domingo, 6 de março de 2022

GUERRA - Civis ucranianos aprendem a usar armas em sala de cinema de Lviv




© Getty

Notícias ao Minuto  06/03/22 

Civis estão dispostos a lutar pelo seu país e qualquer oportunidade para aprenderem a defender-se é aproveitada.

Desde que a guerra eclodiu na Ucrânia que todos foram chamados a ajudar o país e desafiados a juntar-se ao exército ucraniano.

Zelensky ativou a lei marcial, que impede que os homens entre os 18 e os 60 anos abandonem o país em tempos de conflito, e nas redes sociais tem até sido dadas indicações sobre a forma como os civis, sem qualquer formação militar, podem defender-se.

Também de fora, muitos foram os ucraniano que quiseram regressar ao país e fazer parte da defesa da Ucrânia.

No passado domingo, o presidente ucraniano apelou até aos cidadãos de países estrangeiros amigos da Ucrânia a deslocarem-se ao país para se juntarem à luta contra a agressão russa.

Zelensky indicou que quem quiser juntar-se "à defesa da segurança na Europa e no mundo" pode ir à Ucrânia e lutar "lado a lado com os ucranianos contra os invasores do século XXI".

Em Lviv, uma sala de cinema foi palco, no sábado, de uma aula sobre como usar uma espingarda AK47. Vários civis marcaram presença na sessão, onde lhes terão sido dados pormenores sobre como usarem esta arma em defesa própria.

Recorde-se que, após o início da guerra, mais de um milhão de pessoas já fugiram do país, muitos deles atravessando a fronteira pela cidade de Lviv em direção à Polónia.

Leia Também: 

A rádio norte-americana Radio Free Europe/Radio Liberty anunciou que vai deixar de fazer reportagens a partir da Rússia, depois de aprovada uma lei que pune com prisão até 15 anos quem "divulgar informações falsas".

Arádio suspendeu as operações na Rússia "depois das autoridades locais terem iniciado um processo de falência contra a delegação na Rússia e depois da polícia ter intensificado a pressão sobre os jornalistas", de acordo com um comunicado.


A organização não-governamental (ONG) Médicos Sem Fronteiras (MSF) defendeu, no sábado, que é "imperativo" retirar rapidamente a população da cidade ucraniana de Mariupol, cercada pelo exército russo, devido à situação humanitária "catastrófica".

"Em Mariupol, a situação é catastrófica e piora de dia para dia", disse Laurent Ligozat, coordenador de emergências da ONG na Ucrânia.


O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, vai apresentar um "plano de ação" internacional destinado a fazer "fracassar" a invasão russa da Ucrânia e multiplicar as reuniões diplomáticas para tal na próxima semana em Londres, indicou hoje o seu gabinete.

Após uma vaga "sem precedentes" de sanções do Ocidente contra interesses russos em resposta à ofensiva armada na Ucrânia, Boris Johnson vai apelar à comunidade internacional para reaplicar "o seu esforço concertado" contra Moscovo por meio desse "plano de ação em seis pontos", cujos pormenores apresentará no domingo, precisou Downing Street em comunicado.


A Rússia está a "aperceber-se do custo real da guerra", perante a resistência da Ucrânia, e as negociações entre as delegações dos dois países começam a ser "construtivas", afirmou hoje um negociador ucraniano.

Questionado na cidade ucraniana de Lviv pelo diário canadiano The Globe and Mail, Mykhailo Podolyak, apresentado como um colaborador próximo do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que está a começar a ver uma mudança na atitude russa em relação à resistência ucraniana e às sanções internacionais.


Um avião russo aterrou hoje nos Estados Unidos para ir buscar 12 diplomatas expulsos da missão russa da ONU e acusados por Washington de "espionagem", disseram as autoridades.

Os EUA fecharam o seu espaço aéreo a todos os aviões russos, após Moscovo ter invadido a Ucrânia na semana passada.

Leia Também:

Secretas dos EUA estudam estado mental de Putin. As conclusões preocupam

Segundo os serviços de informação dos EUA, as ações de Vladimir Putin poderão ter sido impactadas pelos dois anos de isolamento. O perfil que é desenhado do líder russo revela uma personalidade paranoica e que tenderá a agravar a situação.

As secretas norte-americanas transformaram a avaliação do estado mental de Vladimir Putin numa prioridade na última semana, tentando avaliar o seu impacto na gestão da crise ucraniana, segundo indicava a CNN na semana passada.

Agora, o New York Times indica que o debate, neste âmbito, está centrado nos últimos dois anos de pandemia e na possibilidade da sua determinação em ocupar a Ucrânia ter sido impactada pelos dois anos de isolamento ou por algum sentimento de que este era o melhor momento para reconstruir a influência russa e assegurar o seu legado.

Citando conclusões dos serviços de informação, o jornal norte-americano explica que, ao contrário do que aconteceu com a população russa, o presidente passou os últimos dois anos numa “bolha de proteção” mais apertada do que outros chefes de Estado. As reuniões foram quase sempre por videoconferência e quando presenciais, já este ano, é assegurada uma distância de segurança que, inclusive, se tornou motivo de troça nas redes sociais.

Não esquecer, ainda, a preocupação com acesso a material biológico. Alguns líderes, como Emmanuel Macron ou Olaf Scholz recusaram fazer um teste de rastreio ao vírus SARS-CoV-2 no encontro com o homólogo russo, num ambiente de desconfiança bilateral.

Estas preocupações, disseram os serviços de informação à Casa Branca e ao Congresso, refletem a sua idade (aos 69 anos seria um doente de risco, se contraísse o vírus SARS-CoV-2), mas também algo que descrevem como paranoia decorrente da sua carreira como espião ao serviço do K.G.B (serviços secretos russos).

Segundo os elementos das secretas norte-americanas, Vladimir Putin tende a agravar uma situação quando se sente encurralado pelos seus próprios excessos, descrevendo uma série de cenários e possíveis reações - que variam desde o bombardeamento indiscriminado de cidades ucranianas, para compensar erros iniciais do seu exército, a ciberataques dirigidos ao sistema financeiro norte-americano, ou mais ameaças nucleares e, talvez, movimentos no sentido de levar a invasão além das fronteiras da Ucrânia.

Recorde-se que a Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar à Ucrânia e as autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças. Segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 1,2 milhões de refugiados.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.


sábado, 5 de março de 2022

Kyiv insiste que Rússia já perdeu mais de 10.000 soldados

© Lusa

Notícias ao Minuto   05/03/22 

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, reforçou hoje as informações avançadas pela Presidência ucraniana sobre as baixas militares russas, insistindo que a Rússia já perdeu mais de 10.000 soldados na invasão.

Numa mensagem de vídeo divulgada pelo Governo ucraniano, Kuleba alegou que as forças russas também perderam dezenas de aviões e centenas de veículos blindados.

As alegações de Kyiv não podem ser verificadas de forma independente e as forças militares russas não oferecem atualizações regulares sobre as suas baixas, depois de, na quarta-feira, terem anunciado a morte de 498 soldados.

"Os russos continuam a sofrer perdas devastadoras no terreno. Não consigo entender como mães, esposas e filhas desses soldados russos suportam esta dor, observando como o Presidente [Vladimir] Putin envia cada vez mais dos seus entes queridos para a Ucrânia", lamentou Kuleba.

"A Ucrânia está a sangrar. Mas a Ucrânia não caiu e está com os dois pés assentes no chão", concluiu o chefe da diplomacia ucraniana.

A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar contra a Ucrânia e as autoridades de Kyiv contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças.

Segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 1,2 milhões de refugiados.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.


Jantar oficial oferecido pelo Presidente da República General de Exército ao Primeiro-ministro de Portugal António Costa e a sua delegação.

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló


Leia Também:

Visita de Costa demonstra solidariedade com Guiné-Bissau, diz presidente

Por
LUSA 05/03/22

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirmou hoje que a visita do primeiro-ministro, António Costa, a Bissau demonstra a solidariedade que Portugal tem com o país, após uma tentativa de golpe de Estado em fevereiro.

"Isto mostra a solidariedade que Portugal tem", afirmou o chefe de Estado guineense, recordando a tentativa de golpe de Estado que ocorreu no país e que visava assassinar o chefe de Estado e membros do Governo.

"Portugal é um país irmão e isso vê-se, sobretudo, nesta altura em que a Guiné-Bissau acabou de sair de um momento complicado", afirmou.

Umaro Sissoco Embaló, que falava aos jornalistas no Palácio da Presidência, em Bissau, após um encontro de cerca de uma hora com António Costa, lembrou também que Portugal é a "porta de entrada da Guiné-Bissau na Europa" e que a Guiné-Bissau, juntamente com Cabo Verde, a porta de entrada de Portugal na Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

Nas declarações aos jornalistas, o primeiro-ministro reafirmou a "condenação inequívoca" de Portugal à tentativa de golpe de Estado de 01 de fevereiro e que ambos devem assegurar um "longo futuro" para os dois países e povos.

Antes de se deslocar à Presidência da Guiné-Bissau, onde decorre um jantar oferecido à delegação portuguesa pelo chefe de Estado guineense, o primeiro-ministro esteve reunido com a comunidade portuguesa na Embaixada de Portugal.

Aos portugueses em Bissau, o primeiro-ministro agradeceu o que no dia-a-dia nas respetivas atividades "fazem pela presença de Portugal na Guiné-Bissau".

"Todos conhecemos a história, mas o grande desafio que temos é que a história não termine, se possa ir construindo no dia-a-dia", salientou.

Para António Costa, apesar das relações institucionais e de cooperação com a Guiné-Bissau, "há algo que é fundamental", que é a presença de portugueses no país e de guineenses em Portugal.

António Costa chegou hoje a Bissau para uma visita de cerca de 24 horas.

No domingo, antes de partir para Cabo Verde, o primeiro-ministro visita o talhão português do cemitério de Bissau.

O primeiro-ministro viaja acompanhado do ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, do ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, do ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, e do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Francisco André.

O Presidente da República General de Exército Umaro Sissoco Embaló, recebeu hoje no Palácio da República, o Primeiro-ministro de Portugal António Costa, no quadro da sua visita oficial à Guiné-Bissau.