A visita estendeu-se ao Centro de Pesagem de Veículos Pesados, financiado pela UEMOA. A Guiné-Bissau era o único país membro que ainda não dispunha desta infraestrutura.
segunda-feira, 23 de junho de 2025
O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, visitou nesta segunda-feira as obras finais do novo Terminal de Autocarros de Bissau, que vai acolher mais de vinte autocarros urbanos doados no âmbito da cooperação com Portugal.
Trump pede a Rússia para não usar "levianamente" termo "nuclear"... O presidente norte-americano instou esta segunda-feira a Rússia a não usar "levianamente" o termo "nuclear", depois do antigo presidente Dimitri Medvedev ter afirmado numa mensagem que vários países estavam dispostos a fornecer ogivas ao Irão.
© Win McNamee/Getty Images Lusa 23/06/2025
"Terei ouvido o ex-presidente Medvedev deixar escapar a 'palavra começada por N'? Nuclear!", perguntou Trump na sua rede social, Truth Social.
"Ele disse mesmo isso, ou é apenas produto da minha imaginação? Se ele disse isso e for confirmado, por favor, avisem-me imediatamente", pediu, sem se referir a ninguém em particular.
"Suponho que é por isso que [Vladimir] Putin é 'o chefe', acrescentou Trump, numa mensagem em que voltou a defender o poder militar dos Estados Unidos, um dia após os bombardeamentos de três instalações nucleares do Irão.
Donald Trump deu como exemplo dessa capacidade militar, que tem "20 anos de avanço", os submarinos nucleares, "as armas mais poderosas e letais alguma vez construídas" e a partir dos quais foram lançados no domingo 30 mísseis Tomahawk que "atingiram perfeitamente" o alvo.
Israel lançou a 13 de junho uma ofensiva sobre o Irão, argumentando que o avanço do programa nuclear iraniano e o fabrico de mísseis balísticos por Teerão representam uma ameaça direta à sua segurança.
Desde então, aviões israelitas atacaram uma série de infraestruturas estratégicas, incluindo sistemas de defesa aérea, instalações de armazenamento de mísseis balísticos e as centrais nucleares de Natanz, Isfahan e Fordo, e foram também eliminados comandantes da Guarda Revolucionária, chefes dos serviços secretos e cientistas ligados ao programa nuclear iraniano.
As autoridades da República Islâmica indicaram que os bombardeamentos já fizeram pelo menos 400 mortos e 3.056 feridos, ao passo que o Governo israelita informou que os mísseis lançados pelo Irão em retaliação causaram a morte de 24 pessoas e ferimentos em 1.272, em território israelita.
No sábado, o conflito assumiu uma nova dimensão com a entrada dos Estados Unidos na guerra, bombardeando as três principais instalações envolvidas no programa nuclear do Irão, entre as quais a unidade de Fordo, com capacidade de enriquecimento de urânio a 60%, segundo os especialistas, e com Trump a ameaçar o regime teocrático de Teerão de mais ataques, se "a paz não chegar rapidamente".
A operação norte-americana que devastou o programa nuclear iraniano resultou de meses de preparação e não visou militares nem a população civil do Irão.
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"Perfurem, perfurem!" Trump pede aumento da produção de petróleo... O presidente norte-americano pediu esta segunda-feira que os Estados Unidos e outras economias produtoras de petróleo aumentem a produção, já que os preços do petróleo continuam voláteis após os ataques às instalações nucleares iranianas.
© Anna Moneymaker/Getty Images Lusa 23/06/2025
Donald Trump pediu o aumento da produção, enquanto a Casa Branca intensificava as advertências ao Irão contra a ameaça de possível encerramento do estreito de Ormuz, uma rota marítima vital para o transporte de petróleo e gás, em retaliação aos ataques norte-americanos ao programa nuclear iraniano.
"Ao Departamento de Energia: PERFUREM, PERFUREM, PERFUREM!!! E quero dizer AGORA!!! TODOS, MANTENHAM OS PREÇOS DO PETRÓLEO BAIXOS. ESTOU DE OLHO! ESTÃO A FAZER O JOGO DO INIMIGO. NÃO FAÇAM ISSO!", publicou Trump nas redes sociais.
A pressão de Trump surge num momento de incerteza, com as embaixadas e instalações militares dos Estados Unidos no Médio Oriente em alerta máximo por causa de uma possível retaliação.
Os mercados globais estão a tentar determinar o que está por vir depois dos ataques dos Estados Unidos a instalações nucleares importantes do Irão com centenas de bombas e mísseis Tomahawk.
O parlamento iraniano aprovou o bloqueio do estreito de Ormuz, rota marítima no golfo Pérsico por onde passa cerca de 20% do petróleo e gás global. Cabe agora ao Conselho de Segurança Nacional do Irão decidir se vai avançar com a ideia, o que poderá levar a um aumento no custo de bens e serviços em todo o mundo.
O preço do petróleo subiu 4% logo após o início das negociações na noite de domingo, mas rapidamente recuou. Os mercados de futuro do petróleo oscilaram entre ganhos e perdas nas negociações de hoje de manhã e ainda permanecem mais altos do que estavam antes do início dos combates, há pouco mais de uma semana.
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, alertou Teerão novamente contra o encerramento do estreito, sublinhando que "o regime iraniano seria tolo em tomar essa decisão".
Washington duplicou o número de voos de emergência que está a disponibilizar para os cidadãos dos Estados Unidos que desejam deixar Israel e ordenou a partida do pessoal não essencial da embaixada no Líbano, estando também a intensificar os alertas de viagem em todo o Médio Oriente devido às preocupações de que o Irão possa retaliar contra os interesses dos EUA na região.
Num alerta enviado aos norte-americanos em todo o mundo e divulgado no domingo, o Departamento de Estado alertou para que todos tomem precauções.
Muitos analistas do setor energético estão céticos quanto à possibilidade de o Irão avançar com o fecho total do estreito, algo que já ameaçou fazer no passado. Caso o faça, Teerão enfrentará a possibilidade de retaliação contra os próprios carregamentos e a possibilidade de que a medida trazer problemas à China, o maior comprador de petróleo bruto iraniano.
Os Estados Unidos e os aliados pressionaram a Rússia antes da invasão de Moscovo à Ucrânia em 2022 com ameaças à indústria petrolífera e, em seguida, cumpriram a promessa, com muitas empresas petrolíferas ocidentais a retirarem-se do país e os EUA e a Europa a imporem sanções à indústria russa.
Mas o Irão está muito menos integrado na economia global do que a Rússia, que depende dos mercados europeus para as exportações de petróleo e gás e ainda assim avançou com a invasão, apesar das advertências dos Estados Unidos.
"Tem havido muitas sugestões de que isso não é algo muito provável, e isso geralmente é atribuído à interdependência económica, que não quero sugerir que não seja importante. É absolutamente importante", disse Colby Connelly, investigador sénior do Instituto do Médio Oriente.
"Se a década de 2020 nos ensinou alguma coisa até agora, é que os laços económicos nem sempre impedem conflitos", acrescentou Connelly.
Leia Também: Qatar encerra espaço aéreo após ameaças contra bases norte-americanas
Um momento histórico para a África Ocidental: o Presidente Bola Tinubu entrega oficialmente a liderança da CEDEAO ao Presidente Maada Bio da Serra Leoa. Esta transição significativa reforça o nosso compromisso coletivo com a paz, estabilidade e prosperidade na África Ocidental. O Presidente Julius Maada Bio enfatizou a necessidade de união e crescimento inclusivo à medida que avançamos juntos.
Ecowas - Cedeao
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Declaração Final da 67a Sessão Ordinária da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo
Filho do último Xá iraniano diz que "o fim do regime está próximo"... O filho mais velho do último Xá do Irão e opositor no exílio, Reza Pahlavi, previu hoje que "o fim do regime está próximo", referindo-se a um momento semelhante à queda do Muro de Berlim.
© REUTERS Lusa 23/06/2025
"O regime está a entrar em colapso. Devemos facilitar este movimento ficando ao lado (do povo iraniano), não lançando uma nova tábua de salvação para este regime", disse Pahlavi, referindo-se à liderança do ayatollah Ali Khamenei, pedindo para que Europa e Estados Unidos não continuem a tentar negociar com Teerão.
"O fim do regime está próximo. E será, para nós, um momento semelhante à queda do Muro de Berlim, disse o antigo príncipe herdeiro do Irão, numa entrevista à agência France Presse, em Paris.
"Não consigo imaginar que um regime tão severamente diminuído e efetivamente humilhado esteja disposto a voltar a negociar", acrescentou Pahlavi, que vive exilado nos Estados Unidos.
Hoje, a Casa Branca assegurou que o Presidente norte-americano, Donald Trump "continua interessado" numa solução diplomática com o Irão, embora já tenha falado na possibilidade de uma "mudança de regime".
Desde 13 de Junho que Israel tem vindo a realizar ataques aéreos contra o Irão, numa tentativa de minar os seus programas nuclear e de mísseis balísticos.
Os Estados Unidos lançaram no domingo ataques sem precedentes contra o local subterrâneo de enriquecimento de urânio em Fordo e instalações nucleares.
O paradeiro do líder supremo iraniano, Ali Khamenei, permanece incerto, uma vez que Israel se recusou a descartar o seu assassinato.
"De acordo com as informações que temos até agora, ele ainda está num bunker algures e, infelizmente, está a usar pessoas como escudos humanos", disse Reza Pahlavi, acrescentando que "recebeu relatos credíveis sobre os preparativos para a saída (do Irão) de muitas autoridades de alto nível, incluindo membros da sua própria família".
De acordo como Pahlavi, alguns membros das forças de segurança iranianas estão prontos para mudar de lado.
"Estão a começar a comunicar connosco através dos militares e das agências de inteligência. (...) As pessoas vão ver isto de forma mais tangível nos próximos dias e semanas", assegurou o opositor no exílio, que há muito apoia o restabelecimento de laços com Israel.
NATO não vê ilegalidade nos ataques aéreos norte-americanos... Em conferência de imprensa de antecipação da cimeira da NATO, em Haia, nos Países Baixos, o secretário-geral da Aliança Atlântica disse que os 32 países que integram a organização político-militar "concordaram há muito tempo que o Irão não pode desenvolver armas nucleares".
Por sicnoticias.pt
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) rejeitou esta segunda-feira que os Estados Unidos da América (EUA) tenham violado a lei internacional durante os bombardeamentos ao território iraniano.
"Não considero que o que os EUA fizeram é contrário à lei internacional", respondeu Mark Rutte, depois de ser questionado pelos jornalistas sobre o envolvimento dos Estados Unidos da América no conflito no Médio Oriente entre Israel e o Irão.
Em conferência de imprensa de antecipação da cimeira da NATO, em Haia, nos Países Baixos, o secretário-geral da Aliança Atlântica disse que os 32 países que integram a organização político-militar "concordaram há muito tempo que o Irão não pode desenvolver armas nucleares".
Os países da NATO "instaram repetidamente o Irão a respeitar as suas obrigações ao abrigo" Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares.
Questionado sobre as implicações económicas do possível encerramento do Estreito de Ormuz, uma das principais rotas comerciais, situado entre o território iraniano, dos Emirados Árabes Unidos e de Omã, o secretário-geral da NATO disse que o seu papel é assegurar que os países da Aliança Atlântica investem na sua segurança e que a Ucrânia tem o que necessita para fazer frente à invasão russa, optando por não responder em concreto à pergunta.
A guerra entre Israel e o Irão foi desencadeada em meados de junho por bombardeamentos israelitas contra território iraniano, levando à retaliação de Teerão.
O conflito, que já fez centenas de mortos e feridos de ambos os lados, assumiu uma nova dimensão com os bombardeamentos pelos Estados Unidos de várias instalações nucleares iranianas, incluindo o complexo de Fordo.
Fordo, que tem com capacidade de enriquecimento de urânio a 60%, segundo os especialistas, fica localizado a cerca 100 quilómetros a sul de Teerão, cuja área metropolitana tem uma população de 14 milhões de pessoas.
Marinha de Guerra da Guiné-Bissau está em quartel vendido há uma década... O presidente guineense anunciou hoje que as instalações do quartel da Marinha de Guerra foram vendidas em 2014 a um grupo empresarial espanhol e que este ramo das Forças Armadas será instalado num outro espaço "com dignidade".
Por LUSA
O presidente guineense anunciou hoje que as instalações do quartel da Marinha de Guerra foram vendidas em 2014 a um grupo empresarial espanhol e que este ramo das Forças Armadas será instalado num outro espaço "com dignidade".
Em declarações aos jornalistas à margem de uma visita ao novo parque de transportes terrestres, nos subúrbios de Bissau, Umaro Sissoco Embaló confirmou que as instalações da Marinha foram adquiridas pela empresa Santy Comercial.
"As instalações da Marinha foram compradas pela empresa Santy antes de eu ser Presidente da República, penso que em 2014. Agora disse ao Governo que isso tem de ser formalizado para depois apresentar ao Fundo Monetário Internacional, se perguntarem", declarou Embaló.
Na sua reunião semanal de quinta-feira passada, o Conselho de Ministros autorizou a alienação das instalações da Marinha, situadas na baixa de Bissau, por falta de condições, nomeadamente registando infiltrações durante a época das chuvas.
O comunicado do Conselho de Ministros não especificou, então, a quem é que o espaço foi alienado.
"O Conselho de Ministros deu anuência ao ministro das Finanças para que formalize a alienação, enquanto titular do património do Estado", explicou o chefe de Estado, sublinhando que as atuais instalações da Marinha "não oferecem condições" para os militares que lá trabalham.
O Presidente guineense notou que aqueles militares estão a servir o país numa esfera prestigiada, que é a Defesa e Segurança, pelo que serão transferidos para "um lugar condigno".
"Já existe um espaço com dignidade (...) estrategicamente, em momento oportuno, o chefe da Armada irá anunciar o que é", afirmou Umaro Sissoco Embaló.
O chefe de Estado guineense disse que a empresa que adquiriu as instalações da Marinha de Guerra até já colocou no local os seus contentores.
Entre outros bens, o grupo Santy é detentor de um hotel e um supermercado em Bissau.
Guiné-Bissau volta a testar exames nacionais com contestação
Por LUSA
O titular da pasta da Educação aceita que "as escolas têm dinâmicas diferentes", mas rejeita a alegada diferença nos conteúdos.
O Ministério da Educação da Guiné-Bissau tem programada para agosto a realização de exames nacionais a título experimental, em mais uma tentativa de introduzir no sistema de ensino a avaliação contestada nas escolas.
Para a experiência foram apenas selecionadas algumas escolas, segundo disse hoje o ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica, Herry Mané, à margem do primeiro Congresso Internacional do Ensino da Língua Portuguesa na Guiné-Bissau.
O país já experimentou realizar exames nacionais em 2021, entre contestação, e este ano retoma a iniciativa, também com protestos, nomeadamente sobre a diferença dos conteúdos ministrados nas diferentes escolas.
O titular da pasta da Educação aceita que "as escolas têm dinâmicas diferentes", mas rejeita a alegada diferença nos conteúdos.
Herry Mané assegura que "antes do início das aulas todas têm as mesmas orientações do Ministério da Educação, se não for cumprido, o culpado não é o Ministério da Educação".
Ainda assim, afirmou que o gabinete dos exames nacionais vai fazer uma ronda por todas as escolas para elaborar uma prova que seja igual para todos.
O ministro explicou que foram selecionadas algumas escolas para fazer este ano os exames a título experimental e que, no próximo ano letivo, a medida será alargada a todo o sistema de ensino.
Segundo do governante, trata-se de uma diretriz da União Económica e Monetária do Oeste Africano (UEMOA), organização da qual a Guiné-Bissau faz parte.
"A Guiné faz parte da UEMOA, que tem essas diretrizes, tem regras. Uma das regras é haver exames nacionais em todos os países que fazem parte, têm que fazer exames nacionais", enfatizou.
"Mantenham os preços do petróleo baixos. Estou de olho", avisa Trump... O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, instou as empresas a manterem os preços do petróleo baixos, alertando que o contrário pode beneficiar "o inimigo". A declaração surge numa altura em que há temores de um aumento de preços devido ao conflito no Médio Oriente.
Por LUSA
PR Umaro Sissoco Embaló classifica caso de “TCHERNINHO” como assunto para o Fórum Militar.
O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, lançou hoje (23/06) um desafio firme ao referir que o conturbado caso envolvendo o ex-chefe de segurança da Presidência, Tcherno Barry, também conhecido como “Tcherninho”, não será tratado pela via política, mas sim no Fórum Militar.
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Bissau, 23-06-2025, Presidente da Câmara Municipal de Bissau, José Medina Lobato, assinou acordo de parceria com a empresa UK DATA SA, que atua no funcionamento e exploração de painéis Publicitários dinâmicos e modernos. Cerimónia decorreu hoje, nas instalações da Câmara Municipal de Bissau.
Sindicato base dos funcionários da Câmara Municipal de Bissau, acusa o presidente da referida instituição de má gestão e por sua vez, este, José Medina Lobato, desvaloriza as acusações que foi alvo, afirmando que tudo não passa meramente de "sabotagem" de um bom trabalho que a CMB está desempenhar desde que assumiu a presidência.
Presidente em exercício de sindicato de trabalhadores de câmara municipal de Bissau reage sobre atraso salarial na Câmara Municipal.
Guineenses no Irão pedem apoio para sair do país devido à guerra
Por LUSA
Em entrevista telefónica à agência Lusa a partir da cidade iraniana de Qom, Idrissa Ganó, guineense formado no Irão em Relações Internacionais, afirmou que "alguns guineenses querem sair do Irão" porque "temem que a guerra se intensifique".
O representante da Câmara do Comércio da Guiné-Bissau no Irão, Idrissa Ganó, disse hoje que alguns cidadãos guineenses no estado persa, a maioria estudantes, querem regressar ao seu país devido à guerra e pedem apoio às autoridades.
Em entrevista telefónica à agência Lusa a partir da cidade iraniana de Qom, Idrissa Ganó, guineense formado no Irão em Relações Internacionais, afirmou que "alguns guineenses querem sair do Irão" porque "temem que a guerra se intensifique".
O também professor universitário da língua portuguesa, árabe e ciências discursivas, descreveu dificuldades para as pessoas se deslocarem, com estradas fechadas, depois de domingo os Estados Unidos terem entrado no conflito, iniciado a 13 de junho com ataques de Israel ao Irão, bombardeando instalações nucleares naquele país do Médio Oriente.
Ganó ressalvou não ser representante oficial da Guiné-Bissau na República Islâmica do Irão, mas disse que tenta ajudar os guineenses valendo-se do conhecimento que tem no país e da língua persa.
De acordo com Idrissa Ganó, o número de cidadãos guineenses no Irão "não ultrapassa 50 pessoas, contando com crianças recém-nascidas" e que a sua maioria são estudantes.
As pessoas que estariam interessadas em regressar à Guiné-Bissau seriam na sua maioria estudantes residentes na cidade de Qom, a 156 quilómetros a sudeste de Teerão, detalhou o representante da Câmara do Comércio guineense.
O próprio Ganó vive e trabalha em Qom, cidade que, além de albergar grande número de estrangeiros, também é onde ficam as instalações de uma central de enriquecimento do urânio, bombardeada pelos Estados Unidos, no domingo.
O professor guineense disse à Lusa que "não deu para ouvir as explosões" na zona onde se encontrava no dia do ataque norte-americano, mas que a vida em Qom "sofreu mudanças" ao ponto de o próprio não conseguir viajar para Teerão como costuma fazer.
"Não se consegue viajar. Algumas estradas estão cortadas", afirmou Ganó que pede às autoridades guineenses para providenciarem apoios para os cidadãos que querem sair do Irão.
Idrissa Ganó observou que as embaixadas de países africanos como Nigéria, Senegal e Serra-Leoa estão a recensear os seus cidadãos em Qom no sentido de os tirar do país assim que possível.
Em agosto de 2010, o então presidente guineense, Malam Bacai Sanhá, entretanto falecido, efetuou uma visita de Estado ao Irão e anos depois os dois países estabeleceram relações diplomáticas que resultaram na abertura de uma embaixada do país africano em Teerão.
Na entrevista à Lusa, Idrissa Ganó avançou, contudo, que a embaixada guineense "fechou as portas há muitos anos".












































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