terça-feira, 7 de maio de 2024

COMUNICADO DO GABINTE DO PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA NACIONAL POPULAR DA GUINÉ-BISSAU EM RESPOSTA DA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA DO CONSELHEIRO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

 


 Gervasio Silva Lopes

Guterres saúda criação de secção de livros em português na ONU

© FABRICE COFFRINI/AFP via Getty Images
Por Lusa  07/05/24 
O secretário-geral da ONU, António Guterres, saudou a criação de uma secção dedicada a livros de língua portuguesa na biblioteca das Nações Unidas, destacando ainda a importância do idioma como "força unificadora" que transcende fronteiras.

Num evento de celebração do Dia Mundial da Língua Portuguesa, realizado na sede da ONU, na segunda-feira, em Nova Iorque, Guterres agradeceu aos Estados-membros a "generosa doação de mais de uma centena de livros, entre os quais se contam importantes contribuições dos autores lusófonos para o conhecimento e a cultura mundiais".

"São obras que oferecem uma janela para os corações e as mentes do mundo de língua portuguesa, convidando colegas e leitores a explorarem, a refletirem e a emocionarem-se com a rica diversidade da nossa língua", disse o líder da ONU.

O antigo primeiro-ministro português destacou a importância do idioma como elo de ligação entre culturas e comunidades em todo o mundo e considerou a língua portuguesa, falada por centenas de milhões de pessoas, uma "força unificadora" que atua "como veículo de expressão na diplomacia, nas artes e na literatura".

Guterres indicou que o português é já uma língua de trabalho em algumas agências da ONU, destacando o serviço de língua portuguesa da 'ONU News', em conjunto com as equipas de redes sociais e dos Centros de Informação e Escritórios Regionais Lusófonos da ONU, a evidenciar "a crescente procura de informação em português".

Os esforços para tornar o português uma das línguas oficiais das Nações Unidas continuam em marcha, mas o investimento financeiro exigido "é imenso", disse, no ano passado, à Lusa a embaixadora de Portugal na ONU, Ana Paula Zacarias.

Também em 2023, o Tribunal Centro-Americano de Justiça já havia proposto ao Conselho de Segurança da ONU incorporar o português como idioma oficial da organização, a par do inglês, espanhol, francês, chinês, russo e árabe.

Num artigo publicado no último domingo no jornal Público, no Dia Mundial da Língua Portuguesa, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, defendeu que os países parceiros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) alinhem posições para que o idioma seja reconhecido como língua oficial da ONU até 2030, considerando que "seria um justo reconhecimento".

A língua portuguesa não só é uma das línguas mais difundidas no mundo, com mais de 260 milhões de falantes espalhados por todos os continentes, como é também a língua mais falada no hemisfério sul, de acordo com dados da UNESCO.

Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste são os nove Estados-membros da CPLP.

Na intervenção, Guterres lembrou que, enquanto primeiro-ministro de Portugal, teve o "privilégio de participar na criação desta Comunidade há quase 30 anos", salientando que, na atualidade, "os valores do diálogo e da solidariedade" no centro CPLP "são mais relevantes do que nunca".

"Sei bem que podemos contar convosco na nossa missão pela paz, pelos direitos humanos e pelo desenvolvimento sustentável para todos", concluiu o secretário-geral.

A celebração contou com música ao vivo, gastronomia e a presença de representantes diplomáticos internacionais, incluindo embaixadores das nove nações integrantes da CPLP.  

A Missão do Brasil na ONU organizou a comemoração em parceria com o Camões -- Instituto de Cooperação e da Língua e com o Instituto Guimarães Rosa, que promove a diplomacia cultural e educacional.

Aministia Internacional: Ataques com drones turcos na Somália podem ser "crimes de guerra"

© ShutterStock
Por Lusa  07/05/24 
A Amnistia Internacional (AI) afirmou hoje que devem ser investigados como "crimes de guerra" dois ataques que mataram 23 civis, incluindo 14 crianças, durante operações militares na Somália apoiadas por drones turcos, dia 18 de março.

De acordo com um comunicado da organização não-governamental (ONG), entre os civis mortos constam 14 crianças, cinco mulheres e quatro homens, e ficaram feridos outros 17 civis - 11 crianças, duas mulheres e quatro homens - nos ataques levados a cabo com bombas planadoras MAM-L, que são lançadas a partir de drones TB-2, umas e outros fabricados pela Turquia.

Tigere Chagutah, diretor regional da AI para a África Oriental e Austral, citado no comunicado da ONG, sustenta que "os governos da Somália e da Turquia têm de investigar estes ataques mortais como um crime de guerra e pôr fim às agressões imprudentes contra civis".

"Na Somália, os civis têm suportado com demasiada frequência o sofrimento da guerra. Estas mortes não podem ser ignoradas. Os sobreviventes e as suas famílias merecem verdade, justiça e reparação", acrescento o ativista.

Todas as vítimas dos dois bombardeamentos eram do clã marginalizado Gorgaarte, que pertence à comunidade Jareer, de maior dimensão.

Os ataques atingiram uma quinta a oeste da aldeia de Bagdad, na região de Lower Shabelle.

De acordo com 12 testemunhos de vítimas, familiares e residentes à Amnistia Internacional, os ataques de drones seguiram-se a violentos combates terrestres que ocorreram nesse dia entre o grupo armado Al Shebab e as forças de segurança somalis, perto das aldeias de Jambaluul e Bagdad.

A 19 de março, o ministério somali da Informação anunciou, em comunicado, a morte de mais de 30 militantes do Al Shebab nas aldeias de Bagdad e Baldooska, em resultado da coordenação entre as forças armadas somalis e "parceiros internacionais".

"A operação foi lançada em resposta a informações dos serviços secretos, que indicavam que os combatentes do Al Shebab se estavam a reunir nestas áreas e a planear um ataque contra o povo somali... 15 membros do Al Shebab foram mortos num ataque aéreo em Bagdad", acrescentou esse comunicado.

Os investigadores da AI analisaram imagens de satélite e relatórios médicos, examinaram fotografias de vítimas e fragmentos de armas, e geolocalizaram vídeos do local dos ataques e das operações dos drones turcos no Aeroporto Internacional de Mogadíscio, que permitiram determinar as armas utilizadas no ataque aéreo.

A organização não conseguiu apurar, no entanto, se as forças turcas ou somalis estavam ao comando dos drones TB-2 no momento dos ataques.

Uma fonte do governo somali disse à AI que os membros da Agência Nacional de Inteligência e Segurança pilotam os TB-2 durante as operações, mas em 2022 o Painel de Peritos da ONU para a Somália informou que, de acordo com o governo turco, a Turquia não transferiu os drones para a Somália - o que teria sido uma violação do embargo de armas da ONU -, e que opera os próprios drones "na luta contra o terrorismo".

Também em 2022, Ahmed Malim Fiqi -- na altura, ministro do Interior da Somália e, atualmente, ministro dos Negócios Estrangeiros - afirmou que, enquanto as forças turcas operam os drones, os comandantes somalis fornecem os alvos.

A Amnistia Internacional sublinha no comunicado que "os ataques que não têm em conta a distinção entre objetivos militares e objetos civis são indiscriminados e podem constituir crimes de guerra".

A ONG enviou cartas aos governos da Somália e da Turquia, pedindo pormenores sobre a operação de 18 de março, incluindo quais as forças militares que controlavam os drones no momento dos ataques, mas não recebeu respostas.

Em resultado da documentação de "múltiplos ataques aéreos" do Comando Africano dos Estados Unidos (AFRICOM) no país, com o custo de vidas de civis somalis, o AI também escreveu ao comando norte-americano para saber se as suas forças terão estado envolvidas na operação de 18 de março, mas não obteve resposta.

"O governo da Somália tem um longo historial de falta de reparação das vítimas civis de ações militares, ou de procura de reparação junto de atores estrangeiros quando estes estão envolvidos em ataques ilegais", afirma a AI no seu comunicado.

"Tem também um historial de ignorar as violações contra comunidades marginalizadas, como o clã Gorgaarte", acrescenta.



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Pelo menos 86 pessoas morreram e 134 estão desaparecidas devido às  inundações causadas pelas fortes chuvas no sul do Brasil, indicaram as autoridades do estado do Rio Grande do Sul em novo balanço.  

Alimentação: Para evitar picos de açúcar no sangue, deixe de parte estas duas bebidas

© Shutterstock
Por Notícias ao Minuto  07/05/24

Levam também ao aumento de peso. Agora que o verão se aproxima, o melhor é ter cuidado.

As temperaturas podem estar a subir, por isso é natural que aumente a ingestão de líquidos. Ainda assim, deve ter cuidado com o que ingere. Uma dietista refere que há opções que podem aumentar os níveis de açúcar no sangue e também fazer com que ganhe peso.

O 'website' SheFinds falou com a dietista Krutika Nanavati que revelou as duas bebidas que deve evitar numa altura de maior calor. Conheça-as.

Sumo de frutas
"Apesar de sua imagem saudável, muitos sumos de frutas comprados em lojas estão carregados de açúcares adicionados, semelhantes ou superiores ao teor de açúcar dos refrigerantes. O açúcar facilita o armazenamento de gordura ao redor da barriga."

'Smoothies' de compra
"Os 'smoothies' podem conter grandes quantidades de açúcar proveniente de sumos de frutas, xaropes, laticínios adoçados e outros ingredientes. O teor de açúcar nos 'smoothies' pode causar um rápido aumento nos níveis de açúcar no sangue."



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Guiné-Bissau : A Rede Oeste Africana Para Edificação de Paz na Guiné-Bissau indignado com o aumento do preço do arroz no mercado nacional.

Por: Júlio Honório Bedam  Rádio Capital Fm  07.05.2024

Associação dos Filhos de Antigos governantes Português no País, apela embaixador de Portugal junto do Serviço consular a aquisição dos seus vistos que durou a cerca do um ano.

 Radio TV Bantaba

segunda-feira, 6 de maio de 2024

Guiné-Bissau: incluir as comunidades locais para proteger o meio ambiente

 O Arquipélago dos Bijagós, na Guiné-Bissau, é candidato a Património Mundial da UNESCO. Dietmar Pabe

Por: Eva Massy  RFI  06/05/2024
Na Guiné-Bissau, realiza-se a 6 e 7 de Maio o anual Diálogo Nacional sobre a Protecção do Ambiente, com a participação de diversos actores, desde especialistas a decisores políticos e chefes de aldeia. Um dos objectivos prende-se com a abertura do diálogo para outros sectores, como a pesca, a agricultura ou o turismo, que beneficiam da protecção do ambiente.

Os temas em discussão neste Diálogo Nacional sobre a Protecção do Ambiente incidem sobre o papel das comunidades na conservação das áreas protegidas, os novos "corredores de conectividade", ou ainda, os principais efeitos das mudanças climáticas no país, tais como a subida do nível do mar.

Aissa Regalla de Barros, directora do Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP), começou por explicar a estratégia da Guiné-Bissau para cumprir o objectivo do Quadro Global da Biodiversidade e atingir 30% de áreas protegidas em território nacional.

Existem na Guiné Bissau oito áreas protegidas e uma áerea marinha protegida em colaboração com as comunidades locais e o apoio de ONG's. Para além disso, o país implementou os "corredores de conectividade", um novo modelo que permite a ligação entre as diferentes zonas protegidas. Assim, os animais e as espécies em vias de extinção podem circular entre as diferentes áreas.  

Vários níveis de protecção das áreas naturais e participação activa dos habitantes

Existem vários níveis de protecção. O primeiro é o "nível de protecção integral". Depois vem a "zona tampão", onde as regras são mais flexíveis para as comunidades locais. Por fim, as "zonas de desenvolvimento" permitem acções de desenvolvimento comunitário.

Os habitantes participam no processo de identificação destas zonas e no comité de gestão. Este é um órgão que toma decisões em relação à gestão e aos regulamentos da área protegida. As comunidades participam ainda em diversas acções como o patrulhamento ou a monitorização da biodiversidade, juntamente com as forças de segurança nacional, relata ainda Aissa de Barros. Estas acções, quando integradas a longo prazo, são remuneradas.

"É uma forma de fazer com que os habitantes se apropriem as acções de conservação", explica a directora do IBAP. Ao acompanharem os investigadores e os técnicos, os habitantes "ganham também elevada compreensão das razões da necessidade de conservação da biodiversidade, como as tartarugas, ou os chimpanzés".  

 Abrir o diálogo para outros sectores: pesca, agricultura e turismo

Um dos principais propósitos deste Diálogo Nacional, segundo Aissa de Barros, é estender o diálogo a outros ministérios. Incluir os sectores da pesca, da agricultura, da exploração dos recursos naturais e do turismo, "e que as questões ambientais não concernem apenas o ministro do ambiente".

A Guiné-Bissau, "país altamente vulnerável devido ao aquecimento global", depara-se com um grande desafio: a subida do nível do mar.

A erosão das zonas costeiras já é visível pelas próprias comunidades. Uma das soluções passa pela protecção dos mangais, uma barreira natural contra a subida do nível do mar. Os habitantes participam então na restauração destes sistemas naturais e "os resultados já começam a ser visíveis", ainda segundo Aissa de Barros.

Discutiu-se ainda a importância da candidatura do Arquipélago dos Bijagós ao Património Mundial da Unesco, nomeadamente devido ao seu papel essencial nas migrações dos animais (aves, tartarugas) que, provenientes do mundo inteiro, cruzam as ilhas do arquipélago a caminho de outros horizontes.

A decisão será conhecida em meados de 2025, depois de uma missão de avaliação.

O Deputado da Nação eleito na lista do MADEM-G15, Manuel Nascimento Lopes, deixa aviso a navegação ao Secretário de Estado da Ordem Pública, José Carlos Macedo Monteiro.

 Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15 / Rádio Capital Fm



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África do Sul: Polícia sul-africana deteve mais de 600 mil pessoas num ano

© Lusa  
Por Lusa 06/05/24           

A polícia sul-africana prendeu em média 50.000 pessoas por mês nos últimos 12 meses, em que foram apreendidos cerca de 50 mil explosivos e mais de 22 mil armas de fogo de vários calibres, foi hoje anunciado.

Na apresentação do balanço dos primeiros 12 meses da operação policial "Shanela", iniciada em maio de 2023 para combater o elevado crime em vários pontos do país, o Ministério da Polícia sul-africano indicou que das mais de 600 mil pessoas detidas num ano, encontram-se pelo menos 183 detidas por tráfico de seres humanos, e mais de 2.500 por homicídio.

No período em análise, as forças de segurança sul-africanas confiscaram, entre outros, 89.360 munições, 49.276 explosivos, 22.525 armas de fogo, 174 mil quilos de cobre, 167,2 milhões de produtos ilegalmente importados, 7.718 diamantes e mais de 5,8 milhões de rands (294 mil euros) em dinheiro, segundo as autoridades de segurança sul-africanas.

A empresa de energia elétrica da cidade de Joanesburgo City Power apelou recentemente à intervenção do exército sul-africano no combate ao roubo de cabos elétricos de cobre e ao vandalismo da infraestrutura elétrica na capital económica da África do Sul.

Os crimes de roubo e vandalismo da infraestrutura de energia municipal custaram à City Power mais de 160 milhões rands (oito milhões de euros) no ano corrente, anunciou a empresa pública sul-africana, acrescentando que os moradores de Joanesburgo reportam cerca de 4.000 falhas elétricas diariamente àquela entidade.

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Acidente Viação/Safim: HOSPITAL SIMÃO MENDES CONFIRMA 2 MORTOS, 15 FERIDOS E 3 PESSOAS EM ESTADO DE COMA

Por: radiosolmansi.net
O Hospital Nacional “Simão Mendes” recebeu, ontem, 02 óbitos e 15 feridos decorrentes de um acidente de viação ocorrido na estrada que liga Safim a Bissau, de entre os feridos, 3 deles encontram-se em estado grave.

A informação foi avançada esta segunda-feira a esta estação emissora católica numa entrevista realizada com o Diretor do Banco de Urgência do maior centro hospitalar do país, Bubacar Cissé.

 Bubacar Cissé disse que os óbitos foram registrados no local onde aconteceu este acidente.

“Ontem confirmamos dois óbitos no local de acidente, e 15 feridos entre estes feridos 03 deles se encontram em estado grave, outros com fratura na clavícula, e os que tiveram casos ligeiros foram para casa”, explicou Bubacar Cissé, Diretor do Banco de Urgência de Hospital Nacional Simão Mendes.

Questionado sobre o estado clínico dos internados deste acidente, Cissé disse que os mesmos se encontram em estado crítico.

“Entre os feridos, três deles não têm bons prognósticos, apanharam politraumatismo desde a cabeça, fraturaram braços e pés, neste momento encontram-se em estado de coma”, disse Bubacar Cissé.

Também sobre este mesmo assunto, a RSM deslocou até ao Hospital Militar Principal, onde o diretor clínico deste segundo centro hospitalar do país, disse que os casos foram encaminhados todos para o Hospital Nacional Simão Mendes o que foi confirmado por Bubacar Cissé, diretor do Banco de Urgência do Simão Mendes.

“Sim recebemos os casos que deram entrada no Hospital Militar Principal”, confirma.

Segundo a nossa fonte, o acidente aconteceu por volta das 20 horas de ontem (04), com uma viatura que vinha de Bula para a Capital Bissau, embateu num camião parado estacionado na estrada, devido a problema sem nenhuma sinalização de trânsito.

Rússia vai fazer exercícios nucleares perto do território ucraniano

© Lusa
Por Lusa   06/05/24 

O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou exercícios nucleares que serão realizados num futuro próximo e envolverão tropas localizadas perto da Ucrânia, em resposta a alegadas ameaças de líderes ocidentais contra Moscovo, anunciou hoje o Ministério da Defesa russo.

"Durante o exercício, será tomada uma série de medidas para treinar a preparação e a utilização de armas nucleares não estratégicas", afirmou o Ministério russo num comunicado publicado na rede social Telegram.

Acrescentou que essa medida foi tomada "por instrução do comandante-em-chefe supremo das forças armadas da Federação Russa", Vladimir Putin.

Esse treino pretende "manter a prontidão" do exército para proteger o país, "em resposta às declarações com provocações e ameaças feitas contra a Rússia por certos responsáveis ocidentais", acrescentou o ministério russo.

Os exercícios envolverão a força aérea, a marinha e as forças do distrito militar do sul, que se localiza muito perto da Ucrânia e cobre as regiões que Moscovo anexou.

A data e o local desses exercícios não foram anunciados.

Em outubro de 2023, a Rússia anunciou que Vladimir Putin supervisionou lançamentos de mísseis balísticos durante manobras militares destinadas a simular um "ataque nuclear massivo" a Moscovo.

Durante estes exercícios, um míssil balístico intercontinental Iars foi disparado da base espacial de Plesetsk, no norte da Rússia, e outro míssil balístico Sineva foi lançado a partir de um submarino no Mar de Barents.

A sua organização foi tornada pública no mesmo dia que a câmara alta do Parlamento Russo, o Conselho da Federação, aprovou a revogação da ratificação do Tratado de Proibição de Testes Nucleares (CTBT).

Desde o início do conflito na Ucrânia, em fevereiro de 2022, o presidente russo tem falado sobre um possível uso de armas nucleares.

A Rússia implantou armas nucleares táticas na Bielorrússia, o seu aliado mais próximo e vizinho da União Europeia, no verão de 2023.

A doutrina nuclear russa prevê um uso "estritamente defensivo" de armas atómicas, no caso de um ataque à Rússia com armas de destruição em massa ou em caso de agressão com armas convencionais "que ameacem a própria existência do Estado".



Leia Também: O Kremlin declarou hoje que o anúncio de exercícios nucleares russos é uma resposta às declarações de "representantes ocidentais", incluindo o presidente francês, Emmanuel Macron, sobre um possível envio de "tropas da NATO" para a Ucrânia.  

Declaração Conjunta entre chefe de Estado Guineense Umaro Sissoco Embaló e o seu homólogo Presidente da República de Djibouti, Ismail Omar Guelleh para uma visita de Estado


 ©Radio TV Bantaba

MADEM-G15 CONSELHO NACIONAL DE DIREITOS : A DECISÃO DA SUSPENSÃO DA MILITÂNCIA DO PROFESSOR JOSÉ CARLOS MACEDO MONTEIRO POR 2 ANOS 👇

 

Liga Guineense dos direitos humanos em Conferência de imprensa conjunta com as famílias em conflito de posse de terra.

© Radio TV Bantaba

Chefe de Estado Guineense Umaro Sissoco Embaló, condecora com medalha de honra Amílcar Cabral ao seu homólogo Presidente da República de Djibouti, Ismail Omar Guelleh para uma visita de Estado


 ©Radio TV Bantaba

Chefe de Estado Guineense Umaro Sissoco Embaló, recebe o seu homólogo Presidente da República de Djibouti, Ismail Omar Guelleh para uma visita de Estado


© Radio TV Bantaba

Ilha das Cobras, o paraíso proibido para os humanos

SHUTTERSTOCK Aparentemente um paraíso, esta ilha é considerada um dos lugares mais perigosos do mundo.
Paula Mateu  Nationalgeographic.pt
Esta região é o único habitat de uma das espécies de serpentes mais perigosas do planeta, actualmente em vias de extinção.

A brincadeira "O que levaria para uma ilha deserta?" torna-se complicada quando a ilha em questão é a Queimada Grande, também conhecida como Ilha das Cobras. Localizada a cerca de 35 quilómetros da costa do Brasil (no estado de São Paulo), esta ilha é, vista de longe, o sonho de um náufrago; mas depois de alguns minutos lá, esse náufrago perceberia que se algum tipo de sorte o tivesse trazido para a ilha, teria sido azar.

A Queimada Grande é um dos locais mais perigosos do mundo, devido à elevada densidade de cobras venenosas no território. A mais perigosa de todas, a Bothrops insularis, é a espécie que domina a ilha. É endémica da Queimada Grande e é considerada uma das cobras mais mortíferas do planeta.

Tanto que a Ilha das Cobras está interdita aos humanos: apenas cientistas e investigadores com autorização podem entrar. Mas... será que os humanos são mais perigosos para a ilha do que as cobras são para nós? É o que procuramos responder neste artigo.

A ILHA TEM UMA COBRA VENENOSA POR METRO QUADRADO

A Queimada Grande é uma ilha de 23 hectares que deve o seu nome às fogueiras que os antigos pescadores acendiam quando desembarcavam na ilha para afugentar as cobras. Este pequeno pedaço de terra é um dos locais com maior densidade de cobras venenosas do mundo: estima-se que exista uma por metro quadrado.

Uma lenda local diz que estes répteis foram libertados por piratas que tinham escondido o seu tesouro na ilha e que queriam ter a certeza de que ninguém poderia ter acesso a ele, mas sabemos que isto é apenas uma lenda.

A comunidade científica acredita que a origem do grande número de serpentes venenosas no território remonta a cerca de 11.000 anos. A teoria mais aceite é a de que, originalmente, a ilha da Queimada Grande – e a sua irmã de 10 hectares, Queimada Pequena – fazia parte do continente, mas que, após uma subida do nível do mar, esse pedaço de terra ficou isolado.

Suspeita-se que quando a ilha se formou, os seus principais habitantes já eram serpentes e que, na ausência de predadores que reduzissem as suas populações, os répteis puderam proliferar em abundância.

No entanto, já vimos que não são apenas muitas cobras, mas também muito venenosas. Sabe porquê?

ESTIMA-SE QUE O VENENO DESTAS SERPENTES SEJA CINCO VEZES MAIS POTENTE DO QUE O DAS SERPENTES CONTINENTAIS.
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Os investigadores acreditam que as cobras se tornaram mais venenosas como resultado de um processo evolutivo.

Quando a Queimada Grande ficou isolada do continente, as espécies que habitavam a ilha evoluíram de forma diferente das do continente. Adaptaram-se às condições do seu pequeno reino; e se não havia predadores, também não havia mamíferos predadores para se alimentarem, como os roedores.

A isto juntou-se a elevada competição por alimento causada pelo grande número de serpentes que partilhavam o habitat e, consequentemente, os répteis tiveram de melhorar o seu acesso a outras presas. Neste sentido, acredita-se que a potência do seu veneno responde a uma adaptação evolutiva para poderem caçar aves migratórias, cujo tamanho é muito superior ao das serpentes.

Assim, embora a maioria das aves tenha inicialmente conseguido escapar aos ataques destas serpentes, à medida que estas evoluíram, tornaram-se cada vez mais mortíferas para as suas presas: estima-se que o seu veneno seja cinco vezes mais potente do que o das serpentes continentais.

A Bothrops insularis, uma das serpentes mais mortíferas do planeta, é talvez o caso mais ilustrativo deste processo.

É O ÚNICO HABITAT DE UMA DAS COBRAS MAIS MORTÍFERAS DO MUNDO
A jararaca-ilhoa ou Bothrops insularis pertence à família Viperidae e é endémica da Queimada Grande, não habitando em mais nenhum outro local para além desta ilha.

Tanto a sua cor amarelada como a sua cabeça triangular são características do seu género (Bothrops), no entanto, devido às diferenças no seu processo evolutivo em relação às serpentes continentais, esta espécie apresenta algumas particularidades que não se verificam noutros parentes próximos.

A Bothrops insularis tornou-se uma grande trepadora de árvores, o que lhe deu acesso às aves migratórias e aos seus ninhos. Esta espécie também desenvolveu uma cauda mais longa, que, em princípio, a ajudaria a manobrar durante a subida.

Ao mesmo tempo, estas serpentes adquiriram a capacidade de se confundir com a vegetação da ilha, reforçando os seus hábitos diurnos e aumentando a potência do seu veneno. Além disso, ao contrário de outras serpentes que mordem a presa e depois a soltam, esta serpente mantém a presa na boca depois de a ter mordido, enquanto espera que o veneno actue. Para a ave, a fuga nunca foi tão difícil.

Os efeitos do seu veneno no ser humano incluem dores fortes, náuseas, vómitos, bolhas de sangue, hemorragias internas (no intestino, no cérebro, etc.), sangue no vómito e na urina, necrose e problemas renais. Estima-se que seja a serpente com o veneno que mata mais rapidamente do seu género, com uma taxa de letalidade de cerca de 93%.

UMA SERPENTE TEMÍVEL MAS EM VIAS DE EXTINÇÃO
Bothrops insularis

ISTOCK
Por ser o único habitat da Bothrops insularis, a espécie é muito sensível à degradação ambiental.

Em 2019, segundo estimativas do governo brasileiro, cerca de 2.000 jararacas-ilhoas habitavam a Queimada Grande, embora dados da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) estendam um pouco mais esse número e assumam que existam entre 2.000 e 2.500 Bothrops insularis.

E se o número pode parecer elevado para uma região de apenas 23 hectares (estima-se que existam entre 60 a 80 serpentes por hectare), convém lembrar que este é o único habitat da Bothrops insularis, pelo que o número que se segue não será uma grande surpresa. A espécie está em vias de extinção de acordo com a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da UICN.

A UICN identificou duas ameaças principais às populações desta serpente: a desflorestação e a caça furtiva. A particularidade da jararaca-ilhoa torna-a um espécime atractivo não só para os biólogos, mas também para os caçadores furtivos. No passado, alguns desembarcavam na ilha para se apoderarem destes répteis e depois vendê-los no mercado negro, onde os lucros podiam atingir os 30.000 dólares por exemplar.

QUEM PODE FAZER MAIS MAL? AS COBRAS AOS HUMANOS OU NÓS A ELAS?
Para além do perigo comprovado que esta ilha pode representar para qualquer pessoa que lá ponha os pés, na realidade, o decreto que levou à proibição de acesso não se referia a isso, mas sim à ameaça que a nossa espécie representa para a conservação da ilha.

No dia 5 de Novembro de 1985, o governo brasileiro declarou as ilhas da Queimada Pequena e Queimada Grande como Área de Relevante Interesse Ecológico – ARIE com o objectivo de proteger os recursos ambientais e biológicos destas ilhas.

A Bothrops insularis foi assim salvaguardada, mas também outros habitantes da Ilha das Cobras, como insectos, lagartos, aranhas, aves e outras espécies de serpentes.

Embora este decreto não proibisse per se o acesso humano a este território, estabelecia que a Secretaria Especial de Meio Ambiente poderia tomar as medidas necessárias para assegurar esta protecção e, além disso, que a destruição da biota na área constituiria uma degradação da qualidade ambiental sancionada por lei.

A EXTINÇÃO DE TODAS AS ESPÉCIES CONTA (E ISSO INCLUI AQUELAS DE QUE TEMOS MEDO)
A extinção de todas as espécies conta, pois representa uma perda insubstituível na biodiversidade do nosso planeta; e esta afirmação inclui também as espécies que nos assustam, e ainda mais se forem seres endémicos e únicos como os que habitam as ilhas.

Mas isto não é tudo. Para além disso, as serpentes venenosas têm um valor acrescentado: o potencial escondido no seu veneno para a investigação farmacológica. Diz-se frequentemente que existe um antídoto para o veneno das cobras? E é verdade! Para obter os soros, os cientistas têm tradicionalmente injectado pequenas quantidades de veneno em animais, que desenvolvem então anticorpos contra ele. E a partir de extracções nestes animais, o soro é obtido em seres humanos.

Descobriu-se também que os venenos de serpentes contêm componentes com efeitos analgésicos, anticoagulantes e anti-inflamatórios promissores, o que levou ao desenvolvimento de medicamentos. O primeiro a ser aprovado para utilização em seres humanos foi o captopril, criado a partir de compostos presentes no veneno da Bothrops jararaca, do mesmo género da lanceta dourada.

Quem sabe o que ainda temos para aprender com eles?

Higiene pessoal: Os truques caseiros para acabar com o mau cheiro nas axilas... Se quer optar por outro tipo de solução que não envolva desodorizantes, tem de conhecer estes truques.

© Shutterstock
Por Notícias ao Minuto  05/05/24

Mesmo com desodorizante, continua a ter um cheiro desagradável nas axilas? Se estava à procura de soluções naturais, não tem de procurar mais. A Cleveland Clinic explica tudo o que tem de fazer.

Uma das soluções passa por usar bicarbonato de sódio. Só tem de fazer uma pasta com água e aplicar um pouco nas axilas. Acaba por ser um desodorizante natural. Outra dica consiste em usar os sacos de chá verde já utilizados.

Só tem de colocá-los nas axilas durante alguns minutos para ajudar a bloquear os poros e reduzir o odor. Também o vinagre de maçã ou o sumo de limão são uma boa dica.

Neste caso, só tem de borrifar um pouco de sumo de limão ou vinagre misturados com água. Esta mistura irá ajudar a matar as bactérias da pele.



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domingo, 5 de maio de 2024

Guiné-Bissau : Entrevista com o conceituado músico da velha geração Dembo Djassi... 05.05.2024

Rádio Capital Fm  05.05.2024

NA VOZ DE MANELINHO REGIÃO DE OIO FARIM...

OBRIGADO Dra Suzi Barbosa... Por Gervasio Silva Lopes

Cheias já fizeram 67 mortos no Brasil, 101 pessoas desaparecidas

© Lusa
Por Lusa   05/05/24 
As autoridades brasileiras atualizaram hoje para 67 o número de vítimas mortais das inundações no sul do Brasil, enquanto 101 pessoas continuam desaparecidas.

O estado do Rio Grande do Sul - que faz fronteira com Argentina e Uruguai e é o mais afetado pelas chuvas - registou 66 mortes no último balanço, enquanto o estado vizinho de Santa Catarina registou uma morte.

Além disso, as autoridades investigam se outras seis mortes estão relacionadas com a tragédia climática que atinge o sul do país desde o início da semana e já é considerada o pior desastre natural da história da região.

As inundações deslocaram dezenas de milhares de pessoas: um total de 80.573 habitantes tiveram que abandonar as suas casas e mudar-se para casas de familiares e amigos, enquanto 15.192 encontraram alojamento em abrigos públicos.

No Rio Grande do Sul, com uma população de 11 milhões de pessoas, cerca de 421 mil residências continuam sem luz e 115 municípios não têm serviços de telefone e internet, havendo ainda 61 estradas com bloqueios totais e parciais devido às cheias dos rios.

O nível do rio Guaíba - cujas águas inundaram o centro histórico da capital regional, Porto Alegre, cidade de 1,3 milhão de habitantes - voltou a subir esta manhã para a maior marca da história.

O aeroporto internacional da cidade, que fechou na noite de sexta-feira depois de a enchente ter atingido as pistas, permanece fechado.

Depois de, na quinta-feira, ter visitado a região afetada, o Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, viaja novamente hoje para o Rio Grande do Sul, para acompanhar a resposta a esta situação, para a qual o Governo destacou mil soldados em apoio ao governo regional.

As autoridades do Rio Grande do Sul alertaram que, apesar da redução das chuvas no fim de semana, as enchentes ainda devem continuar por vários dias.

No último ano, o sul do Brasil sofreu uma série de eventos climáticos extremos associados ao fenómeno El Niño, que provocou um aumento na precipitação nesta parte do país.



Leia Também: Papa reza pelas populações afetadas pelas graves cheias no Brasil   

Operadora de televisão de Israel interrompe emissões da Al Jazeera

© Reuters
Por Lusa  05/05/24

A principal operadora de TV por cabo de Israel interrompeu as transmissões da estação televisiva noticiosa Al Jazeera, respeitando uma proibição do canal aprovada hoje pelo Governo, cuja revogação foi já pedida pelas Nações Unidas.

A operadora de TV por cabo Hot desligou na tarde de hoje as transmissões da Al Jazeera em inglês e árabe, apesar de os portais de Internet da estação em árabe e em inglês terem permanecido operacionais.

As emissões da Al Jazeera podem também continuar a ser assistidas ao vivo na rede social YouTube em ambos os idiomas.

Hoje, o Governo do primeiro-ministro Netanyahu aprovou uma medida para encerrar o canal de notícias Al Jazeera do Qatar, acusando-o de transmitir mensagens de incitamento anti-Israel.

As autoridades israelitas já entraram nas instalações da Al Jazeera, para efetivar a decisão governamental.

"Inspetores do Ministério das Comunicações, apoiados pela polícia israelita, estão neste momento a ocupar os escritórios da Al Jazeera em Jerusalém e a confiscar o equipamento do canal", informou o ministro israelita das Comunicações, Shlomo Karhi, na sua conta na rede social X.

O grupo islamita Hamas já reagiu, lamentando que o Governo israelita tenha votado por unanimidade pelo encerramento das emissões da Al Jazeera, considerando a decisão o culminar de uma guerra declarada contra jornalistas, num conflito em que já mais de cem profissionais da informação morreram.

"É uma violação flagrante da liberdade de imprensa e uma ação repressiva e retaliatória contra o papel profissional da Al Jazeera na exposição dos crimes da ocupação", disse o Hamas numa declaração oficial, na qual apela à comunidade internacionais para que os direitos humanos e de imprensa sejam respeitados.

O gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos denunciou a ordem de suspensão da Al Jazeera e instou o Governo israelita a revogar a sua decisão.

"Lamentamos a decisão do Governo de encerrar a Al Jazeera em Israel", disse o gabinete na sua conta na rede social X, depois de tomar conhecimento da ordem do Governo israelita.

Na mensagem, a agência das Nações Unidas sublinha que "uma comunicação social livre e independente é essencial para garantir a transparência e a responsabilização" e ainda mais neste momento, "dadas as restrições à informação proveniente de Gaza".

"A liberdade de expressão é um direito humano fundamental. Instamos o Governo israelita a revogar a proibição", conclui a nota.

A decisão do Governo israelita está protegida por uma lei sobre os meios de comunicação estrangeiros, aprovada em abril pelo parlamento israelita, e agora denunciada perante o Supremo Tribunal de Israel pela ONG Associação Para os Direitos Civis, que a considera um ataque à liberdade de expressão.

Esta legislação autoriza o governo israelita a ordenar aos emissores de televisão do país que deixem de transmitir a Al Jazeera, que encerrem os escritórios da cadeia de televisão em Israel, além de permitir confiscar os equipamentos do canal, incluindo telemóveis, e bloquear o acesso ao seu site por um período mínimo de 45 dias, que pode ser prolongado.

A ONG Repórteres Sem Fronteiras já condenou a decisão e apela à suspensão imediata desta "lei da censura" que representa "um precedente terrível" para o exercício do trabalho jornalístico em Gaza e integra um exercício de Israel "para silenciar por todos os meios o canal pela sua cobertura da realidade do destino dos palestinianos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia".

Leia Também: A ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) denunciou hoje a ordem do governo israelita para encerrar as operações da cadeia Al-Jazeera no país como uma tentativa de "silenciar a realidade" da guerra em Gaza.  


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Chegada de Sua Excelência Ismail Omar Guelleh, Presidente da República do Djibouti




 Presidência da República da Guiné-Bissau

Israel anuncia fecho da redação da Al-Jazeera no país

© Christophe Ena/Pool via REUTERS
Por Lusa  05/05/24 
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou hoje que o governo aprovou por unanimidade o fecho da redação da televisão Al Jazeera, detida pelo Qatar, em Israel.

A decisão foi anunciada na rede X, anteriormente conhecida como Twitter, mas os detalhes sobre quando a medida entraria em vigor ou se seria permanente não foram imediatamente avançados, de acordo com a agência norte-americana de notícias AP.

O voto surge no contexto do conflito entre Israel e o canal, que piorou durante a guerra com o Hamas, e surge também numa altura em que o Qatar está a tentar ajudar a mediar um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas na guerra em Gaza.

A Al Jazeera é dos poucos meios de comunicação internacionais que continua em Gaza durante a guerra, transmitindo cenas sangrentas de ataques aéreos e hospitais sobrelotados, acusando Israel de cometer massacres, ao passo que Israel acusa a estação de televisão de colaborar com o Hamas.

A Al Jazeera, fundada pelo governo do Qatar, não comentou imediatamente a decisão, escreve a AP, notando que na versão árabe, a notícia do encerramento da redação já foi difundida, enquanto a versão inglesa continua a transmitir de Jerusalém, minutos após o anúncio de Netanyahu.

De acordo com a agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP), a ordem de apreensão do equipamento técnico e de transmissão já foi assinada hoje, entrando em vigor de imediato.

O ministro israelita das Comunicações, Shlomo Karhi, assinou e publicou hoje uma ordem de apreensão do equipamento do canal Al-Jazeera, detido pelo governo do Qatar, na sequência da decisão do governo de "fechar" o canal em Israel e bloquear a sua emissão.

De acordo com o documento, citado pela AFP, são dadas instruções para apreender "o equipamento utilizado para transmitir o conteúdo do canal", que é detalhado numa lista que inclui câmaras, microfones, mesas de edição, servidores informáticos, computadores, equipamento de transmissão e telemóveis.

Leia Também: As autoridades israelitas disseram no sábado à noite que desmantelaram uma célula do grupo islamista palestiniano Hamas, na localidade de Tulkarem, na Cisjordânia ocupada, matando pelo menos quatro pessoas.  



Leia Também: Netanyahu não aceitará acordo com o Hamas que exija fim da guerra  

O Presidente da República, S.E Umaro Sissoco Embaló, regressou ao país após a sua participação na 15.ª Cimeira da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI), realizada em Banjul, Gambia. 🇬🇼🇬🇲

  Presidência da República da Guiné-Bissau

Guiné-Bissau: Guardião que sonha nova vida para histórico quartel de Guiledge na Bissau

© Lusa
Por Lusa  05/05/24

Cinquenta anos depois do fim da guerra colonial, há uma batalha que se trava no sul da Guiné-Bissau pela revitalização do histórico quartel de Guiledje para espaço de memória da luta de libertação para a independência.

Cassima Mara tornou-se num guardião do que foi o mais fortificado quartel português nas ex-colónias e que se encontra "desprezado", com pouco mais que os escombros das batalhas que se travaram no sul da Guiné-Bissau.

Este guineense esteve na luta ao lado dos portugueses e agora está empenhado em fazer cumprir o propósito daquele a quem chamavam "o fazedor de sonhos", conhecido por "Pepito", e que sonhou para Guiledje o único espaço museológico na Guiné-Bissau sobre a luta de libertação nacional para a independência.

O projeto parou com a morte do mentor, em 2014, e ficaram apenas dois pavilhões com algum espólio entre escombros de antigos edifícios, carcaças de viaturas de guerra, munições e monumentos do antigo quartel junto à fronteira com a Guiné-Conacri.

Cassima Mara sente-se "feliz" por guiar a Lusa numa visita ao local e por ser um dos personagens da história deste espaço, onde se juntou aos portugueses, quando tinha entre "15 e 16 anos".

Nasceu na tabanca (aldeia) junto ao quartel e ali continua a viver, convicto de que "é importante manter este lugar porque é histórico".

"É histórico", repete várias vezes, insistindo que "a história não se perde, a história valoriza um local".

Sente orgulho quando fala de Guiledje, "do vasto quartel" que "tinha muito armamento para os portugueses", que não tinham um quartel tão segurado como este.

"Aqui era o grande amparo dos portugueses, havia todo o tipo de materiais aqui, inclusive abrigos blindados. Só os militares portugueses eram um batalhão, também havia aqui milícias recrutadas, militares locais muito valentes para os portugueses", contou.

Cassima "fazia alguns serviços para os portugueses, lavava pratos, trazia a comida, levava as roupas para a lavadeira e trazia água para os militares".

Também fazia carregamento de munições de armas pesadas quando havia um ataque ao quartel.

"Eu não ia para o mato fazer a guerra, mas se houvesse guerra aqui no quartel eu era uma das pessoas que ajudava os portugueses a carregar as munições das armas", especificou.

Diz que "para conquistar a independência" da Guiné-Bissau de Portugal, o Partido para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) "tinha que derrubar Guiledje". E derrubou.

Em 22 de maio de 1973, os portugueses abandonaram o quartel, levando consigo os guineenses que os acompanhavam.

Cassima recorda esse dia, em que fugiram juntos e o destino foi Bolama, depois de uma longa caminhada de militares, mulheres e crianças.

Este guineense e outros conterrâneos decidiram voltar para a tabanca depois da independência, quase um ano passado e com o quartel já na posse do PAIGC e do novo Estado guineense.

Mais tarde, Guiledje entrou nos projetos do agrónomo guineense Carlos da Silva, conhecido por "Pepito" e pela diversidade de ações, abarcadas na organização não-governamental AD (Ação para o Desenvolvimento).

"Pepito" planeou para o antigo quartel militar português o Museu Memória de Guiledge, que Cassima ajudou a construir com financiamento estrangeiro.

"No início da construção do museu, tivemos que desmatar o local, porque havia perigo para andar, tinha minas, tinha cobras, fui eu que fiz o caminho e contratei pessoas", afirmou.

O que foi feito agora "está desprezado", observou o homem que acompanha as visitas ao local. No tempo seco há algumas.

Foi ele, também, o indicado por "Pepito" "para gerir o museu, mas com o tempo a comunidade local e a comunidade governamental não respeitou isso", o que o entristece.

Tem outros recursos para viver, mas continua a ir ao quartel "só para cumprir o propósito de Pepito".

Gostava que esta ideia, que sonharam juntos, se concretizasse e que a memória não se apague.

Nas memórias guarda o dia da abertura do quartel de Guiledge, em que "veio um batalhão de artilharia".

A este quartel iam também "muitos chefes militares". O próprio António Spínola ia a Guiladge "fazer formatura e dar ordens militares".

"Pepito", como recordou, "fez um grande esforço" para revitalizar este espaço, "mas a canoa ficou pelo caminho" porque "sem sucessor o trabalho não vai".

Continua a acreditar que "possa haver alguém que faça" tanto ou mais do que ele fez.