quarta-feira, 23 de novembro de 2022

PRESIDENTE DA REPÚBLICA E COMANDANTE SUPREMO DAS FORÇAS ARMADAS PRESIDIU HOJE A SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DO CONSELHO DE MINISTROS.

O Conselho de Ministros reuniu-se hoje, dia 23 de novembro de 2022, em Sessão Extraordinária, no Palácio da República, em Bissau, sob a presidência de Sua Excelência o Senhor Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, General do Exército Umaro Sissoco Embaló.

 No capitulo de INFORMAÇOES GERAIS, intervieram os membros do Governo a seguir indicados:

Ministro de Economia, Plano e Integraçāo Regional sobre a assinatura de um Memorando de Entendimento com o Beta Group, da República da Îndia, visando a mobilização de investimentos para a instalação de indústrias de transformação de produtos nacionais in natura, considerados estratégicos. 

Falou igualmente de aprovação do donativo pelo Conselho de Administração do Banco Africano de Desenvolviment0, BAD, em favor do nosso pais, para o financiamento integral e parcial da Ponte sobre o Rio Farim e da estrada Farim-Dungal, respetivamente.

Ministro das Pescas, relativamente ao processo de fornecimento de catorze (14) contentores frigoríficos e seis (6) viaturas isotérmicas; à realização da Conferência Nacional das Pescas, subordinada ao lema: Nó pís tené balur, assim como do lançamento da Campanha de Avaliação da biomassa dos recursos haliêuticos.

Ministro do Turismo e Artesanato, concernente à cerimónia de abertura da Epoca Turistica 2022/2023, que decorreu de 18 à 20 do corrente mês, nas Ilhas dos Bijagós.

Ministro do Comércio, relativamente aos trabalhos da Comissão Interministerial que se debruçou sobre a conjuntura económico- social e formulou uma proposta visando a importação do arroz em quantidade requerida para fazer face ås necessidades do pais.

Na parte DELIBERATIVA, o Conselho de Ministros, após análise e discussãão, deliberou:

1. Aprovar, com alterações, a proposta de reestruturação de Petroguin, ep.

 2. Adotar o Acordo Quadro de Cooperação entre o Governo da República da Guiné-Bissau c o Governo da República do Gabão.

3. Adotar o Memorando de Entendimento entre o Governo da República da Guiné-Bissaueo Governo da República do Gabão sobre Consultas Politicas e Diplomáticas.

No capítulo de NOMEAÇÖES, o Conselho de Ministros deu anuência a que, por Despacho do Primeiro-Ministro se efetue o movimento do Pessoal Dirigente da Administração Pública, conforme se indica:

 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E DOS DIREITOS HUMANOS

--    Diretora Geral de Administração da Justiça, Senhor Manuela Manuel Lopes Mendes.

--    Diretor Geral dos Serviços Prisionais e Reinserção Social, Senhor Cherno Sanó Jaló.

Em consequência destas nomeações, é dada por finda az comissão de serviço, nas mnesmas funções, dos anteriores titulares.

Bissau, 23 de novembro de 2022

Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló


Veja Também:

Comunicado final do conselho de Ministros lido pelo Fernando Vaz, Ministro do Turismo e Artesanato _ Porta-voz do Governo.

Radio TV Bantaba

Mais de 50 mil pessoas morreram em rotas migratórias desde 2014 – OIM

África 21 Digital com Lusa 

Mais de 50.000 pessoas morreram desde 2014 em rotas migratórias, grande parte para tentar chegar à Europa, mas os países de origem, trânsito e destino pouco fizeram para evitar tal situação, de acordo com relatório da Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Segundo um relatório divulgado nesta quarta-feira (23) pela Organização Internacional para as Migrações (OIM), o número de vítimas mortais em rotas migratórias começou a ser contabilizado há oito anos, quando foi criado o Projeto de Migrantes Desaparecidos da OIM, que lamenta a “pouca ação” dos governos para “enfrentar a crise global em curso de migrantes desaparecidos”.

“Embora milhares de mortes tenham sido documentadas nas rotas de migração, muito pouco foi feito para lidar com as consequências dessas tragédias e muito menos para evitá-las”, afirma a coautora do relatório Julia Black, citada no documento da agência presidida pelo português António Vitorino.

“Independentemente dos motivos que levam as pessoas a migrar, ninguém merece morrer em busca de uma vida melhor”, acrescenta Julia Black.

Mais de metade das 50.000 mortes documentadas aconteceram em rotas para e dentro da Europa, com o mar Mediterrâneo a reivindicar pelo menos 25.104 vidas.

África surge como a segunda região mais mortal para migrantes, com mais de 9.000 mortes documentadas no continente desde 2014. No entanto, investigações realizadas regionalmente indicam que este número global está, quase de certeza, muito abaixo dos valores reais.

No continente americano, por sua vez, foram documentadas quase 7.000 mortes, a maioria das quais nas rotas para os Estados Unidos (4.694), sendo que, só na fronteira terrestre com o México foram contabilizadas pela OIM mais de 4.000 mortes desde 2014.

Outras 6.200 mortes foram registadas na Ásia, sendo que é nesta região que as crianças representam a maior fatia das mortes em rotas migratórias: 11%.

Das 717 crianças mortas contabilizadas, mais de metade (436) eram refugiadas da minoria étnica muçulmana ‘rohingya’.

A OIM alerta ainda para a quantidade de migrantes mortos mas nunca identificados, referindo que mais de 30 mil pessoas registadas no Projeto de Migrantes Desaparecidos têm “nacionalidade desconhecida”, o que indica que há milhares de famílias à espera indefinidamente de respostas.

Segundo adianta o relatório da agência que integra o sistema das Nações Unidas, na Ásia ocidental pelo menos 1.315 pessoas morreram quando tentavam chegar a um novo destino, muitas das quais em países em guerra, tornando quase impossível verificar a sua identidade.

“As obrigações do Direito Internacional, incluindo o direito à vida, têm de ser cumpridas em todos os momentos”, sublinha a OIM no relatório, defendendo que é preciso trabalho conjunto para prevenir e reduzir o número de mortes de migrantes.

Deve ser “dada prioridade a operações de busca e resgate, melhorar e expandir as rotas regulares e seguras de migração e garantir que as políticas migratórias defendem a proteção e a segurança das pessoas”, conclui.

Em Lisboa, há cervejas grátis a cada golo no Mundial 2022... A cervejeira da Dois Corvos está a oferecer bebida a cada remate certeiro, qualquer que seja a seleção que marque golos.

© Dois Corvos

Notícias ao Minuto  23/11/22 

Qualquer golo marcado neste Mundial 2022 será festejado a dobrar na Dois Corvos. A cervejeira de Lisboa está oferecer bebida sempre que bola entrar na baliza e o golo for validado - e independente da seleção que o marcar.

Ainda assim, existem algumas regras para receber cerveja grátis. Tem de ir vestido com uma camisola ou um cachecol da equipa que apoia. Sempre que um golo dessa seleção for marcado, recebe um copo (25cl) grátis.

A Dois Corvos está a oferecer a Portugal, The Beer. É uma cerveja pensada para o Mundial. É uma ‘pale ale’ com 5,5% de teor alcoólico que acompanha bem com tremoços ou amendoins.

Esta cerveja está disponível no bar de Marvila, mas também na loja online da marca. Os vários jogos da competição podem ser acompanhado neste espaço. Além da cerveja artesanal, há um conjunto de snacks para acompanhar a bebida.

PRESIDENTE DA REPÚBLICA E COMANDANTE SUPREMO DAS FORÇAS ARMADAS, GENERAL ÚMARO SISSOCO EMBALÓ EMPOSSOU O NOVO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA.

O General Úmaro Sissoco Embaló, Presidente da República da Guiné-Bissau e Comandante Supremo das Forças Armadas empossou esta manhã, numa cerimónia que decorreu no Palácio da República o novo Procurador-Geral da República, dr. Edmundo Mendes.

Assistiram ao acto o Primeiro-Ministro, Nuno Gomes Nabiam, o Vice Primeiro-Ministro e Ministro da Presidência do Conselho de Ministros e Coordenador da Área Económica, Soares Sambu, a Ministra da Justiça, o Presidente do Tribunal Militar Superior, membros do Gabinete Presidencial e o ex-Procurador Geral da República.


Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló


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@Radio TV Bantaba

NATO testa reabastecimento em voo do seu avião de vigilância AWACS

© Shutterstock

POR LUSA  22/11/22 

A NATO realizou hoje os primeiros testes de reabastecimento em voo do seu avião de vigilância E-3A (AWACS), com o avião cisterna multifuncional A330 MRTT, um passo necessário para obter as autorizações que permitirão executar este tipo de missões.

A Aliança Atlântica sublinhou que este é um "marco importante" e um "grande esforço de colaboração" que permitiu, pela primeira vez, quer o recetor como o avião cisterna serem "ativos propriedade da NATO", sublinhou Jan Der Kinderen, diretor do sistema da frota multinacional de aviões cisterna aliados, citado num comunicado.

Estes fazem parte dos poucos meios militares que o Aliança possui, já que geralmente são os países membros que possuem os equipamentos militares que interagem entre si, no âmbito das missões aliadas.

Der Kinderen destacou ainda que, graças a esta cooperação, o alcance das missões dos AWACS (sigla em inglês de Sistema de Aviso e Controlo Aerotransportado) é ampliado.

Os testes estão a ser executados pela Força Aérea Real Neerlandesa, mas contam com a participação ativa da Força Aérea dos EUA, que fornece pilotos de testes experientes para AWACS.

A Aliança Atlântica explicou que o reabastecimento em voo é uma capacidade "fundamental" para as suas forças em operações que requerem missões aéreas de longo alcance.

E sublinhou ainda que a capacidade de combustível de 111 toneladas do MRTT permite que a aeronave se destaque em missões de reabastecimento no ar, eliminando a necessidade de tanques de combustível adicionais.

Após a conclusão bem-sucedida dos testes e ao receber a certificação das respetivas Autoridades de Aeronavegabilidade Militar, a frota de aviões cisterna poderá reabastecer tanto as aeronaves de vigilância americana AWACS quanto E-3G, "aumentando assim a capacidade operacional global da NATO", sublinhou a organização.


Leia Também: NATO insta governos e parlamentos a declararem Rússia "estado terrorista"

UCRÂNIA/RÚSSIA: Zelensky cria rede de "invencibilidade" com serviços básicos para apagões

© Getty Images

POR LUSA 22/11/22 

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou hoje a criação de uma rede 4.000 "pontos de invencibilidade" em todo o país para atender os serviços básicos dos cidadãos em caso de apagões devido aos bombardeamentos russos.

"Se acontecerem novamente ataques massivos da Rússia e se entender que o fornecimento de eletricidade não poder ser restaurado em poucas horas, o trabalho dos "pontos de invencibilidade" será ativado e "todos os serviços básicos estarão lá", explicou Zelensky no seu habitual discurso noturno.

Estes pontos, gratuitos e abertos 24 horas por dia, segundo o chefe de Estado, vão proporcionar aos cidadãos afetados o acesso a "eletricidade, comunicações móveis e Internet, aquecimento, água e primeiros socorros".

De acordo com Zelensky, os 4.000 pontos vão funcionar em todas as administrações regionais e locais, bem como em centros educativos, edifícios dos Serviço de Emergência do Estado e outras instalações.

O Governo ucraniano criou um 'site' especial (nezlamnist.gov.ua) com um mapa desses pontos em todo o país. No 'site' os cidadãos também poderão saber onde há postos de gasolina abertos, agências bancárias, farmácias ou as lojas mais próximas.

"Todos nós devemos estar preparados para qualquer cenário, considerando o que os terroristas estão a lutar contra o nosso povo e o que estão a tentar fazer", apontou Zelensky.

O chefe de Estado pediu a todas as autoridades locais que informem a população sobre os pontos de apoio disponíveis em caso de apagão prolongado, e apelou às empresas para aderirem à iniciativa, como já o fizeram muitos empresários.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.595 civis mortos e 10.189 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


Leia Também: Zelensky? "Criança histérica com problemas de desenvolvimento"

'Táxis voadores'? EUA dão mais um passo para transporte levantar voo... Há planos para que o eVTOL comece a sobrevoar as cidades europeias em 2024, a tempo dos Jogos Olímpicos de verão, que se realizarão em Paris, França.

© Getty images

Notícias ao Minuto  22/11/22 

O setor da aviação nos Estados Unidos publicou, na última segunda-feira, as regras necessárias para que os 'taxis voadores' façam parte da lista de aeronaves regulamentadas.

De acordo com a BBC, este é um passo necessário para que as empresas possam começar a lucrar com as viagens no eVTOL. Esta publicação surge ainda numa altura em que os investidores estão a colocar dinheiro nesta nova tecnologia, que a publicação britânica diz que é considerada o transporte do futuro.

Este novo meio e levantará voo verticalmente, sem precisar de uma pista para isso -  ou mesmo para aterrar.

Por utilizar motores elétricos, também o ruído e poluição são reduzidos. De acordo com a BBC, os especialistas têm defendido que este meio ajudará a reduzir o tráfego rodoviário, sendo acessível aos utilizadores - e a quem precisa de transportar mercadorias.

Há planos para que este 'táxi voador' comece a sobrevoar as cidades europeias em 2024, a tempo dos Jogos Olímpicos de verão, que se realizarão em Paris, França.

Já a Administração Federal da Aviação tem previsto que os critérios para que uma empresa possa dar licença aos pilotos destas aeronaves sejam esclarecidos no próximo verão.

terça-feira, 22 de novembro de 2022

TRIBUNAL DE CONTAS: PROMOVE JORNADA ACADÊMICA NO QUADRO DA CELEBRAÇÃO DO SEU ANIVERSÁRIO.

 Radio TV Bantaba

EDMUNDO MENDES É O NOVO PROCURADOR GERAL DA REPÚBLICA

 JORNAL ODEMOCRATA  22/11/2022  

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, exonerou o Procurador-Geral da República, Bacar Biai, através do decreto presidencial n°56/2022 lido esta tarde pelo Porta- voz da Presidência da República, Óscar Barbosa, no Palácio da República.

O jurista e docente na Faculdade de Direito de Bissau, Edmundo Mendes, é o novo procurador geral da República. 

A nomeação vem expressa no decreto presidencial n° 57/2022 divulgado esta terça-feira,  22 de novembro de 2022, no qual lê-se que a nomeação foi feita com a “necessidade de preenchimento do cargo do PGR, e, assim, assegurar a continuidade do funcionamento desta importante instituição do sistema judicial guineense, decorrente da recente alteração ocorrida”.

O jurista Bacar Biai ocupava o cargo de PGR desde novembro de 2021, quando substituiu no cargo Fernando Gomes. 

A exoneração poderá ter como base as denúncias de um suposto envolvimento de Bacar Biai na operação de apreensão de 600 kg de drogas, embora o Presidente Embaló não tenha justificado as razões desta exoneração.

O novo PGR foi o procurador-geral entre 2011 e 2012. Também foi diretor nacional da Polícia Judiciária, Ministro do Interior e atualmente é docente na Faculdade de Direito de Bissau. 

Por: Tiago Seide

PR da Guiné-Bissau exonera procurador-geral da República

© Lusa  

Notícias ao Minuto  22/11/22 

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, exonerou hoje o procurador-geral da República, Bacari Biai, e nomeou para o cargo o antigo ministro do Interior Edmundo Mendes, informou a Presidência guineense.

"Éo Senhor Bacari Biai, exonerado do cargo de procurador-geral da República para o qual havia sido nomeado por Decreto Presidencial N.º 70/2021, de 20 de novembro", refere a nota da Presidência.

@Radio Voz Do Povo _Decretos Presidenciais_ exoneração do PGR Bacari Biai e nomeação do novo PGR, Edmundo Mendes.☝

Bacari Biai tomou posse em novembro de 2021, substituindo no cargo o atual ministro da Administração Territorial, Fernando Gomes, que pediu a demissão por motivos pessoais.

Bacari Biai foi diretor da Polícia Judiciária da Guiné-Bissau e presidente do sindicato dos magistrados do Ministério Público. Já tinha sido nomeado procurador-geral da República pelo antigo chefe de Estado guineense José Mário Vaz.

Edmundo Mendes hoje nomeado para o cargo é docente de direito penal na Faculdade de Direito de Bissau, já tinha ocupado as funções de procurador-geral da República, tendo também sido ministro do Interior e diretor nacional da Polícia Judiciária.

A demissão de Bacari Biai já tinha sido exigida pela sociedade civil da Guiné-Bissau para que fosse investigado o seu alegado envolvimento no caso de tráfico de droga.

Bacari Biai negou qualquer envolvimento no tráfico de droga e considerou ter condições para continuar no cargo por não estar envolvido em qualquer atividade ilícita.

Em causa está um alegado desvio de cocaína por funcionários do Ministério do Interior.

A cocaína foi apreendida em setembro pelo departamento da informação policial e investigação criminal da Polícia de Ordem Pública.

Segundo a sociedade civil, foram divulgados "áudios e relatórios de investigações comprometedoras nas redes sociais, sobre as redes criminosas de tráfico de drogas na Guiné-Bissau, com o suposto envolvimento das mais altas hierarquias do Ministério do Interior e da Procuradoria-Geral da República".

No comunicado, a sociedade civil alerta também o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, para as "graves repercussões da sua inação perante aquele triste e vergonhoso caso, na imagem e reputação da Guiné-Bissau no concerto das nações".

O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público também denunciou no início desta semana as alegadas acusações que "dão conta do envolvimento de alguns magistrados do Ministério Público, de base ao topo" no desvio de droga, salientando que lesam a "boa imagem e o prestígio" daquele organismo.


Na ARN as coisas azedaram

Ministério do Turismo emite um comunicado a imprensa face a situação do 'Espaço Verde'...

No documento, o Ministério avisa que não vai permitir qualquer desacato sob pena de tomar devidas providencias.

Confira...👇

Ministério do Turismo e Artesanato  Bissau: 22 de Novembro de 2022.




Rússia anuncia morte de três pessoas em explosão em Belgorod

© Getty

Por LUSA 22/11/22 

Várias explosões mataram três pessoas na região russa de Belgorod, na fronteira com a Ucrânia, anunciaram hoje as autoridades deste território, onde estão em construção fortificações.

Na sua conta da rede social Telegram, o governador de Belgorod, Vyacheslav Gladkov, informou que uma mulher morreu após sofrer traumatismo craniano durante um bombardeamento em Chebekino, uma cidade a oito quilómetros da Ucrânia.

As autoridades russas anunciaram ainda a morte de duas pessoas pela explosão de "munições de tipo não identificado" na aldeia de Starosselie, na fronteira com a Ucrânia e onde vigora o estado de emergência desde 27 de outubro.

As localidades e infraestruturas da região são alvo com frequência de bombardeamentos, atribuídos a Moscovo pelo Exército ucraniano.

"Desde abril, temos vindo a reforçar ativamente as nossas fronteiras", disse o governador, citado pela agência noticiosa russa TASS, acrescentando que a construção de fortificações é um trabalho "em grande escala".

Na semana passada, a Rússia já tinha anunciado obras de fortificação na península anexa da Crimeia.

O líder do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgeny Prigojin, ordenou a construção de fortificações nas regiões russas de Belgorod e Kursk, bem como na região de Lugansk, ocupada por Moscovo, no leste da Ucrânia.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.


"2,5 mil milhões". Von der Leyen anuncia ajuda para reconstruir Ucrânia

© Reuters

Notícias ao Minuto 22/11/22 

Na segunda-feira, Ursula Von der Leyen já tinha anunciado uma nova doação de 14 milhões de euros para autocarros escolares no país invadido pela Rússia.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, anunciou uma nova ajuda monetária para a Ucrânia. Nesta tranche, o país liderado por Volodymyr Zelensky vai arrecadar mais 2,5 mil milhões de euros.

"A União Europeia vai desembolsar mais 2,5 mil milhões de euros para a Ucrânia. Estamos a planear 18 mil milhões de euros para 2023, com financiamento regular para reparos urgentes e uma recuperação rápida, levando a uma reconstrução bem-sucedida", afirmou Von der Leyen numa publicação no Twitter, reiterando o apoio da Europa à Ucrânia.

"Continuaremos a apoiar enquanto for necessário", concluiu.

Entretanto, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, já agradeceu o "apoio e solidariedade" da União Europeia.

"Uma grande contribuição para a estabilidade em vésperas de um inverno difícil", escreveu numa publicação no Twitter.

Na segunda-feira, Ursula Von der Leyen já tinha anunciado uma nova doação de 14 milhões de euros para autocarros escolares no país invadido pela Rússia.

"Estamos a lançar uma campanha de solidariedade para trazer mais autocarros para a Ucrânia. As bombas da Rússia destruíram escolas na Ucrânia, forçando as crianças a fazerem longas e, às vezes, perigosas viagens. A Comissão Europeia está a doar 14 milhões de euros para autocarros escolares na Ucrânia. Mas é necessário mais", afirmou, ontem, Von der Leyen.

Recorde-se que, na semana passada, a Comissão Europeia admitiu que a destruição de infraestruturas básicas na Ucrânia devido à invasão russa, como de saneamento ou ligações energéticas, é "especialmente preocupante" dado o aproximar do inverno, garantindo apoio para reabilitação de estabelecimentos como escolas.

PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DIZ QUE VAI COMBATER PRÁTICAS ILÍCITAS E FRAUDULENTAS

 JORNAL ODEMOCRATA  22/11/2022  

O presidente do Tribunal de Contas (TC), Amadu Tidjane Baldé, disse que um dos desafios do TC é combater as práticas ilícitas e fraudulentas, admitindo   que a realidade financeira vigente compulsou o governo a adotar medidas com vista a controlar as crescentes despesas, sobretudo as relacionadas com a massa salarial.

“Por isso todos estão colocados perante um conjunto de desafios no domínio de transparência nos atos de gestão e de boa governação, o que obriga a adoção de medidas para reforçar o combate aos erros propositados, práticas ilícitas e aos atos fraudulentos de gestão entre outros comportamentos que devem ser vigiados e reprimidos”, indicou.

Amadu Tidjane Baldé falava esta segunda-feira, 21 de novembro de 2022, na abertura do seminário de capacitação dos auditores e verificadores de análise de contas e contratação pública.

Enfatizou que  as atividades de fiscalização realizadas pelos verificadores de contas e auditores são, sem dúvida, um poderoso aliado para assegurar a eficácia e eficiência na utilização dos recursos colocados à disposição dos gestores públicos.

“O potenciamento dos recursos humanos é a minha prioridade à frente desta instituição “, afirmou.

Por sua vez, o representante residente do PNUD, Tijark Egonoff, sublinhou que investir no capital humano da mesma instituição e  criar uma mentalidade de excelência no que se faz é primordial para construir instituições fortes no país, porque “ a função pública está para servir todos os guineenses”.

O encontro que termina no dia 25 junta  45 técnicos em matéria de análise de contas e auditoria e 20 técnicos na contração de função pública.

Por: Noemi Nhanguan

Foto: N.N

Membros Não Permanentes da CNE e CREs reclamam o pagamento de mais de 163 milhões FCFA, dívida contraída na sequência das últimas eleições. Hélio Vieira Mendes é Coordenador e Porta-voz da Comissão que esta manhã realiza protestos na sede do Governo.

Radio Voz Do Povo

CHINA: Pelo menos 38 mortos em incêndio numa fábrica na China

© Reuters

Por LUSA  22/11/22 

Pelo menos 38 pessoas morreram e duas ficaram ligeiramente feridas num incêndio numa fábrica de tecnologia na cidade chinesa de Anyang, informou hoje a agência de notícias estatal Xinhua.

Um incêndio ocorrido nas instalações de uma empresa que lida com produtos químicos e outros bens industriais, na província de Henan, no centro da China, causou a morte a 38 pessoas, informaram hoje as autoridades locais.

Em comunicado, o governo da cidade de Anyang acrescentou que duas pessoas ficaram feridas, durante o incidente, ocorrido na segunda-feira.

Os bombeiros levaram cerca de três horas e meia para controlar o incêndio, que começou cerca das 16:30 na China (08:30, em Lisboa).

Imagens difundidas pela televisão estatal CCTV mostram chamas e fumo a sair do que parece ser um edifício de dois andares tomado pelo fogo. Fotos noturnas mostram os bombeiros a examinar o que restou da estrutura, com uma escada de extensão e luzes.

As autoridades não detalharam a causa do incêndio.

A China tem um histórico alargado de acidentes industriais mortais, causados pela fraca implementação de medidas de segurança, alimentadas pela concorrência entre empresas e corrupção nos organismos encarregues da supervisão.

Más condições de armazenamento, saídas de emergência trancadas e falta de equipamento de combate a incêndios são frequentemente citadas como causas diretas.

As informações disponíveis 'online' sobre a empresa proprietária do edifício, a Kaixinda, revelam que se trata de um grossista que lida com uma ampla gama de produtos industriais, incluindo produtos químicos especializados.

Uma grande explosão, em 2015, num depósito de produtos químicos na cidade portuária de Tianjin, no norte da China, resultou na morte de 173 pessoas.

TERMINA A CONVENÇÃO DO PND EM GABÚ- ABAS DJALO, O ELEITO NOVO PRESIDENTE DO "PARTIDO DA NOVA DEMOCRACIA" PROMETE TRABALHAR E CUMPRIR O CONTRATO SOCIAL.

Radio TV Bantaba

Assunto: Felicitação



Militantes do PAIGC minifestam nas ruas de Bissau

Radio TV Bantaba 

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

BORIS JOHNSON: Ucrânia? Putin queria "reconstruir o império russo" e ser um "novo czar"

© Reuters

Notícias ao Minuto  21/11/22 

O ex-primeiro-ministro britânico afirmou ainda que o presidente ucraniano "faria um acordo de paz, se pudesse", mas Putin - que é como "um crocodilo"- "não pode ser confiado em nada daquilo que diz".

O ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, acusou, esta segunda-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, de ter invadido a Ucrânia, em fevereiro, para "reconstruir um império russo" e se assumir como "um novo czar".

No seu discurso na CNN Internacional Summit, que decorre em Lisboa, Boris começou por afirmar que a capital portuguesa é a cidade “dos navegadores” e a cidade onde “nasceu a ideia transatlântica”, destacando então a “mais antiga aliança” entre Portugal e o Reino Unido. “A relação está melhor do que nunca”, frisou.

Pedindo “perdão” por “centrar” o seu discurso na temática da guerra na Ucrânia, o ex-governante britânico afirmou que a invasão russa, levada a cabo pelo presidente Vladimir Putin, já “matou mais soldados [russos] do que aqueles que morreram durante os 10 anos da ocupação do Afeganistão”, além de ter provocado milhares de vítimas civis.

"Enquanto a Europa e os Estados Unidos da América entram em recessão, não admira que as pessoas se perguntem se existe uma saída para o conflito, algum acordo de paz", reconheceu, mas pediu que a população continue “do lado da Ucrânia” e a “ajudar durante o tempo que for necessário”. 

Boris agradeceu ao primeiro-ministro português, António Costa, pelo “trabalho” desenvolvido no apoio à Ucrânia. “Portugal e o Reino Unido estão juntos nesta luta”, afirmou.

“Queremos que Putin seja derrotado. Os ucranianos podem, devem e vão vencer”, sublinhou. “O povo [ucraniano] anseia pela paz. O presidente [Volodymyr] Zelensky faria, certamente, um acordo de paz, se pudesse. Eu sei isso, mas para o fazer é necessário ter um interlocutor do outro lado e, claramente, Putin não pode ser confiado em nada daquilo que diz”.

O britânico disse ainda que a invasão russa da Ucrânia não está diretamente relacionada com a Ucrânia, mas com a necessidade que Putin tem em “reconstruir um império russo” e de se assumir como um “novo czar”.

“Ele invadiu a Ucrânia porque o faria - no pensamento dele - mais forte. Enviou os seus soldados porque pensou que seriam recebidos com rosas. Pensou que havia uma certa unidade entre a Ucrânia e a Rússia e fê-lo, fundamentalmente, porque não teve ninguém que discordasse dele”, acrescentou.

Boris Johnson considerou que Putin “não tem ninguém que se revolte contra ele”, o que levou ao seu “maior” e “mais catastrófico erro”: invadir a Ucrânia, que é “um país europeu há 31 anos”. “O Putin pensou que os ucranianos deixariam os seus tanques entrar e eles estão a lutar pela sua independência”, destacou. 

Sobre um possível acordo, Boris reiterou que Putin “não é de confiança” nos seus “compromissos”. “Como é que podemos confiar num crocodilo que nos está a comer uma perna, mas tem como objetivo devorar todo o nosso corpo?”, atirou.

Volodymyr Zelensky “não conseguiria fazer com que [o acordo] funcionasse” e, por isso, o Ocidente só tem como “opção continuar a apoiar a Ucrânia política, económica e militarmente”, argumentou ainda.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que cerca de seis mil civis morreram e quase dez mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

MEDICAÇÃO: Atenção ao uso de ibuprofeno. É desaconselhado para estes doentes... Saiba o que diz um novo estudo.

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Notícias ao Minuto  21/11/22 

Um grupo de investigadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, descobriram que o uso de medicamentos anti-inflamatórios, como o ibuprofeno, naproxeno e diclofenaco, prescritos para aliviar as dores nas articulações, podem agravar a inflamação decorrente da osteoartrite (artrose). 

"O uso de anti-inflamatórios não esteroides (...) deve ser revisto, uma vez que não foi possível demonstrar um impacto positivo na inflamação das articulações", disse a professora Johanna Luitjens, uma das autoras do estudo, ao The Sun.

Os médicos analisaram dados de 1.070 doentes com artrose moderada a grave. Destes, 277 foram medicados com anti-inflamatórios não esteroides. Todos foram submetidos a ressonância magnética 3T (que disponibiliza imagens de alta resolução e clareza, em três dimensões) do joelho no início e no final do estudo.

No final, concluíram que a inflamação das articulações e a qualidade da cartilagem das pessoas que usaram ibuprofeno, naproxeno ou diclofenaco pioraram nos quatro anos seguintes ao início do estudo em comparação aos restantes voluntários.


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A NOVA LEGISLAÇÃO LABORAL ADAPTADA A REALIDADE DO PAÍS

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ANÚNCIO DE CONCURSO : Responsável Administrativo e Financeiro da Unidade de Gestão do Projeto

Data limite para candidaturas : 05 de Dezembro de 2022

A Unidade de Gestão de Projetos de Educação (UGPE) lança, no quadro do Projeto de Reforço do Setor Público na Guiné-Bissau Fase II – PRSP II(P176383), financiado pelo Banco Mundial, o concurso público para o recrutamento de um consultor individual para o preenchimento do posto de Responsável Administrativo e Financeiro da Unidade de Gestão do Projeto.

O/A Responsável Administrativo e Financeiro deve possuir as qualificações e competências seguintes:

1. Ser titular de no mínimo um diploma de formação superior universitário (Bac + 5 anos mínimo) em 

Gestão (Contabilidade e Finanças), Escola Superior de Comércio, ou de qualquer outro diploma 

equivalente;

2. Ter no mínimo cinco (05) anos de experiência profissional em gestão financeira e contábil, 

idealmente com um mínimo de dois (02) anos de experiência num posto similar em gestão de

projetos de desenvolvimento e dos financiados pela IDA em particular;

3. Experiência em empresa privada ou num gabinete de auditoria;

4. Excelente conhecimento do Português e aptidão para comunicar oralmente com os responsáveis do 

projeto como também com a hierarquia e os homólogos; 

5. O domínio do Inglês e/ou do Francês é uma vantagem;

6. Capacidade de redação a aptidão para preparar relatórios e documentos;

7. Ser dinâmico/a e com capacidade de iniciativa e de análise e respeitar prazos fixados; 

8. Gentileza, habilidade e aptidão para trabalhar em equipa;

9. Conhecimentos informáticos e aptidão para trabalhar, entre outros, em excel, word, power point, 

softwares de gestão;

10. Ter experiência em gestão administrativa

Acesse o TDR aqui👇



Ucrânia. Historiador diz que "chave" da guerra está na Crimeia

© Reuters

Notícias ao Minuto  21/11/22 

O historiador britânico Antony Beevor, autor do livro "Rússia Revolução e Guerra Civil (1917-1921)" disse hoje à Lusa que a Crimeia pode ser a chave da guerra na Ucrânia, frisando que as intenções de Kiev dependem dos países aliados.  Antony Beevor disse à Lusa que o uso de armas nucleares por parte do Kremlin pode estar afastado "por causa das pressões" da República Popular da China mas que há outras ameaças, como o uso de armas químicas, até porque Vladimir Putin, diz, adotou a imprevisibilida

Assim, afirma, tudo vai depender da situação na Crimeia, no sul, anexada em 2014 por Moscovo, porque para os russos, a península é território da Rússia.

"[O Presidente ucraniano] Zelensky está determinado a tomar a Crimeia, mas outra coisa são os Estados Unidos e os aliados permitirem que tal aconteça. Pessoas bem colocadas com quem mantenho contactos, entre generais e diplomatas, estão convencidos de que os norte-americanos e os britânicos vão travar as intenções de Kiev", disse à Lusa o historiador.

Por outro lado, Beevor afirma que existe a possibilidade de "desintegração" do Exército russo, o que pode precipitar um movimento (militar) de Kiev sobre a Crimeia "até à primavera de 2023".

"Nos termos de Putin isso pode ser uma ameaça contra a existência da Rússia. É tudo impossível de prever. Ninguém sabe como tudo isto vai acabar. É como uma bola de uma máquina de 'flippers': a bola pode dirigir-se para qualquer direção e se alguém afirmar como esta guerra vai acabar ou é muito otimista ou muito estúpido", afirma.

Na última obra, "Rússia - Revolução e Guerra Civil 1917-1921", lançada este mês em Portugal, Beevor usa fontes militares dos arquivos da ex-União Soviética, consultados durante a era de Boris Yeltsin, e, tal como nos livros anteriores, testemunhos diretos dos acontecimentos.

Para o historiador, os "brancos" (czaristas) venceram os "vermelhos" (bolcheviques) no conflito entre 1917 e 1921 devido à grande inflexibilidade face às circunstâncias políticas impostas por Lenine.

Beevor contraria a "ideia de uma guerra civil 'puramente russa'" reforçando que se tratou de uma "guerra mundial condensada".

No livro, é aprofundado também o papel da Legião Checa, a posição da Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial, o desempenho dos nacionalistas polacos, sobretudo em 1921, ou a presença dos observadores norte-americanos e britânicos junto dos "exércitos brancos" que lutavam contra as forças comunistas na Sibéria ou na Península da Crimeia.

Em perspetiva, Antony Beevor diz que ironicamente, o atual líder russo "usa e altera" a História recente, adaptando-a às necessidades políticas, identificando Vladimir Putin como "contra-revolucionário".  

"Assistimos a um grande paradoxo: Putin não é um 'vermelho', Putin é um 'branco'. Foi Putin quem foi buscar os corpos dos antigos generais (brancos) para os sepultar na Rússia. Isso foi um tremendo choque para os saudosistas russos da União Soviética", disse à Lusa o historiador.

"Sabemos também que Putin culpou Lenine pela independência da Ucrânia, o que é ridículo. É mais um erro histórico. É verdade que a declaração de Lenine sobre a autodeterminação das nações do Império Russo ocorreu em 1917 porque Lenine não queria que a URSS fosse vista como uma organização chauvinista e nacionalista. Foi por isso que fez essa declaração", frisa.

Para Beevor, Putin tem seguido a ideologia dos exilados "brancos", que após a derrota na Guerra Civil ainda acreditavam na possibilidade de uma Rússia imperial e ortodoxa, marcada pelo nacionalismo eslavo e capaz de dominar a Eurásia. 

"Alexander Dugin (atual ideólogo do Kremlin) tem influência sobre a ideologia de Putin apelando ao domínio imperial e à espiritualidade eslava e ortodoxa", recorda.

Para Antony Beevor, o grande erro dos países ocidentais é semelhante aos erros cometidos nos anos 1930 com Hitler, porque "ninguém pensava que fosse tão estúpido para organizar outra Grande Guerra", subestimando os perigos do nazismo.

"Fizemos a mesma coisa com Putin. Assumimos que ninguém, com um juízo perfeito, quisesse outra Segunda Guerra Mundial, ou um conflito terrestre na Europa Central, ou na Ucrânia. Subestimámos os perigos de Putin", afirmou.

Na opinião do historiador, as "mentalidades democráticas" tendem a não compreender o "síndroma das ditaduras" e os ditadores, afirma, pensam de maneira diferente. 

"No caso de Putin vimos provavelmente o maior desastre da História Contemporânea - do ponto de vista da liderança - porque não conseguiu nada do que queria fazer e é, por isso, que neste momento a situação é muito perigosa por causa da humilhação que ele pode sofrer podendo provocar atitudes mais violentas e é com isto temos de ser muito prudentes", disse.

O livro "Rússia - Revolução e Guerra Civil / 1917-1921" (Bertrand Editora, 671 páginas) inclui fotografias e mapas e foi traduzido por Marta Pinho, Pedro Silva e Pedro Vidal.

EUA pedem reforma na ONU para enfrentar Coreia do Norte

© Shutterstock

Por LUSA  21/11/22 

Os Estados Unidos da América (EUA) pediram hoje uma reforma urgente do Conselho de Segurança da ONU para que este órgão possa responder de forma "unida" aos lançamentos de mísseis balísticos "desestabilizadores" por parte da Coreia do Norte.

Numa reunião do Conselho de Segurança, a embaixadora dos EUA junto da ONU, Linda Thomas-Greenfield, afirmou que por "63 vezes este ano a Coreia do Norte violou de forma flagrante as resoluções" daquele órgão e "demonstrou total desrespeito pela segurança da região".

"Quantos mísseis mais devem ser lançados antes de respondermos como um Conselho unificado?", questionou a representante diplomática, acusando o regime de Pyongyang de agir com impunidade e sem medo de uma resposta ou represália do Conselho de Segurança, órgão máximo da ONU devido à sua capacidade de fazer aprovar resoluções com caráter vinculativo.

"Esta é a décima vez que nos reunimos sem ações significativas. A razão é simples: dois membros do Conselho com poder de veto estão a capacitar e a encorajar a Coreia do Norte", frisou Thomas-Greenfield.

A diplomata norte-americana referia-se assim ao poder de veto da Rússia e da China -- dois dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança e aliados da Coreia do Norte -, que impediu várias resoluções condenatórias nos últimos tempos.

A Rússia e a China, de acordo com a embaixadora norte-americana, permitiram que o regime norte-coreano realizasse, na passada sexta-feira, um teste de um míssil balístico de alcance intercontinental.

Para Linda Thomas-Greenfield, tal ação colocou em risco a vida de civis japoneses e aumentou desnecessariamente as tensões na região.

"Tenho mantido reuniões com os Estados-membros da ONU para ouvir as suas ideias sobre a reforma do Conselho de Segurança. E deixem-me dizer, quando eles falam sobre abuso do veto, eles estão a falar de casos exatamente como este", referiu.

Na passada sexta-feira, a Coreia do Norte disparou um míssil balístico intercontinental, que caiu no mar, em águas da Zona Económica Exclusiva (ZEE) do Japão. O míssil lançado pelo regime de Pyongyang tinha alcance suficiente para chegar ao território continental dos EUA.


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