quinta-feira, 18 de setembro de 2025

ASSOCIAÇÃO DE MOBILIDADE DE ESTUDANTES GUINEENSES DENUNCIA FALTA DE ACORDO E "DESORDEM DO ESTADO"

 Rádio Sol Mansi  18.09.2025

A Associação de Mobilidade de Estudantes Guineenses em Portugal apelou hoje à revisão urgente do acordo de mobilidade entre a Guiné-Bissau e Portugal, após a retenção de dezenas de estudantes guineenses no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

"Estamos num momento difícil. Estudantes estão a ser bloqueados mesmo com vistos válidos, denunciou Michel José Indi, presidente da organização académica, durante uma declaração no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, em Bissau.

O apelo surge na sequência de um episódio ocorrido no final de agosto, em que 41 estudantes guineenses foram impedidos de entrar em Portugal, alegadamente por falta de documentação e meios de subsistência. A situação causou indignação e protestos por parte da Associação de Estudantes da Guiné-Bissau em Lisboa (AEGBL) e de várias organizações académicas e civis.

Segundo a organização, os estudantes detidos possuíam vistos válidos e estavam colocados em instituições de ensino superior portuguesas.

Michel José Indi, que se encontra em Bissau para participar da V Edição do Encontro Académico da Juventude Guineense responsabiliza diretamente as autoridades nacionais.

"Esta situação deve-se à desorganização do Estado guineense acusou.

A Associação defende a criação de um acordo de facilitacão da mobilidade académica, que garanta entradas seguras e dignas para estudantes guineenses em território português

"O nosso Estado deve rever o acordo com Portugal para permitir o acesso efetivo ao ensino superior" reforçou Indi.

Trump discorda com Starmer sobre reconhecimento da Palestina... O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, admitiu hoje estar em desacordo com a intenção do Reino Unido de reconhecer a Palestina como um Estado, reiterando que o grupo extremista palestiniano Hamas deve libertar todos os reféns que mantém.

Por LUSA 

"Só quero que os reféns sejam libertados agora, neste momento, não um ou dois e mais três amanhã", salientou Trump, durante uma conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, no final de uma visita oficial ao Reino Unido.

E reforçou: "Precisamos de ter os reféns de volta imediatamente, é isso que o povo de Israel quer", referindo que discorda de Starmer sobre a questão do reconhecimento do Estado palestiniano.

"Na verdade, é uma das nossas poucas divergências", admitiu durante a conferência de imprensa em Chequers, a residência de campo do primeiro-ministro britânico, a cerca de 65 quilómetros a noroeste de Londres.

Questionado pelos jornalistas, Starmer negou que esteja à espera que o Presidente norte-americano saia do Reino Unido para confirmar a decisão do Governo britânico de reconhecer a Palestina enquanto Estado.

O Governo britânico anunciou no final de julho que pretendia reconhecer a Palestina como um Estado caso Israel não cesse os bombardeamentos na Faixa de Gaza e continue a bloquear a entrada de ajuda humanitária no enclave palestiniano.

Na quarta-feira, o jornal The Times noticiou que Starmer iria confirmar a decisão após o fim da visita de Trump.

"Concordamos plenamente com a necessidade de paz e de um roteiro [de paz], porque a situação em Gaza é intolerável. Os reféns estão detidos há muito, muito tempo e devem ser libertados, e precisamos que a ajuda [humanitária] chegue rapidamente a Gaza", respondeu o primeiro-ministro britânico aos jornalistas. 

"É nesse contexto de um plano de paz que estamos a trabalhar arduamente, no qual as nossas duas equipas têm trabalhado em conjunto, que a questão do reconhecimento precisa de ser vista", prosseguiu Starmer.

E argumentou ainda: "Faz parte desse pacote global, que esperamos que nos leve da situação terrível em que nos encontramos agora para o resultado de um Israel seguro e protegido, que não temos, e um Estado palestiniano viável".

A guerra em curso em Gaza foi desencadeada pelos ataques a Israel, liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023, que causaram cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

A retaliação de Israel já provocou mais de 65 mil mortos, a destruição de quase todas as infraestruturas de Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.

Israel também impôs um bloqueio à entrega de ajuda humanitária no enclave, onde mais de 400 pessoas já morreram de desnutrição e fome, a maioria crianças.

Comunicado do Conselho de Ministros em Sessão Ordinária do 18.09.2025


O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, presidiu hoje à Reunião Ordinária do Conselho de Ministros, realizada no Salão Nobre que leva o seu nome, na sede do Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Bissau.

O encontro contou com a participação dos membros do Governo e teve como finalidade a apreciação e deliberação de matérias relevantes para a governação e para a vida nacional.

Presidência da República da Guiné-Bissau

Ex-Presidente da República, José Mário Vaz, recebeu esta Quinta-feira (18.09), em audiência, Aliança Patriótica Inclusiva – Cabaz Grandi (API-CG) após encontro Baciro Dja líder da (API) fala á imprensa.

Putin diz que mais de 700 mil soldados russos estão na frente de batalha... O Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou hoje que mais de 700 mil soldados russos estão posicionados ao longo da "linha de contacto" na Ucrânia, onde Moscovo tem vindo a conquistar terreno em algumas áreas.

© Getty Images   Lusa   18/09/2025

"Há mais de 700 mil soldados na linha da frente", declarou Putin durante um encontro com os líderes dos grupos parlamentares da Duma, a câmara baixa do Parlamento russo, sublinhando o "apreço" pelos militares que "correm riscos e dão as suas vidas" no conflito.

O chefe de Estado russo apelou a mais apoio aos combatentes e às famílias dos militares, defendendo propostas como a atribuição de terras aos veteranos da "operação militar especial", como Moscovo designa a invasão da Ucrânia, em curso desee fevereiro de 2022.

Putin admitiu também integrar ex-combatentes na política, mas rejeitou a imposição de quotas em cargos institucionais.

As declarações de Putin surgem um dia depois de o chefe do Estado-Maior, general Valery Gerasimov, ter assegurado que as forças russas estão a avançar "em praticamente todos os setores" da frente ucraniana.

Desde o início da ofensiva em grande escala, há mais de três anos e meio, Moscovo mobilizou vastos recursos humanos e materiais, enfrentando, no entanto, pesadas perdas militares, segundo estimativas de meios de comunicação independentes.


Asteroide do tamanho de dez Torres de Belém passou perto da Terra... O asteroide, agora batizado de "2025 FA22", terá um tamanho estimado de entre 130 e 290 metros (a Torre de Belém tem 30 metros).

Por LUSA 

Um asteróide com mais de 200 metros de diâmetro passou hoje ao largo da Terra, pelas 7h41 horas (de Lisboa), segundo o Laboratório de Astronomia da Academia de Ciências da Rússia.

Na sua conta da rede social Telegram, aquela instituição refere que o objeto era mil vezes maior do que o meteorito que caiu na cidade russa de Cheliabinsk, em 2013, acrescentando que a passagem ocorreu a uma distância de quase 800 mil quilómetros da Terra e da Lua.

O agora batizado "2025 FA22", que terá um tamanho estimado de entre 130 e 290 metros, "foi incluído na lista dos corpos celestes potencialmente perigosos para o planeta", tendo 'regresso' previsto para daqui a cerca de 11 anos, mais precisamente em 20 de agosto de 2036, mas a uma distância previsivelmente maior, segundo os especialistas.

"Uma aproximação potencialmente perigosa poderá ocorrer em 2089 e, particularmente, em 2173", indicaram no comunicado.

Dados divulgados pela ESA. © ESA

Por exemplo, a famosa cratera Barringer, no estado norte-americano Arizona foi provocada pela queda de um meteorito entre 10 e 100 vezes mais pequeno que o "2025 FA22", há cerca de 50 mil anos.

Os peritos russos calculam que este asteroide esta "como que sincronizado com a Terra e passa periodicamente perto do planeta", havendo registo da sua última aproximação em 17 de setembro de 1940.

"É importante assinalar que, com esta órbita, as probabilidades de esta rocha espacial vir a protagonizar algum tipo de impacto com a Terra são bastante altas", alertam ainda os astrónomos.

Civis são escudos do Hamas que pagam "preço da guerra"... As forças armadas israelitas avisam que os civis palestinianos que permanecerem na cidade de Gaza "jamais serão um alvo", mas ficarão em zonas de combate como escudos do Hamas e sujeitos "a pagar o preço da guerra".

Por LUSA 

Em entrevista à agência Lusa em Telavive, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI) Rafael Rozenszajn observa que os militares israelitas "conhecem muito bem o 'modus operandi'" do grupo islamita palestiniano, sugerindo que não é um acaso que mantenha o seu principal reduto na cidade mais povoada da Faixa de Gaza.

O grupo islamita palestiniano cujo ataque a Israel em 2023 desencadeou a guerra na Faixa de Gaza usa os civis como "escudos humanos" nas suas "casas como pontos de lançamento de foguetes, nas escolas como centros de comando e nos hospitais para esconder armamento", descreve o porta-voz em língua portuguesa das FDI.

Israel tem em curso uma vasta operação com o objetivo declarado de ocupar a cidade de Gaza, eliminar os radicais islamitas que governam o enclave palestiniano desde 2007 e recuperar os 48 reféns na sua posse há quase dois anos, dos quais se presume que 20 estejam vivos.

"Em nenhum momento, os civis serão alvo das FDI, todos os nossos alvos são militares e locais utilizados por terroristas. Mas infelizmente os civis pagam o preço da guerra, não porque são alvos, mas porque infelizmente são utilizados como escudos humanos", frisa.

Até à noite de quarta-feira, segundo o major das FDI, as tropas israelitas controlavam cerca de 40% da capital do território, numa vasta operação militar que tem sido alvo de ampla contestação internacional, ao prever a deslocação forçada de perto de 900 mil dos habitantes.

Ao mesmo tempo, Rafael Rozenszajn indicou que 400 mil residentes já abandonaram a cidade, o que significa que cerca de meio milhão ainda permanecem na área de conflito, que deverá intensificar-se nos próximos dias.

"Os civis que não se retirarem da cidade de Gaza estarão em zona de combate", adverte o porta-voz militar, num momento em que já começaram as operações terrestres com recurso a tanques, no âmbito do plano da ofensiva, iniciada com a tentativa de retirada da população.

"O que nós fazemos para minimizar danos aos civis? Mais de 150 mil ligações [telefónicas em árabe], que não eram chamadas automáticas, mais de nove milhões de panfletos foram lançados", assinalou, "implorando para eles [civis] evacuarem essa zona perigosa que é a Cidade de Gaza".

A unidade a que pertence o oficial das FDI tem cerca de 500 efetivos só para a área da comunicação, instalados num quartel militar em Telavive, a partir do qual são acompanhadas as missões no terreno em tempo real, numa sala de operações com telefones vermelhos encriptados e ligados ao centro de comando, e equipas em permanência para divulgar nas redes sociais os avisos de bombardeamento em locais e horas precisos.

Apesar disso, as autoridades locais do enclave, controladas pelo Hamas, dão conta de cerca de cem mortos até ao momento na operação terrestre na cidade de Gaza, a juntar aos mais de 64 mil desde o início do conflito, na maioria civis, números não confirmados pelos militares israelitas.

"Nós utilizamos inteligência precisa e armamentos cirúrgicos para minimizar danos a civis", argumenta o porta-voz, acrescentando que, a par da criação de zonas e corredores humanitários, foram abortados "dezenas, talvez centenas de ataques aéreos, porque os civis apareceram de uma forma inesperada nas proximidades dos alvos".

Ao longo da primeira fase da invasão da cidade de Gaza, "foi também desmantelada uma grande parte das infraestruturas utilizadas pelo Hamas", segundo Rafael Rozenszajn, o que incluiu os ataques aos prédios altos, que as FDI justificam com a sua utilização como postos de vigilância dos combatentes palestinianos para atacar os soldados israelitas.

"Vamos continuar a atuar de forma gradual para garantir a saída de todos os civis da cidade de Gaza e também bem equilibrada para minimizar os riscos para os civis que estão lá e, logicamente, para os nossos reféns", insistiu.

Os reféns têm sido o principal motivo de uma vaga de críticas em Israel, que surgem sobretudo do fórum constituído pelos seus familiares, que receiam que esta operação militar vá colocar as suas vidas em risco, o próprio comandante das FDI transmitiu a mesma inquietação às lideranças políticas.

No dia em que familiares dos reféns iniciaram um acampamento de protesto junto da residência do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém, o porta-voz das FDI comenta que os militares acreditam que, ao desmantelar a capacidade do Hamas, serão criadas as condições necessárias para recuperar em segurança as pessoas em cativeiro, "seja através de um acordo, seja através de operações militares".

O oficial da forças israelitas não antecipa quanto tempo poderá demorar esta ofensiva, "um processo gradual" até que os objetivos sejam alcançados.

Do mesmo modo, evita abordar a estimativa de baixas numa operação terrestre numa zona urbana e densa, que coloca novos desafios aos militares e igualmente receios dos seus familiares.

"Os riscos realmente são grandes, mas as nossas forças estão determinadas, estão preparadas, estão focadas na missão de alcançar os objetivos", observa o major das FDI, adicionando que se trata de "uma guerra muito complexa, principalmente porque é assimétrica", ao colocar em confronto "um Estado democrático de Direito e um grupo terrorista que não dá nenhum valor às normas internacionais".

Perante a vaga de críticas internacionais e da acusação de genocídio em curso na Faixa de Gaza, apontada por um comité de peritos das Nações Unidas e por outras organizações, o porta-voz militar afasta que as tropas israelitas se sintam afetadas pela gravidade dos crimes contra a Humanidade que lhes são imputados.

Reafirma que os soldados estão totalmente preparados para o trabalho que têm pela frente, o que é explicado com a consciência de que estas operações "são necessárias para garantir o futuro existencial do Estado de Israel".

Após os ataques do Hamas em 07 de outubro de 2023 em solo israelita, onde fizeram cerca de 1.200 mortos, na maioria civis, e 251 reféns, "muitos soldados estavam fora do país e voltaram para lutar" na ofensiva de retaliação que se seguiu na Faixa de Gaza, justamente por entenderem que está em jogo o futuro existencial" de Israel.


Leia Também: Papa recusou em julho pronunciar-se sobre genocídio em Gaza

O Papa Leão XIV afirmou em julho, numa entrevista para um livro publicado hoje, que o Vaticano não podia pronunciar-se ainda sobre se a guerra conduzida por Israel em Gaza constituía um genocídio.


O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, recebeu hoje em audiência o Ministro da Defesa do Senegal, General Birame Diop, que se encontra de visita de trabalho à Guiné-Bissau.

Durante o encontro, o Ministro senegalês transmitiu uma mensagem do Presidente Bassirou Diomaye Faye, destacando os fortes laços históricos e de irmandade que unem os dois povos.

A reunião reforçou o compromisso mútuo de estreitar a cooperação nos domínios da defesa, segurança e integração sub-regional, promovendo uma colaboração assente na boa vizinhança, solidariedade e respeito mútuo entre a Guiné-Bissau e o Senegal.


Presidência da República da Guiné-Bissau

Brigitte Macron vai apresentar evidências de que é uma mulher em tribunal... Emmanuel e Brigitte Macron apresentaram um processo por difamação contra uma influencer norte-americana e pretendem apresentar, em tribunal, provas de que as suas afirmações não correspondem à verdade.

© Getty Images/ALAIN JOCARD/AFP   noticiasaominuto.com  18/09/2025

O presidente francês e a sua mulher, Briggite Macron, preparam-se para apresentar "provas cientificas" de que a primeira-dama gaulesa é efetivamente uma mulher. A decisão acontece após múltiplas polémicas e alegações que dão conta de que Brigitte nasceu sendo um homem.

O advogado da família anunciou que o presidente francês e a sua mulher vão apresentar evidências para suportar o processo de difamação que apresentaram contra a influencer norte-americana Candace Owens.

Tom Clare, o principal advogado dos Macron, afirmou, ao podcast 'Fame Under Fire' da BBC, que os seus clientes estavam dispostos a demonstrar "de forma genérica e específica" que as alegações são falsas.

Processo contra influencer norte-americana

A primeira-dama e o presidente francês estão a meio de um polémico processo que envolve a influencer Candace Owens depois desta ter referido publicamente que Brigitte teria nascido do sexo masculino e seria, portanto, transexual.

A queixa foi feita num tribunal dos Estados Unidos da América, em Delaware, onde esta é acusada de ter feito uma campanha que difama a primeira-dama com a intenção de ter mais visualizações no seu trabalho.

Candace disse publicamente, por exemplo, que Brigitte se chama na verdade Jean-Michel Trogneux (o nome do seu irmão mais velho). 

Rumores começaram em França

O início dests alegações, contudo, começaram a surgir nas redes sociais desde a eleição de Emmanuel Macron, em 2017, segundo a qual Brigitte Macron, nascida Trogneux, nunca existiu, mas que o seu irmão, Jean-Michel, assumiu essa identidade depois de mudar de sexo, conta a agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP).

Duas mulheres começaram a ser julgadas em junho do ano passado no Tribunal Penal de Paris por terem espalhado na internet o boato segundo o qual a mulher do presidente francês mudou de sexo, um rumor que se tornou viral.

As duas arguidas, uma 'medium' chamada Amandine Roy, e Natacha Rey, que se intitula "jornalista autodidata independente", estiveram no banco dos réus depois de terem divulgado uma entrevista de quatro horas no Youtube, em 2021, na qual denunciavam este "engano, fraude e mentira de Estado".

"Cenários inventados". Macron nega boatos 

Em reação, o presidente francês lamentou os "ataques machistas e sexistas" de que é alvo "uma mulher poderosa" que o acompanha.

"O pior são as informações falsas e os cenários inventados, com as pessoas a acabarem por acreditar neles e a perturbar-nos, mesmo na nossa intimidade", disse Macron em declarações aos jornalistas, quando questionado quais as suas "piores recordações como presidente".


Estudo: Nova ferramenta de Inteligência Artificial pode prever risco de mais de 1.000 doenças... Chama-se Delphi-2M e trata-se de uma ferramenta de IA que ajuda a detetar várias doenças com recurso a eventos médicos e a fatores relacionados com o estilo de vida. Consegue fazer uma previsão para as próximas décadas.

© Shutterstock   noticiasaominuto.com   18/09/2025

A Inteligência Artificial (IA) pode vir a ajudar a detetar mais de 1.000 doenças. Uma nova ferramenta está a ser desenvolvida e pode prever várias patologias e mudanças na saúde com mais de uma década de antecedência.

Segundo o jornal The Guardian, a nova ferramenta chama-se Delphi-2M e está a ser desenvolvida por especialistas do Laboratório Europeu de Biologia Molecular (EMBL), do Centro Alemão de Pesquisa do Cancro e da Universidade de Copenhaga. Esta é mais uma forma como a IA pode vir a ser bastante útil para a saúde.

Estas descobertas foram avançadas pela revista Nature. “Eventos médicos frequentemente seguem padrões previsíveis. O nosso modelo de IA aprende os padrões e pode prever resultados futuros de saúde”, revela Tomas Fitzgerald, cientista do Instituto Europeu de Bioinformática do EMBL.

Como a IA pode ajudar na saúde

Desta forma, explica que esta ferramenta pode ser a ser usada para detetar o risco de cancro, diabetes, doenças respiratórias, doenças cardíacas e outro tipo de distúrbios. Revelam que as doenças são detectadas com base no histórico do paciente juntamente com o estilo de vida que a pessoa tem, desde o histórico de fumador, a idade, o sexo ou até se já foi obeso.

A ferramenta usa esse tipo de dados para prever o risco dos pacientes ao longo da próxima década. O Delphi-2M foi testado com base no registo de mais de 400 mil pessoas.

"Quando entra no consultório médico, o clínico está muito acostumado a usar este tipo de ferramentas e consegue dizer: 'aqui estão quatro grandes riscos que estão no seu futuro e aqui estão duas coisas que pode fazer para realmente mudá-lo'", diz Ewan Birney, diretor executivo interino do EMBL.

"Suspeito que todos serão orientados a perder peso, e se fuma, será orientado a parar de fumar e isso estará nos seus dados. Essa recomendação não mudará significativamente mas, para algumas doenças, acredito que haverá algumas coisas muito específicas. Esse é o futuro que queremos criar", continua.

Esta ferramenta pode vir a ajudar a calcular mais de mil doenças. “Tudo depende do histórico de doenças de cada pessoa, com precisão comparável à dos modelos existentes de doenças únicas.”

“A natureza generativa do Delphi-2M também permite uma amostra de trajetórias sintéticas de saúde futura, fornecendo estimativas significativas da carga potencial de doenças até 20 anos”, diz Ewan Birney.

Moritz Gerstung, chefe da divisão de IA em oncologia do Centro Alemão do Cancro, revelou que este é um novo começo e uma nova era que ajuda à saúde. "Modelos generativos como este poderão um dia ajudar a personalizar o atendimento e antecipar as necessidades de saúde em larga escala."


ABC suspende "Jimmy Kimmel Live!" após comentários do apresentador sobre morte de Charlie Kirk... O talk show Jimmy Kimmel Live! foi suspenso por tempo indeterminado pela ABC, após o apresentador ter feito comentários controversos sobre a morte do ativista conservador Charlie Kirk, que foi morto a tiro enquanto discursava na Universidade do Utah Valley.

O apresentador Jimmy Kimmel durante a cerimónia dos Óscares, no domingo, 10 de março de 2024, no Dolby Theatre, em Los Angeles.Chris Pizzello / AP  Por  sicnoticias.pt

O famoso talk show Jimmy Kimmel Live! foi suspenso por tempo indeterminado. O anúncio foi feito pela emissora ABC, responsável pela transmissão do programa, após Jimmy Kimmel ter feito comentários sobre a morte de Charlie Kirk, o ativista conservador que foi morto a tiro na passada quarta-feira enquanto discursava em na Universidade do Utah Valley.

A reação surgiu após o comediante norte-americano ter feito um monólogo no qual afirmava que os apoiantes MAGA (Make America Great Again), ligados a Donald Trump, estavam a tentar tirar proveito político do assassinato de Charlie Kirk.

"O gangue MAGA ['Make America Great Again', movimento que apoia Trump] tentou desesperadamente caracterizar o tipo [Tyler Robinson] que assassinou Charlie Kirk como qualquer coisa que não um deles, fazendo tudo o que podia para obter ganhos políticos", disse o humorista.

"Entre as acusações, houve (...) luto - na sexta-feira, a Casa Branca colocou as bandeiras a meia haste, o que gerou algumas críticas, mas, a nível humano, é visível o quanto o Presidente está comovido", ironizou Kimmel, antes de cortar para um clipe em que jornalistas perguntam a Trump como está a lidar com a morte de Kirk, e este responde "muito bem", passando a falar da construção do novo salão de baile na Casa Branca. 

Andrew Alford, presidente da divisão de radiodifusão da Nexstar, afirmou que os comentários de Jimmy Kimmel sobre a morte de Charlie Kirk foram "ofensivos e insensíveis", sobretudo num momento crítico do discurso político nacional.º

O presidente da Comissão Federal de Comunicações (FCC), Brendan Carr, afirmou num esta quarta-feira que os comentários do comediante constituíram “a conduta mais doentia possível”. Revelou ainda que algumas emissoras locais deixaram de transmitir o programa.

“Há quem peça o despedimento do Jimmy Kimmel. Acho que é perfeitamente plausível que venha a ser suspenso por causa disto", revelou Brendan Carr ao podcaster Benny Johnson, que divulgou as declarações na rede social X (antigo Twitter).

A tensão entre Donald Trump e Jimmy Kimmel (e não só)

No início do verão, a CBS anunciou o fim do Late Show with Stephen Colbert, um dos programas noturnos mais vistos da televisão norte-americana e também um dos mais críticos de Donald Trump.

Na altura, o Presidente dos Estados Unidos mostrou-se satisfeito com a decisão, escrevendo nas suas redes sociais: “Jimmy Kimmel é o próximo”, acrescentando que o comediante e apresentador tinha “menos talento do que Stephen Colbert”.

Recentemente, Jimmy Kimmel, também foi sempre muito crítico das políticas e da atuação de Donald Trump, revelou ter criado um "plano de contingência" caso tenha de fugir a eventuais medidas de Trump. Graças à sua avó italiana, conseguiu obter cidadania italiana.


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Em causa os comentários do humorista sobre Kirk, ativista conservador assassinado em 10 de setembro, considerados "ofensivos e insensíveis", que levaram à suspensão do programa.



EUA deportaram quase 300 portugueses durante primeiro mandato de Trump... Há oficialmente 1,45 milhões de pessoas de origem portuguesa a residir nos Estados Unidos, de acordo com o mais recente censo, de 2020.

Por sicnoticias.pt

Os Estados Unidos deportaram 297 portugueses entre 2017 e 2020, durante o primeiro mandato presidencial de Donald Trump, de acordo com um novo portal que acompanha as ordens de deportação emitidas no país desde 1895.

A Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA, na sigla em inglês) e a iniciativa Million Dollar Hoods lançaram na quarta-feira o Mapping Deportations, um portal que serve como ferramenta analítica para a política de imigração dos Estados Unidos.

De acordo com os dados, o pico das deportações durante o primeiro mandato do líder republicano aconteceu em 2019, quando 97 cidadãos portugueses foram expulsos dos Estados Unidos.

Máximo histórico no mandato de Obama

Segundo o portal Mapping Deportations, que reúne dados até 2022, após a tomada de posse do Presidente democrata Joe Biden, em janeiro de 2020, as deportações caíram para 24.

Ainda assim, o máximo histórico de 191 deportações de portugueses foi registado em 2010, ano em que o Presidente norte-americano era outro democrata, Barack Obama.

Há oficialmente 1,45 milhões de pessoas de origem portuguesa a residir nos Estados Unidos, de acordo com o mais recente censo, de 2020.

No último relatório dos Serviços de Imigração e Alfândegas dos Estados Unidos, consta que 69 portugueses foram repatriados em 2024, mais nove do que no ano anterior.

No final de fevereiro, o então secretário de Estado das Comunidades Portuguesas assumiu na Assembleia da República que não existem números exatos sobre os portugueses em risco de deportação dos EUA.

Quatro mil fora do prazo de permanência

José Cesário lembrou que 360 já tinham ultrapassado os 90 dias de permanência temporária concedida ao abrigo do 'visa waiver' (programa que permite viagens de negócios ou turismo sem necessidade de visto prévio) e que o Senado (câmara alta do parlamento) norte-americano tinha identificado cerca de quatro mil como fora do prazo de permanência.

Cesário acrescentou na mesma altura que estavam 24 portugueses detidos nos Estados Unidos.

De acordo com o Mapping Deportations, os Estados Unidos deportaram um total de 5.323 portugueses desde 1895.

Ahilan Arulanantham, codiretor do Centro de Direito e Política de Imigração (CILP) da Faculdade de Direito da UCLA, que lidera o projeto, explicou que o mapeamento revela como o "racismo sistémico" moldou as leis de imigração.

Os dados mostram que 96% de todas as ordens de deportação foram dirigidas a países da América Latina, Caraíbas, Ásia e África.

Por exemplo, os Estados Unidos deportaram mais de 69 mil brasileiros desde 1895, incluindo 2.507 em 2022, e 8.549 durante o primeiro mandato de Donald Trump.

A professora da UCLA Kelly Lytle Hernández, que participa no projeto, disse que ilustra como as leis de imigração, e em particular as políticas de deportação, moldaram a composição racial do país desde a sua fundação, "um fenómeno que está a acontecer hoje em dia".


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O exercício, ordenado pelo Presidente Nicolás Maduro, inclui manobras aéreas, marítimas e terrestres, e visa demonstrar a capacidade de defesa do país face às crescentes tensões com os EUA.



quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Visita ao Reino Unido? "Uma das maiores honras da minha vida", diz Trump... O presidente dos EUA qualificou hoje a visita que iniciou ao Reino Unido como "uma das maiores honras" da sua vida e o Rei Carlos III elogiou o "compromisso pessoal" de Donald Trump em tentar pôr fim aos conflitos no mundo.

© Yui Mok - WPA Pool/Getty Images    Lusa   17/09/2025

Donald Trump sublinhou o facto de ser o único presidente americano a realizar duas visitas de Estado àquele país - a anterior foi em 2019. 

"É verdadeiramente uma das maiores honras da minha vida", afirmou perante o rei Carlos III e cerca de 160 convidados, numa intervenção durante um jantar oficial em Windsor.

O rei Carlos III, por seu lado, elogiou, no mesmo jantar o "compromisso pessoal" de Donald Trump em tentar pôr fim aos conflitos no mundo.

"Os nossos países trabalham juntos para apoiar os esforços diplomáticos cruciais, nomeadamente, o senhor presidente, com o seu compromisso pessoal em encontrar soluções para alguns dos conflitos mais difíceis de solucionar do mundo, de modo a garantir a paz", afirmou o monarca durante um jantar de Estado no castelo de Windsor.

Trump também fez uma série de elogios ao monarca britânico e ao amor pela sua pátria: "Entregou seu coração, com tudo o que tem, àquelas partes da Grã-Bretanha que estão além do âmbito da mera legislação".

O presidente norte-americano fez questão ainda de realçar a relação entre os dois países, considerando o Reino Unido como um dos seus parceiros mais próximos: "O vínculo de parentesco e identidade entre os Estados Unidos e o Reino Unido é inestimável e eterno, é insubstituível e inquebrável".

Donald Trump disse ainda uma das suas frases mais emblemáticas, afirmando que "há um ano tínhamos um país muito doente, e hoje acho que somos o país mais 'sexy' do mundo."

Por seu lado, o monarca britânico fez questão de realçar a situação na Ucrânia, afirmando que "enquanto a tirania ameaça mais uma vez a Europa, nós e os nossos aliados unimo-nos em apoio à Ucrânia para dissuadir a agressão e assegurar a paz", salientando o esforço de ambos os países em manter "a relação estreita em matéria de defesa, segurança e inteligência".

O rei destacou a sólida relação entre ambos os países desde a independência dos Estados Unidos até à atualidade, incluindo a sua colaboração durante as guerras mundiais.

E chegou mesmo a brincar que, se os rumores da imprensa fossem verdadeiros sobre um suposto romance com a filha de Richard Nixon nos anos 70, essa "relação especial" ter-se-ia estreitado ainda mais.

"Esta ocasião única e importante reflete o vínculo duradouro entre as nossas duas grandes nações, cimentando na profunda amizade entre os nossos povos. Celebrámos juntos, chorámos juntos e mantivemo-nos unidos nos melhores e piores momentos", afirmou Carlos III.

O monarca assinalou ainda o facto de Trump ter pisado solo britânico duas vezes nos últimos dois meses - visitou a Escócia no final de julho - e, mais uma vez, em tom de brincadeira acrescentou que "o solo britânico constitui um esplêndido campo de golfe".

Trump e Carlos III sentaram-se a meio da mesa do banquete, acompanhados pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e a princesa Kate Middleton. Do outro lado da mesa sentaram-se a rainha Camilla Parker Bowles, Melania Trump, o secretário de Estado dos EUA, Scott Bressent, e o príncipe William.


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Donald Trump e a sua mulher foram recebidos pelos duques de Cambridge e, depois, pelo rei Carlos III e a rainha Camilla.

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Após o momento, o jornalista John Lyons defendeu que as suas questões foram “perfeitamente normais”, baseadas em investigação e sem qualquer forma de questionamento abusivo.


19 de setembro de 2025 - Celebração do Dia da Mulher de São Tomé e Príncipe na UCCLA

Celebração do Dia da Mulher de São Tomé e Príncipe na UCCLA

Vai ter lugar, no dia 19 de setembro, a comemoração do Dia da Mulher de São Tomé e Príncipe e dos 15 anos da associação Mén Non, na UCCLA. O evento, que decorrerá entre as 17h30 e as 21h30, irá homenagear e valorizar a mulher são-tomense num dia carregado de cultura, reflexão e união. Não falte!

Organizado pela Mén Non - Associação de apoio à Mulher de São Tomé e Príncipe em Portugal, o evento terá como tema central “O Papel da Mulher na Educação do Indivíduo na Sociedade”.

Programa em anexo☝

Com os melhores cumprimentos,





Anabela Carvalho

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Faladepapagaio

Israel/Palestina: Ministro israelita sugere dividir "terrenos" de Gaza após "demolição"... O ministro radical israelita Bezalel Smotrich afirmou hoje que a "demolição" da Faixa de Gaza está concluída, e que é altura de "dividir os terrenos" do enclave para pagar os gastos da guerra.

© Lisi Niesner/Reuters    Lusa  17/09/2025

"Pagámos muito dinheiro pela guerra, por isso temos de decidir como dividir os terrenos em Gaza. A fase de demolição é sempre a primeira fase da renovação urbana. Já o fizemos, agora temos de começar a construir", disse Smotrich numa conferência imobiliária em Telavive, segundo a imprensa local. 

Ministro das Finanças, Smotrich e o seu colega de governo Itamar Ben-Gvir, que representam os colonos e meios mais radicais do país, são aliados do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

Pelas suas declarações de "repetido incitamento à violência contra as comunidades palestinianas", Smotrich foi alvo de sanções por parte de países como o Reino Unido, o Canadá, a Austrália, a Nova Zelândia e a Noruega.

As sanções incluem a proibição de entrada e o congelamento de quaisquer bens que possa ter nesses países.  

A Holanda e a Eslovénia impuseram as suas próprias sanções, e a Espanha proibiu-o de entrar no país.

A União Europeia apresentou também uma proposta aos seus Estados-membros para impor sanções a Smotrich e Ben-Gvir, o que implicaria o congelamento dos seus bens europeus e a proibição de entrar na UE.

As declarações do ministro radical de Netanyahu surgem dois dias depois de as tropas terem iniciado a anunciada incursão terrestre na Cidade de Gaza, procurando expulsar para a parte sul da Faixa os cerca de 600 mil palestinianos que ainda ali permanecem.

O exército israelita afirmou que as unidades da força aérea e de artilharia atacaram a cidade de Gaza mais de 150 vezes nos últimos dias, antes da chegada das tropas terrestres.

Os ataques derrubaram prédios em zonas densamente povoadas por acampamentos de tendas onde estão abrigados milhares de palestinianos.

Israel afirma que estas torres estão a ser utilizadas pelo Hamas para vigiar as tropas.

Para permitir a fuga de mais palestinianos da cidade de Gaza, Israel abriu outro corredor no sul da cidade de Gaza durante dois dias, a partir de hoje.

Em fevereiro passado, o presidente norte-americano, Donald Trump, manifestou desejo de transformar a devastada Faixa de Gaza numa "Riviera do Médio Oriente", expulsando os dois milhões de habitantes do enclave para países vizinhos, como a Jordânia e o Egito.

No início de setembro, o The Washington Post publicou em exclusivo um documento da administração Trump que delineava um dos possíveis planos para Gaza após o fim da ofensiva israelita.

O documento de 38 páginas detalhava que o enclave palestiniano seria controlado sob tutela dos Estados Unidos - entregue por Israel - durante pelo menos 10 anos e exigiria a deslocalização, pelo menos temporária, dos dois milhões de habitantes de Gaza durante a reconstrução.

O plano levanta a possibilidade de os EUA liderarem a reconstrução de Gaza, com financiamento de investidores dos setores público e privado, que desenvolveriam grandes projetos comerciais, incluindo estâncias turísticas. 

Mais de 65 mil palestinianos foram mortos na guerra entre Israel e o grupo islamita Hamas na Faixa de Gaza, declarou hoje o Ministério da Saúde do enclave palestiniano.

O Ministério da Saúde, controlado pelo Hamas, afirmou que o número de mortos subiu para 65.062 e que 165.697 foram feridas desde o início do conflito, que ocorreu após o ataque do grupo palestiniano ao território israelita em 07 de outubro de 2023.

A ofensiva israelita destruiu vastas áreas da Faixa de Gaza, desalojou cerca de 90% da população e provocou uma crise humanitária catastrófica, com os especialistas a anunciarem que as pessoas estão a passar fome no enclave.

O Ministério da Saúde de Gaza, cujos números são considerados fiáveis pela ONU, não referiu quantos mortos eram civis ou militantes, mas afirmou que as mulheres e as crianças representam cerca de metade das mortes. 

Um relatório de uma comissão especializada da ONU concluiu na terça-feira que a guerra que Israel trava na Faixa de Gaza, em retaliação contra um ataque terrorista do Hamas em território israelita, constitui um genocídio.


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O Ministério da Defesa de Israel anunciou hoje a conclusão do desenvolvimento de uma arma a laser que estará operacional até ao final do ano e que será integrada no escudo de defesa antimíssil Cúpula de Ferro, oferecendo uma camada adicional de proteção.



Líder do Hamas reaparece após ataque israelita no Qatar... Ghazi Hamad, um dos principais líderes do Hamas, reapareceu hoje, tornando-se o primeiro alto responsável do movimento islamita a surgir desde o ataque israelita em Doha, a 09 de setembro.

© Laurent Van der Stockt/Getty Images   Lusa   17/09/2025 

"Começámos a estudar a proposta norte-americana de cessar-fogo em Gaza" nesse dia 09 de setembro, disse Hamad, numa entrevista em direto no canal televisivo Al Jazeera, referindo-se à reunião de dirigentes do Hamas visada pela ofensiva israelita. 

O dirigente do Hamas confirmou que o grupo soube "tratar-se de um ataque israelita", denunciando o disparo de "cerca de 12 mísseis em menos de um minuto" e classificando a ação como "uma agressão traiçoeira" contra o movimento e contra o Qatar, país mediador das negociações para um cessar-fogo em Gaza.

Segundo fontes próximas do Hamas, outros cinco dirigentes estavam presentes no edifício atingido: Khalil al-Hayya, negociador-chefe; Khaled Meshaal, antigo número um do grupo; Zaher Jabarine, responsável pela Cisjordânia; bem como Bassem Naim e Taher al-Nounou, membros do gabinete político.

Um filho de Khalil al-Hayya foi morto no ataque, embora o Hamas tenha insistido que o dirigente sobreviveu, sem apresentar provas.

Israel confirmou que o ataque contra a capital qatari tinha como alvo uma reunião de negociadores do Hamas que discutiam uma proposta de Washington para um cessar-fogo em Gaza.

'Número dois' do Kremlin demite-se após criticar guerra na Ucrânia... O 'número dois' da administração do Kremlin, Dmitri Kozak, demitiu-se do cargo depois de meios de comunicação ocidentais terem divulgado a sua oposição à continuação da guerra na Ucrânia, noticiou hoje o diário RBC.

© Julien Behal - PA Images/PA Images via Getty Images   Lusa   17/09/2025

Duas fontes oficiais confirmaram ao jornal que Kozak se demitiu de vice-chefe do Governo de iniciativa presidencial russo por iniciativa própria e que deverá despedir-se hoje dos seus subordinados da equipa do Presidente, Vladimir Putin. 

A confirmar-se, este será o primeiro caso de demissão de um alto responsável russo devido às suas críticas à guerra da Rússia na Ucrânia, uma atitude que tem sido perseguida a todos os níveis da sociedade desde a invasão do país vizinho, em fevereiro de 2022.

Segundo o diário Vedomosti, Kozak, de 66 anos, assumirá o cargo de representante plenipotenciário de Putin no distrito federal do noroeste, embora outros meios de comunicação social apontem para a possibilidade de assumir um cargo no mundo empresarial.

Tal como o diário norte-americano The New York Times noticiou em meados de agosto, Kozak tentou convencer Putin a suspender a campanha militar na Ucrânia.

Durante muitos anos um dos mais próximos colaboradores do Presidente, Kozak terá mesmo apresentado um plano para o fim da ofensiva militar e proposto também a reforma do sistema judicial e o reforço do controlo sobre as forças de segurança.

Crê-se que o vice-líder da administração presidencial russa advertiu Putin, em 2022, das consequências da guerra na Ucrânia e, uma vez iniciados os combates, voltou a defender um cessar-fogo, o que foi rejeitado pelo chefe de Estado.

Kozak também pediu aos seus interlocutores ocidentais argumentos para convencer o líder do Kremlin a pôr fim à guerra na Ucrânia, segundo o diário norte-americano.

Os especialistas consideram que Kozak perdeu, nos últimos anos, influência para outro vice-chefe da administração presidencial, Serguei Kiriyenko, que é um firme apoiante da chamada "operação militar especial".

Nascido na Ucrânia, Kozak estudou Direito em Leninegrado, de onde saiu para integrar a equipa de Putin em Moscovo, em 1999.

Desde então, foi, entre outras coisas, diretor de campanha do Presidente nas eleições presidenciais de 2004 e vice-primeiro-ministro entre 2008 e 2020, após o que foi trabalhar para o Kremlin.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia a cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado, em ofensivas com 'drones' (aeronaves não-tripuladas), alvos militares em território russo e na península da Crimeia, ilegalmente anexada por Moscovo em 2014.

No plano diplomático, a Rússia rejeitou até agora qualquer cessar-fogo prolongado e exige, para pôr fim ao conflito, que a Ucrânia lhe ceda quatro regiões -- Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia - além da península da Crimeia anexada em 2014, e renuncie para sempre a aderir à NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental).

Estas condições são consideradas inaceitáveis pela Ucrânia, que, juntamente com os aliados europeus, exige um cessar-fogo incondicional de 30 dias antes de entabular negociações de paz com Moscovo.

Por seu lado, a Rússia considera que aceitar tal oferta permitiria às forças ucranianas, em dificuldades na frente de batalha, rearmar-se, graças aos abastecimentos militares ocidentais.