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Por LUSA 09/05/22
O Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou hoje que as tropas russas e as milícias de Donetsk e Lugansk lutam pela sua pátria, para que ninguém se esqueça das lições da Segunda Guerra Mundial e "não haja espaço para os nazis".
"Hoje, as milícias do Donbass, juntamente com o exército russo, estão a lutar nas suas próprias terras (...). Agora dirijo-me às nossas tropas e milícias em Donbass: estão a lutar pela sua pátria, pelo seu futuro, para que ninguém esqueça as lições da Segunda Guerra Mundial, para que não haja espaço para os nazis", disse Putin, no seu discurso na Praça Vermelha.
Putin, que falava no discurso por ocasião do 77.º aniversário da vitória soviética sobre a Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial, disse ainda que a ação militar da Rússia na Ucrânia é uma resposta oportuna e necessária às políticas ocidentais.
O Presidente russo traçou paralelos entre a luta do Exército Vermelho contra as tropas nazis e a ação das forças russas na Ucrânia e afirmou que a campanha na Ucrânia foi um movimento oportuno e necessário para evitar uma potencial agressão.
Acrescentou que as tropas russas estão a lutar pela segurança do país na Ucrânia e cumpriu um minuto de silêncio para homenagear os militares que morreram em combate.
Antes do discurso, decorreu o desfile por ocasião do 77.º aniversário da vitória soviética sobre a Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial, na Praça Vermelha, que não contou com a presença de nenhum presidente estrangeiro, uma vez que a "operação militar especial" foi condenada pela maioria da comunidade internacional.
O Kremlin argumentou que não convidou nenhum líder estrangeiro porque não se trata de um "aniversário redondo", escreve a agência Efe.
O Dia da Vitória, feriado mais importante do ano na Rússia, conta com a presença de unidades que participaram da guerra que eclodiu em 24 de fevereiro na Ucrânia.
Cerca de 11.000 soldados participaram do desfile, aos quais se somaram 131 equipas militares e 77 aviões e helicópteros, número que coincide com o aniversário da vitória sobre as tropas de Hitler.
A coluna motorizada foi liderada pelo lendário tanque T-34, que devastou as fileiras alemãs durante o que ficou conhecido como a Grande Guerra Patriótica, e também inclui o tanque Armata de nova geração.
Também foram mostrados no desfile os sistemas de mísseis táticos Iskander e as baterias de mísseis antiaéreos S-400, Buk-M3 e Tor-M2.
A parte aérea do desfile, do qual participariam combatentes, bombardeiros e helicópteros, foi cancelada devido às más condições climatéricas, segundo Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin.
Desfiles militares semelhantes acontecem em 28 cidades russas, de Vladivostok, no Oceano Pacífico, a São Petersburgo, no Mar Báltico.
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© Reprodução Twitter
Notícias ao Minuto 09/05/22
Algumas redes de televisão foram hoje alvo de ataques informáticos na Rússia, quando decorre o desfile militar do 77.º aniversário da vitória soviética sobre a Alemanha nazi na II Guerra Mundial, segundo a imprensa local.
De acordo com a agência de notícias russa Interfax, pessoas não identificadas acederam à programação das redes de televisão por cabo Rostelecom, MTS e NTV-Plus.
No lugar dos títulos dos programas dos canais, apareceram textos relacionados à guerra na Ucrânia.
Os piratas também atacaram a Yandex TV, segundo informações passadas por várias pessoas, que publicaram fotos na rede social Telegram a confirmar que o canal foi vítima de piratas informáticos.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro e a ofensiva militar provocou já a morte de mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
© Embaixada da Ucrânia nos EUA
Notícias ao Minuto 09/05/22
Embaixadora ucraniana considera que a Ucrânia está também a defender a democracia mundial do regime russo.
A embaixadora da Ucrânia nos Estados Unidos considerou, esta segunda-feira, que a Rússia “não é diferente dos nazis”.
Durante uma cerimónia no Memorial da Segunda Guerra Mundial em Washington, D.C., Oksana Markarova deixou uma coroa de flores em memória das vítimas e fez depois uma associação entre o regime russo e o nazismo.
“Hoje a Ucrânia defende-se a si própria e a democracia no mundo do regime russo, que não é diferente dos nazis, nem em retórica e agressão, nem em métodos de crimes de guerra”, considerou.
Recorde-se que a Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro e desde então, segundo a ONU, já morreram mais de três mil civis. Este número pode, contudo, ser muito maior. Além disso, a ofensiva causou a fuga de 13 milhões de pessoas.