segunda-feira, 21 de julho de 2025

O Presidente da República, realiza visita de trabalho e de amizade à França... No Palácio Presidencial em Paris, o Chefe de Estado reuniu-se com o seu homólogo francês, Emmanuel Macron.

Durante o encontro, os dois Chefes de Estado passaram em revista assuntos ligados à cooperação e à amizade entre a França e a Guiné-Bissau.


Presidência da República da Guiné-Bissau


Graças ao financiamento da França através da Agência Francesa de Desenvolvimento - #agencefrançaisededéveloppement, mais de 11.000 crianças na Guiné-Bissau terão em breve acesso a mais de 15 tipos de desportos (por exemplo, basquetebol, futebol, voleibol, andebol, ténis) num novo complexo que está a ser construído pelo UNICEF e pelo Ministério da Educação. A construção começou em fevereiro e está a progredir bem! 🏀⚽🏃‍♀️

@Unicef Guiné-Bissau

Mais de 110 voos cancelados num dia na Rússia devido a ataques de drones... Mais de 110 voos foram cancelados num dia nos aeroportos de Moscovo e São Petersburgo devido aos ataques de drones ucranianos, afirmaram hoje as autoridades russas.

© Getty Images    Lusa   21/07/2025 

Um porta-voz do regulador aéreo Rosaviatsia escreveu no Telegram que, entre as 08h00 de domingo e as 08h00 (06h00 em Lisboa) de segunda-feira, 118 voos foram suspensos nas duas principais cidades russas.

Outros 203 voos sofreram atrasos de mais de duas horas, acrescentou a publicação.

Além disso, um total de 59 voos foram desviados para outros aeroportos que não o seu destino no domingo.

Moscovo sofreu um dos maiores ataques de drones inimigos de sempre durante o fim de semana, obrigando ao encerramento de vários dos principais aeroportos da capital.

O anterior ataque maciço à capital russa teve lugar em maio, na véspera das celebrações do Dia da Vitória do Exército Vermelho sobre a Alemanha nazi.

A Rússia avisou no domingo que a resolução do conflito com a Ucrânia é um processo longo, acreditando que a administração dos EUA compreende isso "cada vez mais", sem responder à proposta da Ucrânia de uma nova ronda de negociações.

"É um processo longo, requer esforço e não é fácil", disse o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, numa entrevista à televisão pública local.

Ao mesmo tempo, garantiu que o presidente russo, Vladimir Putin, quer resolver o conflito por via pacífica, mas sem deixar cair os objetivos "compreensíveis, evidentes e constantes" definidos por Moscovo.

Um desses objetivos, previamente declarados, é o controlo total sobre as regiões de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson, anexadas pela Rússia em setembro de 2022.


Leia Também: Reino Unido pede a aliados que acelerem apoio à Ucrânia dentro de 50 dias

O Reino Unido propôs hoje aos aliados da Ucrânia uma "campanha de 50 dias" para reforçar o apoio militar e pressionar a Rússia a negociar um cessar-fogo antes do fim do ultimato dado pelos EUA.


Almame Queba Djassi defende reconciliação no MADEM-G15 e apela ao PRS a seguir o mesmo caminho. Djassi, membro da Comissão Política e do Conselho Nacional do MADEM-G15 e, coordenador do partido na região de Oio, promoveu hoje (21.07) uma conferência de imprensa centrada no tema da reconciliação interna no seio do MADEM-G15 e, apelou ao PRS para que siga o mesmo caminho, sublinhando que a reconciliação é o único meio para tornar os partidos mais fortes, coesos e preparados para os desafios futuros.

COMUNICADO A DIRECÇÃO SUPERIOR DO PARTIDO (PTG) ....


Angola: Desvios de fundos e "discursos vazios" ensombram independência de Angola... Bispos católicos angolanos apontam o "alarmante" desvio de fundos públicos, a "escandalosa" expatriação de capitais e os "discursos vazios", contrários à realidade do país, como "sombras e insuficiências" nos 50 anos de independência de Angola.

© Lusa   21/07/2025

A Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), na sua Mensagem Pastoral sobre os 50 anos de Independência de Angola, a que a Lusa teve hoje acesso, saúda o alcance da independência, em 11 de novembro de 1975, apresenta constatações, sombras e insuficiências que persistem no país e faz apelos aos decisores políticos.

Para os bispos angolanos, a independência de Angola foi o culminar de uma resistência permanente contra o regime colonial português e proporcionou liberdade aos filhos de Angola, resultando em incontáveis benefícios em vários domínios.

Por isso, o momento da independência "não correspondeu apenas à libertação do jugo colonial. De facto, foi grande a expectativa que o povo nutriu em volta da independência, que, diga-se em boa verdade, foi obra de todos os angolanos, acolhida e celebrada com muito entusiasmo em todo o país", referem.

Para a CEAST, o alcance da paz, em abril de 2002, findo o conflito civil, a construção e reconstrução de infraestruturas destruídas no decurso do confito armado, nomeadamente escolas, hospitais, estradas, pontes, portos e outros "são luzes" que aplaude e de que se orgulha.

Observa, porém, aspetos que ainda devem ser mudados em Angola, para a garantia da justiça social e da igualdade de oportunidades, apontando igualmente para a necessidade de reparações.

"Neste contexto, não é descabida a exigência jubilar de reparação, doravante, das omissões e negligências cometidas, reparação das oportunidades perdidas, reparação dos talentos desperdiçados, reparação das expectativas frustradas, reparação das promessas desprezadas, enfim, reparação de tudo o que foi mau e não nos orgulha como nação", aponta.

Na mensagem, de 14 páginas, sobre o percurso de Angola em 50 anos de independência, a serem assinalados em 11 de novembro, os religiosos dizem também constar muitas "sombras e insuficiências, que causaram escandaloso sofrimento ao longo dos cinquenta anos de independência dos angolanos".

Sombras e insuficiências que "devem, necessariamente, ser superadas em benefício do tão esperado renascer da esperança, contra a frustração e o desespero que vão corroendo muitos (...) concidadãos".

Apontam o que consideram de erosão da soberania ligada ao deficiente controle das fronteiras, conjugado com o contrabando e a purga de minerais, inertes, combustíveis e outros recursos, a deficiente política educativa e a falta de saúde de qualidade no país e nas famílias como insuficiências no país.

Assinalam também o deficiente saneamento e acesso à água potável, "o aberrante e alarmante desvio de fundos públicos, a escandalosa expatriação de capitais, enquanto ao pobre cidadão se pede sacrifício, o que revela falta de patriotismo", como "sombras" de uma Angola independente.

Os bispos angolanos dizem constatar uma "escandalosa" lógica do oportunismo, do egocentrismo e da discriminação "que são a causa de muitos problemas sociais, entre os quais o elevado e penoso custo de vida para a vastíssima maioria dos cidadãos, tendo como consequência o descrédito das lideranças, das instituições e sendo sementes do espírito de revolta cada vez mais evidente".

"Os discursos vazios, não refletores da vida real dos angolanos nem para ela aplicáveis, quando um considerável número de angolanos vive na pobreza extrema, em contraste com uma minoria oportunista que vive no luxo exacerbado (...), contraste que tem empurrado muitos angolanos, sobretudo jovens, a emigrar ou a inclinar-se para a criminalidade", afirmam ainda os bispos.

Consideram, por outro lado, que as múltiplas formas e níveis práticos de restrições à liberdade de expressão, em simultâneo com uma comunicação social, sobretudo pública, manietada e instrumentalizada por interesses nos quais a grande maioria dos cidadãos não se revê figuram igualmente entre as práticas que o país deve superar.

Lamentam a existência de um "sistema centralizado, autocrático e assistencialista de governação, que mata as iniciativas privadas dos cidadãos" e a lógica partidária "predominantemente eleitoralista, manifestando considerável desdém pelo povo".

Apelam também para o reconhecimento de todos os pais da independência de Angola, nomeadamente Holden Roberto (FNLA), Agostinho Neto (MPLA) e Jonas Savimbi (UNITA), então líderes dos movimentos de libertação de Angola, "sem menosprezar nenhum para uma maior reconciliação nacional".

"Não temos evidências de angolanos desejosos em voltar para o regime colonial português. Temos, sim, inúmeras evidências de angolanos desejosos de bem-estar proporcional aos recursos e potencialidades do seu país, Angola. Só construindo uma Angola melhor honraremos adequadamente o sacrifício de tanta gente de quem recebemos o legado da nossa independência", concluem os bispos católicos.


O novo chefe do Gabinete de Ligação dos EUA em Bissau - Jack Bisase - recebeu as calorosas boas-vindas da Secretária de Estado para a Cooperação Internacional, Fatumata Jau. Discutiram a recente visita da Sra. Jau aos Estados Unidos e o nosso compromisso comum de aumentar o comércio e o investimento em África. Agradecemos à Secretária de Estado por nos ter recebido e pela conversa.

 Representação da Embaixada dos Estados Unidos em Bissau

Setor da saúde enfrenta nova paralisação: Frente Social inicia greve de duas semanas

Por: Ussumane Baldé [Fitchas]  CAP GB

Bissau, 21 de Julho de 2025- A Frente Social inicia hoje, paralisação no setor de saúde para os próximos dez dias úteis, acusando governo de falta de vontade de negociação para resolver os pontos em reivindicações.

O Sindicato exige entre outros pontos, pagamento de 18 meses de salário aos novos ingressos da saúde; Pagamento de retroactivos, subsídios de vela e de isolamento; Desbloqueio de salários.

Outros pontos a reclamar é a reclassificação e efetivação dos reintegrados; observância da lei nas nomeações dos Diretores dos hospitais e dos centros de saúde e melhorias de condições de trabalho.

De lembrar que, a Frente Social denúncia falta de colaboração e deixa o assunto da educação fora das suas reivindicações junto do governo.

A França entregou o controle de sua última grande instalação militar no Senegal na quinta-feira, marcando o fim da longa presença de suas forças armadas no país da África Ocidental e um marco na retirada da região mais ampla.

O exército francês deixa o Senegal após 65 anos de presença

Dacar – Após 65 anos de presença, as tropas francesas deixam o Senegal. As últimas instalações militares francesas são devolvidas nesta quinta-feira, durante uma cerimónia em Dacar, organizada para o efeito. Esta retirada da França inscreve-se na continuidade do fim da presença do exercito francês na África Ocidental e Central. 

O “Acampamento Geille”, maior instalação militar francesa no Senegal, situada em Dacar, e uma base aérea, localizada no aeroporto internacional da capital, foram hoje restituídas ao Senegal. O fim da presença francesa no território senegalês foi decidida em 2011. Uma cerimónia foi organizada em Dacar.

Marcaram presença o Chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas do Senegal, o general Mbaye Cissé, e o general Pascal Ianni, comandante do exército francês para África.

A presença militar francesa no Senegal, desde 1960, baseava-se em acordos de defesa e de cooperação bilaterais. O presidente senegalês declarou que não se tratava de um "acto de ruptura", mas sim de uma "parceria renovada" com a França. Também tinha anunciado em novembro de 2024 o fim de toda a presença militar estrangeira no Senegal em 2025.

Esta base no Senegal era a última instalação militar permanente francesa na África Ocidental. Desde 2022, o exército francês acabou com a sua presença permanente no Mali, Burkina Faso, Níger, Chade, na Costa do Marfim e no Gabão, país onde a base se transformou num acampamento de formação gabonês e francês.

“O Governo não cedeu a nada, o Governo tomou a iniciativa". Primeiro-ministro confia na solução jurídica da lei dos estrangeiros... Montenegro diz que não tem receio da “avaliação aprofundada” do Presidente da República, recusando ter cedido em matéria de imigração"

Luís Montenegro no debate do Estado da Nação (LUSA)   cnnportugal.iol.pt, 21/07/2025

O primeiro-ministro afirmou que o Governo confia na "solução jurídica" que saiu do parlamento na lei dos estrangeiros e não tem receio da “avaliação aprofundada” do Presidente da República, recusando ter cedido em matéria de imigração.

Em entrevista ao programa “Política com Assinatura” da Antena 1, divulgada esta segunda-feira, Luís Montenegro voltou a rejeitar que a imigração seja o único tema da governação e defendeu que foi o executivo que tomou a dianteira nesta matéria.

“O Governo não cedeu a nada, o Governo tomou a iniciativa. Nos apresentámos propostas, se o Chega tem propostas para apresentar, apresenta”, afirmou, acrescentando que as ideias deste partido “são um bocadinho mais radicais” do que as do executivo PSD/CDS-PP.

Por outro lado, considerou normal que, em matérias como a imigração, o PS tenha “mais dificuldade em aproximar a sua posição com a do Governo”.

“O PS durante oito anos defendeu exatamente o contrário, é muito difícil ao PS estar agora a votar favoravelmente - mesmo que entenda lá no íntimo que estão a ir num caminho que é mais correto do que aquele que defendeu -, é ainda relativamente cedo”, afirmou.

Do resultado eleitoral das últimas eleições – marcado pela vitória da AD e passagem do Chega a segunda força parlamentar –, Montenegro disse ter concluído que “os portugueses desejam ter uma política de imigração mais regulada, mais controlada e que dignifique mais aqueles que para aqui vêm”.

“À pergunta que me fez de quem é que nos está a influenciar, eu respondo: são os portugueses, são as nossas convicções, mas são também aquilo que nós recebemos como sinais muito claros da sociedade portuguesa”, disse.

Questionado como vê um eventual veto de Marcelo Rebelo de Sousa ao diploma, o primeiro-ministro considerou “muito exagerado” que se diga que o Presidente se prepare para travar a lei dos estrangeiros, embora concordando que faça um “juízo jurídico e também político” aprofundado.

“Eu confio que a solução jurídica que foi encontrada no parlamento reúne condições para poder entrar em vigor no ordenamento jurídico, mas nós cá estaremos para assegurar que há segurança e certeza jurídica nas soluções que foram preconizadas”, disse.

Montenegro rejeitou que o Governo tenha legislado à pressa – “não temos é tempo a perder” -, voltando a responsabilizar os executivos do PS pela situação “muito, muito complexa” na área da imigração.

Sem apontar um número concreto de imigrantes que Portugal pode acolher, o primeiro-ministro manifestou-se confiante no acordo com as entidades patronais para que sejam corresponsabilizadas pelo acolhimento dos que querem a trabalhar consigo e voltou a defender a importância do reagrupamento familiar, apesar das restrições que o Governo pretende introduzir neste mecanismo.

“Nós não estamos a limitar aquele núcleo essencial das famílias, é bom que se diga isto também”, afirmou.

O novo regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional, que limita os vistos para procura de trabalho ao "trabalho qualificado" e restringe o reagrupamento familiar de imigrantes, foi aprovado na quarta-feira em plenário por PSD, Chega e CDS-PP e, segundo o portal da Assembleia da República, seguiu para o Palácio de Belém na quinta-feira.

PS, Livre, PCP, BE, PAN e JPP votaram contra, enquanto a IL se absteve na votação final global do texto de substituição, elaborado a partir de uma proposta do Governo PSD/CDS-PP e de um projeto de lei do Chega.

Quanto à concessão de autorizações de residência a cidadãos provenientes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), e abrangidos pelo respetivo acordo de mobilidade, o novo regime impõe como condição a posse prévia de um visto de residência – quando atualmente basta um visto de curta duração ou uma entrada legal em território nacional.

domingo, 20 de julho de 2025

"A Ucrânia se puder vai fazer exatamente o mesmo que a Rússia está a fazer [uma operação militar especial]"

O comentador da CNN Portugal José Azeredo Lopes analisa o estado atual do conflito na Ucrânia e o papel da mediação internacional.

GUINÉ-BISSAU FORA DE JOGOS DA CPLP🇬🇼... APÓS FUGA DE JOGADORES EM PORTUGAL, GUINÉ-BISSAU FICA FORA DOS JOGOS DA CPLP EM TIMOR LESTE🇹🇱

Por  Radio TV Bantaba  20/07/2025

A Guiné-Bissau não participará na XXII edição dos Jogos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorrem na República Democrática de Timor-Leste. Segundo informações oficiais, a ausência deve-se à falta de verbas financeiras para cobrir as despesas da delegação guineense, incluindo todas as modalidades previstas.

A decisão surge meses após um episódio controverso durante a Luso Cup 2024, realizada em Cascais, Portugal. Na ocasião, 12 dos 17 jogadores guineenses abandonaram o centro de estágio na véspera da final contra o Brasil, que acabou por ser cancelada devido à ausência da equipa da Guiné-Bissau. Até hoje, os jogadores continuam desaparecidos em solo português.

Apesar de um intenso período de preparação de três meses, com atletas selecionados para representar o país nos Jogos da CPLP, o governo guineense alegou não ter fundos suficientes para garantir a deslocação e estadia da comitiva desportiva.

Vale recordar que, além da fuga dos jogadores em 2024, a participação guineense na Luso Cup ficou também marcada pelo desaparecimento de vários dirigentes desportivos que integravam a delegação oficial. Estes também não regressaram à Guiné-Bissau no voo de retorno, levantando sérias questões sobre a gestão e organização das missões desportivas do país.

A ausência da Guiné-Bissau nos Jogos da CPLP em Timor-Leste representa não só um revés para o desporto nacional, mas também mais um sinal de alerta para a necessidade de reformas profundas na administração desportiva do país.

Fonte:Elvis da Silva


Maioria dos norte-americanos está contra o intensificar das deportações da administração Trump

Por  cnnportugal.iol.pt

Os norte-americanos opõem-se em grande medida aos recentes esforços da administração de Donald Trump para aumentar o seu programa de deportação, segundo uma nova sondagem da CNN realizada pela SSRS, com uma maioria crescente a afirmar que o Presidente foi longe demais na execução das deportações.

Na última sondagem, 55% dos inquiridos afirmam que o Presidente foi longe demais no que diz respeito à deportação de imigrantes que vivem ilegalmente nos EUA, um aumento de 10 pontos desde fevereiro.

A oposição entre os democratas e os independentes de tendência democrata aumentou, nesse período, de generalizada para quase universal: 90% dos adultos alinhados com os democratas dizem agora que a política de deportação de Trump foi longe demais, enquanto apenas 15% dos adultos alinhados com os republicanos dizem o mesmo.

Uma maioria de 57% também diz que se opõe aos planos de construção de novas instalações de detenção com capacidade para 100.000 imigrantes indocumentados, enquanto 53% se opõem ao aumento do orçamento para a Imigração e Alfândegas em milhares de milhões de dólares - duas prioridades da Casa Branca refletidas no projeto de lei que Trump assinou recentemente.

Cerca de seis em cada dez pessoas opõem-se aos esforços para acabar com a cidadania por nascimento, outra prioridade de Trump. Os tribunais estão a analisar a ordem executiva do presidente que visa impedir a cidadania por nascimento a crianças nascidas em solo americano de pais que se encontravam no país ilegalmente ou que lá estavam legalmente mas de forma temporária.

De um modo geral, pouco menos de metade, 46%, afirma que as políticas de imigração de Trump tornaram o país mais seguro e 42% diz que o governo federal tem sido cuidadoso no cumprimento da lei ao efetuar as deportações. Ambos os números mantêm-se praticamente inalterados desde abril. Os índices de aprovação do Presidente rondam os 40% no que respeita à forma como gere a imigração em geral e as deportações em particular.

Menos apoio à perseguição de imigrantes sem registo criminal

Na sondagem da CNN, 59% dos norte-americanos opõem-se à prisão e detenção de imigrantes sem documentos que residem nos Estados Unidos há anos sem registo criminal.

Isto reflete um tema observado em muitas sondagens sobre imigração este ano - o apoio à aplicação da lei da imigração tende a diminuir quando os inquiridores especificam que as pessoas sem registo criminal ou residentes de longa data estarão entre os afetados. Uma análise da CNN aos dados governamentais revelou que a maioria dos imigrantes detidos pelo ICE entre outubro e maio do ano passado não tinha condenações criminais graves.

Embora apenas cerca de um quarto dos republicanos e dos republicanos mais próximos se oponham às detenções dirigidas a este grupo, pouco menos de metade - 47% - apoiam-no abertamente, muito abaixo dos 83% que aprovam a forma como Trump lida com as deportações em geral.

“A questão mais importante é a forma como o ICE se está a concentrar nos imigrantes sem antecedentes criminais”, escreve uma mulher californiana inquirida, que se encontrava entre a minoria de republicanos que considerava que Trump tinha ido longe demais com a sua campanha de deportação. “Deviam investigar os imigrantes que representam uma enorme ameaça para o país”.

Mesmo que as opiniões sobre a plataforma de imigração do segundo mandato de Trump tenham azedado, o apoio a políticas específicas pode variar dependendo de como elas são descritas. Na sondagem da CNN, 16% dos norte-americanos que disseram opor-se ao aumento do orçamento para o ICE também disseram, numa pergunta separada, que viam o aumento das despesas com “segurança fronteiriça, aplicação das leis de imigração e detenção dos acusados de entrar ilegalmente no país” como uma razão para apoiar a lei de despesas recentemente aprovada por Trump.

A oposição às ideias punitivas colocadas em prática por Trump contra aqueles que têm antecedentes criminais, independentemente do seu atual estatuto de cidadania, também é relativamente fraca. Os norte-americanos estão muito divididos quanto ao facto de serem favoráveis ou contrários a que Trump leve a cabo ameaças de enviar cidadãos norte-americanos condenados por crimes violentos para detenção num país estrangeiro (37% apoiariam, 39% opor-se-iam e os restantes não têm opinião). E há um apoio estreito, 43% contra 35%, aos esforços para dar prioridade à revogação da cidadania americana de cidadãos naturalizados condenados por determinados crimes - a única leitura positiva de qualquer política testada.

Em contrapartida, os norte-americanos afirmam, na sua esmagadora maioria (71% contra 12%), que se oporiam a que Trump atuasse de acordo com as suas ameaças de deportar críticos de alto nível das políticas da administração, mesmo que vivam legalmente nos EUA e não tenham sido condenados por quaisquer crimes.

A imigração torna-se uma questão de topo para os Democratas

No mesmo inquérito, quando solicitados a nomear a questão que consideram mais importante, 20% dos norte-americanos mencionam a imigração, ficando em segundo lugar, apenas atrás das preocupações económicas.

Embora este valor seja globalmente semelhante ao de janeiro, a dinâmica partidária da questão mudou um pouco. No início do ano, os republicanos e os independentes com tendência republicana tinham 26 pontos percentuais mais probabilidades de mencionar a imigração do que os alinhados com o Partido Democrata. Atualmente, apesar de continuar a ser uma questão mais forte entre os republicanos do que entre os democratas, essa diferença diminuiu para 10 pontos, devido à crescente oposição democrata às políticas de deportação de Trump.

A sondagem também revela que os protestos contra as políticas de deportação da administração Trump têm mais apoio do que reacções adversas. Os norte-americanos afirmam, 55% contra 45%, que os protestos contra as políticas de deportação da administração Trump têm sido maioritariamente justificados. E por uma margem de 9 pontos, 47% a 38%, dizem que estão mais preocupados com o facto de o governo ir longe demais na repressão dos protestos do que com o receio de que os próprios protestos fiquem fora de controlo.

O apoio aos protestos é particularmente forte entre os adultos de tendência democrata (78% dos quais os consideram justificados), os adultos com menos de 35 anos (63%) e as pessoas de cor (59%).

A maioria dos norte-americanos, 59%, diz que se opõe a que Trump utilize tropas da Guarda Nacional, que são normalmente controladas pelos governadores dos estados, em resposta aos protestos contra a imigração, mesmo que o governador de um estado não apoie a utilização dessas tropas.

A sondagem da CNN foi realizada pela SSRS entre 10 e 13 de julho, com base numa amostra nacional aleatória de 1 057 adultos norte-americanos provenientes de um painel baseado em probabilidades. As sondagens foram realizadas em linha ou por telefone com um entrevistador em direto. Os resultados entre todos os adultos têm uma margem de erro de amostragem de ±3,5 pontos percentuais.

COMUNICADO DO MOVIMENTO PARA A ALTERNÂNCIA DEMOCRÁTICA MADEM G15, POR OCASIÃO DA REALIZAÇÃO DA MERECIDA XV CIMEIRA DOS CHEFES DO ESTADO E DOS GOVERNOS DA CPLP EM BISSAU, DE 17 A 18 DE 2025.


Resolução do conflito com Ucrânia "é processo longo". "Não é fácil"... A Rússia avisou hoje que a resolução do conflito com a Ucrânia é um processo longo, acreditando que a administração dos EUA compreende isso "cada vez mais", sem responder à proposta da Ucrânia de uma nova ronda de negociações.

Por LUSA 

"É um processo longo, requer esforço e não é fácil", disse hoje o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, numa entrevista à televisão pública local.

Ao mesmo tempo, garantiu que o Presidente russo, Vladimir Putin, quer resolver o conflito por via pacífica, mas sem deixar cair os objetivos "compreensíveis, evidentes e constantes" definidos por Moscovo.

Um desses objetivos, previamente declarados, é o controlo total sobre as regiões de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson, anexadas pela Rússia em setembro de 2022.

A Ucrânia propôs, para a próxima semana, uma nova ronda de negociações, suspensas desde junho.

Na mensagem diária ao país, transmitida no sábado, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, explicou que a proposta foi feita pelo secretário do Conselho de Segurança ucraniano, Roustem Oumerov, esclarecendo ainda que quer negociar diretamente com Vladimir Putin.

Até agora Putin não comentou as mais recentes declarações do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a possibilidade de impor "sanções muito severas" à Rússia se esta não alcançar um acordo de paz com a Ucrânia no prazo de 50 dias.

As declarações de Trump foram feitas quando recebeu na Casa Branca, na segunda-feira, o secretário-geral da Aliança Atlântica (NATO), Mark Rutte, tendo o Presidente dos EUA reconhecido que está "descontente com a Rússia".

Hoje, o porta-voz do Kremlin assinalou que Washington compreende "cada vez mais " que resolver o conflito requer tempo.

A ofensiva russa contra a Ucrânia dura há mais de três anos e os ataques intensificaram-se este verão.

As forças russas conseguiram vários avanços nos últimos meses no leste e nordeste da Ucrânia, concentrados principalmente na província de Donetsk, uma das quatro que foram anexadas em 2022, uma ação não reconhecida internacionalmente.

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, dando início a uma guerra que já causou dezenas de milhares de vítimas civis e militares de ambos os lados, segundo várias fontes.

Ao lançar a invasão, Putin disse que visava "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho.

Nas conversações já realizadas, a Rússia exige que a Ucrânia não adira à NATO e que reconheça a soberania russa nas regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson, anexadas em 2022, e na Crimeia, que conquistou em 2014.

Bijagós, as Ilhas Esquecidas da Guiné (Parte II)... A etnia que vive nos Bijagós considera sagradas muitas das ilhas e protege-as do turismo de massas e da pesca ilegal. Paraíso tranquilo de um país instável, o arquipélago dos Bijagós é um cartão postal da Guiné Bissau Veja ou reveja a reportagem especial da SIC sobre as Ilhas que foram agora elevadas a Património Mundial Natural, tornando-se no primeiro sítio do país africano a integrar a lista da Unesco.

Susana AndréJoão VendaRicardo TenreiroPatrícia ReisDiana Matias Sicnoticias.pt,  20 jul 2025

As ilhas dos Bijagós, na Guiné-Bissau, foram elevadas a Património Mundial Natural, tornando-se no primeiro sítio do país africano a integrar a lista da Unesco, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.

A decisão foi anunciada esta semana, em Paris, França, durante a 47.ª reunião do Comité do Património Mundial da Unesco, que decorreu até dia 16, na sede da organização na capital francesa.

Esta é "uma conquista histórica " para a Guiné-Bissau, com as ilhas consideradas um tesouro natural reconhecidas com o estatuto mundial.

A inscrição na lista de sítios Património Mundial surge mais de uma década depois da primeira candidatura rejeitada pela Unesco.

O arquipélago dos Bijagós, na costa ocidental de África, é uma parte do território marinho e costeiro da Guiné-Bissau, composto por 88 ilhas e ilhéus, com uma extensão de 2,6 quilómetros quadrados, onde vivem, nas 23 ilhas habitadas, cerca de 33 mil dos dois milhões de habitantes do país.

As ilhas Bijagós já conquistaram várias distinções, também da Unesco, concretamente Reserva da Biosfera, em 1996, Don a Terra, em 2001, e Sítio RAMSAR, em 2014, pela importância desta zona húmida a nível internacional.

Reportagem publicada na OPTO em 2021

Os EUA estão a enfatizar o comércio em vez da ajuda na nossa abordagem aos países em África - envolvendo os africanos como pares e parceiros. Na Cimeira #USAfricaBusinessSummit em Angola, empresas americanas e africanas anunciaram 2,5 mil milhões de dólares em novos negócios e compromissos que impulsionam a prosperidade mútua.

@#USAfricaBusinessSummit
 Representação da Embaixada dos Estados Unidos em Bissau

África é rica em energia solar, mas pobre em investimentos... O secretário executivo da Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA) lamentou hoje que tendo 60% do potencial de energia solar a nível global África atraia apenas 3% do financiamento energético.

Por LUSA 

"África é rica em energia solar, mas pobre em investimentos; o continente detém 60% do potencial solar mundial, mas atrai menos de 3% do financiamento global para energia", disse Claver Gatete no final do Fórum Político de Alto Nível, que decorreu esta semana em Nova Iorque.

O continente, frisou, "não está apenas a pedir ajuda, está a oferecer respostas; a energia não é apenas um bem público, é um motor para a criação de empregos, indústria e transformação".

Mais de 600 milhões de pessoas em todo o continente continuam sem acesso à eletricidade, com o aumento da procura por energia devido ao rápido crescimento populacional e das cidades e às ambições industriais de África, disse Gatete, acrescentando: "Enquanto o mundo fala em transição energética, grande parte de África continua presa à privação de energia".

Exemplificando com as crianças que estudam à noite à luz de velas, as clínicas que funcionam sem energia ou a limitação dos meios de subsistência devido à falta de eletricidade, o líder da divisão económica da ONU em África enfatizou que "a pobreza energética continua a ser um grande obstáculo ao desenvolvimento em todo o continente" e defendeu um novo modelo para o financiamento de investimentos em energia.

"Precisamos de um novo acordo sobre financiamento energético, que apoie a inovação, reforce as redes e construa indústrias de energia limpa que funcionem tanto para as pessoas como para o planeta", propôs Claver Gatete.

África, admitiu, é "um paradoxo de potencial e negligência", albergando recursos abundantes, como energia solar, eólica, hidráulica e geotérmica, mas ainda é amplamente ignorada pelos investimentos internacionais.

Citado num comunicado de imprensa enviado à Lusa, Gatete reiterou que a transformação energética de África deve passar das margens para o centro da agenda de desenvolvimento global, não apenas para a resiliência climática, mas também para o crescimento sustentável, a justiça económica e a prosperidade partilhada.

O Fórum Político de Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável (HLPF) é a plataforma central da ONU para analisar o progresso dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), tendo decorrido até sexta-feira em Nova Iorque, com um conjunto de encontros e seminários que juntaram governos, entidades da ONU e partes interessadas para avaliar os desafios e delinear soluções.


Leia Também: ONU defende ações urgentes para financiamento inovador em África

sábado, 19 de julho de 2025

Braima Camará : A assunção da Presidência rotativa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) pela Guiné-Bissau e por Vossa Excelência, General Úmaro Sissoco Embaló, presidente da República da Guiné-Bissau, representa um momento de prestígio e responsabilidade para o nosso país e para todos os guineenses...

Por Braima Camará 

A assunção da Presidência rotativa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) pela Guiné-Bissau e por Vossa Excelência, General Úmaro Sissoco Embaló, presidente da República da Guiné-Bissau, representa um momento de prestígio e responsabilidade para o nosso país e para todos os guineenses. 

Saúdo este marco com orgulho patriótico, reconhecendo nele uma oportunidade para afirmar o lugar da Guiné-Bissau no seio das nações que promovem a cooperação, o diálogo e o desenvolvimento sustentável.

A centralidade atribuída ao tema da soberania alimentar nesta Cimeira é, a meu ver, um sinal claro de que o futuro da nossa Nação está intrinsecamente ligado à valorização dos nossos recursos, à proteção da nossa terra e ao fortalecimento das capacidades produtivas do nosso povo. A segurança alimentar é hoje um imperativo de soberania, dignidade e paz social.

Neste contexto, reafirmo o meu compromisso firme e inabalável com o futuro da Guiné-Bissau, e com a construção de uma agenda política assente na responsabilidade, na inclusão e na reconciliação. O MADEM-G15, enquanto força política patriótica, está consciente dos grandes desafios que se avizinham, e é neste espírito que continuamos a trabalhar para a sua união e coesão, num momento crucial que antecede as eleições presidenciais e legislativas.

A reconciliação da família guineense representa, neste quadro, um novo sinal de maturidade e uma oportunidade renovada para que o Chefe de Estado continue a promover a reconciliação entre os guineenses, a estabilidade institucional e a coesão nacional.

O futuro exige de todos nós coragem, espírito de unidade e sentido de Estado. A Guiné-Bissau precisa de estabilidade, instituições fortes e lideranças capazes de colocar os interesses do país acima das disputas pessoais. É esse o caminho que me proponho a seguir — com humildade, mas também com determinação.

Desejo que esta Presidência da CPLP seja aproveitada com inteligência estratégica, para abrir portas, criar parcerias e mobilizar os recursos necessários ao nosso desenvolvimento sustentável.

A Guiné-Bissau tem pela frente uma oportunidade única. Ao assumir a presidência da CPLP, está sob os olhos da comunidade internacional. Pode, se quiser, transformar esta visibilidade em alavanca de reformas internas.

Chegou o momento de fazer convergir a diplomacia com a Constituição, e o prestígio internacional com o retorno pleno à legitimidade constitucional.

Juntos, com coragem e visão, construiremos uma Guiné-Bissau mais próspera, mais justa e mais respeitada.

Viva a Guiné-Bissau! Viva a CPLP! Viva o povo guineense!

Lisboa, 18 de Julho de 2025

Braima Camará

Coordenador Nacional do MADEM-G15

"Se os estrangeiros forem embora, o Japão não tem gente para trabalhar"

Por LUSA 

A extrema-direita fez da imigração um dos temas da eleição para a câmara alta do parlamento, no domingo, mas vários residentes lusófonos alertaram que o Japão precisa de estrangeiros para enfrentar o envelhecimento populacional.

"Se os estrangeiros forem embora daqui, o Japão já não tem para trabalhar. A mão-de-obra, até aqui, para nós também faltam pessoas", disse hoje à Lusa Rogério, de 43 anos, que trabalha num restaurante brasileiro em Osaka (centro-sul).

Nas últimas duas décadas, o número de trabalhadores no ativo diminuiu em cerca de três milhões. Até 2040, o Japão deverá enfrentar um défice de mão-de-obra de 11 milhões de pessoas, de acordo com uma estimativa do Recruit Works Institute.

"Sem estrangeiros, o Japão para. Japonês não quer trabalhar em qualquer serviço", explicou à Lusa outro brasileiro, Gilberto, que vive em Toyama, no centro do país.

No final de 2024, o Japão tinha 3,76 milhões de residentes estrangeiros, um máximo histórico, mas que apenas representa 3% da população. De acordo com a legislação em vigor, nenhum deles tem direito de voto nas eleições de domingo.

Mas isso não impediu a extrema-direita de apostar numa retórica abertamente xenófoba, ligando a criminalidade à imigração e prometendo regras mais apertadas para a atribuição de residência e excluir os estrangeiros dos benefícios sociais.

De acordo com dados oficiais, em 2024, estrangeiros, incluindo residentes e pessoas em situação irregular, cometeram 2,2% dos crimes registado no Japão.

"Claro que estamos tendo problemas hoje em questões de segurança. Tem muitos estrangeiros que estão vindo para o Japão e estão fazendo muitas coisas erradas", admitiu Rogério.

"Mas isso de mandar estrangeiro embora, tem tanta coisa na Internet, mas eu acho que é muito 'fake news' [notícias falsas]", sublinhou o brasileiro.

Fundado em 2020, o partido de extrema-direita Sanseito tem usado redes e plataformas sociais para disseminar teorias da conspiração e desinformação xenófoba, observou Jeffrey J. Hall.

O especialista da Universidade de Estudos Internacionais de Kanda explicou que as emissoras japonesas "são legalmente obrigadas a manter a neutralidade política durante as eleições, pelo que a sua cobertura é muitas vezes bastante monótona".

"Em contraste, os canais do YouTube demonstram um extremo alinhamento político e podem obter enormes visualizações quando promovem mensagens sensacionalistas contra estrangeiros", disse Hall.

"Os estrangeiros são usados como alvos para expressar descontentamento", disse Yu Uchiyama, professor de ciências políticas na Universidade de Tóquio, que estabeleceu um paralelo com a ascensão da extrema-direita na Europa e nos Estados Unidos.

Em 08 de julho, oito organizações de defesa dos direitos dos estrangeiros e refugiados denunciaram a inclusão de mensagens xenófobas na campanha eleitoral e sublinharam que os imigrantes não recebem tratamento preferencial no Japão.

Uma opinião confirmada por Rogério, que destaca ainda "a barreira da língua", que torna alguns estrangeiros vulneráveis à exploração.

As sondagens sugerem que o Sanseito, atualmente com dois lugares na Câmara dos Conselheiros, poderá conquistar mais de dez dos 125 lugares em disputa nas eleições de domingo para a câmara alta do parlamento, composta por 248 membros.

Com a coligação do primeiro-ministro Shigeru Ishiba em risco de perder a maioria na Câmara dos Conselheiros, o partido no poder adotou parcialmente o discurso anti-imigração.

Na terça-feira, Ishiba inaugurou um gabinete especial para tratar de questões relacionadas com residentes estrangeiros, dizendo que irá ouvir as preocupações dos japoneses, incluindo alegados abusos do sistema de segurança social.

Ironicamente, diz Rogério, que vive no Japão desde os 14 anos, "antigamente até que, sim, tinha 'bullying', tinha preconceito", porque o país "antes era muito mais fechado".

Daniel, um angolano que vive há 14 no Japão, admitiu o peso do choque cultural: "O povo japonês é muito severo e vais ter que deixar algumas coisas que estás habituado a fazer, porque aqui tens que seguir mesmo a linha dos japoneses".

Rogério, casado com uma japonesa e com filhos, sublinhou que atualmente as escolas japonesas "ajudam as crianças [de estrangeiros] a falar e a escrever o japonês".

"Eu hoje não vejo discriminação", garantiu o brasileiro. Quanto aos apelos anti-imigração, "o japonês não quer isso, ele é aberto aos estrangeiros", acrescentou.

O Chefe de Estado, recebeu hoje as Cartas Credenciais da Embaixadora Emília Fábián, representante extraordinária e plenipotenciária da Hungria junto à Guiné-Bissau. A diplomata transmitiu os cumprimentos do Primeiro-Ministro húngaro, Viktor Orbán, e reiterou o compromisso do seu país em aprofundar as relações de amizade e cooperação com o nosso Estado.

A Embaixadora, residente em Portugal, garantiu deslocações frequentes à Guiné-Bissau, com o objectivo de reforçar os laços bilaterais entre os dois países.


 Presidência da República da Guiné-BissauRadio Voz Do Povo

EUA rejeitam mudanças da OMS para combater pandemias: "Direito soberano"

Por LUSA 

O Governo de Donald Trump anunciou na sexta-feira que os Estados Unidos rejeitam as alterações adotadas em 2024 pelos países da Organização Mundial da Saúde (OMS) para combater pandemias, alegando que estas violam a soberania norte-americana.

Os países-membros da OMS adotaram em 2024 emendas ao Regulamento Sanitário Internacional, um quadro juridicamente vinculativo para responder a emergências de saúde pública, que mostrou limitações durante a pandemia da covid-19.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, decidiu assim que voltou ao poder, em janeiro, retirar os Estados Unidos desta agência da ONU. Mas, de acordo com o Departamento de Estado, essas alterações continuam a ser obrigatórias para o país.

"Estas alterações podem prejudicar indevidamente o nosso direito soberano de elaborar a nossa política de saúde", afirmaram, em comunicado, o secretário da Saúde norte-americano, Robert Kennedy Jr., conhecido pelas posições antivacinas, e o secretário de Estado do país, Marco Rubio.

"Colocaremos os americanos em primeiro lugar em todas as nossas ações e não toleraremos nenhuma política internacional que prejudique a liberdade de expressão, a privacidade ou as liberdades individuais dos americanos", acrescenta-se na nota.

As alterações introduzem os conceitos de "emergência pandémica" e "mais solidariedade e equidade", de acordo com a OMS.

Estas foram adotadas depois de, no ano passado, a organização não ter conseguido chegar a um acordo global mais ambicioso na luta contra as pandemias. Em 2025, esse acordo foi finalmente concluído, mas sem os Estados Unidos.

"Lamentamos a decisão dos Estados Unidos de rejeitarem as alterações", reagiu o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, num comunicado publicado na sexta-feira à noite na rede social X.

O responsável salientou que as alterações "são claras sobre a soberania dos Estados-membros", acrescentando que a OMS não pode decidir sobre confinamentos ou medidas semelhantes.

Washington, sob a presidência de Joe Biden, participou nas negociações em 2024, mas não conseguiu chegar a um consenso. Os Estados Unidos exigiam mais proteções em relação aos direitos de propriedade intelectual sobre as vacinas norte-americanas.

O antecessor de Marco Rubio, Antony Blinken, saudou posteriormente as alterações, classificando-as como um progresso.

"Elas [alterações] também não tratam adequadamente a vulnerabilidade da OMS à influência política e à censura, especialmente por parte da China, durante epidemias", acrescentaram os dois secretários norte-americanos para justificar a rejeição.

Sessão de Abertura da XV Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), no dia 18 de julho de 2025, em Bissau. Intervenção de boas-vindas de Umaro Sissoco Embaló, Presidente da República da Guiné-Bissau e Presidente em exercício da CPLP.

Mutação em plantas de Cabo Verde sugere como culturas agrícolas podem resistir ao sal... A insularidade de Cabo Verde é um dos fatores que contribui para a sua biodiversidade e que tem despertado interesse científico em diversos domínios.

Por sicnoticias.pt

Um estudo científico sobre amostras de plantas recolhidas em Cabo Verde dá novas sugestões para desenvolvimento de culturas agrícolas em solos onde haja muito sal, por influência da água do mar, lê-se num artigo publicado na revista científica Science Advances.

"As nossas descobertas revelam um método baseado no conhecimento para desenvolver culturas resistentes ao sal, o que pode ser atraente tanto para a agricultura convencional como para a agricultura biológica", indicam os cientistas, ao detalhar as experiências laboratoriais realizadas.

O trabalho "Evolução paralela da tolerância à salinidade" em amostras da planta Arabidopsis thaliana recolhida em Cabo Verde foi publicado na última edição da revista Science Advances.

O artigo é partilhado por 15 autores de universidades e centros de investigação de França e Espanha e, embora não seja a primeira vez que a resistência de plantas à salinidade seja estudada, o estudo oferece provas genéticas e bioquímicas que podem fundamentar novas abordagens biotecnológicas.

"A salinização dos solos representa uma ameaça relevante à agricultura" e, no caso, as Ilhas de Cabo Verde "localizam-se a 600 quilómetros da costa de África e caracterizam-se por ambientes áridos e solos de elevada salinidade", assinalam os autores.

"Descobrimos que as plantas Arabidopsis thaliana nativas destas ilhas acumulam 'glucuronil-manose', que as protege do stress salino", um composto cuja produção os cientistas ligam a um gene específico, designado GH38cv.

As plantas portadoras de mutações de GH38cv "não apresentam defeitos de crescimento, nem de aptidão ou de resistência biótica em condições laboratoriais padrão, mas apresentam melhores taxas de germinação, raízes mais longas, melhor estado hídrico e maior aptidão do que as plantas não mutadas quando expostas ao stress salino".

Segundo o artigo, as mutações "evoluíram independentemente em duas ilhas distintas dentro do arquipélago de Cabo Verde", Santo Antão e Fogo, "ilustrando um exemplo de evolução paralela para a tolerância ao sal neste ambiente".

"As nossas descobertas podem ter implicações práticas para a agricultura (...). Em resumo, tanto a síntese como a aplicação de 'glucuronil-manose', bem como a edição genética dirigida de GH38cv, oferecem estratégias promissoras inspiradas na natureza para aumentar a tolerância ao sal em culturas e plantas ornamentais através de abordagens biotecnológicas", concluem.

A insularidade de Cabo Verde é um dos fatores que contribui para a sua biodiversidade e que tem despertado interesse científico em diversos domínios.

Em março, um outro grupo de cientistas indicou que um tipo de tamareira que se supõe já só existir em Cabo Verde pode ajudar árvores semelhantes a adaptarem-se às mudanças climáticas e outros problemas.


Tiroteio em mina de ouro na RCA gerida pelo grupo Wagner faz 11 mortos

Por LUSA 

Um tiroteio numa mina na República Centro-Africana (RCA), controlada pelo grupo russo de mercenários Wagner, matou pelo menos 11 pessoas, disseram hoje moradores e trabalhadores humanitários.

As vítimas foram mortas na noite de quarta-feira na mina de ouro em Ndassima, a cerca de 450 quilómetros a leste da capital do país, Bangui, disseram os residentes e os trabalhadores humanitários à agência de notícias Associated Press.

Os habitantes das aldeias vizinhas estão proibidos de aceder à mina controlada pela Wagner.

O morador Serge Pounematchi, cujo filho estava entre os mortos, disse que as vítimas estavam no local à procura de resíduos de ouro e cascalho quando foram sumariamente mortas, juntando-se a outros aldeões nos funerais das vítimas.

"É uma pena que o direito à vida não exista", sublinhou Pounematchi.

As autoridades ainda não confirmaram quaisquer pormenores sobre a violência e as autoridades locais não responderam até agora às perguntas colocadas pelos jornalistas.

Dois trabalhadores humanitários, que falaram sob condição de anonimato por receio de serem visados, confirmaram que as vítimas eram jovens das aldeias vizinhas e que a maioria foi morta a tiro.

Constantin Pounoukouzou, um residente de Ndassima, disse que alguns aldeões ainda estão desaparecidos. "Os jovens desempregados não têm outra opção senão ir para este sítio à noite (para) a gravilha", adiantou Pounoukouzou.

O grupo Wagner é frequentemente acusado de cometer violações dos direitos humanos e execuções extrajudiciais com pouca ou nenhuma responsabilidade na República Centro-Africana, onde se comprometeu a lutar contra grupos rebeldes e a restabelecer a paz.

Os mercenários têm servido como guarda-costas pessoais do Presidente Faustin Archange Touadera, ajudando-o a vencer um referendo constitucional em 2023, que poderá prolongar o seu poder indefinidamente.