Muito boa tarde a todos. Aliás, a meu ver, a tarde já começa ótima, com assinatura dessa parceria de acordo de cooperação entre a Universidade Federal do Pará, a Universidade Colinas de Boé e o Centro de Estudos Sociais Amílcar Cabral, que, ao convite das partes, na qualidade do Secretário de Estado do Ensino Superior e Investigação Científica, tenho honra de testemunhar e dizer o seguinte:
Que a educação, não obstante de estar no topo das prioridades de um estado minimamente organizado, jamais deverá ser uma propriedade exclusiva do Ministério da Educação Nacional, porque ela, na minha opinião, está na agricultura, na saúde, na justiça, na economia, está na ciência e tecnologia, está em todos os setores chave da sociedade sejam públicos ou privados.
Por isso, assinatura de acordo de cooperação deste género entre as instituições do ensino superior acima referenciadas, merecerá uma atenção especial da nossa parte porque, para além da sua importância em relação a permuta de conhecimento e experiencias entre as instituições signatárias, também irá contribuir diretamente na melhoria da qualidade do sistema no seu todo e no desempenho dos seus docentes e discentes. Além do mais, o Ministério está certo de que, sozinho e sem ajuda de parceiros nacionais e internacionais (públicos e privados), não chegará ao padrão de excelência almejado no setor Educativo. E, volto a realçar, a assinatura deste acordo de cooperação, para nós, vem dar condições ao governo e a sociedade para construção comum de um modelo de uma Educação mais abrangente, transversal e descentralizada.
No entanto, desde que assumimos a Secretaria de Estado do Ensino Superior, estamos a trabalhar pela democratização da política do Governo sobre o ensino superior, é importante que se diga, já conseguimos avanços significativos, buscando o equilíbrio entre o público e privado. Queremos que isso aconteça sem ter que tirar de uma para a outra, mas facilitar e encorajar iniciativas como estas.
É verdade que o papel do Estado não é de concorrer e tentar imputar as pernas as instituições privadas que prestam qualquer serviço ao povo. Ao estado cabe garantir os direitos a Educação a sua população, mas o estado não se deve omitir, não pode terceirizar a política educativa, devemos estabelecer junto com o setor privado o que sejam as políticas que queremos para o setor, o que sejam as necessidades do setor, o que sejam suas soluções. O Estado não impõe, mas sim, dispõe e orienta. Estamos hoje aqui justamente para isso, para dispor, dispor ao setor educativo guineense de uma estratégia de desenvolvimento ímpar, dinâmica, transversal, transnacional, inclusiva e congregadora.
Queremos, na verdade, ser um fontenário onde todos os filhos possam usufruir um pouco de nós.
Muito obrigado!
Guiné-Bissau e Brasil perspetivam melhorar a qualidade do ensino
A Universidade Colinas de Boé e o Centro de Estudos Sociais Amílcar Cabral rubricaram ontem um acordo de cooperação com a Universidade Federal brasileira do Pará que visa contribuir diretamente na melhoria da qualidade do ensino superior.
Ao presidir a cerimónia, o secretário de Estado do Ensino Superior e Investigação Científica, Garcia Bifa Bideta, afirmou que a educação está no topo da prioridade do Estado minimamente organizado, razão pela qual constitui uma propriedade exclusiva do Ministério da Educação. Pois, a educação está em todo setor chave da sociedade tanto público, como privado.
Bifa Bideta disse que esta cooperação merecerá uma atenção especial da parte do seu pelouro, porque, para além da sua importância em relação a permuta de conhecimentos e experiências entre as instituições signatárias, também irá contribuir diretamente na melhoria da qualidade do sistema do ensino no seu todo.
Bideta demonstrou o quanto o Ministério da Educação Nacional está certo, que sozinho e sem ajudas de parceiros nacionais e internacionais, públicos e privados não chegará ao padrão de excelência almejado no setor educativo.
Ele realçou que o casamento destas três instituições de ensino vem dar condições ao Governo e a sociedade para a construção de um modelo de Educação mais abrangente, transversal e descentralizada.
De acordo com aquele dirigente, está-se a trabalhar para a democratização da política do Governo sobre o ensino superior e já se conseguiu avanços significativos, buscando-se agora o equilíbrio entre o público e o privado.
Aquele responsável assegurou que o papel do Estado não é de concorrer ou tentar encurtar pernas as instituições privadas que prestam serviço ao povo, mas sim, estas devem estabelecer juntos com o setor privado tudo o que querem relativamente à política educativa.
Por sua vez, o embaixador de Brasil, Fábio Franco, disse que a cerimónia da assinatura do acordo de cooperação reveste-se de importância enorme, justamente, porque a educação constitui a área mais privilegiada que o Brasil tem com a Guiné-Bissau.
Franco demonstrou o quanto orgulha por a Embaixada de Brasil ter servido de ponte de ligação entre a universidade de Pará, a Universidade Colinas de Boé e o Centros de Estudos Sociais Amílcar Cabral, de modo a abrir caminho de troca de experiência, de docentes até estudantes. “Agora, a cooperação está assinada e resta trabalhar para que saem frutos”, incentivou o diplomata.
Em nome dos signatários, o presidente do Conselho de Administração da Universidade Colinas de Boé, Huco Monteiro, disse que o ato de assinatura de acordo reveste-se de simbolismo na medida em que constitui um dia muito importante para estudos superiores e pesquisa na Guiné-Bissau.
Segundo o Monteiro, assinar um convênio acontece frequentemente, mas o que difere este ato dos outro é o facto das autoridades políticas dos dois países presenciaram a cerimónia.
Ele mostrou que o Brasil tornou-se o destino de número significativo de jovens guineenses à procura de formação, mas o casamento das instituições auxiliará o ensino superior guineense a dar um passo rumo a melhoria.
“Esta conjugação de esforços há de catapultar as experiências guineenses às níveis mais elevados, quer em termos de capacitação em informações, quer em termos de qualidade de ensino, mas sobretudo na sua internacionalização”, apontou.
Julciano Baldé
Conosaba/ nô pintcha