A Associação dos Combatentes da Liberdade da Pátria considera “insignificante” a pensão mínima de cento e dez mil (110.000) francos CFA aprovada pelos deputados da nação na Assembleia Nacional Popular para o ano económico 2022, cento e trinta mil francos CFA para 2023 e cento e cinquenta mil francos CFA para 2024. A associação exige, por conseguinte, o valor mínimo mensal de trezentos mil (300.000) francos CFA.
“Antigos combatentes penhoraram suas juventudes e o valor de trezentos mil é o mínimo que talvez corresponda ao que eles merecem receber pelo tempo que passaram no mato, querem esse dinheiro logo para o ano 2022”.
A exigência foi tornada pública pelo vice-presidente da Associação, Lourenço da Costa, esta terça-feira, 14 de dezembro de 2021, depois de uma reunião com o Secretário de Estado dos Combatentes em detrimento da realização de uma marcha reivindicativa, convocada para exigir o aumento da pensão dos antigos combatentes.
O vice-presidente ameaçou que caso não tenham resultados concretos os antigos combatentes vão realizar uma marcha no próximo dia 23 de janeiro de 2022, data em que se comemora o dia dos antigos combatentes.
“O dinheiro que foi aprovado na ANP é ilusório e insignificante, comparativamente ao que os governantes e parlamentares auferem.
Em reação, o Secretário de Estado dos Antigos Combatentes, Augusto Nhaga, afirmou que o assunto dos combatentes da liberdade da pátria deve ser assumido pelo Estado da Guiné-Bissau, não pelo governo, porque “o governo está em constante mudanças”.
“O Estado deve assumir as diretrizes dos assuntos dos antigos combatentes, isto irá libertá-los dos jogos políticos”, precisou.
Augusto Nhaga enfatizou que os combatentes são “património” da Guiné-Bissau e mostrou total abertura em dialogar com eles.
Augusto Nhaga apontou um dos desafios a realização de uma conferência nacional para debater as problemáticas dos antigos combatentes.
Aos jornalistas, o Secretário de Estado disse ter pedido aos combatentes para darem oportunidade ao governo e a terem em consideração as diligências que estão a ser levadas a cabo para solucionar os problemas que os afetam.
Nhaga garantiu que o valor da pensão mínima aprovado na Assembleia Nacional Popular teve um estudo de viabilidade de cumprimento, que o atual governo estará em condições de pagar gradualmente.
Por: Djamila da Silva