quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Parlamento reativa comissão da revisão da Constituição

Por dw.com   09/08/23

O parlamento da Guiné-Bissau aprovou a reativação da comissão eventual da revisão da Constituição do país, um processo em curso há vários anos e sempre interrompido devido às crises político-militares dos últimos anos.

A reativação da comissão da revisão da Constituição foi aprovada esta quarta-feira (09.08) por unanimidade com o voto dos 96 deputados presentes na sessão, anunciou o presidente do parlamento guineense, Domingos Simões Pereira, no âmbito dos trabalhos extraordinários do órgão.

A comissão irá agora continuar com os trabalhos e apresentar, proximamente, um relatório à plenária da Assembleia Nacional Popular para uma apreciação "mais exaustiva", notou Simões Pereira.

A revisão da Constituição divide a classe política guineense ao ponto de, em 2020, o Presidente do país, Umaro Sissoco Embaló, criar a sua própria comissão de revisão, gerando críticas de vários setores da sociedade que afirmaram que o chefe de Estado não pode ter aquela iniciativa, mas sim os deputados.

A comissão eventual da revisão constitucional é liderada pelo antigo ministro do Interior, o jurista Lassana Seidi, do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que venceu as legislativas de junho passado.

Seidi notou que antes da dissolução do parlamento pelo Presidente Umaro Sissoco Embaló, em maio de 2022, a comissão já tinha “quase pronto o novo texto constitucional” que, entre outras novidades, disse ter passado de 133 artigos na Constituição em vigor para 309.

País tenta há 26 anos rever Constituição

O presidente da comissão eventual da revisão constitucional explicou aos deputados que o documento foi apresentado “em todas as regiões do país a todos os segmentos da sociedade” para apreciação.

Lassana Seidi adiantou que o documento apenas não foi apresentado à comunidade guineense na diáspora, por falta de meios.

“O trabalho está quase feito na sua totalidade, mas ainda não terminou porque ainda não foi aprovado pelos deputados ao parlamento”, declarou Seidi, esclarecendo que a sua comissão trabalhou na revisão da Constituição, “mas não na criação de um novo texto”.

O jurista afirmou que aquele trabalho também contou com a assessoria de “grandes professores constitucionalistas portugueses” que ajudaram na “afinação da língua portuguesa e na sistematização do texto”.

Lassana Seidi afirmou que o país está desde 1997 a tentar rever a sua Constituição, mas que “é chegada a hora” de ser adotada um novo texto, disse.

O novo parlamento guineense, que entrou em funções no passado dia 27 de julho, terminou hoje a sua primeira sessão extraordinária e deverá retomar os trabalhos no final deste mês, desta feita para apreciar o programa do novo Governo e o Orçamento Geral de Estado.

Funcionários da EAGB exigem pagamento de 34 meses de salário em atraso.


Radio TV Bantaba

Kyiv garante que população russa está a abandonar a Crimeia

© reuters

POR LUSA    09/08/23 

As autoridades ucranianas asseguraram hoje que os residentes russos da Crimeia, calculados entre 600.000 e 800.000 segundo Kyiv, estão a abandonar gradualmente a península devido aos ataques das Forças Armadas ucranianas contra o território, anexado pela Rússia em 2014.

Citada pela agência noticiosa ucraniana UNIAN, a representante permanente da Ucrânia na Crimeia, Tamila Tasheva, considerou esta retirada da população russa como uma "boa notícia", pelo facto de Kyiv ter de pedir a menos gente que "cortesmente" saia do território.

Tasheva também assegurou que "outra parte" da população residente na Crimeia celebra as ofensivas ucranianas, por considerarem que pode significar o regresso em breve da península ao controlo de Kyiv.

"Entendem que a Ucrânia está a lutar pela Crimeia e a vai libertar", prosseguiu a representante, antes se referir a diversos casos de residentes locais que estão a ser julgados por manifestarem apoio à Ucrânia.

As informações fornecidas pelas partes sobre a situação nas frentes de batalha não podem ser frequentemente confirmadas de forma imediata e independente.

Segundo Tasheva, a maioria da população russa da Crimeia são cidadãos que Moscovo instalou na península, a maioria médicos, professores e jornalistas. As administrações, sistema judicial e serviços de informações são assegurados por colaboradores locais.

"Após 2014 começaram a tomar medidas enérgicas contra alguns deles [colaboradores locais], em particular altos cargos, e substituíram-nos por russos porque não gostam de traidores em nenhum lado", afirmou a mesma representante.

Um censo populacional efetuado pouco antes da anexação da Crimeia pela Rússia indicou que viviam na península cerca de 1,5 milhões de russos (67,9% do total), 344.515 ucranianos (15,7%), 245.000 tártaros da Crimeia (12,6%), 35.000 bielorrussos (1,4%), 13.550 de outros tártaros (0,5%), 10.000 arménios (0,4%) e 5.500 judeus (0,2%).

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.


Leia Também: Podolyak defende ritmo da contraofensiva: "Precisam de ser pacientes"


Leia Também: Sobe para 52 os feridos em explosão num armazém russo de pirotecnia

Níger: O partido liderado por Mohamed Bazoum, deposto da Presidência do Níger por um golpe de Estado em 26 de julho, apelou hoje à comunidade internacional para intervir e "salvar" o Presidente, detido pelos militares golpistas desde então.

© Getty Images

POR LUSA   09/08/23 

Níger. Partido do PR deposto quer intervenção da comunidade internacional

O partido liderado por Mohamed Bazoum, deposto da Presidência do Níger por um golpe de Estado em 26 de julho, apelou hoje à comunidade internacional para intervir e "salvar" o Presidente, detido pelos militares golpistas desde então.

Em comunicado, o Partido Nigerino para a Democracia e o Socialismo (PNDS-Tarayya), no poder, acusa os golpistas de "imporem condições de vida drásticas, cruéis e desumanas" a Bazoum, que se encontra detido no palácio presidencial de Niamey e que, até à data, se recusou demitir do cargo.

"O Presidente da República e a sua família estão a viver um calvário indescritível", lê-se na nota, que refere que há uma semana que Bazoum não tem eletricidade no local onde está detido, queixa-se de não ter água e "há cinco dias que não tem alimentos frescos nem recebe a visita do seu médico".

O partido do governo atribuiu a responsabilidade da situação ao líder do golpe, general Abdourahamane Tiani, que dirige o autodenominado Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CNSP).

"O comité executivo nacional do PNDS-Tarayya apela à comunidade internacional para que intervenha para evitar o pior", defende o partido, que apelou igualmente a uma mobilização geral em todo o Níger para "salvar o Presidente da República das torturas de que ele e a sua família são vítimas".

O Níger vive uma crise política desde que o CNSP protagonizou um golpe de Estado e anunciou a destituição de Bazoum e a suspensão da Constituição.

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) tem agendada para quinta-feira, em Abuja, uma cimeira extraordinária para analisar a situação no Níger, estando em cima da mesa a possibilidade de recorrer à força, depois de os golpistas não terem respeitado o ultimato de uma semana imposto pelo bloco regional para a reposição da legalidade constitucional.

O prazo dado pela CEDEAO terminou no domingo.

Um conselheiro de Bazoum, citado pela AP, disse que o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, falou com Bazoum na terça-feira sobre os recentes esforços diplomáticos.

Na conversa, Blinken "enfatizou que a segurança e a proteção do Presidente Bazoum e da sua família são fundamentais", acrescentou o conselheiro, que solicitou o anonimato por razões de segurança.


O Porta-voz do Sindicato dos Trabalhadores do Tribunal de Contas ameaça fechar as portas daquela instituição "caso continuar houver persistência da Direção do Tribunal de Contas em aplicar medidas ilegais contra os seus associados".

 Rádio Capital Fm    09.08.2023

PR Umaro Sissoco Embalo desloca-se a República federal da Nigéria para participar na Cimeira extraordinária de CEDEAO.

Radio Voz Do Povo

Rússia acusa Polónia de querer ocupar região ocidental da Ucrânia

© Russian Defence Ministry/Handout via REUTERS

POR LUSA   09/08/23 

A Rússia acusou hoje a Polónia de estar a criar unidades polaco-ucranianas alegadamente para garantir a segurança da Ucrânia, mas com o objetivo de ocupar a região ocidental do país vizinho.

"Existem planos para criar regularmente a chamada ligação polaco-ucraniana, supostamente para garantir a segurança da Ucrânia Ocidental, mas, na realidade, para a ocupação subsequente deste território", afirmou o ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu.

Ao apresentar um relatório sobre a segurança nas fronteiras da União Nacional (Rússia e Bielorrússia) durante uma reunião no ministério, Shoigu disse que a Polónia se tornou o "principal instrumento da política antirrussa dos Estados Unidos".

Shoigu acusou também a Polónia de pretender formar o "exército mais poderoso da Europa", tendo para o efeito começado a comprar armas a países como os Estados Unidos, o Reino Unido e a Coreia do Sul.

As compras incluem "tanques, sistemas de artilharia, sistemas de defesa aérea, defesa antimíssil e aviões de combate", disse o ministro, segundo as agências russas TASS e Ria Novosti.

A guerra na Ucrânia iniciada por Moscovo em 24 de fevereiro de 2022 levou ao reforço da segurança no flanco oriental da NATO e aos pedidos de adesão da Suécia e da Finlândia à Aliança Atlântica.

Shoigu considerou como "um grave fator de desestabilização a adesão da Finlândia à NATO e, no futuro, da Suécia", que já duplicou a fronteira terrestre da Rússia com a Aliança Atlântica.

"É provável que os contingentes militares da NATO e as armas capazes de atingir alvos críticos no noroeste da Rússia sejam instalados em território finlandês", alertou, citado pela agência espanhola EFE.

Shoigu disse que os países da Europa de Leste estacionaram nas fronteiras russa e bielorrussa "cerca de 360 mil soldados, oito mil veículos blindados, seis mil peças de artilharia e morteiros, e 650 aviões e helicópteros".

Um desses países é a Polónia, que anunciou hoje o envio de mais dois mil soldados para a fronteira com a Bielorrússia, o que irá duplicar a força militar polaca na região.

Ao mesmo tempo, segundo Shoigu, a presença de forças de outros países da NATO aumentou 2,5 vezes desde o início da guerra, para mais de 30 mil soldados.

Disse também que o fornecimento de uma "quantidade considerável" de armamento à Ucrânia pelos aliados ocidentais cria "sérios riscos" de uma escalada do conflito.

"Desde fevereiro do ano passado, a Ucrânia recebeu centenas de tanques, mais de quatro mil veículos blindados, mais de 100 mil peças de artilharia e dezenas de lançadores múltiplos ou sistemas de defesa antiaérea", disse.

Segundo o ministro da Defesa russo, a ajuda militar ocidental a Kyiv ultrapassou os 160 mil milhões de dólares (145,7 mil milhões de euros ao câmbio atual).

Shoigu acusou ainda Washington de cometer "um novo crime ao incluir bombas de fragmentação, proibidas por uma convenção internacional, no pacote de ajuda militar" à Ucrânia, face ao défice de munições das tropas ucranianas.

"As ameaças (...) à segurança militar da Rússia exigem uma reação oportuna e adequada", afirmou o ministro da Defesa russo.


Leia Também: A Polónia vai duplicar o número de militares estacionados na fronteira com a Bielorrússia com o envio de mais dois mil soldados em vez dos mil anunciados anteriormente, disse hoje o vice-ministro do Interior, Maciej Wasik.

Cerimónia de passessão entre Nuno Gomes Nabiam e o Geraldo Martins


 Radio TV Bantaba 

Nuno Nabiam despede dos funcionários do palácio do Governo.

Radio TV Bantaba 

#Revisão_Constitucional é o tema mais quente neste segundo Dia de Trabalho da Iª Sessão Extraordinária da ANP da Décima Primeira Legislatura_2023.

Radio Voz Do Povo

Presidente do MSD, manifestou vontade de trabalhar com o novo governo da coligação inclusiva PAI Terra Ranka

Radio TV Bantaba

Fábrica de Moscovo onde ocorreu explosão produz componentes para as forças de segurança russas

Explosão na Zagorsk Optical-Mechanical Plant, em Moscovo (Reprodução KyivPost)

Por  CNN Portugal,   09/08/23

Zagorsk Optical-Mechanical Plant produz equipamento ótico para aplicações industriais e de saúde. Para já, a agência TASS diz que está descartada a hipótese de se ter sido usado um drone ou de se ter tratado de um ataque ucraniano

Uma explosão numa fábrica de ótica e ótica eletrónica na cidade de Sergiev Posad, a 50 quilómetros de Moscovo, feriu pelo menos 45 pessoas, segundo as autoridades locais, citadas pela agência Reuters.

Do total de feridos, 23 pessoas deram entrada no hospital, incluindo seis que se encontram agora nos cuidados intensivos, segundo a autarquia local. Foram preparadas 40 camas no hospital local para receber eventuais novas vítimas, uma vez que os trabalhos de resgate ainda decorrem.

A fábrica em causa, a Zagorsk Optical-Mechanical Plant, produz equipamento ótico para aplicações industriais e de saúde, bem como para as para as forças de segurança russas.

Apesar de ainda não haver informações concretas sobre a causa da explosão, a agência dá conta que a imprensa russa diz que se tratou de uma explosão no armazém que continha equipamento pirotécnico, armazém esse que tinha sido recentemente alugado por uma empresa de pirotecnia que não foi identificada.

Para já, a agência TASS diz que está descartada a hipótese de se ter sido usado um drone ou de se ter tratado de um ataque ucraniano.


Leia Também: Uma explosão num armazém de pirotecnia numa cidade perto de Moscovo provocou hoje 45 feridos, seis dos quais foram hospitalizados em estado grave, anunciaram as autoridades russas

NÍGER: Ex-ministro do Níger anuncia criação de Conselho de Resistência

© Getty Images

POR LUSA   09/08/23 

O ex-ministro da Presidência do Níger Rhissa Ag Boula anunciou a criação de um Conselho de Resistência da República (CRR) para restabelecer a ordem constitucional e o Presidente deposto, Mohamed Bazoum, pedindo a detenção do líder do golpe.

A CRR condenou a criação da junta militar, denominada Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CNSP), criticou a "recusa categórica da junta em estabelecer um diálogo construtivo" e deplorou a "prática infame da manipulação de massas", bem como "a utilização de civis como milícias e a tentação de recorrer a mercenários, criminosos de guerra sob o nome de Grupo Wagner".

Depois de criticar a implementação "de ditaduras militares na região" - em referência ao Mali e ao Burkina Faso, que manifestaram o seu apoio aos líderes golpistas - o CRR está convencido da "necessidade de mobilizar todos os democratas sinceros para bloquear este projeto nefasto de instaurar em África, e atualmente no Níger, um modelo de governo distante de toda a democracia e liberdade".

"No dia 26 de julho de 2023, nas primeiras horas do dia, o nosso país, o Níger, foi vítima de uma tragédia orquestrada por aqueles que, no entanto, são responsáveis pela sua preservação. Com efeito, a ignomínia e a traição serviram de trampolim para as ações inqualificáveis do chefe da Guarda Presidencial, essencialmente responsável pela segurança do Presidente", lê-se num comunicado.

O comunicado salienta que o chefe da Guarda Presidencial, Abdourahamane Tiani, agora líder do país após o golpe de Estado, "conseguiu rodear-se de um segundo círculo de homens fardados com os quais atacou a República e as suas instituições", justificando "a sua entrada na cena política com pretextos falaciosos e grotescos relacionados com a governação e a gestão da segurança".

A este respeito, apelou "aos militares que respeitam o seu juramento e o povo para que ponham termo ao motim e procedam, sem demora, à detenção do General Tiani", advertindo que o CRR utilizará "todos os meios" para fazer face a qualquer "prática de questionamento das escolhas do povo por militares irresponsáveis".

Também indicou que o Conselho de Resistência "já dá o seu apoio inabalável" à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e aos seus parceiros internacionais para "a intervenção planeada para assegurar o regresso à ordem constitucional no Níger e permanece à sua inteira disposição".

Rhissa Ag Boula, antigo líder rebelde tuaregue, sublinhou, no entanto, que "este episódio lamentável" surge numa altura em que a estabilidade política e social se instalou no país "graças ao diálogo sincero" do Presidente "com todos os estratos", numa altura em que "as perspetivas são brilhantes para a exploração das riquezas" e em que a situação de segurança "melhorou" devido à inclusão e à abertura em relação aos rebeldes.

"Quando todos os indicadores estavam no verde. Por conveniência pessoal e inebriado pelo poder da sua posição de guarda-costas do Presidente, Tiani decidiu trair o seu juramento e a confiança nele depositada, atacando o país e as suas instituições", lamentou o antigo ministro da Presidência.

A CEDEAO tinha dado à junta golpista um prazo até domingo para restabelecer a ordem constitucional, sem excluir a possibilidade de uma ação armada para atingir esse objetivo, proposta que levou o Mali e o Burkina Faso, países também sob o controlo de uma junta militar, a avisar que tomariam essa ação como uma declaração de guerra e ajudariam o Níger a defender-se.

Também a Guiné alertou para os malefícios dos conflitos armados e anunciou que não iria aderir às sanções.

Na sequência do ultimato, o organismo regional convocou uma nova cimeira extraordinária para quinta-feira, em Abuja, capital da Nigéria, impondo simultaneamente novas sanções contra indivíduos e organizações ligados à junta golpista.

A ONU apoia o trabalho deste bloco, tal como os países da comunidade internacional, como os Estados Unidos, que, no entanto, iniciaram os seus próprios contactos, e a França.

A junta não deu sinais de reverter as suas medidas e anunciou novas nomeações políticas.


Leia Também: Níger? Bloco da África Ocidental confirma que golpistas recusaram visita

Níger? Bloco da África Ocidental confirma que golpistas recusaram visita

POR LUSA   09/08/23 

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) confirmou hoje que não pôde reunir-se na terça-feira no Níger com a junta golpista do país, que rejeitou a visita de representantes do bloco, da União Africana (UA) e da ONU.

"A missão foi cancelada depois de um comunicado das autoridades militares do Níger, enviado a altas horas da noite, ter indicado que não podiam receber a delegação tripartida", afirmou a CEDEAO, num comunicado divulgado na terça-feira à noite.

A missão "inscreve-se nos esforços em curso para encontrar uma solução pacífica para a atual crise no Níger", acrescentou o bloco da África Ocidental, que desde 30 de julho considera a possibilidade de uma intervenção militar contra a junta golpista, caso esta não restitua ao poder o Presidente deposto, Mohamed Bazoum.

No comunicado, o bloco da África Ocidental garante que irá prosseguir todos os esforços "para repor a ordem constitucional" naquele país.

Uma fonte do autodenominado Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CNSP), responsável pelo golpe, disse à agência de notícias EFE que a junta considera a missão da CEDEAO "inútil", uma vez que a sua posição "é conhecida" sobre a situação no Níger.

A fonte criticou as sanções financeiras e comerciais impostas pelo bloco regional, bem como a ameaça de ação militar se a ordem constitucional não for restabelecida.

Na quinta-feira, os chefes de Estado da CEDEAO reunir-se-ão numa segunda cimeira extraordinária sobre o Níger para decidir os próximos passos a dar, depois de o seu ultimato de sete dias para que os líderes do golpe de Estado se retirem ter expirado no domingo.

Até agora, a junta do Níger ignorou as ameaças da organização e, para além de ter nomeado um novo primeiro-ministro, reforçado as suas Forças Armadas e fechado o seu espaço aéreo, avisou que o uso da força será objeto de uma resposta "instantânea" e "enérgica".

Uma eventual ação militar dividiu o continente, com os governos da Nigéria, do Benim, da Costa do Marfim e do Senegal a confirmarem claramente a disponibilidade dos seus exércitos para intervir em território nigerino.

No outro extremo, o Mali e o Burkina Faso, países próximos de Moscovo e governados por juntas militares, opõem-se ao uso da força e argumentam que qualquer intervenção no Níger equivaleria a uma declaração de guerra também contra eles.

O golpe de Estado no Níger foi liderado, em 26 de julho, pelo autodenominado Conselho Nacional de Salvaguarda da Pátria (CLSP), que anunciou a destituição do Presidente, a suspensão das instituições, o encerramento das fronteiras (que foram posteriormente reabertas) e um recolher obrigatório noturno até nova ordem.

O Níger tornou-se assim o quarto país da África Ocidental a ser dirigido por uma junta militar, depois do Mali, da Guiné-Conacri e do Burkina Faso, onde também se registaram golpes de Estado entre 2020 e 2022.

A CEDEAO integra os lusófonos Cabo Verde e Guiné-Bissau, além do Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Conacri, Libéria, Mali, Mauritânia, Níger, Nigéria, Serra Leoa, Senegal e Togo.



Liberdade de religião no Quénia em debate

As autoridades quenianas exumaram mais de 400 corpos de campas rasas ligadas a um culto cujo líder é acusado de pedir aos seus seguidores que morram à fome. A tragédia provocou um debate no Quénia sobre a forma de proteger a liberdade religiosa e a vida dos fiéis.

Por VOA Português 

Mais de 100 médicos ucranianos mortos em ataques russos, revela ativista

© SARAH PACK/MUSC

POR LUSA  09/08/23 

As tropas russas danificaram mais de 1.300 hospitais ucranianos, destruíram cerca de 550, feriram centenas de profissionais médicos e mataram mais de 100 médicos, no primeiro ano da guerra, segundo a médica e ativista russa Olesya Vinnyk.

"Isso afeta o nosso desempenho profissional e traz novos desafios ao sistema de saúde", salientou a ativista em entrevista à Lusa em Lisboa, relatando que na frente de batalha as equipas médicas estão há quase 18 meses a "trabalhar no limite".

"A cada minuto, uma vida está em jogo. Existem lutas em muitos níveis diferentes, começando com a mudança profissional de funções, a falta de equipamento médico adequado e até situações de esgotamento", destacou Vinnyk.

Ataques atribuídos às forças russas como o que atingiu recentemente duas vezes, num espaço de 72 horas, o mesmo hospital em Kherson, no sul da Ucrânia, cidade que Kyiv reconquistou a Moscovo, fazem continuamente temer pela segurança de civis e profissionais de saúde, afirma Olesya Vinnyk.

Os ataques russos a infraestruturas civis requerem "esforços adicionais" por parte das organizações de apoio, contou a médica ucraniana, que pediu também "uma reação internacional adequada às ações das Forças Armadas da Federação Russa".

Olesya Vinnyk, de 32 anos, é responsável por uma iniciativa médica integrada na ação global "Unite with Ukraine", da organização não-governamental (ONG) Ukrainian World Congress (UWC), que representa 20 milhões de ucranianos em 65 países.

A ativista ucraniana esteve em Lisboa para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), onde participou como palestrante no Encontro Internacional de Jovens Médicos Católicos e manteve encontros com a diáspora ucraniana em Portugal.

Na área da saúde, a aproximação da Ucrânia ao Ocidente permite "mais educação, mais oportunidades, mais inovações e mais vidas salvas", realçou.

"Os médicos ucranianos estão ansiosos para aprender, mudar e evoluir" o seu sistema de saúde, mas Olesya Vinnyk destacou também que "a sociedade médica ucraniana pode ensinar muito" colegas de outros países.

"Temos uma experiência extraordinária que queremos analisar e partilhar com os médicos de todo o mundo", apontou.

Ainda sobre a aproximação de Kyiv ao Ocidente, Olesya Vinnyk lembrou que a guerra começou pelo "desejo da Ucrânia de aderir às ideologias liberais ocidentais".

"Durante muitas gerações, entendemos que o nosso caminho difere do modo de pensar russo e pós-soviético. Hoje em dia, enquanto os russos lutam pela ressurreição do seu efémero império do passado, a Ucrânia luta para que o nosso futuro se alinhe com o mundo civilizado. Estamos cientes dos nossos problemas de crescimento, mas estamos dispostos a trabalhar duramente neles", garantiu.

A necessidade de lembrar que a Ucrânia "continua a lutar" e que é preciso "apoio médico mais do que nunca", faz Olesya Vinnyk percorrer países na divulgação da sua organização.

"Tenho orgulho em dizer que temos milhares de vidas salvas simplesmente porque os nossos médicos tiveram um equipamento adequado nas suas mãos num momento específico. Também será bom saber na fase de reconstrução que há alguém na Ucrânia em quem alguém pode confiar", sublinhou.

"Como médica e coordenadora médica da UWC, encorajo todos a contribuírem com equipamentos médicos táticos e a cooperar connosco na área da saúde", acrescentou.

Em Lisboa, Olesya Vinnyk sentiu-se inspirada não só pela beleza da cidade mas também pelo apoio recebido. Com uma mochila às costas com uma bandeira ucraniana, a médica recebeu "várias palavras de gratidão e aplausos".

O diálogo com jovens médicos católicos sobre a guerra na Ucrânia era o principal objetivo da viagem, sendo que Olesya Vinnyk ouviu "os seus pensamentos do ponto de vista cristão".

Olesya Vinnyk aproveitou também para estar em contacto com a diáspora ucraniana em Portugal, que classificou como "muito ativa e acolhedora".

As muitas reuniões com ucranianos em Portugal permitiram também transmitir que tipo de apoio é necessário atualmente no país em guerra com a Rússia, explicou.


Leia Também: A Ucrânia acusou hoje as forças russas de atacarem equipas de resgate durante o ataque com mísseis a Pokrovsk, em Donetsk, onde pelo menos nove pessoas morreram e mais de 80 ficaram feridas, entre as quais 39 civis.

Forças russas abatem dois drones na região metropolitana de Moscovo

© Getty/Sefa Karacan

POR LUSA   09/08/23

As forças armadas russas abateram esta madrugada dois drones ucranianos na região metropolitana de Moscovo, disse o autarca local, Sergei Sobyanin.

Sobyanin escreveu na plataforma de mensagens Telegram que "dois drones de combate tentaram chegar à cidade", mas que "ambos foram abatidos pelos sistemas de defesa aérea".

"Um na zona de Domodedovo e o outro nas imediações da autoestrada de Minskoye. Não foram registados feridos", escreveu.

O autarca de Moscovo também utilizou o Telegram há duas semanas para denunciar ataques de drones a edifícios do moderno complexo financeiro da cidade.


Leia Também: Rússia lança livro de história para alunos a elogiar a invasão da Ucrânia

terça-feira, 8 de agosto de 2023

COLIGAÇÃO PAI Terra Ranka e PTG - O Acordo Parlamentar e Governativo


Por ditaduraeconsenso.blogspot.com

O Presidente do Tribunal de Contas Amadu Tidjane Baldé participou, hoje, na cerimónia de tomada de posse de novo Primeiro-Ministro Geraldo Martins.

 Tribunal de Contas

Ecowas - Cedeao: Communiqué de Presse sur le Niger - 08/08/23


Press Statement on Niger👇


  Ecowas - Cedeao 

Serra Leoa. 14 militares e polícias detidos sob acusação de subversão

© JOHN WESSELS/AFP via Getty Images

POR LUSA   08/08/23 

Catorze militares, três polícias, incluindo um ex-oficial demitido, e dois civis foram detidos e estão a ser processados na Serra Leoa por "subversão", enquanto outras oito pessoas continuam a ser procuradas, anunciou hoje a polícia.

A polícia da Serra Leoa anunciou há uma semana a detenção de várias pessoas, incluindo oficiais do exército, que acreditava estarem a planear ataques violentos um ano após a violência de agosto de 2022, que provocou mais de 30 mortos.

Os suspeitos planeavam utilizar as manifestações pacíficas previstas para esta semana "como pretexto para lançar ataques violentos contra as instituições do Estado e os cidadãos pacíficos", acusou o inspetor-geral da polícia, William Fayia Sellu, em conferência de imprensa.

Dos 14 membros das forças armadas detidos, oito são oficiais superiores e seis são oficiais subalternos, acrescentou Fayia Sellu.

O dirigente disse ainda que estava em curso uma "caça ao homem" para deter mais cinco militares e três agentes da polícia.

"A polícia reforçou a segurança e o serviço de informações em todo o país", acrescentou.

O inspetor-geral disse que a Serra Leoa tinha pedido a colaboração da Interpol para ajudar a localizar quaisquer suspeitos que pudessem estar no estrangeiro.

Na segunda-feira, o ministro da Informação da Libéria, Ledgerhood Rennie, disse à agência France-Presse que Mohammed Yaetey Turay, um ex-funcionário da polícia demitido em 2020, tinha sido detido naquele país a pedido das autoridades da Serra Leoa.

O ministro da Informação da Serra Leoa, Chernor Bah, confirmou que a detenção de Turay estava ligada "aos planos que a Segurança do Estado tinha descoberto por parte de certos indivíduos para minar a paz do Estado e desencadear a violência contra os nossos cidadãos".

A inflação e a exasperação com o governo levaram a tumultos em 10 de agosto de 2022, nos quais foram mortos 27 civis e seis polícias.

A organização Amnistia Internacional afirmou ter recolhido testemunhos que alegam o "uso excessivo da força" e condenou as restrições à Internet.


JÁ É OFICIAL: AGORA TEMOS QUE DAR O BENEFÍCIO DA DÚVIDA E TENTAR CRIAR UM AMBIENTE PROPÍCIO ENTRE A PRIMATURA E A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA EM PROL DA ESTABILIDADE GOVERNATIVA.

" CAMPANHA ELEITORAL KABA DJÁ; I POVO TENÉ FOME".

 Por Gervasio Silva Lopes

PR da Nigéria diz que diplomacia "é a melhor via a seguir" no Níger

© Lusa

POR LUSA    08/08/23 

O Presidente da Nigéria, Bola Tinubu, que preside atualmente à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), considera que a "diplomacia" é a "melhor via" para resolver a crise no Níger, disse hoje o seu porta-voz.

Tinubu e os dirigentes dos outros países da CEDEAO "preferem uma resolução por via diplomática, por meios pacíficos, em vez de qualquer outra", acrescentou Ajuri Ngelale, especificando que esta posição se manteria "enquanto se aguarda qualquer outra resolução que possa ou não resultar da cimeira extraordinária" da organização, prevista para quinta-feira.

"Todas as vidas humanas contam e isso significa que todas as decisões tomadas pelo bloco (da África Ocidental) serão tomadas tendo em conta a paz, a estabilidade e o desenvolvimento não só da sub-região, mas também do continente africano", afirmou, sem indicar se a opção de intervenção militar no Níger tinha sido abandonada.

A CEDEAO tinha ameaçado com uma eventual intervenção militar para restabelecer o Presidente Mohamed Bazoum, derrubado por um golpe de Estado em 26 de julho.

Esta ameaça, sob a forma de um ultimato de sete dias dado aos militares golpistas nigerinos em 30 de julho pelos dirigentes da CEDEAO, não foi cumprida quando expirou no domingo à noite.

Uma nova cimeira dos chefes de Estado da CEDEAO sobre a situação no Níger está prevista para quinta-feira em Abuja, capital da Nigéria, que detém atualmente a presidência rotativa da organização regional.

Em Washington, o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, disse hoje que a diplomacia norte-americana ainda tem esperança de que o golpe de Estado no Níger chegue ao fim, mas continua "realista" quanto à situação.

A tomada de posição norte-americana surge horas depois de se saber que a junta militar no poder no Níger recusou receber em Niamey uma delegação tripartida, que incluía representantes da CEDEAO, da União Africana e ONU.

"Continuamos esperançados, mas também somos muito realistas", declarou Matthew Miller.

A visita de segunda-feira a Niamey de uma alta dirigente do Departamento de Estado, Victoria Nuland, que se reuniu com os autores do golpe de Estado, não marcou qualquer progresso significativo na procura de uma solução diplomática.


Leia Também: Níger. Golpistas recusam entrada a delegação da CEDEAO, UA e ONU

Putin ordena suspensão parcial de acordos fiscais com países hostis

© ALEXEI BABUSHKIN/SPUTNIK/AFP via Getty Images

POR LUSA    08/08/23 

O Presidente russo, Vladimir Putin, ordenou hoje a suspensão parcial dos acordos fiscais com os chamados países hostis, designação atribuída por Moscovo que abrange, entre outros, os Estados Unidos e os membros da União Europeia (UE).

O decreto em questão é uma resposta à necessidade de adotar "medidas urgentes" devido a "ações hostis" de certos países, segundo informou o portal oficial russo de informação jurídica.

A suspensão de vários pontos dos acordos fiscais estará em vigor até que os chamados países hostis levantem as sanções contra os interesses nacionais do Estado russo, dos seus cidadãos e entidades legais, segundo o documento, citado pelas agências internacionais.

A medida vai afetar as taxas de imposto reduzidas sobre juros e dividendos, mas não a dupla tributação em relação às pessoas singulares, ou seja, os russos que pagam impostos no Ocidente ou os estrangeiros que o fazem na Rússia.

O Governo terá de apresentar um projeto de lei sobre esta matéria à Duma (câmara baixa do parlamento russo) e o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo terá de informar as autoridades dos países abrangidos sobre esta decisão do Kremlin.

Segundo a agência espanhola EFE, entre os acordos visados pela medida de Moscovo figuram o acordo de 1992 sobre a dupla tributação e a prevenção da evasão fiscal firmado com os Estados Unidos e documentos similares assinados com o Reino Unido (1994), Canadá e Suíça (1995).

Também se suspende a vigência dos acordos fiscais com a Alemanha, França, Espanha, Itália, Dinamarca, República Checa, Finlândia, entre outros países, de acordo com a EFE.

Em março de 2022, a Rússia elaborou uma lista de países "hostis", entre os quais Portugal figurava.

A lista de países, preparada na sequência de um decreto presidencial, inclui os territórios estrangeiros que, segundo Moscovo, cometem ações hostis contra a Federação Russa, empresas e cidadãos russos.

Em fevereiro passado, Putin já tinha denunciado o acordo de dupla tributação com a Letónia e a Dinamarca, que adotou semelhante decisão em julho em relação à Rússia.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.


Leia Também: Putin autoriza Guarda Nacional russa a obter armas pesadas

"Se Rússia continuar a disparar contra nós, a Ucrânia fará o mesmo"... As palavras são do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, numa conferência de imprensa na América do Sul.

© Artur Widak/NurPhoto via Getty Images

Notícias ao Minuto   08/08/23 

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, prometeu retaliar contra qualquer ataque russo ao território ucraniano no Mar Negro, afirmando que a Ucrânia "fará o mesmo" para garantir que as as suas águas não sejam bloqueadas.

Nas declarações feitas numa conferência de imprensa na América do Sul, dias depois de drones marítimos ucranianos carregados de explosivos terem danificado um navio de guerra russo perto de um importante porto da Rússia, Zelensky sublinhou tratar-se de um caso de "defesa de oportunidades de qualquer corredor".

"Se a Rússia continuar a dominar o Mar Negro, fora do seu território, a bloquear-nos, disparar contra nós, lançar mísseis contra os nossos portos, a Ucrânia fará o mesmo. Esta é uma defesa justa das nossas oportunidades, de qualquer corredor", referiu Zelensky, citado pela Reuters.

O presidente ucraniano atirou ainda: "Não temos assim tantos navios. Mas eles devem compreender claramente que, no final da guerra, terão zero navios, zero".

Zelensky apelou à Rússia para parar de disparar mísseis e drones contra os portos ucranianos e para permitir o comércio.

Desde o início da guerra, que se iniciou a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.

Até agora, mais de 9.300 civis morreram na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU). 


Leia Também: Ataques russos a habitações sublinha "natureza criminosa da agressão"


Leia Também: Geórgia denuncia "agressor russo" nos 15 anos da guerra de 2008

Wagner constrói cidade de tendas perto da fronteira com a Ucrânia

© Reuters

Notícias ao Minuto   08/08/23 

De acordo com o Centro Nacional de Resistência da Ucrânia, o campo será utilizado para "atividades subversivas" na região de Chernihiv - que permanece sob o controlo ucraniano.

O Grupo Wagner começou a construir uma cidade de tendas para acolher cerca de 1000 mercenários, no aeródromo de Zyabrawka, na Bielorrússia, a cerca de 30 quilómetros da fronteira ucraniana.

As alegações são do Centro Nacional de Resistência da Ucrânia, que afirma que o campo será utilizado para "atividades subversivas" na região de Chernihiv - que permanece sob o controlo ucraniano.

"Os relatórios da resistência indicam que está a ser construído um novo campo para os mercenários Wagner na aldeia de Zyabrawka, na República da Bielorrússia, que faz fronteira com a Ucrânia. Está previsto que sejam utilizados para imitar atividades subversivas na fronteira com o distrito de Chernihiv", referiu aquela fonte, citada pelo diário Ukrainska Pravda.

De acordo com o centro, "é muito provável que os mercenários sejam utilizados para imitar atividades de apoio à campanha russa contra o terrorismo". "Esta campanha visa forçar os países europeus a reduzir seu apoio à Ucrânia", acrescentou ainda.

Recorde-se que, no mês passado, os mercenários do Grupo Wagner iniciaram exercícios conjuntos com militares bielorrussos, levando a Polónia a aumentar a sua presença militar nas fronteiras.

As manobras cumpriram uma promessa do líder do grupo, Yevgeny Prigozhin, de ajudar a proteger a Bielorrússia para a eventualidade de uma invasão, depois de os seus mercenários se terem deslocado para este país, após uma rebelião contra Moscovo, em junho.

O Ministério da Defesa da Bielorrússia informou que os exercícios militares aconteceriam num campo de tiro perto de Brest, uma cidade na fronteira com a Polónia.


Leia Também: Níger. Prigozhin diz que EUA aceitam autores do golpe para evitar Wagner

𝗣𝗥𝗘𝗦𝗜𝗗𝗘𝗡𝗧𝗘 𝗗𝗔 𝗥𝗘𝗣Ú𝗕𝗟𝗜𝗖𝗔 𝗔𝗣𝗘𝗟𝗔 𝗖𝗢𝗡𝗖𝗘𝗥𝗧𝗔ÇÃ𝗢 𝗣𝗘𝗥𝗠𝗔𝗡𝗘𝗡𝗧𝗘 𝗘𝗡𝗧𝗥𝗘 Ó𝗥𝗚Ã𝗢𝗦 𝗗𝗔 𝗦𝗢𝗕𝗘𝗥𝗔𝗡𝗜𝗔 𝗣𝗔𝗥𝗔 𝗘𝗩𝗜𝗧𝗔𝗥 𝗖𝗢𝗡𝗙𝗟𝗜𝗧𝗢𝗦 𝗜𝗡𝗦𝗧𝗜𝗧𝗨𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗜𝗦

 

Novo Primeiro-ministro Geraldo João Martins recebido em festa na sede do PAIGC. Os militantes coligados da "PAI TERRA RANKA" manifestam alegria pela confiança depositada no Chefe do Governo. Domingos Simões Pereira transmitiu a mensagem da coligação eleitoral.

 Radio Voz Do Povo 

PR Umaro Sissoco Embalo confere posse ao novo Primeiro Ministro Geraldo João Martins.

Radio Voz Do Povo