terça-feira, 17 de dezembro de 2024

#Olivio #Barreto protagonismo ku bu buska sim necessidade, ali bo djintis sta na kontau verdade.

@Leopold Sedar Domingos

A Associação dos Comerciantes Organizados em Defesa da Comercialização dos Produtos Nacionais e Pescado da Guiné-Bissau promoveu hoje uma conferência de imprensa para denunciar suposto desvio de fundos na CCIAS em mais de 300 milhões FCFA. Situação que a Associação provocou a suspensão do Presidente eleito da CCIAS, Mama Samba Embaló.


 Radio Voz Do Povo

Ucrânia/Rússia: A Rússia acusou hoje os países ocidentais de serem "cúmplices" do assassinato de um general russo em Moscovo, reivindicado pela Ucrânia, enquanto os Estados Unidos rejeitaram apoiar este tipo de operação.

© Reuters  Lusa  17/12/2024

EUA rejeitam apoiar operação que matou general russo em Moscovo

A Rússia acusou hoje os países ocidentais de serem "cúmplices" do assassinato de um general russo em Moscovo, reivindicado pela Ucrânia, enquanto os Estados Unidos rejeitaram apoiar este tipo de operação.

Um alto funcionário norte-americano, citado pela AFP, afirmou que Washington não soube antecipadamente do ato e "não apoia" este tipo de operação.

Kirillov foi vítima hoje de manhã de um atentado bombista em Moscovo reivindicado pelos serviços especiais ucranianos, de acordo com fontes do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) citadas pelas agências noticiosas ucranianas Ukrinform e UNIAN.

As fontes sublinharam que Kirillov "era um criminoso de guerra e um alvo completamente legítimo" e denunciaram que "deu ordens para utilizar armas químicas proibidas contra o exército ucraniano".

"O castigo para os crimes de guerra é inevitável", afirmaram as mesmas fontes do SBU não identificadas pelas agências ucranianas.

"Todos os que felicitam estes ataques ou se remetem ao silêncio deliberadamente são cúmplices", comentou a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, acusando os aliados de Kiev de "aprovarem crimes de guerra".

O ataque ocorreu um dia depois de o SBU ter acusado Kirillov de alegada responsabilidade na utilização de armas químicas na Ucrânia, no âmbito da invasão desencadeada em fevereiro de 2022 por ordem do Presidente Vladimir Putin.

As autoridades russas estão a investigar o ataque como um caso de terrorismo.

Igor Kirillov, que morreu aos 54 anos, comandava as tropas de defesa radiológica, química e biológica desde abril de 2017.

Estas tropas são responsáveis pela luta contra os efeitos das armas nucleares, radiológicas, biológicas e químicas, geralmente conhecidas como armas de destruição maciça, e também por operações de segurança civil em caso de acidente nuclear, bacteriológico, químico ou ambiental.


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Alimentação: Arroz vs massa: Qual é o carboidrato mais saudável? Dietista esclarece... Costuma escolher um em detrimento do outro? Saiba se está a fazer a escolha mais saudável para si.

© Shutterstock   Notícias ao Minuto   17/12/2024

Na hora de escolher um acompanhamento, o arroz ou a massa aparecem como duas das opções mais básicas. Acabam por ser dois carboidratos, mas será que um é mais saudável do que o outro?

Ao 'website' HealthShots, a dietista Rakshita Mehra tentou esclarecer a questão. "Na batalha entre arroz e macarrão, é difícil escolher um", começa por dizer. Contudo, deixa também algumas dicas para que faça a escolha que melhor de adapta à sua dieta.

"Uma massa integral pode conter mais proteína do que o arroz integral, o que é importante para manter os músculos e fazer com que fique saciado por mais tempo",  explica.

Por outro lado, a massa combina melhor com molhos e outros vegetais o que "facilita na criação de refeições mais equilibradas". Se quiser perder peso, nada melhor do que a massa integral, que ajuda a fique satisfeito por mais tempo.

Já o arroz, não tem glúten e acaba por ser uma opção para quem é intolerante, por exemplo. Este é também um alimento mais fácil de digerir para pessoas que têm o estômago sensível.

Desta forma, os dois podem ser bons. Resta perceber quais são os seus objetivos.


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O Presidente da República, chegou em Astana, capital do Cazaquistão, para uma visita oficial de 72 horas, a convite do seu homólogo Kassym-Jomart Tokayev. O chefe de estado foi recebido com uma calorosa recepção pelas autoridades cazaques.


 Umaro S. Embaló/Presidente de Concórdia Nacional / Presidência da República da Guiné-Bissau


A tentativa frustrada de interpretar tal documento foi um delírio vergonhoso. Essa resolução evidencia que um partido está disposto a seguir um caminho destrutivo, possivelmente rumo a um genocídio político, liderado por uma cabeça de um império corrupto em ruínas...

Por  O Democrata Osvaldo Osvaldo

Acabei de ouvir um pássaro fanático e notável tentar interpretar a resolução da CEDEAO, como se estivesse encenando uma "borboleta" no palco de uma peça política. É preciso ter uma grave confusão mental para não compreender a essência da resolução da CEDEAO em relação ao nosso país. 

Cidadão atento, em breve eu lhe contarei tudo o que você gostaria de saber. Nem mesmo a assistência espiritual de um sacerdote seria suficiente para ajudar um analfabeto a compreender uma resolução internacional. 

A tentativa frustrada de interpretar tal documento foi um delírio vergonhoso. Essa resolução evidencia que um partido está disposto a seguir um caminho destrutivo, possivelmente rumo a um genocídio político, liderado por uma cabeça de um império corrupto em ruínas.

Este é mais um episódio extremo de nossa temporalidade política. Não sei que tipo de disposição esclarecida que ele tem, por quê? Porque a mensagem é clara. Mesmo assim, ele não sabe interpretar. O desespero é um eco presente no seu partido. Não existe ínfima de possibilidade para reverter o inevitável, porque o partido é visto igual um império que desmoronou como um castelo de cartas. 

Será que vão agora acusar a CEDEAO de deslealdade? Qual será o destino dos líderes que se aliaram para salvar a democracia e resgatar a Constituição? Ou dirão que não entenderam NADA sobre a resolução? Se essa for a resposta, podem e devem solicitar uma aclaração no Supremo Tribunal de Justiça (STJ), como sempre fazem.

O homenzinho das redes sociais olhava de um lado para o outro, com os olhos meio assustados e meio esperançosos, como alguém que não sabe se está à beira de uma sorte inesperada ou de uma catástrofe iminente.

Nada foi dito especificamente sobre a Guiné-Bissau, mas a respiração alta e fina do Pássaro foi extraordinariamente inútil. O apertar e soltar de suas narrativas gerou uma tensão nervosa perceptível.

— "Aqui estamos!" — exclamou o Pássaro, referindo-se ao fato de que a resolução revelou dois pesos e duas medidas.

Concluindo:  Com Jomav, a CEDEAO ditava as regras e até participava da gestão da República Soberana da Guiné-Bissau. Agora, a resolução demonstrou o respeito pela política interna do país, o que foi visto com bons olhos pelo Presidente da República.

Enquanto isso, entrávamos na "sala da crise".

— "O fogo parece muito oportuno com este tempo", disse alguém.

O Pássaro, tolo, parecia com frio. O "visionário" das relações internacionais não tinha nada relevante para dizer.

— "Por favor, pegue a cadeira de cesto e vá para o mercado", sugeriu alguém em tom de ironia. — "Vou apenas calçar meus chinelos antes de resolvermos esse seu pequeno assunto sobre a resolução da CEDEAO. Só sei que a questão é de natureza ética, moral e filosófica."

Cidadão atento, agora sim! Quer saber o que aconteceu com aqueles gansos corruptos? Para a CEDEAO, eles já não importam mais só importa quem tem Poder. 

Não me surpreende que o Pássaro não tenha noção de nada no que diz respeito à linguagem política internacional. Ainda assim, ele ousou criar uma narrativa absurda sobre a resolução da CEDEAO, e espera que depois das eleições legislativas o MP venha assumir poderes do Presidente da República, é muita burrice.

Esse Pássaro botou um ovo e, em breve, partirá. O ovinho azul mais bonito e brilhante que já foi visto não poderá voltar para trás. No meu museu de absurdos, reservo um espaço especial para seus argumentos ridículos.

Para seus seguidores, no entanto, o Pássaro parece ter dito algo importante.

— "Ou melhor, imagino que aquele ganso corrupto na CEDEAO já não tem mais tempo para seu líder", disse a consciência do Pássaro.

Ele parecia acreditar que o líder também era um Pássaro, talvez um pássaro branco com uma faixa preta na cauda. O líder estremeceu de emoção e, com uma voz trêmula, perguntou:

— "Oh, Pássaro, você pode me dizer para onde vai a minha carreira política ?"

— "Pássaro, venha aqui e diga qual será o próximo passo?" — ecoou a voz de um seguidor, que aguardava ansiosamente uma direção.

Por aqui faço uma pausa!

17 December 2024

(………) 

Juvenal Cabi Na Una.


Um estudo sobre a qualidade da democracia e da governação revelou hoje uma "queda de confiança" dos cabo-verdianos em todas as instituições, incluindo a Presidência da República, Assembleia Nacional e uma avaliação negativa do desempenho do Governo.

© Lusa   17/12/2024

 Estudo revela queda de confiança nas instituições cabo-verdianas

Um estudo sobre a qualidade da democracia e da governação revelou hoje uma "queda de confiança" dos cabo-verdianos em todas as instituições, incluindo a Presidência da República, Assembleia Nacional e uma avaliação negativa do desempenho do Governo.

"Neste estudo, realizado entre o final de agosto e início de setembro, constata-se uma queda na confiança em todas as instituições, desde o Presidente da República, passando pelo primeiro-ministro, Assembleia Nacional e até a Comissão Nacional de Eleições", adiantou o diretor nacional da Afrosondagem, José Semedo.

Na apresentação pública dos dados, na cidade da Praia, o responsável explicou que o inquérito envolveu 1.200 entrevistados das ilhas de Santiago, São Vicente, Santo Antão e Fogo, abrangendo mais de 85% da população cabo-verdiana.

Os temas analisados incluem a satisfação com a democracia, a corrupção, a confiança nas instituições, o desempenho do Governo e as relações institucionais entre o Presidente da República e o primeiro-ministro.

Os principais resultados evidenciam uma "queda acentuada" na confiança e no desempenho das instituições entre 2022 e 2024.

A confiança no Presidente, José Maria Neves, diminuiu de 65% para 40%, enquanto a avaliação do seu desempenho caiu de 72% para 55%.

Já o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, registou uma quebra de 57% para 31% na confiança, e o desempenho do seu Governo caiu de 80% para 47%.

Também a Assembleia Nacional registou índices baixos de confiança e avaliação, enquanto as Forças Armadas, apesar de continuarem a ser a instituição mais confiável, sofreram uma redução significativa, passando de 74% para 54%.

Problemas como desemprego, saúde e criminalidade foram os mais apontados pelos inquiridos, além de preocupações com a proteção infantil contra abusos sexuais.

Na esfera económica, mais de dois terços dos cabo-verdianos consideram que o país está "na direção errada", o que contribui para a diminuição da confiança nas instituições.

A perceção de corrupção também aumentou. A polícia foi identificada como o setor com maior nível de corrupção, com 27% dos inquiridos a acreditarem que a maioria dos seus membros está envolvida em práticas ilícitas.

Também foram mencionados casos associados ao primeiro-ministro e a funcionários do seu gabinete, com a perceção de corrupção subindo de 22% em 2022 para 24% em 2024.

Outro ponto em destaque foi a tensão nas relações institucionais entre o Presidente da República e o primeiro-ministro.

Para 35% dos entrevistados, a relação é "muito tensa", enquanto 33% consideram-na "normal".

Quando questionados sobre os responsáveis por esse clima, 46% atribuíram culpas a ambos, enquanto 26% indicaram exclusivamente o primeiro-ministro, e 16% responsabilizaram apenas o Presidente.

"Há vários fatores que explicam a falta de confiança", concluiu José Semedo, sublinhando que, no caso do Presidente e do chefe do Governo, as relações institucionais têm mostrado sinais de instabilidade.

Recentes episódios de distanciamento institucional, como a ausência de comentários do Presidente cabo-verdiano sobre a visita do seu homólogo norte-americano Joe Biden ao país, recebido pelo primeiro-ministro, têm alimentado críticas e dúvidas sobre a harmonia entre as principais figuras do Estado.

Os resultados do estudo também coincidem com um momento de tensão política em Cabo Verde, marcado pela derrota do Movimento para Democracia (MpD, poder) pelo Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição) nas autárquicas de 01 de dezembro, atribuída ao desempenho do Governo em algumas áreas como transportes e economia.

Analistas políticos consideram os resultados eleitorais um sinal de alerta para a governação, apontando possíveis mudanças na prática política ou no elenco governamental.


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FMI aprova revisão do programa da Guiné-Bissau e dá 7,1 milhões de dólares

▲O FMI mantém a estimativa de um crescimento de 5% para este ano, com uma inflação média de 4,2%, e antevê um défice orçamental de 5%
Por observador.pt

O FMI sublinhou que o Governo da Guiné-Bissau está a avançar nas reformas estruturais necessárias mas que é preciso mais transparência na governação e mais diversificação económica.

A direção do Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou esta terça-feira a sétima revisão do Programa de Financiamento Ampliado da Guiné-Bissau, permitindo o desembolso de 7,1 milhões de dólares, confirmando a recomendação técnica de novembro.

“O Conselho de Administração do FMI concluiu esta terça-feira a sétima revisão do acordo do Programa de Financiamento Ampliado (ECF, na sigla em inglês) para a Guiné-Bissau, permitindo um desembolso imediato de 5,43 milhões de Direitos Especiais de Saque (cerca de 7,1 milhões de dólares, ou 6,7 milhões de euros) para ajudar a satisfazer as necessidades de financiamento do país”, lê-se no comunicado enviado à Lusa.

A decisão da direção do FMI confirma a recomendação do corpo técnico, emitida em novembro, alterando o número de objetivos alcançados ao abrigo do programa, que passam de oito para nove, ou seja, a totalidade das metas acordadas.

“O desempenho do programa foi forte em relação aos objetivos quantitativos e globalmente satisfatório no que se refere às reformas estruturais, e os nove critérios de desempenho quantitativos e os três objetivos de referência estruturais para o final de junho de 2024 foram cumpridos”, aponta-se no comunicado, que elogia os “progressos significativos no que respeita às reformas do setor da energia”.

No que toca às previsões económicas, o FMI mantém a estimativa de um crescimento de 5% para este ano, com uma inflação média de 4,2%, e antevê um défice orçamental de 5%, que deverá melhorar para 3% de acordo com os planos do Governo.

No entanto, salienta o FMI, as previsões estão sujeitas a “significativos riscos descendentes”, entre os quais está a consolidação orçamental para evitar a degradação da dívida pública.

“Atingir os objetivos de consolidação orçamental para 2024 e 2025 é essencial para atingir os objetivos do programa e reduzir as vulnerabilidades da dívida pública; em particular, será importante manter os rigorosos controlos sobre os gastos com os funcionários públicos e apertar os controlos sobre a despesa através do comité de despesa para evitar derrapagens orçamentais”, salienta o FMI.

O Governo da Guiné-Bissau “está a avançar nas reformas estruturais que são críticas para a implementação do programa com sucesso”, reconhece o Fundo, notando, ainda assim, que “são precisos mais esforços na governação e na transparência das reformas, bem como na diversificação económica, que são críticas para impulsionar o crescimento sustentável e inclusivo”.

O FMI aprovou, em 30 de janeiro do ano passado, um programa de três anos para a Guiné-Bissau, destinado a melhorar a sustentabilidade da dívida, melhorar a governação e reduzir a corrupção, ao mesmo tempo que cria espaço orçamental para o crescimento inclusivo, num total de 38,4 milhões de dólares (36,6 milhões de euros), que foi depois aumentado em 40% no final de novembro do ano passado.

Equipa Médica Internacional da Organização humana "Direct- Aid", lança 7ª Edição da campanha de consulta gratuita de olhos e oferta de medicamentos no Bairro de Enterramento

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O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, considerou hoje que Israel deve ter "um controlo de segurança total" sobre a Faixa de Gaza no final da guerra em curso no território palestiniano.

© Kobi Wolf/Bloomberg via Getty Images    Por Lusa   17/12/2024 

Ministro israelita defende "controlo total da segurança" em Gaza

O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, considerou hoje que Israel deve ter "um controlo de segurança total" sobre a Faixa de Gaza no final da guerra em curso no território palestiniano.

"Depois de eliminar o poder militar e governamental do Hamas em Gaza, Israel exercerá um controlo de segurança total sobre Gaza, com total liberdade de ação", escreveu Katz nas redes sociais, citado pela agência francesa AFP. 

Katz esclareceu tratar-se da uma posição pessoal.

Defendeu que a governação da Faixa de Gaza deveria ser "exatamente como na Judeia e Samaria", o nome que Israel dá à Cisjordânia, o território palestiniano que ocupa desde 1967.

A futura governação da Faixa de Gaza tem sido objeto de especulação desde há meses em Israel, nos Territórios Palestinianos e na comunidade internacional.

O antecessor de Katz, Yoav Gallant, opôs-se firmemente a qualquer controlo israelita duradouro da Faixa de Gaza após a guerra.

"Não aceitarei o estabelecimento de uma administração militar israelita em Gaza, Israel não deve ter controlo civil sobre a Faixa de Gaza", afirmou Gallant em maio.

Gallant apelou na altura ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, para que assumisse um compromisso nesse sentido.

Em novembro, Netanyahu demitiu Gallant, devido a divergências sobre a condução da guerra em Gaza, e nomeou Katz.

O atual ministro da Defesa é considerado por comentadores políticos israelitas como sendo mais inclinado a adotar as posições de Netanyahu, segundo a AFP.

O exército israelita ocupou a Faixa de Gaza de 1967 a 2005, altura em que se retirou unilateralmente, desalojando, por vezes à força, os colonos israelitas que se tinham mudado para o enclave palestiniano.

O grupo extremista Hamas, que venceu as eleições legislativas palestinianas de 2006, tomou o poder em Gaza em 2007, após meses de confrontos com outros movimentos políticos, incluindo a Fatah, do Presidente da Autoridade Nacional Palestiniana, Mahmoud Abbas.

A guerra atual foi desencadeada em 07 de outubro de 2023 por um ataque sem precedentes do Hamas em Israel que causou mais de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Mais de 45.000 palestinianos foram mortos na campanha militar de retaliação de Israel na Faixa de Gaza, a maioria dos quais civis, segundo dados do Ministério da Saúde do Governo do Hamas, considerados fiáveis pela ONU.

Israel, Estados Unidos e União Europeia consideram o Hamas como uma organização terrorista.


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Ucrânia reivindica ataque que matou responsável do exército russo... O oficial superior russo e um adjunto morreram numa explosão perto de um edifício residencial no sudeste de Moscovo, Rússia.

© ALEXANDER NEMENOV/AFP via Getty Images   Notícias ao Minuto 17/12/2024 

A Ucrânia está a reivindicar o ataque que matou um oficial superior russo, em Moscovo, na Rússia, avança a AFP News Agency.

De acordo com o The Kyiv Independent, que cita uma fonte, o tenente-general Igor Kirillov foi morto numa operação dos serviços secretos ucranianos.

Recorde-se que hoje, um oficial superior do exército russo morreu numa explosão perto de um edifício residencial no sudeste de Moscovo, anunciou o Comité de Investigação russo, responsável pelas principais investigações no país.

"Um engenho explosivo colocado numa motorizada estacionada perto da entrada de um edifício residencial foi ativado no dia 17 de dezembro de manhã [hora local], na avenida Ryazansky, em Moscovo", indicou o comité, em comunicado.

"O comandante das forças russas de defesa radiológica, química e biológica, Igor Kirillov, e o adjunto morreram" na explosão, acrescentou a mesma fonte.


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Uma investigação baseada em observações do telescópio James Webb abre a possibilidade de que o Trappist-1 b, um dos sete planetas rochosos ao redor da estrela Trappist-1, possa ter uma atmosfera.

© Getty Images   Por Lusa  17/12/2024

Cientistas admitem que o exoplaneta Trappist-1 b possa ter atmosfera

Uma investigação baseada em observações do telescópio James Webb abre a possibilidade de que o Trappist-1 b, um dos sete planetas rochosos ao redor da estrela Trappist-1, possa ter uma atmosfera.

O sistema planetário Trappist-1, a 40 anos-luz de distância (um ano-luz tem cerca de 9,46 triliões de quilómetros), é único porque permite aos astrónomos estudar sete planetas semelhantes à Terra a uma distância relativamente curta, com três destes na chamada "zona habitável", devido à possibilidade de que alguns podem ter água líquida à superfície. 

Até à data, dez programas de investigação focaram este sistema com o Telescópio Espacial James Webb (JWST) durante 290 horas.

Embora até agora se pensasse que Trappist-1 b era um planeta rochoso, muito erodido e sem atmosfera, "esta ideia não concorda com as medições atuais, acreditamos que o planeta está coberto por material relativamente inalterado", explicou Jeroen Bouwman, um astrónomo do Instituto de Astronomia Max Planck.

Os últimos resultados indicam que a rocha à superfície tem no máximo 1.000 anos de idade, muito mais jovem do que o próprio planeta, cuja idade é estimada em vários milhares de milhões de anos.

Isto implicaria que a crosta do planeta está sujeita a mudanças drásticas, que poderiam ser explicadas pelo vulcanismo extremo ou pelas placas tectónicas.

Os cientistas fizeram cálculos de modelação que mostram que o nevoeiro pode reverter a estratificação da temperatura de uma atmosfera rica em dióxido de carbono (CO2).

Ao contrário do que se pensava, existem condições para que o planeta tenha uma atmosfera densa e rica em CO2, realçou Thomas Henning, diretor emérito do Instituto Max Planck de Astronomia e um dos principais arquitetos do instrumento MIRI do telescópio James Webb, com o qual foram feitas as observações.

"Este telescópio tornou-se rapidamente a ferramenta definitiva para caracterizar exoplanetas com um nível de detalhe surpreendente. Estas capacidades serão em breve complementadas com novos satélites em órbita, como é o caso do PLATO, no qual Espanha também investiu uma quantidade considerável de recursos", vincou Barrado, investigador do Centro Espanhol de Astrobiologia (INTA-CSIC), que também participou no estudo.

Os investigadores salientam que o Trappist-1 b é um exemplo claro do quão difícil é atualmente detetar e determinar as atmosferas dos planetas rochosos, mesmo para o James Webb, uma vez que são muito finos em comparação com os planetas gasosos e apenas produzem assinaturas mensuráveis fracas.

As duas observações para estudar Trappist-1 b, que forneceu valores de brilho em dois comprimentos de onda, duraram quase 48 horas, o que não foi tempo suficiente para determinar sem dúvida se o planeta tem atmosfera.

A equipa de investigadores espera obter uma confirmação definitiva recorrendo a outra variante de observação: registar a órbita completa do planeta em torno da estrela, incluindo todas as fases de iluminação, desde o lado escuro noturno, quando passa em frente da estrela, até ao lado luminoso diurno.

Esta abordagem permitirá analisar como se distribui o calor no planeta e a partir daí deduzir a presença de uma atmosfera.

Isto acontece porque a atmosfera ajuda a transportar o calor do lado diurno para o lado noturno: se a temperatura mudar abruptamente na transição entre os dois lados, isso indica a ausência de atmosfera.


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Assad fugiu, Zelensky ficou: é comparável? "Não é justo - nem para um nem para o outro - fazer essa comparação"

Bashar al-Assad (Getty)  Por  Nuno Mandeiro   cnnportugal.iol.pt

Bashar al-Assad garante que não fugiu da Síria, que a Rússia é que o obrigou, que foi tirado contra a vontade. Mas facto: obrigado ou não, contra a vontade ou nem por isso, Assad saiu mesmo. Contraste: quando a guerra na Ucrânia começou, os americanos queriam tirar Zelensky de Kiev. Resposta de Zelensky: "Não preciso de boleia, preciso é de munições". E por lá ficou. Até hoje. Mas dúvida: como é que se tira alguém de um país contra a sua própria vontade?

Oito dias depois de ter abandonado a Síria, Bashar al-Assad reagiu esta segunda-feira: "Nunca considerei a possibilidade de me demitir ou de procurar refúgio". O presidente sírio diz inclusivamente que foi a Rússia que o obrigou a debandar porque foi "Moscovo que solicitou ao comando da base que providenciasse uma retirada imediata". Mas é possível obrigar alguém a abandonar o seu país contra a sua própria vontade?

A resposta simples é 'não', mas Assad ficou com apenas duas hipóteses: "Morrer como herói ou refugiar-se". Numa análise crua e restrita aos factos geoestratégicos em jogo naquele 8 de dezembro, o major-general Agostinho Costa acredita que estamos perante uma "mistura entre uma fuga por medo": "Se Bashar Al-Assad tivesse ficado lá, já estava morto. Saiu porque senão acabava pendurado numa grua como as imagens que surgiram de um cidadão que inicialmente diziam que era cunhado da família de Assad".

Tiago André Lopes, especialista em Relações Internacionais, concorda com esta análise: "Assad teria acabado definitivamente morto, da mesma forma que aconteceu a Kadhafi ou até mesmo a Saddam Hussein. Se tivesse ficado, a vida de Assad teria já cessado". Tiago André Lopes lembra que, muito provavelmente, foi isso mesmo que a Rússia lhe explicou. "O ponto de fuga é um ponto normal para a maior parte de todos os ditadores, lembrei-me logo da fuga do presidente da Tunísia quando começou a Primavera Árabe - e que até passou pelo Banco Central para buscar uns lingotes de ouro antes de fugir no avião para a Suíça", recorda o comentador da CNN Portugal", garantido que "esse parece ser um perfil muito típico desta região".

Assad fugiu, Zelensky ficou: é comparável?

"Não é possível e não é justo - nem para um nem para o outro - fazer essa comparação", diz Tiago André Lopes, que explica que "Zelensky não pode ser comparado com o autocrata": "É uma comparação indigna para o presidente da Ucrânia". Mas, por outro lado, "Assad não pode ser comparado porque também não tens o mesmo sistema de aliados nem o mesmo sistema de apoio que tinha Zelensky".

Perante a incomparável comparação, o especialista em Relações Internacionais categoriza a decisão de Assad como "uma fuga, acima de tudo, pelo medo". Uma tentativa de "preservar a vida" e eventualmente de se "reorganizar a partir de fora se tivesse havido resistência popular". "Percebendo que não houve resistência popular, que não houve resistência militar, que não houve resistência dos aliados, Assad consternou-se e aceitou", considera Tiago André Lopes. 

"Além disso, Assad sabia uma coisa: só iria conseguir combater se tivesse apoio maciço - quer da Rússia, quer do Irão, e percebeu nas primeiras horas que não o tinha. Indicativo disso é ter aceitado o seu destino: quando nós vimos a última conversa, a ser verdade, obviamente, que teve com o último primeiro-ministro nomeado pelo próprio, o primeiro-ministro explica-lhe o cenário do país e a resposta de Assad foi 'veremos amanhã'. Ou seja, há uma resignação um dia antes das tropas chegarem às portas de Damasco em relação ao seu futuro político", aponta Tiago André Lopes. 

Agostinho Costa tende a concordar que Zelensky e Assad são "completamente diferentes": "Nos primeiros dias o presidente Zelensky esteve em Lviv até perceber que a manobra russa era fundamentalmente de intimidação, depois foi-lhe assegurado apoio 'as long as it takes' por todo o Ocidente. O primeiro-ministro do Reino Unido na altura, Boris Johnson, até foi lá, é completamente diferente", considera o major-general, lembrando que "toda a estrutura de decisão, toda a estrutura militar, todo o apoio logístico, tudo é ocidental": "Não tenhamos ilusões: no momento da verdade, os aliados de al-Assad não se chegaram à frente, como se costuma dizer".

Já com Assad, Agostinho Costa explica que "à 25.ª hora os apoios desapareceram, os aliados próximos - russos e iranianos - não se mexeram e disseram que o primeiro a combater tinha de ser o exército nacional". "Na Ucrânia foi completamente diferente, o exército ucraniano não se retirou antes. Pelo contrário: bateu-se com muita força, com muita determinação, porque se o exército ucraniano tivesse positivamente debandado, Zelensky hoje estava na Flórida", resume Agostinho Costa.

De regresso à oftalmologia

O que levou Bashar al-Assad a estar oito dias remetido ao silêncio - é esta a atitude esperada de quem foi alegadamente obrigado a sair da Siria? Tiago André Lopes entende que não: "Fosse de facto verdade que tinha sido forçado a sair do país e, muito possivelmente, teria feito declarações no próprio dia, o que não o fez".

Para o comentador da CNN Portugal, "as declarações de Bashar al-Assad são uma justificativa pós-facto e, possivelmente, não são muito verdadeiras". "Não acho muito viável, possível nem credível que a Rússia tenha forçado um chefe de Estado a sair do próprio Estado", defende Tiago André Lopes, teorizando que o que pode ter acontecido é que "al-Assad pode ter pedido refúgio ou na embaixada de Moscovo na Síria ou em alguma das bases controladas pelos russos". "E o Kremlin aproveitou esse momento para explicar que, um, não iam defender o regime, e, dois, que a única solução para Assad era uma de duasc- ou aceitar asilo político na Rússia ou enfrentar a fúria do HTS", diz Tiago André Lopes.

"Estas declarações são, acima de tudo, para mostrar às bolsas do país que ainda estão com ele que, se tivesse dependido apenas e só da vontade dele, teria ficado no terreno. Não é necessariamente verdade que tenha sido assim e, portanto, nós temos de ter algum cuidado com este tipo de declarações pós-facto", sublinha Tiago André Lopes.

Agostinho Costa lembra que este desfecho vem comprovar que Bashar al-Assad foi um "incidente de percurso" na liderança da Síria. Em contraponto, o irmão mais velho de Bashar, Bassel al-Assad, foi treinado nas forças especiais, era paraquedista, tinha feito academia militar em Moscovo, estava no caminho de ser o sucessor, mas morreu num desastre de automóvel". Agostinho Costa realça que Bashar "era tudo menos um santo", mas traz este ponto para explicar que "saiu com a sua família e agora vai abrir uma clínica de oftalmologia em Moscovo". "Vai voltar aquilo que era o seu emprego, aquilo que era a sua vocação, porque, digamos, estou em crer que ele se viu livre de um fardo."

GUINÉ-BISSAU: EXPECTATIVAS QUEBRADAS APÓS A CIMEIRA DO ECODEAS

Por  Collectif des Panafricains pour Umaro Sissoco Embaló  

Em Bissau, rumores queimaram as ruas, alimentando a esperança de que a cimeira da CEDEAO traria respostas firmes para a situação política na Guiné-Bissau. Os cidadãos esperavam uma ação rigorosa contra o presidente Umaro Sissoco Embaló, relacionada com as controversas eleições legislativas e presidenciais, e outros assuntos de interesse nacional. No entanto, estas expectativas parecem ter colidido com a realidade de uma cimeira que, no final, não atendeu às aspirações de muitos.

A tensão palpável nas ruas resultou em frustração crescente. Muitos esperavam ver a CEDEAO agir firmemente para resolver as diferenças eleitorais e estabelecer um quadro político mais inclusivo. No entanto, as conclusões da cimeira foram vistas como insuficientes, ou mesmo decepcionantes, deixando os cidadãos se sentindo abandonados. "Nada mudou. Grandes discursos não têm impacto no nosso dia a dia", diz morador do bairro Cuntum.

Apesar das críticas e pressão, o Presidente Umaro Sissoco Embaló está a impor-se como "cana" na arena política Bissau-Guiné. Flexível, mas resistente, dobra-se sob pressão e nunca quebra. Esta postura lhe permite navegar por águas políticas turbulentas, flutuando entre concessões e firmeza para manter sua autoridade.

Um estilo de governança que divide. Enquanto alguns elogiam sua habilidade política, outros denunciam a falta de vontade para resolver os principais problemas do país, incluindo pobreza, desemprego e tensões sociopolíticas.

"O que podemos esperar de uma cimeira se não houver sanções ou decisões fortes? " ", pergunta-se a um observador.

E.A.F

Senté Afana

Collectif des Panafricains pour Umaro Sissoco Embaló

Rússia/Ucrânia: Responsável do exército russo morto em explosão em Moscovo

© REUTERS/Maxim Shemetov   Por Lusa  17/12/2024 

Um oficial superior do exército russo morreu hoje numa explosão perto de um edifício residencial no sudeste de Moscovo, anunciou o Comité de Investigação russo, responsável pelas principais investigações no país.

"Um engenho explosivo colocado numa motorizada estacionada perto da entrada de um edifício residencial foi ativado no dia 17 de dezembro de manhã [hora local], na avenida Ryazansky, em Moscovo", indicou o comité, em comunicado.

"O comandante das forças russas de defesa radiológica, química e biológica, Igor Kirillov, e o adjunto morreram" na explosão, acrescentou a mesma fonte.


Leia Também: O chefe da diplomacia polaca defendeu hoje que a Rússia deve ser "forçada" a iniciar conversações de paz e não Kyiv, enquanto a Europa teme pressões da futura administração Trump para um cessar-fogo em detrimento dos ucranianos.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Realizou-se nos dias 11 e 12 de dezembro o exercício "SEREIEX 2024" da Marinha de Guerra da Guiné-Bissau 🇬🇼 preparado e coordenado pela equipa de fuzileiros portugueses da Unidade de Meios de Desembarque 🇵🇹, integrado no Treino Operacional do Patrões de Lancha e Botes que decorreu de 1 de julho a 20 de dezembro.

Realizou-se nos dias 11 e 12 de dezembro o exercício "SEREIEX 2024" da Marinha de Guerra da Guiné-Bissau 🇬🇼 preparado e coordenado pela equipa de fuzileiros portugueses da Unidade de Meios de Desembarque 🇵🇹, integrado no Treino Operacional do Patrões de Lancha e Botes que decorreu de 1 de julho a 20 de dezembro. 
⚓️ Este exercício permitiu aferir o grau de prontidão dos militares guineenses para operação de botes, abordagens e ações de fiscalização no mar. Teve uma fase de desembarque na Praia de Suru com 15 fuzileiros da 🇬🇼 e uma segunda fase na zona do Cais Comercial de Pesca, com a participação de todos os 24 formandos do Curso SWAIMS - progama de segurança marítima no Golfo da Guiné apoiado pela União Europeia 🇪🇺- , com elementos de várias entidades guineenses: INFISCAP, Instituto Marítimo Portuário, Brigada Costeira e Policia Judiciária. 
Para além dos meios 🇵🇹 destacados em Bissau ao abrigo da Cooperação no Domínio da Defesa (embarcações de alta velocidade e Botes), os meios navais da 🇬🇼, designadamente, a Lancha Rainha Okinka Pampa (INFISCAP, disponibilizada União Europeia na Guiné-Bissau 🇪🇺), ZODIAC (cedida pela 🇫🇷) e MADERA II (cedida por 🇲🇦). Foram testados, com sucesso, os procedimentos de abordagem a embarcações suspeitas, com comportamentos colaborativos e não colaborativos. Releva-se a coordenação de mais 50 elementos e 8 meios navais para o exercício que decorreu sem qualquer incidente.

As forças de segurança palestinianas lançaram uma rara operação de repressão contra grupos militantes locais no norte da Cisjordânia, enviando carros blindados e envolvendo-se em ferozes tiroteios que mataram pelo menos duas pessoas na zona volátil.

© MOHAMMED HUWAIS/AFP via Getty Images   Lusa   16/12/2024

Palestina. Forças de segurança lançam operação de repressão contra Hamas

As forças de segurança palestinianas lançaram uma rara operação de repressão contra grupos militantes locais no norte da Cisjordânia, enviando carros blindados e envolvendo-se em ferozes tiroteios que mataram pelo menos duas pessoas na zona volátil.

A incursão marca um passo invulgar para a Autoridade Nacional Palestiniana, o organismo que governa as bolsas semiautónomas da Cisjordânia ocupada, reconhecido internacionalmente, mas que perdeu em grande parte o controlo dos bastiões dos militantes, como Jenin, onde as forças operaram durante o fim de semana e hoje. 

As tropas israelitas entraram no reduto nos últimos anos, particularmente desde o ataque militante do Hamas de 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra em curso em Gaza. Segundo as autoridades sanitárias palestinianas, 811 palestinianos foram mortos desde então na Cisjordânia, a maioria devido a ataques israelitas a cidades e vilas palestinianas. Israel afirma que a maioria dos mortos eram militantes do Hamas.

 No sábado, as forças de segurança palestinianas disseram que tinham começado a operação no campo de refugiados de Jenin, um antigo reduto de militantes do Hamas. Segundo a Associated Press, a operação prosseguiu hoje, com jornalistas a ouvirem tiros e a avistarem pelo menos dois veículos blindados palestinianos a percorrerem os arredores do campo.

O gabinete humanitário da ONU disse que as forças de segurança tomaram parte de um hospital em Jenin, utilizando-o como base e disparando a partir do interior. As forças detiveram pelo menos oito homens, tendo um deles sido retirado do hospital numa maca, segundo a ONU.

A principal agência das Nações Unidas para os palestinianos, a UNRWA, suspendeu os seus serviços, incluindo a escolarização.

Grupos militantes da Jihad Islâmica e Hamas operam livremente em Jenin, e as suas ruas são regularmente ladeadas por cartazes que representam os combatentes mortos como mártires da luta palestiniana. Jovens com walkie-talkies patrulham os becos, acrescenta a AP.

Israel afirma que os grupos militantes fazem parte do "eixo de resistência" iraniano. Ambos os grupos recebem financiamento e outros apoios do Irão, mas estão profundamente enraizados na sociedade palestiniana.

 As forças de segurança estão "a operar de acordo com uma visão política clara" da liderança palestiniana "sobre a importância de impor a ordem, estabelecer o estado de direito, restaurar a paz civil e a segurança social", disse o porta-voz, Brigadeiro-General Anwar Rajab. As tropas estavam concentradas em "erradicar" os grupos apoiados pelo Irão que estavam a tentar incitar "o caos e a anarquia", acrescentou.

As forças de segurança palestinianas comunicaram a morte de dois homens durante a repressão: um civil de 19 anos, Rabhi Shalabi, morto a tiro numa mota, e um militante da Jihad Islâmica, Yazi Jaayseh.

As forças de segurança, que inicialmente negaram ter morto Shalabi antes de o admitirem numa declaração na sexta-feira, não disseram por que razão visavam o jovem. O seu primo de 15 anos, que também ia na mota, foi baleado na cabeça e ficou ferido. Os funcionários da ONU, citando imagens de vídeo locais, disseram que os dois estavam desarmados e entregavam comida num restaurante familiar quando foram baleados, e que Shalabi levantou as duas mãos para o ar antes de ser morto.

Não ficou claro por que razão a Autoridade Nacional Palestiniana decidiu lançar agora a repressão. Tais ações são impopulares entre a população palestiniana, que acusa as forças de segurança palestinianas de colaborarem com Israel, avança a AP.

Os militares israelitas afirmaram não estar envolvidos na operação e não fizeram mais comentários.

 Mahmoud Mardawi, alto funcionário do Hamas, criticou a operação da Autoridade em Jenin como uma "tentativa de acabar com a resistência". Em comentários divulgados hoje pelo Hamas, ele instou a Autoridade Nacional Palestiniana a interromper imediatamente seu "comportamento antipatriótico que serve à ocupação".

Os EUA têm procurado reforçar a Autoridade Nacional Palestiniana, esperando que esta ajude a gerir a Faixa de Gaza após a guerra.

Os funcionários da Casa Branca não quiseram comentar publicamente a sua posição sobre a operação em Jenin. Os funcionários do Conselho de Segurança Nacional dos EUA também não quiseram comentar.

No total, desde o início da guerra, a ONU afirma que pelo menos sete palestinianos foram mortos pelas forças de segurança palestinianas e que pelo menos 24 israelitas foram também mortos por atacantes palestinianos na Cisjordânia.


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"Os mais recentes ataques israelitas à Síria foram tão intensos que provocaram um terramoto"

O correspondente da CNN Portugal Henry Galsky dá conta dos detalhes da mais recente ofensiva israelita a alvos militares na Síria.

Instituto Nacional de Estatística da Guiné-Bissau, recebe equipamentos informáticos, destinados ao 4° Recenseamento Geral da População e Habitação, perspectivado para o Abril de 2025...

 Radio TV Bantaba