Durante um encontro com a imprensa, o grupo considerou de “ilegais” as expulsões aplicadas pela direção liderada por Domingos Simões Pereira aos parlamentares do PAIGC.
Os ‘15’ acusaram ainda o presidente dos libertadores, Domingos Simões Pereira, de ser a única pessoa que quer transformar a Guiné-Bissau, ‘numa República sem leis’. A posição dos deputados expulsos do PAIGC foi tornada pública numa conferência de imprensa promovida para manifestar a sua indignação em relação a um comunicado da direção do partido que, no entender do grupo, incentiva a violência sem, no entanto, entrar em grandes detalhes.
A reação dos ‘15’ surge em resposta ao comunicado assinado pelo Secretariado Nacional do PAIGC, em resposta à ‘Conferência Nacional de Reflexão para Salvação do PAIGC de Cabral’, organizada pelos dissidentes dos libertadores e à declaração dela saída. Os parlamentares expulsos dizem ainda que o comunicado do partido recorreu aos insultos, às ameaças veladas aos militantes e dirigentes do partido.
“O comunicado a que fizemos referência demonstra, mais uma vez, a real face do Domingos Simões Pereira, presidente do partido, que, em implementação de uma estratégia pessoal e familiar, está, dia após dia, a conduzir o nosso grande partido ao abismo, o que os valiosos militantes e responsáveis do PAIGC jamais aceitarão”, lê-se no comunicado do grupo dos dissidentes.
O grupo questiona o porquê de o presidente do PAIGC não conseguir explicar aos militantes, simpatizantes do partido até então o motivo da perda de 12 (Doze) mandatos na Assembleia Nacional Popular, acusando-o de atuar sempre a favor de amigos e familiares. Neste particular apontaram como exemplo, a escolha de figuras para listas dos deputados, assim como a nomeação de elementos para o governo que liderou até Agosto de 2015.
No que se refere ao bloqueio do Parlamento, os ‘15’ consideram este ato de um ‘crime’, tendo sustentado que um número reduzido de pessoas [Comissão Permanente] não pode impedir o funcionamento de um órgão da soberania como a ANP.
Um dos dissidentes e ex-secretário nacional do PAIGC, Abel da Silva questiona o silêncio da justiça, sobretudo do Ministério Público e do Supremo Tribunal de Justiça face ao que chama de violação que se regista no Parlamento guineense.
Além do Abel da Silva estiveram presentes na conferência de imprensa, os deputados Tomane Mané e Luís Oliveira Sanca.
Por: Sene Camará
Foto: Mamadu Camará
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