sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

COMUNICADO DE IMPRENSA CONJUNTO FAO/UNICEF/WFP. ÁFRICA OCIDENTAL E CENTRAL ENFRENTA UMA CRISE ALIMENTAR CADA VEZ MAIS PROFUNDA - AS AGÊNCIAS DA ONU APELAM AO REFORÇO DA ACÇÃO HUMANITÁRIA E A SOLUÇÕES DURADOURAS PARA A FOME

DACAR - Mais de 40 milhões* de pessoas em toda a África Ocidental e Central estão a lutar para se alimentarem durante a época pós-colheita de 2024. Este número deverá aumentar para 52,7 milhões em meados de 2025, incluindo 3,4 milhões de pessoas que enfrentam níveis de fome de emergência (IPC/CH Fase 4), de acordo com uma nova análise de segurança alimentar do Quadro Harmonizado divulgada este mês.

Apesar de uma queda ligeira no número de pessoas em situação de insegurança alimentar aguda em comparação com o ano passado - associada a uma melhor segurança e a uma precipitação acima da média em algumas partes do Sahel, a insegurança alimentar está a agravar-se. O número de pessoas que enfrentam níveis de emergência de fome (IPC/CH Fase 4) aumentou 70% durante a época pós-colheita e 22% durante a época de escassez de junho-agosto de 2025.

Os países mais afetados incluem a Nigéria, os Camarões e o Chade - que, em conjunto, representam mais de metade da população total em situação de insegurança alimentar - enquanto as pessoas deslocadas à força suportam o peso da crise alimentar. Esta situação sublinha a necessidade urgente de uma ação humanitária reforçada e de soluções a longo prazo que resolvam eficazmente a crise alimentar que afeta o Sahel e a região do Lago Chade.

“O ciclo vicioso da fome na África Ocidental e Central pode ser quebrado, mas exige uma mudança substancial na nossa abordagem”, afirmou Margot van der Velden, Diretora Regional do PAM para a África Ocidental. “Precisamos de financiamento atempado, flexível e previsível para chegar às pessoas afetadas pela crise com assistência que salva vidas, e investimentos maciços em preparação, ação antecipada e construção de resiliência para capacitar as comunidades e reduzir as necessidades humanitárias”.

A insegurança alimentar na região é causada por conflitos, deslocações, instabilidade económica e choques climáticos graves. Mais de 10 milhões de pessoas foram deslocadas à força na região, com números significativos no Burkina Faso, Chade, Camarões, Mauritânia, Níger e Nigéria. As pessoas deslocadas à força são, na maioria das vezes, afastadas dos seus campos e zonas de pastagem, o que impossibilita a agricultura - vital para a segurança alimentar. Além disso, os choques climáticos - especialmente as inundações mortais deste ano que afetaram seis milhões de pessoas - ceifam vidas e destroem meios de subsistência, afetando a produtividade agrícola.

“A deterioração contínua da segurança alimentar e da nutrição, apesar dos esforços significativos dos governos e dos parceiros, reforça a necessidade de uma mudança urgente de paradigma na resposta”, afirmou Robert Guei, Coordenador Subregional da FAO para a África Ocidental. Precisamos de reforçar e implementar programas conjuntos integrados de resiliência nos países mais afetados e não só. Além disso, precisamos de facilitar o acesso dos pequenos agricultores a fertilizantes produzidos localmente para impulsionar uma produção alimentar sustentável, acessível e nutritiva”.

Os elevados preços dos alimentos e o baixo poder de compra das famílias estão a agravar a crise, impossibilitando muitas famílias de comprar até mesmo alimentos nutritivos básicos. Estes problemas económicos são particularmente graves em países costeiros como o Senegal, a Guiné, a Serra Leoa e a Nigéria, onde o custo de vida disparou.

A situação está a afetar significativamente o estado nutricional das crianças. Em 2024, estima-se que 16,3 milhões de crianças sofreriam de desnutrição aguda, incluindo 5 milhões na sua forma grave. Inquéritos nutricionais recentes realizados no Sahel revelam igualmente uma deterioração da situação em várias regiões.

“Uma boa nutrição nos primeiros anos de vida é o alicerce para a sobrevivência e desenvolvimento da criança e para uma vida adulta saudável no futuro. Cada dólar investido em nutrição produz até 16 dólares em retornos económicos através de uma saúde melhorada, melhores resultados na educação e maior produtividade ao longo da vida”, afirmou o Diretor Regional da UNICEF, Gilles Fagninou. “Temos de garantir um acesso fiável e suficiente a alimentos terapêuticos para tratar as crianças com menos de 5 anos na região, ao mesmo tempo que procuramos investir a longo prazo para evitar que a desnutrição surja em primeiro lugar”.

Com um financiamento suficiente e previsível, a FAO, a UNICEF e o PAM continuarão a trabalhar com os governos nacionais, intensificando os seus esforços contínuos para aliviar a fome, construir comunidades resilientes, avançar para sistemas alimentares sustentáveis e tirar as pessoas da pobreza através de programas de reforço da resiliência.

Desde 2018, o PAM e a UNICEF têm trabalhado com os governos nacionais em todo o Sahel para combater as causas profundas da fome e construir um sistema mais robusto e resiliente que forneça alimentos a preços acessíveis, seguros e nutritivos às famílias e comunidades. Recorrendo a uma abordagem multissectorial, as duas agências estão a criar mais oportunidades para que tanto as pessoas como os sistemas se preparem melhor e enfrentem os choques e as crises recorrentes.

Nota para os editores:

Para mais informações sobre o Quadro Harmonizado, visite este website.  

* Os dados globais sobre segurança alimentar incluem o Quadro Harmonizado para a África Ocidental e Central e os dados do IPC para a República Centro-Africana.

Fotos e vídeos (vídeos + entrevistas) estão disponíveis aqui.

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Sobre o PAM

O Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas é a maior organização humanitária do mundo, salvando vidas em situações de emergência e utilizando a assistência alimentar para construir um caminho para a paz, estabilidade e prosperidade para as pessoas que estão a recuperar de conflitos, catástrofes e do impacto das alterações climáticas. Siga-nos no Twitter @wfp_media; @WFP_WAfrica e @WFP_FR; Facebook, and YouTube

Sobre a FAO

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) é a agência especializada das Nações Unidas que lidera os esforços internacionais para eliminar a fome. O seu objetivo é alcançar a segurança alimentar para todos e garantir o acesso regular e adequado a alimentos de boa qualidade para todos, permitindo que as pessoas tenham uma vida saudável e ativa. Com mais de 194 países membros, a FAO trabalha em mais de 130 países em todo o mundo. As contas da FAO no Twitter são @FAO, @FAOArabic, @FAOenEspanol, @FAOenFrancais 

Sobre a UNICEF

A UNICEF trabalha em alguns dos lugares mais difíceis do mundo, para chegar às crianças mais desfavorecidas do mundo. Em mais de 190 países e territórios, trabalhamos para todas as crianças, em todo o lado, para construir um mundo melhor para todos. Para mais informações sobre a UNICEF e o seu trabalho em prol das crianças, visite www.unicef.org Segue UNICEF on Twitter, Facebook, Instagram e YouTube.

Para mais informações, contatar:

Djaounsede Madjiangar, WFP/Dakar, Mob. +221 77 639 42 71; Djaounsede.Madjiangar@wfp.org

John James, UNICEF/Dakar, Mob. +221 78 638 02 52, jjames@unicef.org

Mehdi Drissi, FAO/Dakar, Mob. ++ 221 78 621 6310;  Mehdi.Drissi@fao.org

Fonte:  Isabel NUNES CORREIA  20 Dezembro 2024


Ucrânia: Argentina acusa Rússia de "grave violação" em ataque a embaixadas em Kyiv

© Getty Images   Lusa  20/12/2024

O governo argentino condenou hoje de forma "enérgica" o ataque russo que atingiu várias representações diplomáticas em Kyiv, incluindo a argentina e a portuguesa, qualificando-o de "grave violação" do direito internacional.

"A República Argentina condena energicamente o ataque da Federação Russa hoje, 20 de dezembro, contra a capital ucraniana, Kyiv, que causou danos materiais à embaixada do nosso país e a outras representações diplomáticas na capital", lê-se num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros argentino.

Para o governo de Javier Milei, "este ataque constitui uma grave violação do direito internacional, que garante a inviolabilidade das missões diplomáticas".

"Condenamos firmemente qualquer ato que ponha em perigo a segurança do pessoal diplomático e dos civis e apelamos à cessação imediata das hostilidades e ao respeito pelas normas internacionais", acrescenta o comunicado.

A Rússia voltou hoje a atacar o centro de Kyiv, com cinco mísseis balísticos norte-coreanos e de fabrico russo, num ataque que o Kremlin considerou ser uma retaliação ao último ataque ucraniano com dez mísseis ATACMS e Storm Shadow na quarta-feira.

O bombardeamento combinado causou danos em cinco bairros da capital ucraniana. Numa dessas zonas, junto do estádio olímpico de Kyiv, um edifício de escritórios, instalações comerciais e um hotel ficaram gravemente danificados, segundo as autoridades ucranianas.

Segundo o porta-voz da diplomacia ucraniana, Heorhii Tykhyi, as instalações das missões diplomáticas registaram "janelas partidas, portas danificadas e fragmentos do teto destruídos", num ataque que deve servir de "lembrete da agressão bárbara da Rússia contra a Ucrânia, particularmente para as populações destes países".

Entre as representações afetadas estão ainda as da Albânia, Macedónia do Norte, Montenegro e Palestina.

O Governo português condenou de maneira "veemente os ataques desta madrugada", que "causaram danos materiais em diversas missões diplomáticas, incluindo a chancelaria da embaixada de Portugal", referiu um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros divulgado hoje de manhã.

O Palácio das Necessidades acrescentou que um representante da Federação Russa "foi já chamado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros para que seja apresentado um protesto formal junto" de Moscovo.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.

As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território, e a rejeitar negociar enquanto as forças ucranianas controlem a região russa de Kursk, parcialmente ocupada em agosto.


Leia Também: A Embaixada de Portugal em Kyiv foi atingida esta "madrugada" num ataque à capital ucraniana. Face ao incidente, o Encarregado de Negócios da Federação Russa foi "chamado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros para que seja apresentado um protesto formal" - e as reações (nacionais e internacionais) não se fizeram esperar.

Várias pessoas atropeladas num mercado de natal na Alemanha. Há pelo menos uma vítima mortal

Atropelamento em massa na Alemanha (AP)  cnnportugal.iol.pt

Pelo menos uma pessoa morreu na sequência de um atropelamento em massa num mercado de Natal em Madgeburgo, na Alemanha, avança o jornal Bild. O condutor foi detido no local.

O jornal alemão fala num “ataque terrorista”, confirmado pelo porta-voz do governo Matthias Schuppe.

De acordo com testemunhas no local, o condutor de um BMW escuro atropelou diretamente uma multidão no mercado de Natal, provocando vários feridos e "provavelmente mortes", refere-se no jornal.

A organização decidiu encerrar o mercado de Natal e pediu à população para que deixe o centro da cidade.

EM ATUALIZAÇÃO

NO COMMENTS...


 @Abel Djassi

Guiné-Bissau: O consulado de Portugal na Guiné-Bissau recebeu, em 2024, 16 mil pedidos de vistos de entrada no território português, anunciou hoje o embaixador em Bissau, Miguel Cruz Silvestre, considerando que se trata de "um aumento significativo".

Lusa  20/12/2024  

 Consulado de Portugal em Bissau recebeu 16 mil pedidos de vistos em 2024

O consulado de Portugal na Guiné-Bissau recebeu, em 2024, 16 mil pedidos de vistos de entrada no território português, anunciou hoje o embaixador em Bissau, Miguel Cruz Silvestre, considerando que se trata de "um aumento significativo".

De acordo com o diplomata português, o ano ainda não acabou, mas já há um aumento de dois mil pedidos de vistos em relação a 2023.

O embaixador falava hoje à margem de uma visita de trabalho que realizou nas instalações da Polícia Judiciária (PJ) em Bissau, a convite do diretor daquela corporação, Domingos Correia.

"Ontem (quinta-feira) mesmo, recebemos na embaixada o processo 16 mil, e ainda não acabámos o ano o que demonstra que tem havido um aumento significativo da capacidade de receção e resposta da parte da embaixada de Portugal na Guiné-Bissau e dos seus serviços consulares", notou Miguel Silvestre.

O diplomata português aproveitou a ocasião para destacar "a boa cooperação" entre a PJ guineense e a embaixada, dando o exemplo de uma operação, ocorrida em 2024, em que aquela polícia desmantelou uma rede de malfeitores que tinham na sua posse, de forma fraudulenta, 2.500 passaportes.

Miguel Silvestre frisou que cabe às autoridades guineenses desmantelarem quaisquer redes que possam estar a atuar, de forma ilegal, em processos de aquisição de vistos de entrada em Portugal.

O embaixador português na Guiné-Bissau rotulou de "colaboração aprofundada e positiva" da PJ guineense na identificação de documentos contrafeitos e falsos e também no combate às redes de auxílio à emigração ilegal.

São redes que "de forma fraudulenta, aliciam pessoas que querem fazer os seus pedidos de visto e que lhes cobram grandes quantias", explicou o diplomata português.

Miguel Silvestre frisou que essas redes apenas contribuem para "lançar confusão".

O diretor da PJ guineense, Domingos Correia, corroborou as explicações do embaixador de Portugal e prometeu continuar a ação de combate a processos fraudulentos de aquisição de vistos em todas as embaixadas sediadas em Bissau.


Veja Também: O Embaixador de Portugal 🇵🇹 e o Embaixador da UE 🇪🇺 efetuaram, ontem à tarde, uma visita conjunta as instalações do Sistema Costa Segura em Bissau 🇬🇼, onde foram recebidos pelo Chefe de Estado Maior da Armada, Contra-Almirante Helder Nhanque, e pelo Presidente do Conselho de Administração do Instituto Marítimo Portuário (IMP), Dr. Gualdino Afonso Té.

Oposição em Cabo Verde acusa Governo de "golpe constitucional"

© Lusa  20/12/2024 

Os dois partidos da oposição em Cabo Verde acusaram hoje o Governo de usar a "maioria parlamentar" para aprovar a proposta de lei da carreira docente, ignorando o veto presidencial e insistindo na sua promulgação.

"Estamos perante um expediente para ultrapassar o veto presidencial ao decreto-lei apresentado pelo Governo", afirmou o presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), Rui Semedo, acusando o executivo de "impor a força da maioria" para "ultrapassar o veto" do chefe de Estado ocorrido em setembro. 

"É, portanto, um golpe institucional", apontou ainda, durante a segunda sessão plenária de dezembro, retomada hoje após a suspensão dos trabalhos na quarta.

Uma das propostas em discussão é o Plano de Carreira, Funções e Remunerações (PCFR) do pessoal docente.

O Governo anunciou em setembro que reconfiguraria a lei para apresentá-la novamente ao parlamento, após o veto presidencial, com o qual havia manifestado desacordo na altura.

José Maria Neves, Presidente cabo-verdiano, vetou o plano por considerar que não foram atendidas "questões fraturantes", nomeadamente relacionadas com a formação de docentes.

O objetivo do veto seria permitir ao Governo reapreciar o documento, tendo manifestado disponibilidade para estimular o diálogo.

O Governo, no entanto, discordou do veto, recordou negociações realizadas e apelou ao Presidente para rever o "veto político".

"Quando o Presidente veta uma iniciativa, ela é rediscutida, alterada e submetida de novo ao chefe de Estado", justificou Rui Semedo no parlamento, acusando o executivo de "utilizar o parlamento" para aprovar o plano de carreiras "de qualquer maneira".

O líder do PAICV criticou ainda a "ausência de diálogo" e uma postura de "confrontação com a instituição do Presidente da República", afirmando que o Governo procura "impor por esta via" sua força, o que classificou como "antidemocrático" e potencialmente gerador de crises institucionais.

António Monteiro, deputado da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), também criticou a insistência do Governo em reapresentar o diploma sem corrigir as falhas ou dialogar com os professores.

"A nossa classificação enquanto políticos está extremamente mal, e nós não podemos continuar a dar razão à população para nos caracterizar desta forma", afirmou.

Por outro lado, Celso Ribeiro, deputado do Movimento para a Democracia (MpD, no poder), defendeu que estão a "encarar o processo da proposta com naturalidade e humildade", argumentando que o veto presidencial não significa um encerramento unilateral.

"Estamos aqui a reabrir, o que demonstra que esta é a casa do povo. Vamos melhorar o documento. Estranho quando falam em força da maioria, mas querem bloquear com a força da minoria", concluiu.

Em setembro, os sindicatos dos professores disseram que as várias reuniões com o Governo não resultaram em nenhum entendimento, realizando uma greve de dois dias no início do ano letivo, em protesto contra as alterações à carreira, propostas pelo executivo.


 


Seis missões diplomáticas atingidas em ataques russos (Portugal incluído)

© Getty Images   LUSA   20/12/2024

Seis missões diplomáticas, entre elas a de Portugal, foram danificadas pelos ataques russos que atingiram hoje de manhã um bairro nobre do centro de Kiev, afirmaram diplomatas ucranianos.

Além da de Portugal, foram atingidas as missões diplomáticas da Albânia, Argentina, Autoridade Palestiniana, Macedónia do Norte e do Montenegro, divulgou o Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano numa mensagem.  

A maioria destas missões está localizada no mesmo edifício.

Portugal, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e a alta-representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Kaja Kallas, condenaram já os bombardeamentos russos.

O executivo português condenou de maneira "veemente os ataques desta madrugada", que "causaram danos materiais em diversas missões diplomáticas, incluindo a chancelaria da embaixada de Portugal", dá conta um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

O Palácio das Necessidades acrescentou que um representante da Federação Russa "foi já chamado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros para que seja apresentado um protesto formal junto" de Moscovo.

O chefe da diplomacia portuguesa, Paulo Rangel indicou que não há registo de feridos na equipa da embaixada portuguesa em Kiev, que se encontra no mesmo edifício que as da Argentina, Albânia e Montenegro.

"Isto é altamente condenável. Qualquer ataque da Rússia à Ucrânia e à cidade de Kiev merece a nossa mais veemente condenação, mas é absolutamente inaceitável que possa haver ataques que tenham impacto ou afetem instalações diplomáticas", disse Rangel.

Ursula von der Leyen, por seu lado, afirmou hoje que o "desrespeito de [o Presidente russo, Vladimir] Putin pela lei internacional atingiu um novo patamar", na sequência de um ataque com mísseis russos que danificou as seis missões diplomáticas em Kiev.

"Mais um ataque horrendo da Rússia contra Kiev. Desta vez contra um edifício que alberga a embaixada de Portugal e outros serviços diplomáticos. O desrespeito de Putin pela lei internacional atingiu um novo patamar", escreveu na rede social X.

Também na mesma rede social, Kaja Kallas condenou o "ataque bárbaro" com mísseis russos que danificou as seis embaixadas.

"Mísseis russos danificaram a embaixada de Portugal em Kiev. Nenhuma representação diplomática ser um alvo ou ser atingida. Isto é mais um ataque bárbaro da Rússia contra alvos civis que indica que não há qualquer vontade de paz", escreveu Kaja Kallas, antes de ter conhecimento de que, além da missão diplomática portuguesa tinha sido atingida, cinco outras embaixadas foram igualmente alvejadas.


Leia Também: A NATO exortou "a Rússia a cessar imediatamente todos os ataques contra civis e infraestruturas civis ucranianas e a pôr termo à sua guerra ilegal contra a Ucrânia".



Chegada de Sua Excelência, o Presidente da República, após a Visita Oficial à República do Cazaquistão.



Presidência da República da Guiné-Bissau


Ataque russo atinge zona da embaixada portuguesa em Kiev. Rangel diz que "é inaceitável" e de "grande gravidade"

O ministro dos Negócios Estrangeiros reagiu há momentos ao ataque russo com mísseis que atingiu a zona da embaixada portuguesa em Kiev, na Ucrânia, causando “danos materiais” ao edifício. 

Aos jornalistas, Paulo Rangel diz que o ato “merece a nossa repreensão em termos diplomáticos” e que já convocou o Encarregado de Negócios da Federação Russa para apresentar um protesto formal junto de Moscovo. Para já, diz o governante, a embaixada portuguesa em Kiev não será encerrada.

Câmara de Comercio, Indústria, Artesanato e Serviços realiza Conferência de Imprensa sobre a Situação Atual da Organização.

 

Por  Radio Voz Do Povo

É um velho truque, mas os maiores retalhistas de Nova Iorque usam sempre na quadra festiva

É uma tradição de marketing que remonta a mais de um século. Todos os anos, os retalhistas mais famosos da cidade de Nova Iorque enchem as suas opulentas montras durante o período de Natal. Reportagem de Dora Mekouar narrada por Álvaro Ludgero Andrade

Por  VOA Portugues

Novo Governo de Macau toma hoje posse na presença de Xi Jinping

© Lusa 20/12/2024

O novo Governo de Macau, encabeçado pelo ex-magistrado Sam Hou Fai, toma posse hoje, numa cerimónia liderada pelo Presidente da China, Xi Jinping.

O chefe do executivo eleito, Sam Hou Fai, e os titulares dos principais cargos do Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), são empossados quando se assinala o 25.º aniversário da transferência do território, de Portugal para a China.

A cerimónia vai ser presidida pelo chefe de Estado da China, Xi Jinping, que chegou a Macau na quarta-feira e permanece no território até sexta-feira à tarde.

À semelhança dos governos anteriores, de Edmund Ho (1999-2009), Fernando Chui Sai On (2009-2019) e Ho Iat Seng (2019-2024), cabe também agora ao líder máximo da China presidir à cerimónia.

Para a visita do Presidente chinês, Macau reforçou as medidas de segurança, nomeadamente no aeroporto e na ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. Os drones estão proibidos de sobrevoar a região até domingo e a atividade dos estabelecimentos de armeiros e de operadores de imitações de armas de fogo foram suspensas até hoje.

Além de Sam Hou Fai, o sexto Governo da RAEM integra André Cheong e Wong Sio Chak, que mantêm as pastas da Administração e Justiça e da Segurança, respetivamente.

Quanto às restantes três secretarias, a da Economia e Finanças vai ser liderada pelo atual diretor dos Serviços de Economia, Tai Kin Ip; a dos Transportes e Obras Públicas, liderada nos últimos 10 anos pelo português Raimundo do Rosário, vai para as mãos do diretor dos Serviços de Proteção Ambiental (DSPA), Raymond Tam.

A pasta dos Assuntos Sociais e Cultura fica a cargo de O Lam, que entre 2014 e 2019 desempenhou as funções de chefe de gabinete do antigo chefe do executivo Fernando Chui Sai On.

Elsie Ao Ieong, que no atual Governo de Ho Iat Seng estava com os Assuntos Sociais e Cultura, vai chefiar o Comissariado de Auditoria.

Já o Comissariado Contra a Corrupção (CCAC) vai ser liderado por Ao Ieong Seong, até aqui adjunta do comissário Chan Tsz King, que, por sua vez, passa para o cargo de Procurador-geral do Ministério Público.

Leong Man Cheong mantém-se à frente dos Serviços de Polícia Unitários e Adriano Marques Ho, atualmente na liderança da Direção de Inspeção e Coordenação de Jogos, fica com a direção-geral dos Serviços de Alfândega.

Ex-presidente do Tribunal de Última Instância, Sam Hou Fai vai ser o primeiro líder do Governo a falar português. Foi escolhido em 13 de outubro por um colégio eleitoral de 400 membros, selecionados por mais de 6.200 representantes de associações e organizações locais.

Nascido em 1962 em Zhongshan, na província chinesa de Guangdong, vizinha de Macau, o magistrado completou a licenciatura em Direito pela Universidade de Pequim, tendo frequentado posteriormente os cursos de Direito e de Língua e Cultura Portuguesa da Universidade de Coimbra.


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Durante a visita oficial ao Cazaquistão, a convite do Presidente Kassym-Jomart Tokayev.

A agenda incluiu encontros bilaterais, visitas a indústrias estratégicas e centros tecnológicos. Também abordou temas como segurança alimentar, mecanização agrícola e irrigação junto à Organização Islâmica para a Segurança Alimentar. 

Destaque ainda para a visita à Grande Mesquita de Astana e ao Centro Financeiro Internacional, reforçando laços de cooperação e oportunidades de desenvolvimento.

Presidência da República da Guiné-Bissau


Veja Também:  O presidente foi recebido calorosamente na cidade de Almaty, conhecida como a “Cidade das Maçãs”.

O programa incluiu uma visita à inovadora academia de futebol FootLab Almaty, referência na Ásia Central, e um jantar oficial oferecido pelo governador Yerbolat Dossayev.

Justino Delgado was live.

@Justino Delgado

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Zelensky chama "escumalha" a Putin após proposta para "duelo de mísseis"

Volodymyr Zelensky questiona ainda a sanidade mental do presidente da Rússia


Leia Também: O presidente ucraniano afirmou, esta quinta-feira, que Vladimir Putin é “louco” e muito “perigoso”. Volodymyr Zelensky classificou o presidente russo como um “canalha” que “adora matar”.

2024 Wrapped | UN SDG Action Campaign | #Act4SDGs | #ActNow | #GlobalGoals

2024 Wrapped | UN SDG Action Campaign | #Act4SDGs | #ActNow | #GlobalGoals
As we close out 2024, we reflect on a year marked by intensifying climate crises, rising inequalities, and ongoing conflicts. Despite these challenges, we’ve witnessed incredible resilience, hope, and creativity in the face of adversity.

This year, our work was driven by the power of dialogue and collaboration, supporting civil society and youth across key global decision-making processes. Together with our partners, we championed crucial policy priorities like climate action, gender equality, and a fairer international financial architecture.

Looking ahead to 2025, we remain committed to advancing peace, justice, and equality for all. Thank you to all our partners for your continued support. Here's to another year of turning challenges into opportunities!

Guiné-Bissau: O Governo guineense ordenou hoje a Empresa de Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau (EAGB) que corte o fornecimento de energia a qualquer pessoa, entidade ou empresa que se recusar a pagar o serviço a partir de sexta-feira.

©  LUSA  19/12/2024 

Governo da Guiné-Bissau manda cortar energia a quem não pagar fornecimento

O Governo guineense ordenou hoje a Empresa de Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau (EAGB) que corte o fornecimento de energia a qualquer pessoa, entidade ou empresa que se recusar a pagar o serviço a partir de sexta-feira.

A decisão consta do Comunicado do Conselho de Ministros, hoje realizado em Bissau, a que a Lusa teve acesso.

O Conselho de Ministros "exorta a todos os cidadãos nacionais e estrangeiros, residentes no país, no sentido de cumprirem com o dever cívico e moral de celebração formal de contratos de fornecimento de energia e água, incluindo os funcionários da EAGB", segundo o comunicado do Governo.

As autoridades guineenses consideram que a EAGB se encontra em "falência técnica".

Na reunião semanal, presidida pelo primeiro-ministro, Rui Duarte de Barros, o Conselho de Ministros debruçou-se sobre a "complexa situação da EAGB" caracterizada pela persistente situação de isenções de pagamento de energia.

Numa entrevista à Lusa, em outubro passado, Vasco Rodrigues, o português que gere a EAGB enquanto diretor-geral, lamentava o facto de a empresa fornecer energia a muitos clientes, mas que não pagam o fornecimento por beneficiarem de isenções ou por esquemas fraudulentos.

Na mesma reunião de hoje, o Conselho de Ministros foi informado da decisão do Governo, tomada recentemente, de rescindir o contrato com a empresa turca Karpower que fornecia energia à cidade de Bissau a partir de um navio.

Na entrevista à Lusa em outubro, Vasco Rodrigues indicou que apesar de o fornecimento a partir do navio ter sido desligado em agosto, a Karpower continuava a exigir receber dinheiro da EAGB com base num contrato.

O responsável afirmou que aquela situação também impedia a EAGB de reduzir a tarifa de energia que é cobrada aos clientes uma vez que mensalmente é obrigada a pagar uma fatura de cerca de 1,4 milhões de euros à Karpower, disse.


Leia Também: O Diretor Geral dos Serviços de Migração, Estrangeiros e Fronteiras da Guiné-Bissau, Lino Leal da Silva, lamentou hoje que o país esteja sem condições de controlar a entrada de migrantes e apontou o exemplo das ilhas Bijagós.

Huambo — Em Angola 37% das adolescentes e jovens entre 15 e os 19 anos de idade já tiveram uma gravidez e 45% já tiveram mais de um parceiro sexual, segundo dados recentes do Fundo das Nações Unidas para a População, (FNUAP) que colocam o país com uma das taxas mais elevadas neste quesito na África subsariana.

VOA Português

Mais de 35% das adolescentes angolanas já estiveram grávidas

A infância “morre agora muito cedo”

Huambo — Em Angola 37% das adolescentes e jovens entre 15 e os 19 anos de idade já tiveram uma gravidez e 45% já tiveram mais de um parceiro sexual, segundo dados recentes do Fundo das Nações Unidas para a População, (FNUAP) que colocam o país com uma das taxas mais elevadas neste quesito na África subsariana.

Isto tem grandes implicações para a sociedade angolanas porque abrange jovens em idade escolar.

Adelina Calundungo que trabalha no projeto denominado “ Levanta-te jovem” para desencorajar adolescentes em idade escolar pelo país a engravidar fala de um problema grave de saúde pública que pode ser minimizado.

“Sabemos que é um problema nosso de saúde pública, nós não conseguimos erradicar mais conseguimos minimizar esse índice,” disse

A também ativista que defende mais educação sobre questões de direitos sexuais e reprodutivos com os jovens a partir da escola, alerta que a gravidez precoce tem outras consequências na vida das vítimas.

“ O aborto também chega a ser uma das consequências da gravidez precoce e nós queremos prevenir isso”, disse Adelina Calundungo que revelou que “79% dos abortos foram provocados a adolescente”.

Muitas das jovens quando se apercebem que estão grávidas “entram em desespero e optam pelo abordo provocado, esse aborto que pode levar a morte”.

O pastor evangélico, Francisco Doido, que lamenta o problema que é na sua visão também de ordem espiritual, sugere um trabalho sério a partir das famílias para inverter a tendência de expor as crianças a assumirem a maternidade muito cedo.

“A gravidez precoce em nossa sociedade é fruto de uma infância que morre muito cedo”, disse o pasto.

“Veja como nossas filhas de oito anos por exemplo são vestidas pelas próprias mães, veja que tipo de danças são colocadas numa festa de aniversário de uma criança de três anos” acrecentou Francisco Doido para quem “ agora a infância dura muito pouco”.

Angelina Rodrigues é psicóloga clínica e reprova as famílias que partem para a conversa já em cima dos problemas.

“ As famílias normalmemnte quando vão falar sobre sexo com o filho é porque a filha já engravidou é quando o paí vai dizer que não devia essas coisas só se fazem no casamento é quando vai dizer que devia usar preservativo, disse

O Fundo das Nações Unidas para a População e o Governo de Angola, com apoio financeiro do Governo da Noruega, lançaram recentemente em Luanda um novo Programa de quatro anos de Reforço da Saúde e dos Direitos Sexuais e Reprodutivos em Angola.

O objectivo é dar resposta aos desafios de saúde sexual e reprodutiva e violência baseada no género enfrentados por mulheres e meninas em Angola.

Especial informação sobre a visita oficial do PR General Umaro Sissoco Embaló a Cazaquistão. Encontro bilateral e visitas guiadas que culminam com Acordos e Memorandos para o Desenvolvimento de Cooperação.



 Radio Voz Do Povo

Netanyahu avisa Huthis do Iémen que "quem atacar Israel pagará preço elevado"

 LUSA   19/12/2024

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, alertou hoje os rebeldes Huthis do Iémen que "quem atacar Israel pagará um preço muito elevado".

As declarações do líder do executivo, num vídeo divulgado pelo seu gabinete, surgem na sequência do ataque de mísseis reivindicado pelos Huthis contra Israel e após uma retaliação israelita contra "alvos militares".

Netanyahu declarou que "os Huthis estão a aprender e vão aprender da forma mais dura que quem atacar Israel vai pagar um preço muito elevado".

Os rebeldes do Iémen reivindicaram hoje o lançamento de dois mísseis contra Israel, na sequência dos ataques israelitas a portos e infraestruturas energéticas do Iémen, que mataram nove pessoas, segundo um meio de comunicação social controlado pelos rebeldes.

Netanyahu justificou os ataques levados a cabo esta manhã pelo exército israelita contra os rebeldes, sublinhando que a ofensiva se deu "em resposta aos repetidos ataques dos Huthis contra alvos civis em Israel" e também contra rotas marítimas e comerciais internacionais no Mar Vermelho.

"Por isso, quando Israel atua contra os Huthis, está a atuar em nome de toda a comunidade internacional", disse Netanyahu, acrescentando que alguns países, como os Estados Unidos, "compreendem bem isto".

O primeiro-ministro israelita adiantou ainda que, depois de ter atingido fortemente o movimento islamita palestiniano Hamas e o grupo xiita libanês Hezbollah, e com a recente queda do regime do Presidente Bashar al-Assad na Síria, os Huthis do Iémen "são quase o último braço que resta na rede do Irão".

Os Huthis já realizaram vários ataques contra Israel desde o início do conflito na região, em 07 de outubro de 2023, após o ataque do Hamas ao sul do país, que provocou a morte de cerca de 1.200 pessoas e o rapto de cerca de 250 outras, ao qual Israel retaliou com uma ofensiva terrestre que já causou a morte de mais 45 mil palestinianos.

Os rebeldes do Iémen, que controlam uma grande parte do país, alegam estar a agir em solidariedade com os palestinianos em Gaza e têm também atacado regularmente navios que acreditam estar ligados a Israel, aos Estados Unidos ou ao Reino Unido, no mar Vermelho e no golfo de Áden.


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Putin qualifica como "falha grave" de segurança atentado em Moscovo

© GAVRIIL GRIGOROV/POOL/AFP via Getty Images  LUSA  19/12/2024

O presidente russo, Vladimir Putin, classificou hoje como uma "falha grave" dos serviços de segurança o assassinato, esta semana em Moscovo, do tenente-general Igor Kirillov, chefe da defesa radiológica, química e biológica da Rússia.

"O assassinato de Kirillov significa que as nossas forças da ordem e os nossos serviços especiais deixaram passar este tipo de ataques", afirmou o líder russo durante a sua conferência de imprensa anual, em Moscovo.

"Temos de melhorar o nosso trabalho e evitar falhas tão graves", acrescentou, citado pelas agências espanhola EFE e francesa AFP.

Kirillov morreu na terça-feira, juntamente com um ajudante, num atentado bombista em Moscovo reivindicado pelos serviços especiais ucranianos.

O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) anunciou na quarta-feira a detenção do alegado autor do atentado que matou Kirillov.

O FSB disse num comunicado que o detido é um cidadão do Uzbequistão nascido em 1995, cuja identidade não foi revelada, que confessou ter sido recrutado pelos serviços secretos ucranianos.

O detido viajou para Moscovo por conta de quem o contratou, recebeu um engenho altamente explosivo e escondeu-o numa 'scooter' elétrica que estacionou junto à entrada do edifício onde Kirillov vivia, acrescentou o FSB, citado pela EFE.

Para vigiar a casa do general, alugou um carro no qual instalou uma câmara de vídeo Wi-Fi que transmitia imagens em direto aos organizadores do atentado, localizados na cidade ucraniana de Dnipro.

O FSB acrescentou que, assim que o detido viu a imagem dos militares a sair do portão do edifício, detonou remotamente a bomba que matou Kirilov e o seu ajudante.

De acordo com o comunicado, os serviços secretos ucranianos prometeram ao detido 100.000 dólares (mais de 96.000 euros, ao câmbio atual) e a possibilidade de se instalar num país da União Europeia.

O Ministério do Interior acrescentou que o cidadão uzbeque foi detido numa aldeia a 30 quilómetros a leste de Moscovo.

Um canal nas redes sociais considerado próximo dos serviços especiais russos difundiu um vídeo alegadamente do interrogatório do bombista, no qual confessa que foi recrutado pelos serviços especiais ucranianos para assassinar o general russo.

Fontes do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) citadas na terça-feira pela agência ucraniana Ukrinform disseram que Kirillov "era um criminoso de guerra e um alvo completamente legítimo".

Segundo as mesmas fontes, "deu ordens para utilizar armas químicas proibidas contra o exército ucraniano".

"O castigo para os crimes de guerra é inevitável", afirmaram as fontes do SBU não identificadas pela agência ucraniana.

O ataque ocorreu um dia depois de o SBU ter acusado Kirillov de alegada responsabilidade na utilização de armas químicas na Ucrânia, no âmbito da invasão desencadeada em fevereiro de 2022 por ordem de Putin.

Kirillov comandava as tropas responsáveis pela luta contra os efeitos das armas nucleares, radiológicas, biológicas e químicas, geralmente conhecidas como armas de destruição maciça, e também por operações de segurança civil em caso de acidente nuclear, bacteriológico, químico ou ambiental.


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