As cores do Movimento Para a Alternância Democrática (MADEM-15) coloriram a bandeira no meio das pessoas, carros e motas que o aguardavam.
domingo, 14 de maio de 2023
MADEM G15: LANÇAMENTO OFICIAL DE CAMPANHA LEGISLATIVA 2023
As cores do Movimento Para a Alternância Democrática (MADEM-15) coloriram a bandeira no meio das pessoas, carros e motas que o aguardavam.
SENEGAL: Duzentos rebeldes independentistas de Casamansa entregam armas no Senegal
© Lusa
POR LUSA 14/05/23
Pelo menos 250 rebeldes independentistas da região de Casamansa, no Senegal, entregaram este fim de semana as suas armas numa cerimónia realizada no sul do país, anunciaram as autoridades locais.
A cerimónia representa "o culminar de um processo de negociações entre o Estado senegalês" e o Movimento das Forças Democráticas de Casamansa (MFDC), que "dura há quase três anos", afirmou no sábado o governador de Zinguichor, Guédj Diouf, citado hoje pela agência noticiosa Efe.
Em nome do país, Diouf agradeceu ao comandante de uma fação do MFDC e às suas tropas por "terem aceitado entrar em negociações sinceras com o Estado senegalês com vista à assinatura de acordos de paz que conduziram hoje [sábado] à deposição das armas".
"É um ato de coragem que reflete o vosso firme empenho na paz e no desenvolvimento económico e social de Casamansa", acrescentou, mostrando-se esperançoso em que esta ação "mostre o caminho a outras fações" para alcançar a "paz definitiva".
A entrega das armas decorreu na antiga base do MFDC na zona de Bignona, cidade de Mangone.
Casamansa tem sido o cenário de uma das rebeliões mais antigas do continente desde que os combatentes da independência saíram à rua com armamento rudimentar depois de uma marcha do MFDC ter sido suprimida em dezembro de 1982.
O conflito custou milhares de vidas e devastou a economia. Nos últimos anos, as autoridades senegalesas comprometeram-se a reinstalar os deslocados.
O Presidente senegalês, Macky Sall, eleito em 2012 e reeleito em 2019, fez da paz em Casamansa uma das suas prioridades.
A defesa antiaérea ucraniana abateu na noite de sábado três mísseis de cruzeiro e 25 drones durante os ataques da Rússia desde várias direções, informou hoje o comando da Força Aérea da Ucrânia.
© YASUYOSHI CHIBA/AFP via Getty Images
POR LUSA 14/05/23
Kyiv afirma que abateu três mísseis e 25 drones russos
A defesa antiaérea ucraniana abateu na noite de sábado três mísseis de cruzeiro e 25 drones durante os ataques da Rússia desde várias direções, informou hoje o comando da Força Aérea da Ucrânia.
Num comunicado no Telegram, o comando precisa que a Rússia atacou com drones Shahed-136/131, mísseis Kalibr a partir de navios no Mar Negro e com mísseis de cruzeiro Kh-101/Kh-555/Kh-55 a partir da aviação estratégica Tu-95MS.
Especificamente, a defesa antiaérea alegou ter destruído além de três mísseis de cruzeiro, 18 drones Shahed-136/131; um veículo aéreo não tripulado do tipo Lancet; dois drones táctico-operacionais Orlan-10; e quatro outros a especificar.
Além disso, "durante o dia 13 de maio e no início do dia 14 de maio, a aviação tática da força aérea efetuou até 50 voos para enfrentar o inimigo e dar cobertura aérea aos caças", acrescenta a declaração citada pelo Ukrainska Pravda.
Yuriy Ihnat, porta-voz da força aérea ucraniana, disse à agência noticiosa Unian na televisão que "o inimigo está a atacar com vários tipos de mísseis e veículos aéreos não tripulados" de todas as direções, tornando o mapa dos alertas aéreos noturnos "atípico".
De acordo com Ihnat, os mísseis entram no território ucraniano a partir de diferentes pontos e os drones Shahed podem ser lançados a partir de lançadores móveis em qualquer direção.
Entretanto, a administração militar da capital ucraniana informou que as forças russas realizaram na noite de sábado o sétimo ataque aéreo de maio contra Kiev, no qual lançaram drones espiões para o espaço aéreo em redor da cidade, que foram destruídos.
"Todos os drones não tripulados que se dirigiam para Kiev foram destruídos a longa distância", disse a administração militar num comunicado no Telegram, citado pela agência de notícias Unian, acrescentando que provavelmente foram lançados para identificar posições de defesa aérea ucranianas.
Na região de Kherson, no sul da Ucrânia, cinco pessoas morreram quando um engenho explosivo deixado pelas forças russas detonou, disse hoje o chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andriy Yermak.
"Na região de Kherson, os explosivos abandonados pelo exército russo mataram cinco civis. A tragédia ocorreu numa empresa agrícola na aldeia de Myroliubivka, na comunidade de Novovorontsov", escreveu numa mensagem no Telegram, citada pelo "Ukrainska Pravda".
"Um projétil não deflagrado explodiu", disse Yermak, acrescentando que "a vítima mais nova tinha 27 anos e a mais velha 68".
Leia Também: O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje que o seu país está a preparar uma contraofensiva para libertar as áreas ocupadas pela Rússia e não a atacar o território russo.
Campanha eleitoral: PRS ELEGE PAZ, SEGURANÇA E ESTADO DO DIREITO COMO PRIORIDADES
O DEMOCRATA 14/05/2023
O candidato do Partido da Renovação Social (PRS) para o cargo do Primeiro-ministro, Florentino Mendes Pereira, elegeu como prioridades de governação, a consolidação da paz, a segurança e o estado do direito, se o partido vencer as eleições legislativas.
O dirigente dos renovadores falava este sábado, 13 de maio de 2023, na cidade de Quinhamel, região de Biombo, no norte da Guiné-Bissau.
Assegurou que vai trabalhar no sentido de reforçar as instituições da República para que sejam consolidadas bases fortes capazes de resolver problemas sociais do país, e também trabalhar para impulsionar a agricultura, setor chave para desenvolvimento da Guiné-Bissau.
“O nosso programa vai incidir no reforço de qualidade humana, através de investimentos na educação e formação de qualidades, consequentemente, acabar com ondas de greves nas escolas públicas”.
No setor de saúde, prometeu trabalhar para melhorar as condições de acesso e atendimento, construindo e equipando infraestruturas sanitárias.
Prometeu ainda realizar as eleições Autárquicas Municipais caso PRS vença as legislativas do próximo dia 04 de junho.
Por: Carolina Djemé
Campanha eleitoral: NUNO NABIAN ADMITE QUE NENHUM PARTIDO GANHARÁ ELEIÇÕES COM A MAIORIA ABSOLUTA
O DEMOCRATA 14/05/2023
O líder da Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB, Nuno Gomes Nabian, afirmou, este sábado, 13 de maio de 2023, que as eleições legislativas de 04 de junho serão as mais renhidas e disputadas na história da democracia guineense, tendo afirmado que nenhum partido ganhará com a maioria absoluta.
Disse que não é normal que o Movimento para a Alternância Democrática (MADEM G-15) continue a usar a imagem do Chefe de Estado nos cartazes da propaganda eleitoral, porque Sissoco Embaló “é o Presidente da República de todos os guineenses e todas as formações políticas”.
Nuno Gomes Nabian discursava no comício popular, na cidade Bissorã (círculo eleitoral 05), região de Oio, norte do país , na abertura da campanha eleitoral, onde é cabeça de lista do seu partido à eleição de deputado. Disse que a APU-PDGB vencerá o escrutínio de junho próximo.
Gomes Nabiam reconhece que os agricultores nacionais estão numa situação muito difícil, que pode provocar fome e destruir vidas de muitas famílias.
“Neste momento, a fome é iminente. Os camponeses dependem essencialmente da castanha de cajú”, disse, justificando que a má campanha de comercialização da castanha de cajú deve-se à crise económica que o mundo enfrenta, razão pela qual o governo adotou medidas para facilitar o processo.
“Quem quer criar complicações à Guiné-Bissau, não deve contar com o apoio de Nuno Gomes Nabian, porque em nenhum momento farei parte daquele grupo, devido a minha forma de ser. Algumas pessoas estão a intrigar a população nas comunidades, dizendo que rejeitei que os prisioneiros de 01 de fevereiro fossem retirados da prisão. Isso não corresponde à verdade. Não faço parte do tribunal”, indicou.
Nuno Gomes Nabiam disse que o atual chefe de Estado depositou confiança na sua pessoa, nomeando-o primeiro-ministro, contudo admitiu que durante a caminhada houve alguns sobressaltos e desentendimentos entre eles, o que considerou normal para pessoas que trabalham juntos.
Nabian disse esperar que com a vitória do seu partido nas legislativas continue a trabalhar com Umaro Sissoco Embaló para que possam concluir os projetos de construção da Guiné-Bissau “rumo ao desenvolvimento almejado”.
Por sua vez, o Secretário Geral de APU-PDGB, Agostinho da Costa, advertiu que a utilização da imagem do Presidente da República nos cartazes da propaganda eleitoral do MADEM G-15 pode levar alguns concorrentes a impugnar os resultados eleitorais de 4 de junho.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
Campanha eleitoral: LÍDER PUN PEDE AO POVO PARA SANCIONAR POLÍTICOS QUE ESTÃO A DIRIGIR O PAÍS
O DEMOCRATA 13/05/2023
O líder do Partido da Unidade Nacional (PUN), Idriça Djaló, disse que este é o momento exato para os eleitores fazerem a justiça, sancionando os políticos que estão a dirigir a Guiné-Bissau, através da escolha de políticos sérios que têm dado, ao longo das suas vidas,provas da moralidade e da competência para dirigir o destino do país.
“Estes políticos de cara sem vergonha, compram viaturas de mais de 100 milhões de FCFA para passear no país. Usam fatos de dois milhões de FCFA, portanto este é o momento para o povo fazer a justiça para si e tirar-nos essas pessoas nas nossas frentes e escolher os seus filhos competentes e sérios que têm dados ao longo das suas vidas provas da moralidade e competência para entregar-lhes o destino desta terra. Este poder divino é colocado na mão do povo por Deus. Peço-vos que votem no PUN no dia 04 de junho”, disse.
Djaló fez estas chamadas de atenção este sábado, 13 de maio de 2023, durante o comício realizado no círculo eleitoral número 02, concretamente na aldeia histórica de Guiledje, setor de Cacine, região de Tombali, no sul da Guiné-Bissau.
O político lembrou no seu discurso que o papel dosgovernantes é trabalhar para desenvolver as infraestruturas, como também criar condições para que o povo possa viver em paz e trabalhar para garantir uma boa educação, saúde e reforçar a unidade nacional. Acrescentou que o partido que governa deve engajar-se na aproximação dos guineenses e abrir as possibilidades ilimitadas de criação de riquezas desde a última aldeia até Bissau.
“Os que governaram este país, como sabem, não estão na altura e nem têm compromissos com os valores referidos aqui, decidiram dividir os guineenses. Estão a roubar os nossos bens e selecionam pessoas mais corruptas e mais incompetentes para entregar o destino do nosso país. Estão a destruir moralmente a nossa juventude e deixando-lhe entender que o sucesso na vida é entrar nos esquemas e roubar o bem comum” criticou.
Por: Assana Sambú
Campanha eleitoral: COORDENADOR DO MADEM PROMETE CONSERTAR COM AUTORIDADES DENTRO DE 48 HORAS PARA VIABILIZAR A CAMPANHA DE CAJÚ
O DEMOCRATA 13/05/2023
O Coordenador nacional do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM), Braima Camará, prometeu este sábado, 13 de maio de 2023, aos guineenses em geral e em particular aos produtores da castanha de cajú que vai consertar com o governo e o Presidente da República, para encontrar soluções à questão da campanha de comercialização da castanha de cajú dentro de 48 horas.
“Ouvimos as preocupações do povo guineense em diferentes zonas do país sobre a situação da campanha de cajú. Pedimos calma à população. A solução que temos é consertar no espaço de 48 horas com o governo e o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, para resolvermos o problema da campanha de castanha de cajú”, disse.
O político fez essas promessas na sua intervenção no comício realizado no “Espaço Verde”, bairro d’Ajuda, círculo eleitoral 28, para assinalar o início da campanha eleitoral para as eleições legislativas agendadas para o dia 04 de junho. Camará chegou no início da tarde deste sábado proveniente de Lisboa (Portugal), após um périplo pela Europa em contato direto com os eleitores da diáspora.
À sua chegada no internacional Osvaldo Vieira, acompanhado dos dirigentes do partido e os militantes, percorreu a avenida principal (João Bernardo Vieira) até o mercado do Bandim para depois voltar para o “Espaço Verde” onde foi realizado o comício.
“Nós não temos nenhum filho da Guiné como adversário político! O nosso adversário político na verdade é o sub-desenvolvimento”, sustentou, destacando como seus desafios prioritários a campanha de cajú, a educação, a saúde, as infraestruturas rodoviárias, a energia e a estabilidade política e social.
Camará afirmou que no MADEM não existe diferença nem discriminação baseada na cor, raça, religião e condições físicas.
“MADEM é um projeto da sociedade e que veio para resgatar o orgulho da guineendade”.
Por: Assana Sambú
Campanha eleitoral: COLIGAÇÃO PAI – “TERRA RANKA” DIZ SENTIR-SE PERPLEXO COM AS DECISÕES DO SUPREMO TRIBUNAL
O DEMOCRATA 13/05/2023
O Supervisor nacional da campanha eleitoral pela Coligação – Plataforma da Aliança Inclusiva – “Terra Ranka”, Geraldo Martins, disse que as decisões que o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) tem tomado deixam “perplexo” o projeto político liderado pelo PAIGC.
Para Geraldo Martins, o STJ enquanto bastião e baluarte da justiça e da democracia, que faz todos sentirem que estão a viver numa comunidade, onde os comportamentos erráticos e desviantes são sancionados na justiça e nos fóruns próprios, não pode estar a tomar medidas que vão contra a democracia.
“Quando um órgão que consideramos ser um baluarte da democracia desvirtua as regras é preocupante. A lei eleitoral é clara quando diz que grupos de partidos políticos que queiram formar uma coligação podem fazê-lo e depositar tudo no supremo que por sua vez tem 24 horas para decidir a favor ou contra os termos dessa coligação. O projeto de coligação foi entregue a 25 de março. O Supremo desrespeitou tudo e só depois de 34 dias é que levantou a questão do nosso símbolo”, explicou o também primeiro vice-presidente do PAIGC, durante um evento político realizado pela coligação no círculo eleitoral 28, no bairro de Cuntum, concretamente no “Local Histórico” para assinalar a abertura da campanha eleitoral para as eleições legislativas de 04 de junho.
A Coligação liderada pelos libertadores reuniu responsáveis de diferentes círculos eleitorais do setor autónomo de Bissau para passar as diretrizes sobre a campanha. PAI – Terra Rankavai proceder abertura oficial da sua campanha eleitoral no círculo 05, na cidade de Bissorã, região de Pio, norte da Guiné-Bissau, no dia 17 do mês em curso.
Martins declarou que uma das prioridades da Coligação é consolidar as instituições para recuperar o que o país perdeu em três anos, nomeadamente as liberdades fundamentais, a liberdade de expressão e as instituições judiciárias que “estão todas sequestradas”.
Destacou ainda como desafios da coligação, lutar contra a fome e valorizar a castanha de cajú junto dos produtores.
“Na governação do PAIGC, a castanha de caju foi comprada a 500 e 1000 francos CFA, mas hoje está a 150 e 200 francos CFA. A fome é evidente e todas as famílias guineenses sentem que estão abandonadas. O grande desafio da coligação e do PAIGC é trabalhar para que essa situação mude e os direitos e liberdades fundamentais sejam respeitados. A nossa mensagem é clara: que os eleitores reflitam bem sobre dois momentos antes e agora, antes de votarem” assinalou, para de seguida, afirmar que a Coligação vai ganhar as eleições legislativas de 04 de junho.
Geraldo justificou a escolha do lugar histórico de Cuntum para o comício inaugural.
“Cada vez que se celebra um acontecimento temos que ter na nossa consciência que estamos livres e independentes graças aos nossos combatentes da liberdade da pátria que se sacrificaram por nós para termos uma nação, a Guiné-Bissau e um povo. A coligação vai ganhar as eleições para dignificá-los. Esse, sim, é o nosso compromisso”, vincou.
Por: Filomeno Sambú
Cerimónia de assinatura do Código de conduta e ética eleitoral
Nações Unidas Guiné-Bissau
Para as eleições legislativas marcadas para o dia 4 de junho de 2023, quinze partidos políticos e organizações da sociedade civil assinaram o código de conduta e ética eleitoral. O código de conduta foi apresentado pelo Movimento Nacional da Sociedade Civil para Paz, Democracia e Desenvolvimento.
A cerimónia contou com presença do ministro de administração territorial e poder local, Dr. Fernando Gomes, Coordenador Residente do Sistema das Nações Unidas, Anthony Ohemeng Boamah, Presidente da Plataforma Política das Mulheres, Silvina Tavares, Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Augusto Mário da Silva, Presidente do Movimento Nacional da Sociedade Civil, Fodé Carambá Sanhà e a Porta-Voz da CNE, Felisberta Moura Vaz.
De lembrar que o código de conduta é um compromisso de honra assumido pelos partidos políticos e coligação de partidos às eleições de 4 de junho com a sociedade guineense de que participam no escrutínio adoptando uma postura cívica responsável sem pôr em causa as leis da Guiné-Bissau, os valores e os princípios da sociedade guineense.
UCRÂNIA : Zelensky recebido em Berlim pelo Presidente alemão
© Reuters
POR LUSA 14/05/23
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, foi recebido hoje de manhã pelo Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, na primeira etapa de uma visita à Alemanha, constataram os jornalistas da AFP.
Zelensky foi recebido no Castelo de Bellevue, a residência do chefe de Estado alemão, por Steinmeier.
Zelensky deverá encontrar-se com o Chanceler Olaf Scholz durante a manhã e, à tarde, deslocar-se a Aachen para receber o Prémio Carlos Magno pelo seu empenho na unificação europeia.
Leia Também: Zelensky recebido em Berlim com honras militares por Olaf Scholz
UCRÂNIA/RÚSSIA: Cimeira do Conselho da Europa focada em responsabilizar Rússia pela guerra
© Lusa
POR LUSA 14/05/23
O Conselho da Europa pretende aproveitar a rara cimeira que realiza em Reiquiavique esta semana para demonstrar união na responsabilização da Rússia pela invasão da Ucrânia e definir formas de fazer justiça aos cidadãos ucranianos.
"A Ucrânia será o número 1, 2 e 3 da agenda. É o tema principal sobre o qual nos estamos a concentrar, porque não temos exército e não temos dinheiro, mas temos o nosso conjunto de regras com o qual todos os Estados-membros se comprometeram, tal como tinha feito a Rússia antes de ser expulsa por violar descaradamente as nossas obrigações internacionais ao invadir unilateralmente outro Estado-membro", vincou o presidente da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, Tiny Kox.
A capital islandesa recebe entre 16 e 17 de maio a Cimeira de Chefes de Estado e de Governo dos 46 Estados-membros da organização, que realiza a quarta cimeira desde a sua criação, em 1949.
Como 'garante dos direitos humanos', o Conselho da Europa tem de "encontrar formas de assegurar que a justiça seja feita ao Estado da Ucrânia, às estruturas da Ucrânia, mas também aos cidadãos da Ucrânia", salientou Tiny Kox, numa entrevista à agência Lusa de antecipação do evento.
"E, por outro lado, [tem de garantir] que não haverá impunidade: quem iniciar uma guerra de agressão, mais cedo ou mais tarde será responsabilizado, o que significa que temos que encontrar maneiras de lidar com o crime de agressão", acrescentou.
O Conselho da Europa pretende aprovar na cimeira de Reiquiavique um mecanismo de registo de danos causados pela invasão russa da Ucrânia.
Este mecanismo, que está a desenvolver, permitirá que todos os cidadãos ucranianos que se considerem vítimas da guerra causada pela Rússia registem os danos que sofreram.
Portugal, que estará representado na cimeira pelo primeiro-ministro António Costa, já manifestou a intenção de apoiar a criação deste mecanismo desde o primeiro dia.
O embaixador da missão permanente de Portugal no Conselho da Europa, Gilberto Jerónimo, destacou à Lusa que "Portugal tem estado sempre na linha da frente nas negociações" e que "quer continuar a estar nessa linha da frente".
Já Tiny Kox sublinhou que este mecanismo de registo "é único, está sob os auspícios do Conselho da Europa na fórmula de um acordo parcial alargado".
Sendo uma fórmula utilizada para outras estruturas como a Comissão de Veneza, adiantou, tem a vantagem de não ser necessária a ratificação pelos 46 Estados-membros, podendo começar imediatamente após aprovado na cimeira.
O secretário-geral adjunto do Conselho da Europa, Bjørn Berge, adiantou que fisicamente este registo de danos "provavelmente será colocado em Haia, nos Países Baixos, mas também terá o seu gabinete em Kiev".
O Conselho da Europa quer também debater entre os Estados-membros a criação de um tribunal 'ad hoc' para julgar o crime de agressão da Rússia sobre a Ucrânia, sobre o qual o Tribunal Penal Internacional (TPI) não tem jurisdição, e ainda um "mecanismo de compensação" para encontrar formas de "fazer justiça o mais rápido possível".
Outro tema que o Conselho da Europa quer debater entre os Estados-membros é sobre o "sequestro de crianças ucranianas" por Moscovo e o seu envio para a Rússia ou zonas controladas pelas forças russas para reeducação.
Sobre o papel que pode ter o organismo nesta questão, Bjørn Berge frisou que o organismo pode colocar o tema "no topo da agenda" e "aumentar a consciencialização em todos os Estados-membros", lembrando o recente relatório do Conselho da Europa sobre o tema, elaborado deputado socialista português Paulo Pisco.
Após aprovado na Comissão das Migrações e Refugiados da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (PACE), o relatório foi debatido no final de abril na assembleia, que elaborou uma resolução a exigir o regresso seguro das crianças ucranianas às suas famílias.
O Conselho da Europa foi criado em 1949 para defender os Direitos Humanos, a Democracia e o Estado de direito e integra atualmente 46 Estados-membros, incluindo todos os países que compõem a União Europeia (UE), depois de ter expulsado a Rússia como membro no ano passado.
Bruno Maçães: "Rússia está numa fase de declínio senão mesmo de colapso"
Bruno Maçães, especialista em Geopolítica e antigo Secretário de Estado dos Assuntos Europeus, analisou o papel da China enquanto potência económica cada vez mais imponente e da Rússia num mundo cada vez mais incerto.
Burkina Faso. Pelo menos 33 civis mortos em ataque de alegados jihadistas
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POR LUSA 14/05/23
Pelo menos 33 civis foram mortos na quinta-feira num ataque de alegados 'jihadistas' no oeste do Burkina Faso, anunciou hoje o governador da região de Boucle du Mouhoun num comunicado.
"Na tarde de quinta-feira, 11 de maio, por volta das 17h00 locais (18h00 de Lisboa), a aldeia de Youlou, no departamento de Tcheriba, província de Mouhoun, sofreu um ataque terrorista cobarde e bárbaro", declarou Babo Pierre Bassinga.
"Os homens armados tomaram como alvo os pacíficos cidadãos ocupados nas suas atividades de horticultura nas margens do rio", acrescentou o governador, precisando que "o balanço provisório é de 33 pessoas mortas".
Fontes locais confirmaram a presença de atacantes "fortemente armados" em motorizadas, que "dispararam" sobre os horticultores "aleatoriamente", e indicaram que as vítimas foram sepultadas na sexta-feira.
Habitantes de Tcheriba afirmaram também que três pessoas sofreram ferimentos de balas e que os atacantes incendiaram terrenos e celeiros antes de abandonarem a aldeia.
Segundo o governador, "estão em curso ações de reforço da segurança".
Babo Pierre Bassinga instou também as populações a "redobrarem a vigilância e continuarem a cooperar com as forças combatentes para uma vitória total contra o terrorismo e um retorno definitivo da paz e da segurança à região".
O Burkina Faso, palco de dois golpes de Estado militares em 2022, está desde 2015 envolvido numa espiral de violência 'jihadista' surgida no Mali e no Níger alguns anos antes e que alastrou além das respetivas fronteiras.
A violência fez, nos últimos sete anos, mais de 10.000 mortos -- civis e militares -- segundo organizações não-governamentais, e mais de dois milhões de deslocados.
O estado de emergência, em vigor desde março em oito das 13 regiões do país, foi na sexta-feira prolongado por mais seis meses pela Assembleia Legislativa de Transição.
Em meados de abril, as autoridades da transição no Burkina Faso decretaram igualmente a "mobilização geral", a fim de "dar ao Estado todos os meios necessários" para enfrentar os ataques 'jihadistas'.
TURQUIA: Mais de 60 milhões escolhem hoje presidente e parlamento da Turquia
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POR LUSA 14/05/23
Cerca de 61 milhões de eleitores vão hoje às urnas na Turquia para eleger um Presidente e um parlamento, num sufrágio em que se joga a sobrevivência política do atual chefe de Estado, Recep Tayyip Erdogan.
Com a maioria das sondagens a anteciparem a derrota de Erdogan nas eleições presidenciais, o ato eleitoral na Turquia constitui também uma prova da capacidade de sobrevivência política do atual chefe de Estado de 69 anos.
O fundador do AKP, uma formação conservadora e islamista, enfrenta o líder do Partido Republicano do Povo (CHP, social-democrata e nacionalista), Kemal Kiliçdaroglu, 74 anos, apoiado por uma coligação heterogénea de seis partidos e por uma formação de esquerda defensora dos direitos da minoria curda, que poderá ter a sua última oportunidade de terminar nas urnas com o crescente autoritarismo de Erdogan.
A três dias do escrutínio, as sondagens davam ao candidato da Aliança da Nação, liderada pelo CHP e que agrega mais cinco partidos, de centristas a nacionalistas de direita e uma formação islamista, 49,3% dos votos, caso a opção dos indecisos (7%) fosse distribuída proporcionalmente pelos dois candidatos. O Presidente Erdogan apenas receberia 43,7% dos votos.
Para as eleições legislativas, o cenário altera-se, com a Aliança Popular de Erdogan -- liderada pelo AKP e que repete a coligação com o Partido de Ação Nacionalista (MHP, extrema-direita) de Devlet Bahçeli e duas outras pequenas formações ultranacionalistas -- em vantagem, com cerca de 44%, dos votos expressos contra 39,9% para a Aliança da Nação.
Neste caso, será decisiva a votação na Aliança Trabalho e Liberdade, liderada pelo Partido da Esquerda Verde, defensor dos direitos da população curda e creditado nas sondagens com 10,5% dos votos e que poderá retirar ao AKP e aliados a sua sólida maioria absoluta.
Numa sociedade fragmentada, Kiliçdaroglu prometeu devolver ao país o sistema parlamentar interrompido em 2017 e uma restauração dos direitos e liberdades, muito deterioradas devido ao crescente autoritarismo presidencial.
O combate ao elevado desemprego e à corrupção, o regresso a uma justiça independente, em que os veredictos sejam baseados na lei e não em decisões políticas, e a liberdade dos 'media', num país com quase 50 jornalistas na prisão, foram outras prioridades enunciadas pelo candidato da Aliança da Nação.
Kiliçdaroglu também prometeu restaurar a confiança no meio empresarial e na população, relações externas baseadas nos interesses da política nacional, melhoria das relações com a União Europeia e manter as relações cordiais com a Rússia, aliado político e importante parceiro comercial.
A estratégia de campanha de Erdogan, numa permanente associação entre nacionalismo e religião, foi centrada em propagar a ideia de uma Turquia moderna, que inaugurou a sua primeira central nuclear em cooperação com a Rússia, e poderosa, com um desenvolvimento exponencial da indústria do armamento.
O Presidente turco acusou também o bloco opositor de serem "infiéis", de colaborarem com a guerrilha curda do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), ilegalizado e considerado "organização terrorista" por Ancara e países ocidentais, de pretenderem fragmentar o país e de colocarem a Turquia sob a alçada de "potências imperialistas".
O ato eleitoral turco traduzir-se-á numa escolha de modelo de sociedade entre um líder poderoso e um opositor que propõe o consenso e a negociação.
TURQUIA: Erdogan acusa Biden de "ter dado ordem" para a sua derrota nas eleições
© Lusa
POR LUSA 13/05/23
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, acusou hoje o homólogo norte-americano, Joe Biden, de "ter dado ordem" para o derrotarem nas eleições de domingo e a oposição de se aliar aos interesses do Ocidente e atacar a Rússia.
"Biden deu a ordem para derrotar Erdogan, eu sei. Todo o meu povo sabe disso", declarou Erdogan num dos seus últimos comícios antes das eleições legislativas e presidenciais de domingo, que as sondagens preveem porão fim às suas duas décadas no poder na Turquia.
"Os boletins de voto darão amanhã [domingo] uma resposta a Biden", acrescentou.
O chefe de Estado turco acusou também o seu principal adversário nas presidenciais, o social-democrata Kemal Kilicdaroglu, de atacar a Rússia, uma aliada económica e política do país.
Apesar de o líder da oposição ter assegurado que manterá esses laços com a Rússia se for eleito Presidente, Erdogan acusou-o hoje de preparar sanções contra Moscovo.
"Vai fazer isso com as instruções que recebeu dos Estados Unidos?", perguntou o líder islamista, num encontro com apoiantes em Istambul.
Erdogan acusou igualmente o bloco da oposição, no qual também há nacionalistas e islamistas, de ter sido infiltrado pela comunidade LGBT (Lésbicas, 'Gays', Bissexuais e Transgénero).
"Acreditamos na santidade da família. Se a família for enfraquecida, a nação será fraca", sustentou.
A Turquia realiza no domingo as eleições presidenciais e legislativas mais decisivas dos últimos 20 anos.
As sondagens atribuem a vitória a Kiliçdaroglu nas presidenciais, embora seja possível que não obtenha a maioria absoluta que evitaria uma segunda volta dentro de duas semanas.
Nas legislativas, espera-se que nem o bloco de Erdogan nem a aliança da oposição consigam a maioria, pelo que o papel do partido de esquerda pró-curdo HDP, que o atual Governo colocou à beira da ilegalização, será decisivo.
Junta do Mali rejeita relatório da ONU sobre execução de 500 pessoas
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POR LUSA 13/05/23
A junta do Mali classificou hoje de "tendencioso" o relatório divulgado pela ONU em que acusa o exército e combatentes estrangeiros de terem executado pelo menos 500 pessoas em março de 2022, incluindo mulheres e crianças.
"Nenhum civil de Moura perdeu a vida durante a operação militar", declarou o porta-voz do governo, coronel Abdoulaye Maiga, numa declaração lida na televisão estatal.
Na sexta-feira, as Nações Unidas acusaram o exército maliano e combatentes estrangeiros de terem executado pelo menos 500 pessoas durante uma operação anti-terrorista em Moura, no centro do Mali, com base num relatório do Alto-Comissariado para os Direitos Humanos.
O massacre teria vitimado cerca de 20 mulheres e sete crianças, segundo o mesmo relatório.
Por seu lado, o porta-voz do governo do Mali, classificou o relatório de "tendencioso, baseado num relato fictício": "Entre os mortos, havia apenas combatentes terroristas", acrescentou Abdoulaye Maiga.
Na resposta, o governo do Mali afirmou ter tomado conhecimento "com choque" de que a missão de investigação da ONU tinha utilizado satélites sobre Moura para obter imagens "sem autorização e sem o conhecimento das autoridades malianas".
O executivo adiantou ainda que irá "abrir imediatamente um inquérito" por "espionagem, atentado à segurança externa do Estado", bem como por "conspiração militar".
Tal como documentado no relatório, os acontecimentos em Moura, que têm sido objeto de versões contraditórias desde há um ano, estão entre os piores do género num país familiarizado com as atrocidades cometidas por terroristas e outros grupos armados desde 2012.
O alto-comissariado das Nações Unidas "tem motivos razoáveis para crer" que pelo menos 500 pessoas, incluindo cerca de 20 mulheres e sete crianças, foram "executadas pelas Forças Armadas do Mali e por militares estrangeiros [...] depois de a zona ter sido totalmente dominada" entre 27 e 31 de março de 2022, em Moura, refere-se no relatório, que se baseia numa investigação da divisão de direitos humanos da missão de manutenção da paz da ONU destacada no Mali desde 2013.
A agência da ONU diz que tem também "motivos razoáveis para acreditar que 58 mulheres e raparigas foram vítimas de violação e outras formas de violência sexual". O relatório relata, ainda, atos de tortura às pessoas detidas.
Estes atos podem constituir crimes de guerra e, "dependendo das circunstâncias", crimes contra a humanidade, afirmou Volker Türk, alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, numa declaração.
O relatório não identifica explicitamente os estrangeiros, mas recorda declarações oficiais das autoridades do Mali sobre a assistência de "instrutores russos" na luta contra os terroristas e comentários atribuídos ao chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, sobre a presença no Mali da empresa de segurança privada russa Wagner.
A ONU relata o testemunho dos seus investigadores, que descrevem estes estrangeiros como homens brancos, fardados e falando uma "língua desconhecida".
sábado, 13 de maio de 2023
Zelensky vai receber prémio que "já foi entregue a Winston Churchill" na Alemanha
Volodymyr Zelensky está em Itália, onde se encontrou com a primeira-ministra Giorgia Meloni, uma das líderes ocidentais que mais apoio tem prestado à Ucrânia. A próxima paragem do presidente ucraniano vai ser Berlim, onde se encontrará com a liderança alemã.
Zelensky e Papa já se reuniram. O encontro, os presentes e o que falaram
© Getty Images
Notícias ao Minuto 13/05/23
O chefe de Estado ucraniano foi recebido numa audiência privada no Vaticano. Pode ver as imagens na galeria abaixo.
O Papa Francisco recebeu este sábado o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, numa audiência privada, no Vaticano. Este foi o primeiro encontro entre os líderes desde o início da invasão russa, a 24 de fevereiro de 2022, apesar de ambos já terem falado em diversas ocasiões ao telefone.
Segundo a agência Ecclesia, o encontro decorreu numa sala do Auditório Paulo VI e durou cerca de 40 minutos. A mesma publicação revelou que o Papa ofereceu uma escultura em bronze ao presidente ucraniano, que representa “um ramo de oliveira, símbolo da paz”. Já Zelensky levou um ícone de Nossa Senhora, que foi “pintado sobre uma placa balística vinda de zonas em conflito”.
Após o encontro, o presidente da Ucrânia agradeceu a "atenção pessoal" do Papa Francisco "à tragédia de milhões de ucranianos". Segundo o chefe de Estado ucraniano, ambos falaram sobre as "dezenas de milhares de crianças ucranianas deportadas" e pediu ao Papa que "condenasse os crimes russos na Ucrânia".
"Encontrei-me com o Papa Francisco. Estou grato pela sua atenção pessoal à tragédia de milhões de ucranianos. Falei sobre as dezenas de milhares de crianças ucranianas deportadas. Temos de fazer todos os esforços para as devolver a casa", começou por referir na rede social Twitter.
"Além disso, pedi-lhe que condenasse os crimes russos na Ucrânia. Porque não pode haver igualdade entre a vítima e o agressor. Falei também da nossa Fórmula de Paz como o único algoritmo eficaz para alcançar uma paz justa. Propus que nos juntássemos para a sua aplicação", acrescentou.
Os temas da conversa entre o Papa Francisco e Zelensky estiveram relacionados com "a situação humanitária e política na Ucrânia, causada pela atual guerra", referiu o Vaticano em comunicado.
O porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, disse que o Papa deu nota das suas "constantes orações" testemunhadas pelos "vários apelos públicos" que fez, ao "rezar ao Senhor pela paz desde fevereiro do ano passado".
"Ambos [os líderes] concordaram na necessidade de prosseguir os esforços humanitários de apoio à população", salientou.
O Papa Francisco realçou ainda a "necessidade urgente de gestos de humanidade para com as pessoas mais frágeis, as vítimas inocentes do conflito", afirmou o porta-voz do Vaticano.
Por sua vez, Zelenski manifestou ao Papa a sua "grande honra" em vê-lo, enquanto segurava a mão junto ao seu coração, tendo o pontífice agradecido "a visita", segundo imagens de televisão registadas no início do encontro, que já terminou.
A audiência com o Papa decorreu após Zelensky se encontrar com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, que tem proporcionado ajuda militar à Ucrânia, e com o presidente, Sergio Mattarella.
Pode ver imagens da audiência na galeria acima.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 15 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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UCRÂNIA: Presidente ucraniano recebido com honras militares em Roma
© Getty Images
POR LUSA 13/05/23
O Presidente ucraniano, Volodomyr Zelensky, foi hoje recebido com honras militares pelo chefe de Estado italiano, Sergio Mattarella, no início da sua visita a Roma, que inclui reuniões com a primeira-ministra, Giorgia Meloni, e com o Papa Francisco.
Mattarella recebeu Volodomyr Zelensky no pátio do palácio do Quirinal, a sede da Presidência, com honras militares e os hinos de ambos os países, com a bandeira da Ucrânia içada.
"Estamos plenamente ao seu lado. Bem-vindo, Presidente", disse Matterella a Zelensky, no início das conversações entre as duas delegações, a italiana e a ucraniana.
"A Itália está totalmente ao lado da Ucrânia na luta contra a invasão russa", afirmou Mattarella.
"É uma honra tê-lo aqui em Roma. Pedi para voltar a encontrar-me consigo após a nossa conversa, anos atrás. Também nesta circunstância diferente estamos completamente ao seu lado", declarou o chefe de Estado italiano.
As conversações entre as duas delegações começaram pouco após o meio-dia.
Mattarella confirmou o apoio de Itália à Ucrânia, em termos de ajuda militar, financeira, humanitária e de reconstrução, a curto e longo prazos.
"Não está apenas em jogo a independência e a integridade territorial da Ucrânia, mas também a liberdade das pessoas e a ordem internacional, justificou, segundo fontes do Quirinal.
Zelenski, por seu lado, insistiu que a paz deve "restaurar a justiça e o direito internacional", pelo que deve ser "uma verdadeira paz e não uma rendição", de acordo com as mesmas fontes.
Depois do encontro com o Chefe de Estado italiano, Zelensky desloca-se ao palácio Chigi, onde se reunirá com Meloni, enquanto o esperado encontro com Francisco terá lugar "depois das 15h00" locais (13h00 TMG), segundo fontes do Vaticano.
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