terça-feira, 1 de julho de 2025

Solidão mata mais de 100 pessoas por hora, alerta OMS... Numa era onde a possibilidade de nos ligarmos a outras pessoas são quase infinitas, por contraste, parece haver cada vez mais pessoas a sentirem-se profundamente sós. A solidão afeta todas as idades. Mas nos últimos anos há cada vez mais jovens a sofrerem com o isolamento.

Por  Teresa Canto Noronha   sicnoticias.pt

A solidão é uma causa objetiva de morte. A Organização Mundial da Saúde diz que vitima 100 pessoas por hora, quase 900 mil por ano e os dados mostram que afeta cada vez mais jovens.

Uma em cada seis pessoas sofre os efeitos da solidão, com implicações diretas na saúde e bem-estar.

Os dados são da Organização Mundial da Saúde, num relatório que aponta para mais de 870 mil mortes por ano em todo o mundo, com doenças que são provocadas pela tristeza e pelo stress que se sentem quando não se têm as ligações sociais que se gostaria de ter.

A OMS diz que a solidão mata mais de 100 pessoas por hora.

Por oposição, dizem os especialistas, ter laços fortes com amigos e familiares ajuda a ter uma vida longa e saudável.

Numa era onde a possibilidade de nos ligarmos a outras pessoas são quase infinitas, por contraste, parece haver cada vez mais pessoas a sentirem-se profundamente sós.

A solidão afeta todas as idades. Mas nos últimos anos há cada vez mais jovens a sofrerem com o isolamento.

A Organização Mundial da Saúde diz também que há mais casos nos países mais pobres do que nas nações mais ricas, onde as pessoas têm mais possibilidades de conviverem com outras.

A solidão e o isolamento contribuem para um aumento do risco de doenças cardiovasculares, diabetes, declínio cognitivo e morte prematura.

As pessoas solitárias também são as que estão mais vulneráveis à ansiedade e a pensamentos suicidas.

A OMS pede aos governos que invistam mais em programas que promovam a convivência e que considerem as ligações sociais como uma prioridade para a saúde pública.

UA pede reforma financeira mundial para libertar potencial de África... O presidente da Comissão da União Africana (UA), Mahmoud Ali Youssouf, pediu hoje "reformas urgentes do sistema financeiro global para libertar todo o potencial de África".

Por LUSA 

"Vamos alinhar o capital com as nossas prioridades de desenvolvimento e construir uma arquitetura financeira do século XXI que beneficie a todos", afirmou Youssouf num discurso na IV Conferência Internacional sobre Financiamento do Desenvolvimento (FfD4), em Sevilha.

O chefe da Comissão da UA sublinhou que as empresas e as finanças privadas "não são simplesmente complementares, mas catalisadoras do crescimento inclusivo, da criação de emprego e da transição verde", de acordo com um comunicado da UA.

Youssouf observou que a Área de Livre Comércio Continental Africana (AfCFTA), que visa criar o maior mercado único de produtos e serviços do mundo, representa uma "mudança radical" para o continente e defendeu um maior apoio ao investimento estrangeiro direto.

"África é jovem, rica em recursos e está preparada", concluiu o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros do Djibuti na FfD4, que teve início esta segunda-feira em Sevilha e decorre até quinta-feira.

A IV Conferência Internacional para o Financiamento do Desenvolvimento realiza-se num momento em que as organizações internacionais e de ajuda ao desenvolvimento procuram fórmulas para tornar mais eficiente a obtenção de mecanismos de receita, apesar da redução das despesas com a cooperação anunciada por algumas das principais economias mundiais.


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O secretário executivo da Comissão Económica das Nações Unidas para África defendeu hoje a utilização de energia nuclear em África, considerando que o desenvolvimento económico no continente vai precisar de um aumento exponencial de energia.



Trump admitiu "analisar" a hipótese de deportar Musk dos Estados Unidos... O presidente norte-americano, Donald Trump, admitiu hoje "analisar" a possibilidade de expulsar o antigo aliado, o empresário multimilionário Elon Musk, que criticou fortemente o megaprojeto de lei orçamental da Casa Branca.

Por LUSA 

O líder republicano também advertiu que o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês), que o chefe da SpaceX e da Tesla dirigiu antes de sair da administração dos Estados Unidos no final de maio, poderia atacar os subsídios públicos atribuídos às empresas de Elon Musk.

Questionado se considerava a possibilidade de deportar Musk, nascido na África do Sul, Donald Trump respondeu: "Não sei. Vamos ter de analisar".

"Podíamos colocar o DOGE em cima do Elon. Sabem o que é o DOGE? O DOGE é o monstro que pode virar-se e devorar o Elon", acrescentou.

O DOGE é o departamento responsável por cortar despesas federais.

Musk, que deixou os assuntos governamentais para se concentrar, nomeadamente, nos carros elétricos da Tesla, criticou o vasto projeto de lei orçamental de Donald Trump que, considerou, "aumenta de forma recorde o limite da dívida em 5 mil milhões de dólares [cerca de 4,2 mil milhões de euros]".

"Elon talvez receba mais subsídios do que qualquer outra pessoa na história, de longe, e sem esses subsídios, Elon provavelmente teria que fechar as portas e voltar para casa na África do Sul", escreveu hoje Donald Trump, na sua plataforma Truth Social.

"Sem mais lançamentos de foguetes, satélites ou produção de carros elétricos, o nosso país economizaria uma FORTUNA", salientou o chefe de Estado norte-americano, recorrendo à escrita em letras maiúsculas, como faz frequentemente para enfatizar a mensagem.

Esta troca de críticas e insinuações não é nova entre Trump e Musk. Os dois homens, que foram muito próximos durante a campanha do republicano e no início do seu segundo mandato presidencial, já se enfrentaram publicamente, tanto em questões profissionais como pessoais.

O empresário já tinha criticado o projeto de lei orçamental, classificando-o de "abominação repugnante".

Elon Musk advertiu que se o texto for aprovado, lançará um novo partido e financiará a campanha nas primárias republicanas de candidatos opostos aos atuais congressistas.

"VOX POPULI VOX DEI. 80% votaram a favor de um novo partido", voltou a alertar hoje na rede social X, acrescentando: "Tudo o que peço é que não levemos a América à falência".


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Cidadãos denunciam caos e alegam corrupção no centro de produção de documentos biométricos em Bissau

Por: Ussumane Fitchas   CAP GB

Bissau, 01-07-2025 – Longas filas, ausência de atendimento e alegações de favorecimento marcam o quotidiano dos cidadãos que procuram o principal centro de produção de documentos biométricos, localizado no Alto Bandim. Entre sol e chuva, os utentes denunciam a morosidade do processo, a falta de comunicação da direção e apelam por medidas urgentes do Governo.

"É uma escravatura total nesta instituição. Há três dias que estamos aqui e nada acontece. O Governo precisa intervir com urgência para aliviar esse sofrimento", declarou Jóia da Silva, uma das pessoas afetadas.

A situação caótica tem levado pedidos para descentralização do serviço. Para Emanuela da Silva, a instalação de centros em outros bairros seria uma solução viável para reduzir as aglomerações.

"Inaceitável o que se passa aqui. Estou há quase uma semana à espera, sem qualquer informação da direção. O sistema de atendimento é preocupante", lamentou.

A indignação aumenta com denúncias de alegadas práticas de corrupção no interior do centro. Alfredo António Cruz Almeida afirmou que há indícios claros de pagamentos informais para se obter prioridade no atendimento.

"Não há critérios transparentes. Pessoas ficam dias sem serem atendidas, enquanto outras chegam e entram logo. Isso é grave e precisa ser fiscalizado", alertou.

A insuficiência de centros de produção de documentos biométricos na capital continua a gerar frustração generalizada entre os cidadãos, que pedem soluções eficazes para garantir um serviço público mais digno e acessível.

Quase ¾ dos sítios que são Património Mundial ameaçados pela água... Quase três quartos dos cerca de 1.200 sítios classificados como Património Mundial pela Unesco em todo o mundo estão ameaçados pela falta ou excesso de água e, nalguns casos, por ambos alternadamente, alerta um estudo divulgado hoje.

© Lusa   01/07/2025

O relatório do Instituto de Recursos Mundiais (WRI na sigla em inglês) e da agência das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura adianta que a tendência "pode ser abrandada ou mesmo invertida" se forem aplicadas as medidas corretas a nível a nível local, nacional e internacional, como a plantação de árvores e a proteção de zonas húmidas pantanosas, defendendo que a água tem de ser reconhecida como um "bem comum" da humanidade. 

No total, 73% dos 1.172 sítios não marinhos classificados como Património Mundial enfrentam pelo menos um "risco grave relacionado com a água" (falta de água em relação às necessidades ou "stress hídrico" para 40%, risco de inundação para 33%), enquanto um em cada cinco sítios (21%) corre o risco de ter demasiada água num ano e pouca no seguinte.

Segundo o estudo, a tendência vai agravar-se, pelo menos a médio prazo, estimando-se que 44% dos sítios enfrentarão "stress hídrico" elevado ou muito elevado em 2050, face aos 40% atuais, localizam-se as áreas mais ameaçadas no Médio Oriente, Norte de África, partes do Sul da Ásia e Norte da China.

Particularmente ameaçados pela escassez de água estão o Ahwar, no sul do Iraque, uma área que abrange zonas húmidas e sítios arqueológicos, incluindo partes da antiga civilização mesopotâmica, e as Cataratas Vitória, na fronteira entre a Zâmbia e o Zimbabué.

Ao contrário, o sítio arqueológico de Chan-Chan, no Peru, e santuários de aves migratórias ao longo da costa do Mar Amarelo e do golfo Bohai, na China, são dois casos em maior risco devido a inundações.

Em 2018, numa resposta ao problema, a China proibiu projetos imobiliários na Baía de Bohai, "uma decisão bem recebida pelos grupos ambientalistas", lê-se no relatório citado pela agência France Presse.


A Direcção do Gabinete Técnico Apoio Processo Eleitoral_ GTAPE, esta em Conferência de imprensa para anunciar o término do processo de sincronização dos dados eleitorais, iniciado no passado dia 26 de julho.

Trump diz que Musk recebe “mais subsídios do que qualquer ser humano”, a resposta foi: "cortem tudo".... Donald Trump sugere que Elon Musk deve ser investigado pelo Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), que antes liderava, e acusa-o de receber mais subsídios do que qualquer outra pessoa. Musk já respondeu.

Por  SIC Notícias

Elon Musk e Donald Trump continuam a trocar acusações nas redes sociais. Esta terça-feira, numa publicação na Truth Social, o presidente norte-americano sugeriu que o empresário deveria ser investigado pelo Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), que antes liderava.

Trump acusou mesmo Musk de receber mais subsídios do que qualquer outra pessoa, disse que empresas como a Tesla e a SpaceX poderiam falir sem a ajuda dos contribuintes e que Musk teria que voltar para África do Sul, onde nasceu.

“Sem mais lançamentos de foguetões, satélites ou produção de carros elétricos, o nosso país pouparia uma fortuna. Talvez devêssemos pedir ao DOGE para dar uma boa e dura olhada nisto? Muito dinheiro a ser poupado”, escreveu.

Mas Musk não deixou Trump sem resposta. “Digo literalmente cortem tudo! Agora”, escreveu na rede social X.

Musk adverte republicanos para derrota nas primárias caso apoiem pacote fiscal de Trump

A publicação de Trump acontece depois de, na segunda-feira, Elon Musk ter alertado os congressistas republicanos para uma possível derrota nas primárias no próximo ano caso apoiem o plano fiscal e orçamental de Donald Trump, que o Presidente norte-americano pretende promulgar esta semana.

Musk demitiu-se no final de maio do cargo de chefe de eficiência da Casa Branca, após divergências com Trump sobre o projeto, que o executivo da Tesla e da SpaceX acredita que aumentará a dívida pública dos EUA.

"Para todos os membros do Congresso que fizeram campanha pela redução das despesas do governo e votaram imediatamente pelo maior aumento da dívida da história, tenham vergonha. E perderão as vossas primárias no próximo ano, mesmo que seja a última coisa que façam na Terra", destacou Musk, na rede social X.

O empresário, que parece ter resolvido a sua disputa pessoal com Trump sobre o assunto, deixou claro que continua em desacordo com o projeto de lei, chegando mesmo a nomear dois membros da Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso) que podem ser fundamentais para a aprovação do documento, Andy Harris, de Maryland, e Chip Roy, do Texas.

- Com Lusa


Leia Também:  Se plano fiscal de Trump for aprovado, Musk criará 'Partido América'   ...Elon Musk voltou a falar na possibilidade de criar o seu próprio partido, caso o plano fiscal de Trump seja aprovado. Recorde-se que foi este plano que levou à sua saída do governo norte-americano.


FMI aprova revisão do programa na Guiné-Bissau e dá mais 6,5 milhões de dólares

Por RTP   1 Julho 2025

O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou hoje que completou a oitava revisão do programa de ajustamento financeiro na Guiné-Bissau, permitindo o desembolso imediato de 6,5 milhões de dólares, e a consulta anual à economia do país.

"O Conselho Executivo concluiu hoje a consulta ao abrigo do Artigo IV para 2025 e concluiu a oitava revisão ao abrigo da Facilidade de Crédito Alargada (ECF) para a Guiné-Bissau", lê-se no comunicado enviado à Lusa, em que se acrescenta que "a conclusão da revisão permite o desembolso imediato de 4,73 milhões de unidades de Direitos Especiais de Saque [cerca de 6,5 milhões de dólares ou 5,5 milhões de euros], elevando o total dos desembolsos ao abrigo do acordo para 35,04 milhões de DSE (cerca de 48,1 milhões de dólares ou mais de 40 milhões de euros)".

Na análise ao programa em curso na Guiné-Bissau, o FMI afirma que "o desempenho foi misto", notando que "sete dos nove critérios de desempenho quantitativos e três dos quatro parâmetros estruturais para o final de dezembro de 2024 foram cumpridos".

Na parte do documento relativa às previsões macroeconómicas, o Fundo diz estimar um crescimento de 5,1% neste país lusófono africano, antevendo também uma inflação de cerca de 2%.

"As autoridades estão empenhadas em alcançar um défice orçamental de 3,4% do PIB em 2025, para colocar a dívida pública numa trajetória descendente firme", acrescentam ainda os técnicos do FMI, concluindo que "as perspetivas económicas são positivas, mas continuam sujeitas a riscos internos e externos significativos"

Embora o impacto direto das recentes tensões comerciais globais na Guiné-Bissau "seja limitado, a economia continua sujeita a riscos significativos de deterioração, num clima sociopolítico desafiante num ano eleitoral e com limitações na capacitação", alertam ainda os técnicos do FMI.

O acordo inicial com Bissau foi aprovado pelo Conselho de Administração do FMI em 30 de janeiro de 2023 num montante total de cerca de 37,8 milhões de dólares (mais de 33 milhões de euros) e, em 29 de novembro de 2023, o Conselho de Administração do FMI autorizou um aumento do acesso de 40% da quota.

Eduardo Sanca Costa, militante, dirigente do conselho da jurisdição do PAIGC, pede a demissão do Primeiro-Ministro, Rui Duarte Barros. " Não está a trabalhar nada para o país". Afirma.

Verdade 👀... Por Leopold Sedar Domingos

Leopold Sedar Domingos

Rússia reivindica controlo total de Lugansk, no leste da Ucrânia... A Rússia reivindicou o controlo total de Lugansk, no leste da Ucrânia, esta manhã. A informação ainda não foi confirmada pelas autoridades ucranianas.

© Getty Images/Fermin Torrano/Anadolu   noticiasaominuto.com  01/07/2025 

A Rússia assumiu hoje o controlo total da região ucraniana de Lugansk, três anos depois de Vladimir Putin ter enviado milhares de militares para a região, em fevereiro de 2022.

A informação é avançada pela televisão estatal russa e não foi ainda confirmada pelas autoridades ucranianas, avança a Reuters. Também o ministro da Defesa russo, Andrei Belousov, ainda não se pronunciou sobre o assunto.

“O território da República Popular de Lugansk está totalmente livre - a 100%”, afirmou Leonid Pasechnik a esta estação de televisão. O homem, nascido na União Soviética, é um funcionário russo nomeado por Moscovo como chefe da “República Popular de Lugansk”.

Recorde-se que a conquista deste território era um dos objetivos da Rússia quando, a 23 de fevereiro de 2022, decidiu invadir a Ucrânia.

Desde o início do conflito que a Ucrânia defendeu que tanto Lugansk como outros territórios na mira dos russos eram internacionalmente reconhecidos como pertencentes ao país liderado por Volodymyr Zelensky e que as tentativas de Kyiv em apoderar-se deles era ilegal e sem fundamento. 

A confirmar-se, Lugansk, que tem uma área de 26.700 km2, é a primeira região ucraniana a ficar totalmente sob o controlo estabelecido das forças russas desde que a Rússia anexou a Crimeia em 2014.

A região tem estado parcialmente sob o controlo dos separatistas apoiados pela Rússia desde 2014. Após o início da guerra em fevereiro de 2022, as forças russas conseguiram ocupar a maior parte da região em poucos meses, mas, na sequência de uma contraofensiva no outono de 2022, os ucranianos conseguiram retomar algumas áreas, recorda o meio Stiri pe surse. Recentemente, os ucranianos apenas controlavam alguns quilómetros quadrados.

A mesma publicação refere que apesar de nenhum fonte oficial do Governo russo se ter ainda pronunciado, isso por norma só acontece pouco depois de as autoridades locais de ocupação anunciarem a conquista, pelo que isso poderá acontecer nas próximas horas.

Para além de Lugansk,  Vladimir Putin alega também que as províncias ucranianas de Donetsk, Zaporíjia e Herson são território russo, tal como a península da Crimeia, ocupada ilegalmente em 2014.

[Notícia em atualização]

EUA descobrem esquema da Coreia do Norte que financiava armamento... O Departamento de Justiça anunciou segunda-feira acusações criminais contra um alegado esquema da Coreia do Norte para financiar o seu programa de armas, através dos salários de trabalhadores remotos na área da informática, contratados involuntariamente por empresas norte-americanas.

© KCNA/via REUTERS  LUSA  01/07/2025

As acusações fazem parte do que as autoridades descreveram como uma operação nacional que resultou também na apreensão de contas bancárias, 'sites' e computadores portáteis utilizados para executar a fraude, noticiou a agência Associated Press (AP).

Dois casos distintos, um registado na Geórgia e outro em Massachusetts, representam o mais recente esforço do Departamento de Justiça para enfrentar uma ameaça persistente que, segundo as autoridades, gera enormes receitas para o governo norte-coreano e, em alguns casos, permite aos trabalhadores aceder a dados confidenciais e aos proprietários das empresas que os contratam.

O esquema envolve milhares de trabalhadores que, munidos de identidades roubadas ou falsas de cidadãos norte-americanos, são enviados pelo Governo norte-coreano para encontrar trabalho como funcionários remotos de TI [Tecnologia de Informação] em empresas norte-americanas, incluindo empresas da Fortune 500 (as 500 maiores empresas nos EUA).

Embora as empresas sejam enganadas, fazendo-as acreditar que os trabalhadores que contrataram estavam baseados nos EUA, muitas delas, na verdade, estão alocadas na Coreia do Norte ou na China, e os salários que recebem são transferidos para contas controladas por conspiradores afiliados à Coreia do Norte, denunciaram os procuradores.

"Estes esquemas visam e roubam as empresas americanas e são concebidos para contornar as sanções e financiar os programas ilícitos do regime norte-coreano, incluindo os seus programas de armamento", sublinhou o procurador-geral adjunto John Eisenberg, chefe da Divisão de Segurança Nacional do Departamento de Justiça, em comunicado.

Num caso exposto hoje num tribunal federal de Massachusetts, o Departamento de Justiça afirmou ter detido um cidadão norte-americano e acusado mais de meia dúzia de cidadãos chineses e taiwaneses pelos seus alegados papéis numa fraude elaborada que, segundo os procuradores, gerou pelo menos 5 milhões de dólares em receitas e afetou mais de 100 empresas.

Os arguidos são acusados de registar contas financeiras para receber os lucros e de criar empresas de fachada com 'sites' falsos para fazer parecer que os trabalhadores estavam ligados a negócios legítimos.

Beneficiaram também da ajuda de facilitadores não identificados dentro dos Estados Unidos, que facilitaram o acesso remoto dos funcionários aos computadores, enganando as empresas, fazendo-as acreditar que os funcionários estavam a aceder a partir de locais nos EUA.

O Departamento de Justiça não identificou as empresas que foram enganadas, mas afirmou que alguns dos funcionários ilícitos conseguiram aceder e roubar informações relacionadas com tecnologia militar sensível.

O processo aberto na Geórgia acusa quatro cidadãos norte-coreanos de utilizarem identidades falsas para obterem acesso a uma empresa de investigação e desenvolvimento de 'blockchain' com sede em Atlanta e de roubarem centenas de milhares de dólares em moeda virtual.

A 'blockchain' é um registo descentralizado de transações, uma base de dados digital, uma tecnologia subjacente à Bitcoin e a outras criptomoedas, mas que possui o potencial para suportar uma grande variedade de negócios.

O Departamento de Justiça interpôs processos semelhantes nos últimos anos, além de ter criado uma iniciativa com o objetivo de travar a ameaça.


Leia Também: FMI aprova nova parcela de 500 milhões de dólares para Kyiv

Trump estará na abertura de centro de detenção "Alcatraz dos Jacarés"... O Presidente norte-americano, Donald Trump, participará hoje na abertura do centro de detenção de imigrantes ilegais no estado da Florida conhecido como "Alcatraz dos Jacarés", numa zona ambientalmente sensível e sagrada para povos indígenas.

© Getty Images   Lusa  01/07/2025

O governador da Florida, Ron DeSantis, promotor do "Alcatraz dos Jacarés" no coração do parque natural Everglades, anunciou hoje a visita de Trump, congratulando-se por o Presidente poder constatar no local que "quando se leva pessoas para lá, não há forma de elas escaparem".

Além de Trump, também a secretária da Segurança Interna, Kristi Noem, participará na inauguração do centro, adiantou hoje a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, em conferência de imprensa.

As autoridades estaduais afirmaram que a "Alcatraz dos Jacarés", centro que descreveram como temporário, contará com tendas e roulottes, permitindo ao estado adicionar 5.000 camas de detenção de imigrantes até ao início de julho e libertar espaço nas prisões locais.   

Tal como noutros centros semelhantes no país, as autoridades pretendem deter temporariamente os imigrantes ilegais enquanto aguardam deportação do país.  

O nome Alcatraz remete para a histórica prisão ao largo da cidade californiana de São Francisco, num rochedo no mar para onde foram durante décadas enviados alguns dos maiores criminosos do país.   

Aos olhos de DeSantis e de outras autoridades estaduais, o isolamento do aeródromo nos Everglades, rodeado de zonas húmidas repletas de mosquitos, cobras venenosas e jacarés, consideradas sagradas para as tribos nativas americanas, torna-o um local ideal para deter imigrantes ilegais.   

"Claramente, do ponto de vista da segurança, se alguém escapar, sabem, há muitos jacarés", disse DeSantis, que foi um dos principais rivais de Donald Trump na nomeação presidencial pelo Partido Republicano em 2024.   

DeSantis está a contar com os poderes de emergência do estado para tomar posse da pista de aterragem do condado e construir o complexo, apesar das preocupações de diversas entidades.   

O aeródromo dentro do Parque Nacional de Everglades, segundo o procurador-geral do estado, James Uthmeier, terá capacidade para acomodar pelo menos mil imigrantes, numa área de aproximadamente 7.700 hectares.    

Ron DeSantis indicou também que está a avaliar a construção do segundo centro num campo de treino da Guarda Nacional da Flórida, conhecido como Camp Blanding, cerca de 48 quilómetros a sudoeste de Jacksonville, no nordeste do estado.   

O governador republicano sublinhou a sua disponibilidade para ajudar o executivo do Presidente Donald Trump a atingir o seu objetivo de mais do que duplicar a capacidade de detenção de imigrantes das atuais 41.000 camas para pelo menos 100.000 camas em todo o país.   

O Presidente norte-americano fez do combate à imigração ilegal uma prioridade máxima, referindo-se a uma "invasão" dos Estados Unidos por "criminosos do estrangeiro" e falando extensivamente sobre as deportações de imigrantes.    

Democratas e ativistas condenaram o plano como um espetáculo insensível e politicamente motivado.   

Grupos ambientalistas da Florida apresentaram na semana passada uma ação judicial federal para bloquear a construção do centro de detenção de imigrantes até que seja sujeito a uma rigorosa revisão ambiental, conforme exigido pelas leis federais e estaduais.  

O recurso à Justiça junta o Centro para a Diversidade Biológica e os Amigos dos Everglades.  

O projeto motivou também protestos de povos indígenas que consideram a terra sagrada, incluindo 15 aldeias tribais tradicionais Miccosukee e Seminole remanescentes, para além de locais cerimoniais e de enterro e outros locais de reunião.  


Portugal: Alunos que vão para o 5.º ano devem matricular-se até 11 de julho

Escola (Pexels)  Por Agência Lusa

Entre 15 e 22 de julho realizam-se as matrículas dos alunos que vão para os 10.º e 12.º anos de escolaridade

As matrículas dos alunos que em setembro vão para o 5.º ano de escolaridade começam esta terça-feira e os encarregados de educação devem fazê-lo até ao dia 11 de julho.

A renovação da matrícula na transição para o 5.º ano é obrigatória, e pode ser feita 'online' no Portal das Matrículas ou presencialmente nas escolas.

Além do 5.º ano, entre hoje e 11 de julho devem também inscrever-se os alunos que transitaram para o 2.º, 3.º ou 4.º anos de escolaridade, mas apenas no caso de mudarem de escola ou encarregado de educação.

Se não houver alterações, a renovação é automática.

Entre 15 e 22 de julho realizam-se as matrículas dos alunos que vão para os 10.º e 12.º anos de escolaridade.

📦🌰🇬🇼 A Comissão Técnica de Monitoramento da Campanha de Comercialização Interna e Exportação da Castanha de Caju-2025 iniciou, esta segunda-feira, uma missão de 4 dias às regiões de Bafatá (leste), Oio e Cacheu (norte).

🇬🇼 A delegação, integrada pelo Inspetor-Geral do Comércio, Diretor-Geral do Comércio Interno, assessores do Ministro do Comércio e o Ponto Focal da Guarda Nacional para a Campanha de Caju, já passou por localidades como Mansoa, Bafatá e Cambadju. 📊 Segundo o Coordenador da Comissão, a castanha escoada para Bissau ultrapassou as 220 mil toneladas, superando os números do ano passado — um marco importante para a economia nacional!

🇬🇼 Presidente da República General Umaro Sissoco Embaló discursa na abertura da 4.ª Conferência Internacional _ ONU_sobre Financiamento para o Desenvolvimento em Sevilha, Espanha.

CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR AO VÍDEO

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, participa nesta segunda-feira, 30 de junho, na cerimónia de abertura da 4.ª Conferência Internacional sobre o Financiamento para o Desenvolvimento, promovida pelas Nações Unidas.

O evento conta com a presença de vários Chefes de Estado e de Governo e visa debater soluções globais de financiamento sustentável.


 Presidência da República da Guiné-Bissau / Radio Voz Do Povo

FMI aprova nova parcela de 500 milhões de dólares para Kyiv... O conselho executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) concluiu a oitava avaliação do programa para a Ucrânia, que permite a atribuição da próxima parcela, no valor de 500 milhões de dólares, ao país que enfrenta a invasão russa.

© Jean-Luc LUYSSEN/Gamma-Rapho via Getty Images   Lusa  01/07/2025 

O comunicado do FMI sobre a oitava avaliação do Acordo Alargado do Mecanismo de Financiamento Alargado (EFF, na sigla em inglês) para a Ucrânia foi divulgado esta noite pela agência de notícias pública do país, a Ukrinform. 

De acordo com o FMI, a economia ucraniana mantém-se estável e as autoridades cumpriram todos os critérios quantitativos de desempenho até ao final de março, bem como as medidas preliminares e dois parâmetros estruturais da avaliação.

A organização enfatizou que, para restaurar a sustentabilidade orçamental e da dívida e apoiar o crescimento, a Ucrânia precisa de alcançar "progressos na mobilização de receitas internas, reforçar o clima de investimento, melhorar a governação e concluir a estratégia de reestruturação da dívida".

Além disso, foram estabelecidos quatro novos marcos estruturais, que incluem medidas para atualizar a carteira única de projetos, a elaboração de um programa prioritário para as infraestruturas do mercado financeiro, a introdução de normas internacionais de avaliação e o desenvolvimento de propostas legislativas para harmonizar a titularização e os títulos com as normas internacionais.

O conselho executivo do FMI reviu ainda os prazos para alguns outros marcos estruturais, incluindo a nomeação do chefe do Serviço Estatal de Migração, para dar às autoridades mais tempo para completarem reformas importantes, destacou a Ukrinform.

As autoridades ucranianas solicitaram também uma reafetação do acesso ao financiamento do FMI para o resto de 2025, para permitir o melhor alinhamento com as necessidades atualizadas da balança de pagamentos da Ucrânia.

O tamanho total do programa permanece inalterado, frisou a agência de notícias ucraniana.

O atual programa EFF, que permite à Ucrânia receber até 15,5 mil milhões de dólares em créditos ao longo de quatro anos, foi aprovado no final de março de 2023.

O EFF visa ainda apoiar a recuperação económica, melhorar a governação e fortalecer as instituições para promover o crescimento a longo prazo no contexto da reconstrução da Ucrânia e do seu percurso rumo à União Europeia (UE).

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


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Frente Social acusa Governo de ignorar ordens do Presidente para pôr fim as greves na Saúde e Educação

Por: Ussumane Fitchas  CAP GB

Bissau, 30 de junho de 2025 – A Frente Social, plataforma que representa os setores da Saúde e da Educação, acusa esta segunda-feira, o Governo guineense de desrespeitar as orientações do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, para encerrar as greves que paralisam os dois setores vitais.

A denúncia foi feita por Seni Djassi, presidente da Comissão Negocial da Frente Social, durante uma conferência de imprensa realizada em Bissau, onde manifestou forte indignação com o que classificou como "desobediência institucional" por parte dos ministros da Função Pública e das Finanças.

 “O Presidente da República deu orientações claras para que os dois ministros se reunissem com os sindicatos a fim de encontrar soluções e encerrar as greves. No entanto, em vez de cumprirem a ordem, enviaram os respetivos Diretores-Gerais, que não têm competência para negociar em nome do Governo”, criticou o sindicalista.

Seni Djassi questionou o compromisso do atual Executivo com os setores sociais, afirmando que “nenhum governo pode afirmar ter governado se desrespeita a Saúde e a Educação”.

 “No mundo inteiro, os governos elegem a Saúde e a Educação como prioridades. Infelizmente, o nosso país parece caminhar em sentido contrário. Continuaremos a lutar até que as nossas reivindicações sejam plenamente atendidas”, reforçou.

A Frente Social está atualmente a cumprir a sétima vaga de greve geral, iniciada no dia 16 de junho e com término previsto para 4 de julho. Entre as principais exigências dos sindicatos estão a efetivação dos trabalhadores, mudança de letras, reclassificações e outras melhorias nas condições laborais.

"O fundo soberano russo está praticamente extinto". Rússia e Putin "poderão ter um trabalho muito difícil" em 2026

"Confidencial", a rubrica semanal de Jorge Silva Carvalho, especialista em assuntos de informações e defesa da CNN Portugal, esta semana sobre as dificuldades que a Rússia poderá encontrar na guerra com a Ucrânia já em 2026.

segunda-feira, 30 de junho de 2025

Sindicato de Observadores Marítimos contesta denúncias de efetivações ilegais no INFISCAP-IP

Por: Ussumane Fitchas  CAP GB

Bissau, 30 de junho de 2025 – O Sindicato de Observadores Marítimos refuta esta segunda-feira, as acusações de efetivações ilegais no Instituto Nacional de Fiscalização Marítima (INFISCAP-IP), feitas pelo Sindicato de Base da mesma instituição. Em conferência de imprensa, o porta-voz dos observadores, Fernando Domingos Insigue, defendeu a legalidade do processo que levou à integração de oito funcionários.

As declarações surgem em resposta a denúncia feita no passado dia 26 de junho pelo presidente do Sindicato de Base da Fiscalização Marítima, Mamadu Infama Mané, que acusou o Diretor-Geral do INFISCAP-IP, Carlos Nelson Sanó, de efetivar ilegalmente dez pessoas supostamente alheias à instituição, alegadamente por ordem da Presidência da República.

Segundo Insigue, as efetivações não envolveram qualquer interferência da Presidência da República, como alegado anteriormente, e seguiram os procedimentos normais da administração pública. "Foram efetivados oito funcionários que há anos contribuem significativamente para o setor. Não se trata de pessoas alheias à instituição, como foi dito. O processo foi transparente e legal", afirmou.

Durante a conferência, Fernando Insigue criticou a postura do líder sindical da base, acusando-o de instrumentalizar o sindicato para fins políticos.

 “Um verdadeiro sindicalista não deve adotar um posicionamento político em nome da classe. Se tem divergências com o Diretor-Geral ou com o Presidente Sissoco Embaló, que as resolva noutro espaço. O papel do sindicato é defender os trabalhadores, e não lançar conflitos ideológicos”, sublinhou.

A controvérsia em torno das efetivações ocorre num contexto de crescente tensão no setor marítimo, com denúncias anteriores sobre o alegado abandono da fiscalização das águas nacionais por parte do governo.

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Proibição do uso do telemóvel é para alunos do público e privado, diz ministro da Educação... À margem do lançamento da primeira pedra para uma nova residência de estudantes do Instituto Politécnico de Coimbra, Fernando Alexandre sublinhou que "a lei aplica-se a todos", no entanto, não concretizou quando a medida entrará em vigor.

PAULO NOVAIS   Por  SIC Notícias

O Ministro da Educação, Fernando Alexandre, esclareceu esta sexta-feira que a proibição do uso do telemóvel vai aplicar-se a alunos do primeiro e segundo ciclo, que frequentem estabelecimentos de ensino públicos e privados.

"Nós já anunciámos, está no programa eleitoral e no programa de Governo, que pretendemos instituir a proibição. O ano passado fizemos a recomendação da proibição, preparamos a proibição para o primeiro e para o segundo ciclo, independentemente da natureza da instituição, por isso, ao público e ao privado", referiu.

À margem do lançamento da primeira pedra para uma nova residência de estudantes do Instituto Politécnico de Coimbra, Fernando Alexandre sublinhou que "a lei aplica-se a todos", no entanto, não concretizou quando a medida entrará em vigor.

"Estamos a preparar o início do próximo ano letivo e, muito em breve, daremos notícias, informação às escolas, à sociedade, sobre a forma como estas medidas vão ser implementadas e os prazos", indicou.

Ministro da Educação diz que acabar com as propinas é regressivo

Fernando Alexandre, considerou, também, que acabar com as propinas é regressivo, defendendo um sistema de ação social em que as bolsas acomodem todos os custos da frequência do ensino superior, incluindo as propinas.

"Acabar com as propinas é regressivo. Mas, é preciso depois explicar como é que nós tornamos, de facto, o nosso sistema mais equitativo: o que não pode acontecer é que alguém fique excluído do acesso ao ensino superior pelo preço da propina e isso é algo que, se nós incluirmos na definição da bolsa, da ação social, deixa de ser uma questão", sustentou.

O ministro sublinhou que a ação social é crucial para garantir que todos os jovens têm acesso ao ensino superior com as condições económicas necessárias para ter sucesso no seu percurso.

"As propinas é uma discussão paralela e, em resultado daquilo que for a política para as propinas, o sistema de ação social tem que acomodar isso. A propina é um dos custos da frequência do ensino superior e quando nós falamos da ação social e da definição da bolsa, isso tem que ter em conta o rendimento da família e os custos da frequência do ensino superior, onde está a propina", referiu.

Para o ministro da Educação, reduzir as propinas, como foi feito nos últimos anos, "é fiscalmente regressivo".

"Quando nós reduzimos as propinas, estamos a pôr todos os portugueses a pagar o ensino superior, mesmo aqueles que não tiveram a possibilidade que os seus filhos fossem para o ensino superior. Ou seja, estamos a pôr as famílias de rendimentos mais baixos a pagar o ensino superior das famílias de rendimentos mais elevados", afirmou.

"As aprendizagens essenciais estão a ser avaliadas"

Questionado sobre o estudo da revisão dos currículos no ensino obrigatório, que estava a ser feito antes da queda do governo e que seria implementado no próximo ano letivo, o ministro da Educação informou que "as aprendizagens essenciais estão a ser avaliadas" e que em breve darão notícias a este propósito.

"Elas ainda não estão concluídas, houve um ligeiro atraso na equipa que foi contratada para fazer esse estudo, mas em breve daremos novidades sobre isso: onde vai haver alterações e onde vão ser adiadas para o próximo ano letivo", disse.

O Ministro da Educação disse, ainda, que a falta de professores é sentida sobretudo nas zonas mais desfavorecidas do país, considerando que é um problema com diferentes causas e assume que é uma prioridade para o Governo.

"É um problema que nós temos em Portugal há muitos anos. É um problema com diferentes causas. Aquilo que nós definimos como prioridade para este ano letivo foi reduzir significativamente o número de alunos sem aulas durante períodos prolongados. (...) Há professores disponíveis, há pessoas em Portugal disponíveis para dar aulas, se nós dermos os incentivos e as condições adequadas. (...) Não há na maior parte das escolas, felizmente, alunos sem aulas muito tempo a muitas disciplinas. Isso acontece em determinadas escolas."

Irão recusa colaborar com Agência de Energia Atómica e "não garante segurança" de inspetores

Por  SIC Notícias Com Lusa

O líder da Agência Internacional da Energia Atómica terá recebido ameaçadas do jornal iraniano ultraconservador Kayhan, intimamente ligado ao regime.

As relações entre o Irão e a Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) têm vindo a piorar desde o ataque dos Estados Unidos às instalações nucleares iranianas.

No domingo, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, revelou ameaças de autoridades iranianas contra o líder da agência nuclear da ONU, Rafael Grossi, atualmente banido da República Islâmica que alega manipulação dos dados sobre o seu programa nuclear.

Rubio referiu-se, em particular, a um editorial publicado pelo jornal iraniano ultraconservador Kayhan, intimamente ligado ao regime iraniano, que chegou a pedir a execução de Grossi caso volte ao país por espionagem a favor de Israel no "assassínio do povo oprimido" do Irão.

O Irão negou, no próprio dia, ter ameaçado o diretor da agência e os inspetores da instituição das Nações Unidas.

Amir Saeid Iravani, numa entrevista ao canal americano CBS, quando questionado sobre as ameaças de morte feitas pelo jornal conservador Kayhan, disse que não existe qualquer ameaça.

Esta segunda-feira, França condenou veementemente as ameaças do Irão contra o chefe da Agência Internacional da Energia Atómica, sublinhando a responsabilidade do governo iraniano nas garantias de segurança dos funcionários da organização no Irão.

Irão poderá voltar a enriquecer urânio dentro de "alguns meses"

O chefe da Agência Internacional da Energia Atómica, Rafael Grossi, considera que o Irão tem capacidade técnica para voltar a enriquecer urânio dentro de "alguns meses".

"Houve danos significativos, mas não completos (...) Eles podem ter, dentro de alguns meses, eu diria, centrífugas em ação para produzir urânio enriquecido", disse Grossi na sexta-feira, numa entrevista ao canal americano CBS transmitida no domingo.

Quase uma semana após o bombardeamento americano das instalações nucleares de Fordow, Natanz e Isfahan, no Irão, todos os envolvidos - incluindo Teerão - concordam que estas instalações sofreram danos consideráveis, mas subsistem dúvidas sobre a eficácia real destes ataques.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, sugeriu que o programa nuclear do Irão tinha sido adiado por "várias décadas".

Outra questão fundamental é o destino das reservas de mais de 400 quilos de urânio enriquecido a 60%, que teoricamente poderia ser utilizado para fabricar mais de nove bombas atómicas se o nível fosse aumentado para 90%.

Numa entrevista do canal norte-americano Fox News, no programa "Sunday Morning Futures", Donald Trump garantiu que as reservas de urânio iranianas não foram deslocadas antes dos ataques dos EUA: "É uma coisa muito difícil de fazer e não avisámos [antes do bombardeamento]", disse, segundo extratos da entrevista.

"Eles não mexeram em nada", assegurou.

AIEA insiste em entrar nas instalações nucleares, Irão nega por "questões de segurança"

Mas os inspetores da AIEA não veem estas reservas desde 10 de junho, daí os pedidos de acesso da agência da ONU às instalações e reservas iranianas.

No entanto, o parlamento iraniano votou a favor da suspensão da cooperação com a AIEA e o Conselho dos Guardiães, responsável pela análise da legislação no Irão, aprovou na quinta-feira o texto da lei, que deverá ser enviado à presidência para ratificação.

"É a lei deles, o parlamento deles, mas há implicações legais aqui. Um tratado internacional deve, naturalmente, ter precedência. Não se pode invocar uma lei nacional para evitar o respeito por um tratado internacional", afirmou Grossi.

A diplomacia iraniana criticou a agência da ONU por ter adotado uma resolução a 12 de junho, acusando o Irão de não cumprir as suas obrigações nucleares.

Teerão considera que esta decisão serviu de "desculpa" para Israel e os Estados Unidos atacarem as suas instalações nucleares.

"Quem pode realmente acreditar que este conflito surgiu por causa de um relatório da AIEA? Não havia nada de novo nesse relatório (...) pode ser fácil culpar uma organização internacional ou um diretor-geral, não sei, mas não é razoável", defendeu-se Grossi.

Esta segunda-feira, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Esmaeil Baghaei, disse que "não se pode esperar que o Irão mantenha a cooperação habitual com a Agência Internacional de Energia Atómica quando a segurança dos inspetores não pode ser assegurada, dias após as instalações terem sido atingidas por ataques de Israel e dos EUA".

Ramos-Horta quer sistema judicial adaptado e não uma réplica de Portugal... A Constituição de Timor-Leste prevê a criação do Supremo Tribunal de Justiça, mas, até ao momento, aquelas funções têm sido assumidas pelo Tribunal de Recurso.

© Lusa     noticiasaominuto.com  30/06/2025 

O presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, pediu hoje um sistema judicial adaptado às circunstâncias, sociedade e comunidades do país e não uma réplica de Portugal ou de outro modelo estrangeiro.

"Temos de conceber um sistema judicial que seja verdadeiramente adaptado às circunstâncias, à sociedade e às comunidades de Timor-Leste, em vez de simplesmente replicar um modelo estrangeiro, como o sistema português, com as suas várias instituições, tais como os Conselhos Superiores", afirmou José Ramos-Horta.

"Qualquer sistema judicial e as suas instituições associadas deve ser construído para a nossa situação real, e não simplesmente copiado de uma sociedade totalmente diferente", salientou o Presidente.

O chefe de Estado falava na abertura de um seminário para a criação do Supremo Tribunal de Justiça do país, cuja edificação considerou um "imperativo constitucional que fortalecerá o Estado de Direito e completará a visão de justiça consagrada" na Constituição timorense.

Segundo José Ramos-Horta, a criação do Supremo Tribunal de Justiça deve ser um "catalisador para forjar um sistema jurídico timorense verdadeiro e relevante, adequado" à população e condições do país.

"Além disso, precisamos de considerar como ligar eficazmente os nossos sistemas de resolução de litígios baseados nos sucos [conjunto de aldeias] ao sistema judicial formal", disse.

Para o também prémio Nobel da Paz, aquela integração é "crucial" para colmatar "lacunas entre mecanismos tradicionais de justiça e os processos jurídicos formais".

Na sua intervenção, o Presidente reforçou que, em democracia, os tribunais são "guardiões dos princípios constitucionais, estando acima de divisões políticas".

"O papel do poder judiciário não é favorecer nenhum partido político ou ideologia em particular, mas interpretar e aplicar a lei de forma justa e consistente", afirmou, considerando que a falta de imparcialidade, competência ou a corrupção devem ser tratadas "com severidade".

A Constituição de Timor-Leste prevê a criação do Supremo Tribunal de Justiça, mas, até ao momento, aquelas funções têm sido assumidas pelo Tribunal de Recurso.

"A criação do Supremo Tribunal deve fazer parte de uma agenda de reforma judicial mais ampla. Este esforço visa abordar desafios sistémicos, melhorar o acesso à justiça e alinhar o quadro judicial de Timor-Leste com as normas internacionais", acrescentou o Presidente.


Botche Candé acusa dirigentes do MADEM-G15 e deputado Alfucene Djaló de ingerência e uso indevido de fundos públicos

Por radiobantaba.com

O presidente do Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG), Botche Candé, acusou este domingo o Secretário Nacional do MADEM-G15, José Carlos Macedo Monteiro, de ingerência nos assuntos internos do seu partido. Durante uma reunião do Comité Central do PTG, Candé denunciou ainda o deputado Alfucene Djaló por alegado uso indevido de fundos públicos com fins políticos.

De acordo com Candé, José Carlos Macedo Monteiro estaria a tentar influenciar decisões da direção superior do PTG, sem qualquer legitimidade para tal. O líder partidário acusou o dirigente do MADEM-G15 de envolvimento em manobras políticas para desestabilizar a sua liderança dentro do partido.

“A direção do PTG é soberana e não aceitará interferências externas. O senhor Macedo Monteiro não tem legitimidade para se imiscuir nos nossos processos internos”, afirmou Candé.

No mesmo encontro, o líder do PTG acusou o deputado Alfucene Djaló, eleito pelo círculo C16 e atual Diretor-Geral da Antefraude nas Alfândegas, de estar a utilizar fundos públicos para fins eleitorais. Segundo Candé, Djaló estaria a adquirir viaturas com dinheiro do Estado, que depois distribui a militantes do PTG com o objetivo de garantir apoio político.

“Trata-se de um claro abuso de poder. Como Ministro das Finanças, vou tomar medidas imediatas para afastá-lo das suas funções”, declarou.

Na reta final da reunião, Candé apelou ainda à militância do PTG para apoiar a candidatura do Presidente Umaro Sissoco Embaló a um segundo mandato.

// Mutaro Djaló