sexta-feira, 4 de julho de 2025

Trump quer organizar um combate de UFC na Casa Branca... O Presidente norte-americano diz que o evento vai realizar-se a propósito das celebrações dos 250 anos da independência dos Estados Unidos.

Por sicnoticias.pt 04 jul.2025

O Presidente Donald Trump disse na quinta-feira que está a pensar organizar um combate da UFC nos terrenos da Casa Branca, com mais de 20.000 espetadores, para celebrar os 250 anos da independência americana.

"Temos lá muito terreno", disse Trump, um entusiasta da UFC (Ultimate Fighting Championship, empresa norte-americana de promoção de artes marciais mistas) que assistiu a vários dos seus combates de artes marciais mistas (MMA, na sigla em inglês) nos últimos meses e é amigo íntimo de Dana White, CEO da empresa detida pelo TKO Group Holdings, uma subsidiária maioritariamente detida pela Endeavor Group Holdings.

Trump anunciou a ideia no Iowa, durante o arranque de um ano de festividades para celebrar o 250º aniversário da América, a 04 de julho de 2026.

O Presidente republicano também anunciou um festival no National Mall, em Washington, e uma competição atlética com atletas de escolas secundárias de todo o país.

"Assim, todos os nossos parques nacionais, campos de batalha e locais históricos vão ter eventos especiais em honra do América 250. E eu até acho que vamos ter uma luta de UFC", disse Trump.

"Penso nisso no terreno da Casa Branca. Temos lá um monte de terreno", disse, acrescentando que seria uma "luta completa" com 20.000 a 25.000 pessoas na assistência.

Um porta-voz da Casa Branca revelou não ter pormenores a partilhar para além do anúncio do Presidente.

Recentemente, Trump desfrutou de ovações em pé e assentos ao lado de várias gaiolas onde se realizam os combates da UFC, incluindo uma aparição imediatamente após sua reeleição em 2024 e outra no mês passado, em que se sentou ao lado de White para assistir a duas lutas do campeonato.

Os combates da UFC inserem-se numa competição com regras mínimas, em que os lutadores recorrem a diferentes disciplinas das artes marciais.

"Positivo". Reconhecimento dos talibãs pela Rússia é "marco histórico"... O regime talibã classificou hoje como uma decisão "corajosa e histórica" o reconhecimento formal por parte da Rússia do seu governo como legítima autoridade do Afeganistão, considerando que o gesto estabelece "um precedente positivo".

Por LUSA 

"Esta decisão realista da Federação da Rússia será lembrada como um marco importante na história das relações bilaterais e estabelecerá um precedente positivo para outros países", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros talibã, Mawlawi Amir Khan Muttaqi, em comunicado.

Muttaqi considerou que, com este primeiro passo, "teve início o processo de reconhecimento formal" do governo talibã e expressou a expectativa de que "este processo continue".

A reação de Cabul surge após Moscovo ter-se tornado hoje a primeira potência mundial a conceder reconhecimento diplomático oficial ao governo dos talibãs, rompendo com o consenso internacional mantido desde que os islamistas regressaram ao poder, em agosto de 2021.

No mesmo comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Afeganistão classificou o gesto como "histórico para o fortalecimento das relações entre o Afeganistão e a Rússia".

O chefe da diplomacia talibã reiterou que o "Emirado Islâmico do Afeganistão procura relações positivas, construtivas e respeitosas com todos os atores globais" e defendeu que "chegou o momento de o Afeganistão desempenhar o seu papel essencial como elo de ligação entre a Ásia Central e a Ásia do Sul".

Atualmente, os talibãs mantêm missões diplomáticas em, pelo menos, 14 países, incluindo Turquia, China e Paquistão, mas a Rússia é o primeiro Estado a reconhecer formalmente o regime.

Em dezembro de 2024, o Presidente russo, Vladimir Putin, promulgou uma lei que retirou os talibãs da lista de organizações terroristas da Rússia, um passo prévio considerado essencial para permitir o reconhecimento oficial.

Os talibãs tinham sido incluídos nessa lista em 2003, acusados de utilizarem métodos terroristas e de manterem ligações com grupos armados ilegais ativos na Chechénia.

Nos anos anteriores à retirada militar dos Estados Unidos e à tomada de Cabul pelos talibãs, em 2021, a Rússia já tinha iniciado contactos com o grupo e chegou a receber delegações talibãs em Moscovo por várias vezes.


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Drones? "Este é o maior número que o inimigo já usou num único ataque"... Os ataques de hoje de madrugada da Rússia à Ucrânia foram os maiores desde o início da guerra em 2022, disse hoje o porta-voz da Força Aérea Ucraniana.

Por LUSA 

"O inimigo atacou com um grande número de 'drones' (...). Este é o maior número que o inimigo já usou num único ataque", disse Yuri Ignat à televisão ucraniana.

Para Kyiv, estes ataques mostram o "desprezo" de Putin pelos EUA e pela paz.

De acordo com fonte militar, a Rússia lançou esta madrugada 11 mísseis e 539 'drones', incluindo dispositivos de ataque não tripulados Shahed e réplicas, contra a Ucrânia, num ataque que começou logo após uma conversa telefónica entre Donald Trump e Vladimir Putin.

As defesas aéreas ucranianas conseguiram neutralizar 478 dos 'drones' e mísseis no ataque, que visou principalmente Kyiv.

O Presidente dos Estados Unidos ligou ao seu homólogo russo e depois do telefonema disse que estava "infeliz" com conversa, que não resultou em "nenhum progresso" na direção de uma solução negociada para acabar com a guerra.


Leia Também: Após conversa de Trump e Putin, Rússia ataca Ucrânia com 500 drones

A Rússia lançou esta madrugada 11 mísseis e 539 drones, incluindo dispositivos de ataque não tripulados Shahed e réplicas, contra a Ucrânia, num ataque que começou logo após uma conversa telefónica entre Donald Trump e Vladimir Putin.

Religião e política influenciam crença em desinformação sobre saúde... As pessoas mais religiosas e com ideologias políticas de direita são mais propensas a aceitar tratamentos alternativos, bem como mais suscetíveis a aceitar teorias da conspiração e desinformação sobre saúde, concluiu um estudo da investigadora Catarina Santos.

Por LUSA 

Em entrevista à agência Lusa, a investigadora do ISCTE e autora do estudo "O papel das crenças conspiracionistas e pseudocientíficas na previsão da adesão a tratamentos alternativos", afirmou que "as pessoas mais religiosas e que são de direita são mais propensas a aceitar tratamentos alternativos (...) portanto há traços de personalidade que podem levar as pessoas a ser mais propensas a aceitar teorias da conspiração".

Catarina Santos começa por explicar que a pseudociência é tudo o que "sob a capa da credibilidade da ciência, vende coisas que não têm prova científica, sejam elas tratamentos ou pseudo medicamentos, que acabam por querer tomar o lugar dos procedimentos científicos já estabelecidos". 

Neste sentido, "a pseudociência, um tipo específico de desinformação, abrange uma série de áreas da saúde, tendo a grande marca de afastar as pessoas dos tratamentos que são, efetivamente, eficazes para as questões que as assolam". 

"A desinformação em saúde é tudo o que leva as pessoas a pensar que sabem algo sobre um determinado assunto, baseado em factos que não existem ou em crenças que não são realistas e não [são] verdadeiras", afirmou a académica. 

Ademais, a investigadora detalhou que "a informação que é transmitida pode ser verdadeira, no entanto, a forma como o indivíduo interpreta essa informação pode levar o próprio a estar desinformado", apontando a falta de sentido crítico e de literacia sobre os temas, como uma possível justificação. 

"Há características individuais e pessoais que podem levar a uma maior tendência a crer na desinformação. As pessoas com menos literacia para uma determinada área têm uma maior tendência a crer na desinformação", acrescentou.

Em matéria da aceitação de desinformação em contexto de consulta médica, "as pessoas tendem a preferir os tratamentos convencionais aos alternativos", enquanto "uma pessoa que acredita numa teoria da conspiração tende a acreditar noutro tipo de coisas semelhantes", afirmou.

"As pessoas que pensam que sabem mais sobre as coisas são as que intuitivamente mais aderem [a estas teorias] porque não utilizam o seu espírito crítico (...) é a confiança que têm no seu conhecimento que as leva a aceitar coisas que não compreendem devidamente", explicou a investigadora.

Além disso, "se a informação é dada por um médico e se existe confiança na ciência, é normal aceitar melhor o tratamento convencional", sendo que o estudo desenvolvido pela académica concluiu que "as crenças conspiratórias e a falta confiança na ciência influenciam significativamente as decisões de tratamento. A abordagem destas crenças é crucial para combater a desinformação sobre saúde e incentivar a adesão a cuidados médicos baseados em provas", rematou.


Leia Também: Código de conduta sobre desinformação entra em vigor na União Europeia

quinta-feira, 3 de julho de 2025

🎙️ Armando Arlete, candidato à presidência do Comité Olímpico da Guiné-Bissau pela Lista Branca, apresenta à imprensa o seu manifesto eleitoral. 🗳️ Com eleições marcadas para sábado, Arlete defende uma liderança comprometida, transparente e visionária para transformar o desporto nacional.

 Armando Arlete vai confrontar-se a Lista Inclusiva, lideranda por Eugénio de Oliveira Lopes. O vencedor das eleições deste sábado vai substituir Sérgio Mané.

CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR AO VÍDEO

Presidente da Guiné-Bissau vai reúnir-se com Donald Trump em Washington

Por  Tv Voz do Povo/Tidjane

O PR Umaro Sissoco Embaló, vai reunir-se na próxima quarta-feira, 9 de julho, com o atual Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Washington, para discutir oportunidades de investimento e cooperação económica.

Fontes governamentais em Bissau adiantaram hoje à Lusa que Sissoco Embaló será recebido por Trump juntamente com os Presidentes do Gabão, da Mauritânia e do Senegal. Está igualmente previsto um almoço entre o chefe de Estado norte-americano e os quatro líderes africanos.

Segundo as mesmas fontes, o Presidente guineense, que se encontra de passagem por Portugal, deverá seguir viagem para os Estados Unidos no domingo, 7 de julho.

Recorde-se que os Estados Unidos encerraram a sua embaixada em Bissau na sequência do conflito político-militar de 1998. Desde então, as autoridades guineenses têm vindo a manifestar interesse na reabertura da missão diplomática norte-americana na capital.

Antes de partir para os Estados Unidos, Umaro Sissoco Embaló deverá marcar presença, este sábado, 5 de julho, nas celebrações do 50.º aniversário da independência de Cabo Verde, onde está previsto que intervenha na cerimónia solene.

In(Lusa) 

Roberto Vieira Presidente do INE em Conferência de imprensa

 

O antigo nome da África era Alkebulan... Alkebu-lan significa “mãe da humanidade” ou “jardim do Éden”. ” Alkebulan é a mais antiga e única palavra de origem indígena. Foi usado pelos mouros, núbios, númidas, khart-haddans (cartagênios) e etíopes.

@Afrecult

O antigo nome da África era Alkebulan. 

Alkebu-lan significa “mãe da humanidade” ou “jardim do Éden”. ” Alkebulan é a mais antiga e única palavra de origem indígena. Foi usado pelos mouros, núbios, númidas, khart-haddans (cartagênios) e etíopes.

A palavra África surgiu no final do século XVII e era usada para se referir apenas à parte norte do continente. Por volta dessa época, o continente do Norte havia sido colonizado e os europeus governavam seu povo como escravos.

Eles influenciaram a mudança de identidade de Alkebulan para a África. Mas antes de os europeus se estabelecerem pela palavra África, o continente era chamado de muitos outros nomes. Eles incluem Corphye, Ortegia, Líbia e Etiópia.

Outros nomes como terra de Ham (Ham significa pele escura), mãe da humanidade, jardim do Éden, reinos no céu e terra de almofada ou kesh (referindo-se aos cusitas que eram antigos etíopes) foram usados.

Por que a África é chamada de África? 

 Existem muitas teorias que explicam a origem do nome deste continente:

 -Teoria romana

Alguns estudiosos acreditam que a palavra se originou dos romanos. Os romanos descobriram uma terra oposta ao Mediterrâneo e a batizaram em homenagem à tribo berbere que residia na área da carnificina, atualmente conhecida como Tunísia. O nome da tribo era Afri.

 -Teoria do tempo

Alguns acreditam que o nome foi derivado do clima do continente. Derivado de aphrike, uma palavra grega que significa uma terra livre de frio e horror. Uma variação da palavra romana aprica, que significa ensolarado, ou mesmo da palavra fenícia distante, que significa poeira. 

-Teoria geográfica

Há uma sugestão de que o nome veio de longe. Foi trazido pelos comerciantes indianos, que entraram no continente pelo Chifre da África. Em hindi, a palavra apara significa vem depois. Geograficamente, isso pode ser interpretado como um lugar a oeste.

 -Teoria Africus

Este afirma que o continente derivou seu nome de Africus. Africus é um chefe iemenita que invadiu a parte norte no segundo milênio aC. Argumenta-se que ele se estabeleceu em sua terra conquistada e a chamou de Afrikyah.

 -Teoria Fenícia

Outra escola de pensamento sugere que o nome é derivado de duas palavras fenícias friqi e pharika. As palavras significam grãos e frutas quando traduzidas. Hipoteticamente, o fenício batizou o continente como a terra dos grãos e dos frutos.

Há pouca ou nenhuma certeza sobre a origem ou significado da África. Vários estudiosos tentaram explicar a origem da palavra, mas nenhum é convincentemente correto. Os Arabs Ancient Books também se referem à África como Akebu-lan. No entanto, o nome original da África era Alkebulan.

@Mwana Afrika  Alkebulan? Sim, o nome original de África | Mwana Afrika Oficina Cultural

"Alcatraz dos Jacarés" recebe primeiro grupo de imigrantes detidos... O centro foi instalado em apenas oito dias, numa pista de aterragem na região pantanosa dos Everglades. Conta com mais de 200 câmaras de segurança, mais de 8.500 metros de arame farpado e 400 agentes de segurança.

Por sicnoticias.pt

O centro de detenção de imigrantes ilegais no estado da Florida conhecido como "Alcatraz dos Jacarés" por situar-se numa zona infestada de animais predadores recebeu quarta-feira o primeiro grupo de detidos, afirmou o procurador-geral estadual.

"O Alcatraz dos Jacarés vai fazer 'check-in' de centenas de imigrantes ilegais criminosos esta noite", disse o procurador-geral republicano da Florida, James Uthmeier, na rede social X.  

"Próxima paragem: de volta para onde vieram", adiantou, aludindo à sua deportação dos Estados Unidos.  

O centro foi instalado em apenas oito dias, numa pista de aterragem na região pantanosa dos Everglades.  

Conta com mais de 200 câmaras de segurança, mais de 8.500 metros de arame farpado e 400 agentes de segurança.

"Vamos ensiná-los a fugir de um jacaré, ok?"

O Presidente norte-americano, Donald Trump, participou terça-feira na inauguração do centro de detenção, ironizando que os imigrantes que tentem fugir do local correm o risco de serem atacados por animais selvagens.

Quando questionado pelos jornalistas sobre se o objetivo do centro de detenção de imigrantes era, em caso de fuga, serem atacados pelos répteis, Donald Trump respondeu: "É esse o conceito".

"As cobras são rápidas, mas os jacarés (...). Vamos ensiná-los a fugir de um jacaré, ok?", afirmou Trump, num tom jocoso.

As autoridades estaduais afirmaram que a "Alcatraz dos Jacarés", centro que descreveram como temporário, contará com tendas e roulottes, permitindo ao estado adicionar 5.000 camas de detenção de imigrantes até ao início de julho e libertar espaço nas prisões locais.  

Tal como noutros centros semelhantes no país, as autoridades pretendem deter temporariamente os imigrantes ilegais enquanto aguardam deportação do país.   

Para o governador da Florida, Ron DeSantis, e outras autoridades estaduais, o isolamento do aeródromo nos Everglades, rodeado de zonas húmidas repletas de mosquitos, cobras venenosas e jacarés, consideradas sagradas para as tribos nativas americanas, torna-o um local ideal para deter imigrantes ilegais.    

"Claramente, do ponto de vista da segurança, se alguém escapar, sabem, há muitos jacarés", disse DeSantis, que foi um dos principais rivais de Donald Trump na nomeação presidencial pelo Partido Republicano em 2024.    

Ron DeSantis indicou também que está a avaliar a construção do segundo centro num campo de treino da Guarda Nacional da Florida, conhecido como Camp Blanding, cerca de 48 quilómetros a sudoeste de Jacksonville, no nordeste do estado.    

O governador republicano sublinhou a sua disponibilidade para ajudar o executivo do Presidente Donald Trump a atingir o seu objetivo de mais do que duplicar a capacidade de detenção de imigrantes das atuais 41.000 camas para pelo menos 100.000 camas em todo o país.    


Estudo. Mulheres passam a controlar melhor raiva à medida que envelhecem... Este novo estudo, publicado na quarta-feira, envolveu mais de 500 mulheres, com idades compreendidas entre os 35 e os 55 anos, com o objetivo de examinar a influência do envelhecimento e das fases do envelhecimento reprodutivo nos relatos de raiva das mulheres.

© Shutterstock   Por  Sofia Robert  noticiasaominuto.com  03/07/2025 

Um novo estudo científico concluiu que os traços de raiva em mulheres descem significativamente com a idade, e a partir da meia-idade. Os resultados do estudo foram publicados na Menopause, a revista científica da Menopause Society na quarta-feira, 2 de julho.

A raiva é definida como um antagonismo em relação a alguém ou a algo, frequentemente acompanhado de uma propensão para o exprimir de forma indiscriminada. O que é diferente da hostilidade, que se refere a uma emoção que provoca medo, explica o EurekAlert!.

Desde 1980 que se tem estudado a raiva e as implicações que tem para a saúde nas mulheres de meia-idade, como hipertensão e doença das artérias coronárias.

Um estudo mais aprofundado sobre as mulheres e as doenças cardíacas revelou que o aumento do traço de raiva (propensão para a raiva) estava associado a um aumento da pressão arterial sistólica e diastólica durante um período de três anos.

Também foram feitos estudos que associam a raiva à depressão. As mulheres com problemas de raiva têm maior probabilidade de desenvolver sintomas depressivos mais graves durante a transição da menopausa. Este efeito foi mais forte nas mulheres que utilizavam terapia hormonal para os sintomas da menopausa.

Este novo estudo, publicado na quarta-feira, envolveu mais de 500 mulheres, com idades compreendidas entre os 35 e os 55 anos, com o objetivo de examinar a influência do envelhecimento e das fases do envelhecimento reprodutivo nos relatos de raiva das mulheres.

A investigação concluiu que a idade está significativamente relacionada com a maioria das medidas de raiva, incluindo o temperamento da raiva, a reação à raiva, a raiva expressa de forma agressiva e a hostilidade. 

Estas formas de raiva diminuíram significativamente com a idade. Apenas a raiva suprimida não estava relacionada com a idade. Da mesma forma, as fases da idade reprodutiva afetaram significativamente a raiva, resultando numa diminuição após as fases reprodutivas tardias. Estes resultados sugerem que uma melhor regulação das emoções pode ocorrer durante a meia-idade.

"A vertente da saúde mental da transição da menopausa pode ter um efeito significativo na vida pessoal e profissional da mulher. Este aspeto da peri menopausa nem sempre foi reconhecido e gerido. É sabido que as flutuações nas concentrações de hormonas séricas durante o período pós-parto, bem como as flutuações mensais nas mulheres em idade reprodutiva correspondentes aos seus ciclos menstruais e durante a peri menopausa, podem resultar em alterações de humor graves associadas à raiva e à hostilidade. Informar as mulheres sobre a possibilidade de alterações de humor durante estes períodos vulneráveis e gerir ativamente os sintomas pode ter um efeito profundo na qualidade de vida e na saúde em geral", afirma Monica Christmas, diretora médica da Menopause Society, citada pela referida publicação.


Leia Também: Estudo. Mais sexo pode levar a menos dor para mulheres na pós-menopausa

Um novo estudo sugere que a atividade sexual regular pode reduzir as probabilidades de dor, secura e irritação vulvar em mulheres com idades compreendidas entre os 40 e os 79 anos.

União Europeia aponta à China séria ameaça à segurança pelo apoio de empresas à Rússia

© Getty Iamges/Dursun Aydemir/Anadolu   Lusa   03/07/2025 

A União Europeia (UE) discutiu quarta-feira com a China as preocupações dos Estados-membros com algumas das políticas do gigante asiático, particularmente nas esferas económica e comercial, antes da cimeira UE-China, que se realiza na segunda quinzena deste mês.

Estas preocupações, em alguns casos, representam uma "grave ameaça" à segurança europeia, noticiou a agência Efe.

A alta representante e vice-presidente da UE para os Negócios Estrangeiros, Kaja Kallas, destacou "a grave ameaça à segurança europeia representada pelo apoio das empresas chinesas à guerra ilegal da Rússia".

A posição de Kallas foi divulgada num comunicado após se ter reunido em Bruxelas com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, no âmbito do 13.º Diálogo Estratégico UE-China, realizado hoje em Bruxelas.

A chefe da diplomacia da UE instou a China a cessar imediatamente todo o apoio material ao complexo militar-industrial russo e a apoiar um cessar-fogo total e incondicional e uma paz justa e duradoura na Ucrânia, com base no pleno respeito pela Carta das Nações Unidas.

Sobre o comércio, Kallas enfatizou a importância de encontrar "soluções concretas para reequilibrar a relação económica, estabelecer condições equitativas e melhorar a reciprocidade no acesso ao mercado".

Exortou ainda a China a pôr fim às suas práticas distorcidas, incluindo restrições à exportação de terras raras, que representam riscos significativos para as empresas europeias e comprometem a fiabilidade das cadeias de abastecimento globais.

Pequim e Bruxelas têm demonstrado uma ligeira aproximação nos últimos meses, sobretudo após a guerra comercial desencadeada Pelo presidente norte-americano, Donald Trump.

O encontro entre Kallas e Wang serviu para lançar as bases para a cimeira UE-China, que se realizará na China dentro de cerca de três semanas.

A reunião foi precedida de reuniões separadas com os presidentes do Conselho Europeu, António Costa, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

O antigo primeiro-ministro português realçou, através da rede social X, que manteve com Wang Yi uma "conversa franca e aberta sobre algumas das preocupações de longa data da UE, incluindo os desequilíbrios económicos e comerciais, e a responsabilidade da China em contribuir para uma paz justa e duradoura na Ucrânia".

"A UE e a China precisam de trabalhar em conjunto para reforçar a ordem internacional baseada em regras e o sistema multilateral, e para enfrentarmos em conjunto os desafios globais, como as alterações climáticas", insistiu António Costa.

Já Von der Leyen sublinhou que a cimeira proporcionará uma oportunidade para abordar questões globais, desde o clima ao comércio e ao desenvolvimento global, e para sublinhar "a responsabilidade fundamental da China em alcançar uma paz justa e duradoura na Ucrânia".

A chefe da diplomacia da UE e o seu homólogo chinês também discutiram hoje questões globais, especificamente o Médio Oriente, e saudaram o alívio das tensões entre Israel e o Irão, ainda de acordo com Kallas.

A política estónia enfatizou a necessidade urgente de um cessar-fogo imediato em Gaza, a libertação dos reféns e o acesso humanitário pleno e irrestrito aos necessitados.

Em relação a Taiwan, a alta representante manifestou a oposição da UE a qualquer tentativa unilateral de alterar o status quo, mesmo através da força ou da coação.

Por fim, Kallas manifestou a sua preocupação com os direitos humanos na China, bem como com as ameaças híbridas na Europa provenientes da China.


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As autoridades de Pequim emitiram hoje vários alertas meteorológicos e ativaram os seus sistemas de resposta a emergências, perante a previsão de chuvas intensas e trovoadas na capital chinesa durante os próximos dois dias.


Noite em Lisboa está a tornar-se um pesadelo para os moradores... Entre a violência e o ruído, viver em zonas como o Martim Moniz ou o Bairro Alto está a tornar-se insustentável. Moradores e comerciantes exigem mais fiscalização e presença policial, sobretudo durante a noite, quando o encerramento dos bares marca o início dos momentos de maior insegurança.


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Um movimento de cidadãos está a crescer na capital com críticas à Câmara Municipal de Lisboa. Moradores do Bairro Alto, de Arroios e de outras zonas dizem que os bairros se tornaram agressivos e exigem respostas urgentes ao presidente Carlos Moedas. A nova plataforma “Lisboa” junta várias associações e foi apresentada esta quarta-feira.

50 anos de presença na Guiné-Bissau: PNUD DESTACA VULNERABILIDADE DO PAÍS AOS IMPACTOS PROFUNDOS DE CONFLITOS NO MUNDO 

Por: Aguinaldo Ampa  O DEMOCRATA 

A representante residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no país, Alessandra Casazza, alertou esta terça-feira, 01 de julho de 2025, que a Guiné-Bissau navega num cenário global complexo, devido aos impactos profundos de conflitos que o mundo enfrenta.

Alessandra Casazza, que falava por ocasião dos 50 anos do PNUD, disse que as mudanças nas prioridades geopolíticas, efeitos acelerados das alterações climáticas, a transformação tecnológica rápida e o agravamento das desigualdades e as dinâmicas globais estão a redefinir a cooperação para o desenvolvimento e colocar novas pressões sobre os países que procuram manter o rumo.

A representante residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento  lembrou que a Guiné-Bissau tem enfrentado instabilidade política, fragilidade económica e desafios sociais, ainda assim o espírito de cooperação prevalece, tendo reafirmado o seu compromisso de continuar juntos neste caminho, rumo à prosperidade partilhada e ao desenvolvimento sustentável.

A cerimónia dos 50 anos da presença Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) na Guiné-Bissau decorreu em Bissau sob o lema: 50 Anos, 50 Histórias – Vozes de Impacto,  realizada no Centro Cultural Franco-Bissau-Guineense em Bissau. 

“Ao longo das últimas cinco décadas, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento esteve lado a lado com o povo e as instituições da Guiné-Bissau. Desde os primeiros dias de construção do Estado e recuperação pós-conflito, até ao apoio à governação democrática, reforço institucional e à promoção do desenvolvimento inclusivo, a nossa parceria evoluiu para responder às necessidades de cada momento. Trabalhamos juntos para ampliar o  acesso aos serviços básicos, empoderar mulheres e jovens, proteger a biodiversidade e reforçar a resiliência às mudanças climáticas. Apoiamos processos eleitorais, reformas na justiça e a governação local”, indicou. 

A responsável do PNUD informou que o declínio global da ajuda pública ao desenvolvimento, aliado à mudança de prioridades entre os países doadores, obriga-lhes a repensar a forma como trabalhar, a medida que o financiamento para o desenvolvimento se torna mais limitado e direcionado para outras prioridades globais, de maneira que são obrigados a ser mais ágeis, eficientes e orientados para o impacto.

Acrescentou, neste particular, que, apesar de muitos desafios a nível global e local, a instituição mantém-se firmemente comprometida com o povo da Guiné-Bissau. 

Por seu lado, o ministro dos negócios Estrangeiros, Cooperação e das Comunidades, Carlos Pinto Pereira, disse que durante as cinco décadas, o PNUD tem sido um parceiro incontornável, estratégico e constante do Estado da Guiné-Bissau, sendo que o primeiro passo da cooperação ocorreu logo após a proclamação da independência nacional no dia 29 de junho de 1975, marcando assim a formalização do acordo de cooperação entre a Guiné-Bissau e o PNUD.

O governante informou que desde a assinatura do acordo de parceria, aquela instituição das Nações Unidas foi um parceiro presente e ativo em todos momentos da trajectória do país, apoiando sempre na construção do Estado e da Nação guineense, rumo ao desenvolvimento almejado, participando na promoção e fortalecimento da administração pública, da justiça e da governação democrática.

Ataques russos ascendem aos 5.681 em 1 dia: mísseis, 'drones' e bombas... A Rússia efetuou 5.681 ataques contra a Ucrânia nas últimas 24 horas, com mísseis, 'drones' e bombardeamentos aéreos, segundo o Estado-Maior das Forças Armadas de Kyiv.

Por  LUSA 

As forças russas realizaram um ataque com mísseis e 60 ataques aéreos, utilizando dois mísseis e 119 bombas aéreas guiadas, entre a manhã de terça-feira e hoje, adiantou a mesma fonte nas redes sociais.

No total, refere, as tropas russas realizaram 5.681 ataques, incluindo também 108 com recurso a sistemas de lançamento múltiplo de 'rockets' (MLRS) e 2.674 'drones' kamikaze.

Os ataques aéreos russos atingiram as regiões de Sumy, Kharkiv, Dnipropetrovsk, Donetsk, Zaporijia e Kherson.

"Em resposta, as unidades aéreas e de artilharia da Ucrânia atacaram dez áreas de concentração de tropas e equipamento inimigo, bem como um alvo de elevado valor", referiu o Estado Maior ucraniano.

De acordo com a Procuradoria Regional de Kherson, citada pela agência Ukrinform, sete pessoas ficaram feridas nos bombardeamentos russos na região de Kherson durante o dia, tendo sido iniciada uma investigação preliminar sobre crimes de guerra.

De acordo com a investigação, o exército russo atacou povoações na região de Kherson com recurso a artilharia e 'drones'.

Ao final da tarde, sete pessoas ficaram feridas depois de terem sido atingidas por um bombardeamento russo na região de Kherson, adianta a Ukrinform.

Segundo os media ucranianos, durante o dia, como resultado do bombardeamento russo ao centro regional de Antonivka e Zmiivka com 'drones', mais seis civis ficaram feridos em diferentes graus.

Os media ucranianos referem ainda que na última noite as forças russas lançaram um ataque com 'drones' contra a comunidade urbana de Kramatorsk, utilizando cinco aparelhos kamikaze do tipo Shahed (Geran-2), resultando numa destruição generalizada, incluindo uma escola e 41 edifícios de apartamentos, sem vítimas registadas.

No terreno, adiantou o Estado Maior ucraniano, foram registados nas últimas 24 horas 171 confrontos entre as Forças de Defesa da Ucrânia e as tropas russas, tendo os combates mais intensos ocorrido no setor de Pokrovsk.  

O chefe da diplomacia ucraniana, Andriy Sybiga apelou hoje na rede social X aos aliados da Ucrânia para continuarem a investir na sua indústria de armamento, que, além das suas próprias capacidades, precisa de todo o apoio possível devido à "magnitude do terrorismo" da Rússia.

"Esta escala massiva de terrorismo demonstra a rejeição flagrante da Rússia aos esforços de paz liderados pelos Estados Unidos e o seu apelo para pôr fim aos assassínios como um primeiro passo em direção a uma solução pacífica", defendeu.

O ministro ucraniano lamentou que os "ataques russos incessantes" sejam dirigidos sobretudo contra instalações civis, incluindo escolas, hospitais e áreas residenciais, fazendo eco de um relatório das Nações Unidas que afirma que as vítimas civis aumentaram 37% nos últimos seis meses.

"Agora não é tempo de decisões fracas. É tempo de demonstrar força e enviar os sinais certos para Moscovo", disse ainda o ministro dos Negócios Estrangeiros.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje que Washington e Kyiv estão a esclarecer a ajuda militar norte-americana, após o anúncio de que os Estados Unidos deixaram de fornecer determinadas armas.

"A Ucrânia e os Estados Unidos estão a esclarecer todos os pormenores relativos ao fornecimento de apoio à defesa, incluindo componentes de defesa aérea", disse Zelensky no seu discurso diário.

Por seu lado, Andriy Sybiga referiu que a Ucrânia está pronta para "comprar ou alugar" defesas antiaéreas para fazer face ao "grande número de drones, bombas e mísseis" lançados pela Rússia contra o país.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.  


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O Papa Leão XIV assegurou aos bispos da Igreja Greco-Católica Ucraniana "proximidade". "Não é fácil encontrar palavras de conforto para as famílias que perderam entes queridos nesta guerra sem sentido. Imagino como é difícil para vós, que convivem diariamente com pessoas feridas no coração e no corpo", acrescentou.


Sean "Diddy" Combs absolvido da maior parte dos crimes (mas ainda arrisca 10 anos de prisão)

No veredicto do processo federal, o rapper norte-americano P. Diddy foi absolvido de três das cinco acusações que enfrentava, mas condenado em duas, podendo ser sentenciado a até 10 anos de prisão. Para além deste caso, o artista mantém várias outras acusações de crimes sexuais em processos ainda em curso.

quarta-feira, 2 de julho de 2025

Ataques dos EUA "atrasaram" programa nuclear iraniano por dois anos... O programa nuclear do Irão foi adiado cerca de dois anos após os ataques norte-americanos ordenados pelo Presidente Donald Trump, adiantou hoje o Departamento de Defesa (Pentágono), que cita avaliações dos serviços de informação dos Estados Unidos.

© Alex Wong/Getty Images   Lusa   02/07/2025 

"Atrasámos o seu programa em pelo menos um a dois anos, é o que a comunidade de inteligência do Departamento de Defesa está a avaliar", frisou o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell.

 Parnell sublinhou que o atraso causado ao programa nuclear iraniano está "provavelmente está mais perto dos dois anos".

Donald Trump já tinha estimado, no final de junho, que o programa nuclear iraniano tinha sido eliminado e atrasado por décadas, enquanto 'media' norte-americanos, que citaram um relatório confidencial de uma agência de informação norte-americana, estimou o atraso em apenas alguns meses.

A informação do Pentágono foi avançada no mesmo dia que o Presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, deu a aprovação final à legislação que suspende a cooperação com a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), dando sequência a uma votação anterior no parlamento.

A lei promulgada hoje visa "garantir o total apoio aos direitos do Irão" e, "em particular, ao enriquecimento de urânio" ao abrigo do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), segundo os meios de comunicação iranianos.

A ONU considerou preocupante esta decisão do Irão, enquanto Washington considerou inaceitável.

Em 25 de junho, um dia após o cessar-fogo imposto por Donald Trump após uma guerra de 12 dias entre o Irão e Israel, o Parlamento iraniano aprovou por larga maioria um projeto de lei que suspende a cooperação com a agência da ONU responsável pela segurança nuclear.

A decisão do Irão irritou também Israel, inimigo desde a Revolução Islâmica de 1979, e o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, apelou ao mundo para "utilizar todos os meios ao seu dispor para pôr fim às ambições nucleares do Irão".

Apelou à Alemanha, França e Reino Unido, os três países europeus que assinaram o acordo nuclear iraniano de 2015 com a China e os Estados Unidos, para "reinstaurarem todas as sanções contra o Irão" e fazerem-no "agora".

Este acordo tornou-se nulo e sem efeito após a retirada unilateral dos Estados Unidos em 2018, e Teerão começou então a libertar-se das suas obrigações. Berlim classificou a decisão do Irão como um "sinal desastroso".

Afirmando que o Irão estava perto de desenvolver uma arma nuclear, Israel lançou um ataque maciço contra o país em 13 de Junho, atingindo centenas de instalações nucleares e militares.

O Irão, que nega procurar uma bomba atómica, mas defende o seu direito de enriquecer urânio para fins civis, retaliou com ataques de mísseis e drones contra Israel.

Os ataques israelitas fizeram pelo menos 935 mortos no Irão, segundo um relatório oficial. Em Israel, 28 pessoas foram mortas por mísseis iranianos, segundo as autoridades israelitas.

A questão do enriquecimento de urânio está no centro das divergências entre o Irão e os Estados Unidos, que iniciaram negociações indiretas em abril, mas foram interrompidas pela guerra.

As autoridades iranianas denunciaram veementemente o silêncio da AIEA face aos bombardeamentos israelitas e norte-americanos contra as instalações nucleares iranianas.

Teerão criticou ainda a agência por uma resolução adotada em 12 de junho, véspera dos primeiros ataques israelitas, acusando o Irão de incumprimento das suas obrigações na área nuclear.

O Irão rejeitou também um pedido do responsável da AIEA, Rafael Grossi, para visitar as suas instalações nucleares bombardeadas, a fim de apurar o que aconteceu ao seu 'stock' de urânio enriquecido a um nível próximo do limite de projeto para uma bomba atómica.

Grossi estimou que o Irão teria capacidade técnica para retomar o enriquecimento de urânio em "alguns meses".

ONU preocupada com saída de Estados europeus de tratado contra minas antipessoais... O alto-comissário da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Volker Turk, expressou hoje a sua preocupação com a retirada de seis países do leste europeu da Convenção de Otava para a proibição das minas antipessoais.

© Krishan Kariyawasam/NurPhoto via Getty Images    Lusa  02/07/2025

"Estou alarmado com as medidas tomadas ou a ser ponderadas por Estónia, Finlândia, Letónia, Lituânia, Polónia e Ucrânia para saírem da convenção", disse Turk, em comunicado.

Contrapôs que este tratado foi concebido para regular a conduta das partes em conflitos armados, pelo que "cumpri-lo em tempo de paz para depois se retirar em tempos de guerra ou por novas considerações de segurança nacional socava seriamente o quadro do direito internacional humanitário".

Recordou também que estas minas "matam e mutilam indiscriminadamente civis e combatentes e afetam a liberdade de movimento das pessoas, o acesso a terras agrícolas e o direito ao desenvolvimento, inclusive décadas depois do fim das hostilidades".

Aqueles seis Estados defenderam a sua vontade de voltar a usar minas antipessoais, dada a insegurança regional e a necessidade de protegerem as suas fronteiras, desde logo as que têm com a Federação Russa, que não é parte subscritora da Convenção de Otava, tal como, aliás, EUA e China.


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O chefe da diplomacia ucraniana, Andriy Sybiga, indicou hoje que a Rússia utilizou mais de cinco mil drones e 330 mísseis contra a Ucrânia em junho, um número que diz sobressair a necessidade de Kyiv de mais defesas aéreas.


Um avião abatido, dois irmãos torturados até à morte, jornalistas detidos: Rússia de costas voltadas com importante aliado

Vladimir Putin e Ilham Aliyev (Vyacheslav Prokofyev, Sputnik, Kremlin Pool Photo via AP)  Por  CNN

Eram, até há bem pouco tempo, parceiros próximos. Mas tudo ruiu nos últimos meses

Poucos diriam, há uns anos, que Rússia e Azerbaijão iriam estar de costas voltadas em 2025.

No final da Segunda Guerra do Nagorno-Karabakh, na qual Baku conquistou vários territórios que tinham sido ocupados por arménios pouco depois da dissolução da União Soviética, o Kremlin emergiu como o grande mediador que, para desagrado da Arménia, seu tradicional aliado no Cáucaso, adotou uma postura muito favorável ao Azerbaijão.

Na ofensiva azeri de setembro de 2023, durante a qual recuperou os últimos territórios ainda controlados pelos arménios no Nagorno-Karabakh, as forças de manutenção de paz russas não se colocaram no caminho das tropas de Baku e, mais uma vez, Moscovo entregou o seu amigo, membro da Organização do Tratado de Segurança Coletiva - uma espécie de NATO que a Rússia formou com alguns países ex-soviéticos - e ofereceu um cessar-fogo com excelentes condições ao Azerbaijão.

Vladimir Putin e o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, reuniram-se um pouco mais tarde, a 12 de outubro de 2023, à margem de um encontro de ministros dos Negócios Estrangeiros da Comunidade de Estados Independentes em Bisqueque, capital do Quirguistão.

Ilham Aliyev e Vladimir Putin durante o seu encontro em Bisqueque, 12 de outubro de 2023 (Pavel Bednyakov, Sputnik, Kremlin Pool Photo via AP)

As fotos oficiais da pequena cimeira mostram Putin e Aliyev muito satisfeitos, com sorrisos de cumplicidade. As relações entre Azerbaijão e Rússia tinham atingido o seu auge. A partir daí, só poderiam cair. E caíram. Literalmente.

No dia de Natal de 2024, o voo 8243 da Azerbaijan Airlines partiu de Baku rumo à cidade de Grozny, na Chechénia. Era um dia de muito nevoeiro na cidade russa e o Embraer 190AR não conseguiu aterrar. Enquanto se faziam os preparativos para um regresso a Baku, passageiros e tripulantes sentiram uma forte explosão. Os pilotos perderam muitos dos controlos da aeronave. Muito provavelmente, tinham acabado de ser atingidos por um míssil terra-ar lançado por militares russos.

O avião acabou por cair perto do Aeroporto de Aktau, no Cazaquistão, do outro lado do Mar Cáspio, para onde foi mandado pelos controladores aéreos. 38 pessoas morreram, 29 sobreviveram.

Imediatamente após o impacto, os pilotos do voo 8243, sem saber o que realmente tinha acontecido, reportaram uma colisão com um bando de aves. A verdade, ainda que não de forma oficial, tornou-se mais clara esta terça-feira, quando o portal de notícias azeri Minval publicou uma carta anónima que recebeu e que detalha, com recurso a testemunhos e gravações áudio, o que realmente se passou naquele dia: houve ordens para abater o avião.

A juntar a toda a situação, já de si bastante crítica, a resposta de Vladimir Putin, que lamentou o incidente, mas não pediu desculpa, gerou grande descontentamento no governo e sociedade civil azeris.

Destroços do voo 8243 da Azerbaijan Airlines (Azamat Sarsenbayev/AP)

Avançado para a atualidade, as tensões entre Moscovo e Baku recrudesceram no dia 27 de junho. Os irmãos Ziyaddin Safarov, de 55 anos, e Huseyn Safarov, de 60, foram detidos em Ecaterimburgo, juntamente com outras dezenas de pessoas, em ligação com os assassínios de vários empresários na cidade há cerca de 15 e 20 anos.

Um pequeno problema: os irmãos Safarov, azeris com nacionalidade russa, morreram durante as detenções. As autoridades russas alegaram que um dos irmãos morreu de ataque cardíaco, mas as autópsias feitas aos dois revelaram uma história negra: os dois homens sofreram hemorragias graves e tinham marcas de violência por todo o corpo.

À Associated Press, o irmão das vítimas, Sayfaddin Huseynli, afirmou que estas mortes foram “um ato desumano e cruel da Rússia contra migrantes - um ato de intimidação. Antes, à televisão estatal ITV, tinha dito que Ziyaddin e Huseyn tinham sido torturados com choques elétricos “mesmo sem investigação ou julgamento”.

A Procuradoria-Geral do Azerbaijão abriu esta terça-feira uma investigação às mortes, alegando que os dois irmãos foram “sujeitos a tortura e a lesões corporais graves” e mortos com “extrema crueldade”.

Dias antes, a 29 de junho, o Ministério da Cultura do Azerbaijão suspendeu todas as atividades relacionadas com a Rússia, como concertos e exposições, citando as duas mortes “extrajudiciais” como motivo, diz o Moscow Times, que noticia também que o governo suspendeu a visita do vice-primeiro-ministro russo Alexei Overchuk.

A mais mediática das reações foi, contudo, a rusga efetuada à sede da Sputnik Azerbaijão, o órgão local deste meio de comunicação estatal russo, na segunda-feira. O Ministério da Administração Interna do governo liderado por Ilham Aliyev alega, segundo a DW, que a Sputnik está a operar no país com recurso a “financiamento ilegal” e após a revogação da sua acreditação em fevereiro deste ano.

Durante o raide, foram detidos o editor da Sputnik Azerbaijão, Yevgeny Belousov, e o seu diretor, Igor Kartavykh. O incidente motivou repúdio do Kremlin, que chamou o embaixador azeri na Rússia, Rahman Mustafayev, ao Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Perante a tensão crescente, alguns inimigos da Rússia procuram capitalizar. Esta terça-feira, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, teve uma conversa telefónica com Aliyev, a quem expressou solidariedade e condolências pela morte dos irmãos Safarov.

“Ilham Aliyev partilhou pormenores que já foram apurados. Estes pormenores demonstram, uma vez mais, o ódio, o chauvinismo e o cinismo dos russos. O presidente do Azerbaijão agradeceu à Ucrânia e ao povo ucraniano pelo seu apoio”, pode ler-se no comunicado da presidência da Ucrânia, que menciona também que Zelensky convidou Aliyev para uma visita à Ucrânia.

Quem também parece estar a tomar o lado de Baku é a Turquia. Alguns meios de comunicação locais reportaram que Arménia, Azerbaijão e Turquia estão perto de um acordo relativo ao Corredor de Zangezur, o que levaria Ancara a substituir Moscovo como principal mediador das tensões entre os dois países do Cáucaso.

Ao Middle East Eye, o analista de política externa azeri Rusif Huseynov apontou que também o Azerbaijão tem interesse em distanciar-se da Rússia.

"A política externa diversificada do Azerbaijão - ancorada em alianças com a Turquia e o Paquistão, parcerias estratégicas com Israel e, mais recentemente, com a China - reduziu ainda mais a sua dependência de Moscovo”, disse Huseynov. “Os responsáveis russos estão provavelmente inquietos com a expansão da influência política e militar da Turquia no Sul do Cáucaso, especialmente através dos seus laços estreitos com o Azerbaijão”.

Guiné-Bissau. Ministério Público declara "ilegais" a Frente Popular e Espaço de Concertação das Organizações da Sociedade Civil

Por Rádio Capital Fm

O Ministério Público da Guiné-Bissau declarou, esta quarta-feira (02.07), que a organização cívica Frente Popular (FP) e o Espaço de Concertação das Organizações da Sociedade Civil guineense são "ilegais" e proíbe as duas estruturas de realizar atividades reservadas às entidades legais.

"Por carecerem da Personalidade Jurídica, [as duas organizações] não podem organizar quaisquer atividades relacionadas com a organização das atividades reservadas às entidades com Personalidade Jurídica, sob pena da lei faltando", lê-se numa nota do Gabinete da Imprensa e Relações Públicas do Ministério Público, assinado por seu responsável, Emerson Gomes Correia, à qual a CFM teve acesso.

Segundo a mesma nota, a Frente Popular e Espaço de Concertação das Organizações da Sociedade Civil terão recusado receber um convite do Ministério Público, que lhes solicitava um encontro para abordar a sua "ilegalidade".

Aquela instância diz ainda ter notificado as duas organizações, no sentido de apresentarem documentos que comprovassem a sua legalidade, nomeadamente os estatutos e comprovativos de que adquiriram a personalidade jurídica. Mas a nota não diz se os documentos solicitados foram entregues ou não.

O Ministro Público, através do seu Gabinete da Imprensa e Relações Públicas alerta as instituições públicas e os parceiros de desenvolvimento da Guiné-Bissau, de que a Frente Popular e o Espaço de Concertação das Organizações da Sociedade Civil "não são legais" para se manter relações ou cooperação.

"Para o efeito, o Ministério Público alerta a todas as instituições e parceiros de desenvolvimento [da Guiné-Bissau], de que a Personalidade Jurídica das pessoas coletivas não é supra legal e, porque tanto a Frente Popular como o Espaço de Concertação das Organizações da Sociedade Civil, carecem desta personalidade, as mesmas não podem entrar em relação jurídica com quaisquer entidades, ou seja, não podem praticar atos jurídicos em seu nome próprio ou demandar em juízo", lê-se na nota.

Senegal, país africano mais endividado... Um relatório do banco britânico Barclays avaliou a dívida do Senegal a 119% do PIB em 2024. Os mercados financeiros sancionaram de imediato o país devido a essa informação.

Por  Marco Martins  RFI  02/07/2025 

No Senegal, a dívida pública, estimada pelo tribunal de contas em 99,7% do PIB (ndr: Produto Interno Bruto) em 2023, acabou por ser agora avaliada em 119% do PIB segundo um relatório do banco Barclays.

O Senegal é o país mais endividado em África e um dos três a ultrapassar os 100% com a Zâmbia e Cabo Verde.

Estes números preocupam visto que houve um salto de quase 20%, um aumento vertiginoso. Para calcular esta taxa de endividamento, o banco britânico baseou-se sobre a dívida estimada por Dacar que era de 23 500 mil milhões de francos CFA no fim do ano passado, não havendo indicações sobre o PIB em 2024.

A Barclays não é a primeira instituição a vincar este problema: no mês de Abril, o FMI (ndr: Fundo Monetário Internacional) estimou a dívida em 111,4% do PIB.

A primeira consequência é a sanção nos mercados financeiros. Após a divulgação desse relatório, as obrigações senegalesas perderam 9,1% do seu valor, isto significa mais do que a Ucrânia com 8,6%.

Concretamente, isto significa que o país vai ter de pedir empréstimos com taxas mais elevadas nos próximos meses, enquanto o empréstimo do FMI, avaliado em 1,8 mil milhões de dólares, continua suspenso.

O FMI espera uma maior visibilidade no que diz respeito às finanças senegalesas antes de libertar a ajuda financeira.

Do lado do Governo senegalês, a única reacção foi que há um estudo em curso sobre a dívida pública de 2019 a 2024 e que os números não podem ser apresentados por não serem ainda fiáveis.