quarta-feira, 16 de novembro de 2022

GUERRA NA UCRÂNIA: Maioria do G20 condena guerra na declaração da cimeira de Bali

© Reuters

Por  LUSA  16/11/22 

A maioria dos membros do G20 "condenou veementemente a guerra na Ucrânia" e salientou as devastadoras consequências humanas e económicas globais do conflito, segundo a declaração conjunta divulgada, esta quarta-feira, no final da cimeira de Bali.

Na cimeira na ilha indonésia, houve "outras posições" sobre a situação na Ucrânia, admitiram as 20 maiores economias do mundo na declaração, de acordo com a agência espanhola EFE.

Reconheceram também que o G20 não é o fórum mais apropriado para resolver questões de segurança e afirmaram que o tempo atual "não deve ser uma era de guerra".

O G20 considerou igualmente que a "utilização ou ameaça de utilização de armas nucleares é inaceitável", segundo a agência francesa AFP.

"A resolução pacífica dos conflitos e os esforços para enfrentar as crises, juntamente com a diplomacia e o diálogo, são vitais", lê-se na declaração.

No comunicado conjunto, o G20 disse ser necessário "defender o direito internacional" e "salvaguardar a paz e a estabilidade", incluindo os princípios humanitários e a proteção de civis e infraestruturas em conflitos armados.

A Rússia, que é um dos membros do G20, juntamente com Estados Unidos, China e União Europeia, tem sido acusada pela Ucrânia de atacar civis e infraestruturas vitais de energia.

O G20 referiu-se igualmente ao "imenso sofrimento humano" e aos problemas globais causados pela guerra em termos de abastecimento energético, segurança alimentar e riscos de instabilidade financeira.

O texto, segundo a EFE, foi aprovado após árduas negociações, principalmente devido à relutância da Rússia.

Na cimeira da Ásia Oriental, realizada no Camboja, no domingo, a Rússia impediu a aprovação de uma declaração final por discordar dos termos em que era referida a guerra na Ucrânia.

Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro deste ano, nenhuma reunião ministerial do G20 conseguiu aprovar um documento de consenso devido a diferenças sobre a inclusão de referências ao conflito e em que termos.

A declaração aprovada hoje pelo G20 utiliza linguagem semelhante à da resolução da Assembleia Geral da ONU contra a invasão aprovada em março.

Nesse texto, a ONU deplorava "nos termos mais fortes a agressão da Rússia contra a Ucrânia" e apelava para "uma retirada incondicional" das tropas russas do território do país vizinho.

A Rússia refere-se oficialmente à sua invasão da Ucrânia como uma "operação militar especial", o que tem dificultado a utilização do termo "guerra" em declarações multilaterais acordadas em qualquer fórum internacional.

O líder russo, Vladimir Putin, não participou na cimeira alegando problemas de agenda e a necessidade de permanecer na Rússia, tendo sido representado no primeiro dia de trabalhos pelo seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov

GUERRA NA UCRÂNIA: ONU diz que é "absolutamente essencial" evitar escalada da guerra

© Lusa

Por LUSA  16/11/22 

O secretário-geral da ONU defendeu terça-feira à noite que é "absolutamente essencial" evitar a escalada da guerra na Ucrânia, mostrando-se "profundamente preocupado" com a queda de um míssil de fabrico russo na Polónia.

Numa breve declaração transmitida pelo porta-voz da ONU, António Guterres apelou a uma "investigação exaustiva" da queda do míssil que matou duas pessoas na Polónia.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Polónia confirmou na noite de terça-feira que um "projétil de fabrico russo" atingiu o território deste país da NATO junto à fronteira com a Ucrânia, causando a morte a duas pessoas.

"Na vila de Przewodów (...), um projétil de fabrico russo caiu, matando dois cidadãos da República da Polónia", salienta-se num comunicado do porta-voz do ministério, Lukasz Jasina.

Na mesma nota acrescenta-se que o embaixador russo na Polónia foi convocado para prestar "explicações detalhadas".

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse hoje que é improvável que o míssil que atingiu a Polónia e matou duas pessoas tenha sido disparado a partir da Rússia.

"Há informações preliminares que contestam isso", disse Biden aos jornalistas quando questionado se o míssil foi disparado da Rússia. "É improvável nas linhas da trajetória que tenha sido disparado da Rússia, mas veremos", acrescentou.

Por outro lado, os líderes do G7 e da NATO decidiram apoiar uma investigação sobre a queda do míssil de fabrico russo, revelou o Presidente dos EUA.

Em Bali, onde Joe Biden se encontra a participar na cimeira do G20, o governante explicou que este acordo foi alcançado "por unanimidade" durante uma reunião de emergência que decorreu esta manhã.

De acordo com a agência de notícias France-Presse (AFP), o encontro realizou-se no hotel Grand Hyatt, em Bali, onde está hospedado Joe Biden.

Além de Biden, estiveram presentes no encontro de emergência o chanceler alemão, Olaf Scholz, os primeiros-ministros do Canadá, Reino Unido, Itália e Japão, Justin Trudeau, Rishi Sunak, Giorgia Meloni e Kishida Fumio, respetivamente, e o Presidente francês, Emmanuel Macron.

Também a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, encontram-se no local, informou a Casa Branca.

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G7 vai reunir-se de emergência após queda de mísseis na Polónia... Encontro vai decorrer em Bali.

© Shutterstock

Notícias ao Minuto  16/11/22 

Os líderes do G7 estão a organizar uma reunião de emergência, a realizar-se esta quarta-feira, na sequência da explosão na Polónia, anunciou a agência de notícias Kyodo, citando uma fonte do governo japonês.

O encontro vai decorrer em Bali, na Indonésia, onde está a realizar-se a cimeira do G20.

Os chefes de governo dos Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Reino Unido deverão discutir o incidente e as possíveis consequências. De referir que todos os sete países mais industrializados do mundo são membros da NATO, excepto o Japão.

De acordo com a Reuters, uma reunião entre Japão e Reino Unido marcada para o mesmo dia foi suspensa devido a este encontro de emergência.

O primeiro-ministro polaco já confirmou que o seu Governo está a ponderar invocar o Artigo 4.º da NATO, segundo o qual os aliados "se consultarão quando, na opinião de qualquer um deles, a integridade territorial, a independência política ou a segurança de qualquer das partes for ameaçada".

Por sua vez, o Presidente polaco, Andrzej Duda, explicou que o seu país ainda não tinha "provas inequívocas" sobre o autor do lançamento do míssil que matou duas pessoas no leste do país, assegurando que a investigação "está em andamento".

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Polónia tinha confirmado momentos antes que um "projétil de fabrico russo" atingiu o território deste país da NATO, causando a morte a duas pessoas.

"Às 15h40 (14h40 em Lisboa), na vila de Przewodów (...), um projétil de fabrico russo caiu, matando dois cidadãos da República da Polónia", salienta um comunicado de Lukasz Jasina, o porta-voz do ministério.

A mesma nota acrescentava que o embaixador russo na Polónia foi convocado para prestar "explicações detalhadas".

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, vai realizar hoje uma "reunião de emergência" com os embaixadores da Aliança Atlântica sobre esta ocorrência, disse um porta-voz na terça-feira.


NATO reúne-se de "emergência" na quarta-feira para discutir situação na Polónia

OLIVIER MATTHYS

SIC Notícias

Na reunião vão participar o secretário-geral e os embaixadores da NATO.

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, vai realizar uma "reunião de emergência" com os embaixadores da Aliança Atlântica na quarta-feira sobre a explosão que matou duas pessoas na Polónia, disse esta terça-feira um porta-voz.

"O secretário-geral vai presidir uma reunião de emergência dos embaixadores da NATO amanhã [quarta-feira] para discutir este trágico incidente", disse a porta-voz do organismo, Oana Lungescu, enquanto informações não confirmadas levantavam a possibilidade de mísseis russos terem atingido o território polaco.

Um alto funcionário dos serviços de informações dos Estados Unidos disse esta terça-feira que mísseis russos caíram na Polónia, país membro da NATO, incidente que causou a morte a duas pessoas.

O primeiro-ministro polaco já reagiu ao incidente. Depois de uma reunião de emergência com os elementos do Governo, Mateusz Morawiecki anunciou, numa declaração ao país, que vai aumentar monitorização no espaço aéreo. O primeiro-ministro apelou a todos os polacos que mantenham a calma.

O Presidente da Polónia, Andrzej Duda, diz que não há provas definitivas de que míssil tenha sido disparado da Rússia.

De acordo com órgãos de comunicação polacos, duas pessoas morreram esta terça-feira à tarde, depois de um projétil ter atingido uma zona agrícola em Przewodów, uma vila polaca perto da fronteira com a Ucrânia.

A polícia e o Exército já estão presentes no local, segundo os media, que noticiaram também que os bombeiros confirmaram a ocorrência de explosões naquela localidade, noticiou a agência Efe.

De acordo com a Força Aérea ucraniana, a Rússia disparou esta terça-feira sobre as infraestruturas de produção de energia elétrica de várias regiões ucranianas "cerca de" 100 mísseis, causando cortes de eletricidade, além de ter atingido igualmente zonas residenciais e feito pelo menos um morto na capital ucraniana, Kiev.

Mais de sete milhões de habitações da Ucrânia estão sem eletricidade após os novos bombardeamentos russos.


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Investigação sobre cancro deve ser prioritária para evitar epidemia da doença na próxima década, revela estudo

Por  Cnnportugal.iol.pt

Estima-se que um milhão de diagnósticos não tenha sido feito em toda a Europa durante a pandemia, falando de “uma corrida contra o tempo” para encontrar esses doentes

Os sistemas de saúde e a investigação sobre o cancro devem tornar-se uma prioridade urgentemente para evitar uma epidemia da doença na Europa na próxima década, defendem especialistas num relatório da revista Lancet Oncology a publicar na quarta-feira.

Segundo um comunicado divulgado esta terça-feira, o estudo, a cargo da Comissão “European Groundshot”, recomenda ainda a “priorização de áreas de investigação do cancro mal servidas, incluindo prevenção e diagnóstico precoce, radioterapia e cirurgia”.

Identificar e tentar resolver os obstáculos à transformação do conhecimento em prática médica (ciência da implementação), agir sobre a igualdade de género e colocar maior ênfase na sobrevivência são outras das recomendações do relatório.

“Tendo em conta a pandemia da covid-19, o ‘Brexit’ e a invasão da Ucrânia pela Rússia, é mais importante do que nunca que a Europa desenvolva um plano de ação resiliente para a investigação do cancro que tenha um papel transformador na melhoria da prevenção, diagnóstico, tratamento e qualidade de vida dos atuais e futuros pacientes e outros”, diz o professor Mark Lawler, da Queen's University Belfast, Reino Unido, presidente da Comissão e principal autor do relatório, citado no comunicado.

Lawler indica que se estima que um milhão de diagnósticos de cancro não tenha sido feito em toda a Europa durante a pandemia, falando de “uma corrida contra o tempo” para encontrar esses doentes.

A Comissão” European Groundshot” descobriu que “os médicos atenderam menos 1,5 milhões de pacientes com cancro no primeiro ano da pandemia”, que foi atrasada a cirurgia ou o tratamento de quimioterapia no caso de “um em cada dois pacientes” e que falharam “100 milhões de testes de rastreio”.

Na primeira onda da pandemia, o fecho dos laboratórios e atrasos ou cancelamentos de ensaios clínicos tiveram “um efeito assustador” na investigação do cancro.

“Estamos preocupados com o facto de a Europa estar a caminhar para uma epidemia de cancro na próxima década se os sistemas de saúde e a investigação do cancro não forem priorizados com urgência”, assinala.

Segundo o estudo, a invasão da Ucrânia pela Rússia (iniciada a 24 de fevereiro) representa outro grande desafio para a investigação do cancro na Europa, pois os países “são dois dos que mais contribuem para a investigação clínica” da doença no mundo, sobretudo a patrocinada pela indústria.

Muitos ensaios clínicos de cancro na Ucrânia incluem centros em países da Europa Central e Oriental e o conflito levará provavelmente a que muitos deles sejam adiados, além disso a indústria poderá considerar “demasiado arriscado” realizar investigação em países que fazem fronteira com a Ucrânia.

“A perda de investimento do setor privado seria extremamente prejudicial para a investigação do cancro na Europa Central e Oriental”, indica o comunicado.

Prevendo que o ‘Brexit’ continuará a ter um impacto negativo na investigação europeia sobre o cancro, a comissão recomenda que “os financiadores europeus de investigação (…) e a comunidade de investigação europeia (…) mitiguem o impacto” da saída do Reino Unido da União Europeia (UE), garantindo que o país “possa continuar a colaborar com parceiros europeus e a contribuir para as atividades europeias de investigação e inovação sobre o cancro”.

“Se o Reino Unido não estiver envolvido na investigação colaborativa da UE sobre o cancro e não fizer parte da comunidade de investigação do (programa) Horizonte Europa, isso terá um efeito extremamente prejudicial na atividade europeia de pesquisa” sobre a doença e “em última análise, os doentes (…) pagarão o preço por essa decisão em termos de resultados ao nível da saúde”, diz Lawler.

Horizonte Europa é o principal programa da UE para o financiamento da investigação e da inovação.

Segundo a Comissão, entre 2010 e 2019, o investimento na investigação do cancro na Europa, excluindo o setor privado, foi de 20 a 22 mil milhões de euros, cerca de 26 euros ‘per capita’. Considerando existir uma “diferença dramática” em relação ao que é investido nos Estados Unidos e que corresponde a cerca de 76 mil milhões de euros (234 ‘per capita’), a ‘European Groundshot’ pede a “duplicação do orçamento europeu de investigação do cancro para 50 euros ‘per capita’, até 2030”.

Defende ainda que a investigação sobre o cancro na Europa tenha “um foco mais centrado no paciente, do que na tecnologia”.

“Os comissários esperam que as conclusões e recomendações contidas neste relatório ajudem a comunidade europeia de investigação do cancro no seu trabalho por uma agenda mais equitativa em que todos os cidadãos e doentes, independentemente do local onde vivem, beneficiem igualmente dos avanços na investigação do cancro”, refere o comunicado da Lancet.

Um novo estudo mostra que a idade na qual os homens são mais atraentes é aos 50 anos, enquanto das mulheres é aos 18 anos, quando elas acabaram de atingir a maioridade.

Auge da atração dos homens é aos 50 anos, e das mulheres aos 18, diz estudo

Quantidade de diplomas também influencia: quanto mais elas tinham, menos os rapazes as desejavam

Um novo estudo mostrou que em sites de namoro, a idade na qual os homens são mais atratentes é aos 50 anos, enquanto das mulheres é aos 18 anos, quando elas acabaram de atingir a maioridade. 

Publicada na revista Science Advances, a pesquisa analisou a “desejabilidade” dos usuários masculinos e femininos, com base em mais de 200 mil mensagens, sendo que todos buscavam parceiros do gênero oposto. 

"A variação de idade para as mulheres nos surpreendeu. Tanto pelo fato de que a atração declinou constantemente de quando elas tinham 18 anos para até 65 anos, mas também porque era acentuado", disse Elizabeth Bruch, professora de sociologia na Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. 

A análise usou dados do site de namoro OkCupid de 2010, quando o portal descobriu que os homens de 22 a 30 anos focam quase inteiramente em mulheres que são mais jovens do que eles. 

“O homem mediano de 30 anos passa tanto tempo trocando mensagens com adolescentes quanto mulheres da mesma idade”, escreveu o OkCupid em um post na época. O site também revelou que à medida que um homem envelhece, ele procura por mulheres jovens e mais jovens, enquanto limite da idade aceitável dele está acima "média". “A fixação masculina na juventude distorce o namoro”, concluiu o OkCupid.

Michelle Drouin, psicóloga de relacionamentos, não se surpreendeu com o novo estudo. Em parte porque se “alinha com as teorias evolucionistas do acasalamento”, em que a juventude sugere fertilidade. Ela apontou, no entanto, que existem outras hipóteses que sugerem que “os homens estão menos interessados em ganhar poder, e mais interessados na atração física”.

Educação

A professora Bruch também descobriu que a atração de um homem aumentava quanto mais diplomas ele alcançava. Para as mulheres, a desejabilidade terminava se elas tivessem um curso de graduação. Além disso, o ensino de pós-graduação as tornava "menos desejáveis".

Para a psicóloga Drouin, a importância de diplomas pode estar relacionada à “crenças de que formações mais altas pelas mulheres se traduzem em mais comprometimento no trabalho e menos dedicação à família."

Expectativa x Realidade

Drouin ainda enfatizou que as preferências das pessoas que procuram parceiros online refletem um desejo quase "sonhador", e não necessariamente o que elas querem na vida real. Uma descoberta importante deste estudo foi que a maioria dos usuários envia mensagens para quem é mais desejável do que eles – 25% mais desejável, para ser exato.

Esses dados representam "a realidade das preferências de namoro", o que muitas vezes não é a realidade do relacionamento. "Essas mensagens enviadas por paqueradores online podem ser comparadas aos jogos de caça-níqueis", afirmou Drouin. "Pouco investimento no começo pode render muito no final, então por que não optar por uma chance na maior vitória?"

Fonte: Fatos Desconhecidos GALIELU

terça-feira, 15 de novembro de 2022

Presidente da República da Guiné-Bissau em ano de Conferência Internacional em prol e na defesa do ambiente dá um grande exemplo ao plantar uma árvore em solo gabonês e de se fazer retratar numa mesa feita a partir de um tronco de uma grande árvore abatida.


 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

Primeiro Ministro, Nuno Gomes Nabiam visita o Centro de Instrução Militar de Cumeré em reabilitação.

Radio Voz Do Povo

Extinção de 28 partidos: SILVESTRE ALVES CONSIDERA “ENCOMENDADA” DECISÃO DO SUPREMO TRIBUNAL

 JORNAL ODEMOCRATA  15/11/2022  

O líder do Movimento Democrático Guineense (MDG), Silvestre Alves, considerou esta terça-feira, 15 de novembro de 2022, “encomendada” a decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) em extinguir 28 partidos políticos, por essa decisão ser “dois pesos e duas medidas”.

Em entrevista aos jornalistas na sua residência para reagir a decisão do Supremo Tribunal de Justiça que extinguiu 28 partidos políticos, incluindo o seu partido, Alves afirmou que a democracia guineense é uma “farsa comprometida”, devido aos espantados que querem protagonismos por via da força, querem ter dinheiro pela facilidade e drogas.

Disse também que a sua formação política tem dificuldade em aceitar o despacho do STJ, porque a Lei quadro dos partidos políticos tratou-se de vários aspetos, mas “infelizmente viram o STJ preocupar-se mais com o número dos militantes em vez de se preocupar com a proveniência dos fundos”.

Silvestre Alves disse que não vale a pena continuar com partido que acarreta encargos, mas sim continuar como cidadão, fazendo o seu dever. Adiantou que é preciso fazer uma revolução radical com métodos, refundando o Estado guineense, caso contrário o país vai ter pessoas espantadas como comerciantes, negociantes, narcotraficantes para dirigir Estado sem capacidade.    

O político assegurou que o Supremo Tribunal de Justiça não tem uma Lei de aplicação, mas a lei quadro é uma espécie de lei de base que precisa de uma lei de aplicação para definir qual é a periodicidade que o STJ deve verificar, adiantando que a medida tomada pela corte Suprema não levou em consideração os resultados eleitorais, porque a sua formação política teve mais de dois mil votos que ultrapassou o número que está a ser exigido, mesmo não concorrendo em todos os círculos eleitorais.

Alves disse que se as eleições marcadas para 18 de dezembro estão comprometidas, por isso não faz sentido exigir os partidos para apresentar a lista dos seus militantes.

“Não faz sentido, ou seja, perde pertinência o despacho produzido no mês de setembro último, se afinal de contas as eleições vão ser adiadas. Quanto mais próximo for as eleições, podíamos dizer que o número dos militantes apresentados pelos partidos é tendencialmente fiel para chegar ao ato eleitoral, não é oito meses antes, porque tudo leva a crer que as eleições não serão realizadas antes do mês de maio, mas o Supremo já começa a inviabilizar ou extinguir partidos”, sublinhou.

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: A.A       

Presidente em exercício de Comissão Nacional de Eleições declarou a abertura de todas as Comissões Regionais de Eleições.

MPABI CABI, disse que a Comissão Nacional de Eleições promove ações de formação aos membros de estruturas regionais e Setoriais da CREs.


Radio TV Bantaba

"O terror não está confinado às nossas fronteiras", afirma Zelensky... Mísseis russos terão atingido a Polónia, país membro da NATO, esta terça-feira.

© John Moore/Getty Images

Notícias ao Minuto

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, reagiu à queda de um míssil na Polónia, que matou duas pessoas, e apontou o dedo à Rússia.

"Hoje aconteceu o que avisamos por muito tempo. O terror não está confinado às nossas fronteiras estaduais. Mísseis russos atingiram a Polónia, em todo o território do nosso país amigo. Quantas vezes a Ucrânia disse que o terrorismo não será limitado? Polónia, Estados Bálticos... É uma questão de tempo até o terror russo seguir em frente", afirmou o líder ucraniano numa mensagem nas suas redes sociais.

Zelensky deixou ainda uma mensagem de solidariedade com o povo polaco. "Quero dizer a todos os nossos irmãos e irmãs polacos: A Ucrânia vai sempre apoiar-vos! O terror não libertará as pessoas! A vitória é possível quando não há medo! Não o temos", concluiu.

Recorde-se que, na tarde desta terça-feira, mísseis atingiram a Polónia, país membro da NATO. A informação foi avançada por um alto funcionário da inteligência dos EUA. 

A imprensa polaca avança que há dois mortos a registar depois de um projétil ter atingido uma zona agrícola em Przewodów, uma vila polaca perto da fronteira com a Ucrânia.

O primeiro-ministro da Polónia, Mateusz Morawiecki, terá convocado uma reunião de emergência do comitê para assuntos de segurança e defesa nacional, conforme avançou o porta-voz do governo, Piotr Müller, no Twitter.


GUERRA NA UCRÂNIA: G20 prepara declaração que condena com firmeza invasão russa da Ucrânia

© Reuters

Por LUSA 15/11/22 

Os líderes das maiores economias mundiais (G20) estão próximos da aprovação de uma declaração que denuncia a invasão russa que devastou a Ucrânia e afetou a economia global, podendo obter aprovação da China e Índia, indicou hoje a AP.

De acordo com a agência noticiosa norte-americana Associated Press (AP), o residente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, exerceram hoje uma forte pressão sobre os países participantes para que seja emitida uma forte condenação às ameaças nucleares da Rússia e ao embargo aos produtos alimentares, e que poderá contar com o apoio de Pequim, que tem recusado censurar Moscovo até ao momento, e da Índia, um importante cliente do armamento russo.

As discussões e um possível voto vão ainda prosseguir na quarta-feira, último dia da cimeira, e quando um projeto de declaração do G20 se associa à condenação das Nações Unidas à guerra da Rússia na Ucrânia, apesar das diversas perspetivas entre os seus membros, segundo prossegue a AP.

A cautelosa redação da declaração é um reflexo das tensões que prevalecem no encontro, que inclui dirigentes da Rússia e da China, e os desafios enfrentados pelos Estados Unidos e aliados na tentativa de isolarem o Governo do Presidente russo, Vladimir Putin. Alguns países parecem também pretender evitar envolver-se nos antagonismos entre as maiores potências.

No entanto, e caso seja aprovada na sua atual forma, a declaração constituirá uma forte crítica a uma guerra que já provocou milhares de mortos e feridos e milhões de refugiados e deslocados, para além de ter agravado as tensões em termos de segurança global e perturbado a economia global.

Caso se concretize, indica a AP, constituirá um marco significativo desde que a China e a Índia se abstiveram de condenar a invasão russa na resolução da ONU de março passado.

O projeto de declaração avançado pela AP "lamenta nos seus mais fortes termos a agressão da Federação Russa" e "solicita a sua completa e total retirada do território da Ucrânia".

O texto do G20 assinala que existem diferentes perspetivas sobre a situação e as sanções contra a Rússia, sublinhando que o bloco não é o fórum vocacionado para a resolução de questões de segurança.

O conselheiro para a Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, criticou os mais recentes ataques russos na Ucrânia, que hoje atingiram infraestruturas energéticas em diversas cidades, enquanto o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, que dirigiu a delegação russa à Indonésia em substituição de Putin, denunciou as pressões da administração de Joe Biden para condenar Moscovo.

"Todos os problemas estão do lado ucraniano que se recusa categoricamente a manter quaisquer conversações e apresenta condições obviamente irrealistas e inadequadas a esta situação", disse Lavrov antes de abandonar Bali, sendo substituído na reunião pelo ministro das Finanças, Anton Siluanov.

Outros dos problemas para a economia global nos dois últimos anos foi a pandemia da doença covid-19, e que voltou a ser acentuada após o regresso apressado ao seu país do primeiro-ministro cambojano, Hun Sem, que testou positivo.

Na sua intervenção por videoconferência durante esta reunião do G20, Zelensky reiterou as dez condições para o fim do conflito, incluindo a total retirada das tropas russas e o total controlo ucraniano sobre o seu território.

"A Ucrânia não apenas deve concluir compromissos de acordo com a sua consciência, soberania, território e independência", disse o chefe de Estado ucraniano.

"A Ucrânia sempre liderou os esforços de manutenção da paz, e o mundo testemunhou-o. E se a Rússia diz que pretende supostamente terminar com esta guerra, que o prove com ações", acrescentou.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus --, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.557 civis mortos e 10.074 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Xº Congresso do PAIGC: Conselho de Jurisdição valida todas as candidaturas.

Por: Radio TV Bantaba Novembro 15, 2022

O Conselho Nacional de Jurisdição do Partido Africana da Independência da Guiné e Cabo Verde disse que todas as candidaturas a liderança dos libertadores reuniram as condições para o efeito.

A posição consta no “ACÓRDÃO Nº 1/2022”, hoje tornada a pública, a qual a Rádio TV Bantaba teve aceso.

No Acórdão, o Conselho Nacional de Jurisdição sustentou que “ao abrigo e para efeitos do disposto no n.º 3 do artigo 38º dos Estatutos do PAIGC, o Conselho Nacional de Jurisdição e Fiscalização reuniu-se em sessão extraordinária para apreciar as candidaturas à presidência do PAIGC, a eleição a ser realizada no Xº Congresso Ordinário do Partido”.

“O Conselho Nacional de Jurisdição Fiscalização, no uso das competências que lhes são conferidas pelos Estatutos do Partido, ao abrigo (e para efeitos) do disposto no n.º 3 do artigo 38º dos Estatutos do PAIGC, aferiu a elegibilidade de todos os candidatos em função dos critérios de candidatura ao cargo de Presidente do PAIGC, constantes do n.º 1 do mesmo artigo, e das condições constantes da Diretiva da Comissão Organizadora do Xº Congresso do Partido, de 15 de agosto de 2022”, lê-se no Acórdão.

Deste modo, o Conselho Nacional de Jurisdição e Fiscalização dos libertadores delibera que “considerando que todos os Cam: radas acima indicados reúnem, à luz dos Estatutos do PAIGC, condições de elegibilidade ao cargo de Presidente do Partido Africano de Independência de Guiné e Cabo verde, podendo se apresentar nas eleições a esse cargo no Xº Congresso Ordinário do Partido”.

Candidatam para a liderança dos libertadores Edson Araújo, João Bernardo Vieira, Domingos Simões Pereira [candidata a sua sucessão], Octávio Augusto Lopes, Martilene dos Santos e Raimundo Pereira.

O Partidos Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde remarcou seu Xº Congresso Ordinário entre 18 a 20 de novembro de ano em curso.

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Por: Tiago Seide JORNAL ODEMOCRATA  15/11/2022  

O Conselho Nacional de Jurisdição e Fiscalização do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) validou 6 candidaturas à liderança do partido no décimo Congresso ordinário a realizar-se entre os dias 18 a 20 de novembro em Bissau.

Tratam-se do presidente cessante, Domingos Simões Pereira, o Porta-voz cessante, João Bernardo Vieira, o coordenador cessante dos quadros, Martilene dos Santos, o antigo Presidente Interino do país, Raimundo Pereira, o antigo diretor do gabinete ex-chefe de Estado, Octávio Augusto Lopes, e Edson João Saldanha Araújo, membro do Comité Central. 

A decisão consta do acordão nº01/2022 daquele órgão do partido libertador, assinado por sete dos 8 membros que constituem o órgão, no qual pode-se ler que todos os candidatos reúnem as condições de elegibilidade, podendo concorrer-se a esse cargo no Xº Congresso Ordinário do partido.

“Verificados os dossiês das candidaturas, constatou-se que todos apresentaram os respetivos cartões de militância no PAIGC, comprovativo do pagamento de quotas e biografia política. Também se verificou que todos são militantes do PAIGC com mais de dez anos de militância ativa e ininterrupta; ninguém, dentre eles, foi objeto de condenação definitiva por infração disciplinar grave, nos termos dos Estatutos e do Regulamento Disciplinar” lê-se no acordão, sublinhando também que “ninguém, de entre os candidatos, foi objeto de condenação definitiva por prática de crime doloso e que todos gozam de integridade moral e cívica irreparáveis”.

O congresso do PAIGC foi adiado por várias vezes devido a uma ação judicial que o militante Bolom Conté interpôs contra o partido no tribunal.

A reunião magna dos libertadores remarcada para os dias 18 a 20 de novembro vai juntar mais de 1400 delegados, vindos de diferentes estruturas do PAIGC na Guiné-Bissau e na diáspora.

Refira-se que o Tribunal de Relação indeferiu, no dia 28 de outubro, o requerimento de recurso de agravo interposto por Bolom Conté.




PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU, COMANDANTE SUPREMO DAS FORÇAS ARMADAS E PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DA CEDEAO TERMINA ESTA TARDE A SUA VISITA OFICIAL E DE TRABALHO À REPÚBLICA GABONESA.

 Umaro S. Embaló/Presidente de Concórdia Nacional

Os Presidentes do Gabão e da Guiné-Bissau, respectivamente, Ali Bongo e Úmaro Sissoco Embaló estiveram reunidos num tete-a-tete e posteriormente alargado as duas delegações governamentais.

No termo dessas negociações foram assinados pelos respectivos Ministros dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau e do Gabão, dois importantes documentos.

Um Memorando de Entendimento entre o Gabão e a Guiné-Bissau que prevê doravante consultas políticas e diplomáticas regulares entre os dois países e um Projecto de Acordo-Quadro de Cooperação que visa consolidar as relações de amizade, fraternidade, solidariedade e cooperação entre os nossos dois países com base nos princípios da Carta das Nações Unidas e do direito internacional, imbuídos do desejo comum de contribuir para o desenvolvimento de suas respectivas economias e o bem-estar de seus povos por meio da cooperação mutuamente benéfica para ambos os Estados.

O Gabão e a Guiné-Bissau expressando a vontade política dos Presidente Úmaro Sissoco Embaló e Ali Bongo, os dois países pretendem doravante fortalecer os laços históricos e a solidariedade entre seus nacionais, bem como reforçar a sua cooperação bilateral, nomeadamente nos domínios político, económico, social, cultural, de segurança, científico, técnico, económico, comercial, turístico, educativo, de investimento, informação e comunicação, juventude e desporto, partindo do princípio que entendimento trará benefícios que podem advir do fortalecimento desta cooperação, de acordo com as leis e regulamentações vigentes em ambos os países.

Após a assinatura destes dois importantes documentos na presença dos dois Chefes de Estado, o Presidente Ali Bongo obsequiou o seu homólogo guineense, General Úmaro Sissoco Embaló e a sua delegação com um almoço oficial, seguida de uma visita à Zona Económica Especial, um modelo de experiência promocional ao investimento.

Mísseis russos atingem Polónia. Há pelo menos dois mortos

© Facebook WoW - Wolski o Wojnie

Notícias ao Minuto  15/11/22 

O primeiro-ministro da Polónia, Mateusz Morawiecki, terá convocado uma reunião de emergência do comitê para assuntos de segurança e defesa nacional.

Mísseis russos atingiram a Polónia, país membro da NATO, esta terça-feira. A informação é avançada por um alto funcionário da inteligência dos EUA.

A imprensa polaca avança que há dois mortos a registar depois de um projétil ter atingido uma zona agrícola em Przewodów, uma vila polaca perto da fronteira com a Ucrânia.

O primeiro-ministro da Polónia, Mateusz Morawiecki, terá convocado uma reunião de emergência do comitê para assuntos de segurança e defesa nacional, conforme avançou o porta-voz do governo, Piotr Müller, no Twitter.

Apesar de Müller não ter mencionado o tema em discussão, os meios de comunicação locais avançam que a reunião de emergência se deve a uma "situação de crise" e deverá estar relacionada com a explosão na fronteira da Polónia com a Ucrânia.

Recorde-se que, esta terça-feira, a Rússia bombardeou em massa várias cidades e instalações de energia da Ucrânia. Lviv, uma das cidades atingidas, está localizada perto do território polaco.

Recorde-se que a ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.557 civis mortos e 10.074 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


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Guiné-Bissau e Gabão "reforçam laços" de amizade e cooperação

 Por LUSA  15/11/22 

A Guiné-Bissau e o Gabão assinaram um memorando de entendimento e um projeto de acordo-quadro de cooperação no âmbito de uma visita do chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló, ao país, foi hoje anunciado.

Numa nota divulgada na rede social Facebook, a Presidência guineense anunciou que foram assinados entre os ministros dos Negócios Estrangeiros dos dois países um "memorando de entendimento que prevê doravante consultas políticas e diplomáticas regulares entre os dois países".

Segundo a Presidência, foi também assinado um "projeto de acordo-quadro de cooperação, que visa consolidar as relações de amizade, fraternidade, solidariedade e cooperação".

Os dois países pretendem reforçar a cooperação bilateral nos domínios "político, económico, social, cultural, segurança, científico, técnico, económico, comercial, turístico, educativo, do investimento, informação e comunicação, juventude e desporto", refere a nota.

O Presidente guineense chegou segunda-feira ao Gabão para uma visita de 24 horas, proveniente da República do Congo, onde esteve reunido com o seu homólogo, Denis Sassou Nguesso, no quadro dos contactos regulares entre os dois chefes de Estado.

Antes, Umaro Sissoco Embaló tinha estado no Ruanda e na República Democrática do Congo (RDCongo), onde abordou com os seus homólogos a "crescente tensão" entre os dois países.

O leste da RDCongo está mergulhado em conflito há mais de duas décadas, alimentado por milícias rebeldes e pelo Exército congolês, apesar da presença da missão de manutenção da paz das Nações Unidas, a Monusco.

Os combates entre o M23 e o Exército congolês intensificaram-se de novo no final de outubro, após um período de tréguas.

Os combates, além de terem causado dezenas de milhares de deslocados internos, levaram o M23 a controlar várias cidades na província do Kivu do Norte e geraram uma crise diplomática em que a República Democrática do Congo acusa o Ruanda de apoiar o M23, uma alegação que o Governo ruandês sempre negou.

No entanto, um relatório confidencial de peritos da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado no início de agosto, confirmou esta cooperação.

O M23 foi criado em 2012, quando soldados congoleses se revoltaram com a perda do poder do seu líder, Bosco Ntaganda, acusado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra e devido a alegadas violações do acordo de paz de 23 de março de 2009, após o qual o movimento é nomeado.

O grupo exigiu uma renegociação do acordo assinado pela guerrilha congolesa Congresso Nacional de Defesa do Povo (CNDP) para a sua integração no exército, a fim de melhorar as suas condições.

O CNDP, constituído principalmente por tutsis (um grupo que sofreu com o genocídio ruandês de 1994), foi formado em 2006 para - entre outros objetivos - combater os hutus das Forças Democráticas para a Libertação do Ruanda (FDLR), fundado em 2000 pelos líderes do genocídio e outros ruandeses exilados na RDCongo a fim de recuperarem o poder político no seu país.

Rússia dispara "cerca de 100 mísseis" contra a Ucrânia... Estas explosões podem ser os sistemas de defesa aérea da cidade a destruir mísseis, que estão a ser lançados pelas tropas russas.

© Ed Ram/Getty Images

Notícias ao Minuto  15/11/22 

Esta terça-feira, a Rússia lançou “cerca de 100 mísseis” em diferentes cidades ucranianas. De acordo com o porta-voz da Força Aérea da Ucrânia, os ataques de hoje visaram essencialmente a infraestrutura de energia em toda a Ucrânia.

"Cerca de 100 mísseis foram disparados (...) a partir do mar Cáspio, a região [russa] de Rostov", e também "a partir do mar Negro", indicou Iuri Ignat em direto na televisão ucraniana, citado pela CNN, precisando que "até agora, não se registou a utilização de 'drones' de ataque".

Esta tarde, o presidente da câmara de Kyiv, Vitaly Klitschko, revelou que pelo menos uma pessoa morreu hoje na capital da Ucrânia, na sequência dos bombardeamentos russos.

Este ataque a Kyiv atribuído ao exército de Moscovo surge alguns dias após a retirada das forças russas de Kherson, sul da Ucrânia, e em plena cimeira do G20, na Indonésia.

"A Rússia responde ao poderoso discurso de Volodymyr Zelensky no G20 com um novo ataque com mísseis. Alguém pensa seriamente que o Kremlin quer a paz? Pretendem obediência. Mas no final, os terroristas perdem sempre", denunciou, através da rede social Twitter, Andrii Iermak, chefe de gabinete da Presidência ucraniana.

Num breve vídeo difundido no Telegram por Kyrylo Tymochenko, chefe-adjunto da Presidência ucraniana, era visível uma parte de um edifício de cinco andares em chamas.

"O perigo não passou. Permaneçam nos abrigos", exortou o representante numa mensagem aos habitantes da capital.

O alerta antiaéreo foi acionado em todo o território ao início da tarde devido a possíveis ataques com mísseis.

Também as cidades ucranianas de Lviv (oeste) e Kharkiv (nordeste) foram hoje alvo de bombardeamentos russos, indicaram os respetivos presidentes da câmara.

Cortes de eletricidade de emergência ou em consequência dos bombardeamentos verificam-se, neste momento, em várias regiões da Ucrânia, segundo as autoridades locais.

Recorde-se que a ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.557 civis mortos e 10.074 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


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O chanceler alemão, Olaf Scholz, defendeu hoje, na Indonésia, que a Rússia terá de aceitar, mais cedo ou mais tarde, que a retirada das suas tropas da Ucrânia é a única saída para o conflito.

© Getty Images

Por LUSA  15/11/22 

 Retirada de tropas? "Terá de chegar uma altura em que a Rússia aceite"

O chanceler alemão, Olaf Scholz, defendeu hoje, na Indonésia, que a Rússia terá de aceitar, mais cedo ou mais tarde, que a retirada das suas tropas da Ucrânia é a única saída para o conflito.

"Terá de chegar uma altura em que a Rússia reconheça e aceite que tem de sair desta situação, e uma das exigências é a retirada das tropas", disse Scholz, citado pela agência EFE, numa conferência de imprensa em Nusa Dua, na ilha indonésia de Bali, onde participa na cimeira do G20.

Relativamente à proposta de paz de dez pontos apresentada ao grupo das 20 economias mais desenvolvidas e emergentes pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o chanceler alemão reiterou que o "importante agora é que a Rússia termine a sua guerra de agressão e retire as suas tropas".

Além da retirada das tropas russas e do respeito pela integridade territorial da Ucrânia, o plano de Zelensky prevê garantias de segurança nuclear, energética e alimentar, e a criação de um tribunal especial sobre crimes de guerra.

Inclui também a libertação de prisioneiros e deportados, proteção ambiental, prevenção de escalada e confirmação do fim da guerra.

Presente no G20, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, considerou irrealistas as exigências de Zelensky para a Ucrânia negociar o fim da guerra com a Rússia.

Scholz insistiu que a retirada das tropas russas é a base para alcançar uma situação em que a paz possa ser negociada.

Considerou que a paz não pode ser ditada pela perspetiva russa, porque a Ucrânia e a comunidade internacional não a aceitariam.

Neste sentido, disse ser a favor de se manter o diálogo com o Presidente russo, Vladimir Putin, como tem feito nos últimos meses.

"Penso que é a coisa certa, ter um diálogo contínuo em que também discutimos precisamente as questões que vemos de forma diferente", disse.

O chanceler alemão lembrou que manteve conversações não só com Zelensky, mas também com Putin tanto antes como durante a guerra que a Rússia iniciou em 24 de fevereiro deste ano.

Scholz referiu-se ainda ao projeto de acordo do G20, considerando que é deixado claro que a atual "guerra de agressão é inaceitável".

O projeto de acordo também prevê que tudo deve ser feito para contrariar o impacto da guerra no resto do mundo e que a "utilização de armas nucleares está fora de questão", segundo Scholz.

"Este é o consenso que está gradualmente a ganhar terreno aqui", disse.

Scholz acrescentou ser "particularmente valioso" que esta abordagem "tenha assumido tanta importância" na cimeira do G20 e que se chegue a acordo sobre a declaração final.

Na cimeira do G20, que termina na quarta-feira, participam, entre outros, os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, da China, Xi Jinping, e da França, Emmanuel Macron.

A Ucrânia acusou hoje a Rússia de enviar prisioneiros africanos no país para a frente de guerra, após um estudante zambiano morrer em combate, enquanto alegadamente cumpria pena numa prisão perto da capital russa.

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Por LUSA  15/11/22

 Rússia acusada de enviar prisioneiros africanos para a frente de combate

A Ucrânia acusou hoje a Rússia de enviar prisioneiros africanos no país para a frente de guerra, após um estudante zambiano morrer em combate, enquanto alegadamente cumpria pena numa prisão perto da capital russa.

"Putin está a enviar cidadãos africanos presos na Rússia para a guerra na Ucrânia", denunciou na rede social Twitter o porta-voz da diplomacia ucraniana, Oleg Nikolenko.

Na segunda-feira, a Zâmbia anunciou a morte de um dos seus cidadãos, Lemekhani Nathan Nyirenda, de 23 anos, "que morreu em 22 de setembro de 2022 na Ucrânia", enquanto deveria estar preso numa prisão na Rússia.

A Zâmbia disse que pediu à Rússia uma explicação "sobre as circunstâncias em que um cidadão zambiano, que cumpria pena de prisão em Moscovo, poderia ter sido recrutado para lutar na Ucrânia e ter perdido a vida".

"Estamos no processo de esclarecer essa questão (...), claro, esclarecendo todas as circunstâncias", afirmou o vice-chanceler russo, Mikhail Bogdanov, segundo a agência de notícias estatal Ria Novosti.

"Os africanos não devem morrer pelas ambições imperiais doentias de Putin", frisou Nikolenko, na terça-feira.

O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgueni Prigojine, com fama de ser próximo de Vladimir Putin, é acusado pela Ucrânia de enviar milhares de combatentes recrutados diretamente das prisões russas para a frente de combate, contra promessas de um grande salário e um perdão.

Lemekhani Nathan Nyirenda foi considerado culpado de violar a lei russa em abril de 2020, de acordo com o Governo da Zâmbia, que não deu mais detalhes na segunda-feira sobre o caso.

Este estudante de engenharia nuclear foi condenado a nove anos e seis meses de prisão e estava a cumprir a pena numa prisão de segurança média nos arredores de Moscovo.

Muitos prisioneiros de guerra capturados pelas forças russas e ucranianas, como parte do conflito na Ucrânia, estão a ser submetidos a tortura e maus-tratos, incluindo choques elétricos, alertou hoje a Organização das Nações Unidas.


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GOVERNO EM CONFERÊNCIA DE IMPRENSA SOBRE ESCASSEZ DE PRODUTOS DA PRIMEIRA NECESSIDADE


Rádio Jovem Bissau