sexta-feira, 20 de maio de 2022

CIDADÃO ENVOLVIDO EM ACIDENTE QUE MATOU CRIANÇA DE 8 ANOS DE IDADE JÁ ESTÁ EM PRISÃO PREVENTIVA

Por: Amade Djuf Djaló/radiosolmansi com Conosaba do Porto  20 de maio de 2022

O Ministério Público decreta prisão preventiva ao suspeito, Julinho Djú, que provocou acidente de viação que vitimou mortalmente uma criança de 8 anos de idade.

Julinho Djú teria provocado, no passado dia 4 de Maio, acidente que feriu mortalmente uma criança de 8 anos e ficou o pai da mesma criança gravemente ferido. O acidente aconteceu, numa manhã, na estrada de granja, avenida Dom Septimino Arturro Ferrazzetta.

A partir da data, disse a nossa fonte, o Ministério Público tem 20 dias para proferir o despacho de acusação provisória e com decisão provisoria do Ministério Público o suspeito vai guardar julgamento em uma prisão.

Uma fonte contou à Rádio Sol Mansi que o magistrado do Ministério Público do Processo requereu ao Juiz de Instrução Criminal a prisão preventiva, e no despacho do Juiz decretou a prisão preventiva do arguido Julinho João Djú.

A RSM sabe ainda que no requerimento da prisão preventiva o magistrado do Ministério Público entendeu que o arguido agiu “dolorosamente na modalidade de má-fé eventual”, ou seja, sabia que a sua conduta podia provocar o dano, mesmo assim conformou com o resultado.


Rússia ameaça cortar o envio de cereais para o ocidente

© Getty Images

Por LUSA  20/05/22 

O ex-presidente russo Dmitri Medvedev declarou hoje que a Rússia vai cortar a exportação de cereais para proteção do próprio mercado afirmando que a "potencial" crise alimentar a nível global é provocada pelas "sanções ocidentais". 

"Os países importadores do nosso trigo e outros alimentos vão ficar muito mal sem os abastecimentos da Rússia. Nos campos europeus, sem os nossos fertilizantes vai crescer apenas erva daninha. Pois, temos pena. Eles é que têm a culpa", escreveu o vice-presidente do Conselho de Segurança russo, Dmitri Medvedev, na rede social VKontakte.

Medvedev, chefe de Estado russo entre 2008 e 2012, indicou que perante a situação o "Ocidente" deveria renunciar à política de sanções que considerou "infernais". 

"Fica demonstrado mais uma vez que estas sanções infernais não valem um centavo quando se trata de assuntos vitais, como os abastecimentos de hidrocarbonetos destinados ao aquecimento das casas e de comida para alimentar as pessoas", disse. 

Segundo o ex-chefe de Estado, a Rússia está disposta a cumprir plenamente os compromissos mas acrescentou que "precisa do apoio do 'Ocidente'".

"Caso contrário não é lógico: por um lado impõem-nos sanções demenciais e por outro lado exigem-nos o abastecimento de alimentos. Isto não pode ser. Não somos idiotas. Insisto: não vai haver abastecimento ao exterior em detrimento do nosso mercado", afirmou.

A Rússia é o maior exportador mundial de trigo e a Ucrânia o quinto exportador a nível global.

A Rússia e a Ucrânia, em conjunto, de acordo com os dados do organismo da ONU para a Alimentação e Agricultura (FAO), abastecem 14% do trigo garantindo mais de um terço das exportações mundiais de cereais. 

A FAO já alertou que as perturbações na cadeia de abastecimento e logística na produção de cereais nos dois países provocada pela invasão russa do território ucraniano vão ter importantes efeitos para a segurança alimentar mundial.  

A invasão russa, a 24 de fevereiro, justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

A ONU indicou que mais 3.800 civis morreram e mais de 4.200 ficaram feridos, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a cidades cercadas ou a zonas até agora sob intensos combates.


UCRÂNIA/RÚSSIA: Opositores de Putin pedem nos EUA novas sanções que atinjam políticos

© Reuters

Por LUSA  19/05/22 

A equipa do principal opositor russo, Alexei Navalny, pediu hoje ao Congresso norte-americano novas sanções contra a Rússia que vão para além dos oligarcas e que atinjam financeiramente membros do governo, políticos de nível intermédio e figuras públicas.

Este grupo está a discutir com senadores norte-americanos uma lista de 6.000 pessoas que podem ser alvo de sanções e que incluem autoridades russas de segurança e defesa, funcionários administrativos, governadores, parlamentares e editores e gestores de 'media' alinhados com o Estado russo.

Vladimir Ashurkov, diretor executivo da Fundo de Luta Contra a Corrupção (FBK na sigla em russo) de Alexei Navalny, destacou que a "avalanche de sanções" que o Ocidente aplicou até agora está a surtir efeito na Rússia.

No entanto, o grupo pede que se vá mais além dos aliados ricos do Presidente russo, Vladimir Putin, e que as sanções se concentrem em figuras de nível inferior que podem ser potencialmente mais influenciadas pela pressão financeira.

"Vamos criar, ou pelo menos anunciar, a próxima ronda [de sanções]", salientou Vladimir Ashurkov em declarações aos jornalistas.

Embora as sanções não sejam a "bala de prata" que vai parar a guerra, é "um dos poucos instrumentos disponíveis para os países ocidentais afetarem o que está a acontecer", salientou.

O apelo dos membros da equipa de Navalny em Washington ocorreu ao mesmo tempo que o Senado dos Estados Unidos aprovou por larga maioria um pacote de 40.000 milhões de dólares de ajuda militar e humanitária para a Ucrânia enfrentar a guerra desencadeada pela invasão russa do seu território.

A medida de envio de ajuda naquele valor (correspondente a cerca de 37,7 mil milhões de euros), aprovada com o voto a favor de 86 senadores e 11 contra e que tinha previamente passado na Câmara dos Representantes, será em breve assinada pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, para entrar em vigor.

No entanto, o apoio à Ucrânia começa a causar tensão no Congresso, com os republicanos a mostrarem-se cansados de aprovarem gastos de emergência que em breve vão totalizar os 53.000 milhões de dólares (cerca de 50.000 milhões de euros) desde o início da invasão.

O governo liderado por Joe Biden está a analisar os próximos passos, enquanto que, juntamente com os aliados ocidentais, procuram expandir a NATO com as entradas da Suécia e Finlândia, que formalizaram o pedido de adesão quebrando uma postura histórica de neutralidade, com receio da Rússia de Putin.

A lista de novas sanções foi uma ideia sugerida pelo próprio Alexei Navalny, que se encontra preso desde o seu regresso à Rússia em 2021, sendo considerado um dos críticos mais poderosos de Putin.

O grupo defendeu perante os congressistas norte-americanos, sobretudo os republicanos, que as sanções não têm um custo direto para o Tesouro ou contribuintes dos EUA, ao contrário do apoio militar à Ucrânia.

Apesar da sua detenção, Navalny continua "muito operacional", garantiu Anna Veduta, vice-presidente da fundação.

O líder da oposição russa divulgou no início de março que ia ser transferido para a prisão de alta segurança em Melekhovo, a 250 quilómetros de Moscovo.

Condenado em março a mais nove anos de prisão por alegada fraude, esta pena somou-se à anterior, de dois anos e meio, por alegada fraude, e foi ditada enquanto Navalny já estava na prisão, onde cumpre pena por um processo antigo que inclui uma multa de 1,2 milhão de rublos (cerca de 11.300 euros).

A vice-presidente do FBK assegurou que Navanly não irá desistir "nunca" e que é, desde o primeiro dia, um opositor à guerra.

"Ele foi uma das primeiras pessoas a dizer que: não devemos ser contra a guerra, devemos lutar contra a guerra. E ele chama nossos parceiros aqui e na Europa durante esta luta", destacou Anna Veduta.

A guerra na Ucrânia, que hoje entrou no 85.º dia, causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas -- cerca de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,3 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

A ONU confirmou hoje que 3.811 civis morreram e 4.278 ficaram feridos, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a cidades cercadas ou a zonas até agora sob intensos combates.


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Os Estados Unidos anunciaram o envio de 100 milhões de dólares (94 milhões de euros) em equipamentos militares para a Ucrânia, após a aprovação de 40 mil milhões de dólares (37,7 mil milhões de euros) pelo Congresso norte-americano.

O mais recente pacote inclui mais 18 obuses, bem como sistemas de radar anti-artilharia.

O porta-voz do Pentágono, John Kirby, disse o material vai chegar às mãos das forças ucranianas "muito em breve".

Com esta última remessa, os Estados Unidos forneceram quase 4.000 milhões de dólares (3.779 milhões de euros) em ajuda militar desde o início do conflito russo-ucraniano, em 24 de fevereiro, e 6.600 milhões de dólares (6.235 milhões de euros) desde 2014, quando a Rússia anexou a Crimeia.

John Kirby adiantou que os Estados Unidos vão consultar a Ucrânia, como tem feito com frequência desde a invasão, sobre quais são os equipamentos necessários.

O Senado dos Estados Unidos aprovou hoje por larga maioria um pacote de 40 mil milhões de dólares de ajuda militar e humanitária para a Ucrânia enfrentar a guerra desencadeada pela invasão russa do seu território.

A medida de envio de ajuda naquele valor (correspondente a cerca de 37,7 mil milhões de euros), aprovada com o voto a favor de 86 senadores e 11 contra e que tinha previamente passado na Câmara dos Representantes, será em breve assinada pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, para entrar em vigor.

A verba aprovada pelo Congresso é inclusive superior aos 33 mil milhões de dólares (cerca de 31 mil milhões de euros) que Biden tinha pedido em abril aos legisladores para apoiar Kyiv na guerra contra Moscovo, iniciada a 24 de fevereiro.

A guerra na Ucrânia, que hoje entrou no 85.º dia, causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas -- cerca de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,3 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia...Ler Mais


quinta-feira, 19 de maio de 2022

MULHERES COMBATENTES DA LIBERDADE DA PÁTRIA E MILITANTES AFECTAS AO PAIGC RECEBIDAS PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

Uma delegação de mulheres Combatentes da Liberdade da Pátria e afectas ao PAIGC foi igualmente recebida em audiência pelo Presidente da República, General de Exército e Comandante Supremo das Forças Armadas, Úmaro Sissoco Embaló.

Esta é a segunda audiência em menos de um mês e enquadra-se nas acções desencadeadas por este grupo de mulheres no sentido da criação de um melhor espaço de relacionamento entre a Presidência da República e este Partido histórico.

A audiência ocorrida hoje, tal como a anterior, decorreu num ambiente de grande cordialidade deixando antever que existe no momento actual uma postura de aproximação do PAIGC ao Chefe de Estado. Sinais evidentes deste novo clima foram visíveis aquando das consultas ao partidos que antecederam a decisão soberana de dissolver à ANP, ocasião que o PAIGC aproveitou para solicitar um diálogo construtivo ao Primeiro Magistrado da Nação.

A senhora Teodora Inácia Gomes não fez nenhuma declaração à imprensa preferindo dizer que de momento aguardava por uma resposta do Chefe de Estado, sem contudo, indicar do que se tratava.


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O Presidente da República recebeu igualmente em audiência uma delegação do “Movimento Cidadania Activa”, na sequência da qual foi informado sobre algumas acções relacionadas com as suas actividades e que se relacionam com o lançamento dos Projectos “Djemberem da Democracia” e “Mata Fome”.

Em relação ao projecto “Djemberem de Democracia” a delegação informou ao Chefe de Estado que o mesmo visa neste período que antecede as eleições antecipadas de 18 de Dezembro anunciadas na sequência da dissolvição da ANP, desencadear acções de sensibilização que levem à pacificação social de forma a fazer baixar a tensão política entre os militantes das diferentes forças políticas em disputa antes do acto eleitoral.

Para além das acções de rua, conferências e outros meios a utilizar nessa acção, o Movimento Cidadania Activa criou um Site onde pretende igualmente alcançar os objectivos visados, para além de pretender criar um Fórum de debate.

No que concerne ao projecto “Mata Fome”, o Movimento Cidadania Activa pretende enquadrar as mulheres agricultoras e defender consequentemente alguns aspectos que consideram como importantes e inadiáveis e que prendem não só com o formecimento e melhor distribuição de sementes, como também o de proteger a venda dos seus produtos nomercado nacional, muitas vezes penalizadas por vários factotes, nomeadamente, a concorrência com os produtos importados e a falta de escoamento dos produtos da suas zonas de produção em direcção aos mercados.

O Presidente da República disse estar ao lado destas acções de apoio não só em direcção as mulheres horticultoras, mas para com todas as mulheres que estão empenhadas no desenvolvimento da economia nacional, por considerar que elas desempenham múltiplos papeis na vida social nacional, quer na alimentação dos respectivos agregados familiares, como nas áreas da saúde e da educação dos seus familiares.

Estimulou o “Movimento Cidadania Activa” a prosseguir com as suas acções e prometeu acompanhar e apoiar as suas acções.

O Chefe de Estado considerou que as acções de sensibilização e de educação dos militantes e potenciais eleitores como acções importantes, benéficas e imprescendíveis para o estabelecimento de uma paz social e unidade entre os guineenses.


Na sequência da audiência colectiva acordada pelo Chefe de Estado ao Colectivo dos Médicos recem-formados, o General de Exército e Comandante Supremo das Forças Armadas, Úmaro Sissoco Embaló, prometeu usar os seus meios de influência no sentido de proporcionar a formação de mais médicos especialistas para preencher as graves lacunas que o país enfrenta, já que ao nível de clínicos gerais esse problema não se coloca de forma tão acentuada.

O Primeiro Magistrado da Nação deu garantias de que daria todo o seu apoio ao Governo no sentido de se conseguir no âmbito das relações bi e multilaterais os apoios necessários nesse sentido, já que a saúde é um dos sectores considerados prioritários da governação.

O Chefe de Estado apelou aos Colectivo dos Médicos maior empenho e dedicação nas suas diferentes areas de trabalho e considerou que há um dever ético e moral que os médicos devem assumir, ao mesmo tempo que iria trabalhar no sentido de levar a uma melhoria gradual e sustentavel do sector da formação e do ensino, em geral.

O Presidente da República disse que os médicos recém-formados deveriam redobrar os seus esforços no sentido de melhor aproveitarem a contribuição e a experiência dos médicos senegales e nigerianos que estão no país em resposta aos apelos que lanções em direcção aos seus homólogos e que hoje estão atenuando as graves lacunas que o país registava nesse  sector importante para a vida dos guineenses.

O Presidente da República, General de Exército, Umaro Sissoco Embaló, recebeu uma delegação da Associação de Estudantes da ENA, chefiada pelo respectivo Presidente, Senhor Justino Simão Yalá, numa audiência que serviu essencialmente para informar ao Chefe de Estado da realização de uma Semana Académica prevista para ter lugar de  23 a 28 de Maio corrente, em Bissau.

O Primeiro Magistrado da Nação considerou ser importante e benéfica a realização destas jornadas académicas e disse estar disposto a apoiar esta louvávhel iniciativa, que se inscreve igualmente nas prioridades visadas pelo Governo guineense em relação ao sector de Educação.

O Presidente da República aceitou igualmente participar nas jornadas comemorativas do 25 de Maio – Dia de África incluída no âmbito do Programa da Semana Académica.


O Presidente da República, General de Exército, Umaro Sissoco Embaló, recebeu, hoje, em audiência o Presidente em Exercício da Câmara de Comércio, Indústria, Agrícultura e Serviços (CCIAS), Mama Samba Embaló.

Os motivos desta audiência acordada pelo Chefe de Estado ao Sector Privado Nacional estão ligadas a um projecto de criação de um Fundo de Desenvolvimento com o qual a CCIAS pretende dinamizar as acções da classe empresarial guineense.

Alguns países da nossa região africana já criaram este tipo de fundo e com resultados altamente positivos no sentido da dinamização do ambiente de negócios.

Recentemente uma delegação da CCIAS visitou o Benin onde recolheu informações e experiências sobre a criação e operacionalização deste fundo no seio da respectiva classe empresarial.

 A delegação da CCIAS explicou de forma pormenorizada a montagem do projecto de criação do Fundo de Desenvolvimento tendo recebido do Chefe de Estado estímulos visando a sua rápida operacionalização, desde que o projecto seja discutido previamente com o Governo e este o aprove.

O Presidente da República considerou que o sector empresarial nacional tem que continuar a ser o principal dinamizador do processo de desenvolvimento nacional e que nesse sentido iria apelar ao Governo no sentido de dar uma atenção especial a estas iniciativas, cuja implementação devem tomar em devida conta as experiências recolhidas com o FUMPI e outros projectos similares registados no país.


Armar a Ucrânia foi "uma contribuição para afastar o ataque [russo] e, assim, acabar com a violência o mais rapidamente possível", ...Olaf Scholz

© Getty Images

Por LUSA  19/05/22 

 Chanceler alemão nega que dar armas a Kyiv cause escalada do conflito

O chanceler alemão, Olaf Scholz, defendeu hoje a decisão do seu país de fornecer armas à Ucrânia para combater a Rússia, dizendo que isso "não constitui uma escalada" do conflito.

Num discurso feito no parlamento alemão, Scholz rejeitou as preocupações levantadas por alguns setores na Alemanha sobre a possibilidade de o fornecimento de armas à Ucrânia poder provocar um conflito mais amplo.

Armar a Ucrânia foi "uma contribuição para afastar o ataque [russo] e, assim, acabar com a violência o mais rapidamente possível", garantiu.

Scholz acrescentou que o Presidente russo, Vladimir Putin, estava "enganado" ao pensar que a paz pode ser imposta à Ucrânia pela força.

"Não haverá 'diktat' [exigência imposta pelo mais forte] de paz, porque os ucranianos não o aceitarão e nós também não", sublinhou o chanceler alemão.

"Só quando Putin entender isso, só quando entender que não pode quebrar a defesa da Ucrânia, estará preparado para negociar a paz a sério", referiu Scholz.

No seu discurso aos deputados alemães, o chanceler também se afirmou contra o encurtamento do processo de adesão à União Europeia da Ucrânia, explicando que não haver atalhos "é um imperativo de justiça para os seis países dos Balcãs ocidentais".

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A guerra na Ucrânia, que hoje entrou no 85.º dia, causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas das suas casas -- cerca de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,3 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Também as Nações Unidas disseram que cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Rússia expulsa cinco funcionários da embaixada portuguesa em Moscovo

África 21 Digital com Lusa 19 DE MAIO DE 2022

Cinco funcionários da embaixada portuguesa em Moscovo receberam hoje (19) ordem de expulsão da Rússia, na sequência do que tem acontecido com outros países europeus durante esta semana, em retaliação à iniciativa de países da União Europeia e Nato de expulsarem diplomatas russos. Lisboa diz não compreender.

A expulsão, que terá de acontecer no prazo de 14 dias, foi anunciada hoje de manhã à embaixadora de Portugal em Moscovo, Madalena Fischer, informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros português, em comunicado.

“O Governo português repudia a decisão das autoridades russas, que não tem qualquer justificação que não seja a simples retaliação” pela medida semelhante imposta por Portugal à Rússia na sequência da invasão da Ucrânia, afirma o ministério, na mesma nota.

Número de deslocados internos atingiu 60 milhões em 2021

Foto: Acnur/Arq

África 21 Digital com TeleSur  19 DE MAIO DE 2022

O número de deslocados internos registrados no mundo atingiu um recorde de 59,1 milhões, dos quais mais de 25 milhões de migrantes são menores de idade, o que ameaça a estabilidade social dos territórios, de acordo com o Centro de Monitoramento de Deslocamento Interno (IDMC) e o Centro Norueguês de Refugiados (NRC).

O número é cerca de 4 milhões superior ao registrado no ano anterior e, segundo o relatório das ONGs, deve-se a “novas ondas de violência e conflitos prolongados em países que vão da Etiópia e Afeganistão à Síria e à República Democrática do Congo (RDC)”.

O secretário-geral do Conselho Norueguês para Refugiados, Jan Egeland, disse que a realidade é ” muito pior” do que os números mostram, já que não inclui os quase 8 milhões de pessoas que fugiram da Ucrânia após o conflito armado com a Rússia.

“Precisamos de uma mudança titânica no pensamento dos líderes mundiais sobre como prevenir e resolver conflitos para acabar com esse crescente sofrimento humano”, enfatizou o representante norueguês.

Cerca de 38 milhões de deslocamentos ou movimentos internos foram registrados em 2021 devido a desastres. Enquanto isso, os movimentos incentivados por conflitos e violência somaram 14,4 milhões.

A República Democrática do Congo, Afeganistão e Mianmar, foram os países afetados. E, embora o Oriente Médio e o Norte da África tenham relatado dados mais baixos devido à diminuição das tensões devido ao conflito na Síria, Líbia e Iraque, o número de pessoas deslocadas internamente permaneceu alto.

A diretora do IDMC, Alexandra Bilak, enfatizou que “iniciativas de desenvolvimento e construção da paz são necessárias para resolver os desafios subjacentes que mantêm a vida das pessoas deslocadas no limbo”.

Os maiores deslocamentos devido a fenómenos naturais foram registrados na China, Filipinas e Índia com um número superior a 4 milhões. Ciclones, inundações em territórios densamente povoados causaram “94% do total” dos movimentos na região da Ásia-Pacífico.

Cabe destacar que mais de 25 milhões de migrantes internos são menores de 18 anos, fenômeno que afeta não apenas seu desenvolvimento, mas também o futuro e a subsistência da sociedade e economia dos territórios.

TOMADA DE POSSE DE JOSÉ RAMOS HORTA ...1️⃣9️⃣0️⃣5️⃣2️⃣2️⃣✔

 Nuno Gomes Nabiam- Primeiro Ministro da República da Guiné-Bissau

Em Dili, para participar hoje na cerimónia oficial de posse do Presidente Eleito da República Democrática de Timor-Leste.

A Delegação da Guiné-Bissau ainda integra o Ministro do Ambiente e Biodiversidade, Viriato Soares Cassamá, Secretária de Estado das Comunidades, Salomé Santos Alouche.


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A comitiva Guineense que vai assitir hoje, a tomada de posse de José Ramos Horta como novo Presidente da República Democrática de Timor-Leste, aterrou no aeroporto Internacional de Dili por volta das 07h45, num voo operado pela companhia Euroatlantic, sendo recebidos pelo Vice-primeiro-Ministro,  José Reis.

Nuno Gomes Nabiam e os membros do Governo que o acompanham viajaram no mesmo voo com o Presidente Português Marcelo Rebelo de Sousa, e também com as delegações de Moçambique,  São-tomense e Principe e Cabo-Verde.

#ChefiadogovernoGB2022 

#GCPM 

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IBAP - Colocação de transmissores nos primeiros tubarões e raias em perigo crítico na África Ocidental.

 IBAP - Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas

A Universidade de Groningen e o IBAP (Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas – Dr. Alfredo Simão da Silva) marcam os primeiros tubarões e raias em perigo crítico na África Ocidental.

 Numa estreia para a região, tubarões e raias extremamente ameaçados foram marcados e libertados por cientistas no Arquipélago dos Bijagós, ao largo da costa da Guiné-Bissau, na África Ocidental. 

O principal objetivo da expedição era determinar a razão pela qual estas espécies utilizam as águas pouco profundas do arquipélago. 

Durante a expedição de quatro semanas, uma equipa de investigadores da Universidade de Groningen (Países Baixos) trabalhou em colaboração com conservacionistas locais do IBAP e pescadores locais para colocar transmissores de satélite em peixes-viola em perigo crítico de extinção. Além disso, a equipa estudou várias espécies de tubarões ameaçadas, tais como tubarão-martelo, tubarão-touro e tubarão-de-pontas-pretas, de forma a recolher dados fundamentais para apoiar a proteção destas espécies no arquipélago e em toda a região.

#MAVA projeto Limícolas dos Bijagós

#Groningen University

Novo elenco governativo da Guiné-Bissau conhecido na próxima semana

Após a dissolução do Parlamento, o Presidente Umaro Sissoco Embaló (dir.) reconduziu no cargo o primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam

Dw.com  19.05.2022

Na próxima semana deverá ser conhecido o novo elenco governativo guineense, revelou o primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam, que diz ter a confiança do Presidente, depois da dissolução do Parlamento no início da semana.

"Dissolvendo a assembleia, automaticamente cai o Governo. O Presidente reiterou a confiança no primeiro-ministro e para a semana o primeiro-ministro vai tomar posse e no mesmo dia ou dia seguinte vai ser conhecido o novo elenco governativo. E a vida continua", afirmou Nabiam em Díli.

O chefe de Governo falava esta quarta-feira (18.05) à Lusa depois de um encontro com o primeiro-ministro timorense, Taur Matan Ruak, no arranque de uma visita a Timor-Leste por ocasião da investidura do novo Presidente, José Ramos-Horta, e das comemorações dos 20 anos da restauração da independência.

Nuno Gomes Nabiam considerou a dissolução do Parlamento "um processo normal", dentro do que está previsto na constituição. "O Presidente decidiu dissolver a assembleia, reiterou a confiança no primeiro-ministro. Tudo isto são coisas que se desenvolvem no quadro da nossa Constituição", disse.

"Tinha de se resolver a situação"

"Há crise e na nossa Constituição a única pessoa que pode interpretar se de facto há crise ou não é o Presidente. E ele entendeu por bem que há crise e tinha de se resolver a situação, dissolveu a assembleia num processo normal, com base na constituição e não há e não deve haver problema", sublinhou.

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, decretou esta semana a dissolução do Parlamento e marcou as eleições legislativas para 18 de dezembro. 

O decreto presidencial justifica a decisão de dissolução do Parlamento com o facto de a Assembleia Nacional Popular "recusar de forma sistemática o controlo das suas contas pelo Tribunal de Contas" e por "defender e proteger, sob a capa da imunidade parlamentar deputados fortemente indiciados pela prática de crimes de corrupção, administração danosa e peculato".

"Situações que tornam praticamente insustentável o normal relacionamento institucional entre órgãos de soberania e que, por conseguinte, constituem uma grave crise política", refere-se no decreto.

Após a dissolução do Parlamento, o chefe de Estado divulgou um outro decreto que reconduz no cargo o primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, e o vice-primeiro-ministro, Soares Sambú.

Ramos-Horta, "um amigo da Guiné-Bissau"

Nuno Gomes Nabiam disse que, inicialmente, estava previsto que fosse o Presidente guineense a representar o país nas cerimónias em Díli, acabando por "motivos de agenda" a indigitar o primeiro-ministro para o representar "nesta cerimónia tão importante para o povo timorense".

"O José Ramos-Horta é um amigo da Guiné-Bissau. Quando foi na segunda volta em 2014, eu perdi as eleições e o mediador de todo o processo foi o Ramos-Horta. Vimos cá hoje manifestar a nossa solidariedade com ele e o povo", afirmou.

Nabiam mostrou-se convicto de que a Presidência de Ramos-Horta, que foi enviado das Nações Unidas para a Guiné-Bissau, ajudará a fortalecer os laços bilaterais.

"Naturalmente. Conhece bem a Guiné-Bissau, já falamos sobre a possibilidade de abertura da embaixada da Guiné-Bissau em Timor, e tudo isso vai ajudar a fortalecer a relação entre os dois países", explicou.

FORÇAS ARMADAS DA GUINÉ BISSAU RECEBEM DONATIVOS DAS FORÇAS ARMADAS PORTUGUESAS

JORNAL ODEMOCRATA  19/05/2022

As Forças Armadas da Guiné-Bissau receberam hoje, 19 de maio, das Forças Armadas Portuguesas camas, colchões, mesas e cadeiras de gabinete, armários e materiais hospitalares para as unidades da Marinha, da Força Aérea e do Estado-Maior do Exército.

A delegação de técnicos das Forças Armadas Portuguesas chefiada pelo Almirante Ramos Borges visitou os hospitais das unidades militares para constatar o evoluir dos trabalhos e intervenções pontuais que foram feitas nesses locais.

Samuel Fernandes, em representação do Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, disse que o país solicitou o apoio de Portugal, tendo em conta as condições em que se encontram os hospitais do exército, da marinha e da força aérea.

“Quando o Chefe de Estado-maior da Guiné-Bissau visitou Portugal, as Forças Armadas Portuguesas anunciaram que iriam apoiar o nosso país. Foi nesse quadro que foram reabilitados os hospitais dessas unidades e em função das necessidades apresentadas”, frisou, anunciando que as Forças Armadas guineenses pretendem investir na formação de militares em Cumeré.

Segundo o militar guineense, o apoio das Forças Armadas Portuguesas será extensivo à recuperação de Cumeré e transformá-la numa escola militar de excelência para começar a formar militares guineenses no país.

“Esta iniciativa tem sido congelada há quase 20 anos: As forças armadas realmente não têm tido essa oportunidade de poder formar os seus quadros internamente”, lamentou.

Samuel Fernandes disse acreditar que, com a cooperação com as forças armadas portuguesas, vão poder fazer muitas coisas em prol do desenvolvimento da classe castrense, intervindo  na área de saúde e na componente de formação.

 “Oitenta por cento das pessoas que recorrem às estruturas da saúde militar são civis, por isso é importante a reabilitação dos hospitais militares porque não servem apenas para militares” explicou.

Por: Djamila da Silva

Foto: D. S 

COMISSÃO PERMANENTE DO PARLAMENTO NEGA FUNDAMENTOS DE SISSOCO PARA DISSOLVER O HEMICICLO.

 

@Tabanka Digital

quarta-feira, 18 de maio de 2022

ASSOCIAÇÃO DOS OPERADORES NA ÁREA DOS COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES (AOACL) RECEBIDA EM AUDIÊNCIA PELO CHEFE DO ESTADO


O Presidente da República, General de Exército, Úmaro Sissoco Embaló, recebeu, hoje, em audiência no Palácio da República a Associação dos Operadores na Área de Combustível e Lubrificantes na Guiné-Bissau, durante a qual apelaram aos bons ofícios do Primeiro Magistrado da Nação no sentido de levar o Governo a aliviar temporariamente os encargos tributários (impostos),  como forma de ajudar os empresários  a melhor se reestruturarem tendo em conta os preços determinados pelo Governo para a venda ao publico tendo em conta as oscilações dos preços que, perante uma situação de inflação no mercado dos combustiveis, devido a guerra na Ucrânia têm tido altos e baixos.

A Associação, na voz do Senhor Andre Gomes, Presidente de Sociedade Guineense de Combustívem e Lubrificantes defendeu esta baixa de impostos como condição para se regularizar a actual carência de combustíveis e lubrificantes que o país enfrenta.

Em resposta a este apelo da AOACL, o Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas  General Úmaro Sissoco Embaló disse aos operadores nacionais dos combustíveis e lubrificantes que iria mandar analisar esta questão junto as instituições competentes do Governo e posteriormente encontrar-se-ia uma solução realista tendo em devida conta os diferentes interesses em jogo.

Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

Cantor Djodje diz-se burlado em espetáculo na Guiné-Bissau

 Inforpress.cv  Maio 18, 2022

Cidade da Praia, 18 Mai (Inforpress) – O cantor cabo-verdiano Djodje Marta revelou hoje que sofreu uma burla em espetáculo realizado na Guiné-Bissau, considerando ter sido a pior experiência na sua carreira musical.

Numa mensagem nas redes sociais, Djodje explicou que a sua primeira visita à Guiné Bissau, depois de 28 anos, “era para ter sido um sonho”, mas acabou por ser “um verdadeiro pesadelo”.

Segundo apontou, todos as despesas do show em Bissau, que aconteceu no último dia 14, foi custeada pelo artista e pela produtora Broda Music, num “grande investimento” para presentear povo guineense.

Conforme esclareceu, no recinto do espetáculo estavam entre 40 a 45 mil pessoas, de acordo com as autoridades, mas, acrescentou, quando foram fechar as contas “nem 10 por cento (%)” das pulseiras de acesso tinham sido vendidas.

“Montamos todo o sistema de segurança de controlo das pulseiras para o acesso e todas as pessoas no local do show tinham as pulseiras, mas o que se passou é que elas eram falsas”, assinalou.

O músico disse a sua equipa levou as pulseiras de Portugal para serem vendidos na Guiné Bissau, no entanto, regressaram com a maior parte das mesmas.

“Alguém já tinha falsificado as pulseiras, vendidas nos postos oficiais e nas pessoas que estavam a vender na rua”, lamentou.

Contudo, Djodje reconheceu o carinho pela forma como foi recebido pelo povo guineense, para quem “esta é a única coisa boa que leva da Guiné-Bissau”, ao mesmo tempo que pediu apoio para que se encontrem os responsáveis por essa burla.

HR/AA

Rússia declara 34 diplomatas franceses 'persona non grata'

© Getty Images

Notícias ao Minuto  18/05/22 

A decisão foi tomada na sequência da expulsão de 35 diplomatas russos em França, assim como de seis espiões russos "sob cobertura diplomática".

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia anunciou, esta quarta-feira, ter declarado 34 diplomatas franceses ‘persona non grata’, num golpe de retaliação face à expulsão de 35 diplomatas russos em França, e de outros seis espiões russos "sob cobertura diplomática", no mês de abril.

A entidade relata que o embaixador francês na Rússia, Pierre Levy, terá sido convocado a comparecer no ministério, esta quinta-feira, devido à “injustificada decisão das autoridades francesas de declarar 41 funcionários de instituições diplomáticas russas em França ‘persona non grata’”, lê-se no comunicado emitido.

Nessa linha, o ministério enfatizou que “este passo causa sérios danos às relações russo-francesas e à cooperação bilateral construtiva”, respondendo, assim, com a expulsão de 34 diplomatas franceses na Rússia.

Os lesados deverão abandonar o território dentro de duas semanas, refere ainda a nota.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, por sua vez, condenou "veementemente a decisão tomada hoje pela Federação Russa de expulsar diplomatas franceses e funcionários da Embaixada da França na Rússia", em comunicado.

"O trabalho destes diplomatas e dos funcionários da nossa Embaixada na Rússia, cuja coragem e grande profissionalismo a França saúda, está totalmente de acordo com a Convenção de Viena sobre relações diplomáticas e consulares. A decisão das autoridades russas não tem base legítima. Só podemos deplorá-la", acusou.

Recorde-se que a Rússia prometeu, em abril, responder à vaga de expulsões dos seus diplomatas de países da União Europeia (UE), tendo o presidente russo, Vladimir Putin, assinado um decreto para restringir a concessão de vistos para países da UE e para a Noruega, Suíça, Islândia e Liechtenstein, devido às suas "ações hostis" contra Moscovo.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar na Ucrânia já matou mais de três mil civis, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

O conflito causou ainda a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de seis milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.


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© Evgenii Bugubaev/Anadolu Agency via Getty Images

Notícias ao Minuto  18/05/22 

Trata-se de uma medida de retaliação após Itália ter decidido expulsar 30 diplomatas russos por razões de “segurança nacional”, no mês passado.

A Rússia vai expulsar 24 funcionários da embaixada de Itália em Moscovo, avançou, esta quarta-feira, a agência de notícias russa RIA, que cita o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo. 

Segundo a publicação, trata-se de uma medida de retaliação após Itália ter decidido expulsar 30 diplomatas russos por razões de “segurança nacional”, no mês passado.

A notícia surge no mesmo dia em que o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo declarou 34 diplomatas franceses ‘persona non grata’, também num golpe de retaliação face à expulsão de 35 diplomatas russos em França, e de outros seis espiões russos "sob cobertura diplomática".

Também esta quarta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergey Lavrov, convocou o embaixador espanhol em Moscovo, Marcos Gómez. A informação foi confirmada por fontes diplomáticas à agência de notícias Europa Press, que avançam que este poderá ser o primeiro passo para a expulsão de funcionários diplomáticos de Espanha na Rússia.

Assinala-se, esta quarta-feira, o 84.º dia da invasão russa da Ucrânia. Segundo os mais recentes dados confirmados pela Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta que o número real pode ser muito superior, 3.752 civis morreram e outros 4.062 ficaram feridos desde o início da invasão.

Fome pode matar este verão 350 mil crianças no Corno de África

© Getty Images

Por LUSA  18/05/22 

Mais de 5,5 milhões de crianças estão em risco de desnutrição aguda na região do Corno de África, alerta hoje um relatório, que avisa que 350 mil menores podem morrer este verão se a comunidade internacional não agir.

"Há 10 anos calculava-se a morte de 135 mil crianças numa crise semelhante, (...) no final morreu quase o dobro, a maioria com menos de 5 anos", explicou hoje o diretor-geral da Oxfam Intermon, Franc Cortada, no lançamento do relatório "Atraso Perigoso 2", elaborado por esta organização não-governamental e pela Save The Children.

O diretor da Save The Children lembrou que entre as consequências físicas da desnutrição aguda nas crianças estão os efeitos sobre o sistema imunológico: "o risco é deixar uma geração de crianças numa situação de extrema vulnerabilidade a um monte de doenças".

A falta de nutrientes, acrescentou, também paralisa o desenvolvimento cognitivo dos menores, algo que é impossível recuperar mais tarde.

"Estamos a falar de consequências gigantescas na capacidade destes meninos e meninas de aprender", acrescentou.

O relatório atribui esta nova crise humanitária a duas rações principais: o choque climático, que provocou graves secas na região, e a guerra na Ucrânia.

"Estamos a enfrentar a pior seca dos últimos 40 anos, mas a isto juntou-se algo completamente imprevisível: a guerra entre dois países que são o celeiro do mundo", disse Conde.

Segundo Cortada, "Rússia e Ucrânia fornecem 90% do trigo que se consome no Corno de África", países de onde se importa também produtos como óleo de girassol ou fertilizantes necessários para a agricultura.

O conflito está a gerar um "aumento de preços sem precedentes" na maioria dos produtos importados pela região africana, o que dá uma "perspetiva de crise completamente avassaladora", explicou Conde.

"Não é insensato dizer que muito provavelmente a maior parte das mortes que esta guerra vai gerar não serão pelo conflito armado, mas sim pela fome que vai provocar em muitos outros países", acrescentou.

A ONU fez um apelo de ajuda de emergência para o Corno de África, em que pediu 4.400 milhões de dólares (4.100 milhões de euros) para atender às necessidades da população, mas até agora só recebeu 2% disso.

"O problema que temos agora é o financiamento", disse Cortada. "Sabemos o que temos que fazer, mas continua a faltar mais de 70% do financiamento".

O relatório propõe uma série de medidas para aliviar a crise. Aos países ocidentais, os autores pedem que respondam ao apelo da ONU de forma urgente, assim como o cancelamento da dívida do Corno de África.

Aos Estados afetados, sugerem políticas de proteção social e reforço dos mecanismos de deteção precoce.

Sublinha ainda a necessidade de passar de foco reativo para um proativo, de forma a prevenir futuras crises.

Insegurança alimentar na Guiné-Bissau piorou nos últimos seis meses

© Lusa

Notícias ao Minuto  18/05/22 

A insegurança alimentar na Guiné-Bissau piorou nos últimos seis meses devido ao aumento dos preços dos produtos alimentares na sequência da guerra da Ucrânia e às consequências da covid-19, referiu hoje o Programa Alimentar Mundial (PAM).

Os dados constam de um inquérito à situação da segurança alimentar nutricional no país realizado pelo PAM, Ministério da Agricultura e Instituto Nacional de Estatística, no âmbito do Programa Ianda Guiné 'Kume dritu' (come bem), financiado pela União Europeia.

"O quadro da insegurança alimentar", afirmou Pita Correia, oficial de nutrição do programa das Nações Unidas em Bissau, salientando que, em março deste ano, 21% da população estava exposta à insegurança alimentar contra os 14% registados em março de 2021.

Segundo Pita Correia, as regiões de Gabu, Quinara, Bafatá e Tombali são as mais afetadas com "taxas de prevalência que variam entre 38 e 23%".

"A deterioração da segurança alimentar está ligada, em certa medida, ao aumento dos preços dos principais alimentos na sequência da crise russo-ucraniana. Lamentavelmente, estamos perante uma crise global com consequências em todos os países, sem exceção. Nenhum país conseguirá escapar ao efeito dominó do conflito no preço dos alimentos e dos combustíveis", salientou Pita Correia.

O oficial de nutrição do PAM destacou também que as "consequências da covid-19 ainda são percetíveis" em economias mais frágeis, mas que uma "boa época de caju poderia aliviar as dificuldades alimentares das famílias".

Os resultados do inquérito mostram também que "metade das famílias guineenses não têm capacidade económica para cobrir o cabaz de despesas mínimas, cujo valor 'per capita' e por mês foi estimado em 26.225 francos cfa (cerca de 40 euros)".

Os dados indicam também que apenas 4% das crianças são capazes de ter uma alimentação "mínima aceitável".

Das mulheres em idade fértil (entre os 15 e 49 anos), apenas 31,4% tem uma alimentação diversificada.

"Como atores da segurança alimentar nutricional, estes resultados interpelam-nos a todos sobre a escala e o impacto das nossas ações implementadas no terreno e o gigantesco trabalho que resta ser feito para atingir a nossa meta fome zero em 2030. Parece-me que é preciso coordenar melhor as nossas atividades", salientou Pita Correia.

Em abril, o PAM já tinha apresentado um estudo que referia que a pobreza na Guiné-Bissau impede o acesso a uma alimentação saudável à maioria da população do país, que ronda os dois milhões de habitantes.

Naquele estudo, a agência das Nações Unidas defendeu também uma melhoria do rendimento das colheitas e a redução da dependência da importação de arroz, base alimentar dos guineenses.

O PAM salienta igualmente que a monocultura do caju tem vindo a prejudicar a segurança alimentar e a diversidade dietética dos guineenses.