sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Negociações entre Guiné-Bissau e Portugal abrem caminho para reconhecimento de cartas de condução

Bissau, 31 de outubro de 2025 – Teve lugar hoje, na sala de reuniões do Ministério dos Transportes, o encontro técnico de negociação do futuro Acordo Bilateral para o Reconhecimento de Títulos de Condução entre a Guiné-Bissau e Portugal.

A reunião contou com a presença da delegação do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) de Portugal, composta pela Chefe do Departamento da Habilitação de Condutores, Dra. Maria de Lurdes Bernardo, e pela Diretora de Serviços de Formação e Certificação, Dra. Helena Girão. Participou igualmente o Embaixador de Portugal na Guiné-Bissau, Dr. Miguel Cruz Silvestre.

Do lado guineense, marcaram presença o Secretário-Geral do Ministério dos Transportes, Eng. Marcelino Pedro Mendes Pereira, o Diretor-Geral da Direção-Geral de Viação Terrestre e Transportes (DGVTT), Dr. Jaimentino Có, representantes da empresa QUIPUX e demais comitivas da DGVTT.

A delegação do IMT encontra-se em Bissau desde o dia 29 de outubro, tendo desenvolvido diversas atividades técnicas ligadas ao processo de emissão de cartas de condução. Durante a sua estadia, os representantes do IMT visitaram centros de exames teóricos e práticos, bem como escolas de condução, acompanhando de perto o funcionamento dos serviços e as etapas do processo formativo dos condutores.

O encontro desta quinta-feira representou o ponto alto da missão, com a realização da reunião de negociação técnica do futuro acordo, que visa facilitar o reconhecimento mútuo dos títulos de condução emitidos pelos dois países e reforçar a cooperação bilateral no domínio dos transportes rodoviários.

Grávida que morreu. "O seguimento da gravidez não foi o ideal"... De acordo com o Direitor do Serviço de Ginecologia e Obstétrica Amadora-Sintra a mulher que hoje morreu tinha chegado há pouco tempo a Portugal. Bebé está internado nos Cuidados Intensivos, com prognóstico reservado.

Por LUSA 

A grávida de 38 semanas que morreu na madrugada desta sexta-feira no Hospital Amadora-Sintra tinha chegado há pouco tempo a Portugal e não tinha tido o melhor acompanhamento da gravidez, revelou Diogo Bruno, o Direitor do Serviço de Ginecologia e Obstétrica Amadora-Sintra.

"A grávida foi referenciada à nossa consulta [na quarta-feira], tendo chegado a Portugal relativamente recentemente. O seguimento da gravidez não foi o seguimento ideal. Tinha efetivamente uma história não bem esclarecida de hipertensão mas, na consulta que cá [Amadora-Sintra] teve, o nível de tensão era muito ligeiramente elevado", esclareceu o responsável.

Como já tinha revelado o hospital num comunicado enviado às redações, um dia após a consulta de rotina, a grávida entrou nas urgências do Amadora-Sintra "em paragem cardiorrespiratória", uma situação que não foi possível reverter.

Segundo o médico, "antes mesmo de entrar no hospital, a grávida já tinha um plano de atuação traçado". "Foi tudo super rápido", foi feita a cesariana para tentar salvar o bebé.

Apesar disso, o bebé está "internado nos Cuidados Intensivos Neonatais" da unidade hospitalar, com prognóstico reservado.

Tanzânia: Cerca de 700 manifestantes mortos desde quarta-feira na Tanzânia... Cerca de 700 pessoas morreram desde quarta-feira nos protestos pós-eleitorais na Tanzânia, avançou hoje o partido de oposição Chadema.

©Shutterstock   Lusa  31/10/2025 

"No momento em que falamos, o número de mortos em Dar Es Salam é de cerca de 350, e há mais de 200 em Mwanza. Se somarmos os números de outras zonas do país, chegamos a um total de cerca de 700 mortos", declarou o porta-voz do Chadema, John Kitoka, à agência de notícias France-Presse (AFP). 

"A nossa mensagem ao Governo é: parem de matar os nossos manifestantes. Parem com a brutalidade policial. Respeitem a vontade do povo, que é a justiça eleitoral", apelou o porta-voz do Chadema, que anunciou para hoje novas manifestações na capital comercial, Dar Es Salam.

A AFP reportou também que uma das suas fontes na área da segurança avançou um balanço de mortes semelhante e confirmou que centenas de pessoas estão hoje a manifestar-se.

Um representante da Amnistia Internacional, ouvido pela AFP, indicou ter recebido informações sobre pelo menos 100 mortos na Tanzânia nos últimos dois dias.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos também apelou hoje às forças de segurança da Tanzânia para que não recorram a uma força "desnecessária ou desproporcionada" contra os manifestantes, após os episódios de violência eleitoral.

"Instamos as autoridades a garantirem investigações rápidas, imparciais e eficazes sobre todos os casos de violência relacionados com as eleições", declarou o porta-voz do Alto Comissariado, Seif Magango, em conferência de imprensa.

O Chadema foi excluído das eleições por se recusar a assinar o código eleitoral que, de acordo com o partido da oposição, não incluía as reformas exigidas, apelando ao boicote das eleições. O líder, Tundu Lissu, detido em abril, está a ser julgado por traição, uma acusação punível com a pena de morte.

O candidato do outro principal partido da oposição, Luhaga Mpina, do ACT-Wazalendo, foi desqualificado por razões processuais.

"Na realidade, não houve eleições. Precisamos de um Governo de transição que nos conduza a uma votação livre e justa", acrescentou John Kitoka.

Desde quarta-feira que vários protestos exclodiram na Tanzânia, principalmente em Dar Es Salam, com os manifestantes a criticarem a Presidente, Samia Suluhu Hassan, que procura um segundo mandato, e o partido no poder Chama Cha Mapinduzi, que governa o país desde a independência em 1961.

O exército já foi visto a patrulhar as ruas e um recolher obrigatório foi anunciado logo na quarta-feira.


Rússia alerta Estados Unidos contra possíveis testes nucleares... O secretário do Conselho de Segurança russo alertou hoje que os testes nucleares dos Estados Unidos afetam a estabilidade estratégica, garantindo que a Rússia está pronta para realizar também ensaios nucleares.

© Lusa   31/10/2025 

Sergei Shoigu, antigo ministro da Defesa russo, disse à imprensa russa que as recentes declarações do Presidente norte-americano, Donald Trump, sobre os testes de armas nucleares afetam a estabilidade estratégica. 

"Não queremos que a estabilidade estratégica continue a deteriorar-se", afirmou Shoigu.

No entanto, observou que a Rússia sempre manteve os seus campos de testes abertos "para que conservem as suas capacidades e possam ser utilizados, se necessário".

"Trata-se, naturalmente, o campo de testes de Novaya Zemlya", localizado no arquipélago ártico com o mesmo nome, indicou.

Shoigu esclareceu, no entanto, que a Rússia não realizará testes nucleares se os Estados Unidos não o fizerem, uma posição que "não é nova".

Acrescentou que, embora não tenham sido realizados testes nucleares nas últimas décadas, "os testes não pararam em nenhum país, nem por um único dia, nem por uma única hora. Apenas foram realizados digitalmente; não foram realizados testes físicos, mas sim com modelos matemáticos".

"Devido aos programas de testes de outros países, instruí o Departamento de Guerra para começar a testar as nossas armas nucleares em igualdade de circunstâncias. Este processo começará imediatamente", afirmou Trump na quinta-feira através da plataforma Truth Social.

No entanto, permanece incerto se o líder norte-americano se referia aos testes de lançamento de armas nucleares ou a testes nucleares reais, sejam eles acima ou abaixo do solo.

Mais tarde, a bordo do Air Force One, regressado da Coreia do Sul, Trump afirmou que o seu anúncio de retomada imediata dos testes nucleares tinha como foco alcançar a "desnuclearização" e incluir a China nas negociações do tratado de não-proliferação com a Rússia.

O anúncio de Trump surgiu depois de o Presidente russo, Vladimir Putin, ter ordenado exercícios nucleares terrestres, marítimos e aéreos a partir do Kremlin, em 22 de outubro, e anunciado, nos últimos dias, testes de dois sistemas de armas nucleares de nova geração: o míssil de cruzeiro Burevestnik e o submarino não tripulado Poseidon.

Em resposta, o Kremlin esclareceu Trump que a Rússia não realizou qualquer teste nuclear, sendo o último deles realizado pela União Soviética em 1990.


Grávida morre depois de ir ao hospital Amadora-Sintra e ser mandada para casa. Bebé nasceu, está com "prognóstico muito reservado"

Por  Daniela Rodrigues | Andreia Miranda  cnnportugal.iol.pt

Hospital abre inquérito. Mulher foi ao Amadora-Sintra na quarta-feira, tendo-lhe sido detetada "hipertensão ligeira". Foi enviada para casa com consulta marcada. Deu novamente entrada no hospital esta madrugada, transportada pelo INEM - estava em paragem cardiorrespiratória. Entre a chamada para o INEM e a chegada ao hospital passaram uma hora e 20 minutos

Uma mulher grávida de 38 semanas morreu na madrugada desta sexta-feira no hospital Amadora-Sintra, em Lisboa. A mulher, de 36 anos e de nacionalidade guineense, tinha estado no hospital durante a tarde de quarta-feira para uma consulta, onde lhe foi detetado um episódio de hipertensão. Foi mandada para casa com consulta marcada.

Esta sexta-feira de madrugada, voltou a entrar na urgência do hospital Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra) - foi transportada pelo INEM e estava em paragem cárdiorrespiratória. O parto foi realizado e o bebé nasceu - está com prognóstico muito reservado.

A mulher acabou por morrer. O corpo ainda está no hospital. 

O hospital enviou entretanto um comunicado - no qual anuncia a abertura de um inquérito ao sucedido:

"A Unidade Local de Saúde Amadora/Sintra (ULS Amadora/Sintra) informa que, no dia 31 de outubro de 2025, cerca das 01h50, deu entrada no Serviço de Urgência de Obstetrícia desta ULS uma utente grávida de 38 semanas, natural da Guiné-Bissau, transportada por uma equipa do INEM, em situação de paragem cardiorrespiratória. Após a entrada no serviço foi realizada de imediato uma cesariana de emergência, tendo o bebé nascido às 01h56, encontra-se neste momento sob vigilância médica, com prognóstico muito reservado.

Mais se informa que, no dia 29 de outubro de 2025, a utente dirigiu-se assintomática a este ULS para uma consulta rotina, durante a qual foi identificada com hipertensão ligeira. De acordo com o protocolo clínico, a utente foi então referenciada internamente para a Urgência de Obstetrícia, onde, após a realização de vários exames complementares de diagnóstico, teve alta com indicação para internamento às 39 semanas de gestação.

A Unidade Local de Saúde Amadora/Sintra lamenta profundamente o falecimento da utente e endereça sentidas condolências à família. Informa-se ainda que foi aberto um inquérito interno para apurar todas as circunstâncias associadas ao ocorrido".

Uma hora e 20 minutos entre a chamada e a chegada ao hospital

Também em comunicado, o INEM confirma que pelas 00:28 de sexta-feira "foi recebida uma chamada no Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM, solicitando ajuda para uma grávida de 36 anos, com uma gestação de 38 semanas, que apresentava falta de ar". 

"Depois de realizada a triagem clínica e prestado o aconselhamento necessário, o CODU acionou uma Ambulância de Socorro, às 00h36", refere a nota, que acrescenta que "às 00:54, que a vítima se encontrava em paragem cardiorrespiratória (PCR)".

A Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do HFF foi enviada para o local, onde às 01:14 "implementou as medidas de Suporte Avançado de Vida (SAV) adequadas".

"A utente foi depois encaminhada para o HFF, com acompanhamento médico da equipa da VMER, onde deu entrada pelas 01:48", refere a nota.

Entre a chamada, pelas 00:28, e a chegada ao hospital, pelas 01:48, passaram uma hora e vinte minutos.

Marcelo pede pacto na saúde

A notícia surge um dia depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter criticado as constantes mudanças no ministério da Saúde, numa altura em que Ana Paula Martins tem sido alvo de críticas pelo estado do SNS. 

"Se acaba um Governo, entra outro com outra política de saúde. Depois entra outro, que tem outra política de saúde. Não há política de saúde que aguente, não há. Ou melhor, não há saúde que aguente. Talvez valha a pena pensar que não é boa ideia de cada vez que muda de Governo mudar-se de política também no domínio da saúde", afirmou o Presidente.

O Presidente da República sugere um acordo político sobre o papel do SNS, do setor social e do setor privado na saúde, para que haja um quadro de médio prazo. Segundo o chefe de Estado, o Governo deve decidir primeiro se quer ou não fazer acordo, mas, "mesmo sem acordo, tem de um dia tomar uma decisão sobre isto: o que é que deve ser SNS, o que é que deve ser setor social, o que é que deve ser setor privado lucrativo - com a flexibilidade suficiente para pensar nas interações".

A oposição já pediu a demissão da ministra - ainda antes desta notícia no Amadora-Sintra. Na quarta-feira, o secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, desafiou o primeiro-ministro a demitir a ministra da Saúde, considerando que Ana Paula Martins está sem autoridade política.

Ana Paula Martins vai estar no Parlamento esta sexta-feira, para ser ouvida pelos deputados no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2026. Está marcado para as 15:00.


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O Amadora-Sintra abriu um inquérito interno à morte da grávida de 38 semanas que morreu na madrugada de hoje, um dia depois de ter estado numa consulta no mesmo hospital.



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Uma grávida de 38 semanas morreu esta sexta-feira depois de uma visita ao hospital Amadora-Sintra na quarta-feira para uma consulta, em que foi detetada uma situação de hipertensão.


O Estado Maior General das Forças Armadas esclarece sobre tentativa de golpe de estado, em conferência de imprensa.

Forças Armada/EMGFA denuncia alegada tentativa de subversão da ordem constitucional no país

Bissau, 31 Out 25 ANG) – O Estado-Maior General das Forças Armadas(EMGFA), denunciou, hoje, uma  alegada tentativa de subversão da ordem constitucional, num momento em que o país se prepara para as eleições gerais, marcadas para o dia 23 de Novembro.

A denúncia foi feita durante uma conferência de imprensa, em Bissau, dirigida pelo Vice Chefe do Estado-maior General das Forças Armadas, Tenente-General Mamadu “Nkrumah” Turé, e contou com a presença de oficiais superiores e subalternos.
Nkrumah" Turé, afirmou que o general Daba Na Walna, antigo presidente do Tribunal Superior Militar, se encontra detido, desde quarta-feira à noite, "devido ao seu envolvimento no golpe".

Turé apresentou alegados factos que segundo disse confirmam o envolvimento de Daba Na Walna na tentativa de golpe.

"Fez uma requisição de armas, viaturas e coletes antibala. Disse que era para dar aos formandos na Escola Militar de Cumeré, afinal era para fazer golpe de Estado", declarou o vice-chefe das Forças Armadas guineenses.

Mamadu Turé lamentou a detenção dos oficiais, que recusaram a cumprir com as orientações e dos conselhos do Estado-Maior General.

“ O nosso Chefe de Estado-Maior General desde sua tomada de posse jurou se subordinar ao poder político, respeitar a Constituição da República e demais leis em vigor no país, reorganizar as forças armadas, criar mínimas condições para formação dos jovens militares”, lembrou.

Acrescentou que o Chefe de Estado-Maior General cumpriu com essas promessas e mesmo assim ainda há camaradas que aceitam colaborar com políticos para subverter a ordem criando instabilidade e morte para os próprios militares

De acordo com o comunicado lido pelo  Chefe da Divisão Central de Recursos Humanos do EMGFA, Fernando Gomes da Silva, o episódio envolve alguns oficiais das Forças Armadas, cujas ações, segundo as autoridades militares, colocam em risco a paz e a estabilidade nacional, consideradas essenciais para o desenvolvimento socioeconómico e para a atração de investimento externo.

“O processo de inquérito para apurar os factos e identificar todos os envolvidos já está em curso. As Forças Armadas garantem que todos os responsáveis serão levados à justiça, e os que se encontram em fuga serão localizados e detidos”, salientou.

 Durante a conferência foram ainda exibidos fragmentos, ou seja, áudios dos trabalhos da comissão de inquérito, com o objetivo de demonstrar à comunidade nacional e internacional a veracidade dos factos denunciados.

As Forças de Defesa e Segurança afirmaram que não permitirão distúrbios nem desordens durante o processo eleitoral e que estarão “vigilantes e intransigentes” perante qualquer tentativa de pôr em causa as eleições.

Informou que o Comando Conjunto para o Asseguramento das Eleições Gerais, já constituído, é composto por mais de 15 mil efetivos das Forças Armadas, da Guarda Nacional, da Polícia de Ordem Pública e das Forças de Estabilização da CEDEAO.

A missão desse comando, de acordo com o comunicado, é garantir a segurança dos candidatos, coligações e partidos concorrentes em todo o território nacional, além de dissuadir “de forma severa e intolerável quaisquer ameaças verificadas antes, durante e depois do escrutínio”.

As Forças de Defesa alertaram ainda que não será tolerada qualquer tentativa de interferência ou manipulação de pessoas individuais ou colectiva, através de redes sociais ou outros meios de comunicação social que visem “desestabilizar ou desacreditar a liderança militar”.

No comunicado as Forças Armadas apelam à unidade e disciplina de todos os elementos das Forças Armadas e de Segurança, desde os generais até aos soldados, pedindo-lhes que permaneçam fiéis aos ideais da República e se abstenham de qualquer ato que possa comprometer a paz e a estabilidade que tanto o povo guineense deseja.


Cerimonia de abertura da Atelier sobre Educação Financeira para Assalariados

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Estudo: Cientistas descobrem que chimpanzés conseguem tomar "decisões racionais"... Uma equipa de cientistas dos Estados Unidos (EUA) e dos Países Baixos indicou que os chimpanzés conseguem tomar decisões racionais, segundo um estudo publicado na quinta-feira na revista científica Science.

© David Zorrakino/Europa Press via Getty Images   Lusa   31/10/2025 

"Os nossos parentes vivos mais próximos, os chimpanzés, também conseguem avaliar as provas que encontram para tomar decisões racionais", refere o estudo da equipa liderada por cientistas da Universidade da Califórnia (EUA) e da Universidade de Utrecht (Países Baixos). 

De acordo com um comunicado da Universidade da Califórnia, o estudo desafiou a visão tradicional de que a racionalidade, ou seja, a capacidade de formar e rever crenças com base em evidências, é exclusiva dos humanos.

Para obter os resultados, os especialistas, que trabalharam no santuário de chimpanzés da Ilha de Ngamba (Uganda), mostraram duas caixas aos animais, sendo que uma tinha comida.

Os cientistas deram aos chimpanzés uma pista referente à caixa que tinha comida.

Mais tarde, os animais receberam novas provas que sugeriam que a outra caixa é que trazia alimento.

Os investigadores observaram a forma como os chimpanzés mudavam de ideias e tomavam novas decisões conforme as pistas que recebiam.

"Os investigadores observaram os macacos a avaliar a qualidade das provas apresentadas, a alterar o seu comportamento com base no que viam e até a rever as suas crenças à luz de novas informações", refere o artigo da revista científica.

O raciocínio "flexível" assistido nos animais está associado às crianças com pelo menos quatro anos, segundo os investigadores.

Para assegurar que as decisões dos chimpanzés estavam associadas ao raciocínio e não ao instinto animal, os cientistas realizaram testes controlados e usaram modelos computacionais.

As análises descartaram as explicações mais simples, como por exemplo, a teoria dos chimpanzés preferirem a pista mais recente ou a hipótese de que os animais reagiam à pista mais óbvia.

Os modelos confirmaram que as decisões dos chimpanzés coincidiam com pensamentos racionais.

Os investigadores pretendem alargar o estudo a outras espécies de primatas e construir um mapa comparativo das capacidades de raciocínio em diferentes ramos evolutivos.


Líder de Taiwan rejeita proposta chinesa de "um país, dois sistemas"... O Presidente de Taiwan, William Lai, apelou hoje ao repúdio da "anexação, agressão, unificação forçada e da fórmula de 'um país, dois sistemas'" proposta pela China, após Pequim ter intensificado as reivindicações de soberania sobre a ilha.

© Daniel Ceng/Anadolu via Getty Images    Lusa   31/10/2025 

"Reforçamos a nossa defesa nacional para proteger a nossa pátria e manter a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan. Só a força pode trazer uma paz verdadeira. Um acordo de paz não a garantirá, e aceitar as exigências dos agressores ou renunciar à soberania também não", afirmou Lai durante uma cerimónia militar na base de Hukou, no norte de Taiwan. 

Na cerimónia de incorporação dos novos tanques norte-americanos M1A2T nas Forças Armadas de Taiwan, Lai apelou às tropas para que se mantenham "firmes, sem arrogância" e para que preservem o "status quo" no estreito. Sublinhou ainda que defender a soberania e o "modo de vida livre e democrático" do povo taiwanês "não deve ser considerado uma provocação".

"Sustentamos que a República da China (nome oficial de Taiwan) e a República Popular da China não estão subordinadas uma à outra, que a soberania de Taiwan é inviolável e que o futuro da República da China só pode ser decidido pelos seus 23 milhões de cidadãos", sublinhou o Presidente, reiterando a posição que o Governo taiwanês tem mantido nos últimos anos.

As declarações ocorrem poucos dias após a imprensa oficial chinesa ter divulgado uma série de artigos em que exalta os alegados benefícios de uma "reunificação" entre a ilha e o continente, num processo que, segundo Pequim, seria realizado sob o modelo de "um país, dois sistemas", atualmente aplicado nas regiões administrativas especiais de Hong Kong e Macau.

Segundo um desses textos, sob os acordos de "reunificação pacífica" -- e desde que fossem garantidas a soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento da China --, seria respeitado "o sistema social existente e o modo de vida de Taiwan", garantindo à ilha um "elevado grau de autonomia".

No entanto, o porta-voz do Gabinete para os Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado da China, Peng Qing'en, afastou esta semana o tom conciliador dos artigos, ao advertir que Pequim "nunca" renunciará ao uso da força para tomar o controlo da ilha.

"Estamos dispostos a criar um amplo espaço para a reunificação pacífica (...), mas nunca nos comprometeremos a renunciar ao uso da força", afirmou Peng, que insistiu que a fórmula de "um país, dois sistemas" continua a ser "a melhor via para resolver a questão de Taiwan".

JD Vance justifica necessidade de testar arsenal nuclear face aos programas da Rússia e China... As declarações do vice-presidente norte-americano surgem em resposta aos recentes anúncios de Vladimir Putin sobre novos mísseis russos, incluindo o Burevestnik e o drone submarino Poseidon.

Por  SIC Notícias Com LUSA

O vice-presidente norte-americano, J.D. Vance, defendeu quinta-feira que os testes são necessários para o bom funcionamento do arsenal nuclear dos Estados Unidos, após Donald Trump ter anunciado, na quarta-feira, que o país ia retomar este tipo de exercícios.

"Temos um grande arsenal, obviamente. Os russos têm um grande arsenal nuclear. Os chineses têm um grande arsenal nuclear. Por vezes, é preciso testá-lo para garantir que está a funcionar corretamente", destacou Vance, em declarações aos jornalistas na Casa Branca.

"Para sermos claros, sabemos que está a funcionar corretamente, mas é preciso garantir isso ao longo do tempo", acrescentou.

Donald Trump revelou na quarta-feira na sua plataforma, a Truth Social, que, "por causa dos programas de testes conduzidos por outros países", tinha pedido ao Pentágono "que começasse a testar as nossas armas nucleares em igualdade de circunstâncias".

As suas declarações referiam-se explicitamente à China e à Rússia e surgiram após uma série de anúncios de Vladimir Putin sobre o desenvolvimento de novas armas nucleares russas e causaram perplexidade em todo o mundo, uma vez que o presidente norte-americano se manteve ambíguo sobre a natureza dos testes que pretendia ordenar.

"Penso que a publicação na Truth do presidente fala por si", vincou ainda J.D. Vance, sem desfazer essa ambiguidade.

Trump reivindicou ainda a supremacia do seu país, declarando que os Estados Unidos "possuem mais armas nucleares do que qualquer outro país".

Esta afirmação foi refutada pelo Instituto Internacional de Investigação da Paz de Estocolmo (SIPRI, na sigla em inglês), uma das principais autoridades no assunto, que afirma que a Rússia tem 4.309 ogivas nucleares implantadas ou armazenadas, em comparação com 3.700 dos Estados Unidos e 600 da China.

Estes números não incluem ogivas que aguardam desmantelamento ou destruição.

Donald Trump não especificou a natureza dos testes, mas Washington é signatário do Tratado de Proibição Completa de Ensaios Nucleares (CTBT), e a detonação de ogivas constituiria uma violação flagrante do tratado.

Estas declarações surgem em resposta a uma série de anúncios recentes do Presidente russo, Vladimir Putin. No domingo, celebrou o sucesso do teste final do míssil de cruzeiro Burevestnik, que, segundo ele, tinha um "alcance ilimitado" e era capaz de superar praticamente todos os sistemas de interceção.

E na quarta-feira, anunciou o teste de um drone submarino Poseidon, compatível com ogivas nucleares. Após as declarações de Donald Trump, Moscovo esclareceu que se tratavam de testes de armas capazes de transportar ogivas nucleares, e não de bombas nucleares propriamente ditas.

"Esperamos que o presidente Trump tenha sido devidamente informado. Isto não pode ser considerado um teste nuclear", frisou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.


Leia Também: Trump limita refugiados por ano e privilegia sul-africanos brancos

O governo norte-americano de Donald Trump vai limitar a 7.500 o número de refugiados admitidos anualmente nos Estados Unidos, sendo a maioria sul-africanos brancos, política criticada por organizações não governamentais.  

quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Esta manhã, no Centro Cultural Português em Bissau, teve lugar a sessão de validação dos Dados de Recursos Humanos em Saúde do Ministério da Saúde Pública (MINSAP), enquadrada no projeto “Fortalecimento dos Recursos Humanos para a Saúde na Guiné-Bissau”, financiado por Portugal e implementado em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

As intervenções iniciais — do Embaixador de Portugal, da Representante da OMS e do Diretor-Geral de Administração do Sistema de Saúde do MINSAP — sublinharam a importância de reforçar a gestão e o planeamento do setor da saúde na Guiné-Bissau. 

O Embaixador de Portugal destacou, igualmente, que a saúde é um dos setores prioritários da ação da Cooperação Portuguesa na Guiné-Bissau, recordando algumas das várias iniciativas em curso neste domínio. 

Portugal, o MINSAP e a OMS continuam, juntos, a trabalhar pelo fortalecimento do sistema de saúde da Guiné-Bissau, promovendo uma rede mais forte, equitativa e sustentável ao serviço de toda a população. 🇵🇹🤝🇬🇼

 Embaixada de Portugal na Guiné-Bissau

A sessão contou com a presença da Diretora-Geral da Cultura, Cynthia Cassamá, da Adida para a Cooperação da Embaixada de Portugal, Paula Costa, e do Diretor da Escola de Música, João Arriaga, que sublinharam o papel transformador da educação artística e o seu contributo para o desenvolvimento cultural e socioeconómico da Guiné-Bissau.

Com novos alunos e renovado entusiasmo, a Escola de Música José Carlos Schwarz inicia mais um ano de atividades no Centro Cultural Português, com o compromisso de continuar a formar jovens talentos, preservar a memória musical guineense e promover a criatividade como linguagem de futuro. 🇵🇹🤝🇬🇼

Escândalo: Curandeiro acusado de violar e engravidar oito mulheres, incluindo quatro menores

Radio TV Bantab/Seneweb  October 30, 2025

A brigada de investigação de Ziguinchor desmantelou as atividades de um curandeiro acusado de abuso sexual. A.R. Diatta, conhecido por exercer funções de feticeiro, foi detido sob suspeita de ter violado várias das suas pacientes desde 2022, de acordo com fontes da Seneweb. O homem é também apontado como sendo o pai de oito crianças, quatro das quais eram filhas de menores de idade. Entre as vítimas contam-se duas irmãs e duas primas.

Desde 2022, A.R. Diatta actuava em várias localidades, incluindo Cap-Haïtien, Edioungou, Djivente, Kaguit, Goudomp, Ziguinchor e Sokone. O homem apresentava-se como um terapeuta capaz de tratar várias maleitas através de práticas tradicionais. Mulheres e jovens recorriam a ele na esperança de encontrar solução para os seus problemas de saúde, mas o curandeiro terá aproveitado a confiança depositada para cometer actos condenáveis.

O modus operandi de Diatta incluía a administração de banhos místicos, supostamente para fins terapêuticos, mas os rituais eram, na realidade, uma fachada para abusar sexualmente das vítimas. De acordo com vários testemunhos, o homem recorria a ameaças e a fetichismos para amedrontar as jovens, deixando-as com pouca margem de escolha perante as suas exigências.

Os abusos de Diatta resultaram em oito gravidezes, com crianças nascidas entre 2024 e 2025. Estas vítimas, muito jovens (com idades entre os 16 e os 21 anos), incluíam também menores à data dos factos. Entre elas, constam duas irmãs e duas primas que foram vítimas das suas investidas.

O caso chegou ao conhecimento das autoridades após uma queixa apresentada por uma das vítimas, que decidiu denunciar Diatta. Esta acção permitiu que a brigada de investigação de Ziguinchor lançasse um inquérito aprofundado. As forças da autoridade conseguiram identificar as restantes vítimas e apurar a dimensão da situação: oito vítimas, oito gravidezes e oito crianças nascidas na sequência das violações cometidas por Diatta.

A sua detenção trouxe alívio às famílias. Durante muito tempo, Diatta negou quaisquer responsabilidades e recusou-se a reconhecer a paternidade das crianças, deixando as vítimas sem qualquer apoio. No entanto, confrontado com as provas dos seus actos e após vários interrogatórios, o homem acabou por confessar ser o pai de todas as crianças.

A.R. Diatta encontra-se detido. As acusações que pesam sobre ele são: exercício ilegal da medicina tradicional e violação, que resultou na gravidez de várias jovens. As vítimas aguardam agora que a justiça seja cumprida, na esperança de que lhe seja aplicada a pena que merece.

Uffé Veira responde a José Mário Vaz sobre o encerramento da sua empresa... As declarações foram feitas esta quinta-feira, 30 de outubro, durante a inauguração da nova sede da Plataforma República Nô Kumpu Guiné, no Brene, círculo eleitoral nº 10.


 Radio TV Bantaba

Comunicado do Conselho de Ministros de 30.10.2025


  Radio Voz Do Povo

O coordenador do movimento “PODEMOS”, de apoio à candidatura de Umaro Sissoco Embaló a um segundo mandato, Atanásio Manéssim, realizou esta quinta-feira (30.10.) uma conferência de imprensa.


 Radio Voz Do Povo

Integração energética da Ucrânia será crucial para a segurança da Europa... A integração do setor energético da Ucrânia na União Europeia (UE) será crucial para a segurança e estabilidade da Europa, conclui um novo estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) e da norte-americana Brookings Institution.

Por LUSA 

Intitulado "O papel do setor energético na guerra da Ucrânia", o documento analisa como a energia se tornou um elemento central no conflito com a Rússia e defende que a reconstrução e modernização do sistema ucraniano, em articulação com a UE, serão determinantes para a ordem energética e geopolítica europeia.

Da autoria de Maciej Zaniewicz e Danylo Moiseienko, investigadores do Forum Energii - um 'think tank' polaco, ou seja, uma organização independente dedicada à investigação e análise de políticas públicas nas áreas da energia e do clima -, o estudo destaca que a Ucrânia pode tornar-se um pilar estratégico da transição energética europeia, com benefícios mútuos para Kyiv e Bruxelas.

O estudo identifica três áreas principais de cooperação futura: armazenamento de gás natural, produção de biometano e fornecimento de matérias-primas críticas.

A Ucrânia possui as maiores reservas subterrâneas de gás da Europa, equivalentes a cerca de 10% da procura anual da UE, e poderá exportar até mil milhões de metros cúbicos de biometano por ano até 2030, aproveitando o seu potencial agrícola para substituir parte do gás russo.

O país detém ainda reservas de lítio e grafite essenciais para baterias e tecnologias limpas, contribuindo para reduzir a dependência europeia da China.

Os autores citam cálculos do Banco Mundial para concluir que o custo total da reconstrução energética da Ucrânia ascende aos 67,8 mil milhões (58,2 mil milhões de euros), montante que poderá ser parcialmente coberto por investimento privado e pelo Fundo de Apoio à Energia da Ucrânia, gerido pela Comunidade da Energia e pela Comissão Europeia.

O estudo alerta, contudo, que o financiamento permanece insuficiente e que infraestruturas como centrais térmicas móveis e redes de distribuição continuam vulneráveis a ataques. Entre os riscos apontados estão ainda o controlo político sobre empresas estatais e preços domésticos abaixo do mercado, que desincentivam o investimento.

Face a estas conclusões, os autores traçam dois cenários: um em que a Ucrânia consolida a integração na UE, atrai capital estrangeiro e se torna um 'hub' descentralizado baseado em energia nuclear, gás flexível e renováveis, e outro em que, se a guerra se prolongar, o sistema colapsa e o país volta a ficar sob influência russa.

"Apoiar a reconstrução ucraniana é, acima de tudo, um ato de defesa da ordem ocidental baseada no direito, na cooperação e na inovação tecnológica", referem os investigadores, sublinhando que a escolha entre os dois caminhos "definirá não apenas o futuro da Ucrânia, mas também da ordem energética e geopolítica da Europa".

A energia, concluem, é "mais do que um instrumento de guerra, é o coração da soberania ucraniana e o eixo da segurança europeia".

Este é o quinto estudo da série "A transição energética da Europa: equilibrar o trilema", desenvolvida em parceria entre a Fundação Francisco Manuel dos Santos e a Brookings Institution sobre os desafios da transição energética europeia em tempos de crise e conflito.

Rússia poderá perder 50 mil milhões de dólares/ano com novas sanções... As perdas anuais russas com as novas sanções contra o setor petrolífero poderão ascender até 50 mil milhões de dólares (42,3 mil milhões de euros, ao câmbio atual), segundo estimativas divulgadas hoje pelo presidente ucraniano.

Por LUSA 

Trata-se da primeira estimativa da Ucrânia sobre o custo que a Rússia terá de suportar com as sanções aplicadas aos dois gigantes do seu setor petrolífero, Lukoil e Rosneft, recentemente anunciadas pelos Estados Unidos.

Prevemos que, se a pressão sobre Moscovo continuar de forma sólida e coerente, as perdas causadas apenas pelas medidas recentemente impostas ascenderão a pelo menos 50 mil milhões de dólares", escreveu Volodymyr Zelensky nas redes sociais.

As estimativas citadas por Zelensky constam de um relatório dos serviços secretos da Ucrânia, segundo a agência de notícias espanhola EFE.

As sanções dos Estados Unidos, da União Europeia e de outros aliados de Kyiv visam afetar a capacidade da Rússia de financiar o esforço de guerra na Ucrânia, país que Moscovo invadiu em fevereiro de 2022.

Zelensky mostrou-se confiante de que os parceiros de Kyiv vão em breve impor novas sanções às exportações de petróleo russo.

Considerou que as distorções que as sanções possam causar no mercado internacional poderão ser compensadas com crude proveniente de países árabes.

Zelensky disse que os parceiros da Ucrânia estão a ter em conta as propostas de Kyiv de sanções às exportações de petróleo russas, que sustentam economicamente a máquina de guerra do presidente Vladimir Putin.

Também insistiu na necessidade de reforçar as medidas contra a chamada "frota fantasma" de petroleiros com que Moscovo contorna as sanções e continua a exportar para destinos proibidos.

O presidente ucraniano foi ainda informado pelo chefe do Serviço de Informações Externas sobre os planos que a China poderá ter a curto prazo relativamente à invasão russa da Ucrânia.

"É importante que a China contribua para os esforços destinados a travar as atuais tentativas russas de expandir e prolongar a guerra", afirmou.

"Os nossos diplomatas receberão as instruções adequadas de acordo com a informação das reuniões recentes na região", acrescentou.

Zelensky referia-se presumivelmente ao encontro entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, realizado entretanto na Coreia do Sul, segundo a EFE.


Leia Também: Rússia atacou centrais térmicas em várias regiões da Ucrânia

As forças armadas da Federação Russa voltaram hoje a atacar infraestruturas de energia em diversas regiões da Ucrânia, segundo informou em comunicado a companhia privada DTEK, que admitiu "sérios danos" nas suas instalações.



Primeiro-Ministro Braima Camará Preside à Reunião do Comité de Pilotagem do PND 2026–2035

Por Abel Djassi Primeiro

Sua Excelência o Senhor Primeiro-Ministro Braima Camará presidiu ontem, em Bissau, à reunião do Comité de Pilotagem do Plano Nacional de Desenvolvimento (PND 2026–2035), um instrumento estratégico que orientará as políticas públicas e os investimentos nacionais ao longo da próxima década.

No seu discurso de abertura, o Chefe do Governo sublinhou a importância histórica desta etapa, afirmando:

> “Esta sessão marca o início de um processo essencial para o futuro da Guiné-Bissau: o de planear com visão, com rigor e com participação nacional o caminho do nosso desenvolvimento para a próxima década.”

Prosseguindo, acrescentou:

> “O Plano Nacional de Desenvolvimento não é apenas um exercício técnico, mas um acto político de soberania, previsto na nossa Constituição. Ele coloca o Governo na linha da frente da construção de um modelo de desenvolvimento centrado nas pessoas, na criação de oportunidades e na modernização do Estado.”

Durante a cerimónia, ficou patente perante os parceiros de desenvolvimento que o contexto em que o país inicia este processo é de estabilidade política, confiança internacional e ambição nacional renovada, criando condições favoráveis para a implementação eficaz do PND 2026–2035.

Investigação. Soldados russos que se recusam a combater na Ucrânia punidos e assassinados... Foram identificados 101 militares, principalmente comandantes e outras altas patentes, acusados de assassinar, torturar ou punir de forma fatal soldados russos que se recusassem a combater na Ucrânia. As “execuções sumárias” acontecem desde o primeiro ano da invasão russa, de acordo com uma investigação independente, mas tornaram-se mais frequentes em 2025.

Por  Inês Moreira Santos - RTP  30 Outubro 2025

No início, os soldados russos “eram fuzilados no local por se recusarem a invadir uma fortaleza ou por beber nas trincheiras”. Mas agora, em 2025, “as execuções e torturas no exército tornaram-se mais sofisticadas, cada vez mais motivadas por disputas pessoais entre soldados e comandantes e pela recusa em pagar subornos aos seus superiores”.

A investigação é do órgão independente russo Verstka que recolheu dados sobre 101 comandantes russos que terão sido responsáveis por torturar e executar soldados sem julgamento. A publicação baseou-se em depoimentos de soldados, familiares dos mortos, vídeos divulgados e registos oficiais de denúncias, tendo identificado pelo menos 150 mortes, embora os autores acreditem que o número real seja muito superior.

Desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, há relatos de soldados mortos pelas próprias tropas e de supostas unidades de bloqueio implantadas para impedir recuos.

A prática é conhecida na Rússia como “obnuleniye” - "Zeroing", em inglês, é o termo usado pelos militares russos para o assassinato dos próprios camaradas -, antes mais associada a casos em que os soldados ficavam embriagados ou não cumpriam ordens, mas tornou-se mais frequente em 2025.

"Um rapaz do meu pelotão foi simplesmente espancado até a morte no chão porque estava a beber vodka após uma missão de combate”, contou um soldado não identificado à publicação independente. “Passámos um mês na linha da frente sem comunicação, sem comida. (…) E depois saímos para descansar, todos homens crescidos, bebemos um pouco e eles começaram a humilhar-nos como se fossemos uns cães. O rapaz ficou pior”.

Dois comandantes começaram a espancar o soldado que estava embriagado e, relatou ainda, esmagaram-lhe a cabeça contra uma pedra e atiraram o corpo para um fosso e, quando estava a morrer, dispararam contra ele.

A mesma publicação revela outros relatos onde se descreve que determinados comandantes usavam drones e explosivos para "eliminar" soldados feridos ou em retirada. Em alguns desses casos, os oficiais teriam ordenado aos operadores de drones que lançassem granadas sobre os próprios soldados, disfarçando as mortes como ataques em campo de batalha.

Segundo outros relatos, os soldados que desobedeciam às ordens eram atirados em fossos cobertos com grades de metal, encharcados com água e espancados durante horas ou até mesmo dias. A investigação apurou ainda que, em alguns casos, os militares eram forçados a lutar entre si em combates que testemunhas descreveram como lutas de gladiadores até à morte.

Um desses casos foi revelado num vídeo que circulou, em maio deste ano, por grupos ucranianos que monitorizavam as forças russas. As imagens mostram dois homens sem camisa numa vala enquanto uma voz fora do campo de visão diz: "O comandante Kama basicamente disse que quem espancasse o outro até a morte sairia da vala".

A investigação revela que o principal motivo agora para estas punições é a relutância dos recrutas em pagar subornos aos comandantes. Os soldados que se recusam a pagar são enviados em supostos ataques contra posições ucranianas sem armas ou equipamentos adequados. E recusar-se a participar nessas missões pode levar a uma execução sumária.

Segundo uma outra fonte, os espancamentos, a tortura e vários tipos de abuso são frequentes e chegaram a morrer 20 militares num único batalhão dessa forma em 2023 e mais 40 em 2024.

Há mais de 12 mil denúncias de abuso contra soldados e comandantes russos, desde de 2022, registadas no Ministério Público Militar da Rússia.

JOMAV e Fernando Dias reúnem-se com Domingos Simões Pereira e partidos aliados para debater política nacional... Após a reunião prestaram declarações conjuntas à imprensa


  Radio TV Bantaba 

ONU alarmada com mortes e violência no período pós-eleitoral nos Camarões... O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) anunciou hoje estar alarmado com as notícias de mortes durante os protestos contra o resultado das eleições presidenciais dos Camarões de 12 de outubro.

 AFP via Getty Images   Lusa  30/10/2025 

"Estamos alarmados com as notícias de que várias pessoas foram mortas (...). Pedimos às forças de segurança que se abstenham do uso de força letal, e aos manifestantes que protestem pacificamente", declarou, em comunicado, a agência das Nações Unidas sediada em Genebra, Suíça. 

Segundo a nota de imprensa, as autoridades devem cumprir "integralmente as suas obrigações sob o direito internacional dos direitos humanos", e os líderes políticos e os seus apoiantes devem abster-se de violência e de discurso de ódio, com especial incidência para este período pós-eleitoral das eleições presidenciais.

Por isso, a agência da ONU insta as autoridades locais a garantirem investigações rápidas, imparciais e eficazes sobre este tema e que haja um processo judicial justo, apelo esse a que se junta a Human Rights Watch, a Amnistia Internacional e outros grupos de defesa de direitos humanos.

Paul Biya, no poder desde 1982, foi reeleito para um oitavo mandato com 53,66% dos votos, de acordo os resultados oficiais anunciados a 27 de novembro pelo Conselho Constitucional e, pouco depois de ser declarado vencedor, enviou condolências às famílias de todos aqueles que "perderam desnecessariamente as suas vidas" na violência pós-eleitoral.

O ex-ministro e candidato da oposição, Issa Tchiroma, ficou em segundo lugar com 35,19% dos votos, de acordo com a instituição, mas reivindica a vitória sobre o Presidente cessante.

Desde a semana passada, os apoiantes de Issa Tchiroma, que segundo a sua própria contagem obteve 54,8% dos votos contra 31,3% de Biya, têm saído esporadicamente às ruas para reivindicar a vitória nas eleições presidenciais, o que já resultou em centenas de detidos.

No domingo, quatro pessoas morreram na capital económica, Douala, durante manifestações de apoio ao opositor, segundo o governador da região do litoral.

A União Europeia frisou terça-feira, num comunicado, que estava "profundamente preocupada" com a repressão violenta das manifestações nos dias 26 e 27 de outubro e que deplora a morte de civis.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, manifestou as mesmas preocupações esta semana, apelando às partes interessadas políticas e aos seus apoiantes para que "exerçam contenção, rejeitem a violência e se abstenham de qualquer retórica inflamatória e discurso de ódio".

A maioria dos especialistas esperava que Paul Biya ganhasse um novo mandato de sete anos.

Biya deve tomar posse dentro de 15 dias após o anúncio oficial dos resultados, em consonância com a Constituição dos Camarões.

Este é o chefe de Estado mais velho do mundo e o segundo mais antigo de África, a seguir ao homólogo da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, e é também o segundo Presidente do país desde a independência de França, em 1960.

Durante as décadas de governação de Biya, a nação centro-africana de quase 30 milhões de habitantes enfrentou desafios que vão desde um movimento secessionista (separação do território) até à corrupção que condicionou o desenvolvimento do país, apesar dos ricos recursos naturais, como o petróleo e minerais.

Desde 2016, o país da África central enfrenta um conflito contra os separatistas nas regiões de língua inglesa no noroeste e sudoeste, que são reprimidas pelo Governo.

Os Camarões também são ameaçados por grupos extremistas, como o Boko Haram e o Grupo de Apoio ao Islão e Muçulmanos.


Leia Também: Detidas 83 pessoas por financiamento do terrorismo em África

Uma operação da Interpol e da Afripol contra o financiamento do terrorismo levou à detenção de 83 pessoas entre julho e setembro em Angola, Camarões, Quénia, Namíbia, Nigéria e Sudão do Sul, anunciou hoje a organização internacional.


Leia Também: Protestos "não deverão impedir" novo mandato da Presidente da Tanzânia

A consultora Oxford Economics considera que os protestos na Tanzânia, no seguimento das eleições de quarta-feira, "não deverão afetar a vitória da Presidente", apesar das críticas ao processo, incluindo do Parlamento Europeu e da Amnistia Internacional.

Declaração do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, após de presidir esta quinta-feira (30.10), a Sessão Ordinária de Conselho de Ministros.

 Radio Voz Do Povo

CNE: Encerrou esta quinta-feira, 30 de outubro, a campanha nacional de educação cívica sob o lema “O teu voto conta e faz a diferença”, uma iniciativa destinada a sensibilizar os cidadãos sobre a importância do voto e a forma correta de exercer esse direito nas eleições gerais marcadas para 23 de novembro do corrente ano.


 Radio Voz Do Povo

PR Umaro Sissoco Embaló preside neste momento Sessão Ordinária de Conselho de Ministros do dia 30.10.2025


  Radio Voz Do Povo

Forças Policiais dispersaram esta manhã um grupo de estudantes que se manifestaram frente à Embaixada de Portugal em Bissau... Os manifestantes exigem o fim do indeferimentos nos processos de vistos.

Guarda Nacional (GN) deteve jovem por abuso sexual da própria irmã.

O Serviço da Investigação Criminal da GN deteve na noite de 29.10.2025, em Bissau, Bairro Massa Cobra, um cidadão nacional, de 33 anos de idade, por suspeita de abuso sexual "sistemático" da própria irmã de 17 anos de idade, com quem reside na mesma casa, no Bairro Massa Cobra.

O caso foi denunciado à GN pela própria vítima, que disse sofrer ameaças à morte por parte do irmão caso revelasse o crime.

O detido vai ser presente nas próximas horas ao Ministério Público

Por GN - Guarda Nacional