Por: Aguinaldo Ampa O DEMOCRATA 28/12/2023
O governo da Guiné -Bissau anunciou que vai implementar o sistema de apoio e informação e sensibilização sobre a iodização do sal e o seu consumo adequado no país, bem como a conservação ambiental.
O anuncio foi tornado público esta quinta-feira, 28 de dezembro de 2023, pelo chefe do gabinete do ministro do Comércio e Indústria, Mamadjam Djaló.
Mamadjam Djaló, que falava na cerimónia de abertura do ateliê do consumo do sal iodado e da conservação do meio ambiente, enfatizou que ao longo de tempos, foram empreendidos esforços consideráveis à escala mundial, para a redução dos riscos ligados a carência de micronutrientes nos alimentos, particularmente nos óleos, na farinha do trigo e no sal.
Na sua intervenção, alertou que a integração regional e o desenvolvimento das políticas que promovem o bem-estar das populações não podem ser possíveis se as práticas de produção não forem melhoradas e harmonizadas.
Adiantou que, apesar de o país não dispor de indústrias do fabrico e fortificação de alimentos, ainda assim engajou-se no processo de fortalecimento de alimentos.
O responsável informou que na sub-região africana, a cada ano nascem crianças com carências em em micronutrientes, sem oportunidades de beneficiarem de alimentos enriquecidos para poderem suprir as suas necessidades a fim de velar os riscos da má nutrição.
Para a diretora geral da saúde materno infantil, ZimaniaCá, o ato de sensibilização da população sobre o consumo do sal Iodado é uma ação de colaboração e do reforço do sistema de saúde pública nas suas políticas de prevenção e promoção de bons hábitos alimentares para a população guineense.
Defendeu que é importante reconhecer que o papel do ministério da saúde pública, assenta-se na implementação da política do governo e na promoção da boa qualidade da vida da população, através da assistência médica de qualidade.
“Um bom hábito alimentar, pressupõe um consumo de alimentos de qualidade e em quantidade aceitável capaz de garantir uma boa sobrevivência e a salubridade duradoura. Estamos convencidos que a luta conjunta será vencida com a colaboração de todos, tendo em conta a importância do iodo no nosso organismo. É fundamental que a disseminação do consumo do sal iodado seja uma missão assumida não só pelas organizações que trabalham neste domínio, mas também deve constituir uma atitude de uma boa cidadania”, sublinhou.
Por seu lado, a presidente da Associação de Produtores e Iodadores do Sal (APIS), Maria Pereira, disse que a sua organização tem como uma das principais missões organizar a fileira de produção rural do sal iodado para a sua comercialização junto da população guineense, com a finalidade de promover a saúde nutritiva e melhores condições económicas para as famílias produtoras do sal.
De salientar que a Associação de Produtoras e Iodadoras de Sal conta neste momento com mais de mil associados na região de Cacheu.