segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Trump quebra silêncio sobre ausência e especulações sobre a sua morte... Até então, o presidente dos Estados Unidos ainda não se tinha pronunciado sobre a agitação que causou a sua ausência nos últimos dias, embora estivesse muito ativo na sua rede social, a Truth Social.

©ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/AFP via Getty Images   Notícias ao Minuto   01/09/2025

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quebrou, finalmente, o silêncio sobre a sua ausência dos últimos dias. Depois de ter aparecido em público, acabando com a especulação, nomeadamente sobre uma eventual morte, o chefe de Estado disse que "nunca" se sentiu "melhor" em toda a sua vida. 

Esta declaração surgiu na sua rede social, a Truth Social, em resposta a uma publicação do comentador político de direita norte-americano Rogan O'Handley, mais conhecido como DC Draino. 

"Joe Biden passava vários dias sem aparecer em público e os meios de comunicação diziam que ele era 'perspicaz' e estava 'no auge da sua forma'. Enquanto isso, ele usava fraldas e tirava sestas. O presidente Trump dedica mais horas ao trabalho público do que qualquer outro presidente dos Estados Unidos na história, e a mídia entra em pânico se ele desaparece por 24 horas", escreveu o comentador. 

Trump aproveitou e comentou a publicação na sua página: "Nunca me senti melhor na minha vida".

Note-se que o presidente dos Estados Unidos passou o fim de semana a jogar golfe e foi fotografado vestido a rigor, naquela que foram as primeiras aparições públicas após dias de ausência. 

Numa altura em que crescem as preocupações em torno do seu estado de saúde, esta ausência fez aumentar as especulações. Nas redes sociais, começaram a surgir teorias, uma vez que a Casa Branca não deu qualquer explicação, e o nome do chefe de Estado norte-americano chegou às tendências, nomeadamente através de frases como "Onde está Trump?" ou "Trump está morto". 

É de realçar que Trump não era visto em público desde dia 26 de agosto, altura em que um grande hematoma nas costas da sua mão direita voltou a roubar as atenções, sobretudo por não ser a primeira vez que o chefe de Estado aparece com uma contusão semelhante. Além disso, já apareceu também com os tornozelos inchados.

Em julho, a Casa Branca confirmou um diagnóstico de insuficiência venosa crónica. No entanto, assegurou que não foram encontrados indícios de "trombose venosa profunda ou doença arterial".

Além da ausência de Trump e dos hematomas visíveis, também as palavras do vice-presidente dos Estados Unidos contribuíram para adensar os rumores. É que, em 27 de agosto, perguntaram a JD Vance se este estaria preparado para assumir a presidência caso acontecesse uma "terrível tragédia", uma possibilidade que não descartou, apesar de salientar que Trump está em ótima forma.

"Ele é a última pessoa a fazer telefonemas à noite e a primeira a acordar e a fazer telefonemas pela manhã", começou por dizer Vance, numa entrevista ao USA Today. "Sim, tragédias terríveis acontecem. Mas estou muito confiante de que o presidente dos Estados Unidos está em boa forma, vai cumprir o resto do seu mandato e fazer grandes coisas pelo povo americano", continuou.

"E se - Deus me livre, acontecer uma tragédia terrível - não consigo pensar em melhor formação profissional do que a que recebi nos últimos 200 dias", completou.

A verdade é que, desde que assumiu o cargo, houve várias ocasiões em que o presidente desapareceu da vista do público e, apesar de não ter eventos agendados e de não surgir em público, Trump esteve sempre ativo na sua rede social, a Truth Social.

Ainda assim, os utilizadores mais ativos conseguiram ser imaginativos e aproveitaram a ocasião para brincar com o assunto, ao ponto de tornar o nome do presidente dos Estados Unidos num dos mais pesquisados não só nas redes sociais, mas também em motores de busca. 

Houve ainda quem tivesse destacado um aumento significativo nos pedidos online de pizza perto de agências governamentais, como o Pentágono, lembrando que ocorreu algo semelhante em junho, na noite em que Trump anunciou um ataque contra o Irão. Desta forma, muitos associaram este aumento a um sinal de que algo se passava no Pentágono. 

De notar que, em abril, a Casa Branca divulgou um boletim de saúde que apontou que Trump tinha "uma excelente saúde cognitiva e física".

"O presidente Trump goza de excelente saúde cognitiva e física e está totalmente apto para servir como chefe de Estado e comandante-chefe" das Forças Armadas, referia o relatório.

Note-se que Trump concluirá o seu segundo mandato aos 82 anos, em janeiro de 2029.


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Rebeldes hutis do Iémen lançam míssil contra petroleiro no Mar Vermelho... Os rebeldes hutis do Iémen lançaram um míssil contra um petroleiro ao largo da costa da Arábia Saudita, no Mar Vermelho, informou hoje um porta-voz militar.

© Lusa   01/09/2025

O porta-voz huti, general Yahya Saree, assumiu a responsabilidade pelo lançamento numa mensagem pré-gravada transmitida pela al-Masirah, um canal de notícias por satélite controlado pelos hutis, alegando que a embarcação, a Scarlet Ray, tinha ligações a Israel. 

O Centro de Operações Comerciais Marítimas do Reino Unido, do exército britânico, que monitoriza a navegação no Médio Oriente, tinha informado anteriormente que um navio ouviu um estrondo perto de Yanbu, na Arábia Saudita.

De novembro de 2023 a dezembro de 2024, os hutis visaram mais de 100 navios com mísseis e drones durante a guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.

Até agora, quatro embarcações afundaram, matando pelo menos oito pessoas.

Os rebeldes iemenitas lançaram centenas de ataques contra Israel e a navegação comercial no Mar Vermelho desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em 7 de outubro de 2023.

O objetivo é prejudicar economicamente Israel e abrir uma nova frente de conflito em apoio ao Hamas, o grupo radical islâmico que governa a Faixa de Gaza desde 2007.

Os hutis fazem parte do chamado "eixo de resistência" a Israel, liderado pelo Irão, que integra grupos extremistas como os palestinianos Hamas e Jihad Islâmica e o Hezbollah libanês.

Os ataques reduziram o fluxo de comércio através do corredor do Mar Vermelho.

Fundado por Hussein al-Houthi, morto em 2004 pelo exército iemenita, o grupo xiita está em guerra há mais de uma década com o governo exilado do Iémen, apoiado pela Arábia Saudita.

Os rebeldes controlam grande parte do país, considerado o mais pobre da Península da Arábia.


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Abu Obeia, que foi porta-voz das Brigadas al Qasam entre 2007 e 2025, foi morto pelas tropas israelitas num ataque em Gaza. A sua identidade nunca foi revelada, mas Israel e os EUA acreditam tratar-se de Hudayfa Samir Abdallah al‑Kahlout.


Ucrânia/Rússia: Crise "é resultado de golpe de Estado na Ucrânia, provocado por Ocidente"... O presidente da Rússia, Vladimir Putin, defendeu hoje a ofensiva militar russa na Ucrânia, acusando o Ocidente de ter desencadeado o conflito, durante uma cimeira sobre segurança organizada no nordeste da China.

© Contributor/Getty Images    Lusa   01/09/2025 

"Esta crise não foi desencadeada pelo ataque da Rússia à Ucrânia. É o resultado de um golpe de Estado na Ucrânia, que foi apoiado e provocado pelo Ocidente", afirmou Putin, durante a reunião da Organização de Cooperação de Xangai (SCO, na sigla em inglês). 

A declaração refere-se aos protestos pró-Ocidente do Maidan, que em 2014 forçaram a queda do então Presidente ucraniano pró-russo, Viktor Yanukovych. Na sequência, Moscovo anexou a península da Crimeia e passou a apoiar grupos separatistas no leste da Ucrânia, desencadeando um conflito civil.

"A segunda causa da crise são as constantes tentativas do Ocidente de atrair a Ucrânia para a NATO", acrescentou o chefe de Estado russo.

Putin discursou perante os seus principais aliados: o Presidente chinês, Xi Jinping, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian.

"Valorizamos profundamente os esforços e as propostas da China, da Índia e de outros parceiros estratégicos para contribuir para a resolução da crise ucraniana", afirmou Putin.

As propostas de paz entre Moscovo e Kiev têm fracassado, apesar dos apelos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a celebração de um acordo.

Putin tem rejeitado um cessar-fogo, exigindo que a Ucrânia ceda mais território e renuncie ao apoio ocidental. Kiev recusou, considerando as exigências inaceitáveis.

A SCO é apresentada por Pequim e Moscovo como um contraponto à NATO.

No entanto, ao contrário da NATO, a SCO não possui cláusulas de defesa mútua e apresenta-se como uma plataforma de cooperação política, económica e em matéria de segurança.

À margem da cimeira de Tianjin, Putin deverá reunir-se hoje com os Presidentes da Turquia e do Irão e com o primeiro-ministro da Índia. Xi Jinping e Putin deverão ter um encontro bilateral na terça-feira, em Pequim.


domingo, 31 de agosto de 2025

Zelensky anuncia "novos ataques profundos" contra posições russas... O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou hoje "novos ataques profundos" para contrariar as ofensivas das forças russas.

Por LUSA 

"Continuaremos com as nossas operações, tal como são necessárias para a defesa da Ucrânia. As forças armadas estão preparadas. Também estão previstos novos ataques profundos", disse Zelensky na sua conta na rede social X, após um encontro com o general Oleksandr Sirki.

A Ucrânia intensificou os ataques contra a infraestrutura energética russa, sublinhou o Presidente ucraniano.

Segundo Zelensky, as unidades ucranianas continuam "a cumprir as tarefas atribuídas na região de Donetsk e a destruir metodicamente o ocupante [forças russas]".

"Em toda a frente, só nos primeiros oito meses deste ano, os russos perderam mais de 290.000 soldados, entre mortos e feridos graves. A maioria destas perdas ocorreu precisamente na região de Donetsk, sem que nenhum dos seus objetivos estratégicos fosse alcançado. Em certos setores da frente, as nossas medidas de estabilização estão em curso", acrescentou.


Leia Também: Israel confirma morte do porta-voz do braço armado do Hamas

O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, confirmou hoje a morte do porta-voz do braço armado do Hamas (Brigadas al Qasam), Abu Obeida, num bombardeamento lançado no sábado contra a cidade de Gaza.


Bissau, 31 de Agosto de 2025, O grupo Santy Comercial promete mover uma queixa crime contra o Secretário-Geral da Associação de Consumidores de Bens e Serviços (ACOBES), Bambo Sanhá.

A garatia é do seu advogado, Rivaldo Cá durante uma conferência de imprensa realizada no hotel Ceiba.

CAP GB

ORDEM DOS MÉDICOS ALERTA PARA FALTA DE CONFIANÇA NO SISTEMA DE SAÚDE NACIONAL

 

Por  Rádio Sol Mansi | 31.08.2025

O Bastonário da Ordem dos Médicos da Guiné-Bissau, Elísio Pedro Indi, alertou que “não há qualidade nem confiança no setor da saúde pública nacional, tanto por parte dos cidadãos como dos próprios governantes”.

Em entrevista à Rádio Sol Mansi, no fim de semana, no quadro do balanço de um ano de mandato, Indi frisou que “é tempo de juntar forças e arrumar a casa”, lamentando a falta de reposição de profissionais de saúde que abandonem os serviços. “Temos quase unidades hospitalares desertas e quando os profissionais abandonam sem serem substituídos, é lamentável. E quando é assim, não há qualidade e confiança da nossa população no sistema sanitário”, acrescentou.

O responsável criticou ainda a dependência das elites políticas em relação a serviços de saúde estrangeiros. “Quando os nossos dirigentes continuam a procurar tratamento fora do país, mostram que a soberania que tanto exaltamos não existe. Precisamos trabalhar muito na nossa própria casa”, sublinhou.

Indi apelou, por fim, ao compromisso coletivo para a recuperação do sistema sanitário guineense. “Só com esforços internos poderemos devolver qualidade, confiança e dignidade à saúde pública do nosso país”, afirmou.

Paralelamente, a Ordem dos Médicos anunciou novas medidas de modernização e fortalecimento institucional. Entre elas, destacou-se a introdução de mecanismos de controlo, facilitação de pagamentos e o recurso a plataformas digitais, que segundo a direção visam “garantir maior transparência, eficiência e credibilidade, aproximando a instituição dos seus membros e da sociedade”.

Guiné-Bissau - Opinião: Um estudante só se torna imigrante quando é vítima da ausência de políticas públicas proativa ... O que está a acontecer no aeroporto Humberto Delgado não apenas nega os direitos dos estudantes, como também constitui uma clara violação da dignidade da pessoa humana.

Por  Rádio Capital Fm

Os estudantes investem os seus recursos desde a instrução dos processos na Embaixada de Portugal na Guiné-Bissau. Obtêm vistos, o que significa que cumpriram todos os requisitos exigidos. No entanto, ao chegarem a Lisboa, são interrogados com perguntas que soam mais a armadilhas do que a critérios legais: Quais são as cadeiras do teu curso? Qual é a morada onde vais ficar? Quem vai receber-te?

Ora, essas perguntas deveriam ser feitas no país de origem. Se os estudantes não soubessem responder, seria nesse momento que o pedido de visto deveria ser indeferido. Não faz sentido que, após a concessão do visto, já em território português, sejam impedidos de entrar, enfrentando o risco iminente de deportação para a Guiné-Bissau.

Esta situação é gravíssima, e muitos não imaginam os impactos futuros que estes traumas podem provocar nos processos de integração académica e social desses estudantes. Aliás, ao chegarem às suas faculdades, terão de enfrentar uma dupla dificuldade:

1. A adaptação natural que qualquer estudante internacional atravessa, tanto a nível cultural e social, quanto académico.

2. A carga traumática vivida no aeroporto, que inevitavelmente deixará marcas psicológicas, afetando o rendimento académico.

A solução passaria por acompanhamento contínuo de técnicos de psicopedagogia para ajudar a superar esses problemas. Contudo, o paradoxo é evidente: a mesma autoridade que deveria criar condições de acolhimento é a que, na prática, gera obstáculos. Depois, surpreendem-se com os baixos índices de conclusão de licenciaturas, dentro dos prazos normais, por parte de estudantes guineenses.

Alguns argumentam que este “rigor” no aeroporto se deve ao elevado número de cidadãos guineenses que utilizam os vistos de estudo como via para a imigração. Esse argumento pode ser parcialmente aceitável. Mas será legítimo, para combater esse fenómeno, violar leis e acordos internacionais sobre mobilidade e, pior ainda, desumanizar os estudantes? Será que todos os que chegam não têm a real intenção de estudar?

Os processos administrativos devem respeitar o princípio da individualidade — cada caso é um caso. As autoridades têm legitimidade para aplicar controlos rigorosos, sim, mas não podem assinar, com tais práticas, um “atestado de incompetência” na resolução de um problema que exige políticas públicas eficazes. Como costumo dizer: um estudante só se torna imigrante quando é vítima da ausência de políticas públicas produtivas.

Há pouco tempo, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal esteve em Bissau. Porque não foram estas questões discutidas com as autoridades guineenses?

Deixo aqui a minha total solidariedade para com os 41 estudantes atualmente retidos no aeroporto Humberto Delgado, em condições desumanas, sem alimentação adequada e tratados como criminosos. Expresso também o meu profundo reconhecimento à Associação de Estudantes da Guiné-Bissau em Lisboa (AEGBL), pelo trabalho incansável que tem desenvolvido na defesa dos direitos destes estudantes.

Samuel Alfredo Gomes, Presidente da Organização de Estudantes da Guiné-Bissau em Coimbra e ativista dos direitos humanos

Austrália: Milhares manifestam-se na Austrália contra imigração. As imagens... Milhares de pessoas manifestaram-se hoje na Austrália contra a imigração, com confrontos em algumas cidades com vários detidos e pelo menos dois polícias feridos, tendo os protestos merecido a condenação do Governo, por "disseminarem ódio" contra os estrangeiros.

© Recep Sakar/Anadolu via Getty Images     Lusa   31/08/2025 

A denominada 'Marcha pela Austrália' juntou milhares de manifestantes, segundo números oficiais, em cidades como Sidney e Melbourne, que instaram as autoridades a acabar com a "migração massiva" para o país. 

O ministro do Ambiente e Água, Murray Watt, expressou hoje a condenação do Governo aos protestos acusados de racistas e de serem amplificados por neonazis.

"Não apoiamos manifestações como esta, que têm como objetivo disseminar o ódio e dividir a nossa comunidade", disse Watt em declarações à televisão Sky News.

De acordo com um comunicado da polícia de Victoria, citado por esta televisão, pelo menos seis pessoas foram detidas e dois agentes ficaram feridos durante uma manifestação em que houve "confrontos e violência".

Cerca de 15 mil pessoas saíram à rua em Adelaide, numa manifestação em que os participantes se comportaram, "de forma geral, corretamente", segundo a polícia, mas que ficou marcada pela detenção de três pessoas, uma delas por atacar polícias ali presentes.

A Sky News relatou que o protesto em Sidney teve uma adesão semelhante e registou uma detenção.

O Governo australiano enfrenta fortes pressões para reduzir os níveis de imigração devido aos elevados custos da habitação no país, sobretudo nas principais cidades como Sidney ou Melbourne.


Leia Também: Irão rejeita envolvimento em ataques contra judeus na Austrália

Netanyahu confirma ataque contra porta-voz do braço armado do Hamas... O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou hoje que as forças israelitas tentaram matar no sábado o porta-voz do braço armado do Hamas (Brigadas al Qasam), Abu Obeida.

© Reuters    Lusa    31/08/2025

"O Shin Bet (agência de inteligência interna) e as Forças de Defesa de Israel atacaram o porta-voz do Hamas, Abu Obeida", declarou Netanyahu no início da reunião do seu gabinete de Governo, numa referência a um bombardeamento perpetrado no sábado contra o bairro de Al Rimal, na cidade de Gaza. 

"Ainda não sabemos o resultado final", afirmou, de acordo com um comunicado, acrescentando: "Espero que ele já não esteja entre nós, mas, por enquanto, não há informações claras por parte do Hamas. Então, serão as próximas horas e dias que determinarão isso".

Netanyahu mencionou também, na ocasião, o regresso a Israel, nos últimos dias, dos corpos de dois reféns -- um dos quais o luso-israelita Idan Shtivi.

Por outro lado, e numa mensagem dirigida aos rebeldes huthis do Iémen, Netanyahu congratulou-se pelo facto de as forças israelitas terem liquidado "a maior parte do Governo huthi e outros altos oficiais militares", depois de os bombardeamentos de quinta-feira terem matado o primeiro-ministro huthi, Ahmed al Rahawi, além de vários dos seus ministros, conforme confirmado pelo grupo rebelde, aliado do Irão.

"Estamos a fazer o que ninguém fez antes. E isto é apenas o início dos golpes desferidos contra altos funcionários em Sana: chegaremos a todos", afirmou o líder israelita.

O líder israelita reforçou que o ataque de quinta-feira contra a cúpula do governo huthi do Iémen "é apenas o começo" de uma série de ofensivas para acabar com o movimento.

Os huthis, que controlam a capital iemenita e outras zonas do norte e oeste do país desde 2015, lançaram vários ataques contra o território de Israel e contra navios com algum tipo de ligação israelita, na sequência da ofensiva desencadeada contra Gaza após os ataques perpetrados em 07 de outubro de 2023 pelo Hamas.

Além disso, atacaram navios e outros bens estratégicos americanos e britânicos em resposta aos bombardeamentos destes países contra o Iémen, numa intervenção que Washington e Londres justificam com a sua vontade de garantir a segurança da navegação na região. No entanto, em maio, os huthis aderiram a um cessar-fogo anunciado pelos Estados Unidos.


Leia Também: Netanyahu confirma negociações sobre zona desmilitarizada no sul da Síria

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, confirmou hoje negociações em curso sobre uma zona desmilitarizada no sul da Síria e abertura de um corredor humanitário para apoiar a comunidade da minoria drusa na região.

EXCLUSIVO: 41 ESTUDANTES GUINEENSES RETIDOS NO AEROPORTO DE LISBOA.


Por Radio TV Bantaba

sábado, 30 de agosto de 2025

‼️URGENTE ‼️41 ESTUDANTES GUINENSES ESTÃO RETIDOS NO AEROPORTO INTERNACIONAL DE LISBOA

Por Radio Sintchan ôcco / TVSO/AEGBL, 30.08.2025

A Associação de Estudantes da Guiné-Bissau em Lisboa (AEGBL) informa que, no voo da Air Atlantic (Bissau–Lisboa) de sexta-feira, 31 estudantes foram barrados no Aeroporto de Lisboa, sob a alegação de não reunirem os requisitos exigidos para entrada em território português.

Informado, o presidente e outros membros da Associação acompanharam a situação durante toda a noite no aeroporto, procurando prestar apoio direto aos estudantes afetados.

Para reforçar a defesa dos direitos dos estudantes, foi ainda convocado o advogado da Associação que, prontamente, se disponibilizou a intervir. Não obstante, a situação mantém-se de grande complexidade e dificuldade.

No momento em que fazemos esta comunicação, 10 estudantes, provenientes do voo da TAP desta noite, foram igualmente barrados, elevando para 41 o número total de estudantes nesta condição, com forte possibilidade de agravamento do cenário.

Perante esta situação, a AEGBL apela às autoridades guineenses, tanto em Portugal como na Guiné-Bissau a assumirem  plenamente as suas responsabilidades institucionais e que estabeleçam, com caráter de urgência, um diálogo direto com as autoridades portuguesas. Tal iniciativa revela-se imprescindível para a resolução célere desta situação, evitando, assim, que os nossos irmãos sejam submetidos a processos de repatriamento.


Israel confirma ter matado primeiro-ministro do governo Huthi do Iémen... O exército israelita confirmou hoje em comunicado ter matado o primeiro-ministro do governo do Iémen controlado pelo grupo rebelde islamista Huthi, Ahmed Al-Rahawi, na quinta-feira, num ataque à capital iemenita, Sana.

© Getty Images    Lusa   30/08/2025 

Os Huthis já tinham anunciado a morte de Ahmed al-Rahawi e de vários ministros num ataque aéreo israelita.

As forças armadas israelitas disseram na quinta-feira ter atingido "com precisão um alvo militar do regime terrorista Huthi na área de Sana no Iémen".

Hoje, o exército israelita precisou que nas instalações atacadas se encontravam "altos oficiais militares e outros altos funcionários do regime terrorista Huthi" e que o primeiro-ministro foi morto "juntamente com outros altos oficiais Huthi".

Informações dos serviços secretos e "um ciclo operacional rápido, que decorreu em poucas horas" tornaram possível o ataque, adiantou.

Os Huthis prometeram hoje vingar a morte de Ahmed al-Rahawi e anunciaram a nomeação de Mohammed Ahmad Mouftah como primeiro-ministro interino.

Os rebeldes, cujo regime tem o apoio do Irão, têm lançado vários ataques de mísseis contra Israel desde que o Estado judaico iniciou a guerra contra o grupo radical palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, em outubro de 2023.


Leia Também: Huthis prometem vingar a morte do primeiro-ministro em ataque de Israel

O grupo de rebeldes islamistas huthis do Iémen prometeram hoje vingar a morte do primeiro-ministro, Ahmed al-Rahawi, num ataque aéreo israelita, e anunciaram um sucessor interino.

Burocracia no Aeroporto Humberto Delgado: A Dificuldade dos Estudantes Guineenses em Entrar em Portugal

Por: Cadafi Dias.  Radio TV Bantaba
A Frustração de Sonhos Desfeitos e a Humilhação de Jovens que Buscam um Futuro Melhor  

O que presenciei ontem no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, revela um cenário alarmante de desrespeito para com jovens guineenses que chegam a Portugal pela primeira vez para estudar. Diversos estudantes, mesmo com visto de estudo em mãos, foram impedidos de entrar no país e correm o risco de ser deportados para a Guiné-Bissau.  

Nos últimos anos, Portugal tem se consolidado como um destino atrativo para estudantes da Guiné-Bissau, principalmente pela língua comum, pela qualidade do ensino superior e pela promessa de um futuro melhor. 

No entanto, a chegada a este país, para muitos, não é marcada apenas pela esperança, mas também pela burocracia excessiva e tratamentos humilhantes nas fronteiras.  

Embora os estudantes possuam vistos concedidos pelas autoridades consulares portuguesas, que atestam o cumprimento dos requisitos legais, o tratamento que recebem ao chegar ao aeroporto muitas vezes é de total desconfiança. 

O que deveria ser um momento de boas-vindas transforma-se, na prática, em um pesadelo. São submetidos a interrogatórios prolongados, retenções desnecessárias e, em alguns casos, chegam a ser tratados como suspeitos de imigração irregular.  

Esta contradição levanta sérias questões: se o consulado português já validou os documentos e o pedido de visto, por que razão a fronteira parece reviver essas desconfianças? O problema não é apenas burocrático. Ele toca na dignidade humana e reflete uma política que, para muitos, parece ter como alvo específico os estudantes guineenses.  

Relatos de humilhação e discriminação se multiplicam, com muitos jovens a afirmarem que, apesar de estarem com toda a documentação em dia, são tratados como cidadãos de segunda classe. Esse tipo de experiência tem gerado um forte impacto psicológico, transformando a chegada a Portugal – um momento de expectativas e conquistas – em uma vivência traumática.  

As autoridades justificam a abordagem com alegações de “suspeita de fraude documental” ou “risco de imigração irregular”. Contudo, estas generalizações afetam, sobretudo, estudantes guineenses, criando um clima de desconfiança e alimentando um ciclo de exclusão e discriminação. Para muitos, parece que o simples fato de virem da Guiné-Bissau é, por si só, uma suspeita.  

É crucial questionar: se o consulado já verificou a documentação e entrevistou os candidatos antes de conceder o visto, por que razão persistem as suspeitas na fronteira? Esta abordagem contraditória mina o propósito de promover uma cooperação educacional eficaz entre os países de língua portuguesa, e reforça uma narrativa de desconfiança mútua.  

A forma como Portugal lida com a chegada destes jovens não é apenas uma questão administrativa. Trata-se de uma questão de respeito e humanidade. Em um país que se orgulha de seus laços históricos com o continente africano, é fundamental refletir se o tratamento dado a esses estudantes reflete os valores de solidariedade, justiça e inclusão que o país defende.  

Ministério da Administração Territorial e Poder Local da Guiné-Bissau: NOTA DE ESCLARECIMENTO 👇

 




Ministério da Administração Territorial e Poder Local da Guiné-Bissau

Bombeiros russos combatem incêndio próximo de alegado palácio de Putin... Os bombeiros russos continuam hoje os esforços para extinguir um grande incêndio florestal iniciado por um drone ucraniano nas margens do Mar Negro, nas proximidades de um palácio que alegadamente pertenceria ao Presidente da Rússia.

© MIKHAIL METZEL/POOL/AFP via Getty Images. Por LUSA 

Mais de 400 especialistas continuam a combater o incêndio florestal em Gelendzhik. São auxiliados pela aviação do Ministério de Emergências da Rússia: uma aeronave anfíbia Be-200DhS, um Il-76 e dois helicópteros Mi-8", informaram os serviços de emergências na rede social Telegram.

Um total de 102 veículos de combate a incêndios está a participar na extinção do incêndio. O incêndio começou na manhã de quinta-feira, após a queda de um drone ucraniano perto da cidade de Krinitsa, no distrito de Gelendzhik. O fogo cobria inicialmente cerca de 200 metros quadrados, mas alastrou para 42,5 hectares.

As chamas estão localizadas a cerca de dez quilómetros de um luxuoso palácio estimado em mais de mil milhões de dólares, que o opositor Alexei Navalny - que morreu na prisão em 2024 - atribuiu ao Presidente Vladimir Putin num documentário lançado no início de 2021.

Putin negou que o palácio fosse sua propriedade ou pertencesse a algum dos seus familiares.

Também hoje, a Ucrânia atacou com drones várias regiões da Rússia, nomeadamente Krasnodar, Crimeia, Rostov, Bryansk, Belgorod, Smolensk, Kaluga, Tver, Tula e Kursk, confirmaram as autoridades russas.

Um incêndio deflagrou durante a manhã numa empresa na região russa de Krasnodar, na costa do Mar Negro, após a queda de um drone ucraniano.

O aeroporto do resort de Sochi teve de fechar temporariamente, uma medida que afetou pelo menos 18 voos. Na República da Adiguésia, no norte do Cáucaso, um civil ficou ferido e várias casas foram danificadas, segundo a autoridade local Murat Kumpilov.

O Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia confirmou os vários ataques à Rússia e indicou que tinham nomeadamente como alvo as refinarias de Krasnodar e Samara, às quais atribuiu o abastecimento de combustível ao exército russo.

Um ataque lançado pela Rússia esta madrugada fez pelo menos um morto e 23 feridos na cidade ucraniana de Zaporijia, no leste do país, segundo informações inicialmente divulgadas pelas autoridades locais e posteriormente confirmadas pelo Presidente, Volodymyr Zelensky.

O ataque atingiu dois edifícios de cinco andares e cinco casas unifamiliares, explicou o chefe da administração regional ucraniana, Ivan Fedorov, no Telegram.

Zelensky, por sua vez, informou que há crianças entre os feridos. Para Zelensky, é "absolutamente evidente que Moscovo utilizou o tempo atribuído à preparação de uma reunião de líderes" entre os dois países para organizar, na realidade, "novos ataques massivos".

"A única forma de reabrir uma janela de oportunidade para a diplomacia é através de medidas enérgicas contra aqueles que financiam as forças armadas russas e sanções eficazes contra a própria Moscovo: sanções bancárias e energéticas", insistiu o Presidente ucraniano.

Rússia diz ter capturado outra cidade ucraniana na região de Dnipropetrovsk

Por LUSA 

As forças russas avançaram na região ucraniana de Dnipropetrovsk com a captura da cidade de Kamishevakha, declarou hoje o Ministério da Defesa russo.

"Unidades do grupo militar Vostok (Leste) libertaram a cidade de Kamishevakha, na República Popular de Donetsk", afirmou o comando militar russo no seu relatório na rede social Telegram.

De acordo com o Ministério da Defesa russo, as forças russas causaram mais de 250 baixas a quatro brigadas inimigas em três cidades em redor de Dnipropetrovsk.

O departamento militar da Rússia também relatou avanços russos noutros setores da frente, principalmente nas regiões de Kharkiv e Donetsk.

Em particular, reconheceu o ataque noturno massivo "contra empresas fabricantes de mísseis e equipamento aéreo e campos de aviação na Ucrânia", referindo que "os alvos foram destruídos".

A Rússia lançou um ataque em massa no sul da Ucrânia, informaram as autoridades locais, dois dias depois de um ataque aéreo no centro de Kyiv ter feito 23 mortos e danificando os escritórios diplomáticos da União Europeia (UE).

O ataque, ocorrido na madrugada de hoje, matou pelo menos um civil e feriu 28 pessoas, incluindo crianças, na região de Zaporijia, informou o governador Ivan Fedorov, onde foi atingido um edifício residencial de cinco andares.

A Rússia lançou 537 drones de ataque e de distração, além de 45 mísseis, segundo a Força Aérea ucraniana. As forças ucranianas abateram ou neutralizaram 510 drones e iscos, além de 38 mísseis, informaram as autoridades ucranianas.

COMUNICADO DE IMPRENSA DE API

 


ONU apela à diplomacia para terminar guerra após novos ataques a Kyiv... O secretário-geral adjunto da ONU para a Europa, Ásia Central e Américas congratulou-se hoje com os esforços diplomáticos para terminar o conflito armado entre a Rússia e a Ucrânia, mas lamentou o recrudescimento dos ataques em solo ucraniano.

© Getty Images  Lusa   30/08/2025 

"O número crescente de mortos e a devastação causada pela intensificação dos combates durante o verão contradizem os importantes esforços dos últimos meses para dar uma oportunidade à diplomacia", afirmou Miroslav Jenca.

 Na quinta-feira, bombardeamentos russos em Kyiv causaram a morte a pelo menos 23 pessoas.

Manifestando o seu pesar pela "escalada brutal de ataques aéreos" na Ucrânia, Jenca lembrou que os recentes bombardeamentos sobre Kyiv "são apenas os últimos".

No mês passado, indicou, "foi estabelecido um novo e trágico recorde de vítimas mensais", com 286 mortos e 1.388 feridos, o número mais alto desde maio de 2022.

Ainda assim, o alto funcionário das Nações Unidas agradeceu os esforços diplomáticos "liderados pelo Presidente dos Estados Unidos" para chegar a um acordo que permita a paz.

Entre eles, mencionou a reunião bilateral no Alasca entre os líderes norte-americano e russo, Donald Trump e Vladimir Putin, e a reunião de Trump, Zelenski e dos líderes europeus em Washington.

Por outro lado, o chefe da ONU alertou para um maior impacto da guerra sobre a população civil russa, onde também foram relatadas vítimas e ataques contra instalações como a central nuclear de Kursk.

"Também nos preocupa o impacto que a luta crescente terá na situação humanitária na Ucrânia, à medida que entramos no quarto inverno de uma guerra em grande escala", afirmou Jenca em relação à futura chegada de uma época de baixas temperaturas.

A ONU já prepara apoio específico para ajudar cerca de 1,7 milhões de pessoas e pediu "urgentemente" mais financiamento dos doadores para poder cobrir todas as necessidades.

"Exortamos todos os envolvidos a reduzirem urgentemente a escalada da situação e a redobrarem os esforços para criar condições que permitam uma ação diplomática inclusiva destinada ao cessar-fogo e a uma paz justa", concluiu o secretário-geral adjunto da ONU para a Europa, Ásia Central e Américas.


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Várias regiões ucranianas foram alvo de ataques russos esta manhã, que causaram pelo menos um morto na cidade de Zaporijia (sudeste), de acordo com as autoridades locais.

Estados Unidos: Navio de guerra dos EUA atravessa canal do Panamá em direção às Caraíbas... Um navio de guerra norte-americano entrou no canal do Panamá em direção às Caraíbas, testemunhou a agência France-Presse, numa altura em que os planos de destacamento militar de Washington naquela região está a provocar a reação venezuelana.

© Lusa   30/08/2025

O cruzador de mísseis guiados USS Lake Erie passou por volta das 21h30 locais (03h30 em Lisboa) por uma das eclusas do canal vindo do Pacífico, seguindo para leste em direção ao Atlântico, observaram jornalistas da agência de notícias France-Presse (AFP), apontando para uma travessia de oito horas para percorrer 80 quilómetros. 

O cruzador, com o número 70 em letras brancas no casco, permaneceu atracado nos últimos dois dias no porto de Rodman, na entrada do canal pelo lado do Pacífico.

Os Estados Unidos anunciaram o envio de vários navios de guerra para as Caraíbas com o objetivo de combater o narcotráfico internacional.

Washington anunciou, na semana passada, o envio de três contratorpedeiros para as costas da Venezuela. Na terça-feira, um responsável dos EUA, que pediu para não ser identificado, disse à AFP que o Presidente norte-americano, Donald Trump, decidiu enviar também o USS Lake Erie e o submarino de ataque nuclear USS Newport.

Em resposta, a Venezuela anunciou o destacamento de navios da Marinha e drones para patrulhar águas territoriais.

Washington e Caracas estão em conflito há vários anos, e Donald Trump veio acentuar a pressão sobre o homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, cuja reeleição em julho de 2024 não foi reconhecida pelos Estados Unidos, que na altura eram liderados pelo democrata Joe Biden.

No início de agosto, o Governo Trump duplicou para 50 milhões de dólares (42,7 milhões de euros) a recompensa oferecida por qualquer informação que levasse à prisão de Nicolás Maduro, acusado de liderar um "cartel narcoterrorista".


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O Governo venezuelano advertiu Washington que um ataque à Venezuela será uma "calamidade" e um "pesadelo" para os EUA, país que enviou forças militares para as Caraíbas, numa alegada operação contra o narcotráfico.

Marcelo, Trump e "ativo soviético": "É um factoide de verão"... O bloquista Francisco Louçã comentou as considerações do chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, que disse que Donald Trump atuava com um "ativo soviético", considerando que Trump e Vladimir Putin têm mesmo uma "convergência estratégica".

© Leonardo Negrão  noticiasaominuto.com

O antigo coordenador do Bloco de Esquerda Francisco Louçã, comentou, esta sexta-feira, as palavras do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que disse que o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, atuou como o "ativo soviético". 

Questionado acerca da possibilidade de as palavras do chefe de Estado poderem criar um incidente diplomático entre Lisboa e Washington, Louçã apontou, em declarações à SIC Notícias: "Não creio que chegue a isso. Acho que isto é um pouco um factoide de verão."

Note-se que as declarações de Marcelo Rebelo de Sousa foram mesmo notícia lá fora, dos meios de comunicação social ucranianos aos norte-americanos, também passando por publicações chinesas ou indianas.

"A expressão de que 'Trump é um ativo soviético' não tem sentido porque a União Soviética acabou há mais de 20 anos. A expressão ativo remete para romances de espionagem, e, portanto, parece ser desadequado. Que Trump tem uma convergência estratégica com Putin... Não há grande dúvida sobre isso, pois não? Desse ponto de vista, o Presidente está a apontar um facto da política internacional", considerou.

Para além das análises feitas lá fora, também o candidato presidencial, Henrique Gouveia e Melo falou - quando questionado - sobre o assunto. No Algarve, criticou a posição tomada, defendendo que qualquer pessoa no cargo de Presidente da República não deveria "fazer comentários pessoais" e que se fosse ele ocupar o cargo "não os teria feito".

Confrontando com as críticas de Gouveia e Melo e uma possível contenção nas palavras por parte de Marcelo, Louçã disse: "Que as pessoas mais próximas do 'trumpismo', como André Ventura ou Henrique Gouveia e Melo, se sintam ofendidos e saltem para a arena política para atacar o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa... isso é naturalíssimo".

Apesar da assertividade nas considerações, o bloquista sublinhou que achava que esta era uma situação a que achava que não devia ser dada "grande importância".

"Depois do jogo Sporting vs Porto esse assunto vai desaparecer da cena política portuguesa. Não tem grande relevância", apontou, acrescentando: "Mais significativo talvez seja que o Governo procure afirmar perante a embaixada norte-americana o seu desconforto com a posição do Presidente."


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Em entrevista à CNN Internacional, o especialista em defesa e segurança, Seth Jones, corroborou as declarações de Marcelo Rebelo de Sousa, afirmando que Vladimir Putin está a arrastar o presidente norte-americano e que a Rússia não demonstra seriedade para alcançar um acordo.

sexta-feira, 29 de agosto de 2025

A CNE anula o despacho de movimentação dos presidentes das Comissões Regionais de Eleições e abre concurso para preenchimento de vagas

Radio Sintchan ôcco

Segundo um despacho do Diretor dos Serviços de Administração, Finanças e Recursos Humanos, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) abriu um concurso para o preenchimento de vagas para os cargos de presidentes das Comissões Regionais de Eleições (CRE). Os interessados devem submeter as suas candidaturas até às 16 horas do dia 1.º de setembro de 2025.

Em virtude do anúncio do concurso público, datado de 22 de agosto do corrente ano, e cujo prazo de candidatura terminava a 1.º de setembro, o período foi agora prolongado até ao dia 5 de setembro.

De acordo com o despacho ao qual a Rádio e TV Sintchan Occo teve acesso, os candidatos não devem ter exercido mais de dois mandatos como presidentes da CRE.

Importa salientar que os presidentes das CRE cujas funções foram suspensas tinham assumido os cargos através de concurso público.

Os partidos da oposição manifestaram o seu desagrado quanto a estas movimentações, que ocorrem a apenas três meses das eleições gerais na Guiné-Bissau.    👇👇👇


Reguladores preocupados com expulsão da Lusa e RTP da Guiné-Bissau

Por LUSA 

Os membros da Plataforma de Entidades Reguladoras da Comunicação Social dos Países e Territórios de Língua Portuguesa (PER) acompanham com "elevada preocupação" a expulsão da Lusa e da RTP da Guiné-Bissau, apelando para a reversão da situação. 

Num comunicado, os membros da PER disseram que "acompanham com elevada preocupação os recentes acontecimentos relativos ao encerramento e expulsão das delegações da RTP África, RDP África e da Agência Lusa na Guiné-Bissau".

As delegações da Lusa, da RTP e da RDP foram expulsas da Guiné-Bissau em 15 de agosto, tendo as emissões sido suspensas, por decisão do Governo guineense.

Segundo o comunicado da PER, "os subscritores entendem que tais acontecimentos constituem constrangimentos graves ao exercício da liberdade de imprensa, ao trabalho dos jornalistas, ao direito do público à informação e ao pluralismo informativo, pilares fundamentais de um Estado de Direito".

A PER disse que a sua atuação "tem acentuado ao longo da sua atividade que o pluralismo dos media, dependente do exercício da liberdade de expressão e da liberdade de imprensa, é o principal garante da diversidade de perspetivas e da representação das várias sensibilidades políticas, sociais e culturais de uma comunidade".

Os membros da plataforma apelaram ainda aos governos de Portugal e da Guiné-Bissau para que "desenvolvam todos os esforços ao seu alcance com vista ao restabelecimento das condições necessárias para que as delegações da RTP África, RDP África e agência Lusa regressem ao pleno exercício da atividade jornalística na Guiné-Bissau".

Expressam ainda, perante os governos, "a sua disponibilidade para participar numa solução que permita a normalização da atividade jornalística" e reiteram "o seu empenho na promoção de um ambiente mediático livre, seguro e plural nos países de Língua Portuguesa".

O comunicado é subscrito pela Autoridade Reguladora para a Comunicação Social de Cabo Verde, pelo Conselho de Imprensa de Timor-Leste, pelo Conselho Nacional de Comunicação Social da Guiné-Bissau, pelo Conselho Superior de Imprensa de São Tomé e Príncipe e pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social de Portugal.

Rússia concentrou cem mil soldados junto da cidade-chave de Pokrovsk

Por LUSA 

A Rússia concentrou até 100 mil soldados perto de Pokrovsk, uma cidade-chave no leste da Ucrânia, afirmou hoje o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que pediu aos aliados ocidentais mais rapidez no fornecimento de armas a Kyiv.

"A situação na linha da frente está mais ou menos normal e controlada. O setor de Pokrovsk é o mais grave hoje. A concentração e a acumulação de tropas inimigas chegam aos 100 mil homens, até hoje de manhã", disse Zelensky em conferência de imprensa.

O  líder ucraniano acrescentou que os militares russos estão "a preparar ações ofensivas" e que é importante que o Exército de Kyiv esteja consciente dos seus planos e "no controlo" da situação.

A cidade de Pokrovsk, situada na província de Donetsk e que tinha cerca de 60 mil habitantes antes da invasão russa, em 24 de fevereiro de 2022, é um importante centro logístico para as forças ucranianas, no cruzamento de várias estradas da região.

As tropas russas aproximam-se da cidade por três lados há meses e estão agora a menos de cinco quilómetros, segundo os mapas atualizados diariamente pelo Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), um 'think tank' (grupo de reflexão) com sede em Washington que avalia a evolução do conflito.

Na semana passada, Zelensky já tinha declarado que Moscovo estava a concentrar unidades na parte ocupada da região de Zaporijia, no sul da Ucrânia, em preparação para uma potencial ofensiva, e hoje confirmou essa informação.

O Exército russo, que ocupa cerca de 20% do território ucraniano, entre o qual perto de 75% de Donetsk, tem progredido lentamente na região leste há mais de três anos, mas os seus avanços aceleraram nas últimas semanas.

Pela primeira vez, as tropas russas penetraram na região de Dnipropetrovsk, no centro-leste do país, uma evolução confirmada pelo Exército ucraniano, embora hoje Zelensky tenha indicado que a situação permanece sob controlo.

O presidente ucraniano pediu também que o programa de compra de armas norte-americanas com financiamento de países europeus "funcione mais rapidamente" e que o equipamento militar chegue o mais depressa possível às suas forças.

No âmbito deste programa, espera-se que a Alemanha, a Bélgica, os países escandinavos e também o Canadá contribuam com várias centenas de milhões de euros.

Apesar dos esforços do presidente norte-americano, Donald Trump, para aproximar Kyiv e Moscovo em direção a um acordo de paz, as partes continuam separadas pelas suas exigências negociais e que parecem inconciliáveis.

Na conferência de imprensa de hoje, Volodymyr Zelensky voltou a referir-se às garantias de segurança reivindicadas pela Ucrânia como forma de prevenir uma nova agressão russa em caso de acordo.

Segundo o líder ucraniano, vários países, entre os quais alguns esperados e outros "muito inesperados", estão teoricamente prontos para fornecer as garantias.

"Ainda não temos detalhes, porque acredito que a confirmação é quando um país fornece números específicos sobre o que está pronto para fazer", justificou, adicionando que não o faz "por intriga" e que apenas estava a partilhar com os jornalistas a informação disponível neste momento.

As declarações de Zelensky surgem num momento em que Kyiv tem em curso vários contactos diplomáticos, entre os quais um encontro previsto para hoje em Nova Iorque entre uma delegação ucraniana e o enviado da Casa Branca Steve Witkoff.


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Paris e Berlim vão fornecer mais defesas aéreas à Ucrânia, após os ataques russos maciços nas últimas semanas, indicou um comunicado conjunto emitido hoje após um encontro entre os líderes francês e alemão.


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A diplomacia russa condenou hoje os "insultos vulgares" do presidente francês, que recentemente apelidou o homólogo russo, Vladimir Putin, de "ogre" e "predador", enquanto Emmanuel Macron voltou a denunciar a "deriva autocrática" do Kremlin.


Justiça: DIREÇÃO DO SINDICATO DOS MAGISTRADOS JUDICIAIS DENUNCIA INTERFERÊNCIA E DEMITE-SE EM BLOCO

Por  Rádio Sol Mansi  29 08 2025

A Direção do Sindicato dos Magistrados Judiciais (ASMAGUI) apresentou, esta sexta-feira, a sua demissão em bloco, alegando fortes pressões da presidência do Supremo Tribunal de Justiça, liderada pelo juiz-conselheiro Arafam Mané.

De acordo com uma fonte próxima da organização sindical, a direção do Supremo tem-se imiscuído em matérias da competência exclusiva da estrutura sindical, numa tentativa de travar a adesão dos magistrados à greve de 30 dias prevista para iniciar a 1 de setembro.

Apesar da saída coletiva da direção, o movimento reivindicativo continua em curso. 

Os três sindicatos representativos da classe, Associação Sindical dos Magistrados Judiciais (ASMAGUI), Associação Sindical Livre dos Magistrados do Ministério Público da Guiné-Bissau (ASILMAMP-GB) e Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SIMAMP), entregaram recentemente ao Governo um novo pré-aviso de greve, exigindo o cumprimento da Lei n.º 5/2018, relativa ao estatuto remuneratório dos magistrados.

Outro ponto central do caderno reivindicativo prende-se com a melhoria das condições de trabalho e do funcionamento dos tribunais no país.

SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA FIXA O DIA 25 DE SETEMBRO COMO PRAZO FINAL PARA ENTREGA DE CANDIDATURAS ÀS ELEIÇÕES DE 23 DE NOVEMBRO

Por Rádio Sol Mansi  29.08.2025

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) emitiu um alerta para todos os partidos políticos legalmente registados que pretendem disputar as eleições legislativas antecipadas e presidenciais que a data lime para a entrega das candidaturas é o dia 25 de setembro.

Em comunicado divulgado esta sexta-feira (29 de agosto) o Supremo Tribunal de Justiça exorta as listas de candidaturas devem ser entregues, obrigatoriamente, em formato papel e digital, até o dia 25 de setembro. Este prazo é impreterível e segue o cronograma estabelecido pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).

De acordo com o STJ, os partidos que pretendam formar coligações eleitorais devem fazê-lo dentro dos limites da Lei n.º 2/91, de 9 de maio, nomeadamente o seu artigo 30.º. A comunicação da coligação deve ser dirigida ao STJ, até a mesma data limite para entrega das candidaturas.

No comunicado consultado pela Rádio Sol Mansi, a corte suprema guineense destaca que este procedimento deve ser formalizado por meio de um documento assinado pelos presidentes dos partidos coligados, conforme estipulado no artigo 130.º da Lei Eleitoral.

O STJ reforça que não serão aceitas candidaturas fora do prazo ou sem a documentação exigida, podendo comprometer a participação de partidos e coligações no pleito.