Por CNEWS janeiro 3, 2022
segunda-feira, 3 de janeiro de 2022
Padre responde Sissoco Embaló depois do ataque ao Bispo de Bissau
Delmicron: Seis sintomas da nova estirpe mutante do coronavírus
© Shutterstock
Notícias ao Minuto 03/01/22
A Delmicron é a combinação das variantes Delta e Ómicron do novo coronavírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19. Os especialistas afirmam que a nova estirpe mutante pode estar a provocar um surto de casos nos Estados Unidos e na Europa.
De acordo com um artigo publicado pelo jornal Sambad English, a Delmicron está a propagar-se rapidamente pelos países ocidentais. Como a variante Delta e a variante Ómicron estão presentes em todo o mundo, os especialistas batizaram a combinação das duas estirpes de Delmicron.
Nos EUA, dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) revelam que atualmente a variante Ómicron representa 73% dos casos de Covid-19.
Já no Reino Unido, a 22 de dezembro foram reportados 1.06.122 novos casos de Covid-19. Um total de 13 pessoas morreram devido à variante Ómicron na Grã-Bretanha até 21 de dezembro.
Sintomas da Delmicron
Especialistas são da opinião de que, como a Delmicron é uma combinação das variantes Delta e Ómicron do coronavírus, os sintomas associados referem-se às duas variantes, nomeadamente:
• Temperatura alta;
• Tosse persistente;
• Perda de olfato e paladar;
• Dores de cabeça;
• Corrimento nasal;
• Garganta arranhada.
Quem está em risco?
Adultos, crianças e idosos, todos estão propensos a contrair a infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2. Dado que o vírus é altamente infecioso, qualquer pessoa que não tome medidas de precaução, como o uso de máscara ou manter o distanciamento social, está em maior risco.
Todavia, pessoas idosas e que sofrem de condições de saúde pré-existentes, ou têm uma imunidade comprometida apresentam um risco mais elevado de infeção e de adoecer gravemente.
Leia Também: 'Delmicron'. Cientistas alertam para nova (super) estirpe do coronavírus
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domingo, 2 de janeiro de 2022
Israel deteta primeiro caso de infeção dupla conhecida como 'flurona'
Notícias ao Minuto 02/01/22
Israel detetou o seu primeiro caso de contágio simultâneo pelo coronavírus SARS-CoV-2 e pelo vírus influenza, conhecido como 'flurona', numa mulher grávida não vacinada, confirmou hoje o Ministério da Saúde israelita à agência de notícias EFE.
'Flurona' é uma designação definida a partir dos termos 'flu' (gripe, em inglês) e 'rona' (de coronavírus).
A mulher recebeu alta em 30 de dezembro após ser tratada a sintomas ligeiros derivados dessa infeção dupla (gripe e covid-19), acrescentou o jornal Times of Israel.
Os casos de 'flurona' terão sido detetados pela primeira vez nos Estados Unidos, durante o primeiro ano da pandemia de covid-19.
Os especialistas do Ministério da Saúde israelita acreditam que haja casos semelhantes, ainda não identificados, quando quase duas mil pessoas estão internadas por gripe e ao mesmo tempo os casos positivos da variante Ómicron do SARS-CoV-2 estão a aumentar no país.
A circulação dos vírus influenza e SARS-CoV-2 ao mesmo tempo é preocupante e de alto risco para a população, especialmente dos cidadãos mais vulneráveis, já que as duas doenças afetam o sistema respiratório superior, alertaram especialistas.
A covid-19 provocou 5.428.240 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse, divulgado na sexta-feira.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.990 pessoas e foram contabilizados 1.424.016 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde de hoje.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.
Comunicado da 4ª Sessão Plenária do 8º Comitê Central do Partido do Trabalho da Coréia
Pyongyang, 1º de janeiro (ACNC) - A 4ª sessão plenária do 8º Comitê Central do Partido do Trabalho da Coréia (PTC) foi realizada na sede do Comitê Central do Partido de 27 a 31 de dezembro de 2021.
O Bureau Político do Comitê Central do Partido encarregou o Secretário-Geral Kim Jong Un de presidir a sessão plenária.
A sessão plenária tratou dos seguintes itens da agenda:
1. Avaliação da implementação de importantes políticas do Partido e do Estado para 2021 e plano de negócios para 2022,
2. Avaliação da execução do Orçamento do Estado para 2021 e do Projeto de Orçamento do Estado para 2022,
3. Tarefa iminente para a correta solução do problema rural socialista em nosso país,
4. Modificação de certas cláusulas dos estatutos do Partido,
5. Avaliação da vida organizacional e ideológica dos membros do órgão central de governo do Partido durante o segundo semestre de 2021,
Sobre o primeiro item da agenda, o Secretário-Geral Kim Jong Un fez uma importante conclusão: “Sobre a orientação das atividades do Partido e do Estado para 2022”.
Ele primeiro analisou que em 2021 uma luta obstinada e estimulante foi travada para levar a cabo o novo programa para a construção do socialismo apresentado pelo Congresso do Partido. Foi um ano de grandes vitórias que marcou o início de grandes mudanças no desenvolvimento geral da construção do socialismo depois de grandes dificuldades.
A construção de 10.000 unidades habitacionais nas regiões de Songsin e Songhwa está em fase de conclusão, o primeiro evento revelador que mostra a perspectiva de uma resolução perfeita do problema habitacional na capital durante o período do plano.
A conclusão da terceira etapa da construção da cidade de Samjiyon produziu uma experiência ideal e valiosa para transformar áreas locais em todo o país.
A construção de 5.000 unidades habitacionais na região de Komdok progrediu com sucesso, a reabilitação dos danos causados pelas enchentes foi realizada de forma satisfatória nas províncias de South Hamgyong e North Hamgyong e muitos projetos, como a construção de um distrito moderno de residências com terraço, introduziram novas formas e novas idéias arquitetônicas.
Progresso e desempenho auspiciosos marcaram a execução do plano deste ano. Por exemplo, tem-se sustentado um grande esforço produtivo nos setores da indústria elétrica e de carvão, responsáveis pelo abastecimento energético da economia nacional, estimulando fortemente a economia como um todo, e a indústria de materiais de construção, indústria mecânica, extrativa. Os setores da indústria, da silvicultura, dos transportes rodoviários e marítimos e dos transportes ferroviários têm contribuído para as obras de construção e para o desenvolvimento da produção a nível nacional.
O setor industrial de defesa nacional desenvolveu um sistema de armas ultramoderno de acordo com seu bom plano, demonstrando assim o avanço e a modernidade de nossa força militar.
O Secretário-Geral indicou a direção principal dos assuntos partidários e de estado para 2022.
Na vertente económica, a construção de edifícios deve ser priorizada e o pico da construção deve continuar, incluindo a construção de 10.000 novas moradias previstas para 2022 na capital e a mudança fundamental dos territórios locais.
Afirmando que o fornecimento de uniformes escolares e suprimentos para alunos e estudantes às custas do Estado é um partido e uma política estadual coerentes, o Secretário-Geral assumiu a tarefa de fornecer a todos os alunos e alunos uniformes de qualidade e bolsas de novos formatos e assumiu um passo importante do Comitê Central do Partido nessa perspectiva.
O Secretário-Geral definiu as tarefas militantes do setor de defesa nacional. O ambiente militar da Península Coreana e a tendência da situação internacional, que se torna instável com o passar dos dias, exigem uma maior e implacável promoção do reforço do potencial de defesa nacional.
A sua conclusão apresenta questões de princípio e uma série de orientações táticas, todas as quais devem ser mantidas na área das relações Norte-Sul e dos assuntos externos, a fim de fazer face à rápida evolução da situação política internacional e às circunstâncias circundantes.
A sessão prosseguiu com a discussão do 2º item da ordem do dia.
Procedeu ao exame final da execução do Orçamento do Estado para 2021 e do Projeto de Orçamento do Estado para 2022, que foram revisados e sugeridos por um grupo de avaliação do orçamento do estado. Aprovou a apresentação do projeto de orçamento do estado para 2022 à 6ª sessão da 14ª Assembleia Popular Suprema da RPDC.
A sessão deliberou sobre o 3º ponto da ordem do dia “Tarefa imediata para a correta solução do problema rural socialista no nosso país”.
Kim Jong Un apresentou seu relatório “Vamos inaugurar uma nova e grande era no desenvolvimento rural socialista ao estilo coreano”.
A sessão plenária passou três dias estudando e discutindo por seção, com o objetivo de desenvolver um plano de negócios detalhado para a realização das tarefas de controle do ano 2022 e o novo programa de construção rural.
Diretor-Geral da OMS diz que “temos de acabar com a pandemia” em 2022
© Reuters
Notícias ao Minuto 02/01/22
Tedros Ghebreyesus, Diretor-Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), acredita que 2022 poderá marcar o fim da situação pandémica.
"Um novo ano traz novas resoluções", começa assim o vídeo partilhado pelo Diretor-Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) na sua conta do Twitter, onde deixa uma mensagem de esperança e partilha alguns dos seus objetivos para este novo ano.
A pandemia continuará, assim como nos últimos dois anos, a ser uma preocupação mundial. Na publicação, Tedros Ghebreyesus define quais são as suas três resoluções para o novo ano que acaba de começar.
O Diretor-Geral da OMS deseja que, até julho de 2022, 70% das pessoas em todos os países estejam vacinadas contra a Covid-19, de forma a “acabar com a pandemia”.
Faz também parte do seu plano para 2022 “fortalecer a segurança da saúde apoiando as negociações de um Acordo Pandémico” e ainda ajudar “todos os países a fortalecerem os cuidados primários de saúde”.
“Temos que acabar com a pandemia. Para isso precisamos que todos do países trabalhem em conjunto”, afirmou Tedros Ghebreyesus, acrescentando: “Precisamos que os governos continuem com as medidas de saúde pública e sociais, incluindo a testagem e a denúncia de novas variantes em todos os países, sem medo de medidas punitivas”.
O Diretor-Geral da OMS apelou a que cada um cumpra "a sua parte" no combate à Covid-19, com a utilização de máscaras, cumprimento do distanciamento social, evitando multidões e encontros em estabelecimentos fechados, optando por espaços exteriores sempre que possível, e ventilação de espaços.
Explore o destino mais frio e desabitado do planeta ...Conheça a fantástica e gélida localidade de Oymyakon.
Atrações No entanto, não é apenas a sensação térmica que os visitantes experimentam. Estes também podem visitar as regiões montanhosas e os lagos. © Reuters |
Imagine que o despertador toca pela amanhã e tem de sair de casa perante temperaturas de -50ºC. Pode parecer um cenário digno de um filme de ficção científica, no entanto é real. Trata-te de Oymyakon, localidade do nordeste da Rússia, e é o lugar mais frio e desabitado do planeta. De forma incrível, no local já foram registadas temperaturas abaixo dos -70ºC.
Por mais assustador que possa parecer, existem pessoas que moram nessa localidade. Oymyakon tem cerca de 500 habitantes, que parecem estar habituados às baixas temperaturas. Curiosamente, durante o 'verdadeiro inverno' o dia tem a duração de apenas algumas horas.
Apesar do frio que se faz sentir, os habitantes de Oymyakon também se divertem. No Instagram é possível encontrar diversas fotografias dos residentes da localidade. Uma dessas impressionantes imagens foi captada por Petr Chugunov, fotógrafo de Yakutsk. Este conseguiu fotografar uma bailarina a posar nas ruas cobertas de neve. "Realmente fotografei a bailarina quando estavam temperaturas de -41ºC e não usei Photoshop", explicou Chugunov ao The Siberian Times.
O local tem atraído o interesse de turistas de todo o mundo, que desejam visitar o sítio frio e ficar a conhecer a própria resistência que estes têm perante as baixas temperaturas.
Veja na galeria e fique a conhecer a incrível e muito frio Omyakon.👇👇👇
Economia A mineração é a principal atividade económica na região. © <p>Shutterstock</p> |
Localização Esta é a localidade de Oymyakon, situada na República de Sakha, na Rússia. © Reuters |
Atividade As principais pedras extraídas são o ouro e o antimónio, metais muito raros. © Shutterstock |
Significado Curiosamente, Oymyakon significa "água que não congela", como revela o El País. © Shutterstock |
Limitações Um residente local revelou ao El País que é praticamente impossível correr com temperaturas de -50ºC. © Reuters |
Estradas A estrada federal Kolyma é utilizada para que os bens cheguem à região. © Shutterstock |
População Oymyakon tem cerca de 500 habitantes. © Reuters |
Fornecimento Se não fosse assim, as casas não teriam água potável, uma vez que os canos estariam congelados. © Reuters |
Cemitérios congelados Caso alguém morra é preciso que se derreta o gelo no local onde a pessoa virá a ser sepultada, uma vez que é praticamente impossível escavar o chão congelado. © Reuters |
História Estas temperaturas baixas não são um fenómeno recente. Oymyakon já regista temperaturas baixas há muito tempo. © Reuters |
Chegada Bem-vindo ao local mais frio e desabitado do planeta. © Shutterstock |
Fauna A população local dedica-se à pesca e à criação de gado e de cavalos. © Shutterstock |
Recorde De acordo com o The Weather Channel, a mais baixa temperatura já registada foi no ano de 1924. © Reuters |
Novo recorde Em janeiro de 2018 registaram-se as temperaturas recorde de -67º C na República de Sakha. © Reuters |
Durante o dia Durante o inverno, que dura cinco meses, a cidade conta com apenas 5 ou 6 horas de luz solar. © Reuters |
Transporte O tráfego aéreo também é limitado quando as temperaturas descem demasiado. © Reuters |
Oymyakon O território faz parte da Sibéria, uma região famosa pelas baixas temperaturas © Shutterstock |
Experiência Para aqueles que não estão habituados ao frio, deve ser difícil pensar em morar ou até mesmo em visitar um local com temperaturas tão baixas. © Reuters |
Temperatura No inverno é habitual ver as temperaturas a descerem abaixo dos -50ºC. © Reuters |
Razão Esse procedimento é necessário para que os motores funcionem perante temperaturas tão baixas. © Reuters |
Frio No ano de 1924 registou-se a temperatura mínima de -71.2ºC. © Reuters |
Rotina diária Para conseguir se adaptar ao frio, é necessário tomar algumas medidas. © Reuters |
Veículos Para que os veículos funcionem, são utilizados aquecedores para aumentar as temperaturas das garagens. © Reuters |
Turismo No entanto, Olymyakon atrai diversos turistas que procuram experimentar as baixas temperaturas. © Reuters |
Alimentação Isto acontece porque a agricultura não é possível durante o inverno devido às baixas temperaturas, que congelam o solo. © Reuters |
© Shutterstock Convite: Seria capaz de visitar a localidade mais fria do planeta? |
Inverno rigoroso O residente afirmou ainda que o frio é de tal forma intenso, que o seu cão já ficou com a língua colada a um barril de água. ©Shutterstock |
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Edição especial de virada do ano 2021/2022.
Bombeiros combatem Incêndio no parlamento sul-africano na Cidade do Cabo
© Getty Images
Notícias ao Minuto 02/01/22
Mais de 35 bombeiros estão a combater um incêndio deflagrou hoje na sede do parlamento sul-africano na Cidade do Cabo, disseram as autoridades.
O incêndio deflagrou por volta das 03:30 TMG (mesma hora em Lisboa), no terceiro andar do edifício, e alastrou à sala da Assembleia Nacional sul-africana, indicou o porta-voz dos serviços de emergência e bombeiros da Cidade do Cabo, Jermaine Carelse, aos meios de comunicação locais.
De manhã, eram visíveis uma espessa coluna de fumo e chamas a sair do edifício, no centro da cidade, acrescentou.
Ninguém ficou ferido no incêndio, de acordo com os seguranças do parlamento, indicou Carelse, adiantando que as chamas parecem ameaçar o telhado do edifício.
Em abril, um incêndio na Table Mountain, a icónica montanha que domina a cidade, destruiu vários tesouros na biblioteca da prestigiada Universidade da Cidade do Cabo.
Três desaparecidos e quase mil casas destruídas no incêndio dos EUA
© Getty Images
Por LUSA 02/01/22
Três pessoas estão desaparecidas e quase mil casas foram destruídas no incêndio de quinta-feira no estado norte-americano do Colorado, no oeste do país, disseram as autoridades.
"Temos muita sorte por não termos uma lista de 100 pessoas desaparecidas. Mas, infelizmente, temos três pessoas desaparecidas", disse o xerife do condado de Boulder, Joe Pelle, em conferência de imprensa, no sábado.
Pelo menos 991 casas foram destruídas pelas chamas que engoliram bairros inteiros em Superior e Louisville na quinta-feira, forçando cerca de 33 mil pessoas a fugir de casa.
A queda de neve travou a propagação do incêndio na sexta-feira, mas também complicou a busca dos desaparecidos.
"Os edifícios onde estas pessoas poderiam estar foram completamente destruídos e estão agora cobertos com cerca de 20 centímetros de neve", indicou Pelle.
A neve ajudou a apagar as chamas, mas dificultou "a investigação, o socorro e a avaliação dos danos", acrescentou o xerife sobre o incêndio que, sob a ação de ventos fortes, atingiu subúrbios e não apenas zonas rurais.
Apesar de terem avançado que o incêndio podia ter sido causado pela queda de postes elétricos em terreno seco, as autoridades indicaram agora não terem provas credíveis que sustentem essa hipótese. De acordo com Pelle, as testemunhas podem ter confundido linhas elétricas com linhas telefónicas.
Nos últimos anos, grande parte da região oeste dos Estados Unidos tem registado fortes secas e sofrido incêndios sem precedentes, particularmente nos estados da Califórnia e do Oregon.
Com o aquecimento global, a intensidade e a frequência da seca e das ondas de calor são suscetíveis de aumentar, continuando a criar condições ideais para incêndios florestais.
Legislativas: há um milhão de “eleitores-fantasma” a engordar a abstenção
Autárquicas 2021
Os anos passam mas os números continuam a não bater certo. Os especialistas apontam os emigrantes registados em Portugal como um factor importante para a diferença. Mas longe de ser o único.
Quando, na noite de 30 de janeiro, as televisões começarem a avançar os primeiros dados sobre os resultados das eleições legislativas, há uma frase que já se antecipa: “A abstenção atingiu um novo recorde”. Tem sido assim nos últimos sufrágios.
E para tal muito contribuem os cerca de um milhão de “eleitores-fantasma” que existem nos registos oficiais. Se outrora a existência de falecidos nos cadernos eleitorais ajudava a explicar os resultados, os especialistas falam agora numa “nebulosa” que tem sido difícil desbravar.
Como se calcula este milhão?
Chegar ao número de “eleitores-fantasma” não é uma tarefa fácil ou livre de erros, dizem os politólogos ouvidos pela CNN Portugal. Ainda assim, a perspetiva do milhão não os surpreende.
Para fazê-lo, é necessário cruzar dados de diferentes fontes. Portugal contava, nos Censos 2021, com cerca de 10,35 milhões de habitantes. É preciso retirar deste número os que não têm direito a voto: cidadãos com menos de 18 anos (cerca de 1,63 milhões) e os estrangeiros (cerca de 555 mil). Ora, deste modo, serão cerca de 8,16 milhões os potenciais eleitores em Portugal.
Esse número é cruzado depois com o número de eleitores previstos para as próximas eleições para a Assembleia da República, num quadro publicado no início de dezembro. Ao todo, são 10,82 milhões. Mas é preciso descontar os inscritos nos círculos da Europa e Fora da Europa, porque estes, ao viver no estrangeiro, não terão sido contabilizados pelos Censos 2021. Assim, apura-se o número de eleitores apenas em Portugal: cerca de 9,3 milhões.
É assim possível chegar aos chamados “eleitores-fantasma”: 1,14 milhões, cerca de 10% do total. Conclui-se que há mais eleitores registados em Portugal do que o universo identificado a partir dos Censos 2021.
Números dos cadernos eleitorais não batem certo com universo de potenciais eleitores em Portugal
Emigrantes nos cadernos eleitorais mas não nos Censos
João Tiago Machado, porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), reconhece que há uma “dificuldade na atualização dos cadernos eleitorais”, uma tarefa que está sob responsabilidade da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.
Nem mesmo as mudanças em 2008 e 2018 contribuíram para atenuar esta realidade. Em 2008, para procurar reduzir o número de mortos inscritos enquanto eleitores, associaram-se os cadernos eleitorais às listagens do Cartão de Cidadão. Depois, em 2018, outra reforma eleitoral permitiu o recenseamento automático de emigrantes.
Os emigrantes poderão ser um dos elementos a explicar a diferença entre o número de recenseados em Portugal e o universo de eleitores calculado pelos Censos 2021. Isto porque há portugueses a viver e trabalhar no estrangeiro que se mantêm registados para o voto em Portugal. Ou seja, fazem parte das listas para votar mas não são contados na maior análise estatística do país.
“Há muitos recenseados que são emigrantes de longa duração que continuam registados em Portugal, o que pode ser uma possível explicação. Não contam como residentes. Esse valor é muito difícil de apurar, sobretudo nas zonas de grande emigração”, reforça a politóloga Paula do Espírito Santo, politóloga e docente no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP).
Risco para a democracia
O fenómeno da “duplicação” de emigrantes não serve, só por si, para explicar uma diferença na ordem do milhão. Daí que Marina Costa Lobo, politóloga e investigadora do Instituto de Ciências Sociais, defenda um trabalho de verificação mais profundo aos cadernos eleitorais.
“A reforma eleitoral de 2018 tinha como corolário eliminar os emigrantes do recenseamento em Portugal. O que estes dados sugerem é que isso pode não estar a acontecer”, resume à CNN Portugal. Já quanto aos eleitores já falecidos que poderiam constar nas listagens, acredita que “não serão o problema”, porque o inventário assenta nas listagens do Cartão do Cidadão, que são atualizadas em caso de morte.
Uma breve pesquisa confirma que este é um problema que se arrasta ao longo dos últimos anos. Os diferentes cálculos, publicados pelos órgãos de comunicação social, têm apontado para números entre 650 mil e 1,25 milhões “eleitores fantasmas”.
Com um número de “eleitores fantasmas” tão acentuado, é o normal funcionamento da própria democracia que poderá estar em causa. Primeiro, pela “desvalorização do próprio número da abstenção” pelos portugueses, depois na escolha dos próprios representantes, diz Marina Costa Lobo. “A distribuição dos 230 mandatos faz-se tendo em conta o recenseamento. Se não há uma distribuição equitativa desses ‘eleitores fantasmas’ pelo país, pode estar-se a atribuir mais deputados a determinados círculos, em detrimento de outros”, reforça.
"Temos de fazer esse estudo: quais são os círculos que estão mais penalizados pela abstenção e as raízes que a podem explicar", complementa Paulo do Espírito Santo.
sábado, 1 de janeiro de 2022
O Governo de transição do Mali pediu hoje à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) mais cinco anos para completar o período de transição política após o golpe militar de 2020.
© Lusa
Por LUSA 01/01/22
A nova proposta foi comunicada em Acra pelo ministro dos Negócios Estrangeiros do Mali, Abdoulaye Diop, ao presidente em exercício da CEDEAO, o chefe de Estado do Gana, Nana Akufo-Addo.
O chefe da diplomacia do Mali explicou à televisão pública do seu país que Akufo-Addo tomou nota do seu pedido, que será analisado pelos Estados-membros da organização sub-regional africana.
Os resultados das consultas realizadas nos últimos dias no Mali entre as diferentes forças políticas e sociais do país propõem estender o período de transição entre seis meses e cinco anos.
Tal implica adiar a data das eleições marcadas para fevereiro próximo para que o país possa voltar a recuperar a legitimidade constitucional.
A data de fevereiro foi uma exigência da CEDEAO, da qual o Mali faz parte, para retirar as sanções impostas a Bamako após os dois golpes militares de agosto de 2020 e maio de 2021.
À semelhança da França, antiga potência colonial do Mali, a CEDEAO exige que Bamako respeite o período de transição estabelecido em 18 meses após o primeiro golpe de Estado, que termina em fevereiro, quando devem ser convocadas eleições presidenciais e legislativas.
Mas outros países como China, Rússia, Argélia e Marrocos apoiam a posição da junta militar e pedem que se leve em consideração a atual situação de insegurança no Mali, marcada pela atividade 'jihadista'.
O atual Governo maliano não controla grande parte do país, particularmente o norte e o centro, onde a administração central está praticamente ausente, e os ataques realizados por diferentes grupos 'jihadistas' estão a aumentar.
DJURTUS RECEBEM MAIS DE 600 MIL DÓLARES PELA PRESENÇA NO CAN’2021
©️ O Golo GB
POR O GOLO GB JANEIRO 1, 2022
A presença da seleção nacional de futebol, Djurtus, no Campeonato Africano das Nações Camarões TotalEnergies’2021, vai render mais de seiscentos mil ($600000) dólares americanos à Guiné-Bissau, apurou O Golo GB.
O valor em causa tem a ver com a qualificação e participação no Campeonato Africano das Nações, independentemente se os Djurtus passarem ou não da fase de grupos. Ou seja, o valor em causa já está garantido, uma vez que a turma nacional estará na prova.
De acordo com as informações recolhidas pela redação de O Golo GB, a Guiné-Bissau já recebeu uma parte desse montante, mais de 200 mil dólares, para preparar a sua participação. Assim como todas as seleções que estão apuradas para a competição.
Ano pós ano, a Confederação Africana de Futebol (CAF) tem vindo a aumentar proporcionalmente o valor dos prémios, por exemplo, no último CAN’2019 no Egito as 24 seleções incluindo a Guiné-Bissau receberam seiscentos mil dólares cada, segundo os dados do site angolano PRODESPORTO, consultados pela redação de O Golo GB.
De acordo com PRODESPORTO, o prémio em dinheiro dividido entre as equipas participantes no CAN’2019 no Egito foi aumentado em relação à Copa Africana das Nações 2017 em Gabão.
Nas terras dos Faraós as 24 seleções participantes no evento tiveram a garantia de pelo menos duzentos e sessenta mil ($260000) dólares americanos, antes da prova, para ajudar nos preparativos para a fase final do torneio.
O Golo GB soube que nesta 33.ª edição do Campeonato Africano das Nações Camarões TotalEnergies’2021, o valor vai ser superior em relação ao recebido pelas seleções presentes no Egito, ou seja, os países participantes no CAN’2021 deviam receber neste momento mais de 200 mil dólares americanos para ajudar na preparação da Copa Africana das Nações dos Camarões.
Na última edição Egito’2019 o vencedor do CAN, a seleção da Argélia levou para casa $4,5 milhões de dólares, além do troféu recebido na final disputada no dia 19 de Julho. Os vice-campeões, os Leões de Teranga do Senegal receberam 2,5 milhões de dólares americanos, os semifinalistas levaram 2 milhões e 800 mil para as seleções que ficaram nos quartos-de-finais.
“Todas as equipas que foram eliminadas na fase de grupos receberam $475 mil, o que quer dizer que todos os países que disputaram o Campeonato Africano das Nações no Egito receberam pelo menos 600 mil dólares americanos cada”, lê-se no artigo de 2019 do site Prodesporto.
Já nesta edição de 2021 em Camarões, o vencedor receberá cinco milhões (5.000.000) de dólares americanos, mais de 500 mil em relação à competição anterior no Egito, assim a CAF aumentou o valor do prémio de qualificação e de participação para as 24 seleções apuradas para CAN’2021.