quarta-feira, 3 de novembro de 2021

ORDEM DOS ADVOGADOS AMEAÇA INTENTAR UMA QUEIXA-CRIME CONTRA O VICE-PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL

Odemocratagb.com

O Bastonário da Ordem dos Advogados, Basílio Sanca, ameaçou intentar uma queixa-crime contra o vice-presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Lima André, caso não seja realizada na quinta-feira, 04 de novembro, a eleição do novo Presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ).

O Conselho Superior da Magistratura Judicial (CSMJ) tinha agendado para o dia 04 de novembro a realização da eleição do Presidente do STJ, na sequência da morte do juíz conselheiro, Mamadu Saido Baldé, a 11 de agosto, mas o vice-presidente daquele órgão, Lima André, adiou “sine die” o pleito com o fundamento em como estão em falta os juízes conselheiros para “dirimir eventuais contenciosos eleitorais”, decorrentes da eleição.

Na quarta-feira, 03 de novembro, em conferência de imprensa, o Bastonário exigiu da comissão eleitoral a realização das eleições do presidente do STJ na data marcada, ou seja, no dia 04 de novembro.

“As eleições devem ser realizadas na data fixada pelo Conselho Superior da Magistratura Judicial (CSMJ). Ninguém tem a competência de alterar essa data. Portanto, a data tem que prevalecer e tem que ser cumprida” desafiou, ameaçando intentar um processo crime contra a comissão eleitoral e o vice-presidente do STJ, “se as decisões tomadas pelo CSMJ forem violadas tanto pelo vice- presidente, assim como pelo Presidente da Comissão Eleitoral”.

Basílio Sanca acusou o vice-presidente do STJ, Lima André, de ter uma conduta “incompatível” com a dignidade da função e do prestígio do cargo que desempenha. Por isso, desafiou os membros do CSMJ a instaurar um processo disciplinar contra ele.

“Todos os atos do vice-presidente são suscetíveis de um procedimento disciplinar. A sua conduta é incompatível com a dignidade da função e o prestígio do cargo que desempenha. Não pode alterar a decisão tomada pelos membros do Conselho Superior da Magistratura Judicial. Uma vez marcada a eleição, a Comissão e o vice-presidente estão vinculados ao mandato do conselho e o vice- presidente tem a obrigação de promover a execução do processo eleitoral”, argumentou.   

Perante o imbróglio que se vive no STJ, o Bastonário da Ordem dos Advogados afirmou que o sistema judiciário está em “descrédito” e que há bloqueio de ordenamento jurídico.

“Há descrédito e bloqueio do próprio ordenamento jurídico, porque quem aplica o ordenamento jurídico são os tribunais. 

Portanto, se há um bloqueio dentro do sistema, primeiro, o maior prejudicado é o ordenamento jurídico, e segundo, a expectativa da população face ao poder judicial” disse, lembrando que o cidadão espera que o poder judicial seja rápido e que aplique a lei com a “isenção e imparcialidade”.

Basílio Sanca firmou também que a polémica no STJ não deixa nenhum cidadão com esperança no poder judicial guineense.

Por: Tiago Seide

Bissau ratifica protocolo do Tribunal Africano dos Direitos Humanos

Notícias ao Minuto  03/11/21 

A Liga Guineense dos Direitos Humanos felicitou as autoridades da Guiné-Bissau, que já depositaram o instrumento de ratificação do protocolo relativo à criação do Tribunal Africano dos Direitos Humanos e dos Povos.

Em nota na rede social Facebook, na terça-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros anunciou ter depositado o instrumento, sem esclarecimentos adicionais.

Em comunicado à imprensa, a Liga Guineense dos Direitos Humanos explica que a Guiné-Bissau "não só ratificou o protocolo, mas fez igualmente a declaração que autoriza o acesso direto de particulares ao Tribunal Africano".

A organização não-governamental salienta que os guineenses já podiam aceder à Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos, com sede na Gâmbia, e ao Tribunal de Justiça da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental.

A Liga Guineense dos Direitos Humanos "toma boa nota deste importante acontecimento e felicita as autoridades da Guiné-Bissau por permitir não só o acesso dos guineenses a mais uma instância africana de proteção dos direitos humanos e dos povos", mas igualmente pelo compromisso de reforçar o "sistema africano de promoção e proteção dos direitos humanos".

Leia Também:

✅ADESÃO DA GUINÉ-BISSAU AO PROTOCOLO ADICIONAL À CARTA AFRICANA DOS DIREITOS HUMANOS E DOS POVOS!

A Guiné-Bissau tornou-se hoje parte do Protocolo adicional à Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos (Carta Africana) que criou o Tribunal Africano dos Direitos do Homem e dos Povos (Tribunal Africano), sedeado em Arusha (Tanzânia). 

Num cerimónia que teve lugar em Dar Es Salaam, Tanzânia, à margem da Conferência sobre a execução e o impacto das decisões do Tribunal Africano, o enviado especial da Guiné-Bissau entregou os instrumentos de ratificação à Delegação do Conselheiro Jurídico da União Africana. 

A Guiné-Bissau não só ratificou o Protocolo, mas igualmente fez a Declaração que autoriza o acesso directo dos particulares (indivíduos e das ONGs) ao Tribunal Africano. Com esse passo, a Guiné-Bissau torna-se no vigésimo segundo país africano a tornar-se parte no Protocolo que criou o Tribunal Africano e o Oitavo a fazer Declaração supra referida. 

De referir que de entre os países africanos de língua oficial portuguesa, o Moçambique era o único que havia ratificado o Protocolo, mas sem fazer a Declaração que permite o acesso directo dos particulares ao Tribunal Africano. 

A LGDH recorda que os guineenses já podiam aceder à Comissão Africana dos Direitos do Homem e dos Povos, com sede em Banjul (Gâmbia) e ao Tribunal da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, sedeado em Abuja (Nigéria). 

A LGDH na sua qualidade do membro da Coligação " Por um Tribunal Africano Eficaz" toma boa nota deste importante  acontecimento e felicita as autoridades da Guiné-Bissau por permitir não só acesso dos guineenses a mais uma instância africana de proteção dos direitos humanos e dos povos mas igualmente se engaja no reforço do sistema africano de promoção e proteção dos direitos humanos. 

A LGDH encoraja o Governo a prosseguir na via do reforço dos mecanismos de proteção dos direitos humanos e dos povos e espera  que medidas necessárias sejam adotadas no sentido de reforçar a formação e familiarização dos actores do sector judicial com os procedimentos do Tribunal Africano.

Ministério dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau


Encontro do Ministro da Educação, Bie UNESCO e Diretores Gerais da Educação

 RadioBantaba 

PRIMEIRO FÓRUM NACIONAL URBANO DA GUINE-BISSAU - LEMA: ADAPTANDO CIDADES PARA A RESILIÊNCIA CLIMÁTICA.

Tema: Papel dos administradores na implementação de políticas de gestão Urbana 

Decorreu hoje no hotel azalai, a cerimônia da abertura do primeiro fórum nacional urbano da Guine-Bissau, onde contou com a presença do doutor Jean Marie Kipela-em representação do coordenador residente do sistema das nações unidas;

Doutora Sônia Neto- Embaixadora da união europeia na Guine-Bissau; e por último em representação do ministro de administração territorial e poder local- doutor Nelson bamba

PRIMEIRO FÓRUM NACIONAL URBANO DA GUINE BISSAU ...3 DE NOVEMBRO DE 2021👆


Foto /Vídeo by: Victoria Tuti Iyere 

EXCLUSIVO - Mulher condenada a prisão por insultos nas redes sociais

Arguida usou a rede social Facebook para atacar as duas técnicas e exigir o seu despedimento.  Foto: Pedro Correia / Arquivo Global Imagens

Jornal de Notícias

Após 18 julgamentos por crimes semelhantes em que escapou com multas e penas suspensas, juíza de Vila Verde condenou-a a 80 dias de cadeia por reincidir no "comportamento delituoso".

O Tribunal de Vila Verde condenou a 80 dias de prisão efetiva uma mulher de 46 anos que insultou duas assistentes sociais por email e no Facebook, classificando-as como "incompetentes", "ladras", "invejosas", "criminosas" e "cabras". A juíza não lhe suspendeu a pena, dado que a arguida já tinha sido julgada 17 outras vezes por crimes vários entre os quais os de difamação e injúria agravada escapando sempre à prisão.

"Tendo já sido condenada em penas de multa, penas de prisão substituídas por multa e suspensas na sua execução, com regime de prova, isso não a impediu de reafirmar o seu comportamento delituoso", justificou a juíza, notando que a arguida nem no julgamento apareceu por achar que continuaria impune. Terá, ainda, de pagar 500 euros a cada uma das ofendidas...Ler mais

HIPERTENSÃO - Hipertenso? Eis 17 formas (eficazes) de baixar a pressão arterial

© Shutterstock

Notícias ao Minuto

Se sofre de hipertensão, então este artigo é para si.

Num adulto saudável, a pressão arterial máxima deve ser inferior a 120 mmhG. Geralmente assintomática, a tensão alta pode existir durante vários anos. Contudo, é uma das principais causas de lesões nos vasos sanguíneos, aumenta as probabilidades de doenças, tais como o acidente vascular cerebral ou o enfarte do miocárdio, e está também relacionada com demência e disfunção sexual.

Tendo isso em mente e porque estar atento é a melhor forma de 'atacar' a pressão arterial alta, o portal Healthline compilou 17 medidas de prevenção que estão ao seu alcance. Veja abaixo.

1- Exercite-se;

2- Controle o peso;

3- Corte no açúcar e nos hidratos de carbono refinados;

4- Privilegie fontes de potássio, como a banana e os vegetais de folha verde-escura;

5- Limite o consumo de alimentos salgados e processados;

6- Pare de fumar;

7- Reduza os níveis de stress;

8- Experimente sessões de meditação ou ioga;

9- Dê preferência ao chocolate negro;

10- Teste plantas medicinais, como o extrato de casca de pinheiro;

11- Durma as horas de sono recomendadas para restaurar o organismo;

12-  Dê uma oportunidade ao alho e a suplementos de extrato de alho;

13-  Coma alimentos com alto teor de proteínas, como a carne de aves, lentilhas e ovos. 

14- Procure suplementos que possam ajudar a baixar a pressão arterial. Deve aconselhar-se junto de um especialista;

15- Não abuse das bebidas alcoólicas;

16- Diminua a cafeína;

17- Cumpra a medicação prescrita.

Bissau em "sérios riscos" de ficar sem espaço para produção agrícola

Por  LUSA  03/11/21 

O coordenador de programas da Proteção Civil da Guiné-Bissau, Alsau Sambú, disse hoje à Lusa que a capital do país corre "sérios riscos" de ficar sem espaço para produção agrícola pela "incúria na ocupação de terrenos".

O responsável disse que o problema pode estar a acontecer em todo o país, mas "a ameaça maior é em Bissau", por ser a cidade com maior concentração de população e de maior pressão demográfica, observou.

Alsau Sambú afirmou que as consequências de falta de atenção às exortações da Proteção Civil são sentidas todos os anos, entre outros, com o aumento de inundações, de incêndios, acidentes rodoviários, naufrágios, degradação acentuada dos solos.

No caso concreto de Bissau, Sambú apontou para os "riscos evidentes de sinais de desaparecimento" das quatro bacias húmidas que, disse, ajudam a manter a biodiversidade no maior centro populacional da Guiné-Bissau e ainda são campos de produção de alimentos.

Trata-se das bacias húmidas de Cuntum, Plubá, Pssak e Djogoró, zonas pantanosas na cintura de Bissau, que no passado costumavam ter grande quantidade de água doce durante todo o ano, mas que ultimamente tendem a secar cada vez mais.

As zonas circundantes daquelas bacias estão a ser ocupadas por construções de habitações, facto que o responsável da Proteção Civil guineense disse constituir "um risco perigoso" para o futuro da cidade, se um dia desaparecerem.

"Há muito risco. Como eu falei há um processo de assoreamento, temos notado o vazamento do lixo nessas bacias, temos notado que não há um processo urbanístico planificado, há pouca pavimentação, isso provoca o transporte de muita areia, muitos resíduos sólidos, para essas bacias que se vão sedimentando aos poucos o que facilita a que as pessoas aproveitem desse processo sedimentado para fazerem construções", alertou Alsau Sambú.

De acordo com Sambú, as consequências "da incúria humana têm sido sentidas todos os anos", na época das chuvas (entre os meses de junho e novembro) em que a Proteção Civil é acionada para atender a situações que poderiam ser evitadas, nomeadamente as inundações e desabamentos de habitações que provocam mortes e destruições, disse.

O mais grave, notou o responsável da Proteção Civil guineense, é o risco de a população de Bissau ficar sem campos de cultivo de alimentos se nada for feito nos próximos tempos, nomeadamente para a proteção das quatro bacias húmidas, localmente chamadas de 'bolanhas'.

"Geralmente essas 'bolanhas' (arrozais) eram usadas para produção do arroz, a rizicultura, mas neste momento com esse processo de sedimentação, assoreamento, mas também com a subida do nível da água do mar, a água salinizada tem impedido a produção do arroz. Daqui a pouco, em termos agrícolas, a cidade de Bissau pode não ter mais espaço para produção agrícola", avisou Alsau Sambú.

A Proteção Civil é um serviço criado em 2009, no âmbito da reorganização do setor de Defesa e Segurança na Guiné-Bissau para coordenar as respostas aos fenómenos naturais e minimizar riscos dos mesmos na vida da população.

Alsau Sambú lamenta que ainda esteja a ser ouvido em todo o processo de concessão e utilização de terrenos urbanos por parte da Câmara Municipal de Bissau com quem podia discutir os riscos de construções perto das quatro bacias húmidas.

"Não. Nesse caso ainda não. Temos melhorado a nossa colaboração com a Câmara Municipal de Bissau que tem essas competências, mas até agora no que concerne ao loteamento, classificação de zonas não temos sido convidados. Temos participado das reuniões do conselho técnico da Câmara que aprova projetos, mas não mais", observou Sambú.

terça-feira, 2 de novembro de 2021

COP26 - Guiné-Bissau: Ministro valoriza subscrição de acordo contra desflorestação

© Lusa

Notícias ao Minuto  02/11/21 

O ministro do Ambiente e Diversidade da Guiné-Bissau defendeu hoje a importância estratégica da subscrição de um novo acordo internacional para combater a desflorestação e degradação do solo anunciada na 26.ª conferência do clima das Nações Unidas (COP26). 

"Aceitámos assinar esta declaração sobre a desflorestação porque é uma vantagem comparativa que a Guiné-Bissau tem em termos da negociação do clima. O nosso país continua a ser um país florestal e suportamos com toda a garra esta declaração", afirmou Viriato Cassamá à Agência Lusa. 

O ministro disse querer acabar com a "desflorestação selvagem", mas sem impedir o uso da terra, a qual vai continuar "à disposição da comunidade, à disposição do desenvolvimento do país, mas com regras internacionalmente aceites para a gestão sustentável dos recursos naturais". 

A Guiné-Bissau, tal como Portugal, Angola, Moçambique e São Tomé e Príncipe, estão entre os mais de 100 signatários do acordo, representativos de mais de 86% das florestas mundiais, entre as quais a floresta boreal do Canadá, a floresta amazónica ou ainda a floresta tropical da bacia do Congo.

Embora acordos semelhantes tenham sido alcançados antes, desta vez estão também entre os signatários os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, líderes das duas maiores economias do mundo. 

A declaração também foi subscrita pelos líderes dos países com as maiores áreas de floresta do mundo, a República Democrática do Congo, Papua Nova Guiné e Brasil, cujo presidente, Jair Bolsonaro, recusou até agora comprometer-se com a proteção da floresta amazónica.

A iniciativa vai beneficiar de um financiamento público e privado de 22,4 mil milhões de dólares (19,3 mil milhões de euros) e é considerada essencial para alcançar o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5 graus Celsius acima dos valores médios da era pré-industrial.

O financiamento do clima é outra questão que a Guiné-Bissau quer ver avançar nesta conferência, necessário não só para o país alcançar as suas metas de redução das emissões de gases com efeito de estufa, mas também para ajudar o país na adaptação aos efeitos das alterações climáticas.

A Guiné-Bissau assumiu o compromisso de reduzir em 30% as emissões de gases com efeito de estufa até 2030 comparando com os níveis de 2019, mas só tem recursos para os primeiros 10%, precisando de apoio internacional para os restantes dois terços.

Com cerca de 300 quilómetros de orla costeira a cinco metros abaixo do nível da água do mar, o país é "muito propenso à erosão costeira" e vulnerável ao impacto das alterações climáticas, vincou Cassamá. 

"A Guiné-Bissau tem 36.125 quilómetros quadrados, mas quando a maré sobe perdemos aproximadamente 5% do nosso território nacional porque a água cobre parte deste território nacional", disse.

No entanto, confessou à Lusa, o país sente-se impotente pela "fraca capacidade técnica, tecnológica e de meios financeiros para fazer face a este fenómeno".

Mais de 120 líderes políticos e milhares de especialistas, ativistas e decisores públicos reúnem-se até 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia, na 26.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26) para atualizar os contributos dos países para a redução das emissões de gases com efeito de estufa até 2030.

A COP26 decorre seis anos após o Acordo de Paris, que estabeleceu como meta limitar o aumento da temperatura média global do planeta a entre 1,5 e 2 graus celsius acima dos valores da época pré-industrial.

Apesar dos compromissos assumidos, as concentrações de gases com efeito de estufa atingiram níveis recorde em 2020, mesmo com a desaceleração económica provocada pela pandemia de covid-19, segundo a ONU, que estima que, ao atual ritmo de emissões, as temperaturas serão no final do século superiores em 2,7 ºC.

A Embaixadora reuniu-se ontem, dia 01 de Novembro com a comunidade guineense residente em São Vicente, no Museu de Mindelo.

 Embaixada da Guiné- Bissau em Cabo Verde

A Embaixadora reuniu-se ontem, dia 01 de Novembro com a comunidade guineense residente em São Vicente, no Museu de Mindelo. 

A visita faz parte de um leque de atividades que a Embaixada pretende desencadear junto dos seus cidadãos, no sentido de sensibilizá-los para a importância da Regularização Extraordinária do Governo caboverdiano que irá iniciar no dia 15 de Dezembro do ano em curso.

O Senhor Albertino Graça,  Vereador de Relações Externas, Cooperação e Geminação, em representação da Câmara Municipal de São Vicente, não escondeu a satisfação em receber a equipa da Embaixada. 

Reiterou a disponibilidadebda Câmara que representa em colaborar com as comunidades imigradas e informou que "logo quando tomamos conhecimento da aprovação do Diploma de Regularização Extraordinária, a Câmara convocou uma reunião com os Imigrantes e, de seguida, criou um Gabinete de Apoio ao Imigrante,  para prestar assistência aos cidadãos estrangeiros residentes em Mindelo", explicou Graça. 

Ainda o Responsável pela área de Geminação da Câmara, avançou que brevemente a Câmara irá orginizar um Fórum onde irão participar os Embaixadores residentes na Praia, para discutirem a questão da integração e reiterou a sua disponibilidade em colaborar com as comunidades imigradas. 

Abubacar Sambú, Presidente da Associação dos guineenses residentes em São Vicente, deu boas vindas à equipa da Embaixada e enfatizou a iniciativa de informar e sensibilizar os conterâneos residentes em diferentes Municípios de Cabo Verde.

Para Sambú, a comunidade guineense está muito bem integrada em São Vicente. A única preocupação é a dificuldade de acesso à documentação (Passaportes), devido à insaularidade das Ilhas e pediu a ajuda da Embaixada no sentido de minimizar este constrangimento.

A Senhora Embaixadora Basiliana Hopffer Soares Tavares agradeceu a presença de todos e parabenizou a Câmara Municipal de São Vicente pela criacão do Gabinete de Apoio ao Imigrante. À semelhança das recentes visitas aos Municípios onde residem os guineenses, a Chefe da Missão Diplomática guineeses em Cabo Verde apelou aos presentes a terem os documentos em dia, antes do início da Regularização Extraordinária prevista para meados de Dezembro. 

Aproveitou para acoselhar e convidar os cidadãos a dirigirem-se à Embaixada para fazerem a transcricão de registo das crianças, outros assuntos que lhes dizem respeito. 

Quanto à preocupação do Presidente da Associação, a Embaixadora diz tomar notas e irá reportar ao seu superior hierárquico as preocupações apresentadas e prometeu colaborar com a comunidade, mostrando a sua disponibilidade para uma melhor integração dos seus cidadãos no território caboverdiano.

SINJOTECS quer pacotes de subvenções no OGE 2022 para orgãos de comunicação nacional

Por: Ussumane Baldé    capgb.com

Comemoração de 02 de novembro, “O dia da luta para o fim das impunidades dos crimes cometidos contra os jornalistas”. A SINJOTECS promoveu esta terça-feira uma jornada de reflexão e de avaliação sobre os desafios de jornalismo na Guiné-Bissau, perseguições,agressões e maus tratos que vivenciam os jornalistas, foram evocadas no discurso da presidente da organização, que nao esqueceu de deixar recomendações ao executivo, no quadro da elaboração e submissão do Orçamento Geral do Estado para ano 2022 (OGE22).

“Exigimos que se inclua na agenda de discussão dos parlamentares um conjunto de pacotes de subvenção aos orgãos nacionais de comunicação afim de estarem a altura de poderem exercer suas atividades de serviço publico com maior qualidade”, disse a sindicalista.

Na mesma ocasião (SINJOTECS), chama atenção a presidente da república Umaro sissoco Embalo na salvaguarda da honra e dignidade aos profissionais de comunicação social,o pedido foi revelado, pela presidente do ( SINJOTECS),Indira correia Baldé, que falava durante a conferência de imprensa realizada na casa dos dereitos em Bissau face a celebração de 02 de novembro “O dia da luta para o fim das impunidade dos crimes cometidos contra os jornalistas.

“Repudiamos com veemência o tratamento indigno, manifestado pelo presidente da república Umaro sissoco émbalo contra os jornalistas e exigimos maior urbanidade possível,nesta relação institucional”, condenou indira.

Ainda esta sindicalista, mostrou-se indignada pelas graves violações da liberdade de imprensa, que em muitas ocasiões se traduz nas agressões, intimidações,medos, precariedade laboral, legislações contra o exercício livre da atividade jornalística,e em última instância, verifica-se caso das mortes dos jornalistas, cujo regimes políticos consideram persona non grata”

Por fim Indira apela ao ministério público, conclusão do inquérito e responsabilização dos autores morais e materiais dos raptos e agressões aos jornalistas Antonio Silva e Adão Ramalho respetivamente e do governo a criação de condições adequadas para o livre exercício jornalístico.

Kuma DSP Ka Buli manda inda? ...

EAGB - Comunicado

A eagb informa a todos os seus estimados clientes e a população em geral que, devido a falta  de conexão de rede nas agências, todos os pagamentos e vendas de saldo serão efetuadas na Agência principal (sede), que fica situada na retunda de Baiana.

Agradecemos a vossa compreensão e colaboração.

Empresa de Eletricidade e Àgua da Guiné-Bissau - EAGB

Moradores do Setor de Safim, indignados com o que consideram de "má conduta" dos trabalhadores nas obras em curso de construção da estrada que liga o setor ao capital

Rádio Jovem Bissau

A insatisfação dos populares de Safim (região de Biombo), vem na sequência de abate das árvores em curso, como primeiros sinais para a construção da autoestrada anunciada no passado mês de Janeiro.

Uma equipa de operadores de motosserras  iniciaram a abater árvores arredores daquele troço que liga Safim ao aeroporto, para facilitar nivelamento de terrenos e escavações pelos tratores. Sendo que, a sua intervenção é que não está agradar proprietários e beneficiários das árvores em causa.

No mês Setembro, um grupo de técnicos afetos à obra, passaram a registar as árvores a serem retiradas na qual sinalizaram-as com o X vermelho, como sinal de aviso aos seus donos, mas sem uma notificação formal, segundo relatou à nossa reportagem um dos inquietos da situação.

"Isto aconteceu hoje na nossa casa, e tem dois nomes: Primeiro,  falta de respeito pelos direitos dos cidadãos e dos seus bens; e segundo, é falta de sensibilidade e total desconhecimento da importância das árvores e do meio ambiente para a sobrevivência das pessoas.

E o mais agravante é que contrataram pessoas que chegam e começam a abater as árvores sem pedir autorização e sem falar sequer com os proprietários". Explicou.

Confrontados com a situação, os homens de motosserras justificaram que não são culpados pelo derrube das árvores. "Nós simplesmente fomos contratados para fazer o nosso trabalho, após uma identificação feita", justificou.

Para os populares de Safim, esses nem se quer saúdam antes de atuar.

"Chegam nem tempo para dizer "bom dia" têm para com as pessoas. Ali que costumo colocar minha mesa de peixe e legumes que vendo, para além desta, veja ali aquela mangueira que já derrubaram", lamentou uma senhora de quatro filhos alegando que a mangueira vai lhe dar falta...

"Não sei dos bens que consideram a serem indemnizados, porque estão a abater mangueiras, laranjeiras, cajueiros e outras plantas que com toda paciência plantamos, sem nos dizer nada. Mas que devia merecer preocupação do governo, a não ser desconhecer do valor de um árvore para vida humana". Desabafo de um jovem da zona.

De salientar que no passado dia 22 de Janeiro o Governo fez o lançamento da primeira pedra para a construção da referida infraestrutura rodoviária, financiado pela República Popular de China, orçado em cerca de 30 milhões de dólares, cujas obras serão executadas num prazo de dois anos.

Ainda no ato, o Presidente da República recomendou ao Governo a proceder indemnizações aos proprietários dos imóveis e móveis atingidos pelo projecto.

O Governo guineense disponibilizou três mil milhões de francos CFA para indemnizar os proprietários dos móveis e imóveis atingidos pelo projecto da construção da auto-estrada Aeroporto/Safim.

Por: João Paulo Djata

A Ministra de Estado, dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades, Suzi Barbosa, teve a oportunidade de assinar mais um Acordo de Cooperação para o nosso país.

Ministério dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau

A Ministra de Estado, dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades, Suzi Barbosa, teve a oportunidade de assinar mais um Acordo de Cooperação para o nosso país.  

Desta vez com o Ruanda, um país cujo desenvolvimento e crescimento económico tem inspirado muitas nações africanas.  

A Chefe da Diplomacia guineense foi recebida no Ministério dos Negócios Estrangeiros do Ruanda onde rubricou com o Ministro da Cooperação Internacional, um Acordo Geral de Cooperação entre a Guiné-Bissau e o Ruanda,  que irá permitir intensificar as relações de cooperação bilateral com este país,  sobretudo em setores que são do interesse nacional   como o Turismo,  o Comércio e o Transporte Aéreo, é uma grande vantagem. 

Com este Acordo,  abrem-se novas perspectivas e sobretudo oportunidades para os guineenses verem o nosso país desenvolver.

Morreu uma das modelos de Fátima Lopes. Tinha 24 anos


Por cmjornal.pt

Layla Costa foi encontrada morta em Milão.

A modelo Layla Costa, que trabalhava para a estilista Fátima Lopes, foi encontrada morta em Milão, Itália, esta segunda-feira, aos 24 anos.  

A modelo fazia parte da agência Face Models, da estilista portuguesa que já reagiu à notícia. "A nossa modelo Layla ficará eternamente nos nossos corações, nunca esqueceremos a sua delicadeza, bondade, humildade, determinação, profissionalismo e tantas outras qualidades", pode ler-se numa publicação no Facebook de Fátima Lopes. 

A modelo internacional foi miss Mundo Guiné-Bissau, apesar de ser de nacionalidade portuguesa Layla Costa foi viver para Guiné com apenas três meses de vida. 

Um projecto de criação de uma central fotovoltaica da Universidade Lusófona da Guiné conseguiu o segundo lugar este sábado, em Macau, na primeira competição de startups universitárias entre os países lusófonos e a China...


Um projecto de criação de uma central fotovoltaica da Universidade Lusófona da Guiné conseguiu o segundo lugar este sábado, em Macau, na primeira competição de startups universitárias entre os países lusófonos e a China.

O objectivo do projecto é de criar uma central fotovoltaica na região de Gabú de forma a fornecer a energia eléctrica a uma das regiões mais populosas do país

A equipa guineense composta por estudantes da Universidade Lusófona da Guiné criou um projecto de fornecimento de energia renovável para a região leste do país, Gabú. Ao todo concorreram 153 equipas

Na fase final do “Desafio 928” (“928 Challenge”), assim chamado por integrar nove cidades da Área da Grande Baía, duas regiões administrativas especiais chinesas e oito países de língua portuguesa, participaram 16 equipas, dez da China, Macau e Hong Kong, duas de Moçambique, duas do Brasil, uma da Guiné-Bissau e uma de Portugal de acordo com um dos coordenadores Marco Duarte Rizzolio da Universidade Cidade de Macau (CityU).

 “Tivemos 780 estudantes registados de 51 universidades. Formaram-se 153 equipas, de cinco a seis pessoas, sendo que algumas universidades tinham mais do que uma equipa”, acrescentou Rizzolio, que cofundou o “928 Challenge” com o diretor (“dean”) da Faculdade de Business da CityU, José Alves.

Além de permitir aprofundar colaborações académicas entre instituições do ensino superior da Grande Baía e dos países lusófonos (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste), a competição pretendia identificar projetos de ‘startup’ com potencial para serem implementados e apoiados por investidores de Macau, da Grande Baía ou de países de língua portuguesa e fomentar o desenvolvimento de jovens empreendedores com uma mentalidade global.

O concurso teve a organização conjunta da CityU, do Secretariado Permanente do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau), da Universidade de Shenzhen e do Instituto de Macau da Universidade das Nações Unidas.

Esta conquista representa um acto histórico na qual a universidade é membro fundadora da competição e por isso demonstra a capacidade dos estudantes guineenses apesar das dificuldades observadas no país em termos de estudo, mas tal facto não nos inibiu e não inibe os que possuem vontade de alcançar patamares mais elevados. 

É uma conquista que nos orgulha imensamente porque conseguimos demonstrar o nosso potencial para desenvolver ainda mais e por termos vencido países como Brazil e China nos encoraja.

Bawmen Imbô

Leia Também: 

Aquaculture vaccine project from Porto University wins “928 Challenge” startup competition

Porto team wins first university start-up competition in Macao

Equipa do Porto vence primeira competição de startups universitárias em Macau

928 Challenge

Presidente da República discursa na cimeira mundial sobre ambiente COP26


Senhor Boris Johnson, Primeiro Ministro do Reino Unido
Senhora Nicola Sturgeon, Primeira Ministra da Escócia 
Chefes de Estado e de Governo,
Senhor Alok Sharma, Presidente da COP26;
Senhora Patrícia Espinosa, Secretária Executiva da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas;
Senhor Philip Braat, Lord Provost da Cidade de Glasgow.
Minhas Senhoras e Meus Senhores
Minhas Senhoras e Meus Senhores,

A recuperação económica pós COVID-19 deve ser socialmente justa, ambientalmente sustentável, resiliente e neutra em termos de clima para atingir as metas ambiciosas do Acordo de Paris sobre o novo regime climático e da Agenda 2030 das Nações Unidas.

Desde Paris, na COP21 em 2015, Muitas coisas já mudaram, exegindo mais responsabilidades e compromissos sérios de todos para juntos enfrentarmos  e nos adaptar resilientemente a essas  realidades climáticas e socio-economicos de uma forma sustentetável.  

Com os novos desafios globais a necessidade de  aumentarmos as nossas ambições em termos de mitigação de Gases com Efeito de Estufa e promover os dois outros Pilarares nomeadamente Finanças e Adaptação se tornam ainda mais urgentes.

Assim, os países desenvolvidos e as economias desenvolvidas devem liderar este processo, estabelecendo metas claras e ambiciosas para atingir emissões líquidas zero ou seja a neutralidade carbónica, até 2050.

Minhas Senhoras e Meus Senhores,

Gostaria de aproveitar esta  importante ocasião em que mais uma vez nos reunimos para repensar o futuro do nosso planeta e da nossa própria existência, para enaltecer que o meu país, Guiné-Bissau, um país altamente ameaçado pela Subída do Nível do Mar, Erosão Costeira entre outros riscos ligados as alterações climáticas, e com enúmeras vulnerabilidades extremas por ser um país Africano, um País Menos Avancado  e um Pequeno Estado Insular em Desenvolvimento e que participa apenas, de forma insignificante, nas emissões globais de Gases com Efeito de Estufa, na sua Contribuição Nacional Determinada atualizada, está bem patente o seu compromisso com uma meta quantificada de redução de emissões que cobre os principais setores, ou sejam, a Agricultura, Florestas, Uso dos Solos (AFOLU), Energia e Resíduos.

A isso acresce uma outra meta ambiciosa de redução das emissões de Gases com Efeito de Estufa, ou seja, de  menos 30% até 2030 em comparação com o cenário de referência.

Ainda nesta senda de combate às alterações climáticas se afigura importante referir um objectivo incondicional, com ecursos próprios do país, visando a redução das emissões em  menos 10% até 2030 face ao cenário de referência.

Minhas Senhoras e Meus Senhores,

A crise da Pandemia do COVID-19 não deve inviabilizar a agenda de financiamento do clima, e para África o Fundo Verde confiável para adaptação assim como a promoção dos 3 pilares (Ambição, Adaptação e Finanaças) se torna ainda mais importante.   É necessária uma resposta multilateral mais gradual e em grande escala para enfrentar a crise climática, tendo o alinhamento do fluxo financeiro no centro das nossas atenções. 

Devemos chegar a um acordo sobre a aplicação do Artigo 6º do Acordo de Paris e sobre uma arquitetura financeira, de busca de financiamento climático de longo prazo.,sem esquecer de que para melhor implementação do Mandato da COP para agricultura, deve-se relembrar da forte ligação da agricultura e finanças para adaptação. 

Para tal, devemos sair de Glasgow comprometidos de manter continuo engajamento financeiro, principalmente por parte dos maiores emisores, para que cada um possa fazer a sua parte a fim de garantirmos um planeta mais saudável para as gerações vindoras. 
   
Para terminar, reafirmo solenemente o engajamento da Guiné-Bissau no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas e na implementação dos objetivos fixados no Acordo de Paris sobre o novo regime climático, como passo essencial na luta contra as alterações climáticas, de aumentar ambições e acções progressivamente a nível nacional, sub-nacional e colectiva, nas futuras Contribuições Nacional Determinadas.

Muito obrigado e bem-haja.


Leia Também: 

Ao discursar na Conferência do Clima, Presidente da Guiné-Bissau disse que “a crise da pandemia Covid-19 não deve inviabilizar a agenda do financiamento do clima"

GLASGOW — O Presidente da Guiné-Bissau assumiu o compromisso do seu país em reduzir as emissões de gás carbono, mas pediu a ajuda internacional para minorar os impactos das mudanças climáticas.

Ao intervir nesta terça-feira, 2, na Conferência do Clima COP26 que decorre em Glasgow, Umaro Sissoco Embaló afirmou que o crise económica decorrente da pandemia da Covid-19 não pode parar o investimento na defesa do ambiente e pediu compromissos.

Embora tenha destacado que a Guiné-Bissau tenha uma participação insignificante no aquecimento global, ele garantiu o compromisso do Governo em reduzir em 30% as emissões de gases de efeito estufa até 2030, mas pediu o apoio internacional para tal.

"É um objectivo incondicional, com recursos próprios do país, a redução das emissões em pelo menos 10% até 2030", disse Embaló, quem pediu a ajuda internacional para que o Governo possa atingir os 20 por cento remanescentes.

Na sua intervenção, o Chefe de Estado guineense afirmou que “a crise da pandemia Covid-19 não deve inviabilizar a agenda do financiamento do clima" e defendeu “uma resposta multilateral mais gradual e em grande escala para enfrentar a crise climática".

Umaro Sissoco Embaló desafiou os seus homólogos e outros líderes mundiais a a se comprometerem “em manter o contínuo engajamento financeiro, principalmente por parte dos maiores emissores, para que cada um possa fazer a sua parte a fim de garantirmos um planeta mais saudável para as gerações vindouras".

O Presidente guineense foi o primeiro Chefe de Estado a intervir hoje na sessão plenária e são esperadas também as intervenções do Presidente angolano, João Lourenço, e dos primeiros-ministros de Moçambique, Carlos Agostinho do Rosário, e de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva.

VOA

VI CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DA CPLP JÁ ARRANCOU E DECORRE ATÉ 05 DE NOVEMBRO

Economia: zona UEMOA vive Inflação ao seu mais alto nível de ultimo 3 anos

Por: Martinho Mendes  capgb.com

Depois de uma taxa de 3,5% em Julho e Agosto de 2021, a taxa de inflação na UEMOA subiu para 4,3% no final de Setembro de 2021, segundo dados do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO). Este é o seu nível mais alto em mais de três anos.

De acordo com a instituição, a aceleração do ritmo dos aumentos de preços deve-se principalmente à componente “Alimentação”, cuja contribuição para a inflação total aumentou 0,8 pontos percentuais em relação ao mês anterior. O aumento da componente alimentar, que contribuiu com 3,4 pontos percentuais para a inflação global, deveu-se ao aumento dos preços das frutas e legumes, tubérculos e plátanos, e produtos cerealíferos na maioria dos países da UE.

Por país, a Costa do Marfim terá registado a mais alta taxa de inflação mensal (+5,2), também o seu nível mais alto desde pelo menos 2019 na Guiné Bissau essa taxa se situa ao nivel de 4.8 de acordo com tradingeconomics, numa altura em que o país regista aumento e escassez de alguns produtos da primeira necessidade.

com/financialafrik

Uemoa: l’inflation à son haut niveau depuis plus de 3 ans

CÂMARA MUNICIPAL DE BISSAU ANUNCIA QUE VAI RECUPERAR ESPAÇO VERDE PARA EVENTOS CULTURAIS

Odemocratagb.com

O presidente da Câmara Municipal de Bissau (CMB),  Luís Simão Intchama, anunciou a intenção de recuperar o espaço verde do bairro d’ajuda segunda-fase, em Bissau,  para eventos culturais, sobretudo para transmissão  de jogos da seleção nacional de futebol “os Djurtus”, no Campeonato Africano das Nações. 

“Esse espaço fica no centro da cidade, por isso deve merecer outra visão, além de ser um local confortável para repouso de pessoas” disse.

O anúncio foi feito depois de uma visita ao espaço na segunda-feira, 01 de novembro de 2021, durante a qual considerou “anormal” o estado em que o local se encontra.

O responsável da edilidade prometeu uma intervenção, a ter início dentro de uma semana.

“As poucas pessoas que ainda persistem em vender os seus produtos vão ser deslocadas para o espaço que fica frente ao prédio Taiwan para continuarem as suas atividades”, assegurou  e referiu que  se o governo, através do Alto Comissariado, declarar o fim da pandemia no país, os mercados improvisados, na sequencia da Covid-19, vão também acabar.

Com a sistemática renovação de estados de calamidade na Guiné-Bissau, o governo através da Câmara Municipal de Bissau cedeu espaços, a título provisório, para mulheres que exercem pequenas atividades económicas como um mercado para evitar aglomeração de pessoas e puder facilitar na materialização rigorosa das medidas preventivas adotadas pelas autoridades sanitárias. 

“A CMB, no uso das suas prerrogativas, deslocou pessoas da subida de cabana para o bairro de ajuda. Neste momento, o espaço quase foi abandonado pelos vendedores, que preferiram voltar para a subida de cabana, por falta de rendimento e os produtos acabam muitas vezes por estragar-se”.

Luís Simão Intchama condenou o abate de cabras  no espaço verde, porque  “o local não dispõe de condições para ser um matadouro”. 

“Eles sabem que não podem matar cabras neste local, mas disseram-nos que são cabras que chegaram com febre. Uma coisa que não deveria ter acontecido, sem antes uma autorização prévia de um médico veterinário para o consumo humano”, lamentou e revelou que vai ser construída nova feira na estrada de volta, um espaço com maior e melhor condições. 

Intchama disse que a CMB pretende inspirar no modelo urbanístico de Dacar para construir um parque de estacionamento na cidade de Bissau, enfatizando que o assunto é  urgente.

“CMB ponderará  utilizar espaço atrás do estádio Lino Correia para estacionamentos de carro”, indicou.

Por: Djamila da Silva

Foto: D.S

Encontro paralelo a conferência...Com o primeiro ministro do Canadá.


 Joe Embalo

REPORTAGEM: Moradores do bairro dos bombeiros em Bissau indignados com ordem de despejo do Governo


Fonte: LUSA

Os moradores do bairro dos bombeiros em Bissau estão indignados com as ordens de despejo das suas casas, dada pelo Governo guineense, que dizem pretender construir um edifício de sete andares no antigo quartel da corporação.

Malam Mané, filho de um antigo comandante dos bombeiros da Guiné-Bissau, Cesaltina Sanca, filha de um mergulhador, Joaninha Gomes, 62 anos, mulher de Joaquim Cardoso, bombeiro reformado de 78 anos, são as vozes da revolta perante o que consideram “humilhação, desespero e abuso”.

Na passada quarta-feira, as máquinas enviadas pelo Governo iniciaram o que os moradores chamam de “demolição à força” das velhas casas que circundam o quartel dos bombeiros em Bissau.

A ação das máquinas contou com a resistência de 32 famílias, cujos pais e maridos “trabalharam toda a vida nos bombeiros”, de acordo com Malam Mané, nado e criado nos bombeiros, há 40 anos e que se assume como líder dos moradores.

Em setembro de 2020, a direção dos bombeiros enviou uma carta aos moradores a avisar sobre a ordem de abandono das casas, mas desde aquela altura que aguardam por respostas sobre para onde deverão ir se saírem daquelas instalações, explicou Mané, cujo avô paterno também serviu nos bombeiros.

“Na terça-feira passada, vieram aqui com um aviso verbal de que temos de abandonar, porque vão começar os trabalhos. No início disseram que iam fazer muros de vedação, mas despejaram as pessoas, derrubaram o muro que aqui estava, deitaram abaixo o telhado de algumas casas, a varanda, uma humilhação total das pessoas”, referiu Malam Mané.

Joaninha Gomes, que confirmou tudo o que Mané disse à Lusa, pede ao Governo para que olhe para os moradores que disse serem, na sua maioria, “homens que sempre combateram incêndios e desgraças alheias”.

No dia em que a máquina estava a deitar abaixo as árvores e o muro de vedação, Joaninha estava na sua varanda ao lado do marido, Joaquim Cardoso, hoje reformado, depois de 60 anos de serviço.

“O meu marido levou toda a vida aqui. No dia em que a máquina esteve cá a derrubar as coisas ele chorou que nem uma criança de tanta raiva. A pressão subiu com ele. Temi que ele morresse nesse dia”, contou Joaninha Gomes.

A esperança dos moradores reside agora numa carta que enviaram ao Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, na passada segunda-feira, e da qual ainda não tiveram resposta, acrescentou Joaninha, frisando que, se o Governo usar a força, preferem morrer nas suas casas de que sair.

Aos 78 anos, reformado e doente, Joaquim Cardoso só se consegue mover com ajuda dos netos, mas não teve medo da máquina de demolição em ação a escassos metros da varanda onde se manteve na passada quarta-feira.

Joaquim não consegue conter as lágrimas quando questionado sobre o que pensa fazer se o Governo mandar outra vez a máquina.

“Se usarem da força, vamos sair, nós que hoje já não temos força, e vamos pedir socorro a quem tiver pena de nós”, declarou o ex-bombeiro que acredita que “o Presidente vai resolver”.