quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Rússia convoca reunião do Conselho de Segurança após ataque a Donetsk

© Tayfun Coskun/Anadolu Agency via Getty Images

POR LUSA    08/11/23 

A Rússia pediu uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU após o ataque com mísseis realizado na terça-feira pela Ucrânia na cidade de Donetsk, que provocou seis mortos e mais de 20 feridos.

"Esperamos que seja agendada para 08 de novembro às 23h00, horário de Moscovo" (20h00 em Lisboa), escreveu o vice-representante permanente da Rússia na ONU, Dmitri Polianski, na rede social Telegram.

Segundo o governador da região de Donetsk, Denis Pushilin [imposto pela Rússia], as forças armadas ucranianas realizaram na terça-feira um "triplo bombardeamento" com o sistema de lançamento múltiplo de foguetes norte-americano HIMARS contra o centro de Donetsk, cidade ucraniana ocupada pelas tropas russas desde 2014.

Segundo informações preliminares, pelo menos seis pessoas morreram no ataque.

Conforme relatado hoje pelo autarca da cidade, Alexei Kulemzin [imposto pela Rússia], seis homens e 19 mulheres também ficaram feridos, segundo a agência de notícias Interfax.

Pushilin indicou que quatro infraestruturas civis também foram danificadas no ataque.

Segundo o político, houve impacto direto na construção do Departamento de Trabalho e Proteção Social da População.



Leia Também: Kyiv diz que Rússia perdeu mais de 3.000 soldados na batalha em Avdivka

ISRAEL: Telavive anuncia morte de um dos responsáveis pelas armas do Hamas

© Lusa

POR LUSA   08/11/23 

O exército israelita anunciou hoje que eliminou um dos principais responsáveis pelas armas do movimento islamita Hamas em Gaza e comunicou a morte de um soldado no decorrer da ofensiva.

"Mohsen Abu Zina era um dos principais responsáveis pelas armas do Hamas e era um especialista no desenvolvimento de armas estratégicas e foguetes utilizados pelos terroristas do Hamas", afirmou o exército, em comunicado.

O exército matou Abu Zina com um míssil lançado por um caça, depois de ter recolhido informações militares sobre a sua localização, acrescentou.

Israel indicou ainda que, durante a noite, lançou um ataque contra um grupo de milicianos que "planeava lançar foguetes antitanque contra as forças do exército", matando "vários terroristas".

Por outro lado, as Forças de Defesa de Israel deram conta também da morte do sargento Yaacov Ozeri, membro do Corpo de Artilharia, durante os combates no norte da Faixa de Gaza, elevando para 31 o total de militares israelitas mortos na guerra contra o Hamas.

O exército israelita referiu que dois soldados ficaram gravemente feridos durante os combates noturnos, sem dar pormenores.

Em 07 de outubro, o Hamas lançou um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo mais de 1.400 mortos e mais de duas centenas de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é classificado como terrorista pela UE e pelos Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo em Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

A ofensiva israelita no enclave já causou mais de 10.300 mortos, quase 26.000 feridos e 2.450 desaparecidos, na maioria civis.



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G7 promete "firme apoio" a Kyiv mesmo com o conflito no Médio Oriente

© Lusa

POR LUSA  08/11/23 

Os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 prometeram hoje que o grupo vai permanecer unido no "firme apoio" à Ucrânia face à invasão russa, "mesmo na atual situação internacional", numa referência ao conflito Israel-Hamas.

Os membros do grupo, reunidos em Tóquio, comprometeram-se igualmente a continuar a impor "sanções severas" a Moscovo, a acelerar os esforços de reconstrução da Ucrânia a "médio e longo prazo" e a continuar a "trabalhar para um processo de paz".

A reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do Grupo dos sete países mais industrializados do mundo (Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido, Estados Unidos e Reino Unido), a que se juntou o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, começou na terça-feira e termina hoje, com uma conferência de imprensa da presidência, atualmente exercida pelo Japão.

"À medida que as tensões aumentam no Médio Oriente, é importante que o G7 se mantenha unido para enviar uma mensagem clara à comunidade internacional de que o nosso forte compromisso de apoiar a Ucrânia nunca irá vacilar", disse a ministra dos Negócios Estrangeiros japonesa.

Yoko Kamikawa fez a declaração no início do segundo dia de reuniões, numa sessão que durou cerca de 80 minutos.

Os chefes da diplomacia do G7 comprometeram-se também a acelerar os esforços de recuperação e reconstrução da Ucrânia e a trabalhar para uma "fórmula de paz" com os parceiros internacionais.

Durante as sessões desta tarde, o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmitry Kuleba, deverá também participar por videoconferência, indicou a presidência japonesa.


terça-feira, 7 de novembro de 2023

NIGÉRIA: Dois mortos em explosão na embaixada do Canadá na Nigéria

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POR LUSA   07/11/23 

Duas pessoas morreram, incluindo um funcionário local, e outras duas ficaram feridas numa explosão que aconteceu hoje na sala do gerador elétrico da embaixada do Canadá na Nigéria, comunicou a embaixada.

"Podemos confirmar que o restante pessoal da embaixada está a salvo e ileso", declarou a embaixada através de um comunicado.

A embaixada confirmou que foi iniciada uma investigação, em cooperação com as autoridades locais, sobre as causas do incidente, embora nesta fase "tudo aponte para um acidente e não para um ato deliberado".


Leia Também: Homens armados matam 13 estudantes numa escola corânica na Nigéria

Exército israelita diz que está a combater dentro da cidade de Gaza

© Saeed Qaq/Anadolu via Getty Images

POR LUSA    07/11/23 

O exército israelita, que está no seu primeiro mês de guerra contra o grupo islamita Hamas, anunciou hoje que as suas tropas estão a combater dentro da cidade palestiniana de Gaza pela primeira vez em anos.

"Pela primeira vez em décadas, as Forças de Defesa de Israel estão a combater no coração da cidade de Gaza", declarou hoje Yaron Finkelman, comandante do Comando Sul do exército israelita.

As tropas israelitas iniciaram operações militares dentro da Faixa de Gaza há cerca de dez dias, após semanas de contínuos ataques de artilharia a partir de solo israelita e bombardeamentos aéreos, e anunciaram no passado fim-de-semana um cerco das suas tropas à cidade de Gaza, a principal urbe do enclave palestiniano.

"Neste preciso momento, os nossos soldados estão a eliminar terroristas, a descobrir túneis, a destruir armas, enquanto continuam a avançar para o coração do inimigo", declarou o major Finkelman num comunicado militar.

Os soldados tomaram o controlo de um reduto militar do Hamas no 'coração' da cidade de Gaza e atacaram milicianos escondidos perto de um hospital, informaram hoje as Forças de Defesa de Israel, referindo que o exército continua a aprofundar e a alargar a ofensiva terrestre na Faixa de Gaza.

Segundo as informações do exército, as tropas parecem estar a concentrar os esforços na captura de centros de comando e controlo e na expulsão de membros do Hamas dos seus redutos nos arredores da populosa cidade, alguns dos quais, segundo oficiais israelitas, se situam perto ou sob os hospitais do enclave, sobrelotados de civis.

Os residentes do norte de Gaza relataram combates intensos durante a noite, que continuaram na manhã de hoje em áreas fora da cidade. O campo de refugiados de Shati, bairro construído na costa norte da cidade de Gaza, tem sido alvo de fortes bombardeamentos aéreos e marítimos nos últimos dois dias, segundo os residentes.

Israel declarou guerra ao Hamas há exatamente um mês, na sequência de um ataque do grupo islamita que causou mais de 1.400 mortos e mais de 240 reféns, enquanto a ofensiva israelita na Faixa de Gaza causou mais de 10.300 mortos, cerca de 26.000 feridos e 2.450 desaparecidos, a maioria civis. 

Na Guerra dos Seis Dias de 1967, Israel ocupou a Faixa de Gaza, território do qual se retirou em 2005, mas que mantém sob bloqueio aéreo, terrestre e marítimo.



Leia Também: Guterres recorda injustificáveis "atos de terror" do Hamas

Pelo menos 28 civis foram mortos pelo exército do Mali

© FLORENT VERGNES/AFP via Getty Images

POR LUSA   07/11/23 

Pelo menos 28 civis foram mortos, incluindo oito crianças, em ataques atribuídos ao exército maliano em Kidal, a 1.500 quilómetros da capital do Mali, anunciou hoje uma aliança de grupos armados predominantemente tuaregues. 

O Cadre Stratégique Permanent (CSP), Quadro Estratégico Permanente (na tradução em português) emitiu um comunicado dizendo que as pessoas tinham sido mortas à porta de uma escola em ataques usando "drones [aparelhos voadores não tripulados] de fabrico turco pertencentes ao exército maliano". 

Inicialmente, não houve qualquer reação por parte das autoridades malianas, segundo a agência noticiosa France-Presse (AFP). 

No sábado, o exército publicou nas redes sociais que tinha "neutralizado" vários alvos no dia anterior com os seus meios aéreos, que preparavam operações no interior do campo recentemente evacuado pela missão das Nações Unidas (MINUSMA).

Os acontecimentos de hoje foram os primeiros a causarem mortes em Kidal desde que a rebelião tuaregue retomou as hostilidades com o Estado, em agosto.

A insubordinação de Kidal e da sua região é um problema para o Governo, que em 2012 perdeu o controlo para os rebeldes que acordaram um cessar-fogo em 2014, mas acabam de retomar os ataques aos civis.

A revolta independentista de 2012 coincidiu com a entrada em ação de grupos radicais islâmicos.

Os terroristas nunca deixaram de combater o Estado central e as presenças estrangeiras, piorando a segurança do Mali, que se estendeu aos vizinhos Burkina Faso e Níger.

Desde agosto, o Norte do Mali é de novo palco de uma escalada entre os atores envolvidos (exército regular e rebeldes).

A retirada da MINUSMA, a pedido da junta que governa o país, desencadeou uma corrida ao controlo do território, com as autoridades centrais a exigirem o regresso dos campos, os rebeldes a oporem-se e os terroristas a tentarem aproveitar a situação para consolidarem o seu domínio.


Ministros da Rússia e Burkina Faso acordam reforço de cooperação militar

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POR LUSA   07/11/23 

O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, e o seu homólogo do Burkina Faso, Kassoum Coulibaly, em visita à Rússia, reuniram-se hoje e acordaram um reforço da cooperação militar entre os dois países, segundo comunicado russo.

O Burkina Faso, liderado por um regime militar desde o ano passado, tem procurado diversificar os seus parceiros e aproximou-se sobretudo da Rússia.

Os dois ministros da Defesa reunidos hoje em Moscovo concordaram hoje em "fortalecer os laços entre (seus países) no campo da defesa", lê-se no comunicado de imprensa do ministério russo.

Sergei Shoigu salientou que as relações entre os dois Estados "adotaram uma dinâmica positiva nos últimos anos".

E acrescentou: "Considero a reunião de hoje uma nova etapa no desenvolvimento das nossas relações de amizade".

Kassoum Coulibaly expressou o seu "apego" à parceria, de acordo com o comunicado de imprensa russo.

Num vídeo, também divulgado pelo Ministério da Defesa russo, os ministros apertam as mãos e participam em reunião com outros militares.

O Burkina Faso enfrenta, há vários anos, uma violência terrorista mortal e recorrente numa grande parte do seu território, que já provocou a morte de mais de 17 mil pessoas e mais de dois milhões de deslocados internos.

Em outubro, aquele país da região africana do Sahel assinou um acordo com a Rússia para a construção da primeira central nuclear no seu território.



Leia Também: Rússia condena três soldados ucranianos a 26 anos de prisão

ÁFRICA DO SUL: Ministra sul-africana e seguranças assaltados em plena autoestrada

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Notícias ao Minuto    07/11/23 

O carro da ministra dos transportes foi travado quando picos colocados na via furaram os pneus da viatura.

Uma ministra sul-africana foi assaltada na segunda-feira numa autoestrada perto de Joanesburgo, a maior cidade do país, quando um grupo intercetou a viatura onde seguia e desarmou os seus seguranças.

O carro da ministra dos transportes, Sindisiwe Chikunga, foi travado por picos colocados na estrada, que furaram os pneus da viatura e obrigaram-na a parar na berma da autoestrada, a sul de Joanesburgo.

Segundo o ministério, citada pelo The Guardian, a paragem "permitiu que os criminosos roubassem itens valiosos dos ocupantes". A governante e os seus guardas saíram "ilesos" do assalto e estão "a salvo".

A polícia acrescentou que os suspeitos fugiram com bens pessoas e duas armas dos serviços policiais que acompanhavam a Chikunga.

"Uma caça ao homem foi entretanto lançada após este incidente sem precedentes para deter os responsáveis", afirmou uma porta-voz das autoridades.

A África do Sul tem um longo histórico de crime violento, especialmente nos últimos anos, com Joanesburgo a ser considerada das cidades mais violentas do mundo a nível de grandes centros urbanos. Com 62 milhões de habitantes, é também considerado um país com maior taxa de crime violento fora de um conflito armado.

Entre abril e junho deste ano, foram registados 500 assaltos e quase 70 homicídios por dia.

António Costa demite-se: "Obviamente"

António Costa (Getty Images)

Por CNN Portugal

"Fui surpreendido com a informação de que irá ser instaurado um processo-crime contra mim." Mas diz que não sabe do que é exatamente acusado. Primeiro-ministro vai ser investigado por suspeitas no caso do lítio / hidrogénio. E deixa claro que não se vai recandidatar

O primeiro-ministro apresentou a demissão ao Presidente da República. A decisão surge na sequência das buscas efetuadas esta manhã pelo Ministério Público à residência oficial do primeiro-ministro e a ministérios envolvidos em negócios de exploração de lítio em Montalegre.

"A dignidade das funções de primeiro-ministro não é compatível com a suspeita de qualquer ato criminal. Obviamente apresentei a demissão ao senhor Presidente da República", disse António Costa numa declaração ao país. "Quero dizer olhos nos olhos que não me pesa na consciência qualquer ato ilícito. Confio na Justiça", acrescentou.

O agora primeiro-ministro demissionário diz-se surpreendido com o que aconteceu: "Fui surpreendido com a informação de que irá ser instaurado um processo-crime contra mim". Refere ainda que não sabe exatamente do que é acusado mas sublinha que está "disponível para colaborar" com a Justiça e que o exercício das funções de primeiro-ministro não são "compatíveis" com uma suspeita como a que se verifica neste caso.

O até aqui chefe de Governo deixou ainda claro que não se vai recandidatar nas próximas eleições - "mas nada me pesa na consciência". Deixa ainda todo o processo que se segue nas mãos de Marcelo Rebelo de Sousa.

António Costa vai ser alvo de uma investigação autónoma por parte do Supremo Tribunal da Justiça - o tribunal superior que tem competência para o fazer, tratando-se de uma alta figura do Estado.

O anúncio foi feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR), em comunicado, no qual se refere que, "no decurso das investigações" aos membros do Governo e empresários envolvidos num processo que investiga negócios relacionados com a exploração de lítio em Montalegre, surgiu "o conhecimento da invocação por suspeitos do nome e da autoridade do primeiro-ministro e da sua intervenção para desbloquear procedimentos no contexto suprarreferido".

O Ministro das Infraestruturas, João Galamba, foi constituído arguido, a par com o presidente do conselho diretivo da Agência Portuguesa do Ambiente, refere-se no comunicado enviado às redações.

Em causa está o negócio que garantiu à Lusorecursos a exploração da mina de lítio em Montalegre, apesar de a empresa não fazer parte do grupo de empresas com direito de prospeção. O processo envolve suspeitas de corrupção para beneficiar a Lusorecursos no processo atribuição da exploração da mina (saiba mais AQUI).

As diligências ocorreram depois de recentemente a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) ter dado luz verde à exploração da mina por parte da Lusorecursos.

Cinco detidos, incluindo o "amigo" Lacerda Macedo

Cinco pessoas foram detidas, entre as quais o empresário Diogo Lacerda Machado, que se apresenta publicamente como um amigo de António Costa - na comissão parlamentar de inquérito à TAP, em maio deste ano, disse preservar uma "excelente amizade" com o primeiro-ministro.

Também o chefe de gabinete de António Costa, Vítor Escária, e o presidente da Câmara de Sines, o socialista Nuno Mascarenhas, foram detidos no âmbito do processo que investiga negócios de hidrogénio e lítio. Dois empresários da zona de Sines também foram alvo de detenções, nomeadamente o CEO da empresa Start Campus, Afonso Salema, e o diretor Jurídico e de Sustentabilidade, Rui Oliveira Neves, confirmou a CNN Portugal.

Pouco depois de serem conhecidas as buscas ao Palácio de São Bento e aos ministérios, António Costa, que tinha um evento agendado para esta manhã no Porto, dirigiu-se a Belém para prestar esclarecimentos ao Presidente da República. A reunião, solicitada pelo próprio António Costa, terá terminado cerca de 30 minutos depois. Houve um segundo encontro entre ambos mais tarde.

Montenegro convoca reunião de "urgência", IL pede demissão de Costa

Entretanto, o líder do PSD, Luís Montenegro, convocou uma reunião "de urgência" da Comissão Permanente para analisar "a gravidade da situação que envolve a base central do Governo". Após a reunião, agendada para esta tarde, o presidente do PSD fará uma declaração ao país.

Os partidos com assento parlamentar já começaram a reagir na Assembleia da República. A Iniciativa Liberal (IL) considera que o primeiro-ministro "não tem condições para continuar a exercer funções" e apelou ao seu bom senso para que apresente a demissão - trata-se de declarações feitas antes de se saber que Costa se ia demitir. A IL pediu para Marcelo dissolver o Parlamento caso Costa não tivesse apresentado a demissão. "Se isto não justifica que o senhor Presidente da República ponha ordem na casa, dissolva a Assembleia da República e permita a renovação democrática, política e institucional no país, então eu não sei o que é preciso mais acontecer no país", afirmou.

Já a porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, lembra o princípio da presunção da inocência, salientando, contudo, que João Galamba "há muito tempo que não reúne as condições para se manter em funções" e, por isso, apela ao "bom senso" do primeiro-ministro para que o retire do executivo.

Homens armados matam 13 estudantes numa escola corânica na Nigéria

© Reuters

POR LUSA    07/11/23 

Um grupo de homens armados pertencentes a um dos vários grupos criminosos que operam no noroeste e centro da Nigéria mataram 13 alunos de uma escola corânica no estado de Katsina, anunciaram hoje as autoridades locais.

A região de Katsina, no noroeste do país, é palco de ataques recorrentes de grupos criminosos conhecidos como "bandidos", que saqueiam aldeias, matam e raptam os seus habitantes.

Estes criminosos vivem em acampamentos situados em vastas florestas que atravessam os estados nigerianos de Zamfara, Níger, Katsina e Kaduna, todos eles alvos desde há vários de raptos de grupos de crianças em idade escolar.

Vários homens armados em motas abriram fogo na aldeia de Kusa (distrito de Musawa) por volta das 21h30 de domingo, visando crianças em idade escolar que participavam no festival Mawlid, que celebra o nascimento do Profeta Maomé, disse à agência France-Presse Habibu Abdulkadir, um político do distrito.

"Os bandidos começaram a disparar durante as orações, matando 13 alunos e ferindo outros 20", especificou.

Segundo a mesma fonte, cinco dos feridos receberam tratamentos no hospital de Musawa, enquanto os outros 15, mais gravemente feridos, foram transferidos para Katsina, a 100 quilómetros de distância.

Um porta-voz da polícia confirmou o ataque em Katsina, dando conta de 18 feridos, dois dos quais morreram no hospital devido aos ferimentos.

"Os nossos milicianos locais destacados na aldeia confrontaram os bandidos e obrigaram-nos a fugir", disse Habibu Abdulkadir, que acredita que essa intervenção impediu os homens armados de raptarem outros alunos.

A criminalidade no noroeste da Nigéria tem as suas raízes em conflitos entre pastores nómadas e agricultores sedentários sobre o uso da terra, mas assume agora uma natureza mais ampla.

Em dezembro de 2020, um grupo de homens armados 80 alunos de uma escola corânica que regressavam à sua aldeia de Mahuta depois de terem celebrado o festival Mawlid no distrito vizinho. Os alunos foram entretanto resgatados pela polícia e por residentes locais.

O banditismo e os raptos são apenas alguns dos desafios que se colocam ao presidente nigeriano, Bola Ahmed Tinubu, no poder desde maio e eleito com a promessa de pôr termo à insegurança no país.


PR Umaro Sissoco Embalo recebeu esta terça-feira (07.10) em audiência os Juizes do Tribunal da UEMOA.


 Radio Voz Do Povo

Costa fala ao país às 14h00 após anúncio de investigação pelo STJ

© Getty Images

POR LUSA    07/11/23 

O primeiro-ministro fala ao país, hoje, às 14h00, após buscas em São Bento e de o Ministério Público anunciar que é alvo de investigação autónoma do Supremo Tribunal de Justiça sobre projetos de lítio e hidrogénio.

O primeiro-ministro fala ao país, hoje, às 14h00, após buscas em São Bento e de o Ministério Público anunciar que é alvo de investigação autónoma do Supremo Tribunal de Justiça sobre projetos de lítio e hidrogénio.

Esta comunicação ao país de António Costa, a partir de São Bento, foi transmitida pelo gabinete do primeiro-ministro.

Segundo a Procuradoria-Geral da República, o primeiro-ministro é alvo de uma investigação autónoma do Ministério Público num inquérito instaurado no Supremo Tribunal de Justiça

"No decurso das investigações surgiu, além do mais, o conhecimento da invocação por suspeitos do nome e da autoridade do primeiro-ministro e da sua intervenção para desbloquear procedimentos no contexto suprarreferido. Tais referências serão autonomamente analisadas no âmbito de inquérito instaurado no Supremo Tribunal de Justiça, por ser esse o foro competente", lê-se numa nota hoje divulgada pela PGR.

Esta informação surge na sequência de uma operação sobre negócios do lítio e do hidrogénio verde.

Antes de ser divulgada esta nota pelo gabinete do líder do executivo, o primeiro-ministro saiu do Palácio de Belém, em Lisboa, após uma reunião com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que durou cerca de dez minutos.

O primeiro-ministro foi filmado pelas televisões a entrar no Palácio de Belém poucos minutos antes das 13:00 pela entrada da Calçada da Ajuda e a sair perto das 13:10, pela mesma porta.

De manhã, o chefe de Estado recebeu António Costa a pedido deste, na sequência de buscas em gabinetes do Governo, incluindo na residência oficial de São Bento, visando o chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária, que foi detido para interrogatório.

Horas antes, a assessoria de comunicação do primeiro-ministro confirmou à agência Lusa a existência de buscas no gabinete de Vítor Escária, chefe de gabinete do primeiro-ministro, acrescentando que não há mais comentários por parte de São Bento.

"Confirmamos que há buscas no gabinete do chefe de gabinete [Vítor Escária]. Não comentamos a ação da justiça", disse fonte da assessoria de António Costa.

O jornal Público noticiou esta manhã buscas da PSP em diversos ministérios e na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento.

O memo jornal adiantou que já foram detidos o chefe de gabinete de António Costa, Vítor Escária, o consultor próximo de Costa, Diogo Lacerda Machado, e o presidente da Câmara de Sines, o socialista Nuno Mascarenhas, assim como dois executivos de empresas.

Estão a ser alvo de buscas e serão constituídos arguidos os ministros do Ambiente, Duarte Cordeiro, e das Infraestruturas, João Galamba, assim como o antigo ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes.

Esta é a primeira vez que há buscas judiciais na residência oficial do primeiro-ministro. As buscas tiveram como particular visado Vítor Escária, chefe de gabinete de António Costa.

O economista Vítor Escária foi nomeado em agosto de 2020 chefe de gabinete do primeiro-ministro, substituindo no cargo Francisco André, que assumiu funções na representação permanente de Portugal junto da OCDE.

Vitor Escária, de 48 anos, economista e professor do Departamento de Economia do ISEG --- Lisbon School of Economics and Management, regressou assim ao gabinete de António Costa, de quem foi assessor económico no executivo anterior.

Antes, Vítor Escária tinha sido assessor económico do antigo primeiro-ministro José Sócrates.

Em 2019, numa altura em que era assessor de António Costa, esteve envolvido no processo de recebimento indevido de vantagem no caso das viagens pagas pela Galp no Euro2016 de futebol.

"Os arguidos Álvaro Beijinha, Nuno Mascarenhas, Fernando Rocha Andrade, João Bezerra da Silva [ex-chefe de gabinete], Jorge Oliveira, Susana Escária [gabinete ministerial] e Vítor Escária [assessor do Governo] atuaram com o propósito de aceitar os convites que lhe foram feitos por responsáveis da Galp, apesar de bem saberem que os mesmos apenas lhes tinham sido endereçados por forças das funções públicas que desempenhavam e que a eles não tinham direito", referiu na altura a acusação.

Licenciado em Economia, em 1994, pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), Universidade Técnica de Lisboa, Vitor Escária fez o mestrado na mesma instituição, em 1997, e doutorou-se em 2004, pelo Department of Economics and Related Studies, University of York, do Reino Unido.



Capacitar as Forças Armadas e a Polícia, treino e manutenção de equipamentos foram principais temas abordados entre o Chefe do Estado General Umaro Sissoco Embalo e a ministra portuguesa da Defesa Nacional, Helena Carreiras, durante o encontro esta terça-feira (07.11) no Palácio da República.


 Radio Voz Do Povo

Cerimónia religiosa em Jerusalém recorda vítimas do ataque do Hamas

© REUTERS/James Oatway

POR LUSA   07/11/23 

Centenas de familiares e amigos das vítimas do ataque do Hamas de 07 de outubro acenderam velas no Muro das Lamentações, em Jerusalém, o local de culto mais sagrado para os judeus, na presença de representantes religiosos judaicos.

De acordo com a agência EFE, foram colocadas 1.400 velas, "uma por cada um dos mortos". 

Durante a última noite, Beny Gantz, ex-ministro da Defesa e atual membro do gabinete de guerra do Governo de Benjamin Netanyahu esteve presente na cerimónia em que foram projetadas fotografias das vítimas.  

No passado dia 7 de outubro, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que governa a Faixa de Gaza desde 2007 e é considerado terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia.

O ataque fez 1.400 mortos e 5.400 feridos israelitas.

Pelo menos 241 pessoas foram sequestradas pelo do Hamas. 

Segundo o Hamas, os ataques israelitas contra a Faixa de Gaza fizeram até ao momento, mais de dez mil mortos, entre os quais quatro mil crianças, 25.400 feridos e um milhão e meio de deslocados.






Leia Também: Israel anunciou hoje que arqueólogos estão a analisar casas e veículos queimados durante o ataque do grupo islamita Hamas, em 07 de outubro, com o objetivo de ajudar a identificar os restos mortais de inúmeras pessoas. 


PLATAFORMA DA ALIANÇA INCLUSIVA_PAI "TERRA RANKA" exige a eleiçāo do novo Presidente do STJ para substituir José Pedro Sambú que demitiu das funcōes.

 

 Radio Voz Do Povo

Os Ministros da Defesa da Guiné-Bissau e de Portugal, Nicolau dos Santos e Helena Carreiras assinam o Memorando de Entendimento sobre a “Missão de Capacitação Portuguesa na República da Guiné-Bissau”.


  Radio Voz Do Povo

MADEM-G15 esta em confêrencia de imprensa

 Radio Voz Do Povo 

SAÚDE CEDEAO 14 encontro em Bissau

Radio Voz Do Povo 

Vidente Baba Vanga previu morte de Putin e cura do cancro para 2024

© Reprodução Huffington Post

Notícias ao Minuto   07/11/23 

Búlgara também previu um tsunami “100 vezes pior e mais trágico” do que o que atingiu a Tailândia em 2004.

Entre todos os clarividentes, Vangelia Pandeva Dimitrova, mais conhecida como Baba Vanga, é provavelmente uma das mais reconhecidas. A búlgara morreu em 1996, mas as suas previsões vão muito além dessa data. Não é por isso de estranhar que todos os anos os seus presságios sejam notícia um pouco por todo o mundo.

O ataque terrorista às Torres Gémeas e o acidente nuclear de Chernobyl são apenas alguns exemplos das previsões da também chamada 'Nostradamus dos Balcãs' que realmente aconteceram.

Com o aproximar da mudança de ano, as previsões de Baba Vanga para 2024 voltaram a ser divulgadas pelo site da especialidade 'Astrofame'.

Para o próximo ano a vidente búlgara previu um tsunami na Tailândia "100 vezes pior e mais trágico" do que o de 2004, que tinha previsto e acertado. De acordo com as suas previsões, este desastre natural terá consequências catastróficas para o continente asiático.

Por sua vez, os EUA, segundo as profecias de Vangelia Pandeva Dimitrova, serão afetados por um "terramoto devastador" que "mudará o curso das águas do Mississippi" e levará a "perdas de vidas humanas".

Como se não bastasse os desastres naturais, Baba Vanga previu uma crise económica global, relacionada com a "corrupção e uso negativo de recursos que já vem acontecendo há algum tempo", assim como um ataque com arma biológica realizado por uma "potência mundial" e um "ataque terrorista de grande dimensão na Europa".

A disponibilidade do petróleo também sofrerá um "declínio", entre o final de 2023 e o início de 2024, o que levará as entidades a procurarem alternativas "mais limpas e saudáveis".

Mas nem só de más notícias se fazem as previsões da vidente búlgara para 2024. Entre os bons presságios estão grandes avanços no campo científico, principalmente para a medicina, que permitirá encontrar a cura para doenças como o cancro, o VIH e o Alzheimer.

Outras das previsões de Baba Vanga é o assassinato, "por um compatriota", do presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Recorde-se que as profecias da vidente búlgara, que era cega, não têm um registo escrito. Costumam ser divulgadas por seguidores da mística clarividente, que alertam que algumas das previsões que circulam não correspondem a "visões autênticas" de Vangelia Pandeva Dimitrova.

Entre as suas previsões que se vieram a verificar está o Brexit, a morte da Princesa Diana, a queda da União Soviética, o naufrágio do submarino russo Kursk e a data da morte de Estaline.



Leia Também: Vidente previu guerra em Israel? "Guerra na Ucrânia irá parecer pequena"

Cabo Verde pretende candidatar-se ao Conselho dos Direitos Humanos

© Getty Images

POR LUSA   07/11/23 

Cabo Verde anunciou hoje em Genebra que pretende candidatar-se ao Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas, ao dar resposta à maioria das 159 recomendações no âmbito da revisão periódica universal, anunciou a ministra da Justiça, Joana Rosa.

Apesar dos "parcos recursos", o Governo "tem dado especial atenção" e "não tem poupado esforços" para a promoção e defesa dos direitos humanos, disse a ministra, durante a quarta revisão a que o país foi hoje sujeito.

"Temos conseguido ganhos assinaláveis e somos reconhecidos" a nível internacional, referiu a governante.

"É nesta ótica que pretendemos apresentar a candidatura ao Conselho dos Direitos Humanos para o período 2025-2027. Contamos com o apoio de todos os Estados-membros a esta nossa candidatura", anunciou Joana Rosa.

A candidatura fechou a intervenção da ministra da Justiça cabo-verdiana na 44.ª sessão da Revisão Periódica Universal, em que destacou algumas das metas alcançadas desde 2018, data da última avaliação (terceira), e que serviram para mostrar como o país tem respondido à maioria das 159 recomendações colocadas na altura.

A redução do trabalho infantil em 50% (de 8% para cerca de 4% das crianças), a generalização gradual do registo de nascimento, o aumento de proteção social, igualdade de género, maior agilidade da justiça e cuidados acrescidos com a população prisional, foram alguns dos pontos focados, entre dezenas, num elencar de medidas em cerca de 40 minutos.

Na ocasião, a ministra da Justiça cabo-verdiana relatou o trabalho feito na ratificação de convenções e tratados, comprometendo-se a completar o trabalho em relação aos documentos que estão em atraso, nomeadamente junto da União Africana (UA).

Joana Rosa reafirmou o objetivo de Cabo Verde erradicar a pobreza extrema até 2026.

Prevê-se que o grupo de trabalho da Revisão Periódica Universal adote uma lista renovada de recomendações na tarde de sexta-feira.


Exército de Israel reclama tomada de bastião do Hamas no norte de Gaza

© ARIS MESSINIS/AFP via Getty Images

POR LUSA   07/11/23 

O exército israelita afirma ter tomado um bastião militar do Hamas no norte da Faixa de Gaza e anunciou um ataque contra uma célula do movimento localizada num edifício junto a um hospital na capital do enclave. 

"Durante as últimas 24 horas, as tropas israelitas neutralizaram um bastião militar pertencente à organização terrorista Hamas no norte da Faixa de Gaza. As tropas encontraram no local mísseis antitanque, lançadores de projéteis" e outras armas, anunciou hoje o porta-voz militar de Israel. 

"As tropas de Israel localizaram vários terroristas do Hamas que se entrincheiraram num edifício vizinho ao Hospital Al Qutz", disse o porta-voz acrescentando que a aviação esteve envolvida no ataque provocando explosões secundárias que "indicam a presença de um depósito de armas do Hamas numa zona civil". 

A informação ainda não foi verificada por entidades independentes. 

Por outro lado, segundo a agência de notícias WAFA, cerca de 50 palestinianos morreram em bombardeamentos israelitas esta madrugada na Faixa de Gaza, incluindo 25 num ataque a edifícios na cidade de Rafah, na fronteira com o Egito.



ISRAEL/PALESTINA: Conselho de Segurança da ONU sem consenso face a situação em Gaza

© Reuters

POR LUSA   06/11/23 

O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) continua num impasse em relação à situação em Gaza, com os 15 Estados-membros a não reunirem um consenso sobre pausas humanitárias, disse hoje o embaixador norte-americano Robert Wood.

O Conselho de Segurança da ONU reuniu-se hoje, a pedido da China e dos Emirados Árabes Unidos, para discutir o agravamento da situação em Gaza e os recentes ataques aéreos de Israel ao campo de refugiados de Jabalia e a um comboio de ambulâncias perto do Hospital Al Shifa, mas vários diplomatas indicaram no final que "as lacunas" ainda permanecem, um mês depois do início do conflito.

Após a reunião, que decorreu a portas fechadas, Robert Wood disse a jornalistas que, "neste momento, ainda não há acordo", apesar de terem sido discutidas pausas humanitárias e de os EUA estarem "interessados em alcançar uma linguagem nesse sentido" numa futura resolução que vá a votos no Conselho de Segurança.

A reunião de hoje segue-se a um período de intenso, mas inconclusivo, de negociações do Conselho de Segurança em torno de um possível projeto de resolução sobre a escalada do conflito entre Israel e o grupo islamita Hamas.

Em outubro, o Conselho votou quatro projetos de resolução sobre a crise, mas nenhum foi adotado, com os EUA a estarem entre os países que rejeitaram o termo "cessar-fogo" e a vetarem textos que não condenassem especificamente o Hamas.

Após o fracasso nas votações, a embaixadora de Malta, Vanessa Frazier, anunciou que os dez membros não-permanentes do Conselho iriam trabalhar num quinto projeto de resolução, num momento em que continuam as negociações para colmatar as divisões entre os diplomatas, incluindo sobre se o Conselho deveria apelar por um cessar-fogo ou por pausas humanitárias.

Para a China e Emirados Árabes Unidos, a solução passa por um cessar-fogo humanitário imediato, tal como apelou na manhã de hoje o secretário-geral da ONU, António Guterres.

"Isso é desesperadamente necessário para permitir um salvamento completo e rápido" dos civis em Gaza, disseram os dois países no final da reunião, frisando que as "guerras têm regras e devem ser mantidas".

Para tentar manter a situação em Gaza sob os holofotes do Conselho de Segurança, a embaixadora do Emirados Árabes Unidos, Lana Nusseibeh, disse que o órgão se deverá reunir novamente para abordar o conflito na quinta-feira.

Dada a urgência da situação e por iniciativa do Presidente francês, Emmanuel Macron, França organizará na quinta-feira uma conferência humanitária internacional para o povo de Gaza, em Paris.

Macron anunciou na sexta-feira a realização desta "conferência humanitária", afirmando que "a luta contra o terrorismo não justifica o sacrifício de civis".

Para o embaixador francês junto à ONU, Nicolas de Rivière, "tréguas humanitárias" ou "pausas humanitárias" são apenas palavras, e o importante é fazer com que a ajuda chegue efetivamente aos civis palestinianos.

Contudo, França apelou a uma "trégua humanitária imediata".

Já para o diplomata palestiniano junto da ONU, Riyad Mansour, não são apenas palavras, frisando que um cessar-fogo deveria ser "a primeira ordem do dia", enquanto pausas humanitárias significariam que Israel "continua a matar os palestinianos", dando-lhes apenas "algumas horas de vez em quando" para a entrada de ajuda em Gaza. 

Israel opôs-se aos apelos quer por um cessar-fogo, quer por pausas humanitárias, com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, a declarar, na sexta-feira, que Israel rejeita "um cessar-fogo temporário que não inclua a libertação dos nossos reféns".



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segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Israel foi atacado novamente: "É o maior ataque contra a região norte"

Henry Galsky, correspondente da CNN Portugal em Israel, analisa o ataque em zonas povoadas a norte do país. Israel foi atingido por 30 rockets.

O correspondente ainda comenta a situação na Faixa de Gaza e os avanços do exército israelita. 

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PR General Umaro Sissoco Embaló visita as obras de av. Amilcar Cabral.


 Radio Voz Do Povo 

Associação Sindical de magistrados judicial Guineenses reage sobre o caso de STJ.

  Radio Voz Do Povo

GUINÉ-BISSAU: Presidente do Supremo Tribunal da Guiné-Bissau renuncia ao cargo

POR LUSA    06/11/23 

O presidente do Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau renunciou hoje ao cargo para o qual foi eleito em dezembro de 2021 para um período de quatro anos, anunciou o próprio em carta a que a Lusa teve acesso.

No documento, José Pedro Sambu comunica ao Conselho Superior da Magistratura Judicial, e aos demais titulares de órgãos de soberania, que decidiu renunciar ao seu mandato no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) por não ter mais condições para continuar.

"No passado dia 03 um grupo de homens armados da Força de Defesa e Segurança impediu-me de sair da minha casa para ir ao serviço, neste caso ao meu gabinete nas instalações do Supremo Tribunal de Justiça (...), sem, contudo, exibirem um mandado judicial para o efeito", lê-se na carta de Sambu.

O agora demissionário adianta que "até hoje a referida força continua a ocupar as instalações do STJ, sem pronunciamento do Governo".

O juiz lembra que tudo começou no passado dia 19 de outubro, quando o seu vice-presidente, Lima António André, presidiu a uma reunião do Conselho Superior da Magistratura Judicial em que ordenou a sua suspensão de funções.

Nessa reunião, foi deliberada a suspensão do presidente do STJ por alegadamente José Pedro Sambu estar a interferir num processo e ainda na obstrução de uma ordem judicial que tinha sido anunciada por um outro juiz no âmbito de um processo.

Sambu acusou, dias depois, Lima André de ter usurpado as suas competências e, ato contínuo, ordenou também a sua suspensão de funções.

Na passada sexta-feira, homens armados, encapuzados e fardados com uniformes das Forças de Defesa e Segurança da Guiné-Bissau ocuparam as instalações do STJ em Bissau.

"O referido ato além de configurar violação de direitos fundamentais do cidadão põe em causa o bom nome e o funcionamento das instituições do país", relata Pedro Sambu na sua carta de renúncia.

Perante a situação, Sambu afirma não existir condições humanas, psicológicas e de segurança para continuar a exercer as funções de presidente do STJ.


Opositor senegalês sabe este mês se pode ser candidato às presidenciais

© Getty Images

POR LUSA      06/11/23 

Um tribunal da África Ocidental anunciou hoje que vai divulgar, a 17 de novembro, se Ousmane Sonko, um opositor senegalês, pode reinscrever-se nos cadernos eleitorais e candidatar-se às eleições presidenciais de 2024.

Ousmane Sonko está em conflito com o Governo senegalês há mais de dois anos e encontra-se atualmente preso.

Os seus advogados recorreram ao Tribunal de Justiça da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e, entre outras coisas, pedem ao tribunal que ordene a reintegração de Sonko nos cadernos eleitorais.

Um juiz de Ziguinchor (sul do Senegal) anulou, a 12 de outubro, esta proibição, que impede Sonko, terceiro classificado nas eleições presidenciais de 2019, de se apresentar como candidato ao sufrágio de 25 de fevereiro de 2024.

Até então, o Ministério do Interior tinha-se recusado a entregar a Sonko os formulários oficiais que lhe permitiriam recolher os seus patrocínios, uma etapa necessária para apresentar a sua candidatura.

O Ministério alega que a decisão do juiz não é definitiva e que o Estado interpôs um recurso contra a mesma.

No entanto, a 31 de outubro, a Comissão Nacional de Eleições, órgão responsável pela supervisão do processo eleitoral, solicitou à Direção Geral de Eleições (DGE), que depende do Ministério do Interior, que reintegrasse Sonko nas listas e lhe entregasse os ficheiros de patrocínio. No mesmo dia, a DGE recusou-se a fazê-lo.

"Ousmane Sonko está a apenas três semanas de (o prazo para) apresentar os documentos para ser aceite como candidato presidencial. A decisão do juiz da comarca (de Ziguinchor) deve ser aplicada imediatamente, tendo em conta a urgência", declarou hoje ao tribunal um dos advogados de Sonko, Ciré Clédor Ly.

Um representante do Governo senegalês, Yoro Moussa Diallo, solicitou que "os pedidos fossem rejeitados por serem infundados".

Sonko é alvo de vários processos e foi condenado em junho a uma pena de dois anos de prisão por "corrupção de menores", no âmbito de um processo por alegada violação e ameaças de morte contra uma mulher, e foi detido em julho na sua casa na capital, Dacar, depois de ter sido acusado de roubar um telemóvel a um agente que o estava a filmar.