sábado, 22 de julho de 2023

Coreia do Norte faz (novo) lançamento de mísseis de cruzeiro, diz Seul... Trata-se do mais recente lançamento de mísseis por parte da Coreia do Norte desde que a nação disparou dois mísseis balísticos na quarta-feira.

© Reuters

Notícias ao Minuto    21/07/23 

A Coreia do Norte disparou vários mísseis de cruzeiro em direção ao mar que fica a oeste da Península da Coreia, o mar Amarelo, informou a agência noticiosa Yonhap, citando fonte militares sul-coreanas.

A informação da Reuters dá conta de que foram detetados vários mísseis de cruzeiro lançados por volta das 4 horas da manhã de sábado, hora local (20 horas desta sexta-feira em Portugal continental), revelou a agência Yonhap, citando o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul.

Trata-se do mais recente lançamento de mísseis por parte da Coreia do Norte desde que a nação disparou dois mísseis balísticos na quarta-feira, numa aparente resposta à chegada de um submarino norte-americano carregado com armas nucleares à Coreia do Sul.

Em causa está o submarino USS Kentucky, um submarino de propulsão atómica com capacidade para transportar armas nucleares, o primeiro deste género a visitar a Coreia do Sul em cerca de 40 anos. Tinha atracado, algumas horas antes do lançamento de mísseis, em Busan, a cerca de 350 quilómetros a sudeste de Seul.

O Ministério da Defesa Nacional da Coreia do Norte já tinha condenado o plano dos Estados Unidos para enviar o submarino para a Coreia do Sul, acordado em abril entre os presidentes de Washington e de Seul. Na quinta-feira, o responsável máximo pela pasta, Kang Sun Nam, veio dizer que a escala na Coreia do Sul de um submarino norte-americano com armas nucleares "ultrapassou a linha vermelha" estabelecida por Pyongyang para utilização de armas nucleares

O Ministério da Defesa sul-coreano afirmou, por sua vez, que a chegada ao país de um submarino norte-americano com capacidade nuclear é "uma resposta defensiva legítima" aos testes de armamento da Coreia do Norte.

Os lançamentos ocorrem também depois de um soldado dos EUA ter cruzado a fronteira com a Coreia do Norte, durante uma visita turística, estando atualmente detido.

Sobre esse tema, importa lembrar que os Estados Unidos enviaram mensagens à Coreia do Norte para informar, pelo menos, sobre como está o soldado.


Ucranianos detetam falhas no controlo das sanções contra Moscovo

© Lusa

POR LUSA   21/07/23 

Especialistas económicos ucranianos garantem que a Rússia continua a obter benefícios extraordinários com a exportação de petróleo, apesar das sanções ocidentais, alertando que os controlos são parcialmente eficazes e pedindo o reforço da aplicação de medidas contra Moscovo.

"As sanções prejudicaram as exportações russas de petróleo, mas não o suficiente. Instamos os aliados da Ucrânia a explorar novas estratégias para privar a Rússia de recursos financeiros", destacaram os especialistas do instituto Kyiv KSE, membro do grupo Yermak-McFaul.

De acordo com o relatório divulgado esta sexta-feira na rede social Twitter pelo instituto, que analisa o impacto das sanções internacionais sobre a receita do país invasor, a Rússia fatura 425 milhões de dólares por dia (cerca de 380 milhões de euros) apenas com as suas exportações de petróleo bruto, que têm um "papel fundamental" na manutenção da sua estabilidade macroeconómica.

Uma "atitude mais agressiva" seria necessária para "limitar a agressão russa" cortando a sua receita do comércio internacional.

Analistas dizem ter encontrado "evidências claras de violação generalizada do teto de preços do G7 e da UE [União Europeia]", que limita o máximo em que os membros da "coligação de sanções" podem comprar petróleo bruto russo a 60 dólares o barril.

Também afirmam que 97% de todas as exportações de crude do porto "chave" de Kozmino, no oceano Pacífico, entre janeiro e junho de 2023, foram vendidas acima desse preço e que 42% foram vendidas com a participação de empresas do G7 ou de países da UE.

Apenas no primeiro trimestre de 2023, as potenciais violações afetaram até 59 milhões de barris, ou 16% de todas as exportações russas de petróleo bruto às quais o limite de preço deve ser aplicado.

"A aplicação deve ser bastante reforçada", sublinharam os autores da investigação, entre estes a diretora do instituto, Natalia Shapoval, defendendo que, para isso, seriam necessárias "alterações urgentes nas informações disponíveis nos órgãos executores".

Além do fornecimento de documentação de suporte adicional, também deve ser considerada a aplicação de multas maiores e a realização de investigações relevantes sobre quem viola o limite de preço do petróleo, destaca o KSE.

Os autores sugerem ainda que esse limite seja reduzido urgentemente de 60 para 45 dólares o barril, para reduzir as receitas de exportação russas.

Com o custo "muito baixo" de produção de petróleo russo, entre 10 a 15 dólares o barril, a Rússia poderá continuar a exportar quantidades suficientes de petróleo e reduzir o preço máximo não levará a uma redução na oferta, frisam os autores.

Além disso, insistem, devem ser consideradas "medidas mais drásticas" para evitar que a Rússia beneficie das exportações de petróleo bruto para "terceiros países", como China, Índia, Turquia e Emirados Árabes Unidos, de onde países que aderiram às sanções importam produtos refinados.

Entre as medidas propostas pelos analistas está o regresso do "amplo embargo da UE" ao petróleo bruto, bem como a sua extensão para abranger produtos refinados à base de petróleo russo em "terceiros países".

A preocupação de Kyiv com a eficácia das sanções internacionais contra a Rússia não se limita às suas exportações de petróleo, pois centenas de bens tecnológicos de fabrico ocidental ou asiáticos foram encontrados em 'drones' produzidos recentemente e outros equipamentos militares que a Rússia tem usado para atacar a Ucrânia.


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FRANÇA: Sobe para três o número de mortos após explosão de prédio em Paris... Foi contabilizada mais uma vítima: uma mulher de 70 anos, que trabalhava numa escola de ‘design’.

© Getty Images

Notícias ao Minuto   21/07/23 

Uma mulher de 70 anos, que trabalhava numa escola de ‘design’, morreu na sequência da explosão ocorrida no centro de Paris há um mês, que fez desmoronar um edifício histórico e provocou um enorme incêndio no bairro. O número de mortos na sequência do incidente sobe, assim, para três, informaram as autoridades esta sexta-feira, reporta a Associated Press.

Um corpo tinha sido encontrado, recorde-se, nos escombros seis dias após a explosão de 21 de junho, e um trabalhador de uma agência de seguros, de 59 anos, morreu mais tarde no hospital.

A terceira vítima agora contabilizada, que tinha ficado com ferimentos graves, morreu esta quinta-feira, informou o Ministério Público de Paris.

Segundo a mesma fonte, tratava-se de uma mulher nascida em 1946, que trabalhava na Academia Americana de Paris, uma escola sediada no prédio que desabou. Era especializada em ‘design’ e artes, segundo Florence Berthout, autarca do 5.º distrito da cidade.

A explosão, que teve não muito longe dos Jardins do Luxemburgo, deixou seis pessoas gravemente feridas e mais de 50 com ferimentos ligeiros ou em estado de choque psicológico, segundo o Ministério Público.

Está ainda em curso uma investigação por homicídio involuntário, estando a ser averiguada uma fuga de gás entre as possíveis causas. Os procuradores pretendem ainda perceber se a explosão foi causada por uma violação intencional das regras de segurança.


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sexta-feira, 21 de julho de 2023

Presidente Biden escolhe uma mulher para dirigir a Marinha pela primeira vez

Lisa Franchetti (esq) e Matt Kawas, comandante do USS Fort Worth.

Por  VOA Português  

Franchetti é a atual vice-chefe de operações da Marinha.

O Presidente americano escolheu a almirante Lisa Franchetti para liderar a Marinha, revelou um alto funcionário do Governo nesta sexta-feira, 20, e caso for nomeada será a primeira mulher dirigir um ramo das Forças Armadas.

A decisão de Joe Biden de escolher Franchetti, atual vice-chefe de operações da Marinha e com amplo comando e experiência executiva, vai contra a recomendação do secretário da Defesa, que apontou o almirante Samuel Paparo, atual comandante da Frota do Pacífico da Marinha.

A mesma fonte, que pediu o anonimato, disse que Paparo vai ser nomeado paraliderar o Comando Indo-Pacífico dos EUA.

O funcionário acrescentou que Biden escolheu Franchetti com base na sua enome experiência no mar e em terra, incluindo vários cargos políticos e administrativos de alto nível que desempenhou que lhe dão um profundo conhecimento em orçamento e administração do departamento.

Ao mesmo tempo, o oficial reconheceu que Biden entende o caráter histórico da indicação e acredita que Franchetti será uma inspiração para os marinheiros, homens e mulheres.

A indicação de Franchetti junta-se à lista de centenas de nomeações militares retidas pelo senador republicano Tommy Tuberville, do Alabama, em protesto contra a política do Departamento de Defesa que paga viagens quando um militar precisa sair do Estado para fazer um aborto ou obter outros cuidados reprodutivos.

Lisa Franchetti deve assumir o posto interinamente a partir do próximo mês, quando o almirante Michael Gilday for para a reforma.

POSSE DEPUTADOS - PAIGC convoca

CONVOCATÓRIA 

Nos termos dos Artigos 32°, 33° e 34° dos Estatutos do PAIGC, são convocados todos os Membros do Comité Central para III Sessão Ordinária do Ano 2023 deste órgão, a ter lugar Domingo, 23 de Julho, pelas 10 horas no Hotel Dunia, antigo Azalai.

Ordem do Dia:

1. Informações Gerais;

2. Preparativos para a Tomada de Posse dos Deputados da Coligação PAI Terra Ranka.

Solicita-se a concentração dos convocados a partir das 9 Horas, a fim de confirmarem a presença e possibilitar o início da Reunião na hora marcada.

Bissau, 21 de Julho de 2023

O Secretário Nacional

António Patrocínio Barbosa  Silva

"Ataques cínicos da Rússia são tentativas de lucrar à custa da fome"... As palavras são do representante da Ucrânia no Conselho de Segurança da ONU, Sergiy Kyslytsya.

© Getty

Notícias ao Minuto   21/07/23 

O representante da Ucrânia no Conselho de Segurança da ONU, afirmou, esta sexta-feira, que a retirada da Rússia do acordo sobre os cereais do Mar Negro e os ataques aos portos ucranianos são uma tentativa de "obter lucros à custa de milhões de pessoas em todo o mundo".

Sergiy Kyslytsya referiu, citado pela Sky News, que as ações de Moscovo "não podem ser justificadas por quaisquer normas do direito internacional".

Os "constantes ataques cínicos" da Rússia "não passam de tentativas para eliminar uma concorrente de mercado, aumentar deliberadamente os preços dos alimentos e obter lucros à custa da fome de milhões de pessoas em todo o mundo", atirou.

Kyslytsya apelou ainda à comunidade internacional para que condene as ações da Rússia e instou a ONU a criar um corredor humanitário no Mar Negro.

Recorde-se que as tensões voltaram a intensificar-se na Ucrânia após a suspensão pela Rússia do acordo sobre a exportação de cereais ucranianos, negociado sob a égide da Turquia e da ONU em julho de 2022 e que permitia que os navios saíssem dos portos ucranianos através de corredores marítimos protegidos.

Segundo a Rússia, o país só volta ao protocolo se as suas condições forem atendidas, nomeadamente o comércio dos seus próprios produtos agrícolas, prejudicado pelas sanções ocidentais.

A Iniciativa dos Cereais do Mar Negro, acordada há um ano pela Rússia, Ucrânia, Turquia e Nações Unidas, permitiu a exportação de quase 33 milhões de toneladas de alimentos de três portos no sul ucraniano, considerados cruciais para a descida dos preços globais e segurança alimentar nos países mais desprotegidos.


Leia Também: A guerra no Sudão está a esgotar a resposta humanitária e a exacerbar as tensões na África Central e Ocidental, ameaçando a estabilidade de toda a região, alertou hoje a chefe do Programa Alimentar Mundial (PAM) da ONU.

Botsuana oferece 8 mil elefantes a Angola para repovoar parques nacionais

© Peter Charlesworth/LightRocket via Getty Images

POR LUSA   21/07/23 

O Botsuana ofereceu 8 mil elefantes a Angola, para o repovoamento de parques no país e vai também partilhar a sua experiência na área do ecoturismo no desenvolvimento do Projeto KASA, do Delta de Okavango.

De acordo com uma nota de imprensa da Secretaria de Imprensa do Presidente da República, as delegações encabeçadas pelos Presidentes de Angola, João Lourenço, e do Botsuana, Eric Masisi, trabalharam hoje, em Gaborone, para dar seguimento e consolidar os aspetos discutidos em primeira instância pelos dois Chefes de Estado, no seu encontro a sós prévio.

A Estratégia Nacional e Plano de Ação da Biodiversidade 2019-2025 prevê a identificação, em colaboração com os Governos provinciais, de territórios para a criação de Reservas de pacaça e elefante nas províncias do Uíje, Zaire e Lunda Norte.

O Presidente angolano encontra-se em Gaborone, capital do Botsuana, onde se deslocou quinta-feira para o reforço da cooperação entre os dois países.

A nota destaca que para a futura cooperação entre os dois países africanos, os Governos elegeram a área dos diamantes, para Angola colher a experiência daquele país em termos de produção, lapidação e comercialização.

A lista de áreas para cooperação integra igualmente a pecuária, para o repovoamento bovino de Angola, que vai contar com a assistência do Botsuana no envio de embriões e sémen.

Os dois Governos abordaram igualmente a ligação aérea entre Gaborone e Luanda, cooperação na área de energia, com uma perspetiva de fornecimento de energia elétrica ao Botsuana a partir da província angolana do Cuando Cubango.

Na área dos combustíveis, Angola convidou o Botsuana a fazer parte da estrutura acionista da refinaria do Lobito em construção, iniciativa acolhida pelas autoridades de Gaborone.


Leia Também: Botsuana chega a acordo sobre diamantes com a De Beers após negociações

PRESIDENTE EFECTUA A REZA DE SEXTA-FEIRA NA MESQUITA DE ATADAMO

O Presidente, Umaro Sissoco Embaló, efectuou a reza de sexta-feira na mesquita de Atadamo, Bairro de Ajuda.

 Presidência da República da Guiné-Bissau

Caso Háfia - Diretora de Mercados da CMB considera de “vandalismo” atos praticados pela juventude local

Bissau, 21 Jul 23 (ANG) – A Diretora de Mercados, da Câmara Municipal de Bissau (CMB), Eva Sila Nandigna considerou de “vandalismo” os atos praticados no mercado de Háfia nos dias 14, 15 e 16 de Julho por um grupo de jovens deste bairro.

A consideração veio expressa numa carta dirigida à Direcção da CMB por Eva Nandigna, à que a ANG teve acesso esta sexta-feira.

Na carta, Eva da Sila diz que os jovens não identificados invadiram o mercado de Háfia, concretamente o espaço lateral onde praticam o futebol e destruiram as construçoes de armazèns  em curso, alguns cacifos  do mercado e a residência e patrimónios privados de uma cidadã nacional, moradora do mesmo bairro.

Segunda esta responsavel camarária  o grupo de jovens, não identificado, agrediu ainda o Comandante da Polícia da 7ª Esquadra, perfurando-lhe a cabeça, e  dirigiram à este agente  “palavrões  agressivas”.

Aquela responsável confirmou ainda que os jovens nunca e em nenhum momento reivindicaram o referido campo junto do Gabinete de Mercado e a CMB, afirmando que o espaço em causa faz parte do mercado de Háfia.

No passado domingo, os jovens do bairro de Háfia em reivindicação de que o espaço onde praticam o futebol estaria a ser ocupado com insfraestruturas comerciais, destruíram os boutiques em construção na proximidade do espaço reivindicado  e vandalizaram duas viaturas da proprietária de uma das obras em curso.

Houve  intervenção das Forças de Ordem que dispararam alguns tiros ao ar e lançaram gás lacrimogéneo para dispersar os jovens em protesto contra as construções no espaço reclamado como campo de futebol do bairro.   

ANG/DMG/ÂC//SG

Assessoria de Imprensa do Ministério diz serem “caluniosas e maléficas”, as acusações do presidente do Sindicato de Base da instituição contra ministro Augusto Poquena

Bissau, 21 Jul 23 (ANG) – O gabinete da Assessoria de Imprensa do Ministério da Energia e Indústria diz serem “mentirosas, caluniosas, maléficas e irresponsáveis”, as acusações feitas pelo presidente do Sindicato de Base da instituição, segundo as quais o ministro Augusto Poquena terá desviado cerca de 57 milhões de fcfa.

Em conferência de imprensa na quarta-feira, o presidente do Sindicato de Base do Ministério da Energia e Indústria, acusou o ministro do referido pelouro, Augusto Poquena, de ter movimentado cerca de 57 milhões de fcfa para benefício particular.

Daniel José Lopes, denunciou que o ministro continua a auferir das receitas do Ministério, impedindo, assim, o normal funcionamento desta instituição.

Disse  que no dia 17 deste mês  o governante pediu  3 milhões de Fcfa, e na sequência disso, foi entregue no seu gabinete 10 milhões de fcfa, e que entre os dias 16 e 17 [de julho] foi movimentada uma soma de 47 milhões de fcfa para um “paradeiro incerto”.

Uma Nota de Esclarecimento assinada pela Assessoria de Imprensa do Ministério da Energia Sulita Una da Silva, entregue hoje à ANG, refere que desde que o Augusto Poquena tomou posse como responsável máximo desse Ministério, sempre agiu dentro dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência.

“O senhor Augusto Poquena, fruto daquilo que constituem os seus princípios educacionais, políticos e morais, tem baseado a sua atuação no não distanciamento da justiça e da moral para que as decisões e atos dos funcionários  do seu pelouro sejam alinhados, não só com a Lei, mas também com a honestidade, boa fé e transparência”, refere a Nota.

O gabinete da Assessoria de Imprensa diz que essa “tentativa ignóbil, do dito sindicalista, de sujar e conspurcar o bom nome  e o excelente trabalho” que vem sendo realizado pelo ministro da Energia e Indústria, acusando-o “desavergonhadamente” de corrupção e desvio de fundos na sua gestão no Ministério não ficará impune, porquanto as medidas judiciais imediatas serão tomadas contra  todas as “bárbaras calúnias, mentiras e difamação” contra o ministro Augusto Poquena.  

ANG/ÂC//SG


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Recursos Naturais - “Processo para exploração do petróleo se encontra numa fase avançada”,diz ministro do Turismo e Artesanato e porta voz do Governo

Bissau, 21 jul 23 (ANG) – O  porta-voz do governo e igualmente ministro do Turismo e Artesanato revelou que o processo para a exploração do petróleo esta  numa fase muito avançada, razão pela qual o governo renova o contrato com a empresa responsável pela exploração.

Fernando Vaz  falava  esta quinta-feira à imprensa, após a reunião Ordinária do Conselho de Ministros que decorreu no Palácio da República, sob a presidência do Chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló.

 Por isso, de acordo com Vaz, o executivo aprovou o projeto de Decreto que aprova a extensão das fases atuais das licenças de pesquisa Sinapa (bloco 2) e esperança (bloco 4A e 5A) para exploração do petróleo nas águas nacionais.

Segundo o governante, está prevista para Maio do próximo ano a chegada do barco de perfuração nas águas profundas.

“Há poucos navios de perfuração nas águas profundas como a de Guiné-Bissau. O navio esperado no país se encontra neste momento no Senegal”, afirmou.

Fernando Vaz reconheceu que existe um equívoco na interpretação da decisão do Conselho de Ministros Extraordinário da última terça-feira, sobre o  bloqueio do salários do pessoal quadro do Ministério da Educação Nacional, que, segundo diz, abandonaram os seus postos de trabalho.

Fernando Vaz afirma que a medida é para controlar a massa salarial, que diz ser  incomportável.

“ O que o governo fez é tomar uma medida para beneficiar os que estão a trabalhar, não aqueles que abandonam o serviço e continuam a receber seus ordenados. A massa salarial está quase em 7 bilhões de francos cfa, portanto, era preciso essa medida”, afirmou.

Na terça-feira passada,  o governo reuniu-se em Sessão Extraordinária, no Palácio do Governo sob a Presidência do Primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam e após análise e discussão, decidiu adotar o Relatório sobre a Declaração de Bloqueio dos salários do pessoal quadro do Ministério da Educação Nacional ausentes dos respetivos postos de serviços.

Em decorrência, o plenário governamental instruiu a ministra da Educação Nacional a promover a execução de medidas necessárias, visando um efectivo controlo e apuramento do número real, quer de docentes quer do pessoal administrativo, em serviço naquele departamento governamental.

Em relação à interrupção das emissões da RDP e RTP-África nas antenas nacionais nos últimos dias, Fernando Vaz afirma que a situação já está resolvida e nega que a interrupção esteja ligada à alguma decisão do Governo.

“A emissão destas duas estações portuguesas será restabelecida nas antenas nacionais”, garantiu.

ANG/LPG//SG

Putin afirma que contraofensiva ucraniana não produziu "nenhum resultado"... As palavras são do presidente russo, durante uma reunião do Conselho de Segurança do país.

© GAVRIIL GRIGOROV/SPUTNIK/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto   21/07/23 

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou, esta sexta-feira, que as operações de contraofensiva da Ucrânia não mostraram "nenhum resultado, pelo menos até agora", e que os "recursos colossais" fornecidos pelos aliados ocidentais não a ajudaram.

"Hoje, é evidente que os aliados ocidentais do regime de Kyiv estão claramente desiludidos com os resultados da chamada contraofensiva, que as atuais autoridades ucranianas têm vindo a proclamar em voz alta nos últimos meses", referiu o chefe de Estado russo, numa reunião do Conselho de Segurança do país, citado pelo The Moscow Times.

Putin afirmou ainda que o número cada vez menor de tanques, artilharia, veículos blindados e mísseis ocidentais fornecidos à Ucrânia, bem como "milhares de mercenários e conselheiros estrangeiros", não ajudaram Kyiv a atingir os objetivos militares.

"O mundo inteiro vê que o alardeado equipamento ocidental, supostamente invulnerável, está a arder", acrescentou.

Sem elucidar sobre qualquer tipo de provas, o presidente russo sublinhou que "dezenas de milhares" de soldados ucranianos foram mortos e ficaram feridos na contraofensiva.

De recordar que o contra-ataque ucraniano começou em junho, após meses de preparação. Enfrenta uma linha da frente de 900 quilómetros de território ocupado que se estende desde a fronteira de Kharkiv-Luhansk, no nordeste da Ucrânia, até Kherson, no sudoeste.

O Ministério da Defesa de Kyiv apontou anteriormente que as suas forças libertaram cerca de 210 quilómetros quadrados durante a contraofensiva. 


Leia Também: Zelensky afirma que mantém vigilância sobre Grupo Wagner na Bielorrússia

Nigéria investe em combustíveis alternativos


O consumo de combustível diminuiu quase um terço na Nigéria, desde que o Presidente Bola Tinubu eliminou, em maio, o subsídio aos combustíveis. 

As autoridades estão a tentar promover combustíveis alternativos, incluindo a conversão de motores para funcionarem com gás natural comprimido e a expansão das estações de carregamento de veículos elétricos.

Por VOA Português 

África Agora: Será que a Guiné-Bissau vai estabilizar com o novo Parlamento?


A 4 de Junho, os guineenses votaram num novo parlamento, que tomará posse no dia 27 de julho.

A Assembleia Nacional Popular é composta por 102 deputados, sendo 54 da coligação PAI Terra Ranka, 29 do Madem-G15, 12 do PRS, cinco do PTG e um do APU-PDGB.

Enquanto isso, reina o desejo de ver o país estabilizado, com a comercialização da castanha de caju em curso, com os sectores de saúde e educação sem greves recorrentes.

Será desta que o país vai estabilizar?

Por  VOA Português 

Presidente do sindicato dos professores da Guiné-Bissau não compactua com o bloqueio do salário para os professores

 Radio TV Bantaba

Liceu Kwame Nkrumah vandalizado esta madrugada por pessoas não identificadas.

Radio TV Bantaba

GUINÉ-BISSAU: CEDEAO "preocupada" com presença do grupo Wagner na região

© Presidência da República da Guiné-Bissau

POR LUSA   21/07/23 

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirmou hoje que a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) está preocupada com a presença de mercenários do grupo russo Wagner na região, nomeadamente no Mali.

"Sim. Estamos preocupados com essa presença e não só", disse Umaro Sissoco Embaló, quando questionado sobre se a 'troika' criada na última cimeira de chefes de Estado da CEDEAO para analisar e encontrar soluções para as questões de segurança na região estava preocupada com a presença daquele grupo de mercenários.

"Mas a 'troika' está a trabalhar", salientou o chefe de Estado guineense, que falava aos jornalistas depois de dar posse a José Mário Vaz, antigo presidente guineense, como membro do Conselho de Estado.

Na última cimeira da CEDEAO, realizada em Bissau, os chefes de Estado determinaram a criação de uma 'troika', composta pela Guiné-Bissau, Benim e Nigéria.

Aquela 'troika esteve reunida na semana passada na Nigéria e determinou que é preciso uma resposta regional forte a ameaças relacionadas com a paz e segurança, que passam pela operacionalização do Plano de Ação para a Erradicação do Terrorismo em conjunto com outras medidas de segurança.

A 'troika' pediu também às Nações Unidas e a outros parceiros para a apoiarem os esforços regionais de combate ao terrorismo.

Umaro Sissoco Embaló disse ainda que os chefes de Estado-Maior da CEDEAO vão reunir-se em breve na Nigéria, que assumiu a presidência da organização, para também analisar e propor soluções para ajudar os países em crise.

"Não é só a questão 'jihadismo', temos de acabar com os golpes", disse Umaro Sissoco Embaló, salientando que a CEDEAO está com uma "nova dinâmica" e que também está a analisar a possibilidade de pessoas envolvidas em golpes de Estado serem levadas ao tribunal da organização.

O Burkina Faso, o Mali e a Guiné-Conacri foram suspensos pela CEDEAO após sucessivos golpes militares entre 2020 e 2022.

O retorno à ordem constitucional é teoricamente esperado em 2024 no Mali e no Burkina Faso, e em 2025 na Guiné-Conacri.

Segundo o último relatório do Gabinete das Nações Unidas para a África Ocidental e o Sahel, divulgado em janeiro deste ano, a situação de segurança na sub-região continua a agravar-se, nomeadamente no Burkina Faso e no Mali.

O relatório refere igualmente que os ataques terroristas no Benim e no Togo destacaram a ameaça persistente de que a insegurança pode atingir os países costeiros daquela região.

Questionado sobre vai estar presente na cimeira Rússia-África, a realizar-se na próxima semana, Umaro Sissoco Embaló disse que vai participar no encontro e que a posição da África Ocidental passa pela "busca da paz e de uma solução para a guerra".

Sobre a questão do acordo de cereais, que o Presidente russo, Vladimir Putin, se recusou a renovar, o chefe de Estado guineense disse que África não é um continente "faminto".

Umaro Sissoco Embaló informou também que está a agendar uma visita oficial à Ucrânia, depois de ter sido convidado pelo seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky.

A CEDEAO é composta por 15 países, incluindo, além dos lusófonos Guiné-Bissau e Cabo Verde, Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Conacri, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Serra Leoa, Senegal e Togo.


Líderes africanos preparam-se para a segunda Cimeira Rússia-África

Chefes de Estado e de Governo africanos devem reunir-se com o Presidente russo, Vladimir Putin, em São Petersburgo, na próxima semana, numa cimeira anunciada por Moscovo para o fortalecimento da cooperação em paz, segurança e desenvolvimento.

Por voaportugues.com



Cimeira Rússia e África: SISSOCO CONFIRMA PRESENÇA NA CIMEIRA E ADVERTE QUE A ÁFRICA NÃO É UM CONTINENTE FAMINTO

  O DEMOCRATA   21/07/2023 

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, confirmou a sua presença na segunda cimeira Rússia e África, que se realiza na próxima semana, na cidade de São Petersburgo, na qual a questão do desbloqueamento de cereais poderá ser um dos temas, advertindo, neste particular, que a “África não é um continente faminto”.

“Esta cimeira já tinha sido marcada antes do bloqueio de cereais. Participamos na reunião da União Europeia e África, bem como dos Estados Unidos e África e vou estar presente nesta segunda cimeira Rússia e África. Eu sou do grupo que  se posiciona contra este tipo da reuniões. Serão 54 chefes de Estado da África a reunirem-se com apenas um chefe de Estado. Portanto, estamos a analisar a possibilidade de no futuro, apenas o presidente em exercício da União Africana e os presidentes em exercício das nossas organizações sub-regionais, a CEDEAO SADC, CEAC,  entre outros  passarão a participar nestas reuniões”, disse.

O chefe de Estado guineense fez estas observações em entrevista ao Jornal O Democrata e à agência Lusa esta sexta-feira, 21 de julho, à margem da cerimónia de investidura do antigo chefe de Estado, José Mário Vaz, como membro do Conselho de Estado, para falar da sua participação na segunda cimeira Rússia – África, bem como dos resultados da reunião da Troika CEDEAO.

A Troika da CEDEAO, que foi criada pelos chefes de Estado na cimeira de Bissau, é formada por três países, a Guiné-Bissau, a Nigéria e o Benin e está a ser dirigida pela Guiné-Bissau, tem como objetivo procurar uma solução a submeter à Conferência dos chefes de Estado e do Governo da CEDEAO sobre os desafios da segurança que a região enfrenta, particularmente no  concernente à situação no Mali e no Burkina Faso, abalados com o fenómeno do terrorismo.  

Umaro Sissoco Embaló disse que a África está interessada em contribuir na busca da paz no conflito Rússia Ucrânia, acrescentando que os chefes de Estado vão falar com o Presidente Putin com o intuito de encontrar uma solução para a paz. 

Informou ter falado  com o Presidente Zelensky e ter abordado a questão de uma visita oficial que deverá efetuar a Kiev.

Assegurou que a África não pode criar campos ou posições, mas sim manter a sua posição de neutralidade neste conflito.

Questionado sobre os resultados da reunião da Troika e da sua posição em relação à presença de mercenários do grupo russo Wagner na região, Embaló assegurou  que a organização está preocupada com a presença do grupo Wagner na região.

“A Troika está a trabalhar neste sentido. Criamos um grupo de trabalho para o efeito. Os chefes de Estado-Maior General das Forças Armadas da região vão  reunir-se em breve na Nigéria, para analisar profundamente a situação. Já demos também o mandato ao nosso enviado que é o Presidente Patrice Talon, do Benin, que deverá viajar para Conacri, Bamako e Ouagadougou para ouvir os dirigentes destes países em crises, depois apresentará um relatório à Conferência de chefes de Estado para analisar a situação e encontrar uma solução para ajudá-los”, explicou.

Interrogado se o grupo Wagner pode avançar para outros países da região, respondeu: “não, não. Os chefes militares vão reunir-se na Nigéria para encontrar uma solução para a criação de uma força militar para fazer face ao fenómeno do terrorismo, sobretudo a questão dos golpes de Estado”.

Revelou que a Troika reunir-se-ia em Bissau para analisar algumas situações, mas devido à cimeira Rússia África, a reunião ficou protelada para uma outra data a ser definida.

Por: Assana Sambú


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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO ESCLARECE QUE BLOQUEIO DE SALÁRIOS DEVE-SE À INATIVIDADE DESSAS PESSOAS

 O DEMOCRATA  21/07/2023 

O diretor geral de recursos humanos do Ministério de Educação Nacional, Moisés da Silva, esclareceu que o bloqueio de salários de alguns professores deve-se à inatividade desses profissionais, sem o conhecimento do ministério, apenas  os diretores das escolas têm conhecimento.  

Moisés da Silva reagia esta quinta-feira, 21 de julho de 2023, às declarações da Frente Comum, uma iniciativa sindical que integra dois sindicatos dos professores do setor do ensino público guineense (Sindeprof e Frenaprofe).

Os sindicatos acusaram o  diretor-geral  dos Recursos Humanos do ministério de educação de banalizar a instituição e de açambarcar quase todos os serviços daquela instituição do ensino público do país.

O diretor dos recursos humanos do ministério da educação assegurou que os professores e funcionários da educação que não estão incluídos na medida do governo, os seus salários já estão nas suas contas e os que não estão com problemas, apenas em agosto poderão receber, caso os dados sejam apurados até à próxima semana.

“A intenção do executivo é tirar os professores ausentes  do sistema e posteriormente proceder à abertura de um concurso público para permitir  a colocação   dos novos dos professores nos lugares dos professores ausentes”, assinalou.

Moisés da Silva frisou que em breve serão publicados todos os resultados dos funcionários do ministério da educação para permitir o controlo e, consequentemente, colmatar o sofrimento dos alunos nas salas de aulas por falta de professores.

Por: Carolina Djemé

Putin avisa que um ataque contra a Bielorrússia será um ataque à Rússia

© Contributor/Getty Images

POR  LUSA    21/07/23 

O Presidente russo, Vladimir Putin, avisou hoje a Polónia que um ataque à vizinha Bielorrússia significará uma agressão à Rússia, depois de Varsóvia ter anunciado o envio de unidades militares para a fronteira com aquele país.

"Desencadear uma agressão contra a Bielorrússia equivalerá a uma agressão contra a Federação Russa. Responderemos a isso com todos os meios à nossa disposição", prometeu Putin durante uma reunião do Conselho de Segurança.

Varsóvia decidiu reforçar a segurança no seu flanco oriental com duas unidades militares depois de mercenários do Grupo Wagner terem começado esta semana a patrulhar fronteira Bielorrússia-Polónia.

Na intervenção de hoje, o líder russo descreveu como um "jogo muito perigoso" os alegados planos da Polónia e da Lituânia de criar um agrupamento de forças regulares cujo objetivo seria ocupar o oeste da Ucrânia.

"A perspetiva é clara. Se as unidades polacas entrarem, por exemplo, em Lviv ou noutros territórios ucranianos, vão ficar lá. Para sempre", sublinhou Putin, que acusou o Governo polaco de querer formar "uma espécie de coligação e interferir diretamente no conflito na Ucrânia", para recapturar o que consideram "territórios históricos" no oeste da Ucrânia.

"E é sabido que eles também anseiam por territórios bielorrussos", acrescentou o líder russo, que acusou governantes de países do leste europeu de fazerem da "russofobia" um instrumento de política interna.

Como media de prevenção, Putin anunciou que instruiu Serguei Narishkin, chefe do Serviço de Espionagem Estrangeira (SVR), que também participou da reunião, a monitorizar de perto os desenvolvimentos na região.

Putin defendeu que a entrega de armas ocidentais a Kiev, para ajudar na sua contraofensiva, não teve quaisquer resultados.

"Os recursos colossais que foram injetados no regime de Kiev não estão a ajudar, nem as entregas de armas ocidentais, tanques, artilharia e mísseis", explicou o Presidente russo perante os conselheiros, numa reunião que foi transmitida pela televisão.

Para Putin, os aliados ocidentais de Kiev estão "claramente desapontados" com a contraofensiva ucraniana, que começou em 04 de junho, dizendo que esse esforço de guerra já matou milhares de soldados ucranianos.

Putin disse ainda que os arsenais da NATO começam a ficar esgotados, argumentando que a indústria de produção de armamento ocidental não permite abastecer rapidamente as linhas da frente do combate.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


Leia Também: Mercenários do Wagner realizam manobras com Exército da Bielorrússia

Cerimônia de tomada de posse do Ex-Presidente da República, Sr. José Mário Vaz, como membro do Conselho de Estado.

O Presidente da República conferiu hoje posse, ao Ex-presidente da República, José Mario Vaz, como membro do Conselho de Estado.

Presidência da República da Guiné-Bissau 

Proposta de destituição de João Lourenço? "Aspetos muito graves"

© Lusa

POR LUSA    21/07/23 

O ex-primeiro-ministro angolano Marcolino Moc considerou hoje "muito interessante e de grande alcance" a iniciativa de destituição do Presidente angolano, sobretudo em termos políticos, considerando que o pedido indica "aspetos muito graves" que se passam em Angola.

"Em termos políticos, não há dúvidas que é uma iniciativa muito interessante, pelo menos através desta atitude está a se a chamar a atenção a aspetos muito graves que se estão a passar no país por iniciativa do Presidente da República, João Lourenço", disse hoje Marcolino Moco, em declarações à Lusa.

Salientou que o seu comentário não visa defender se o Presidente angolano deve ou não ser destituído do cargo, mas que a iniciativa legislativa da UNITA "vem a altura de, pelo menos, sacudir a sociedade nacional e internacional no sentido de alertar que o que se passa em Angola é muito grave".

"O Presidente (da República) João Lourenço está a matar os mecanismos judiciais de forma acintosa, à luz do dia, toda a gente a ver", afirmou Marcolino Moco, salientado que com os seus despachos o chefe de Estado angolano está a criar "um grande monopólio económico".

Para o antigo primeiro-ministro angolano, atraveés de despachos presidenciais, João Lourenço, reeleito em 2022 para um segundo mantado de mais cinco anos, "está a puxar a brasa para toda a sua sardinha, em termos económicos, sem olhar para as consequências".

"Estou a me referir ao grande monopólio económico que ele está a criar, está a empobrecer o país e a congelar o sangue do país: a moeda não circula, a fome, a indigência, o desemprego aumenta", apontou.

Moco, que já foi secretário-geral do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder desde 1975), criticou também João Lourenço, também presidente do MPLA, por "atirar-se" às empresas dos filhos do ex-presidente angolano José Eduardo dos Santos.

"Há toda uma série de questões que, de forma geral, são levantados pelo esboço da acusação da UNITA que, pelo menos, dão a sensação de que afinal a oposição tem a noção e está a levantar a situação da gravidade das questões que se passam no país na pessoa do Presidente João Lourenço", insistiu.

A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) apresentou, na quarta-feira, uma proposta de iniciativa de processo de acusação e destituição do Presidente angolano, João Lourenço, por alegadamente ter "subvertido o processo democrático no país e consolidar um regime autoritário que atenta contra a paz".

A iniciativa de "Impeachment" (destituição) de João Lourenço foi apresentada em conferência de imprensa pelo grupo parlamentar da UNITA.

Fundamentos doutrinários, político constitucionais e políticos de desempenho constituem os eixos da iniciativa da UNITA, referindo que a governação de João Lourenço "é contra a democracia, contra a paz social e contra a independência nacional".

E em reação, o MPLA acusou, na quinta-feira, a UNITA de ser "irresponsável" e de querer ascender ao poder "sem legitimação", afirmando que os seus deputados vão tomar providências para impedir que o parlamento angolano seja instrumentalizado.

Para a iniciativa da UNITA -- que conta apenas com 90 deputados -- passar no crivo do plenário do parlamento, onde o MPLA detém a maioria, dois terços de deputados em efetividade de funções deveriam votar favoravelmente.

Questionado se a iniciativa da UNITA tem condições para avançar, ante a maioria parlamentar do MPLA, Marcolino Moco referiu que mesmo que a iniciativa pode não resultar do ponto de vista legislativo, em termos políticos ela tem "um grande alcance".

se tipo de atos nem sempre tem o valor pelas consequências que possam ter, eu, por exemplo, sou jurista, mas não só formalista, olho o direito e a justiça não como um valor em si, mas como um meio", notou.

Mas, em termos políticos, prosseguiu, "não é preciso as consequências desta ação venham a ser efetivas, o que a princípio olhando para o plano constitucional, sobretudo no plano material, continua a não haver coragem no seio do MPLA", apontou.

Em relação à reação do MPLA, Marcolino Moco considerou que esta reflete o "mesmo comportamento destes (dirigentes) alegarem serem os inventores da democracia e fundadores da nação".

"Já vimos a resposta agora do MPLA, que reflete o mesmo comportamento, de que eles que são os inventores da democracia, eles são os fundadores da nação, um conceito completamente errado e que deve ser abandonado se queremos ter efetivamente um país para todos", defendeu.

Marcolino Moco acrescentou: "Ninguém fundou a nação, este é um slogan político que não é de todo proibido de se dizer, mas não pode ser aceite como algo efetivo, ninguém criou a nação, ela criou-se ao longo da história".


quinta-feira, 20 de julho de 2023

Kyiv está a usar bombas de fragmentação de forma "adequada e eficaz"

© Getty Images

POR LUSA     20/07/23 

Os Estados Unidos defenderam esta quinta-feira que a Ucrânia está a utilizar as bombas de fragmentação fornecidas por Washington, para apoiar a ofensiva das forças ucranianas contra a Rússia, de forma "adequada e eficaz".

"Estão a utilizar de maneira apropriada e eficaz e, de facto, estão a causar impacto nas formações e manobras defensivas da Rússia", sublinhou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, em entrevista de imprensa virtual.

Os norte-americanos anunciaram em 07 de julho o envio de bombas de fragmentação, apesar das críticas da Alemanha e de outros países, bem como de organizações não-governamentais (ONG) como a Human Rights Watch (HWR), devido a preocupações com o impacto desse armamento na população civil.

Estas bombas foram incluídas num novo pacote de ajuda militar, avaliado em 800 milhões de dólares (cerca de 719 milhões de euros à taxa de câmbio atual), que incluía também, entre outras armas, mísseis de defesa aérea, sistemas antiaéreos Stinger e munições para sistemas antiaéreos Patriot.

Em 13 de julho, o Pentágono confirmou que essas bombas já estavam em território ucraniano.

Kirby aproveitou esta quinta-feira a oportunidade para reiterar a condenação e preocupação dos EUA com os ataques russos a Odessa e outros portos ucranianos.

Depois de encerrar o acordo para a exportação de cereais ucranianos pelo mar Negro, a Rússia disse esta semana que considerará todos os navios com destino a portos ucranianos como possíveis portadores de armas e, portanto, potenciais alvos militares legítimos.

Na quarta-feira à noite, a Rússia atacou Odessa, pelo terceiro dia consecutivo, e a região de Mikolayiv, no sul da Ucrânia, com mísseis de cruzeiro e 'drones' (aparelhos aéreos não tripulados) suicidas que mataram pelo menos dois civis em ambas as províncias e feriram outras 27 pessoas.

Já no ataque da manhã de terça-feira, a Rússia destruiu infraestruturas nos portos de Odessa e Chornomorsk - ambos parte do acordo dos cereais - destruindo 60.000 toneladas de alimentos que deveriam ter sido exportados para a China.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional apontou que Washington está a monitorizar a situação "muito de perto" e alertou para a possibilidade de a Rússia utilizar operações encobertas, com navios de bandeira falsa, para justificar os ataques e culpar a Ucrânia por estes.


Leia Também: EUA asseguram ter dado a Kyiv tudo para a contraofensiva

Associação de consumidores de bens e serviços afirma que a especulação do preço dos produtos dever-se ao abandono do mercado nacional pelo Governo.

Radio TV Bantaba

A frente cumum considera que o bloqueio do salário é uma medida pessoal do Diretor geral dos recursos humanos do ministério da educação.

Radio TV Bantaba

CHEFE DE ESTADO PRESIDE O CONSELHO DE MINISTROS

O Conselho de Ministros reuniu-se esta quinta-feira, 20 de julho  de 2023, em Sessão Ordinária, sob a presidência do Chefe de Estado, General Umaro Sissoco Embaló.

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 Radio Voz Do Povo / Presidência da República da Guiné-Bissau


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Guterres critica "fortemente" ataques russos a portos da Ucrânia

© TCHANDROU NITANGA/AFP via Getty Images

POR LUSA     20/07/23 

O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou hoje "fortemente" os ataques russos a Odessa e a outros portos ucranianos no Mar Negro, segundo o seu porta-voz, Stéphane Dujarric.

"Estes ataques têm um impacto muito além da Ucrânia. Já estamos a ver o efeito negativo nos preços mundiais do trigo e do milho, o que prejudica a todos, especialmente as populações vulneráveis do 'Sul global'", alertou o porta-voz, destacando que a "destruição das infraestruturas civis [pode] representar uma violação do direito humanitário internacional".

Dujarric apontou que os ataques russos também contradizem os compromissos que Moscovo assumiu no âmbito do entendimento que assinou com as Nações Unidas para tentar facilitar as suas próprias exportações de alimentos e fertilizantes, documento paralelo à Iniciativa dos Cereais do Mar Negro que o Kremlin suspendeu esta semana.

Em teoria, esse memorando ainda está em vigor e, lembrou a ONU, o seu texto diz que a Rússia "facilitará a exportação de alimentos, óleo de girassol e fertilizantes de portos controlados pela Ucrânia no Mar Negro".

Na quarta-feira à noite, a Rússia atacou Odessa, pelo terceiro dia consecutivo, e a região de Mikolayiv, no sul da Ucrânia, com mísseis de cruzeiro e 'drones' (aparelhos aéreos não tripulados) suicidas que mataram pelo menos dois civis em ambas as províncias e feriram outras 27 pessoas.

Já no ataque da manhã de terça-feira, a Rússia destruiu infraestruturas nos portos de Odessa e Chornomorsk - ambos parte do acordo dos cereais - destruindo 60.000 toneladas de alimentos que deveriam ter sido exportados para a China.

Depois de suspender o acordo do Mar Negro, a Rússia disse que considerará todos os navios com destino aos portos ucranianos como potenciais transportadores de armas e, portanto, potenciais alvos militares legítimos.

A ONU, por sua vez, reiterou hoje que continuará a procurar formas de os produtos alimentares e fertilizantes ucranianos e russos chegarem aos mercados internacionais, a fim de manter a estabilidade de preços e evitar o aumento da fome nos países mais desprotegidos.

A Iniciativa dos Cereais do Mar Negro, acordada há um ano pela Rússia, Ucrânia, Turquia e Nações Unidas, permitiu a exportação de quase 33 milhões de toneladas de alimentos de três portos no sul ucraniano.

As autoridades russas fizeram saber que só voltam ao protocolo se as suas condições forem atendidas, nomeadamente o comércio dos seus próprios produtos agrícolas, prejudicado, segundo frisam, pelas sanções ocidentais.

As exigências da Rússia incluem também a reintegração do seu banco agrícola, Rosselkhozbank, no sistema bancário internacional SWIFT, o levantamento das sanções sobre as peças sobresselentes para a maquinaria agrícola, o desbloqueamento da logística de transportes e dos seguros, o descongelamento de ativos e a reabertura do oleoduto de amoníaco Togliatti-Odessa, que explodiu a 05 de junho.


Leia Também: O Conselho da União Europeia decidiu hoje adotar novas sanções contra o Irão pelo apoio militar à Rússia na guerra na Ucrânia, proibindo exportações europeias de componentes para 'drones' e alargando a lista de responsáveis abrangidos pelas medidas sancionatórias.