@ Aliu Cande
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025
terça-feira, 11 de fevereiro de 2025
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, recebeu esta terça-feira em Bruxelas o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embalo, e garantiu-lhe "empenho contínuo" da União Europeia (UE) para uma "forte parceria" entre os dois blocos.
© Presidência da República da Guiné-Bissau Lusa 11/02/2025
António Costa garante "empenho contínuo" da UE a presidente da Guiné-Bissau
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, recebeu esta terça-feira em Bruxelas o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embalo, e garantiu-lhe "empenho contínuo" da União Europeia (UE) para uma "forte parceria" entre os dois blocos.
"Tive uma reunião muito construtiva com Umaro Sissoco Embaló, Presidente da Guiné-Bissau, na qual trocámos impressões sobre a evolução regional e bilateral", escreveu António Costa numa publicação na rede social X, acompanhada por fotografias do encontro de ambos.
Nessa ocasião, "salientei o empenho contínuo da UE numa parceria forte com a Guiné-Bissau, um importante parceiro bilateral na África Ocidental", adiantou o líder da instituição comunitária que junta os chefes de Governo e de Estado dos 27 Estados-membros do bloco europeu.
Este encontro presencial no edifício do Conselho Europeu seguiu-se a vários contactos nos últimos dias com líderes africanos -- como o Presidente moçambicano, Daniel Chapo, na sexta-feira, e o Presidente angolano, João Lourenço, e o Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, ambos esta segunda-feira.
No âmbito da parceria entre os dois blocos, a UE apoia a Guiné-Bissau na redução dos seus níveis elevados de pobreza e desigualdade e na resposta aos desafios de governação e relacionados com as alterações climáticas.
A iniciativa Equipa Europa na Guiné-Bissau junta a UE, o Banco de Investimento Europeu, França, Portugal e Espanha, e concentra-se na educação e formação para uma transição inclusiva e ecológica.
Entre 2021 e 2024, a UE atribuiu 112 milhões de euros em financiamentos à parceria com a Guiné-Bissau ao abrigo dos instrumentos de Vizinhança, de Cooperação para o Desenvolvimento e de Cooperação Internacional.
António Costa lidera o Conselho Europeu, a instituição que define as orientações e prioridades políticas gerais da União Europeia, desde 01 de dezembro passado e tem um mandato de dois anos e meio, até 31 de maio de 2027.
Leia Também: 11 de fevereiro de 2025, em Bruxelas, o Presidente do Conselho Europeu, António Costa, recebeu o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, para reforçar os laços diplomáticos e a cooperação entre a União Europeia e a Guiné-Bissau.

A Câmara Municipal de Bissau apresentou hoje aos parceiros três projetos para requalificação da Cidade de Bissau, nomeadamente, construção do Mercado de Bandim, Novo Shopping de Bissau e a Requalificação dos Espaços Públicos da Capital [Praça Amílcar Cabral, Jardim da ANP e Espaço Verde no B. D'AJuda]. O PM, Rui Duarte Barros presidiu a cerimónia.

Musk (com X Æ A-12 às cavalitas) quis falar-nos de "restaurar a democracia", preservativos para Gaza e enriquecer à custa dos contribuintes
Por CNN Portugal
O homem-forte do Departamento de Eficiência Governamental falou tanto ou mais do que o Presidente. Admitiu um engano, “porque ninguém acerta sempre”, explicou “parte significativa” da sua missão na Casa Branca e prometeu investigar “um certo mistério” milionário
Elon Musk afirmou que restaurar a democracia é “uma parte significativa” dos objetivos da administração Trump e que esse princípio sustenta a missão do seu Departamento de Eficiência Governamental (DOGE).
Na Sala Oval da Casa Branca, este terça-feira, ao lado do Presidente, Donald Trump, e com o filho X Æ A-12 às cavalitas, o chefe do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) dos EUA declarou que “vivemos numa burocracia” e acrescentou que é “incrivelmente importante” corrigi-la.
“Não podes ter uma burocracia federal autónoma. Tens de ter uma que responda às pessoas”, disse Musk. “Esse é todo o propósito de uma democracia.”
Musk acrescentou que a burocracia federal era o “quarto ramo inconstitucional do governo” e que, atualmente, detinha mais poder do que qualquer representante eleito.
50 milhões em preservativos para Gaza? “Algumas das coisas que digo estarão erradas”
Elon Musk admitiu ainda que “algumas das coisas que digo estarão erradas” quando foi questionado sobre alegações feitas na sua plataforma social, X, e pela Casa Branca, sobre o envio de preservativos para Gaza.
“Algumas das coisas que digo estarão erradas e devem ser corrigidas. Ninguém acerta sempre. Quer dizer... vamos cometer erros, mas agiremos rapidamente para corrigir qualquer erro”, afirmou Musk na Sala Oval, sempre ao lado do Presidente.
“Então, sabes... não tenho a certeza de que devêssemos enviar 50 milhões de dólares em preservativos para qualquer lugar, sinceramente, não sei se isso entusiasmaria os americanos. E isso é realmente um número enorme de preservativos quando se pensa nisso. Mas, sabes, se tivesse ido para Moçambique em vez de Gaza, bem, não seria tão mau. Mas, mesmo assim, sabes, porque é que estamos a fazer isso?”, continuou o homem mais rico do mundo.
O Presidente e a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmaram anteriormente que existia um plano federal para gastar 50 milhões de dólares em preservativos para Gaza.
Especialistas em ajuda dos EUA a Gaza e em saúde global disseram anteriormente à CNN que ficaram perplexos com a alegação de que os EUA estavam a planear gastar essa quantia em preservativos para Gaza.
“Perguntámos a várias fontes e ninguém tem a certeza a que é que isto se refere”, disse Steve Fake, porta-voz da Anera, uma organização sem fins lucrativos de ajuda que fez parceria com a USAID num projeto de saúde de 50 milhões de dólares, com duração de cinco anos, em Gaza.
Funcionários federais acumularam "dezenas de milhões de dólares” em património
Elon Musk afirmou também que está interessado em investigar funcionários federais com salários elevados.
“Achamos um pouco estranho que haja várias pessoas na burocracia que, aparentemente, têm um salário de algumas centenas de milhares de dólares, mas, de alguma forma, conseguem acumular dezenas de milhões de dólares em património líquido enquanto ocupam esse cargo”, disse Musk na Sala Oval.
Sem apresentar provas, o bilionário acusou funcionários públicos de “enriquecerem à custa dos contribuintes” e disse que quer investigar o caso.
“Estamos apenas curiosos para saber de onde vem esse dinheiro”, afirmou Musk sobre os salários dos funcionários federais. “Talvez sejam muito bons a investir - e nesse caso talvez devêssemos seguir os seus conselhos de investimento. Mas parece haver um certo mistério sobre como se tornam ricos.”

11 de fevereiro de 2025, em Bruxelas, o Presidente do Conselho Europeu, António Costa, recebeu o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, para reforçar os laços diplomáticos e a cooperação entre a União Europeia e a Guiné-Bissau.

O conselheiro do Presidente Donald Trump para migrações aconselhou hoje o Papa a concentrar-se na igreja e deixar os Estados Unidos tratar das suas fronteiras, numa reação a críticas de Francisco às deportações de migrantes.
© Lusa 11/02/2025
EUA dizem a Papa para tratar da Igreja e deixar Trump lidar com migrantes
O conselheiro do Presidente Donald Trump para migrações aconselhou hoje o Papa a concentrar-se na igreja e deixar os Estados Unidos tratar das suas fronteiras, numa reação a críticas de Francisco às deportações de migrantes.
"Ele [o Papa] quer atacar-nos porque nós protegemos as nossas fronteiras? Ele tem um muro à volta do Vaticano, não tem? (...) Não podemos ter um muro à volta dos Estados Unidos", disse Tom Homan.
"Gostaria que ele se concentrasse na Igreja Católica e nos deixasse tratar das fronteiras", acrescentou em declarações na Casa Branca (presidência), segundo a agência francesa AFP.
Homan, que é o principal conselheiro de Trump para as políticas de migração, reagia a críticas feitas hoje pelo chefe da Igreja Católica às deportações de migrantes ordenadas pelo novo Presidente dos Estados Unidos.
Numa carta enviada aos bispos dos Estados Unidos, Francisco considerou que a deportação em massa de migrantes pela administração de Trump constitui "um atentado à dignidade" e que "vai terminar mal".
Francisco afirma que as nações têm o direito de se defender e de manter as suas comunidades a salvo dos criminosos.
"Dito isto, o ato de deportar pessoas que, em muitos casos, deixaram a sua terra por razões de extrema pobreza, insegurança, exploração, perseguição ou grave deterioração do ambiente, prejudica a dignidade de muitos homens e mulheres, e de famílias inteiras, e coloca-os num estado de particular vulnerabilidade e indefesos", escreveu.
A assessora de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse na semana passada que mais de 8.000 pessoas foram detidas em ações de aplicação da lei da imigração desde que Trump tomou posse em 20 de janeiro.
Algumas foram deportadas, outras estão em prisões federais, enquanto outras ainda estão detidas na Base Naval da Baía de Guantánamo, em Cuba, segundo as autoridades.
Leia Também: O Papa Francisco considerou hoje que a deportação em massa de migrantes pela administração norte-americana de Donald Trump constitui "um atentado à dignidade" e que "vai terminar mal".

Governo anuncia o início da atualização dos cadernos eleitorais a 9 março 2025. O Diretor Geral do GTAPE, Gabriel Djibril BALDÉ, garante a criação de mínimas condições para o arranque dos trabalhos.

Aladje Botche Candé recebe visita do Braima Camará hoje, terça-feira, 11 de fevereiro de 2025, na sua residência, em Bissau
Braima Camará efetuou uma visita de cortesia à residência do coordenador da coligação PAI TERRA-RANKA, Eng. Domingos Simões Pereira. Após vários meses ausente de capital (Bissau), devido ao luto pelo desaparecimento físico da mãe.

Instabilidade Política na Guiné-Bissau e o Papel de Domingos Simões Pereira
@Estamos a Trabalhar
A recente participação de Domingos Simões Pereira (DSP), presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau, líder do PAIGC e do PAI Terra Ranka, no debate televisivo da TV Obolum, gerou intensas controvérsias e questionamentos sobre sua atuação na política guineense.
Muitos o consideram um dos principais fatores de instabilidade política no país, e sua postura na entrevista reforçou essa percepção.
Durante o debate, DSP declarou que estaria pronto para assumir a Presidência da República no dia 27 de fevereiro, mesmo sem a realização de eleições – uma afirmação que levanta sérias preocupações sobre a sua postura e saúdemental. Essa declaração sugere a possibilidade de um golpe de Estado e na mesma entrevista declarou que não é golpista.
Além disso, o líder político revelou informações sensíveis sobre o Estado e tentou justificar certas decisões políticas de forma pouco convincente. Suas declarações incluíram acusações contra o atual Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, alegando que este o teria convidado a fazer de um golpe de Estado contra o então Presidente Jomav. No entanto, a grande questão que emerge é: por que essas revelações não foram feitas anteriormente, especialmente considerando que Sissoco sempre foi seu principal rival político e durante a governação do PAIGC, o Presidente Sissoco Embaló exonerou seu executivo várias vezes, refletindo um cenário de tensão permanente.
Historicamente, a relação entre DSP e o poder tem sido marcada por conflitos dentro e fora do próprio partido e também com outros actores políticos. Atualmente, como Presidente da Assembleia Nacional Popular, DSP passa mais tempo em Portugal do que na Guiné-Bissau, o que gera críticas sobre seu real compromisso com as funções institucionais.
Além disso, seu nome e o de sua família aparecem em diversas investigações de corrupção. Seu envolvimento, assim como o de sua esposa, irmão e até os filhos, em alegados atos ilícitos reforça a imagem de um líder político cuja credibilidade está comprometida. Apesar de sua retórica habilidosa, suas decisões políticas demonstram fragilidade, e sua trajetória está marcada por fracassos sucessivos.
A percepção geral é que DSP está obstinadamente focado em alcançar a Presidência da República a qualquer custo, recorrendo a estratégias que colocam em risco a estabilidade nacional. Sua postura na entrevista na TV Obolum revelou um político em aparente desespero pelo poder, disposto a desafiar as normas democráticas para atingir seus objetivos.
Diante desse cenário, a instabilidade política da Guiné-Bissau parece estar longe de uma solução, especialmente enquanto figuras centrais do jogo político mantiverem posturas que priorizam ambições pessoais em detrimento do interesse nacional. O país necessita de uma liderança comprometida com o fortalecimento das instituições democráticas, o combate à corrupção e a promoção da estabilidade política.
Excelente análise de: Tomas Delgado Pinto

União Africana: A guerra que assola o Sudão desde abril de 2023 provocou a "pior crise humanitária do mundo", com centenas de milhares de crianças a sofrer de desnutrição aguda grave, lamentou hoje a União Africana (UA).
© Osman Bakir/Anadolu via Getty Images Lusa 11/02/2025
Guerra civil no Sudão provocou a pior crise humanitária do mundo
A guerra que assola o Sudão desde abril de 2023 provocou a "pior crise humanitária do mundo", com centenas de milhares de crianças a sofrer de desnutrição aguda grave, lamentou hoje a União Africana (UA).
Os confrontos entre os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) de Mohamed Hamdane Daglo e o exército do general Abdel Fattah al-Burhane, dois antigos aliados que se tornaram rivais, causaram dezenas de milhares de mortos e deslocaram mais de 12 milhões de pessoas.
Enquanto o exército controla o leste e o norte do Sudão, os paramilitares mantêm o seu domínio em quase todo o Darfur, uma vasta região no oeste do país onde vive um quarto dos 50 milhões de habitantes do país.
"Os combates incessantes no Sudão desde o início da guerra, em 15 de abril de 2023, dificultaram o acesso à ajuda humanitária, conduziram à escassez de alimentos e agravaram a fome, com crianças e mulheres a serem continuamente maltratadas e os idosos e doentes a carecerem de assistência médica", afirmou o presidente do painel da UA sobre o Sudão, Mohamed Ibn Chambas.
"Esta é a pior crise humanitária do mundo", continuou.
Para a UA, só um "diálogo político, e não a opção militar, pode pôr fim a esta guerra".
Segundo a organização pan-africana, cerca de 431.000 crianças foram hospitalizadas em 2024 devido à desnutrição aguda grave, um número 44% superior ao registado em 2023.
Na segunda-feira, as Nações Unidas acusaram as RSF de obstruir a entrega de ajuda vital à região do Darfur, que está ameaçada pela fome.
A fome já afeta cinco regiões sudanesas, incluindo três no Darfur do Norte, e deverá estender-se a cinco outros distritos do estado até maio, segundo as agências da ONU, com base num relatório recente do sistema de Classificação da Segurança Alimentar (IPC, na sigla em inglês).
De acordo com o IPC, 24,6 milhões de pessoas, cerca de metade da população do Sudão, deverão enfrentar "níveis elevados de insegurança alimentar aguda" até maio.
No início de fevereiro, um atentado bombista atribuído a paramilitares contra um mercado em Omdourman, nos arredores de Cartum, matou pelo menos 50 pessoas.
Leia Também: Comandante do Exército do Sudão anuncia governo de transição para breve

Ato da abertura do simpósio internacional sobre ordenamento do território da Guiné-Bissau

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025
Declaração do Embaixador de Portugal na Guiné-Bissau no ato de lançamento do projeto morança de cultura

O Ministro das Pescas e Economia Marítima, Mário Musante da Silva, presidiu hoje, (10.02) o Lançamento de campanha avaliação recursos marítimos sobre Biomassa nas águas da Guiné-Bissau. A campanha foi financiada pela UE no quadro da Cooperação e parceria.

Polícia Judiciária Captura Suspeito de Assalto a Banco na Gâmbia
Por Polícia Judiciária da Guiné-Bissau
A Brigada de Repressão ao Banditismo e Roubos da Polícia Judiciária procedeu, no dia 08 de fevereiro de 2025, à captura de ANSUMANE (ANSU) JARJU, suspeito de envolvimento num assalto a banco ocorrido na Gâmbia.
O crime teve lugar no dia 22 de janeiro de 2024, pelas 13h33, quando o suspeito, acompanhado de mais dois indivíduos e munido de arma de fogo, atacou uma das agências do ACCESS BANK, localizada em Brusubi, na Gâmbia. Durante o assalto, o grupo subtraiu uma soma avultada de dinheiro, estimada em aproximadamente 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) Dalasis, tendo posteriormente empreendido fuga para parte incerta.
Em resposta a uma solicitação formal de cooperação internacional apresentada pelas autoridades policiais gambianas, a Polícia Judiciária da Guiné-Bissau desencadeou diligências operacionais que culminaram na localização e captura do suspeito em Bissau, pelas 15h00 do dia 08 de fevereiro de 2025.
O detido foi entregue às autoridades policiais gambianas ao abrigo do artigo 11.º do Acordo de Cooperação Policial entre os Estados Membros da CEDEAO, reafirmando assim o compromisso da Polícia Judiciária da Guiné-Bissau no combate ao crime transnacional e no reforço da cooperação regional em matéria de segurança e justiça criminal.
A Polícia Judiciária reitera a sua determinação em continuar a trabalhar em estreita colaboração com as autoridades nacionais e internacionais na prevenção e repressão de atividades criminosas, garantindo a segurança e estabilidade da região.

A ONU denunciou a detenção "arbitrária" do Presidente nigerino deposto por um golpe militar em julho de 2023 e da sua mulher, com os advogados a pedirem mais uma vez a libertação de Mohamed Bazoum.
© Reuters Lusa 10/02/2025
ONU denuncia detenção arbitrária do presidente nigerino deposto em 2023
A ONU denunciou a detenção "arbitrária" do Presidente nigerino deposto por um golpe militar em julho de 2023 e da sua mulher, com os advogados a pedirem mais uma vez a libertação de Mohamed Bazoum.
"As privações de liberdade de Mohamed Bazoum e Hadiza Bazoum são arbitrárias", afirmou o grupo de trabalho da ONU sobre detenção arbitrária, num parecer consultado hoje pela agência AFP.
O organismo, que reporta ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, acrescentou que "a medida adequada seria libertar imediatamente o senhor e a senhora Bazoum e conceder-lhes o direito de obter uma indemnização".
Mohamed Bazoum foi deposto a 26 de julho de 2023 pelo general Abdourahamane Tiani, chefe da sua guarda presidencial. Desde então, tem sido mantido em cativeiro com a mulher, Hadiza, na residência presidencial em Niamey, sob condições rigorosas.
"O Presidente (...) e a sua mulher foram privados de qualquer contacto com o mundo exterior, incluindo a sua família, amigos e até os seus advogados, desde o confisco do seu telefone em outubro de 2023. Só um médico pode visitá-los para levar comida e medicamentos", disse o hoje o grupo dos seus advogados, através de um comunicado, pedindo novamente a sua libertação "imediata".
"As Nações Unidas rejeitaram as explicações falhadas do Níger e confirmaram o que o mundo já sabe: O Presidente Bazoum está a ser cruel e ilegalmente preso", disse Reed Brody, membro do coletivo.
Questionado pelas Nações Unidas, o regime militar do Níger respondeu que acusava Bazoum de ter trocado telefonemas com "forças obscurantistas hostis ao Níger para ordenar um ataque com a ajuda de potências estrangeiras", atos "semelhantes a conspirações e ataques contra a segurança do Estado e a inteligência com potências estrangeiras".
No seu parecer, a ONU sublinha que o regime de Niamey "não forneceu qualquer explicação para justificar a duração da sua detenção, bem como a ausência de um julgamento perante os tribunais nigerinos competentes".
Em junho, o Tribunal Estatal do Níger, um tribunal criado pelo regime militar, suspendeu a imunidade presidencial, abrindo caminho a um possível julgamento. Nenhuma data foi definida desde então.
Em dezembro de 2023, o Tribunal de Justiça da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) ordenou a libertação de Bazoum, mas o pedido não foi atendido e o Níger abandonou a organização.
Mohamed Bazoum, eleito em 2021, nunca se demitiu e ainda afirma ser o Presidente do Níger.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que os palestinianos não teriam direito ao retorno, nos termos do seu plano para a Faixa de Gaza, num excerto de entrevista hoje divulgado.
© Lusa 10/02/2025
Trump diz que palestinianos não teriam direito de retorno no seu plano para Gaza
O Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que os palestinianos não teriam direito ao retorno, nos termos do seu plano para a Faixa de Gaza, num excerto de entrevista hoje divulgado.
Questionado por um repórter do canal televisivo Fox News sobre se os palestinianos teriam o "direito de retorno" ao enclave palestiniano devastado pela guerra, uma vez reconstruído, Trump respondeu: "Não, não teriam, porque terão alojamentos muito melhores".
"Por outras palavras, estou a falar de construir um lugar permanente para eles, porque se regressassem agora, levariam anos a reconstruir Gaza -- não é habitável", acrescentou.
Ao receber na semana passada o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu em Washington, Donald Trump declarou que os Estados Unidos iam "tomar posse" da Faixa de Gaza e "livrar-se dos edifícios destruídos", com o objetivo de desenvolver economicamente o território, afirmações que foram amplamente condenadas em todo o mundo.
Repetiu também que os habitantes de Gaza poderiam ir viver para a Jordânia ou para o Egito, apesar da oposição destes e de muitos outros países, além da dos próprios palestinianos.
Na entrevista concedida à Fox News, que será transmitida na íntegra hoje à noite depois de a primeira parte ter sido emitida no domingo por ocasião da Super Bowl, o Presidente norte-americano afirmou que os Estados Unidos vão construir "belas comunidades" para os cerca de dois milhões de habitantes da Faixa de Gaza.
"Poderão ser cinco, seis ou duas. Mas vamos construir comunidades seguras, um pouco distantes do local onde eles se encontram, onde está todo o perigo", acrescentou Trump.
"Temos de pensar nisto como um empreendimento imobiliário para o futuro. Será um belo pedaço de terra. Não haverá grandes despesas", assegurou.
Israel declarou em 07 de outubro de 2023 uma guerra na Faixa de Gaza para "erradicar" o movimento radical Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando cerca de 1.200 pessoas, na maioria civis.
Desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) fez também nesse dia 251 reféns, 36 dos quais entretanto declarados mortos pelo Exército israelita.
A guerra fez, até 19 de janeiro -- data de entrada em vigor de um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza -, mais de 47.000 mortos (cerca de 2% da população), entre os quais quase 18.000 crianças, e quase 111.000 feridos, além de cerca de 11.000 desaparecidos, na maioria civis, presumivelmente soterrados nos escombros, e mais alguns milhares que morreram de doenças e infeções, de acordo com números atualizados das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.
Ao longo de mais de um ano de guerra, cerca de 90% dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza viram-se obrigados a deslocar-se, muitos deles várias vezes, encontrando-se em acampamentos apinhados ao longo da costa, praticamente sem acesso a bens de primeira necessidade, como água potável e cuidados de saúde.
A ONU declarou o sobrepovoado e pobre enclave palestiniano mergulhado numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica", a fazer "o mais elevado número de vítimas alguma vez registado" pela organização em estudos sobre segurança alimentar no mundo.
No final de 2024, uma comissão especial da ONU acusou Israel de genocídio na Faixa de Gaza e de estar a utilizar a fome como arma de guerra - acusação logo refutada pelo Governo israelita, mas sem apresentar quaisquer argumentos.
Leia Também: A Autoridade Palestiniana assinou hoje um memorando de entendimento com as Nações Unidas e a Organização Árabe Internacional para a Reconstrução Palestiniana para a remoção de escombros e construção de abrigos na Faixa de Gaza.

O Presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, acusou hoje o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, de querer "colocar a República Islâmica de rastos" durante um discurso para assinalar o 46.º aniversário da revolução que derrubou a monarquia Pahlavi.
© Lusa 10/02/2025
Presidente iraniano acusa Donald Trump de querer colocar país de rastos
O Presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, acusou hoje o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, de querer "colocar a República Islâmica de rastos" durante um discurso para assinalar o 46.º aniversário da revolução que derrubou a monarquia Pahlavi.
"Trump diz 'queremos falar [com o Irão]', e assina num memorando conspirações para pôr a nossa Revolução de rastos", disse Pezeshkian a uma multidão reunida em Teerão.
O chefe de Estado iraniano referia-se a um texto assinado na terça-feira pelo Presidente norte-americano que prevê novas sanções contra Teerão, sobretudo contra o setor petrolífero.
"Não estamos à procura da guerra", disse Pezeshkian, admitindo, no entanto, que o seu país "nunca se curvará".
Os iranianos celebram hoje o 46º aniversário da vitória da República Islâmica, marchando pelas ruas de Teerão e por todo o país.
"A América pensa que pode colocar o Irão de joelhos criando divisões" entre os componentes da nação iraniana", criticou o Presidente iraniano no seu discurso.
Desde o início da manhã que a televisão estatal transmite imagens em direto de pessoas nas ruas das cidades e vilas, acompanhadas por música pop e hinos patrióticos.
Em Teerão, os habitantes começaram a dirigir-se para o principal ponto de encontro, em redor da emblemática torre Azadi ("liberdade" em persa), situada na zona ocidental da capital.
Anteriormente conhecida como Praça Shahyad (palavra persa para "memória" do Xá), o edifício foi construído para assinalar os 2.500 anos do Império Persa.
Nas ruas de Teerão, estavam expostas réplicas de mísseis de fabrico iraniano e outros equipamentos militares.
Gritando 'slogans' antiamericanos e anti-israelitas, as pessoas também saíram às ruas em Shiraz e Bandar Abbas (sul), Rasht (norte), Mashhad (leste) e Kermanshah e Sanandaj (oeste), de acordo com imagens televisivas.
Muitas vezes em grupos familiares, os iranianos transportam bandeiras com as cores verde, branca e vermelha e de grupos pró-iranianos, incluindo o Hezbollah no Líbano, bem como retratos do líder supremo, o 'ayatollah' Ali Khamenei.
As celebrações que assinalam a queda da monarquia Pahlavi começam todos os anos a 31 de janeiro, aniversário do regresso do 'ayatollah' Ruhollah Khomeini a Teerão, em 1979, vindo do exílio em Paris.
Nos últimos dias, muitos responsáveis da República Islâmica instaram a nação a participar em grande número nas celebrações, após o regresso ao poder de Donald Trump, que defende uma política designada como "pressão máxima" sobre Teerão.
Esta política, adotada na semana passada, já tinha sido aplicada durante o seu primeiro mandato, com o objetivo de impedir que o país persa adquira uma arma nuclear e de forma a limitar as exportações de petróleo.
O Presidente dos Estados Unidos disse estar a assinar o documento porque "o mundo inteiro quer" e garantiu esperar não ter de o usar.
Trump indicou que está disposto a negociar com Teerão e até mesmo a conversar com o Presidente iraniano, Masud Pezeshkian.
Mohajerani não comentou a afirmação de Trump sobre a existência de um plano iraniano para o assassinar.
O Departamento de Justiça anunciou em novembro que tinha frustrado uma conspiração iraniana para assassinar Donald Trump antes da eleição presidencial, algo que Teerão negou repetidamente.
O republicano impôs a chamada "política de pressão máxima" contra Teerão durante o seu primeiro mandato (2017-2020) e abandonou o pacto nuclear de 2015, que limitava o programa nuclear do país em troca do levantamento das sanções.
Desde a retirada dos Estados Unidos do acordo nuclear, o Irão enriqueceu urânio muito além do nível permitido e agora possui 182,3 quilos enriquecidos com 60% de pureza, perto de 90% usados para fins militares, de acordo com a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA).

Número de casamentos na China cai para valor mais baixo desde 1980
Cnnportugal.iol.pt
Número representa um novo declínio, após uma recuperação em 2023
A China registou 6,1 milhões de casamentos em 2024, o número mais baixo desde que se iniciaram os registos, em 1980, de acordo com dados divulgados esta segunda-feira pelo Ministério dos Assuntos Civis.
O número representa um novo declínio, após uma recuperação em 2023, depois de anos consecutivos de contração, de acordo com o relatório estatístico do quarto trimestre de 2024, difundido pelo ministério.
Em 2023, foram registados 7,68 milhões de casamentos no país asiático, em comparação com 6,83 milhões em 2022, um número que já era um mínimo histórico.
Especialistas chineses explicaram que o pico de 2023 poderá dever-se a fatores como a pandemia da covid-19, que levou a uma redução da interação pessoal entre homens e mulheres, resultando num efeito de adiamento das núpcias para depois do período pandémico.
De acordo com os especialistas, as razões para o declínio no número de registos de casamento desde 2014 incluem uma redução da população jovem, o desequilíbrio de género na China, com mais homens do que mulheres entre a população jovem, o adiamento da idade do casamento, os custos elevados para casar e uma mudança de atitudes em relação ao casamento.
No 20.º Congresso do Partido Comunista Chinês, em 2022, o partido no poder sublinhou que o país precisa de um sistema que “aumente as taxas de natalidade e reduza os custos da gravidez, do parto, da escolaridade e da educação dos filhos”.
A China registou um declínio da população em 2022, 2023 e 2024, as primeiras contrações desde 1961, quando o número de habitantes diminuiu em consequência do fracasso da política de industrialização do Grande Salto em Frente e da fome que se lhe seguiu.

Ministra da Mulher, Família e Solidariedade Social, Maria Inacia Có Sanha, entregou ontem (09.02), 1800 folhas de zinco e 24 sacos arroz e roupas para às vítimas de um incêndio no mês passado que consumiu 12 casas na localidade Djufunco. Elias e Djobel também beneficiaram do arroz doado pela República Popular da China.

domingo, 9 de fevereiro de 2025
Cólera em Angola já ultrapassou 3000 casos e matou mais de 100 pessoas
© Lusa 09/02/2025
Angola reportou nas últimas 24 horas mais 167 casos de cólera, perfazendo um total de 3.043 desde 07 de janeiro, quando foi declarado um surto desta doença infecciosa que matou 101 pessoas até agora.
Segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde (Minsa), o surgimento de novas áreas de propagação da doença obrigou a reajustar a população alvo estimada para a vacinação que passou de 930.572 para 1.079.476 habitantes. Desta população foi vacinada um total de 925.573 pessoas, o que corresponde a uma cobertura vacinal de 86,0% da população alvo, nas províncias de Luanda, Icolo e Bengo e Bengo.
Dos 157 novos casos de cólera, 76 ocorreram na província de Luanda, 57 na província do Bengo, 19 na província do Icolo e Bengo, quatro na província do Cuanza Sul e um na província de Malanje.
Nas últimas 24 horas foram registados 4 óbitos, elevando o total de mortes para 101.
Atualmente, estão internadas 270 pessoas com cólera.
Dos 3.043 casos reportados, cerca de metade ocorreram em Luanda (1.501) 1.119 na província do Bengo, 390 na província do Icolo e Bengo, 9 na província do Cuanza Sul, 6 na província do Huambo, 5 na província do Zaire, 5 na província da Huíla, 5 na província de Malanje, 2 na província do Cuanza Norte e 1 na província do Cunene, com idades compreendidas entre 2 e 100 anos.
Dos 101 óbitos, 46 aconteceram em Luanda, 41 na província do Bengo, 12 no Icolo e Bengo e 2 na província do Cuanza Sul, sendo o grupo etário mais afetado o dos 2 aos 5 anos de idade com 470 casos e 13 óbitos, seguido do grupo etário dos 10 aos 14 anos de idade com 403 casos e 8 óbitos.

O presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, foi condecorado com a Ordem de Zayed, a mais alta condecoração dos Emirados Árabes Unidos, pelo Xeique Mohamed bin Zayed Al Nahyan, presidente dos Emirados Árabes Unidos.
Essa distinção reconhece seu compromisso com a cooperação internacional e o fortalecimento das relações diplomáticas entre as nações.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, classificou hoje a proposta do Presidente norte-americano, Donald Trump, de assumir o controlo da Faixa de Gaza como "revolucionária e criativa" e disse regressar de Washington com "enormes conquistas" para a segurança do país.
© Kayla Bartkowski/Getty Images Lusa 09/02/2025
Gaza. Netanyahu descreve ideia de Trump como "revolucionária e criativa"
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, classificou hoje a proposta do Presidente norte-americano, Donald Trump, de assumir o controlo da Faixa de Gaza como "revolucionária e criativa" e disse regressar de Washington com "enormes conquistas" para a segurança do país.
"O Presidente Trump veio com uma visão completamente diferente e muito melhor para Israel, uma abordagem revolucionária e criativa", afirmou Netanyahu, durante uma reunião com o seu executivo.
O líder israelita disse que Donald Trump estava "muito empenhado em implementá-la" e que as conversações produziram "resultados extraordinários".
Netanyahu regressou hoje a Telavive depois de ter passado mais de uma semana nos Estados Unidos e convocou uma reunião do Gabinete do Governo para esta noite e outra do Gabinete de Segurança para terça-feira,
No seguimento de uma visita que descreveu como "histórica", o chefe do Governo referiu-se a "enormes conquistas que podem garantir a segurança de Israel durante gerações", num momento em que as forças israelitas intensificaram as suas operações militares na Cisjordânia ocupada.
Na próxima semana, espera-se também a continuação das negociações com o grupo islamita palestiniano Hamas sobre o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.
"Há aqui oportunidades para possibilidades que penso que nunca teríamos sonhado, ou que até há alguns meses pareciam impossíveis, mas são possíveis", acrescentou Netanyahu numa declaração posterior.
Segundo o primeiro-ministro, estas conquistas estão relacionadas com as "questões-chave" que Israel enfrenta, embora não tenha adiantado pormenores.
No entanto, indicou que os dois líderes tinham concordado que os seus objetivos da guerra devem ser cumpridos, elencando a eliminação do Hamas, a recuperação dos reféns em posse do grupo armado palestiniano, o regresso dos deslocados israelitas às zonas visadas pelo grupo libanês Hezbollah "e, claro, impedir o Irão de obter armas nucleares".
Após o encontro entre os dois líderes na Casa Branca, o Presidente norte-americano manifestou a sua disponibilidade para controlar a Faixa de Gaza e reconstruí-la como a "Riviera do Médio Oriente".
Donald Trump expressou ainda o seu apoio a um plano para que os palestinianos abandonem o seu território "voluntariamente" e se desloquem para países vizinhos, como o Egito e a Jordânia, que já recusaram uma ideia que provocou uma ampla vaga de indignação em todo o mundo.
Netanyahu comentou ainda as mortes de quatro palestinianos no domingo, três dos quais no norte de Gaza.
"Aplicamos o acordo de cessar-fogo, o que significa que usamos o fogo para o aplicar ", justificou, recomendando que na próxima noite "ninguém se aproxime do perímetro [de segurança] e ninguém entre no perímetro".
As três pessoas mortas no norte foram atingidas pelo Exército israelita quando tentavam regressar a casa e entraram na zona tampão onde para a qual os militares tinham recuado horas antes.
No domingo, Israel retirou-se completamente do corredor Netzarim (uma estrada criada durante a guerra para separar o norte e o sul de Gaza), permitindo que muitos residentes cruzassem o enclave.
No domingo, uma delegação israelita composta por representantes do Shin Bet e da Mossad (agências de informação nacionais e estrangeiras de Israel) e o coordenador dos assuntos dos reféns, Gal Hirsch, aterrou em Doha para discutir "questões técnicas" com os mediadores sobre a primeira fase do cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Fontes próximas das negociações disseram à agência EFE que a equipa de negociação israelita vai reunir-se com as autoridades do Qatar para discutir "a continuação da primeira fase" da trégua, uma vez que não estaria autorizada ainda a discutir a segunda.
Segundo o entendimento, as negociações indiretas com os mediadores (Estados Unidos, Qatar e Egito) sobre a segunda fase deveriam ter começado 16 dias após a entrada em vigor do documento, ou seja, em 03 fevereiro.
A primeira fase dura seis semanas e deverá permitir a libertação de 33 reféns em troca de mais de 1.900 palestinianos detidos por Israel e o reforço da ajuda humanitária ao território.
A segunda fase tem como objetivo a libertação dos últimos reféns e o fim definitivo das hostilidades e a terceira, ainda incerta, deverá definir os termos da reconstrução da Faixa de Gaza e da sua governação no futuro.
A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque do Hamas em Israel em 7 de outubro de 2023, que fez cerca de 1.200 mortos e 250 reféns.
Em retaliação, Israel lançou uma operação militar em grande escala, que provocou mais de 47 mil mortos, na maioria civis, e a destruição da maioria das infraestruturas do enclave, segundo as autoridades locais, controladas pelo Hamas desde 2007.
O conflito também provocou cerca de 1,9 milhões de deslocados, de acordo com a ONU.
Leia Também: O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou este domingo que ninguém tem o poder de expulsar os habitantes da Faixa de Gaza, rejeitando o plano do homólogo norte-americano, Donald Trump, de assumir o controlo do território e deslocar os palestinianos.

Espanha: Peixe-diabo visto em plena luz do dia em Tenerife. Eis o momento
© Rainmaker1973/ X (antigo Twitter) Notícias ao Minuto 09/02/2025
O peixe-diabo preto alimenta-se de outros peixes, assim como de vermes, conseguindo atrair as suas presas acendendo uma espécie de luz. Vive entre 200 a dois mil metros de profundidade, mas agora foi detetado a cerca de dois quilómetros da costa espanhola. Pode ser a primeira vez que se vê o animal, vivo, tão próximo.
Um 'Melanocetus johnsonii', também conhecido por peixe-diabo preto, foi avistado no final de janeiro em plena luz do dia, em Tenerife, Espanha.
Após ser avistado, a apenas dois quilómetros da costa, o animal morreu e foi também enviado para o Museu de Natureza e Arqueologia. "É um peixe lendário que poucas pessoas tiveram o privilégio de ver ao vivo", explicou a Organização Não Governamental Condrik Tenerife .
De acordo com o site Animalia, este peixe alimenta-se de outros, assim como de vermes. É cercado também por bactérias e consegue acender uma espécie de luz, que ilumina o oceano e assim consegue atrair as suas presas.
Uma das biólogas que participaram na expedição que deu conta da existência deste peixe tão próximo da costa explicou que o motivo da sua localização era para já "desconhecido". "Pode ser devido a doenças, correntes de ar ascendentes ou até mesmo à fuga de um predador", explicou Laia Valor.
