O General, de regresso ao seu País Guiné-Bissau 🇬🇼;
02 de Outubro de 2021.
O General, de regresso ao seu País Guiné-Bissau 🇬🇼;
02 de Outubro de 2021.
Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló
Apartir deste Sábado a República Democratica de São Tomé e Príncipe, passa a ter um novo Chefe de Estado, Carlos Vila Nova que será investido numa cerimonia que o Presidente Sissoco Embaló vai testemunhar.
A fim de melhor poder atender os utentes e prestar um melhor serviço, a Secção Consular desta Embaixada estabeleceu uma nova e específica “Sala de Atendimento de Vistos de Estudo – SAVE” exclusivamente dedicada à receção, por prévia chamada, dos pedidos de Vistos dos estudantes.
Neste novo espaço, especialmente criado para o efeito, observadas todas as regras de segurança sanitária, procuramos dar assim uma particular e mais eficaz resposta aos numerosos estudantes que nos procuram, nesta altura do ano, para ali entregarem e serem instruídos os respetivos processos de pedidos de Visto de estudo em estabelecimentos de ensino em Portugal.
Fonte: Embaixada de Portugal na Guiné-BissauPor DW.COM
O coronel Mamady Doumboya, que liderou o golpe de Estado que depôs Alpha Condé, tomou posse como líder do período de transição, ainda sem duração definida, e prometeu honrar os compromissos internacionais do país.
O coronel Mamady Doumbouya, que liderou o golpe de Estado de 5 de setembro, na Guiné-Conacri, foi empossado esta sexta-feira (01.10) Presidente interino, pelo presidente do Supremo Tribunal, Mamadou Sylla, prometendo respeitar todos os compromissos internacionais do país. A cerimónia teve lugar no palácio Mohammed-V, em Conacri, na véspera de um feriado nacional que assinala a declaração da independência de França, em 1958.
De uniforme bege, boina vermelha e óculos escuros, o líder do golpe militar que depôs Alpha Condé também prometeu que nem ele nem qualquer membro da Junta Militar se vão candidatar às futuras eleições que prometem realizar após um período de transição. Doumbouya não avançou detalhes, durante o seu juramento, sobre a duração desta transição.
"Reafirmo aqui o compromisso do Comité Nacional de União e Desenvolvimento (CNRD), em nome do povo da Guiné, de respeitar todos os compromissos nacionais e internacionais que o país subscreveu", afirmou. "Gostaria de reiterar o meu compromisso de que nem eu nem qualquer membro do CNRD e dos órgãos de transição seremos candidatos nas próximas eleições", garantiu.
Doumbouya posa com magistrados durante a cerimónia.
Um plano sem datas
O Presidente interino atribuiu às autoridades de transição a missão de "refundar o Estado", redigir uma nova Constituição, combater a corrupção, reformar o sistema eleitoral, reformar os cadernos eleitorais, organizar eleições "livres, credíveis e transparentes" e "reconciliação nacional". Doumbouya prometeu ainda "preservar a soberania nacional" e "consolidar os ganhos democráticos, garantir a independência da pátria e a integridade do território nacional".
O coronel Mamady Doumbouya assumirá o cargo de Presidente de transição até ao regresso de um regime civil ao país, segundo um comunicado da Junta Militar divulgado na segunda-feira, que não menciona datas para o efeito. O documento diz que o Presidente de transição será "chefe de Estado e chefe supremo das Forças Armadas" e "determina as políticas da Nação", com o poder de nomear e demitir um primeiro-ministro interino.
O coronel e o comité militar, criado após o golpe para dirigir o país, afirmaram o seu desejo de organizar eleições livres e democráticas no final de um período de transição, cuja duração não especificaram, apesar da pressão da Comunidade dos Estados da África Ocidental (CEDEAO). Esta organização, preocupada com a instabilidade na região e o efeito de contágio após dois golpes de Estado num ano no Mali, apelou à realização de eleições presidenciais e legislativas no prazo de seis meses e impôs sanções individuais aos membros da junta.
(Foto de arquivo) Deslocados de Tigray chegam de autocarro à localidade de Shire.
Por DW.COM
O Ministério dos Negócios Estrangeiros etíope acusou sete funcionários de agências das Nações Unidas de ingerência nos assuntos internos, nomeadamente sobre a região de Tigray, em guerra há quase um ano.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) da Etiópia anunciou esta quinta-feira (30.09) que vai expulsar do território sete responsáveis de agências das Nações Unidas, acusando-os de ingerência nos assuntos internos, nomeadamente sobre o Tigray.
"O Ministério dos Negócios Estrangeiros etíope, em cartas emitidas hoje, declarou sete pessoas que trabalham para várias ONG internacionais na Etiópia 'persona non grata' por interferirem nos assuntos internos do país", lê-se na página do Facebook do MNE, citada pela agência francesa de notícias, AFP.
"Em virtude das cartas dirigidas a cada um dos sete indivíduos abaixo indicados, todos eles devem abandonar o território da Etiópia nas próximas 72 horas", acrescentou ainda o Governo etíope, apresentando os nomes de sete funcionários de agências da ONU, incluindo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA).
Uma "mancha" na consciência
A guerra dura há mais de dez meses na região nortenha de Tigray, para onde o primeiro-ministro, Abiy Ahmed, enviou o exército para derrubar as autoridades regionais da Frente Popular de Libertação do Tigray (TPLF), que acusa de orquestrar ataques aos campos militares federais.
O comunicado do MNE etíope surge no dia seguinte à divulgação de uma entrevista do chefe humanitário das Nações Unidas à agência noticiosa Associated Press (AP), na qual classificou a crise na Etiópia, onde crianças e adultos morrem à fome na região de Tigray devido a um bloqueio governamental de alimentos, material médico e combustível, como uma "mancha" na consciência.
Numa entrevista à AP, Martin Griffiths fez uma das mais severas críticas até agora formuladas sobre a pior crise mundial da fome numa década, após quase um ano de guerra.
Griffiths descreveu um cenário de privação em Tigray, onde a taxa de desnutrição é agora superior a 22% - "aproximadamente a mesma que na Somália em 2011, no início da fome" neste país, que matou mais de um quarto de milhão de pessoas.
A guerra na Etiópia começou em novembro passado, perto da época da colheita em Tigray e a ONU disse que pelo menos metade da próxima colheita irá falhar. Testemunhas disseram que as forças etíopes e aliadas destruíram ou saquearam as fontes de alimentos.
Guerra sem fim à vista
A crise da Etiópia levou a ONU, os Estados Unidos e outros a instar as partes beligerantes a parar os combates e a tomar medidas para a paz, mas Griffiths advertiu que "a guerra não parece estar a terminar tão cedo".
Pelo contrário, nas últimas semanas espalhou-se pela vizinha região de Amhara. Griffiths disse que as linhas de batalha ativas estão a fazer com que seja um desafio conseguir ajuda para centenas de milhares de pessoas a mais.
A Etiópia vai assistir à formação de um novo Governo na próxima semana, com mais cinco anos de mandato para o primeiro-ministro Abiy Ahmed. Griffiths, que disse ter falado pela última vez com o chefe do Executivo há três ou quatro semanas, manifestou a esperança de uma mudança de direção.
Esta quinta-feira, tem lugar a segunda volta das eleições legislativas, com seis milhões de eleitores na região do Tigray novamente excluídos do pleito. O Partido da Prosperidade, de Abiy Ahmed, já conseguiu assegurar uma maioria na primeira volta.
Secretário-geral em choque
O secretário-geral das Nações Unidas já disse estar "chocado" com a expulsão dos sete funcionários e declarou que a Organização das Nações Unidas estava em discussões com o Governo etíope para garantir que "o pessoal da ONU em questão" pudesse "continuar o seu importante trabalho" no país.
"Todas as operações humanitárias da ONU são guiadas pelos princípios fundamentais da humanidade, imparcialidade, neutralidade e independência", salientou Guterres. "Na Etiópia, a ONU está a fornecer assistência para salvar vidas - incluindo alimentos, medicamentos, água e saneamento - a pessoas em necessidade desesperada", acrescentou.
O secretário-geral afirmou que tem "plena confiança no pessoal da ONU na Etiópia para fazer este trabalho".
A ONU está empenhada em ajudar o povo da Etiópia que depende da assistência humanitária", frisou Guterres. Segundo o secretário-geral, a ONU estava em discussões "com o Governo etíope, na esperança de que o pessoal da ONU em questão seja autorizado a continuar o seu importante trabalho".