JBALDE
dokainternacionaldenunciante
a) Profundidade da Água, do superfície do Oceano até ao solo; 2730 m ( ultrapassando mais de Mil vezes profundidade de uma Piscina).
b) Objectivo, atingir e descortinar toda a geologia num horizonte minimo de 2000 metros de perfuração a partir da parte superior do solo do Oceano, localizado à 2730m debaixo das Águas.
Resultado; Furo SECO, negativo no ponto de vista económico.
Entretanto foi o primeiro furo realizado nas Águas Ultra profundas da Bacia Mauritânia, Senegal, Gâmbia, Bissau e Conakry (MSGBC).
Embora sem valor económico e comercial, KORA permitiu melhor conhecimento da configuração geológica da parte profunda e ultra profunda da Bacia Sedimentar MSGBC, cuja interpretação acabou por conduzir todas as descobertas actuais do Petróleo e Gaz observadas a partir de 2014, no Off Shore profundo e Ultra profundo do Senegal e sul da Mauritânia. Mas lamentavelmente desde 2011 até presente data nenhum furo foi realizado na Zona da Exploração Conjunta, assim como no Off Shore da Guiné Bissau.
Não obstante existência no passado de Projectos extremamente ambiciosos nesta matéria preconizados na área da jurisdição da AGC que inicialmente foram defendidos pela Companhia Austráliana Woodside e posteriormente pelos chineses de CNOOC em associação com a Canadiana Nexten mas até hoje não se concretizou, dado que até agora a Guine Bissau e o Senegal não concluíram as negociações que visam a renovação do Acordo de 1993, afim de redefinir novas modalidades da gestão e cooperação na área da Exploração Marítima Conjunta entre os dois Estados.
Entretanto nos últimos tempos, por razões políticas ou confundir a opinião pública tem se falado em todas as direções dos ventos, Petróleo, Petróleo, Petróleo da Guiné Bissau a ser roubado pelo Senegal.
Ainda o mais grave alguns « vocalistas » deste « slogan» afirmam categoricamente que o maior volume dos hidrocarbonetos encontra se concentrado no espaço geográfico do território marítimo da Guiné Bissau, outros até alegam existência de negociatas do Petróleo. Curiosamente é de perguntar os que protagonizam estas teorias o seguinte;
a) Em que Campo ou Bloco foi descoberto os hidrocarbonetos que alegam a sua presença?
b) O nome do furos ou nomes dos furos em que foram observadas as descobertas?
c) A Compahia ou Companhias que participaram na operação que conduziu a descoberta ou descobertas do Petróleo cujo maior volume encontra se acumulado no território marítimo da Guiné Bissau?
d) Nome ou nomes dos Prospectos onde se verificaram as descobertas?
Na ausência de respostas concretas as questões acima colocadas, fica evidente que todas as teorias desenvolvidas nesta matéria sobretudo nos últimos tempos não passam de meras especulações. Noticia FALSAS; FAKE NEWS.
Estes boatos estão a contribuir para envenenar o bom relacionamento fraternal com o nosso vizinho do Senegal. Induzindo sentimento que os nossos recursos estão a ser pilhados por aquele paìs.
Embora não estou por tecnicamente em causa, isso bem sabem aqueles que estão familiarizados com a configuração das estruturas geológicas principalmente na zona da exploração conjunta entre o Senegal e a Guiné Bissau que através da sísmica tridimensional ilustra prospectos de imenso potencial em Hidrocarbonetos sobretudo ao sul do Azimute 240 graus.
"Mà gora Pétrole tem toki ina furtadu, anoos ki passa manga di anos na buscal no ka odjal te gos. Talvez és Djambakusses na bin mostanu el. Certo que ate Exxon Mobil na gostaba di kunsi és Djambakusses....
In ka misti feri ninguém ma problema di no terra, no tenne gintis ki ta papia kussa ki é ka sibbi é ta bin tenta fassi kussas ki é ka pudi. El ku manda terra sta manera ki sta.... »
JBALDE
dokainternacionaldenunciante
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