terça-feira, 9 de março de 2021
COORDENADOR NACIONAL DE MADEM-G15 GARANTI KUMA POERA NA CONTINUA LANTA NA GUINÉ-BISSAU 🇬🇼.
Guiné-Bissau: Boletim Diário N. 42 - 7 casos novos de COVID-19
Boletim Diário N. 42
_ 7 casos novos de COVID-19
_ 15 pessoas recuperadas
_ 578 casos ativos de COVID-19
_ 12 pessoas internadas com COVID-19
#somos2milhões
#somos2milhõesdecomportamentos
Ali 👇 ke ku Aly Silva skirvi...
PRIMAVERA OESTE-AFRICANA: MANIFESTAÇÃO MARCADA PARA BISSAU...
@Consty Junior / ASF terça-feira, 9 de março de 2021A juventude de Bissauguinéenne acaba de lançar nas redes sociais e diversos meios de comunicação o anúncio de uma manifestação que, segundo os organizadores, está marcada para 27 de março de 2021 para exigir a saída do Presidente Umaro Sissoco Embalo que é acusado de estar ao serviço do Presidente Macky Sall, ao invés de seu país. Ele também é acusado de infringir a liberdade de expressão, autoritarismo, absolutismo, ditadura, contra-produção, etc.
Para muitos Bissauguinéens, as condições de ascensão ao poder do Sissoco Embalo permanecem obscuras ou pelo menos não convencionais, apesar do reconhecimento de sua vitória pela comunidade internacional.
Uma parte da população que ainda acredita que o resultado da eleição presidencial de dezembro de 2019 foi fraudado pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) sob pressão dos presidentes Macky Sall do Senegal, Mohamadou Issoufou do Níger e Buhari da Nigéria que foram os primeiros a reconhecer a vitória de Umaro Sissoco Embalo quando o Supremo Tribunal não se pronunciou definitivamente sobre os recursos interpostos por Domingos Simões Pereira, candidato declarado perdedor pela CNE.
Um atentado à liberdade de exercer a justiça que o povo Bissauguinéen, na sua maioria, equipara à fraude eleitoral.
Soma-se a isso a cerimônia de posse “manus-militari” organizada em um pequeno hotel da cidade sob alta proteção militar e em condições que não respeitam o procedimento.
Observe que o presidente Macky Sall nunca escondeu seu protecionismo de Umaro Sissoco Embalo e, deste último, de sua admiração por seu mentor.
A Guiné-Bissau, vizinha do Senegal e da Guiné, é um país que deve o seu encanto turístico às suas numerosas ilhas povoadas.
Em comunicado à imprensa, o PAIGC repudia o avanço do terrorismo de estado vigente na Guiné-Bissau.
A prática de sequestro, seguido de espancamento, contra o bloguista Aly Silva é mais uma violação aos direitos humanos e liberdade de expressão.
Por PAIGC 2021
Afinal í cúma alí sílva íka mílítar núnde kí saí kú farda ku bála nel....
Por Carlos Santiago Guine Bissau
Afinal í cúma alí sílva íka mílítar núnde kí saí kú farda ku bála nel bó puntal de ho i ten avenda ná fera de bande es foto í publical a 4/días atras ate ná punto de tchoma sy cábeça de makína de guerra bó puntan núnde kí sai kú farda nél tudo ku bála En vez díbo difindil pábía es crime más gárade kú pudi ten
CANHOTA CANHOTA CANHOTA!
Por: yanick Aerton
Eu que sou um jovem e sonhador, nunca pensei que na pátria de Cabral ainda houvesse Guineenses tão maus que pensam até no incrível cenário de catástrofe, na autodestruição, na completa destruição do seu país. Sinceramente!
Como é que alguns Guineenses podem pensar naquilo que chamaram de “primavera da África do Oeste”, desejando que na Guiné-Bissau se instale o caos, à semelhança do que infelizmente acabámos de assistir na República vizinha do Senegal.
A legislatura dura 4 anos, e o mandato presidencial é de 5 anos. A legislatura já vai entrar no segundo ano, e o PR já consumiu 1 ano dos seus 5 cinco anos de mandato.
Qual é a pressa?
Porque não concentrar-se numa melhor preparação e aguardar pelas eleições, uma vez que, de acordo a nossa lei fundamental, o acesso ao poder político se processa através de eleições, como tem sempre acontecido, desde a introdução do multipartidarismo em 1992?
Quem é que ganharia com uma Guiné-Bissau mergulhada na confusão, na instabilidade? Quem é que ganhou com o conflito político-militar de 7 de Junho?
Será que já não é o momento de nos concentrarmos no essencial e deixar de lado as nossas pequenas querelas, que a lado nenhum nos leva, senão à agudização das nossas contradições fúteis?
É chegado o momento de as pessoas saberem que, o que a Guiné-Bissau necessita é de uma economia robusta que deve ser protagonizada pelo sector privado, apoiado pelas instituições financeiras vocacionadas para criar o emprego, contribuir para o fisco e realizar o sonho da nossa juventude.
Esta guerra toda é motivada pelo facto de a política se tornar no negócio mais lucrativo na Guiné-Bissau, por isso é que todos querem fazer politica para se tornaram facilmente ricos, porque uma vez nomeados para altos cargos nas instituições do Estado, como tem acontecido ao longo dos tempos, com maior ênfase nos últimos 20 anos, de simples “Petit Mamadus” passam a milionários (casas no estrageiro, mansões em Bissau, casas 2 e 3, contas bancarias bem alimentadas, etc.).
Daí, lanço um vibrante apelo, aqui e agora, para que os nossos representantes na Assembleia Nacional Popular se debrucem seriamente e adotem leis destinadas a pôr fim aos subsídios chorudos dos titulares dos órgãos públicos, a começar pelos mesmos, rever os critérios de atribuição de subsídios a ex-membros de governo, e as remunerações dos membros dos Conselhos de administração das empresas públicas.
A Guiné-Bissau e o único país onde se atribui subsídios vitalícios a alguém que tenha desempenhado o cargo de membro de governo, mesmo que seja por dois meses. A Guiné-Bissau e o pais na nossa sub-região com o número mais elevado de ex-membros de governo.
A única forma de libertar este país de aspirantes ao exercício do poder politico ao mais alto nível, com essa mentalidade, é de promover e apoiar os verdadeiros operadores económicos, aqueles que de facto apostaram nessa profissão e que não a misturam com a politica, e mesmo que a misturam com a politica, não abandonam as suas actividades, como tem acontecido com os nossos conterrâneos que hoje poderiam ser o motor do desenvolvimento do país.
Com a liberalização económica, quis-se dar a oportunidade aos empresários nacionais para crescerem e assim poderem criar riquezas que poderiam ser benéficos não só aos mesmos, mas também a sociedade em geral, através da criação de emprego e contribuição ao fisco.
Mas, como a política, a nossa política, a política a moda do Guineense, veio revelar-se a via mais fácil para a acumulação de riqueza, uma vez que o enriquecimento ilícito não é punido, os Guineenses passaram a privilegiar essa actividade.
É esse o motivo por que os que desejam ver o país cair na desgraça, estão a fazer tudo para que os seus desejos sejam realizados. Ma suma Deus cata durmi, nin I cata djungu, não sei como é que vão conseguir que esse seu satânico desejo seja realizado.
Figa canhota, Guiné-Bissau ika Tunísia, ika Argélia, ika Egipto, ika Burquina, ika Côte d’Ivoire, e muito menos Senegal.
Kaba no esta na tempo de covid-19
Canhota canhota canhota bo!
Viva a Unidade nacional!
Uma inútil tentativa de intimidar e coarctar os direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos! ...LGDH
Conflito posse de terra - Cidadão Bacar Tcherno Dolé acusa ministro de Administração Territorial de tribalismo
Bissau, 09 mar 21 (ANG) – O cidadão Bacar Tcherno Dolé acusou o ministro de Administração Territorial, Fernando Dias de estar a demonstrar a postura tribalista na resolução do diferendo de posse de terra entre os populares de Pelundo e Pantufa.
A acusação foi feita esta terça-feira numa conferência de imprensa realizada pelas vítimas de conflito de posse da terra no secção de Pelundo, sector de Canchungo, região de Cacheu, com o objetivo de denunciar os abusos do poder político sobre a população daquela povoação.
Bacar Dolé afirmou que foi ele quem alertou o ministro do problema, mas quando ele programou ir fazer a delimitação no local não chamou nenhuma vítima incluindo ele, Bacar Tcherno Dolé.
“Fui eu que informei o Fernando Dias do problema que existe entre o Pelundo e Pantufa porque vai trazer muitos problemas no futuro. Quando temos o conhecimento de que o ministro irá para Pelundo, decidimos igualmente ir aquela localidade e nesse encontro ele ouviu todas as partes envolvidas no conflito”, explicou.
Acrescentou que após o primeiro encontro que o ministro manteve com todas as partes, foi de seguida para tabanca de Augusto Barros com a outra parte envolvida no problema, sob a orientação do Papa Mané onde reuniram mais de 30 minutos nas suas línguas étnicas.
“Acho que reuniram para fazer o que entenderam connosco, porque o ministro não tinha razão de ir reunir mais com a outra parte uma vez que ouviu todas”, frisou Dolé.
Disse estranhar a actitude do ministro em mandar fazer a delimitação de fronteira entre as duas povoações e não chamou as vítimas de Pelundo, subinhando que tinha alertado o governante de que muitas pessoas foram aliciadas nesse problema.
“Quando tive conhecimento da ida do ministro sem me avisar, fui ter com ele no seu gabinete e aconselhou-me para deixar esse problema porque é no fundo muito sensível. E eu disse-lhe deve falar somente a verdade e mais nada”, explicou.
Bacar Tcherno Dolé sublinhou que, o ministro disse-lhe que se quiser ele vai arranjar um outro espaço com a mesma dimensão bem como a disponibilização de uma quantia em dinheiro”, sustentou.
Bacar Dolé afirmou que rejeitou a proposta do ministro, justificando que está a defender a família porque o espaço em litígio é propriedade familiar e não pode lhe beneficiar sozinho e penalizar outras vítimas.
Bacar Tcherno Dolé informou que no dia 20 de abril de 2017 foi entregue a pertença, acrescentando que pretende ver se a política sobrepõe a justiça, prometendo continuar com a reclamação sobre o mesmo processo.
Estavam presentes nessa conferência de imprensa as outras vítimas de conflito da posse de terra de Pelundo, nomeadamente, Adulai Monteiro, Ibo Djoco, Bacar Dolé e entre outras que lamentaram a mesma situação.
Segundo a edição do Jornal Nô Pintcha de 20 de abril de 2017, o Tribunal Judicial do setor de Canchungo procedeu no dia 13 de abril a restituição formal da mata denominada Plong ao cidadão Bacar Tcherno Dolé após o cumprimento de todas as normas sobre o processo, requerido pelo queixoso contra a cidadã Bana Vaz no qual estiveram envolvidos Degol Biai e Belam Djassi ambos da tabanca de Pantufã.
Sociedade - Populares do Ilhêu do Rei sem água potável nem assistência sanitária
Bissau, 09 Mar 21(ANG) – Os populares do ilhêu do Rei, situada à pouco mais de uma milha da capital Bissau, se deparam com problemas de falta de água e de assistência médica, disse a ANG uma cidadã que habita no Ilhêu.
Em declarações ao repórter da ANG, Isanefa Máximo Vieira, uma das cerca de 500 pessoas que habitam aquele ilheu, disse que deslocam diariamente à Bissau à procura de água para o consumo e outros afazeres.
Disse que o centro de saúde do Ilhêu foi reablitado há cerca de um ano, pelo deputado Hussein Farat mas que não está a funcionar devido a falta de pessoal sanitário, nomeadamente médicos, enfermeiros e parteiras.
“O hospital está fechado e se porventura tivemos doentes, somos obrigados a evacuá-los para Bissau e as vezes recorremos aos remédios tradicionais”, explicou.
Perguntada sobre as principais actividades económicas da Ilha, Isanefa Máximo Vieira afirmou que é a pesca, e relata que as mulheres adquirem pescados, principalmente, bagres que depois de serem fumados são levados para vender em diferentes mercados de Bissau.
Para a Ivilita Mendonça, é um pesadelo para um jovem viver no Ilhêu do Rei. Disse que o nível do ensino é somente até a quarta classe e se concluir esse nível a pessoa obrigatoriamente tem que passar a estudar em Bissau.
Ivilita Mendonça sublinhou que todos os professores que leccionam no Ilhêu do Rei residem em Bissau e que deslocam-se diariamente para dar aulas e no final do dia regressam para as suas casas.
Adiantou que, caso não houver a disponibilidade de pirogas para os transportar, automaticamente os alunos ficam sem aulas.
Salientou que, o Ilhêu do Rei não tem nenhum mercado, acrescentando que, todas as suas compras para o consumo e igualmente as vendas dos seus produtos são feitas em Bissau.
Na sua intervenção no acto da entrega da escola primária por ela reabilitada, a ex-candidata à deputado, Catarina Taborda afirmou que a infraestrutura faz parte do leque de promessas aos populares da Ilha durante as legislativas de 2019, embora não fora eleita no Circulo 24 ,de que a localidade faz parte.
“Em todas as dificuldades enumeradas pelos populares da Ilha do Rei, escolhemos a reabilitação da escola, tendo em conta que é o foco do Partido da Convergência Democrática(PCD)”, explicou, acrescentando que a educação é a solução para a Guiné-Bissau.
Catarina Taborda disse que ter-se abdicado do projecto da reabilitação da referida escola porque não foi escolhída como deputada, mas diz que não a fez porque a sua intenção não era apenas ser deputada, mas sim ajudar a população carenciada da Ilha.
Catarina Taborda promete igualmente fazer diligências para fazer furos de água potável, colocação de uma piroga e construção de um mercado para comércio interno, para minimizar as dificuldades dos populares da Ilha de Rei.
Sequestro e espancamento do Aly Silva!
Por LGDH - Liga Guineense dos Direitos Humanos
Sequestro e espancamento do Aly Silva!
A Liga Guineense dos Direitos Humanos registou com bastante preocupação as informações que dão conta que o jornalista e Editor do Blog Ditadura do Consenso, António Aly Silva foi sequestrado, espancado e abandonado numa das artérias de Bissau.
Neste momento o jornalista está a receber tratamento médico numa clínica privada em Bissau. A LGDH já contactou as autoridades policiais que afirmaram desconhecer as circunstâncias que rodearam este ato criminoso.
A Guiné-Bissau é um Estado de Direito Democrático onde a liberdade de expressão e de informação constitui a trave mestra, sendo que qualquer delito resultante do exercício desse direito fundamental deve ser processado nos termos das leis vigentes no país.
A Liga condena com firmeza este ato criminoso e exige das autoridades nacionais a abertura de um inquérito com vista a identificação e tradução à justiça dos autores deste ato hediondo.
A Liga apela aos cidadãos para se manterem firmes e vigilantes contra todos os atos que atentam contra os direitos fundamentais.
Presidente da República General USE, Ministro da Finança Aladje Fadia, Embaixador Dino Seidi, Ministra de Negócios Estrangeiros Suzi Carla Barbosa (AMIRAH) Conselheiro Janasano Sano Chefe da Gabinete Califa Soares Cassama entre Safar e Marwa
Presidente do Senegal apelou à calma depois de libertação de opositor
© Getty Images
Notícias ao Minuto 08/03/21
O Presidente do Senegal, Macky Sall, apelou hoje à calma no país, anunciando também um alívio no recolher obrigatório em vigor contra a covid-19, depois de vários dias de agitação que continua a atingir a capital, Dacar, apesar da libertação do opositor Ousmane Sonko.
"Todos nós, juntos, vamos calar os nossos ressentimentos e evitar a lógica do confronto, que leva ao pior", disse Sall num discurso transmitido pela televisão nacional do Senegal e citado pela agência France-Presse (AFP).
Sall apelou também à justiça para "seguir o seu curso com total independência" no caso de Sonko, envolvido num processo de violação contra uma jovem mulher.
Depois de vários dias de agitação civil no país, marcados por pilhagens e saques numa cidade habitualmente considerada como um oásis de estabilidade na África Ocidental, a capital senegalesa foi hoje novamente cenário de novos confrontos entre jovens simpatizantes de Sonko e as forças de segurança.
Sonko, hoje libertado sob supervisão judicial, apelou hoje também a uma mobilização "muito maior", mas "pacífica", assinalando que há "uma revolução em curso".
Falando à comunicação social na sede do seu partido, e perante centenas de apoiantes que o aclamavam como presidente, Sonko defendeu que Sall já não é "legítimo para liderar o Senegal", tendo-se oposto a um derrube pela força e mostrando-se ansioso pelas eleições presidenciais previstas para 2024.
A detenção de Sonko, a 03 de março, originou três dias de confrontos entre jovens e as forças da lei, pilhagens e saque num país de 16 milhões de pessoas, geralmente considerado uma ilha de estabilidade política.
Pelo menos cinco pessoas foram mortas, com a imprensa a relatar números mais elevados, mas dificilmente confirmáveis.
Por seu lado, Sonko relata dez mortes, apontando Macky Sall como o "único" responsável.
A capital senegalesa acordou hoje, dia em que Sonko foi presente a tribunal, com veículos militares do exército nas ruas, no início de um dia de protestos de alto risco no país.
A área em redor do tribunal foi isolada e os veículos blindados posicionados nas proximidades, segundo um jornalista da agência AFP. Outros veículos blindados do exército, equipados com metralhadoras, foram colocados à entrada de um bairro popular que foi palco de confrontos na semana passada.
Sonko, que terminou em terceiro lugar nas eleições presidenciais de 2019 e se esperava que fosse um dos principais candidatos nas eleições presidenciais de 2024, foi oficialmente preso por perturbar a ordem pública quando se dirigia ao tribunal para responder a acusações de violação, apresentadas contra ele por uma empregada de um salão de beleza, onde ia receber uma massagem para aliviar as dores nas costas.
Leia Também: Opositor do Senegal acusado de violação e libertado sob supervisão
🔴 O Chefe de Estado Guineense, General Umaro Sissoco Embalo, visita a Mesquita do Profeta para orar e que a paz esteja com o Profeta, que Allah o abençoe e conceda-lhe a paz, e aos seus companheiros, que Allah esteja satisfeito com eles # Esta noite🌿
🔴
رئيس دولة غينيا بيساو يزور المسجد النبوي للصلاة والسلام على النبي صلى الله عليه وسلم وصاحبيه رضوان الله عليهما #الليلة🌿
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Head of state of Guinea Bissau visits the Prophet's Mosque to pray and peace be upon the Prophet, peace be upon him and his companions, may Allah's satisfaction be upon them #Tonight 🌿
Omar Buli Camará / مكة المكرمةO ministro de agricultura e desenvolvimento Rural visitou este fim-de-semana, 06 e 07 de Março de 2021, o setor de Calequisse, região de Cacheu.
"GOVERNAÇÃO DE CAMPO 2021"
"FOME ZERO"
O ministro de agricultura e desenvolvimento Rural visitou este fim-de-semana, 06 e 07 de Março de 2021, o setor de Calequisse, região de Cacheu.
Acompanhado dos técnicos agrónomos e hidráulicos do seu ministério, ABEL DA SILVA GOMES deslocou-se para se inteirar da situação agrícola da zona e dos agricultores afectados pelas inundações verificadas durante a campanha agrícola 2020/2021.
Durante a sua presença nas bolanhas de Bassarel, Bipar e Bajob, Abel da Silva encorajou os agricultores a continuarem nos seus esforços para a dinamização do setor prometendo tudo fazer para inverter a situação dos agricultores.
O titular da pasta da agricultura quer a mecanização do setor agrário e a implementação da produção na época seca para combater a fome e a pobreza no país.
Abel da Silva Gomes voltou a apelar os técnicos agrários a redobrarem os seus esforços para relançar o setor da agricultura e participarem no combate a fome e a pobreza na Guiné-Bissau.
O ministro de agricultura visitou também a bolanha de Calequisse-Bangura e o perímetro hortícola da referida Vila e ainda a povoação isolada de UCO a mais de 25 quilómetros do setor de Calequisse.
segunda-feira, 8 de março de 2021
NAVIO SETÚBAL EM BISSAU PARA COOPERAR COM FA GUINEENSES
Por radiobantaba
O navio português de patrulha oceânico “Setúbal” atracou esta segunda-feira, 8 de março, no porto da capital guineense, Bissau, numa ação denominada Mar Aberto.
Em declarações à agência Lusa, o comandante do navio, capitão-de-fragata Dias Marques, explicou que Portugal tem realizado iniciativa de género desde 2008 e que se pretende com os seus meios navais efetuar cooperação com as marinhas dos países membros da CPLP e outras de países amigos na região, que passará pela ajuda e cooperação relativamente à segurança marítima na região do Golfo da Guiné.
Segundo Dias Marques, o navio de patrulha oceânica “Setúbal” vai permanecer nos “próximos dias na capital, para colaborar com as Forças Armadas do país.
De acordo com o responsável, existem cerca de 95 por cento dos casos de insegurança marítima na zona do globo, no Golfo da Guiné, entre as quais, a pirataria, o trafico de droga e narcotráfico.
Durante a sua estada em Bissau, vai ser realizada, na quarta-feira, no Centro Cultural Português, uma conferência sobre tema a segurança marítima no Golfo da Guiné, bem como uma visita programada a bordo do aparelho já na quinta-feira.
O Capitão advogou ainda que, o aparelho é uma unidade “não combatente” que tem como objetivo exercer funções de autoridade do Estado e a realizar tarefas de interesse de caráter público nas áreas de jurisdição ou responsabilidade nacional.
O Navio “Setúbal” que possui uma guarnição de 58 militares, conta ainda com uma equipa de abordagem e outra de mergulhadores.
Depois da Guiné-Bissau, o navio segue a viagem para Cabo Verde, Costa do Marfim, São Tomé e Príncipe, Angola, Nigéria, Gana e estando prevista o regresso à Lisboa em 30 de maio.
VJ
#agora mesmo: O Presidente da Guiné-Bissau chega à Cidade do Profeta vindo de Makkah Al-Mukarramah após realizar a Umrah para visitar a Mesquita do Profeta e orar nela.
Fonte: مكة المكرمة /Omar Buli Camará
Embaixada de Portugal na Guiné-Bissau - Retoma gradual do atendimento ao público na Secção Consular
Embaixada de Portugal na Guiné-Bissau 07 março 2021
A Embaixada de Portugal informa que o atendimento ao público na Secção Consular será retomado gradualmente a partir de terça-feira, dia 9 de março, apenas para os atos consulares previamente agendados.
Os atos consulares que não puderam ser realizados no período em que o atendimento ao público esteve suspenso (1 a 8 de março) foram remarcados, podendo as novas datas ser consultadas aqui.
Mensagens do Alto Comissariado COVID19 e do Presidente do Conselho das Mulheres da 🇬🇼 on #IWD2021
O PNUD na Guiné-Bissau apoia a Associação das Mulheres Advogadas para revisões constitucionais
Conselho das Mulheres da Guiné-Bissau 🇬🇼 chama a atenção para o impacto do # COVID19 nas mulheres
Guiné-Bissau: Boletim Semanal, semana de 1 a 7 de março.
_ 3312 casos confirmados (acumulados)
_ 50 novos casos de COVID-19
_ 586 casos ativos de COVID-19
_ 2671 total de recuperados
_ 49 óbitos acumulados por COVID-19
HORTICULTORAS PEDEM SEMENTES DE LEGUMINOSAS PARA PODEREM PRODUZIR E ABSTECER MERCADO NACIONAL
08/03/2021 / Jornal Odemocrata
[REPORTAGEM_março_2021] As horticultoras do campo da Granja de Pessubé, em Bissau, pedem ajuda do executivo e das organizações nacionais e internacionais em sementes agrícolas para que possam desenvolver as suas atividades de produção em quantidade e qualidade para abastecer o mercado nacional de produtos hortícolas e leguminosas, como forma de evitar a dependência da importação desses produtos dos países vizinhos, em particular da região de Ziguinchor no sul do Senegal. O apelo foi registado por uma equipa do Jornal O Democrata, durante uma reportagem efetuada naquele campo hortícola de um hectare e meio, onde trabalham centenas de mulheres e homens agrupados em oito associações.
O campo hortícola da Granja de Pessubé dispõe de uma feira que é conhecida como a “Feira de Legumes” onde são vendidos os legumes produzidos localmente a preços que os utentes consideram muito baratos em comparação com outras feiras do país, pelo que grande parte das bideiras recorrem àquele mercado para comprar produtos para revenda.
Os consumidores também movimentam-se aquele mercado para a aquisição de legumes, designadamente: alface, cenoura, beringela, couve, repolho, beterraba, quiabo (candja), badjiqui entre outros para consumo doméstico diário.
Uma equipa de reportagem constatouque a feira é mais movimentada no período de manhã, quando as mulheres aproveitam para vender seus produtos até às 10 horas para depois poderem regressar aos campos para regar e cultivar outros produtos. Segundo as informações avançadas pelas mulheres vendedeiras, um número insignificante de produtos comercializados na feira da Granja de Pessubé, que fica na Avenida Dom Settimio Arturo Ferrazzetta, depois da vedação da Aldeia SOS, vêm de Ziguinchor.
Uma das dificuldades e preocupações das horticultoras tem a ver com os assaltos de que são alvos da parte dos gatunos, ao anoitecer (fusca-fusca) e de madrugada, bem como o roubo dos seus produtos por “estranhos” que frequentam aquela zona e os estragos causados por animais, porque o campo não está vedado.
Outra situação constatada durante a visita em relação à feira, tem a ver com as cobranças que se fazem em todos dos mercados. A diferença é que nesta feira não se faz cobranças, mas cada vendedeira contribui com cem (100) francos CFA diariamente para assegurar a limpeza e a higienização da feira.
ASSOCIAÇÃO IMPLORA AO MINISTÉRIO DE AGRICULTURA A REABILITAÇÃO DA PARTE DE FEIRA EM RUINAS
O coordenador das mulheres horticultoras da feira da Granja de Pessubé, Carlos António Sanca, apelou à atual direção da Câmara Municipal de Bissau (CMB) no sentido de apoiá-las para que a feira possa ter mais e maior fluxo das utentes e movimento necessários. O apelo do coordenador das horticultoras da Granja Pessubé, António Carlos Sanca, foi tornado público na entrevista concedida ao semanário O Democrata para falar da real situação da feira pouco movimentada, devido à falta de fluxo de feirantes.
Na entrevista, Carlos António Sanca explicou que as mulheres decidiram ocupar o espaço que fica na parte baixa da feira para que possam ter maior visibilidade para as trocas comerciais, porque se ficassem no balcão principal da feira, que está um pouco mais escondido, não teriam acesso facilitado aos clientes, ou seja, seria muito difícil que as pessoas que frequentam o local as encontrassem e descobrissem como funciona a feira, o que poderia ter constituído um grande obstáculo às suas atividades comerciais.
“Desde 2011 que o governo entregou a feira, temos feito várias diligências junto da Câmara Municipal de Bissau pedindo que descongestione o mercado de Bandim e outros periféricos e encaminhe as pessoas para a feira da Granja de Pessubé, mas a edilidade não conseguiu mexer uma única palha e neste momento a feira está praticamente sem feirantes, o que tem criado transtornos às vendedeiras que praticam cá as suas atividades. A nossa preocupação era e continua a ser a mesma, deslocar as pessoas de outros mercados ou feiras congestionadas para Pessubé para que possamos ter também um fluxo, tanto de feirantes quanto de clientes”, lamentou.
Frisou que estavam em curso diligências junto da Direção-geral do Ministério da Agricultura para que esta tome as medidas para reabilitar partes da feira que estão em ruínas, “caso contrário a feira nunca será recuperada ou melhorada”.
Questionado sobre o número exato de associações existentes na Granja de Pessubé, referiu que são no total oito (8) divididas em diferentes direções e que cada direção tem os seus próprios estatutos.
Porém, admitiu a possibilidade de, no futuro, fundi-las numa única Confederação das horticultoras, que será o ponto de ligação entre as associações de base e as estruturas responsáveis pela gestão da cidade de Bissau, tendo assegurado que os trabalhos da elaboração dos estatutos da futura Confederação estão quase na fase final.
Relativamente às cooperativas agrícolas, Carlos Sanca frisou que não existe nenhuma cooperativa agrícola a cooperar com as oito associações das mulheres horticultoras da Granja de Pessubé e que a direção-geral do Ministério da Agricultura tem apoiado essas organizações com sementes e materiais alfaias.
“Temos recebido visitas de várias organizações que dizem trabalhar neste campo de horticultura, mas nunca recebemos apoios delas. Presumimos que usam as nossas associações e recolhem informações das nossas associadas para tirar benefícios próprios, salvo uma organização que teve amabilidade de apoiar”, notou.
HORTICULTORAS IMPLORAM POR FINANCIAMENTO PARA DESENVOLVER SUAS ATIVIDADES
As horticultoras que praticam diariamente as suas atividades nos campos da Granja de Pessubé para sustento das famílias pediram apoio ao Estado e outras entidades ligadas ao setor no sentido de apoiá-las, pelo menos, em as sementes, para que possam continuar a cultivar e produzir em quantidade e qualidade para abastecer o mercado nacional.
Teresa Alves Carvalho, Presidente de Associação de “Campo Piloto” da Granja de Pessubé, revelou que atualmente as mulheres horticultoras enfrentam grandes dificuldades devido à falta de financiamento de entidades ou projetos que atuam neste setor, embora tenha reconhecido que antes recebiam alguns financiamentos vindos de alguns projetos e beneficiavam também de todos os apoios que o Ministério de Agricultura disponibilizava para as horticultoras.
“Já faz anos que não beneficiamos de apoios, não temos materiais nem sementes. Praticamente não temos nada, compramos as nossas sementes. Às vezes compramos dez gramas por quinhentos (500) francos CFA, e muitas vezes não germinam”, lamentou referindo que “este ano temos muitas dificuldades, sobretudo em obter sementes de repolho, da cenoura de qualidade e não conseguimos vender alface no mês de dezembro, apenas algumas mulheres conseguiram vender um pouco”.
“Trabalhamos em circunstâncias muito difíceis. Não temos tido apoios de grande envergadura, nem do Estado nem dos parceiros. Sabemos que o nosso Estado depende muito da ajuda do exterior, mas deve esforçar-se mais para valorizar e apoiar os nossos esforços nos campos agrícolas”, assinalou e apelou às pessoas a apostarem mais na agricultura, porque “o nosso solo é muito rico e fértil”.
Teresa Alves Carvalho denunciou que várias organizações têm beneficiado de financiamentos de algumas entidades estrangeiras graças às filmagens que fazem nos campos hortícolas de Pessubé cheios de legumes, e quando conseguem financiamentos não as apoiam nem levam sementes para incentivá-las.
Relativamente ao fornecimento da água, sublinhou que têm água porque na Granja de Pessubé existe um furo da Empresa da Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau (EAGB) e que têm trabalhado em colaboração com a EAGB. Contudo, esclareceu que quando a empresa não fornece a água recorrem a dois poços de água feitos no campo, como alternativa.
“Mas as nossas colegas que têm os seus campos um pouco distante dos dois poços ficam sem regar quando a EAGB não fornece água e como consequência, as plantam acabam por morrer”, disse e revelou que, apesar dos esforços feitos para cavar mais poços de água, não tem sido fácil desenvolver as suas atividades porque os agentes da “cintura verde” proibiram-nas de fazer mais fontes no campo.
De acordo com Teresa Carvalho, o painel solar montado no campo não fornece energia suficiente para puxar a água para encher o depósito, que em menos de 30 minutos fica sem a água.
PRODUTORES DENUNCIAM ASSALTOS, ROUBOS DOS SEUS LEGUMES E PEDEM VEDAÇÃO DO CAMPO
As mulheres horticultoras denunciaram que por falta de segurança e de vedação do campo onde praticam as suas atividades agrícolas têm sofrido assaltos, roubos e estragos causados por animais e queixam-se que se sentem inseguras, porque muitas vezes os assaltos e roubos são orquestrados por grupos de jovens que as atacam e roubam seus produtos, sobretudo o repolho que não lhes dá muito trabalho, em termos de preparação antes de ser comercializado.
“Ninguém tem a coragem de levantar-se às cinco horas da madrugada para ir regar os legumes, por causa das ações maléficas de jovens. Porque levantarmo-nos às cinco da manhã, corremos o risco de sermos assaltadas e esfaqueadas, por isso esperamos até às sete horas e um quarto para nos fazermos ao terreno”, explicou.
Teresa Alves Carvalho criticou algumas mulheres que saem de Bissau para Senegal à procura de legumes porque, segundo argumentou, os legumes que saem do Senegal são menos consistentes porque utilizam muito os produtos químicos para tornar o solo fértil, tendo realçado que os legumes nacionais têm mais vantagem em relação aos do Senegal, porque utilizam menos químicos.
Sustentou que muitas mulheres guineenses têm vontade de trabalhar mais e mais neste ramo e que se existissem financiamentos ou apoios poderiam ter feito mais trabalho e produzido mais.
“Só para constar no vosso registo, o primeiro perímetro de campo de Granja de Pessubé tem sessenta (60) associados e tem uma área de 1,5 hectares e cada parcela ocupa 15/20 metros”, avançou.
MULHERES TEMEM PERDER O CAMPO COM AS VENDAS DE TERRENOS
Na mesma entrevista, Teresa Alves carvalho alertou que sediligências não forem tomadas urgentemente, poderão ficar sem espaço para praticar as suas atividades hortícolas, devido à invasão de pessoas que estão a comprar terrenos naquela zona húmida para construir habitações.
A responsável da Associação das Horticultoras do Campo hortícola de Pessubé acrescentou que as mulheres horticultoras não têm tido estabilidade, porque o primeiro campo hortícola da Granjanão foi legalizado pelas associações por impedimento das autoridades, que terão alegado que apenas podem legalizar as associações, não o campo hortícola de Pessubé.
Em relação à cobrança na feira, explicou que nunca foram cobradas, porque desde que a feira foi entregue à CMB, esta instituição não tem feito nada para que a feira pudesse ter movimento ou fluxo. O objetivo principal da feira da Granja de Pessubé era que funcionasse como centro de abastecimento dos mercados e das feiras da capital Bissau. Ou seja, as horticultoras tiravam seus produtos dos campos e vendiam-nos às vendedeiras de outros centros comerciais.
“Por ficar por muito tempo na mesa a vender, algumas horticultoras acabam por vezes não conseguir cultivar os legumes”, disse.
NENÉ CAETANO DA ASSOCIAÇÃO “UNOK ULILI ” LAMENTA A FALTA DE AJUDA ÀS HORTICULTORAS
Por sua vez, Nené Caetano, presidente interina da Associação “UNOK ULILI”- (DIVERSÃO É BOA) numa tradução livre da língua Mancanha para o crioulo “Brincadeira Sabi “, admitiu na entrevista que enfrentam enormes dificuldades e que não conseguem ajudas das entidades que intervêm nessa área, devido a não legalização da sua associação, o que torna difícil obter apoios dos parceiros.
“Por isso queremos pedir ao governo e à AMAE no sentido de darem atenção às mulheres horticultoras porque trabalhamos em circunstâncias extremamente difíceis, porque não temos dinheiro e meios materiais para desenvolver as nossas atividades e se não regarmos não podemos ter bons legumes para comer”, disse.
Perante esta situação, a responsável da associação “UNOK ULILI” sugeriu que as autoridades diligenciassem um crédito junto dos bancos comercias, para as mulheres horticultoras. Para Nené Caetano, com essa diligência seria mais fácil as mulheres dinamizarem as suas atividades, adquirir materiais e sementes que lhes permitam produzir em grande quantidade e qualidade para abastecer os mercados e as feiras de Bissau.
“Veja só as mulheres saem da Guiné-Bissau para Senegal à procura de produtos para depois revendê-los no mercado local, uma vez que podemos produzir grande quantidade de produtos com mais segurança, porque utilizamos menos produtos químicos”, criticou.
Questionada se a associação faz parte de Associação das Mulheres de Atividade Económica (AMAE), Caetano frisou que sim, mas recebem poucos apoios desta organização, lamentado que a sua associação não está legalizada, o que torna difícil conseguir apoios da parte de outras entidades.
Segundo Nené Caetano, há quase cinco anos que a organização que dirige não recebe apoios do Estado e que produzem com esforços próprios, de cada mulher horticultora. Relativamente ao ano agrícola, sublinhou que foi de baixo rendimento, devido aos estragos causados pelos inseticidas “lagarta” que causaram muitos danos, com prejuízos na economia das horticultoras porque muitas não conseguiram vender praticamente nada.
Por: Carolina Djemé
Fotos: Marcelo Na Ritche
Presidente cessante do Níger vence Prémio Mo Ibrahim deste ano
© Reuters
Notícias ao Minuto 08/03/21
O Presidente cessante do Níger, Mahamadou Issoufou, ganhou a edição deste ano do Prémio Ibrahim para a Excelência na Liderança Africana, anunciou hoje a fundação, que anualmente atribui este galardão a líderes excecionais no continente africano.
O ainda chefe de Estado do Níger "demonstrou uma liderança excecional e respeito pela democracia perante uma combinação de desafios sem precedentes", lê-se no comunicado hoje distribuído em Londres, sede da organização que anualmente distingue "líderes excecionais que, durante o seu mandato, tenham desenvolvido os seus países, reforçado a democracia e protegido o Estado de direito em benefício comum do seu povo".
Mahamadou Issoufou cumpriu dois mandatos de cinco anos como Presidente do Níger, entre 2011 e 2020, sendo a sexta individualidade galardoada com o Prémio Ibrahim.
"O Comité do Prémio elogiou a excecional liderança do Presidente Issoufou depois de herdar uma das economias mais pobres do mundo, enfrentando desafios aparentemente intransponíveis", aponta-se no texto, que sublinha que "ao longo do seu mandato, o Presidente Issoufou fomentou o crescimento económico, demonstrou um compromisso inabalável para com a estabilidade regional e a constituição e defendeu a democracia africana".
Citado no comunicado, o presidente do Comité do Prémio e antigo Presidente do Botsuana afirmou: "Perante os mais graves problemas políticos e económicos, incluindo o extremismo violento e a desertificação crescente, o Presidente Mahamadou Issoufou conduziu o seu povo por um caminho de progresso".
Festus Mogae lembrou ainda que "o número de nigerinos que vivem abaixo da linha de pobreza caiu para 40%, em comparação com 48% há uma década, e embora persistam desafios, Issoufou manteve as suas promessas para com o povo nigerino e abriu o caminho para um futuro melhor".
Mahamadou Issoufou foi democraticamente eleito Presidente pela primeira vez em 2011, após muitos anos de governação militar no Níger, e foi novamente escolhido eleito para um segundo mandato em 2016, tendo renunciado ao poder no final do mandato, "demonstrando o seu claro respeito pela constituição", aponta-se no comunicado.
Também citado no texto, Mo Ibrahim afirmou: "Estou encantado com a decisão do Comité do Prémio de tornar o Presidente Mahamadou Issoufou um laureado com o Prémio Ibrahim. É um líder notável que tem trabalhado incansavelmente para o povo do Níger, enfrentando com determinação e respeito alguns dos desafios mais difíceis da região; estou orgulhoso de ver Issoufou reconhecido como exemplo de liderança excecional e espero que o seu legado inspire gerações de líderes africanos".
O Prémio Ibrahim oferece cinco milhões de dólares, cerca de 4,2 milhões de euros, pagos ao longo de 10 anos, e procura assegurar que "o continente africano continue a beneficiar da experiência e da sabedoria de líderes excecionais quando estes deixam de exercer funções oficiais, permitindo-lhes continuar o seu inestimável trabalho noutras funções cívicas respeitantes ao continente".
O Níger realizou a segunda volta das eleições presidenciais em 21 de fevereiro e os resultados oficiais provisórios apontam para a vitória de Mohamed Bazoum, um próximo do Presidente Mahamadou Issoufou, como o vencedor, com 55,7% dos votos, mas esta vitória é contestada pelo seu opositor, Mahamane Ousmane, que garante ter conquistado 50,3% dos votos.
O novo Presidente deverá tomar posse em abril.
A violência pós-eleitoral no Níger causou pelo menos dois mortos, segundo os números do Governo, e foram detidas cerca de 500 pessoas nas manifestações.
UNICEF alerta que pandemia pode gerar 10 milhões de casamentos de crianças até 2030
Por LUSA 08.03.2021
Em causa estão vários fatores ligados à crise da covid-19, principalmente o encerramento de escolas e o agravamento das condições económicas.
A pandemia do coronavírus pode gerar dez milhões de casamentos de crianças até 2030, advertiu esta segunda-feira a UNICEF, que se somariam aos 100 milhões de menores consideradas em risco de casarem até ao final da década.
Em causa estão vários fatores ligados à crise da covid-19, principalmente o encerramento de escolas, o agravamento das condições económicas, as perturbações nos serviços públicos e a morte dos pais, de acordo com a agência das Nações Unidas dedicada às crianças.
"A covid-19 agravou uma situação já difícil para milhões de raparigas", disse a diretora Executiva da UNICEF, Henrietta Fore, num comunicado. "Mas nós podemos e devemos acabar com o casamento infantil", acrescentou.
A pandemia ameaça assim minar os progressos feitos na última década, que viu a proporção de jovens casadas antes dos 18 anos passar de uma em quatro para uma em cada cinco.
"Devem ser tomadas medidas imediatas para limitar o impacto [da pandemia] nas jovens e nas suas famílias", exortou Henrietta Fore. "Ao reabrir escolas", garantindo "o acesso aos serviços sociais e de saúde", e "aplicando leis e políticas adequadas (...) podemos reduzir o risco de o casamento roubar a infância de uma jovem", salientou.
Segundo a UNICEF, 650 milhões de raparigas e mulheres em todo o mundo foram casadas antes de completarem 18 anos. Metade destes casamentos teve lugar em cinco países: Bangladesh, Brasil, Etiópia, Índia e Nigéria.
Segundo números publicados em 2020 pela Unicef, a proporção de raparigas casadas antes dos 18 anos de idade atingiu 76% no Níger e 68% na República Democrática do Congo.
A proporção de rapazes casados antes dos 18 anos de idade é apenas um sexto, quando comparado com o que acontece com as jovens.