© LusaPor LUSA 19/09/22
O Ministério da Defesa alemão informou hoje que vai fornecer à Ucrânia mais quatro veículos de artilharia do tipo 'Panzerhaubitze 2.000', além dos 18 já entregues, num programa conjunto com os Países Baixos.
O Exército alemão vai enviar esses sistemas de artilharia apesar de os 'stocks' se encontrarem em situação "preocupante", indicou o ministério, citado em comunicado.
"O valor de combate dos 'Panzerhaubitze 2.000' facultados pela Alemanha e Países Baixos foi mais do que comprovado", disse a ministra da Defesa alemã, Christine Lambrecht, acrescentando que Kyiv expressou o desejo de receber mais destes sistemas de artilharia de elevada mobilidade.
A Alemanha vai responder a este pedido "para continuar a apoiar a Ucrânia na sua corajosa luta contra a brutal agressão russa", enfatizou Lambrecht, elevando para 14 o número total de veículos de artilharia doados por Berlim diretamente, sem contar com os cedidos ao abrigo do programa conjunto com os Países Baixos.
Até agora, o Govero alemão também já forneceu a Kyiv, entre outros, 24 viaturas antiaéreas do tipo GEPARD, 500 mísseis antiaéreos Stinger e 2.700 lançadores múltiplos de foguetes antiaéreos STRELA.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,2 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 5.916 civis mortos e 8.616 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
Leia Também:
© GettyNotícias ao Minuto 19/09/22
Lugansk é uma das autoproclamadas repúblicas separatistas pró-russas que compõem uma grande parte da região mais a leste no país.
As autoridades ucranianas afirmaram esta segunda-feira que conseguiram retomar a localidade de Bilohorivka, perto da cidade de Lysychansk, na região de Lugansk. A vitória foi anunciada pelo governador da região, Serhiy Haidai.
No Telegram, Haidai disse que os ucranianos conseguiram o "controlo total" de Bilohorivka - uma pequena vitória que traz ainda mais complicações aos objetivos da Rússia de conquistar o Donbass e segurar as autoproclamadas repúblicas separatistas de Lugansk e Donetsk, que conquistaram no início da guerra.
“[Bilohorivka] é um subúrbio de Lysychansk. Em breve, conseguiremos limpar com uma vassoura estes escumalhas", afirmou o governador, acrescentando que os ucranianos têm de ser "pacientes em antecipação à desocupação em larga escala da região de Lugansk". "Este processo vai ser muito mais difícil do que na região de Kharkiv. Haverá uma luta difícil por cada centímetro de terra de Lugansk”, disse.
Nas imagens partilhadas no Telegram, é possível ver soldados ucranianos a andar por uma rua destruída pelos bombardeamentos, depois da zona ter sido ocupada pelos russos durante dois meses e meio.
A vitória em Lugansk ocorre depois de, em julho, a Ucrânia ter sido obrigada a retirar as suas tropas das cidades de Severodonetsk e Lysychansk, levando a que os russos assumissem o controlo total sobre a região de Lugansk.
No entanto, a recente contraofensiva ucraniana no leste do país, a partir de Kharkiv, resultou na recuperação muito rápida de centenas de vilas e cidades, e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky prometeu que o avanço não ficará por aqui.
No entanto, os avanços pelas forças ucranianas na região de Kharkiv, especialmente em Izium, levaram à tenebrosa descoberta de centenas de valas comuns, onde foram encontrados corpos de civis com marcas de tortura cometida por soldados russos - um cenário semelhante ao encontrado em Bucha, quando foram retomadas vilas em torno de Kyiv.
A guerra na Ucrânia já fez mais de 5.900 mortos entre a população civil ucraniana, segundo contam os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos - incluindo mais de 300 crianças. No entanto, a organização adverte que o real número de mortos civis poderá ser muito superior, dadas as dificuldades em contabilizar mortos em zonas ocupadas ou sitiadas pelos russos - em Mariupol, por exemplo, estima-se que tenham morrido milhares de pessoas.
© Getty ImagesPor LUSA 19/09/22
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, assinou hoje um decreto para criar comandos militares em diversas localidades da região de Kherson, alvo de uma contraofensiva por parte das forças ucranianas para reconquistar território desde finais de agosto.
O diploma, publicado pelo gabinete da Presidência ucraniana, prevê a criação de comandos militares em várias localidades dos distritos de Kajovska, Berislav, Skadovsk e Genichesk, entre outros, segundo a agência de notícias UNIAN.
A Ucrânia anunciou em finais de agosto uma contraofensiva em Kherson, situada na costa do mar Negro, depois de romper a primeira linha de defesa das tropas russas.
O Estado-Maior das Forças Armadas ucranianas indicou a 11 de setembro que as forças russas estavam a começar a retirar de várias localidades da região, movimentações que fizeram disparar as especulações sobre um possível ponto de viragem na guerra, já que até agora, os avanços feitos pelos forças ucranianas tinham sido muito escassos.
As primeiras vitórias da Rússia na fase inicial da guerra, que começou no final de fevereiro, foram precisamente cidades do sul e do leste da Ucrânia e, atualmente, as tropas russas controlam cerca de um quinto do território ucraniano.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,2 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 208.º dia, 5.916 civis mortos e 8.616 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
Leia Também: Mais de 7.000 crianças ucranianas foram deportadas pelas forças russas