quinta-feira, 2 de novembro de 2023

TEODORO OBIANG: Presidente da Guiné Equatorial visita "querido amigo" Putin

© Reuters

POR LUSA   02/11/23 

O Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, propôs hoje ao seu homólogo da Rússia, Vladimir Putin, o reforço da cooperação na defesa, durante um encontro que decorreu na casa de campo do chefe de Estado russo.

"Gostaria que reforçássemos a cooperação em matéria de segurança e defesa, já que a Rússia vem apoiando a Guiné Equatorial", disse Obiang em espanhol durante o encontro celebrado na casa de campo do chefe do Kremlin, em Novo-Ogariovo, citado pela agência de notícias espanhola EFE.

Obiang agradeceu a Putin, a quem chamou de "querido amigo", o convite para visitar a Rússia e a boa receção da delegação que o acompanha, tendo recordado que este país africano, o mais recente aderente à Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), mantém "excelentes relações de amizade e cooperação com a Rússia".

"Nesta ocasião estamos aqui para tratar de assuntos bilaterais e também gostava que abordássemos temas relacionados com a situação do mundo", sublinhou.

Por seu turno, de acordo com o relato da EFE, Putin manifestou o desejo de abordar "as diferentes direções da cooperação com os colegas de governo" e acrescentou, nas vésperas dos 55 anos do estabelecimento das relações diplomáticas entre os países: "A si, conhecemo-lo bem, como um amigo fiel, já esteve em várias ocasiões no nosso país".

A Rússia tem aumentado, nos últimos anos, a presença no continente africano e, em julho, celebrou a segunda cimeira Rússia-África, em São Petersburgo, na qual o país africano foi representado pelo vice-presidente e filho de Obiang, Teodorin Obiang.

Na cimeira de julho, Putin anunciou que Moscovo ia reabrir a embaixada em vários países africanos, entre os quais está a Guiné Equatorial.


EUA e governos africanos debatem incremento do comércio

Trabalhadores da fábrica United Aryan EPZ, Ruaraka, Nairobi, Quénia

VOA Português   02/11/23

Administração Biden apela à renovação da AGOA

JOANESBURGO — Delegações de cerca de 40 países africanos participam a partir desta quinta-feira, 2, até sábado em Joanesburgo na cimeira anual sobre as relações comerciais entre África e os Estados Unidos.

Os Estados participantes beneficiam-se da Lei de Crescimento e Oportunidades para África (AGOA), que está agora no Congresso para ser renovada.

Ontem, numa declaração escrita, Joe Biden disse encorajar “o Congresso a reautorizar a AGOA em tempo útil e a modernizar esta importante lei para as oportunidades económicas da próxima década”.

Aprovada pelo Congresso americano em 2000, a AGOA é a pedra angular da política económica e comercial de Washington no continente.

A legislação oferece acesso isento de impostos à maior economia do mundo para países aricanos que cumpram critérios democráticos avaliados anualmente.

A lei termina em 2025 mas as negociações em curso deverão girar em torno de uma possível renovação, que é defendida pela Administração Biden.

A escolha da África do Sul como anfitriã da cimeira anual foi “um sinal do nosso compromisso com a nossa relação bilateral”, disse à AFP Joy Basu, vice-secretária de Estado adjunta dos EUA para assuntos africanos.

As relações entre Washington e Pretória têm sido tensas desde o início guerra na Ucrânia, em meio a acusações de que a África do Sul, que disse querer permanecer neutra, aproximou-se da Rússia.

Em Maio, o embaixador dos EUA na África do Sul, Reuben Brigety, alegou que um cargueiro russo com armas e munições fez escala numa base naval da Cidade do Cabo.

Mais tarde, um grupo de legisladores dos EUA apelou à expulsão do país da AGOA.

Um painel independente nomeado pelo Presidente Cyril Ramaphosa para investigar o assunto concluiu desde então que não havia provas que sugerissem que o navio tinha armas.

A vice-secretária de Estado adjunta disse agora que “apreciamos as investigações da Administração Ramaphosa sobre as preocupações que foram levantadas”.

“A África do Sul é totalmente elegível para manter os seus benefícios AGOA”, concluiu Joy Basu

O comércio ao abrigo da AGOA representa 21 por cento das exportações anuais da África do Sul para os Estados Unidos.

“A AGOA tem sido fundamental no fortalecimento dos laços económicos e na promoção do crescimento e desenvolvimento em todo o continente africano”, afirmou a presidência sul-africana.

No início desta semana, os Estados Unidos anunciaram que a República Centro-Africana, o Gabão, o Níger e o Uganda deixarão o acordo no próximo ano devido a preocupações com golpes de Estado, democracia e direitos humanos.

Por seu lado, a Mauritânia será reintegrada depois de ter sido suspensa em 2019 devido a problemas com os direitos dos trabalhadores.

China em alerta após passagem de navios militares americanos e canadianos

© Gallo Images / Orbital Horizon/Copernicus Sentinel Data 2019

POR LUSA    02/11/23 

A China declarou hoje que está "em alerta máximo" na sequência da passagem pelo Estreito de Taiwan de dois navios militares, do Canadá e Estados Unidos, pela segunda vez em dois meses.

O USS Rafael Peralta, um contratorpedeiro da classe Arleigh Burke, e a fragata canadiana HMCS Ottawa fizeram uma passagem de rotina pelo Estreito na quarta-feira, segundo a Marinha dos EUA.

"As tropas presentes permanecem em alerta constante e protegerão resolutamente a soberania e a segurança nacionais, bem como a paz e a estabilidade regionais", afirmou o coronel Shi Yi, porta-voz do Comando do Teatro Oriental da China, em comunicado.

Shi Yi declarou que a última passagem dos navios é um "exagero mediático" e que as forças navais e aéreas chinesas "seguiram todo o seu curso".

A passagem destes dois navios ocorre depois de, a 9 de setembro, dois navios de guerra dos Estados Unidos e do Canadá terem atravessado a estreita faixa marítima que separa a ilha da China continental.

Washington e os seus aliados ocidentais aumentaram o número de passagens por esta via estratégica no âmbito da "liberdade de navegação" dos navios de guerra, a fim de recordar que se trata de águas navegáveis internacionais, o que suscitou a ira de Pequim.

A Sétima Frota dos Estados Unidos declarou em comunicado que o trânsito foi efectuado em conformidade com o direito internacional e "através de um corredor no estreito que ultrapassa o mar territorial de qualquer Estado costeiro".

"Essa cooperação é a peça central da nossa abordagem para uma região segura e próspera, onde aeronaves e navios de todas as nações podem voar, navegar e operar onde quer que o direito internacional o permita", lê-se na mesma nota.

O ministério da Defesa de Taiwan disse hoje que monitorizou a passagem na noite de quarta-feira, mas que "a situação era normal".

Pequim considera Taiwan como uma província que ainda não conseguiu reunificar com o resto do seu território desde o fim da guerra civil chinesa em 1949.

O Governo chinês não reconhece o Estreito de Taiwan como parte das águas internacionais.

Em setembro, a China enviou 103 aviões em torno de Taiwan no espaço de 24 horas, o que Taipé descreveu como um "recorde recente".

Pequim intensificou as ameaças e a pressão política e económica sobre Taiwan desde que a Presidente Tsai Ing-wen chegou ao poder em 2016.



Leia Também: Líder chinês garante reforço de relações com Coreia do Norte

ISRAEL: Exército eleva para 242 o número de pessoas sequestradas pelo Hamas

© ARIS MESSINIS/AFP via Getty Images

POR LUSA   02/11/23 

O exército israelita elevou hoje para 242 o número oficial de pessoas sequestradas nos ataques terroristas de 07 de outubro pelo grupo islamita palestiniano Hamas contra Israel, em que morreram mais de 1.400 pessoas.

Numa conferência de imprensa, o porta-voz militar israelita, contra-almirante Daniel Hagari, disse que o exército notificou as famílias de 242 reféns que estão atualmente detidos na Faixa de Gaza.

Hagari sublinhou que o número de sequestrados ainda não é definitivo, uma vez que o exército continua a investigar o paradeiro de algumas pessoas que foram dadas como desaparecidas.

O número de 242 de sequestrados não inclui os quatro reféns libertados: Judith e Natalie Ra'anan, mãe e filha com dupla nacionalidade israelita-americana, as idosas israelitas Yocheved Lifshitz e Nurit Cooper e o soldado Ori Megidish, que terá sido resgatado pelo exército no domingo à noite.

O movimento islamita palestiniano Hamas afirmou no dia 27 de outubro que não fará distinção entre reféns israelitas ou de outras nacionalidades em possíveis libertações futuras.

Pelo menos 247 pessoas foram feitas reféns a 7 de outubro pelo Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é considerado terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia, após o ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.



Rússia anula ratificação de tratado sobre proibição de testes nucleares

© Reuters

POR LUSA   02/11/23 

O Presidente russo, Vladimir Putin, assinou hoje a lei que revoga a ratificação do Tratado de Proibição Total de Ensaios Nucleares (CTBT, na sigla em inglês), noticiou a agência oficial TASS.

O documento, que foi publicado no portal oficial de informação jurídica do Governo, entra imediatamente em vigor, depois de ter sido aprovado pelas duas câmaras da Assembleia Federal da Rússia.

O projeto de lei foi aprovado pelo Senado em 25 de outubro, depois de ter recebido a aprovação da Duma (câmara baixa) uma semana antes.

As autoridades russas disseram que a revogação não significa que a Rússia vá retomar os ensaios nucleares, pelo menos por enquanto, uma vez que "a moratória continua" em vigor, segundo a agência espanhola EFE.

"O Presidente russo formulou-o de forma muito clara: temos de preparar os nossos locais de ensaio para retomar os ensaios", disse o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros Serguei Riabkov.

"No entanto, na prática, os testes só podem ser retomados depois de os Estados Unidos efetuarem testes semelhantes", acrescentou, citado pela EFE.

O CTBT, adotado pela Assembleia Geral da ONU em 10 de setembro de 1996, foi assinado por 185 países, incluindo a Rússia, que o ratificou em 30 de junho de 2000.

Nove países que possuem armas nucleares ou potencial para as criar nunca ratificaram o tratado, incluindo Estados Unidos, China, Irão e Israel, enquanto Índia, Paquistão, Coreia do Norte e Síria nem sequer o assinaram.

O presidente da Duma, Vyacheslav Volodin, descreveu a votação como "uma resposta a uma atitude odiosa por parte dos Estados Unidos relativamente às obrigações de manutenção da segurança global", segundo a agência francesa AFP.

O tratado nunca entrou em vigor por não ter sido ratificado por um número suficiente dos 44 países que possuíam instalações nucleares na altura em que foi criado.

No início de outubro, Putin anunciou que a Rússia poderia revogar a ratificação do CTBT em resposta à falta de ratificação aos Estados Unidos.

"Não estou pronto para dizer se devemos ou não retomar os testes", disse na altura, enquanto elogiava o desenvolvimento de novos mísseis superpotentes russos capazes de transportar ogivas nucleares.

Desde o início da guerra contra a Ucrânia, em fevereiro de 2022, Putin tem insinuado a possibilidade de recorrer a armamento nuclear e instalou armas nucleares táticas na vizinha e aliada Bielorrússia no verão de 2023.

No final de outubro, a Rússia também testou mísseis balísticos para preparar as forças para um "ataque nuclear maciço" de retaliação.

A doutrina nuclear russa prevê a utilização "estritamente defensiva" de armas nucleares em caso de ataque à Rússia com armas de destruição maciça ou em caso de agressão com armas convencionais "que ameacem a própria existência do Estado".

Em fevereiro, a Rússia suspendeu também a participação no tratado de desarmamento nuclear New Start, assinado com os Estados Unidos em 2010, o último acordo bilateral que ligava russos e norte-americanos.



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ISRAEL: Hamas diz que morreram 195 refugiados em ataques contra norte de Gaza

© Mostafa Alkharouf/Anadolu via Getty Images

POR LUSA   02/11/23 

O Governo do Hamas na Faixa de Gaza disse hoje que 195 pessoas foram mortas na sequência de bombardeamentos israelitas ocorridos na terça-feira e na quarta-feira e que atingiram o campo de refugiados de Jabaliya, o maior do enclave.

"As vítimas do primeiro e do segundo massacre de Jabaliya ultrapassam o milhar, entre mártires e feridos. Contámos 195 mártires, 120 desaparecidos sob os escombros e 777 feridos", declarou hoje o serviço de imprensa do Hamas num comunicado.

Este número não pôde ainda ser verificado.

Entretanto, o Ministério da Saúde do Governo do Hamas refere que 3.600 crianças palestinianas foram mortas nos primeiros 25 dias da guerra.

Cerca de metade dos 2,3 milhões de habitantes da Faixa de Gaza têm menos de 18 anos e as crianças representam 40% dos mortos até ao momento.

Uma análise da Associated Press aos dados do Ministério da Saúde de Gaza, divulgados na semana passada, revelou que, até 26 de outubro, tinham sido mortas 2.001 crianças com 12 anos ou menos, incluindo 615 com três anos de idade ou menos.

O Exército de Israel comunicou que, nas últimas horas, as tropas israelitas e as milícias do Hamas envolveram-se em "fortes confrontos" no norte da Faixa de Gaza. 

No mesmo comunicado, o Exército israelita refere que os membros do Hamas dispararam mísseis antitanque, lançaram granadas e fizeram acionar artefactos explosivos.

Segundo as forças de Israel "morreram dezenas de elementos do Hamas" durante os confrontos.

Israel disse ainda que um helicóptero e um navio da Marinha de Guerra apoiaram os soldados das Forças Armadas no norte do enclave. 


Leia Também: Milícias libanesas e tropas israelitas estão envolvidas em confrontos na fronteira entre os dois países, com unidades de artilharia e foguetes, anunciou hoje o exército israelita.


Leia Também: As tropas israelitas e os milicianos do grupo islamita palestiniano Hamas estão envolvidos em fortes confrontos no norte da Faixa de Gaza, que foram particularmente intensos na noite passada, informou hoje o exército israelita.

CABO VERDE: José Maria Neves. Governo tem-se abeirado da "deslealdade constitucional"

© Getty Images

POR LUSA   02/11/23 

O Presidente cabo-verdiano referiu na quarta-feira que o Governo do seu país se tem abeirado da "deslealdade constitucional", "agindo sozinho" em matérias de política externa, ainda a propósito da abstenção numa resolução das Nações Unidas sobre o conflito entre Israel e o Hamas.

"Constato, com pena, que este Governo tem sido muito tímido, beirando às vezes a deslealdade constitucional, na informação e articulação, agindo sozinho, como se isso fosse conforme a Constituição e mais proveitoso para o país", escreveu José Maria Neves na rede social Facebook.

O chefe de Estado já tinha referido, em declarações aos jornalistas, na terça-feira, não ter compreendido a abstenção, por estarem em causa direitos humanos, lançando um primeiro apelo à concertação neste tipo de matérias.

José Maria Neves foi acompanhado pelo partido que o elegeu, o Partido Africano para a Independência de Cabo Verde (PAICV), oposição, que criticou igualmente a opção de política externa do Governo do Movimento para a Democracia (MpD).

Já hoje, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Figueiredo Soares, convocou uma conferência de imprensa para dizer que Cabo Verde está ao lado do apoio humanitário ao povo palestiniano, mas considerou "parcial" a resolução que pedia tréguas humanitárias, por não referir o ataque do Hamas de 07 de outubro - recomendando "moderação" sobre o assunto "fraturante", sem fazer dele "arma de arremesso" na política interna.

Sobre o primeiro apelo do Presidente à concertação, o chefe da diplomacia referiu: "Na base do bom entendimento institucional com todos os órgãos de soberania, nomeadamente com o Presidente da República, que também tem intervenções em matéria de política externa, era um ponto na agenda, o de se informar [o chefe de Estado] sobre o sentido de voto".

"Mas não deve haver, no nosso sistema de governação, articulação ou concertação para se votar num sentido ou noutro, há informação que nós prestamos na devida altura", acrescentou.

Foi nesta sequência que José Maria Neves voltou ao assunto, com a mensagem publicada na Internet, durante a noite de quarta-feira, renovando o apelo à concertação.

"Tendo em atenção os poderes do Presidente da República nas relações internacionais, é essencial, para o bem do país e para evitar ruídos desnecessários, que, nesse domínio, haja saudável cooperação entre os dois órgãos de soberania", assinalou.

"A informação e articulação do Governo com o Presidente da República não só é um dever, como também uma boa prática, desde a aprovação da Constituição de 1992, sendo já um costume e muito mais benéfico para a eficácia da política externa do país", referiu.

O chefe de Estado apontou o caso de "países de democracia mais consolidada", em que "a própria oposição é ouvida nas questões mais sensíveis", sendo que, "em Cabo Verde, o Estatuto da Oposição obriga a que assim se proceda, visando a busca de consensos em assuntos mais delicados e complexos da política externa".

"A arrogância e o 'orgulhosamente sós' nunca foram boa companhia em sociedades democráticas", escreveu o chefe de Estado.

"Nunca é tarde chamar a atenção para a urgência, neste mundo instável, caótico e imprevisível, de agirmos com prudência, inteligência e a uma só voz na arena internacional, a bem da imagem do país e em benefício de todos, como, aliás, tem sido apanágio da boa governança de Cabo Verde, um Estado de direito democrático que funciona", concluiu.

A Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou na sexta-feira, com 120 votos a favor, uma resolução que apela a uma "trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada" em Gaza e à rescisão da ordem de Israel para deslocação da população para o sul do enclave.

Votaram contra este texto países como Israel, Estados Unidos, Áustria ou Hungria e, entre os países que se abstiveram, estão Ucrânia, Reino Unido, Canadá, Alemanha, Iraque e Albânia.

Vários países lamentaram que a resolução PCnão tenha referido o direito de Israel a se defender e não tenha condenado diretamente as ações do Hamas.

O grupo islamita lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados que assassinaram cerca de 1.400 pessoas, fazendo ainda mais de duas centenas de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo e impondo um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.



Leia Também: Israel. Presidente de Cabo Verde condena "energicamente" ataques do Hamas

quarta-feira, 1 de novembro de 2023

Os novos diretores das escolas do sector autónomo de Bissau foram empossados no princípio da tarde desta quarta-feira pelo Secretário Geral do Ministério da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica, Samuel Fernando Mango.


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©Radio Voz Do Povo

Hamas tem de escolher entre "morrer ou render-se incondicionalmente"

© JACQUELYN MARTIN/POOL/AFP via Getty Images

POR LUSA    01/11/23 

O ministro da Defesa israelita afirmou hoje que o Hamas, que controla a Faixa de Gaza, tem de escolher entre "morrer ou render-se incondicionalmente".

O Hamas "tem apenas duas opções: morrer ou render-se incondicionalmente", afirmou o ministro Yoav Gallant, numa conferência de imprensa em Telavive.

Para o ministro da Defesa israelita, "não existe uma terceira opção".

Ao 26.º dia da guerra entre Israel e o Hamas, as forças israelitas continuam a bombardear a Faixa de Gaza, estando também já a realizar operações terrestres naquele enclave controlado pelo Hamas.

O Governo liderado por Benjamin Netanyahu, onde estão integrados partidos ultraortodoxos e de extrema-direita, tem recusado qualquer cessar-fogo ou pausa na ofensiva para a entrega de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, onde mais de 8.000 palestinianos foram mortos em ataques israelitas.

Mais de um terço das vítimas mortais naquele enclave palestiniano foram crianças.

O Hamas atacou Israel no dia 07 de outubro, provocando a morte de mais de 1.400 pessoas, a maioria civis, de acordo com as autoridades. Mais de 200 pessoas foram sequestradas e permanecem nas mãos do grupo islamita desde então.

Após o ataque, Israel respondeu com bombardeamentos e incursões terrestres na Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia.

O Governo liderado por Benjamin Netanyahu impôs também um cerco total ao território, com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

Os ataques israelitas provocaram também, segundo as Nações Unidas, 1,4 milhões de deslocados internos.



Leia Também: Comandante israelita diz que tropas estão às portas da cidade de Gaza

Israel. Abstenção de Cabo Verde na ONU não pode ser "arma de arremesso"

© Lusa

POR LUSA   01/11/23 

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde, Rui Figueiredo Soares, defendeu hoje que a abstenção do país numa resolução das Nações Unidas sobre o conflito entre Israel e o Hamas não pode servir de "arma de arremesso" na política interna.

"O processo de votação foi fraturante para várias regiões e blocos de países, mesmo para aqueles que dispõem de instrumentos definidores de política externa comum, como a União Europeia, o que devia convidar os atores políticos cabo-verdianos a dar prova de moderação acrescida, análise mais serena, ao invés de se utilizar este voto como arma de arremesso", disse, em conferência de imprensa, no Palácio das Comunidades, na Praia.

"O interesse nacional obriga a isso", assinalou.

O líder da política externa cabo-verdiana falava depois de o Presidente da República, José Maria Neves, ter referido na terça-feira que não entendeu a abstenção numa matéria em que "o que estava em causa era um cessar-fogo humanitário para abrir corredores de assistência a civis" em Gaza.

Também o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), oposição, classificou a abstenção como um ato de "autoisolamento diplomático", sobretudo no contexto da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

O ministro dos Negócios Estrangeiros disse hoje que "Cabo Verde tem facilitado as ações humanitárias a favor do povo palestiniano", nomeadamente "autorizando pedidos de sobrevoo e aterragem de aeronaves com este fim".

"É essencial que tudo seja feito para que a ajuda humanitária bilateral e multilateral continue a beneficiar os civis palestinianos e Cabo Verde vai continuar a facilitar o transporte de ajuda humanitária com direção ao povo palestiniano", disse.

"Não confundimos de forma alguma o povo palestiniano com o Hamas, mas também não podemos aceitar leituras enviesadas, parciais do conflito", acrescentou Rui Figueiredo Soares.

O país absteve-se, tal como outros, por considerar a resolução "demasiado parcial, sem uma única palavra aos ataques do Hamas de 07 de outubro", justificou.

Cabo Verde foi ainda um dos países que votou a favor de uma emenda sugerida pelo Canadá, para que fossem incluídas referências aos ataques e à tomada de reféns, mas a proposta foi recusada.

Assim, a abstenção cabo-verdiana reflete "a coerência com a posição de condenação inequívoca dos hediondos ataques de 07 de outubro" e com a "posição de princípio de sempre, de que todo e qualquer ato terrorista deve ser condenado".

O Presidente cabo-verdiano apelou na terça-feira a uma maior concertação sobre este tipo de posições externas.

Rui Figueiredo Soares referiu hoje que "compete ao Governo definir e executar a política externa", bem como assumir a "responsabilidade dos seus votos".

"Na base do bom entendimento institucional com todos os órgãos de soberania, nomeadamente com o Presidente da República, que também tem intervenções em matéria de política externa, era um ponto na agenda, o de se informar [o chefe de Estado] sobre o sentido de voto", referiu.

"Mas não deve haver, no nosso sistema de governação, articulação ou concertação para se votar num sentido ou noutro, há informação que nós prestamos na devida altura", acrescentou, remetendo para encontros semanais que mantém com José Maria Neves.

A Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou na sexta-feira, com 120 votos a favor, uma resolução que apela a uma "trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada" em Gaza e à rescisão da ordem de Israel para deslocação da população para o sul do enclave.

Votaram contra este texto países como Israel, Estados Unidos, Áustria ou Hungria e, entre os países que se abstiveram, estão Ucrânia, Reino Unido, Canadá, Alemanha, Iraque e Albânia.

Vários países lamentaram que a resolução não tenha referido o direito de Israel a se defender e não tenha condenado diretamente as ações do Hamas.

Mais de 8.500 pessoas foram mortas e milhares de outras ficaram feridas nos bombardeamentos com que Israel retaliou o ataque desencadeado pelo Hamas, considerado como uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia e que controla Gaza desde 2007, quando expulsou do território o partido Fatah, que governa a Cisjordânia.

Israel tem lançado ataques aéreos contra Gaza desde 07 de outubro, quando militantes do Hamas atacaram aldeias e postos militares israelitas, matando cerca de 1.400 pessoas e fazendo 240 reféns.

As forças israelitas também intensificaram as suas operações na Cisjordânia, ocupada desde a guerra árabe-israelita de 1967.

De acordo com o Ministério da Saúde com sede em Ramallah, pelo menos 122 palestinianos foram mortos por forças israelitas ou por colonos na Cisjordânia desde 07 de outubro.



Leia Também: O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, está chocado com o bombardeamento israelita no campo de refugiados de Jabaliya, em Gaza, que causou dezenas de mortos, disse seu porta-voz.

COMUNICADO DO CONSELHO DE MINISTROS 01.11.2023

 

Papa anuncia que vai à COP28 no Dubai no início de dezembro

© Lorenzo Di Cola/NurPhoto via Getty Images

POR LUSA   01/11/23 

O Papa Francisco, que tem multiplicado os seus alertas face ao aquecimento global, anunciou hoje numa entrevista que vai à cimeira do clima, COP28, que decorrerá no Dubai, Emirados Árabes Unidos, no início de dezembro.

"Vou para o Dubai. Acho que vou sair em 1 de dezembro até 3 de dezembro. Estarei lá três dias", afirmou o líder da igreja católica à emissora pública italiana Rai1.

A COP28 decorre entre 30 de novembro e 12 de dezembro nos Emirados Árabes Unidos, reunindo perto de 200 países para debater medidas e objetivos no contexto das alterações climáticas.

"É muito importante ir à COP28 e obter resultados poderosos", disse o diretor-geral Al Suwaidi, numa entrevista à Europa Press em outubro, para quem o processo climático precisa de pessoas com capacidades técnicas para avançar.

O representante da cimeira mundial, natural dos Emirados Árabes, participou como negociador do seu país na COP21 de Paris, em 2015, na qual se alcançou o Acordo Climático, atual base da ação contra a emergência climática.

"De certa forma, estamos a ter as mesmas conversações que tínhamos na altura. Estou surpreendido porque quando saí de Paris pensei que já tínhamos alcançado o resultado político. Agora, para avançar, as cimeiras sobre o clima não precisam de pessoas como eu. O processo não precisa de negociadores, mas sim de técnicos que se encarreguem da implementação, e hoje não temos isso", alertou na mesma altura, insistindo na importância de a próxima reunião internacional "produzir resultados".

Majid Al Suwaidi criticou o facto de haver uma comunidade de pessoas, especialmente jovens, realmente interessadas em encontrar soluções para o problema climático, enquanto os países estão "presos" no ciclo político, apesar de já se saber que o planeta "não está no caminho para atingir os objetivos de Paris".

Limitar o aumento do aquecimento global a 1,5 graus centígrados, reiterou, é "possível", porque a receita é conhecida e inclui, por exemplo, a proposta defendida esta semana pela Agência Internacional de Energia, em Madrid.

"Sabemos o que temos de fazer para atingir o objetivo de Paris, temos a tecnologia. É por isso que é muito importante que as partes na COP28 tenham conversas honestas", argumentou.

Quanto à transição energética, salientou que é necessário reduzir 22 gigatoneladas de emissões de gases com efeito de estufa, razão pela qual alertou para a importância de se construir hoje o sistema energético do futuro.

"A descarbonização da energia não pode ser feita de um dia para o outro. O caminho traçado em Paris passa pela melhoria da eficiência energética através de diferentes fórmulas, como a captura e armazenamento de dióxido de carbono", sublinhou.

Majid Al Suwaidi considerou que os países desenvolvidos não estão a cumprir os investimentos prometidos no domínio climático e que o mundo está "no mesmo ponto em que estava em 2015", apelando também a uma transformação do sistema financeiro internacional e das instituições.

"Precisamos de nos concentrar nos problemas das pessoas, pensar em como nos podemos adaptar de uma forma que seja justa para todos", observou o diplomata dos Emirados, dizendo ser crucial conseguir um melhor sistema alimentar, melhor saúde, culturas mais resilientes e uma redução da vulnerabilidade das populações às alterações climáticas.

Relativamente à COP28, prometeu que nenhum grupo será excluído das conversações sobre o clima.


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BASTONÁRIO DE ADVOGADOS AFIRMA QUE “SERIA HIPOCRISIA” DIZER QUE A JUSTIÇA FUNCIONA

 O DEMOCRATA  01/11/2023 

O Bastonário da Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau, Januário Pedro Correia, afirmou esta quarta-feira, 01 de novembro de 2023, que seria hipocrisia dizer que a justiça guineense está a funcionar bem, porque “tudo está mal, razão pela qual a Ordem está a “trabalhar arduamente” com todas as instituições judiciais para ultrapassar os problemas que afetam o setor judicial do país.

Admitiu que a justiça guineense é a mais cara do mundo, “isso não é correto para um país pobre como a Guiné-Bissau”, defendendo que é preciso continuar a trabalhar para reduzir o valor pago nos tribunais pelos cidadãos, como também a falta de acesso aos tribunais, sobretudo no interior do país.

Januário Pedro Correia falava em conferência para anunciar a realização da 3ª conferência da Ordem dos Advogados, a decorrer de 03 a 05 de novembro em Canchungo sob o lema “Acesso ao Direito e à Justiça no Norte”.

“Escolheram este tema, porque a justiça é a base de tudo,sobre a realidade que se vive no interior do país, sobretudo a insuficiência de materiais e magistrados. Chegamos à conclusão que devemos realizar atividades no terreno e acompanhar a realidade que se vive nas três províncias”, insistiu.

O Bastonário da Ordem dos Advogados informou que a organização que dirige elencou alguns pontos que requerem a reclamação para as respostas urgentes da justiça, implicando um conjunto das instituições públicas, nomeadamente o Conselho de magistratura judicial do ministério público e outras entidades no sentido de resolverem a situação que afeta a justiça.

Januário Pedro Correia disse que a situação que se vive no Supremo Tribunal de Justiça não beneficia a justiça guineense, mas sim afunda-a.

“É urgente resolver o conflito instalado no Supremo, antes que seja tarde. A Ordem dos Advogados está disponível para mediar o conflito que se vive na mais alta instituição judiciária guineense”, disse.

Por: Aguinaldo Ampa

Kyiv acusa Rússia de bater recorde de ataques na terça-feira

© Reuters

POR LUSA  01/11/23 

O ministro do Interior da Ucrânia acusou a Rússia de fazer na terça-feira o maior número de ataques contra zonas habitadas desde o início da guerra, contabilizando 118 localidades atacadas em 10 regiões ucranianas.

"Éo maior número de cidades e vilas atacadas desde o início da guerra", escreveu Igor Klimenko na sua conta na rede social Telegram, numa mensagem em que faz um balanço dos ataques russos das últimas horas.

O ministro apontou o ataque de drones da noite passada contra uma refinaria na cidade de Kremenchuk, no 'oblast' (subdivisão administrativa) de Poltava, no centro da Ucrânia: "Durante várias horas, quase uma centena de bombeiros combateram o incêndio", descreveu Klimenko, congratulando-se por não ter havido vítimas mortais.

As autoridades regionais tinham relatado anteriormente uma explosão na refinaria que obrigou à paragem da infraestrutura.

Igor Klimenko referiu ainda ataques aéreos e de artilharia em Kharkiv (nordeste), Donetsk (leste), Dnipropetrovsk (centro), Kherson e Mikolayiv (sul).

Estes ataques causaram três mortes nas regiões de Kharkiv, Donetsk e Kherson, segundo o ministro.

O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, garantiu que os caças F-16 prometidos à Ucrânia durarão apenas "20 dias" se os sistemas de defesa aérea russos funcionarem como até agora.

Numa conferência telefónica com os altos comandantes das Forças Armadas russas, Shoigu reivindicou o abate de 31 aviões de combate ucranianos no último mês, "quase o dobro" dos F-16 norte-americanos prometidos à Ucrânia.

"Isto significa que, se a operação do nosso sistema de defesa aérea continuar assim, eles terão cerca de 20 dias de operação", disse o ministro da Defesa, citado pela agência de notícias russa Interfax.

De acordo com Sergei Shoigu, "as equipas de defesa aérea estão a trabalhar com sucesso": "No último mês destruíram mais de 1.400 armas aéreas inimigas, incluindo 37 aeronaves e seis mísseis táticos ATACMS produzidos pelos Estados Unidos", enfatizou.

O governante russo destacou ainda que, apesar de todo o arsenal que a Ucrânia recebe dos seus aliados da NATO, está a sofrer derrotas nas frentes de Donetsk, Kherson e Zaporizhia.

"Estão exaustos, a desmoralização do pessoal vai aumentando", disse.

Os F-16 são um dos principais pedidos de Kyiv aos seus parceiros internacionais, uma vez que os aviões de combate de fabrico soviético de que dispõe estão obsoletos em comparação com os aviões russos. A Dinamarca, os Países Baixos e a Bélgica são alguns dos países que se comprometeram a enviar estes caças, estando os pilotos ucranianos atualmente a ser treinados para os operarem.


Guiné-Bissau vai discutir marcos fronteiriços com Senegal e Guiné-Conacri

© Lusa

POR LUSA   01/11/23 

O governo guineense instituiu uma comissão para discutir com o Senegal e a Guiné-Conacri os marcos fronteiriços, marítimo e terrestre, que se acredita terem sido movimentados, disse hoje à Lusa a secretária executiva da comissão Balbina Gomes.

Uma equipa da comissão das fronteiras, liderada por Balbina Gomes, do ministério guineense da Administração Territorial, deve deslocar-se a Dacar no próximo dia 21 de novembro para a instalação de uma comissão mista entre técnicos de Bissau e do Senegal.

A comissão irá trabalhar, tendo como prazo máximo 2025, para delimitar, pela primeira vez, a fronteira marítima entre a Guiné-Bissau e o Senegal, e reconfirmar se as placas deixadas pelo colonialismo ainda lá se encontram para marcar a fronteira terrestre.

O mesmo exercício deverá ser feito entre a Guiné-Bissau e a Guiné-Conacri, precisou Balbina Gomes.

"Com o Senegal fala-se na existência de 84 pilares na fronteira terrestre", indicou a secretária executiva da comissão da fronteira, notando, contudo, estar na posse de informações segundo as quais algumas das placas "foram movimentadas, outras retiradas" e no seu lugar construídas casas.

Balbina Gomes indicou que as mesmas informações, por confirmar, apontam que entre a Guiné-Bissau e a Guiné-Conacri existiriam cerca de 47 placas a assinalar a fronteira terrestre.

A responsável guineense precisou que a equipa que lidera vai ao Senegal instalar a comissão mista, depois irá realizar, em data e lugar a combinar, uma deslocação à zona da fronteira comum, norte da Guiné-Bissau e o sul do Senegal, desta feita cada parte levará mapas e documentos comprovativos de pertence do terreno.

"Nessa missão vamos já com técnicos, munidos de GPS, para ver e confirmar se as placas ainda se mantêm nos mesmos lugares ou se foram movimentadas", afirmou Balbina Gomes que espera que tudo decorra com naturalidade por ser, disse, um assunto que, caso for mal resolvido, poderá ser fonte de futuros conflitos.

Gomes sublinhou que foi a própria União Africana que recomendou aos países da África Ocidental a clarificação das suas fronteiras criadas ainda durante a época do colonialismo.



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NASA encontra "mão fantasmagórica" e "rosto arrepiante" no cosmos

Dados dos telescópios da NASA Chandra X-ray Observatory e Imaging X-ray Polarimetry Explorer contribuíram para esta imagem composta de uma nebulosa que se assemelha a uma mão brilhante. NASA/CXC/Stanford Univ./R. Romani et al.
CNN, Ashley Strickland  1/11/23

O cosmos está cheio de mistérios à espera de serem resolvidos, e alguns deles parecem especialmente assustadores nestes dias de fantasmagóricos.

Um "rosto" assombrado em Júpiter e uma nebulosa em forma de mão esquelética são apenas algumas das características celestiais assustadoras recentemente detetadas por missões da NASA.

A sinistra "cara" de Júpiter

A missão Juno, que orbita Júpiter e algumas das suas maiores luas desde 2016, fez o seu 54.º sobrevoo próximo do maior planeta do nosso sistema solar a 7 de setembro. A câmara/telescópio JunoCam captou nuvens e tempestades nas regiões setentrionais de Júpiter, ao longo do terminador do planeta, ou seja, a linha que divide o lado diurno do lado noturno.

A atmosfera giratória de Júpiter parece incluir um rosto nesta imagem obtida pela JunoCam. NASA/JPL-Caltech/SwRI/MSSS/Vladimir Tarasov

Um rosto parecido com o de Picasso parece emergir da atmosfera turbulenta, num fenómeno psicológico conhecido por pareidolia, que consiste na identificação ilusória de rostos e outros objetos reconhecíveis dentro de padrões aleatórios.

Os dados em bruto, disponíveis ao público no site da JunoCam, foram processados pelo cientista Vladimir Tarasov. Durante a passagem próxima, a Juno voou cerca de 7.700 quilómetros acima do topo das nuvens do planeta, onde o baixo ângulo da luz solar contribuiu para a natureza dramática da imagem.

Os raios-x detetam ossos celestes

Os raios-x foram usados pela primeira vez pelo físico Wilhelm Röntgen para obter imagens dos ossos da mão da sua mulher em 1895 - e agora, dois telescópios de raios-x revelaram os "ossos" de uma nuvem brilhante em forma de mão que se formou na sequência do colapso de uma estrela.

A nuvem de gás e poeira, ou nebulosa, foi criada há 1500 anos quando uma estrela maciça queimou o seu combustível nuclear interior e entrou em colapso. A nebulosa, conhecida como MSH 15-52, está localizada a cerca de 16.000 anos-luz da Terra.

Imagem original da nebulosa feita pelo Chandra mostra o pulsar, o ponto branco brilhante dentro da "palma", enquanto a nuvem laranja são os restos da explosão de uma supernova. NASA/MSFC

Quando a estrela entrou em colapso, deixou para trás um remanescente denso conhecido como estrela de neutrões. As estrelas de neutrões em rotação rápida e com fortes campos magnéticos são chamadas pulsares. Os pulsares recém-formados enviam jatos de material energético e têm ventos poderosos, que criaram esta nebulosa em particular.

O telescópio Chandra X-ray Observatory observou o pulsar, conhecido como PSR B1509-58, pela primeira vez em 2001. O pulsar brilhante foi detetado na base da "palma" da nebulosa em forma de mão. Um jato do pulsar pode ser seguido até ao "pulso".

Mapa do campo magnético de uma nebulosa

Mais de 20 anos depois, o Imaging X-ray Polarimetry Explorer, ou IXPE, da NASA, passou 17 dias a observar a nebulosa. Esta é a campanha de observação mais longa do observatório espacial desde o seu lançamento em dezembro de 2021. Os resultados das operações do novo telescópio foram publicados na segunda-feira no The Astrophysical Journal.

"Os dados do IXPE dão-nos o primeiro mapa do campo magnético na 'mão'", disse o autor principal do estudo, Roger Romani, professor de física na Universidade de Stanford, na Califórnia, em comunicado. "As partículas carregadas que produzem os raios-x viajam ao longo do campo magnético, determinando a forma básica da nebulosa, como os ossos fazem na mão de uma pessoa."

As capacidades únicas de observação do telescópio estão a permitir aos cientistas determinar onde as partículas na nebulosa são aceleradas por regiões turbulentas dentro do campo magnético.

EAGB - Diretor-geral diz que 411 funcionários que reclamam pagamento de salário e efetivação não são efetivos da empresa

Bissau 01 Nov 23 (ANG) – O Diretor-geral da Empresa de Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau (EABG) disse hoje, em conferência de imprensa, que os 411 trabalhadores que reclamam pagamento de salário, de mais de 30 meses,não são efetivos e que a maioria não tem contrato de prestação de serviço.

Vasco Rodrigues dos Santos fez estas afirmações em   reação às ações   de um grupo que trabalhou na  EAGB, que está de vigília à porta da empresa e na Presidência da República, exigindo o pagamento de 36 meses de salários em atraso.

Acrescentou que, depois do término dos contratos, estas pessoas continuaram a trabalhar, sem compromisso, com esperança de um dia poderem ser aceites como funcionários.

Vasco Rodrigues diz que  na verdade não há condições para  os colocar, nem na altura nem agora.

Informou que a EAGB precisa de um pouco mais de 429 funcionários, mas que atualmente conta com 529 ou seja tem cerca 100 trabalhadores a mais.

Vasco Rodrigues disse que os parceiros da EAGB não permitem o aumento da massa salarial, pelo que a esperança dessas pessoas reside agora na possibilidade de  o fornecimento de energia elétrica seja alargado a  todo o país.

“Chegado esse momento vamos precisar de pessoas e isso foi explicado a eles e as pessoas que serão selecionadas devem ser bons profissionais com comportamentos aceitáveis para trabalhar em equipa, respeitando as hierarquias”, afirmou.

Santos disse que, no passado, o grupo celebrou com a empresa o contrato de prestação de serviços por período de três meses não renováveis e que  apenas 84 deles dispunham  de contrato com a empresa mas que foram todos pagos pelos serviços prestados durante os três meses de contrato.

Questionado sobre quem deve pagar a energia elétrica fornecida pela EAGB no país, o novo DG da EAGB disse que toda a gente , sem exceção, deve pagar, uma vez que não existe uma lei no país que estabelece o contrário.

À propósito, acrescentou que há muitas exceções e que para moralizar a situação foram aos ministérios que têm trabalhadores  que não pagam a luz para os informar que devem dirigir-se à EAGB para fazerem os seus contratos.

“As pessoas e instituições nestas condições ,têm até o final do mês de Novembro para celebrarem  contratos e legalizarem as suas situações  junto da EAGB. Caso contrário, serão cortados o fornecimento da energia tal como acontece com todos”, disse.  

Em relação aos  trabalhadores da EAGB disse que terão uma compensação excecional que já esta a ser implementada, segundo a qual cada trabalhador, dependendo da sua posição na empresa, terá um limite de consumo mensal, e se ultrapassar paga o excedente. 

ANG/MSC/ÂC//SG

Saúde Pública - Surto de gripe superlota urgências de hospitais e centros de saúde de Bissau

Bissau, 01 Nov 23 (ANG) – Um surto de gripe está a superlotar os serviços de urgência de hospitais  e centros de saúde de Bissau e o médico  Urologista diz que é preciso saber a origem daa doença.

Ângelo João Pete citado pela a Rádio Sol Mansi, diz que, se a situação não for resolvida pelo Ministério da Saúde Pública, o mais rápido possível, os hospitais e centros de saúde não terão condições para atender mais pacientes.

“O que se verifica no país nos últimos dias se deve ao surto de gripe que está a provocar vários problemas a população, com alta taxa de dores de cabeça e corpo, principalmente nos músculos”, diz Pete acresecentando que dada a situação da aglomeração, não estarão em dificuldades para  receber mais pacientes devido a falta de técnicos.

O Médico Urologista em substituição do diretor clínico do hospital Militar, Ângelo Pete, aconselha  a população,  caso  sentirem  sintomas de gripe, para procurarem centros de saúde ou hospitais.

Para a prevenção o médico recomenda o uso de máscaras, e pede para se evitar o recurso a automedicação ou tratamentos tradicionais. “Ainda não se sabe a origem do vírus que está a provocar a gripe”, sustenta.

“Esta situação é um problema da saúde pública que precisa de ser resolvido o mais rápido possível pelo Ministério da Saúde através de amostras da situação que está a provocar a alta taxa de gripe na população”, disse o médico do Hospital Militar em entrevista à Rádio Sol Mansi. 

ANG/MI/ÂC//SG

A Guiné-Bissau finalizou esta terça-feira, a lista consolidada nos cinco sectores prioritários do Comércio de serviços no âmbito da zona de comércio livre continental Africano ZCLCA.

Radio Voz Do Povo

Primeiro grupo de estrangeiros deixa hoje Gaza para o Egito

© Abed Rahim Khatib/picture alliance via Getty Images

POR LUSA   01/11/23 

Um funcionário do terminal de Rafah, no sul de Gaza, disse que um primeiro grupo de estrangeiros vai atravessar hoje o posto fronteiriço em direção ao Egito.

"Um primeiro grupo de pessoas com passaportes estrangeiros vai atravessar o terminal de Rafah para o Egito na quarta-feira", disse à agência de notícias France-Presse (AFP) o funcionário, que pediu para não ser identificado e não deu pormenores sobre o número de pessoas, nem o momento da passagem.

De acordo com embaixadas estrangeiras, cidadãos de 44 países e 28 agências, organizações oficiais e organizações não governamentais estrangeiras encontram-se na Faixa de Gaza.

Em Rafah, no lado egípcio, os canais de televisão próximos dos serviços secretos mostraram imagens em direto de uma fila de ambulâncias a entrar no terminal, estando prevista, durante o dia, a transferência de 81 palestinianos feridos para hospitais egípcios, de acordo com funcionários egípcios e palestinianos.

Na Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas desde 2007, mais de 8.500 pessoas morreram e milhares ficaram feridas nos bombardeamentos israelitas, realizados em represália ao ataque do Hamas a Israel, em 07 de outubro, que fez mais de 1.400 mortos.

Um responsável médico da cidade egípcia de Al-Arich, cerca de 40 quilómetros a oeste de Rafah, disse na terça-feira à AFP que "foi instalado um hospital de campanha de 1.300 metros quadrados em Sheikh Zueid", cerca de dez quilómetros a oeste de Rafah.

Em Washington, na terça-feira à noite, o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Matthew Miller, referiu "muito bons progressos" na questão da possível passagem através de Rafah de norte-americanos e cidadãos com dupla nacionalidade retidos em Gaza.


Leia Também: Um especialista da ONU para os direitos Humanos em Israel defendeu na terça-feira que o contexto da guerra contra o Hamas favorece a repressão no Irão, ao desviar a atenção dos críticos internos do regime.

Ataque com drones russos atinge refinaria de Poltava na Ucrânia

 REGIONAL MILITARY ADMINISTRATION

Por sicnoticias.pt   1/11/23

A refinaria parou de funcionar em consequência do ataque. Segundo o chefe da administração militar da região, impacto do drone provocou "um grande incêndio" que foi entretanto extinto pelos bombeiros.

A Rússia atacou na madrugada desta quarta-feira infraestruturas críticas e alvo militares em várias regiões da Ucrânia com 20 drones kamikaze Shahed e um míssil guiado Kh-59, informou a força aérea ucraniana.

O míssil e 18 dos 20 drones foram abatidos pelas defesas aéreas ucranianas, que, no entanto, não conseguiram evitar um ataque a uma refinaria na região de Poltava, no centro da Ucrânia, disse o chefe da administração militar da região, Filin Pronin.

"Esta noite, o inimigo atacou repetidamente a região de Poltava com drones", escreveu Filin na plataforma de mensagens Telegram. "Infelizmente", acrescentou, "houve um ataque a uma refinaria" na cidade de Kremenchuk.

O impacto provocou "um grande incêndio" que já foi extinto pelos bombeiros. A refinaria, referiu ainda o responsável, também parou de funcionar em consequência do ataque.

Os meios de comunicação ucranianos noticiaram igualmente explosões na região de Khmelnitsky, no oeste da Ucrânia.

De acordo com a força aérea ucraniana, o míssil e parte dos drones foram lançados a partir do território russo de Kursk. Os restantes drones foram lançados a partir de Primorsko-Akhtarsk, também na Rússia.


Leia Também:  O diretor da polícia federal norte-americana (FBI) alertou esta terça-feira que a ofensiva do movimento islamita Hamas em Israel pode inspirar violência nos EUA e outros países ocidentais, com vários grupos extremistas a instarem ataques nas últimas semanas.

Taiwan deteta 43 aviões chineses nas imediações da ilha em 24 horas

© Reuters

POR LUSA  01/11/23 

O Ministério da Defesa de Taiwan anunciou hoje que, em 24 horas, foram detetados 43 aviões militares chineses nas imediações da ilha.

De acordo com um comunicado do ministério, 43 aviões e sete navios chineses foram detetados nas 24 horas anteriores às 06:00 (22:00 de terça-feira em Lisboa).

Destes, "37 aviões atravessaram a linha mediana [uma demarcação não oficial entre a China e Taiwan que o primeiro não reconhece] e entraram na zona de identificação de defesa aérea no sudoeste e sudeste" de Taiwan, adiantou a mesma fonte.

Pequim considera a ilha parte de território chinês, admitindo o uso de força caso Taiwan anuncie formalmente a independência.

A China tem vindo a intensificar as ameaças e pressões políticas e económicas sobre Taipé desde que a Presidente, Tsai Ing-wen, chegou ao poder em 2016, em representação de um partido que defendia uma declaração formal de independência da ilha.

Em outubro, o ministro da Defesa de Taiwan afirmou que este ano a China intensificou a "intimidação militar", enviando mais aviões militares para as imediações da ilha e acelerando a instalação de mísseis balísticos.

As autoridades de Taiwan referem incursões quase diárias de aviões do exército chinês, que efetuou grandes manobras militares em torno da ilha no ano passado.

Em setembro, Pequim enviou 103 aviões no espaço de 24 horas, o que Taipé descreveu como um recorde nos tempos mais recentes.

O ministério taiwanês advertiu que "o assédio militar contínuo de Pequim" poderia "facilmente conduzir a uma escalada acentuada das tensões e ameaçar a segurança regional".

Em abril, Pequim realizou exercícios militares que simulavam um cerco à ilha, na sequência de um encontro entre a liderança taiwanesa e o então presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Kevin McCarthy, na Califórnia.

Durante estes exercícios, Pequim simulou bombardeamentos dirigidos à ilha e um cerco a Taiwan.

Na semana passada, o Ministério da Defesa chinês acusou o Partido Democrático Progressista (PDP), no poder, de arrastar a ilha para uma "situação de guerra perigosa", depois de ter sido noticiado que Taipé planeava comprar milhares de drones militares nos próximos quatro anos.



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