24/07/2020 /Texto: odemocratagb
A Alta Comissária para o combate ao coronavírus (Covid-19), Magda Robalo, agradeceu os países europeus que, segundo disse, “cooperaram para fazer o bem e salvar vidas dos guineenses” através da oferta de medicamentos e equipamentos para o combate à pandemia da Covid-19.
A antiga ministra de saúde e que agora dirige o Alto Comissariado de combate contra a Covid-19, fez estas considerações esta quinta-feira, 23 de julho de 2020, durante a cerimónia da entrega de um primeiro carregamento de 45 toneladas de material médico orçado em dois milhões de Euros, trazidas num voo que saiu de Lisboa para Bissau. A cerimónia da entrega dos materiais decorreu no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, na presença dos Embaixadores de Portugal, António Alves de Carvalho, da União Europeia, Sónia Neto, do representante da Organização Mundial de Saúde no país e de outras individualidades.
Na sua declaração, Magda Robalo reconheceu que um conjunto de homens e mulheres de diferentes instituições governamentais e não-governamentais, bem como organizações multilaterais e países com os quais a Guiné-Bissau mantém cooperação bilateral, “conspiraram para fazer o bem e salvar vidas” dos guineenses.
“Neste momento conturbado que vivemos e em que as fronteiras de diferentes países estão encerradas, em que a economia mundial está ameaçada como nunca esteve desde a grande recessão, a solidariedade humana é um valor seguro que deve ser apreciado, acarinhado e partilhado”, realçou.
Assegurou que a Guiné-Bissau também não foi poupada pela pandemia de Covid-19, com a qual convive desde março último, que veio fragilizar a economia, o tecido empresarial e o setor educativo.
Para a Embaixadora da União Europeia na Guiné-Bissau, Sónia Neto, a União Europeia está convicta que o multilateralismo é a resposta certa para superar a magnitude dos desafios do combate àCovid-19.
Explicou que as quatro pontes aéreas humanitárias da União Europeia “são um excelente exemplo do muito que podem fazer, se todos estiveram concertados e fiéis aos valores essenciais do multilateralismo que são a solidariedade e a cooperação entre os povos”.
A Embaixadora da União Europeia disse que o apoio foi um esforço coletivo, coordenado de forma exemplar por Portugal, o qual se traduz em mais de 45 toneladas de material e equipamento médico no valor de mais de dois milhões de euros, que ajudará a Guiné-Bissau a lidar com as consequências humanitárias e sanitárias da pandemia.
De salientar que a União Europeia financiou a totalidade dos custos de transporte desta operação, tendo Portugal coordenado a logística e a angariação de doações dos vários parceiros, nomeadamente PNUD e outras agências das Nações Unidas, tais como o Banco Mundial, Fundações e ONG’s de Portugal. A Espanha e a Itália juntaram-se igualmente aos esforços para enfrentar e ultrapassar as consequências humanitárias e sanitárias da pandemia de Covid-19 na Guiné-Bissau.
Por: Aguinaldo Ampa