segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

NATO reconhece que Rússia está a fazer "progressos graduais" na Ucrânia

© Getty Images   LUSA   16/12/2024 

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, afirmou hoje que a Rússia está a fazer "progressos graduais" na Ucrânia, admitindo que a situação no campo de batalha "é difícil".

"A situação nos campos de batalha na Ucrânia continua a ser difícil e a Rússia está a fazer progressos, mesmo que sejam progressos graduais, mas, ainda assim, são progressos", disse numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro do Montenegro, Milojko Spajic, com quem se encontrou hoje na sede da Aliança Atlântica, em Bruxelas.

Rute acrescentou que, nas últimas semanas, assistimos a "ataques em grande escala contra a Ucrânia que mataram e aterrorizaram civis e atingiram infraestruturas críticas".

Além disso, lembrou o secretário-geral na NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte), o próximo inverno poderá ser "o mais difícil" para a Ucrânia desde que a invasão em grande escala da Rússia começou, em 2022.

"Por isso, a Ucrânia precisa urgentemente do nosso apoio. Todos os aliados devem cumprir os compromissos assumidos na cimeira de Washington", sublinhou Rutte.

Na cimeira dos líderes da NATO realizada em Washington, em julho passado, os países aliados comprometeram-se a atribuir um total de 40 mil milhões de euros num ano para fornecer armas à Ucrânia.

Para evitar novos atrasos no envio de ajuda militar, que deixariam a Ucrânia numa situação ainda mais frágil, os aliados acordaram que a NATO assuma a direção de um centro de comando em Wiesbaden (Alemanha) para gerir também o envio de donativos internacionais de material para a Ucrânia e a coordenação das missões de formação dos seus militares.

Rutte referiu-se também hoje ao ataque com explosivos que no final de novembro causou danos materiais no canal Ibër-Lepenci que, localizado na aldeia de Varage, município de Zubin Potok (Kosovo), faz parte de uma rede de abastecimento de água que alimenta duas centrais termoelétricas a carvão.

A explosão não fez vítimas, mas os danos materiais provocaram interrupções temporárias no fornecimento de água potável e de energia elétrica.

Para o secretário-geral da NATO, este acontecimento mostra a "fragilidade da estabilidade" nos Balcãs Ocidentais.

"Agora, é essencial que os factos sejam apurados e os responsáveis prestem contas", defendeu.


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Mais de 16 mil civis ucranianos detidos em prisões russas

© Yan Dobronosov/Global Images Ukraine via Getty Images   Lusa  16/12/2024 

As autoridades da Ucrânia estimam em mais de 16.000 o número de civis detidos pelas forças armadas russas, mais de dois anos após o início do conflito no país, foi hoje divulgado.

O alerta foi feito pelo Provedor de Justiça e Comissário do parlamento ucraniano para os Direitos Humanos, Dimitro Lubinets, que afirmou que dados preliminares apontam para "mais de 16.000 civis ucranianos nas prisões russas".

Lubinets explicou que estas pessoas não podem ser incluídas nas trocas de prisioneiros de guerra acordadas regularmente entre Kyiv e Moscovo por serem civis.

Até à data, só foi possível trazer de volta para território ucraniano 168 pessoas nesta situação.

"Um número reduzido", reconheceu o responsável, notando os esforços de Kyiv para libertar estes detidos, que incluem jornalistas.

Lubinets acusou a Rússia de "calar a voz dos representantes dos meios de comunicação social" por todos os meios ao seu dispor, incluindo matá-los, segundo têm relatado as agências noticiosas ucranianas.

Um desses casos é o da jornalista ucraniana Victoria Roschina, recentemente dada como morta durante o cativeiro russo, desconhecendo-se ainda a causa da sua morte.

De acordo com os dados do Governo ucraniano, desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, 3.767 soldados ucranianos conseguiram regressar a casa no âmbito de acordos de troca, bem como outros 168 civis através de "outros mecanismos".


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Comunicado final Sessenta e seisª Cimeira Ordinária da CEDEAO 16 Dez, 2024



A MEDIAÇÃO DA UMARO SISSOCO EMBALÓ: UM PASSO DECISIVO PARA A NORMALIZAÇÃO ENTRE AES E CEDEAO

Por Movimnto de Aopoio a Segundo Mandato Presidencial de Umaro Sissoco Embaló Embaló

O Presidente Umaro Sissoco Embaló, um reconhecido especialista em questões de defesa e relações diplomáticas, desempenha um papel central na mediação que visa restabelecer as relações harmoniosas entre a Aliança dos Estados do Sahel (AES) e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO). 

Com a sua experiência em diplomacia e a sua rede internacional adquirida em particular como antigo representante da Companhia de Investimento Africana da Líbia (Laico) na África Ocidental, o Sr. Embaló pôde com a sua experiência estabelecer um diálogo construtivo nesse contexto marcado por conflitos regionais.

Apesar da sua saída da CEDEAO, os estados membros da AES tomaram uma decisão histórica de manter as suas fronteiras abertas aos nacionais desta organização regional. 

Este gesto forte, foi oficializado no dia 14 de Dezembro de 2024 em Bamako, pelo Presidente da Transição do Mali, General Assimi Goïta, reflecte um desejo de integração regional e de solidariedade africana. 

Ao proclamarem uma área de livre circulação sem vistos, a AES garantem aos cidadãos da CEDEAO o direito de entrada, residência, estabelecimento e saída, mantendo os laços entre os povos, além das diferenças institucionais.

Este passo decisivo, que evidencia a procura de um equilíbrio entre a soberania nacional e a fraternidade regional, demonstra a relevância dos esforços de mediação empreendidos sob a liderança de figuras-chave como o Presidente Umaro Sissoco Embaló. 

O seu empenho contribuirá para aliviar as tensões e abrir novas perspectivas para uma cooperação reforçada.

Iniciativas concretas para a integração

Durante a reunião dos Ministros dos Negócios Estrangeiros da AES, realizada em Niamey, a 13 de dezembro de 2024, sob a presidência de Sua Excelência Abdoulaye Diop, duas decisões importantes marcaram o ponto de viragem: a adoção de documentos de viagem e de identidade unificados e a confirmação da retirada irreversível da CEDEAO como Estados-Membros. 

Estas medidas reflectem uma visão ousada de um espaço regional autónomo e integrado.

Ao mesmo tempo, os estados membros da AES estabeleceram mecanismos para preservar a sua soberania e, ao mesmo tempo, promover o comércio. 

Permitindo livre circulação de veículos registados nos países da CEDEAO, sujeita ao cumprimento das normas nacionais. 

Estas disposições pragmáticas facilitarão as interacções económicas e sociais, mantendo ao mesmo tempo um quadro jurídico harmonizado.

O papel central de Umaro Sissoco Embaló

Como intermediário influente, Embaló exercerá a sua experiência em matéria de relações internacionais para encorajar o diálogo e promover uma dinâmica de paz e cooperação.

Os seus esforços ilustram o seu compromisso com a estabilidade regional e com uma África unida. O seu envolvimento, na encruzilhada das questões de segurança e diplomacia, foi decisivo para aproximar posições por vezes antagónicas.

A política de livre circulação adoptada pela AES está em linha com o espírito da Carta Liptako-Gourma e com os ideais da União Africana, reafirmando o apego dos Estados-Membros a uma África emancipada e soberana. 

Esta abertura das fronteiras aos cidadãos da CEDEAO demonstra um desejo de transcender as diferenças para construir um futuro comum, onde a solidariedade e a prosperidade partilhada se tornem os pilares de uma cooperação duradoura.

Graças aos líderes visionários como Umaro Sissoco Embaló, a África Ocidental está a embarcar numa nova era de diálogo e integração, onde as relações entre a AES e a CEDEAO poderão tornar-se um modelo para o continente.

Osendé Afana 

Collectif des Panafricains pour Umaro Sissoco Embaló

Equipa Médica Albasar Internacional chega Bissau para consultas e cirurgias gratuitas em pacientes com cataratas. Os trabalhos começam a partir do dia 17 de Dezembro e, vão decorrer na Agência Internacional DirectAid em Bissau.



 Radio Voz Do Povo

domingo, 15 de dezembro de 2024

Pelo menos 130 mortos e 385 baleadas em quase dois meses em Moçambique

© Lusa    15/12/2024

Pelo menos 130 pessoas morreram nas manifestações pós-eleitorais em Moçambique desde 21 de outubro, segundo balanço feito este domingo pela Plataforma Eleitoral Decide, que monitoriza os processos eleitorais em Moçambique, que aponta ainda 385 pessoas baleadas.

De acordo com o balanço daquela Organização Não-Governamental, com dados até 15 de dezembro, há registo de 3.636 detidos, cinco pessoas desaparecidas e mais de 2.000 feridos nas manifestações de contestação aos resultados anunciados das eleições gerais de 09 de outubro -- convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane -, que ainda têm de ser validados pelo Conselho Constitucional até 23 de dezembro.

Nos últimos dias, o caso mais mediático foi o do jovem baleado enquanto fazia imagens, em direto, de operações da polícia contra manifestantes na fronteira de Ressano Garcia, província de Maputo, que perdeu a vida no hospital, na noite de quinta-feira.

As imagens em direto do jovem que filmava operações da polícia contra manifestantes na fronteira de Ressano Garcia geraram a revolta popular nas horas seguintes, com os manifestantes a atearem fogo a infraestruturas.

No sábado, durante o funeral do jovem, foram registados novos confrontos com a polícia.

O jovem, produtor de conteúdos na internet, estava em direto na rede social Facebook quando foi alvejado, minutos após registar o momento em que as forças policiais dispararam para dispersar um grupo de manifestantes nas proximidades da principal fronteira entre Moçambique e África do Sul: Ressano Garcia.

"Estou a morrer", disse o jovem poucos minutos após ser alvejado no meio da estrada, enquanto a gravação continuava, entre gritos de populares que estavam no local e o som de mais disparos.

A Lusa tentou, sem sucesso, contactar a Polícia da República de Moçambique.

Os resultados das eleições de 09 de outubro anunciados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) deram a vitória, com 70,67% dos votos, a Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), no poder, mas precisam ainda de ser validados pelo Conselho Constitucional, última instância de recurso em contenciosos eleitorais.

Num dos seus últimos diretos a partir da rede social Facebook, Mondlane prometeu estar em Maputo para tomar posse como Presidente de Moçambique no dia 15 janeiro, data prevista para a tomada de posse do novo chefe de Estado.


Dois petroleiros russos naufragam no Mar Negro. Há o risco de derrame de milhares de toneladas de combustível

Por  cnnportugal.iol.pt

Greenpeace alerta que incidente pode ser "um dos maiores desastres ambientais provocados pelo homem no Mar Negro". Imagens a partir do interior de uma das embarcações mostram navio partido ao meio perante a ondulação intensa

Dois petroleiros russos estiveram envolvidos num acidente este domingo no estreito de Kerch, a passagem que liga o Mar Negro ao Mar de Azov, junto à costa oriental da península da Crimeia. Um dos navios partiu-se ao meio e o outro sofreu danos significativos, de acordo com o Ministério para Situações de Emergência da Rússia. As embarcações, construídas há mais de meio século e modificadas nos anos 90, não terão resistido à forte ondulação. Pelo menos um tripulante morreu, e teme-se que o incidente resulte num derrame de milhares de toneladas de combustível no mar.

Por volta do meio-dia, horário de Moscovo, a proa do petroleiro Volgoneft-212 partiu-se a oito quilómetros da costa, enquanto transportava 4.300 toneladas de óleo combustível. Treze dos tripulantes foram resgatados, segundo nota do Kremlin, que não divulgou detalhes adicionais sobre a única morte registada até ao momento.

Fontes dos serviços de resgate disseram à agência russa Interfax que a forte tempestade na região pode ter contribuído para erros de navegação por parte da tripulação.

O petroleiro Volgoneft-212, construído em 1969, foi originalmente projetado para navegar em águas interiores e rios. Contudo, nos anos 90, o navio foi modificado para permitir a navegação em mar aberto sob condições meteorológicas favoráveis. De acordo com o canal de notícias Baza, o capitão da embarcação foi hospitalizado e encontra-se em estado grave, apresentando sintomas de hipotermia e lesões na coluna após ter engolido água contaminada com óleo combustível.

Uma hora depois, o Volgoneft-239, construído em 1973 e também modificado nos anos 1990, ficou à deriva após sofrer danos significativos. O navio acabou por encalhar a 80 metros da costa com 14 tripulantes e uma grande carga de produtos petrolíferos a bordo.

A Greenpeace, considerada uma organização indesejável na Rússia desde 2023, alertou que o incidente deste domingo pode ser "um dos maiores desastres ambientais provocados pelo homem no Mar Negro". A organização, citada pelo jornal independente Meduza, afirmou que as condições adversas no mar podem dificultar o controlo do derrame.

O estreito de Kerch já foi palco de um incidente semelhante em 2007, quando outro petroleiro da classe Volgoneft, transportando 4.000 toneladas de fuelóleo, partiu-se ao meio durante uma tempestade, causando um derrame que contaminou dezenas de quilómetros de costa.

O Ministério para Situações de Emergência criou um centro operacional na região de Rostov-on-Don para coordenar os esforços de salvamento e mitigação do impacto ambiental. Entrentanto, o presidente Vladimir Putin já foi informado sobre a dimensão do derrame.

O incidente ocorreu um dia depois de as autoridades da Crimeia terem emitido um alerta, recomendando a suspensão de atividades marítimas devido aos ventos fortes. 

Desde a imposição de sanções pela União Europeia contra as exportações de petróleo russo, a Rússia tem recorrido a uma "frota fantasma" de petroleiros, muitos deles obsoletos e registados em países offshore. Na semana passada, a União Europeia identificou 52 destas embarcações e aumentou para 79 o número de navios sujeitos a sanções.

Cerca de 200 militares das forças conjuntas de Moscovo e Pyongyang morreram ou ficaram feridos na região russa de Kursk, indicou este domingo a inteligência militar ucraniana, que atacou pelo menos um grupo de soldados norte-coreanos com 'drones'.

© Fermin Torrano/Anadolu via Getty Images  Lusa   15/12/2024 

Kyiv repele primeiros ataques de soldados norte-coreanos em Kursk

Cerca de 200 militares das forças conjuntas de Moscovo e Pyongyang morreram ou ficaram feridos na região russa de Kursk, indicou este domingo a inteligência militar ucraniana, que atacou pelo menos um grupo de soldados norte-coreanos com 'drones'.

Kiev, 14 dez 2024 (Lusa) -- Cerca de 200 militares das forças conjuntas de Moscovo e Pyongyang morreram ou ficaram feridos na região russa de Kursk, indicou hoje a inteligência militar ucraniana, que atacou pelo menos um grupo de soldados norte-coreanos com 'drones'.

De acordo com o correspondente militar ucraniano Yuri Butusov, citado pela agência EFE, um batalhão de soldados norte-coreanos lançou no sábado um ataque às posições ucranianas perto de Malaya Loknia, apoiado pelas forças russas.

"O inimigo avançou, apesar das perdas e do fogo de artilharia, uma reminiscência da tática de 'ondas vivas' usada pelos exércitos norte-coreano e chinês durante a Guerra da Coreia de 1950/53", escreveu Butusov nas redes sociais.

Os soldados norte-coreanos conseguiram dominar algumas posições ucranianas na zona, graças ao facto de se deslocarem rapidamente e sem pararem para retirar os feridos, embora as forças ucranianas tenham contra-atacado com sucesso.

"O vídeo na posse do comando ucraniano mostra dezenas de cadáveres de soldados norte-coreanos. Ainda não é claro se algum foi capturado", acrescentou.

Butusov lembrou que as forças ucranianas repeliram os primeiros ataques dos norte-coreanos, mas precisam de "apoio máximo" com 'drones' e munições para travar "as vagas" de soldados inimigos.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, já havia dado conta no sábado de ataques das tropas norte-coreanas que combatem junto da Rússia na região russa de Kursk, parcialmente ocupada pelo exército ucraniano em agosto.

"Há informações preliminares de que os russos começaram a usar soldados norte-coreanos em ataques -- em número significativo", disse Zelensky no seu 'briefing' diário.

Segundo Kiev, o Kremlin reuniu cerca de 50 mil soldados, incluindo 11 mil de militares norte-coreanos, para tentar recuperar o controlo total da região de Kursk.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram, entretanto, a concretizar-se.

As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território, e a rejeitar negociar enquanto as forças ucranianas controlem a região russa de Kursk, parcialmente ocupada em agosto.

ABUJA - NIGÉRIA! Os Chefes de Estado e de Governo reuniram-se hoje na 66ª Sessão Ordinária da CEDEAO, o encontro debate temas fundamentais para a cooperação regional e o desenvolvimento na África Ocidental.

O Presidente da República Federativa da Nigéria afirmou que a força da região da África Ocidental reside na nossa união  Bola Tinubu citava o tratado que criou a CEDEAO em 1975. A cimeira ordinária 66ª dos Chefes de Estado e Governo da CEDEAO realizou-se em Abuja Nigéria.
Umaro S. Embaló/Presidente de Concórdia Nacional / Radio Voz Do Povo

Um 'drone' ucraniano atingiu este domingo um campus da Guarda Nacional Russa, na região da Chechénia, enquanto Kiev continua a contra-atacar após bombardeamento em massa de Moscovo.

© Lusa  15/12/2024 

'Drone' ucraniano atinge Chechénia russa

Um 'drone' ucraniano atingiu este domingo um campus da Guarda Nacional Russa, na região da Chechénia, enquanto Kiev continua a contra-atacar após bombardeamento em massa de Moscovo.

Segundo avançou a Associated Press (AP), imagens publicadas nas redes sociais mostram um 'drone' (veículo aéreo não tripulado controlado remotamente) a sobrevoar a capital chechena, Grozny, a cerca de 800 quilómetros a sudeste da linha da frente na Ucrânia, antes de explodir. Nenhuma vítima foi reportada.

O líder da república russa da Chechénia, Ramzan Kadirov, confirmou que um 'drone' atingiu um local pertencente ao batalhão da polícia de choque Akhmat Grozny e disse que outros dois foram abatidos pelas defesas aéreas.

Segundo a AP, Kadirov terá prometido vingança contra as forças ucranianas e ordenado um ataque com mísseis contra instalações militares em Kharkiv, em retaliação pelo ataque, uma alegação que não foi ainda possível confirmar.

O Ministério da Defesa russo informou hoje que abateu 15 'drones' ucranianos, durante a noite, nas regiões de Kursk e Belgorod, bem como sobre o Mar Negro, não tendo referido o ataque em Grozny.

Um funcionário do serviço de segurança da Ucrânia disse também hoje à AP que os serviços de informações de Kiev levaram a cabo uma operação especial para cortar as rotas logísticas de abastecimento de combustível da Rússia, desde a Crimeia anexada até Zaporijia ocupada.

A operação, que decorreu no sábado, destruiu uma locomotiva e 40 vagões-cisterna, disse o responsável de segurança.

Uma operação de sabotagem terá feito explodir os carris da ferrovia enquanto o comboio estava em movimento, antes de os sistemas de lançamento de 'rockets' HIMARS reforçarem o ataque.

"Como resultado, um importante ramal ferroviário utilizado para abastecer as tropas russas foi colocado fora de serviço durante um longo período", disse o responsável, que pediu anonimato.

Os ataques de Kiev à Rússia no fim de semana, que também incendiaram um importante terminal petrolífero, no sábado, seguem-se a um bombardeamento em massa em toda a Ucrânia por Moscovo, na sexta-feira.

A Rússia disparou 93 mísseis de cruzeiro e balísticos e quase 200 'drones' contra o seu vizinho, destruindo a infraestrutura energética da Ucrânia.

Entretanto, a Rússia lançou 108 'drones' em toda a Ucrânia durante a noite, segundo a Força Aérea Ucraniana, detalhando que 56 foram abatidos pelas defesas aéreas, outros 49 desapareceram do radar depois de não terem conseguido atingir os seus alvos e mais três regressaram à Rússia.

O governador da região de Mykolayev, Vitaly Kim, disse que duas pessoas ficaram feridas como resultado do ataque, que também danificou as infraestruturas locais.

As tropas russas também continuam a avançar lentamente no leste da Ucrânia.

O Instituto para o Estudo da Guerra, um grupo de reflexão sediado em Washington, Estados Unidos (EUA), informou hoje que imagens geolocalizadas colocavam as forças russas dentro do colonato de Kurakhov, uma zona que as tropas de Moscovo sitiaram durante semanas.

A pressão agrava ainda mais a incerteza sobre como a guerra poderá desenrolar-se no próximo ano, com o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que toma posse no próximo mês, a deixar dúvidas sobre se o apoio militar vital dos EUA a Kiev vai continuar.

Numa entrevista publicada na revista TIME, na quinta-feira, Trump disse ser contra permitir que a Ucrânia atingisse alvos em solo russo usando armas fornecidas pelos EUA.


Caminho de Luanda, a última esperança para o leste da RDC

Presidentes João Lourenço, de Angola (esq), Paul Kagame, do Ruanda (cen) e Felix Tshisekedi, da RDC, Luanda, 21 Fevereiro 2020.     Por VOA Português

Luanda acolhe cimeira neste domingo

Luanda — Os presidentes do Ruanda, Paul Kagame, e da República Democrática do Congo (RDC), Félix Tshisekedi, reúnem-se neste domingo, 15, em Luanda, sob mediação do Chefe de Estado angolano, para uma nova ronda de conversações visando pôr fim ao conflito no conturbado leste da RDC.

A expetativa de João Lourenço, observadores políticos e das partes envolvidas é que se caminhe no sentido da assinatura de um acordo de paz.

A dois dias do encontro, um jornal ruandês teceu fortes criticas ao chefe de Estado congolês a quem acusou de “propagar mitos” sobre a presença de tropas ruandesas na reigão leste do país vizinho.

Em entrevista à Voz da América aqui em Washington, a ministra dos Negócios Estrangeiros da República Democratica do Congo, Therese Kayikwamba Wagner, destacou o trabalho do Presidente angolano neste processo e espera que a cimeira de Luanda produza resultados.

“As tropas ruandesas a que o Governo de Tshisekedi se refere parecem existir mais na sua imaginação do que no solo congolês”, continua o jornal que acusa Felix Tshisekedi de “falar primeiro e pensar depois (se é que pensa), o que o transformou num perigo diplomático".

O Presidente angolano João Lourenço, nomeado mediador pela União Africana para esta crise, manifestou na quinta-feira, 12, esperanças de que a cimeira de Luanda possa conduzir a um acordo de paz.

Entretanto, aqui em Washington, eda Voz da América, a ministra dos Negócios Estrangeiros da RDC, Therese Kayikwamba Wagner, começou por destacar o papel do Presidente angolano neste processo”.

“Estamos gratos por isso porque penso que, apesar de muitos desafios, manteve-nos a todos no caminho certo e ajudou-nos a alcançar alguns marcos muito importantes para podermos progredir em direção ao que esperamos que seja a assinatura de um acordo entre os diferentes chefes de Estado.

Houve alguns marcos importantes”, afirmou Wagner.

“Tem havido uma forte dedicação e empenho da parte angolana em fazer progressos nestes temas. É claro que o progresso tem tido obstáculos de vez em quando. Quando olhamos para o cessar-fogo, tem havido repetidas violações do cessar-fogo que têm sido extremamente preocupantes, razão pela qual o mecanismo de verificação foi tão importante”, afirmou a diplomata.

Apesar de depois de 35 dias continuar a existir violações do cessar-fogo, as partes estão expectantes quanto à cimeira de domingo.

A ministra dos Negócios Estrangerios da RDC diz esperar resultados e responsabilização dos atores.

”Portanto, a nossa expetativa é avançarmos e quando chegamos ao nível dos chefes de Estado, é para que haja uma maior responsabilização e que todas as partes, todos os parceiros, todas as entidades que falaram a favor de uma solução diplomática, também responsabilizem todos os participantes no processo pelos seus compromissos.

Caso contrário, todo o esforço ficará comprometido. É necessária uma maior responsabilização, e a República Democrática do Congo está aberta a ser responsabilizada. E esperamos o mesmo para todas as outras partes interessadas, disse .

Questionada sobre as expetativas em relaçção à próxima admininistração do Presidente eleito Donald Trump, a chefe da diplomacia de Kinshassa, respondeu, destacando o corredor do lobito.

”Penso que estamos numa posição privilegiada para podermos recordar décadas de parceria com os EUA que foram muito frutíferas e muito construtivas. Por isso não creio que seja muito otimista quando digo que a minha expectativa é de continuidade, de continuidade das excelentes relações. Tínhamos muito bons laços e fizemos muitos progressos com a administração Biden”, defendeu a chefe da diplomacia congolesa.

Therese Kayikwamba Wagner lembrou “o primeiro Governo Trump, com o qual também tivemos excelentes relações”.

“Por isso, tenho a expeativa de que continuaremos juntos nos temas de interesse comum. Uma momento crucial foi a cimeira do Corredor do Loito, que se realizou na semana passada em Angola. Mostrou-nos até que ponto os investimentos em algo tão fundamental como um corredor, que não é apenas um projeto de infra-estruturas, têm o potencial de sobreviver a todos nós como líderes políticos. Cria oportunidades e riqueza para as gerações futuras. Penso que são interesses que prevalecem e interesses que continuam e se mantêm válidos mesmo quando há uma mudança de administração”, disse.

Ela destacou que “sabemos que o Presidente Trump manifestou o desejo de responder a alguns conflitos muito dramáticos a que estamos a assistir em todo o mundo. A nossa esperança, a nossa expetativa é que ele também esteja atento à situação muito dramática na região dos Grandes Lagos, e que possamos esperar ter uma continuidade em termos dos esforços diplomáticos e políticos e do compromisso dos EUA para encontrar uma solução duradoura para este conflito”.

C/Peter Clottey

O Primeiro-Ministro, Rui Duarte Barros presidiu hoje, a cerimónia da entrega de passaportes com vistos, bilhetes de passagem aos 70 estudantes beneficiários de " Bolsa Rusal 2024". A bolsa de estudo 2024_25, financiada pela Empresa Rusal no quadro Acordo Mineiro celebrado com o Governo, através do Ministério dos Recursos Naturais.

 Radio Voz Do Povo


 Veja Também: O Centro Escolar Attadamun oferece 150 bolsas aos estudantes para universidade, liceu e ensino básico.

sábado, 14 de dezembro de 2024

O Presidente da República Umaro Sissoco, chegou hoje à Nigéria para participar da Cimeira da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental).

PR General Umaro Sissoco Embaló chega a Abuja, Nigéria para participar no domingo na cimeira da CEDEAO dedicada a estratégias de combate à malária e a melhoria da situação interna da organização. 
A 66.ª cimeira ordinária dos Chefes de Estado e Governo da CEDEAO, visa também avançar com a agenda de integração e desenvolvimento da África Ocidental, apesar da situação imposta por Níger, Burquina-Faso e Mali, países governados por juntas militares.


 Presidência da República da Guiné-Bissau / Radio Voz Do Povo

Obras tudo lado! Estrada di Paulo Barros pa forçado! Badjuda Kuma 20 anos eka Otcha Ki estrada rampadu…

@Obrigado Presidente da República, djintis di Bande ku fala General di povo👇

 Estamos a Trabalhar 

Obrigado Rais Daula obras de Aeroporto sta avançado.

Abel Djassi

Presidente da República Umaro Sissoco Embalo, desloca-se a República Federal da Nigéria.


 Radio Voz Do Povo

Investigadores disseram à Lusa que a China está a recorrer à segurança privada, operações da ONU ou cooperação com exércitos africanos para assegurar a sua presença na segurança de África, contornando assim o princípio de não-intervenção.

© Lusa   14/12/2024 

Privados e cooperação garantem presença chinesa na segurança africana

Investigadores disseram à Lusa que a China está a recorrer à segurança privada, operações da ONU ou cooperação com exércitos africanos para assegurar a sua presença na segurança de África, contornando assim o princípio de não-intervenção.

O país asiático conta já com uma base militar no Djibuti, no Corno de África, enquanto antigos membros da polícia paramilitar e do Exército chinês assumem funções de segurança em diferentes países do continente, incluindo Angola, Mali ou Sudão do Sul, explicaram os investigadores. A utilização de missões de manutenção da paz da ONU para proteger ativos e operações é outra das estratégias utilizadas por Pequim, disseram.

A preocupação com a segurança surge no âmbito do comércio e investimento, potencializado pela Iniciativa Faixa e Rota, o gigantesco plano de infraestruturas internacional lançado pela China, e que inclui a construção de portos, aeroportos ou linhas ferroviárias no continente africano.

As empresas chinesas dominam já a exploração de minérios raros em África considerados cruciais para as tecnologias do futuro. A China é também o maior comprador de petróleo de vários países africanos.

"Nos locais onde empresas chinesas de telecomunicações, petróleo ou mineração operam é cada vez mais frequente a contratação de empresas de segurança privada chinesas para proteção de ativos e recursos humanos", explicou Alessandro Arduíno, um dos raros investigadores sobre a atuação da segurança privada chinesa em África, à agência Lusa.

O sequestro de trabalhadores chineses e a pirataria são, em particular, um problema crescente para o país asiático, mas o princípio de não-intervenção continua a constituir uma pedra basilar da política externa chinesa, limitando a atuação das suas forças armadas para proteger alvos individuais.

As empresas de segurança privada fornecem ainda serviços de informação, que podem ser cruciais na negociação com tribos e milícias locais, em regiões propensas a conflitos onde empresas chinesas estão envolvidas na extração de recursos, disse Arduíno.


Nos últimos anos, o papel da China na paz e segurança de África ganhou maior relevo também através da cooperação e treino militar ou venda de armas.

Em setembro passado, o Presidente chinês, Xi Jinping, prometeu mais de 130 milhões de euros em ajuda militar e formação para 6.000 militares e 1.000 polícias de países africanos.

Em dezembro de 2021, o jornal norte-americano The Wall Street Journal noticiou que a China estava a planear construir uma base naval na Guiné Equatorial.

"A segurança e a estabilidade do Golfo da Guiné são de grande importância para os países da região, para África como um todo e até para o mundo", afirmou, na semana passada, o comandante da marinha chinesa, o almirante Hu Zhongming, durante um fórum com representantes das forças armadas dos países da região.

"A marinha chinesa está disposta a trabalhar com os amigos do Golfo da Guiné para contribuir com sabedoria e força para promover maior paz, segurança, estabilidade e prosperidade no Golfo da Guiné", acrescentou.

Obert Hodzi, autor do livro "The End of China's Non-Intervention Policy in Africa", apontou também à Lusa como Pequim tem "protegido infraestruturas importantes de petrolíferas chinesas" e "treinado as suas tropas para combater no terreno", através da participação em missões de manutenção da paz da ONU.

"A China tem hoje interesses que vão para além do seu território ou região", notou Hodzi. "E existem conflitos que estão a afetar diretamente esses interesses", disse.

O investigador exemplificou com o envio massivo de capacetes azuis para missões de manutenção de paz no Sudão do Sul ou Mali, visando "proteger infraestruturas importantes de petrolíferas chinesas" e "treinar as Forças Armadas chinesas para combater no terreno".

Pequim contribui, há várias décadas, para missões da ONU em África, mas se, até 2013, se tratavam de pequenos contingentes, compostos sobretudo por pessoal médico ou engenheiros, o país envia hoje também soldados para combater - 2.464, o maior número entre os membros do Conselho de Segurança.


O Parlamento sul-coreano aprovou a destituição do presidente Yoon Suk-yeol, este sábado.

© ANTHONY WALLACE/AFP via Getty Images    Notícias ao Minuto  14/12/2024 

O presidente sul-coreano foi suspenso mas não sairá imediatamente do cargo, uma vez que há ainda um processo após o 'impeachment'.

O Presidente da Câmara, Woo Won-shik anunciou no parlamento que a votação pelo 'impeachment' tinha sido aprovada com 204 votos a favor, 85 contra, três abstenções e oito votos inválidos - de um total de 300 deputados. 

Para aprovar a moção, eram necessários pelo menos 200 votos a favor - para obter uma maioria de dois terços no hemiciclo - e, embora o voto seja secreto, pelo menos 12 deputados do Partido do Poder Popular (PPP), conservador e no poder, tinham de apoiar a destituição, uma vez que os partidos da oposição têm um total de 192 lugares.

A incerteza quanto ao resultado manteve-se até ao fim, com o PPP a realizar uma reunião à porta fechada durante horas para definir uma posição oficial e a reunião a terminar minutos antes do início da votação com o anúncio de que o partido não apoiaria oficialmente a moção.

A contagem dos votos revelou claramente que nem todos os lugares do PPP - sete já tinham declarado publicamente que votariam a favor da destituição de Yoon - votaram de acordo com a posição oficial do partido.

Mas, com mais de 200 votos a favor da moção, o presidente da Coreia do Sul vai ser suspenso do cargo. Quem irá assumir estas funções será o primeiro-ministro do país, Han Duck-soo, tornando-se assim também presidente interino. 

Parlamento aprovou. E agora?

No entanto, embora o parlamento tenha aprovado a destituição do presidente sul-coreano, este processo não significa que Yoon Suk-yeol saia imediatamente do cargo, isto porque há ainda um longo processo pela frente. 

O 'impeachment' vai ainda ao Tribunal Constitucional. O presidente será apenas demitido se seis dos nove membros do Conselho votarem para sustentar o 'impeachment'.

Aguarda-se agora uma decisão no prazo de 180 dias.

Se o Tribunal Constitucional determinar pela saída, Yoon será o segundo presidente em exercício a ser desqualificado em democracia na Coreia do Sul, depois de a também conservadora Park Geun-hye ter sido afastada do poder e presa em 2017 por um complexo esquema de corrupção.

O liberal Roh Moo-hyun também foi destituído pelo parlamento em 2004 por uma alegada violação da lei eleitoral, embora o mais alto órgão judicial da Coreia do Sul tenha decidido, dois meses depois, reintegrá-lo como presidente.

Recorde-se que, há cerca de uma semana, Yoon Suk-yeol desencadeou um caos político após aplicar a lei marcial no país. Esta decisão gerou também grandes protestos.

No exterior da Assembleia Nacional, em Seul, milhares de pessoas que se reuniram para exigir a destituição de Yoon manifestaram a sua satisfação com o resultado do processo.




Londres, Tóquio e Roma têm projeto de aviões de combate supersónicos

© Reuters  Por Lusa   13/12/2024 

O Reino Unido, a Itália e o Japão fecharam hoje um acordo para desenvolver aviões de combate supersónicos, previsto para 2035, e que antecede um projeto europeu concorrente, liderado por Paris, Berlim e Madrid.

A britânica BAE Systems, a italiana Leonardo e a japonesa JAIEC - criada nomeadamente pela Mitsubishi Heavy Industries -, são os três fabricantes responsáveis pelo desenvolvimento do dispositivo e anunciaram hoje, em comunicado, que assinaram o acordo que dá origem a esta 'joint venture' (empreendimento conjunto, em português), dos quais cada um deles deterá um terço.

A criação desta empresa, que iniciará as suas atividades em meados de 2025, faz parte de um programa conjunto de Londres, Roma e Tóquio, denominado GCAP (Global Combat Air Program ou Programa Global de Combate Aéreo) anunciado em 2022.

A enorme aeronave de cauda dupla em forma de V substituirá o F-2 japonês e os Eurofighters italianos e britânicos.

A sua vida útil "deverá estender-se para além de 2070", de acordo com o comunicado de imprensa.

Se o calendário planeado pelos promotores do projeto for respeitado, entrará em serviço pelo menos cinco anos antes do projeto concorrente SCAF, o projeto Future Air Combat System (Sistema de Combate Aéreo do Futuro) realizado pela França, Alemanha e Espanha.

A nova empresa terá sede no Reino Unido e o seu primeiro diretor-geral, cujo nome ainda não é conhecido, será de nacionalidade italiana. Equipas conjuntas serão implantadas nos três países.

Este acordo, "o culminar de muitos meses de colaboração", reúne "os pontos fortes e a experiência significativos das empresas envolvidas", afirmou Charles Woodburn, CEO da BAE Systems.

"O caminho pode nem sempre ser simples e direto, mas estou confiante de que, ao continuar o espírito de cooperação e colaboração trilateral incentivado até agora, não só entregaremos a GCAP a tempo, mas também a um nível que superará todas as nossas expectativas" , sublinhou, por sua vez, Kimito Nakae, presidente da JAIEC.

A GCAP representa "um passo importante no desenvolvimento de tecnologias de ponta e um exemplo notável da forte cooperação internacional entre as nossas nações", vincou o ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto, em comunicado.

O projeto irá girar em torno da aeronave acompanhada por drones, todos conectados com os restantes recursos militares envolvidos numa operação.

Deverão ser comprometidos milhares de milhões de euros em investimentos, distribuídos de forma equitativa, sobre os quais os três fabricantes não forneceram hoje detalhes.


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Celebração do 70° Aniversário da declaração universal dos direitos humanos. Centro cultural franco Bissau Guineense.


Declaração de Said Raïs Daula no centro cultural franco Bissau Guineense.👇

Gaitu Baldé /  Abel Djassi

Israel interceta dois projeteis lançados de Gaza pela Jihad Islâmica

© REUTERS     Por Lusa  13/12/2024 

As forças israelitas intercetaram hoje dois projéteis disparados a partir do centro da Faixa de Gaza pelo grupo palestiniano Jihad Islâmica, que fizeram soar os alarmes na cidade costeira de Ashkelon, de acordo com um comunicado militar.

A Jihad Islâmica, que participou nos ataques de 07 de outubro junto do Hamas contra Israel, referiu pelas 21:00 (19:00 em Lisboa) que atacou Ashkelon e as comunidades vizinhas com uma "vaga de mísseis".

Os serviços de emergência israelitas disseram que ainda não receberam qualquer relato de possíveis vítimas.

Os lançamentos de hoje acontecem depois de as forças israelitas terem atacado na noite de quinta-feira o campo de refugiados de Nuseirat, no centro da Faixa, para eliminar um alegado alto funcionário da Jihad Islâmica que, segundo Israel, estava escondido na zona.

O ataque matou mais de trinta palestinianos e deixou mais de 80 feridos, segundo as autoridades de Gaza, enclave controlado pelo Hamas, que acusaram Israel de saber antecipadamente que na zona bombardeada existiam numerosos blocos habitacionais onde estavam alojadas dezenas de civis.

O Exército israelita, que disse estar a analisar o sucedido, explicou que após os bombardeamentos foram detetadas explosões secundárias que "provavelmente danificaram um edifício próximo" da estrutura atacada, o que segundo as forças demonstra a presença de numerosas armas na zona.

Os lançamentos de projéteis pelas milícias palestinianas em Gaza contra Israel tornaram-se cada vez menos frequentes após 14 meses de guerra.

Na quarta-feira, o Exército israelita ordenou aos residentes de várias zonas do campo de refugiados de Al Maghazi, no centro da Faixa de Gaza, que se deslocassem para a designada "zona humanitária", junto à costa, após detetarem o lançamento de vários foguetes, que caíram em zonas despovoadas ou foram intercetados antes do impacto.

Israel geralmente ordena a evacuação das áreas onde deteta lançamentos de foguetes em Gaza, pouco antes de as bombardear.

A guerra em curso em Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo extremista palestiniano Hamas em Israel que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 44 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.


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