sexta-feira, 18 de novembro de 2022

UCRÂNIA: Agência de Energia Atómica pede à Rússia que saia de central nuclear

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Por LUSA 17/11/22 

O Conselho de Governadores da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) aprovou hoje uma resolução a apelar à Rússia para que se retire da central nuclear de Zaporíjia, na Ucrânia.

No mesmo documento é pedido à Rússia que suspenda as suas ações contra locais nucleares, afirmaram fontes diplomáticas.

O texto, apresentado pelo Canadá e pela Finlândia, foi aprovado por 24 dos 35 Estados do organismo, adiantaram dois diplomatas contactados pela AFP.

A Rússia e a China votaram contra e sete países abstiveram-se (Paquistão, Índia, África do Sul, Namíbia, Quénia, Vietname e Arábia Saudita). Dois estiveram ausentes.

Duas resoluções sobre o assunto já tinham sido adotadas, em março e depois em setembro, numa altura em que os incessantes bombardeamentos na Ucrânia levantavam receios de um acidente nuclear.

Na mais recente resolução, o Conselho de Governadores da Agência Internacional de Energia Atómica "manifesta a sua profunda preocupação" com a recusa da Rússia em pôr fim aos ataques às instalações nucleares ucranianas.

No documento, apela-se à Rússia para "deixar cair as suas reivindicações sem fundamento sobre a fábrica de Zaporijia, a retirar imediatamente as suas tropas e pessoal e a cessar todas as ações" contra as centrais nucleares do país.

A central de Zaporijia, a maior da Europa, é particularmente preocupante. Ocupada desde o início de março pelas tropas russas, está situada num dos territórios anexados pela Rússia.

Não muito longe da linha de demarcação entre os territórios controlados por Kiev e os ocupados por Moscovo, é alvo de bombardeamentos regulares, pelos quais ambas as partes do conflito se acusam mutuamente.

Os apelos à desmilitarização multiplicaram-se, sem sucesso até agora.

Os inspetores da AIEA estão presentes no local desde o início de setembro e o diretor geral do organismo da ONU, Rafael Grossi, tem vindo a conduzir negociações há várias semanas com vista à criação de uma zona de proteção à volta do local.

As discussões, que descreveu como "muito complicadas", visam alcançar um objetivo "muito simples": "não disparar contra a central, não disparar da central", acentuou Grossi na quarta-feira, primeiro dia da reunião trimestral do Conselho de Governadores, pedindo que se atue "o mais rapidamente possível".

A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus --, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.557 civis mortos e 10.074 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


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Notícias ao Minuto  17/11/22 

Uma grande parte da população não terá aquecimento este inverno devido aos ataques russos às infraestruturas de energia.

As forças russas continuam a bombardear e a danificar infraestruturas de energia críticas para a população civil ucraniana, pelo que, esta quinta-feira, a primeira neve do inverno chegou a Kyiv com muitos sem capacidade para se aquecerem do frio.

O governo ucraniano tem criticado Moscovo por procurar criar uma crise energética, numa altura em que o temível inverno da Europa de Leste está mesmo a chegar.

No entanto, a Rússia justifica estes ataques referindo que a Ucrânia tem-se mostrado indisponível para resolver o conflito diplomaticamente.

Milhões de ucranianos estão, assim, a ter grandes dificuldades devido aos ataques russos ao fornecimento de energia. Esta quinta-feira, um novo bombardeamento atingiu uma central de produção de gás, no leste do país, complicando ainda mais as contas à população.

Também em Dnipro, no porto de Odessa e na região de Zaporíjia foram registadas explosões, e qualquer entrave ao fornecimento de energia proveniente da central nuclear de Zaporíjia seria ainda pior para os ucranianos. Citada pela televisão canadiana CBC, a empresa de gás ucraniana Naftogaz informou que uma das muitas infraestruturas de energia atingidas esta quinta-feira foi a grande central de Pivdenmash, em Dnipro.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para Assuntos Humanitários refere, no seu site, que "os contínuos ataques a infraestruturas energéticas estão a criar uma enorme crise energética no país", e "mais de 165 mil pessoas em cidades retomadas pela Ucrânia, incluindo a cidade de Kherson, enfrentam uma situação humanitária severa devido à destruição e danos severos nas infraestruturas".

A gente não sonha com nenhum rosto estranho.


Fatos Desconhecidos

quinta-feira, 17 de novembro de 2022

BILL GATES: África perde "enorme potencial humano" para a insegurança alimentar

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Por LUSA  17/11/22

Trinta por cento das crianças africanas não conseguem atingir a sua plena capacidade mental ou física por não comeram o que precisavam durante a sua infância, destruindo "enorme potencial humano" para o continente, afirmou hoje o magnata Bill Gates.

"Isso é uma tragédia terrível", acrescentou o norte-americano, num evento na Universidade de Nairobi, onde falou para estudantes de todo o continente africano.

Apesar de todos os desafios que o continente enfrenta, o cofundador da Microsoft afirmou: "Somos capazes, como humanos, de encontrar soluções para eles".

Gates salientou, entre outros desafios, os efeitos da pandemia de covid-19, da guerra na Ucrânia e o impacto da crise climática em África.

"Todos vocês têm a oportunidade de fazer grandes mudanças", disse, dirigindo-se à camada jovem estudantil.

Bill Gates sublinhou ainda a necessidade de uma "segunda revolução verde" para melhorar a produtividade dos pequenos agricultores, "particularmente em África".

Para promover tais mudanças agrícolas e reduzir as doenças, a desigualdade de género e a pobreza em África, Gates anunciou que a Fundação Bill & Melinda Gates irá gastar 7 mil milhões de dólares (6,77 mil milhões de euros) em todo o continente durante os próximos quatro anos.

Esta é a primeira viagem do multimilionário a África desde que a pandemia começou.

Gates encontrou-se na quarta-feira com o Presidente queniano, William Ruto, e disse-lhe que a fundação irá abrir um escritório regional em Nairobi.

"Agradecemos o apoio da sua fundação a iniciativas críticas nos setores da saúde, agricultura e tecnologias de informação e comunicação (TIC) no Quénia. Aguardamos, com expectativa, uma maior colaboração em matéria de segurança alimentar e cobertura universal da saúde", afirmou Ruto.

Gates chegou ao Quénia numa altura em que cerca de 4,35 milhões de pessoas necessitam de "assistência humanitária" devido ao agravamento da seca em algumas partes do país, disse a Autoridade Nacional de Gestão da Seca do país em 14 de abril.

O Quénia está entre os países do Corno de África afetados pela grave seca que atualmente atinge a região, onde milhões de pessoas enfrentam a insegurança alimentar e a desnutrição.


Leia Também: Bill Gates doa mais de mil milhões de dólares para ensino de matemática

Ministros do ensino superior da CEDEAO homenageou o PR Umaro Sissoco Embalo pelo seu ardou trabalho que tem sido feito a nível da comunidade

Ministro de ensino superior e investigação científica Timóteo Saba M'bunde entregou esta quinta-feira ao Presidente da República uma homenagem onde foi como representante do Presidente da República em Abuja, na mesma ocasião, M'bunde entregou também a sua última obra literária ao PR


Radio Voz Do Povo

O Presidente da República Umaro Sissoco Embalo recebeu esta quinta-feira em audiência a missão técnica do Fundo Monetário Internacional (FMI) que se encontra em Bissau para finalizar as negociações para estabelecer o Programa de Facilidade de Crédito Alargado.


 Radio Voz Do Povo

NASA: Artemis I capta primeiras imagens da Terra em nova missão até à Lua

© NASA/Twitter

Notícias ao Minuto   17/11/22 

No vídeo de pouco mais de 20 segundos captado pela cápsula Órion - que tem 16 câmaras - no início da viagem até à Lua, a Terra é vista lateralmente iluminada pelo Sol que se afasta.

A NASA partilhou esta quarta-feira um vídeo, através das redes sociais, em que a Terra pode ser vista a partir da missão Artemis I. É a primeira vez desde a missão da Apollo 13, em 1972, que uma nave espacial projetada para levar humanos à Lua captou uma visão da Terra.

No vídeo de pouco mais de 20 segundos captado pela cápsula Órion - que tem 16 câmaras - no início da viagem até à Lua, a Terra é vista lateralmente iluminada pelo Sol que se afasta.

A missão Artemis I da NASA partiu esta quarta-feira pelas 11h48 sem tripulação, do Centro Espacial Kennedy, no Estado norte-americano da Flórida, após o seu lançamento ter sido adiado quatro vezes, para uma viagem de ida e volta à Lua.

O voo de ensaio de 4,1 mil milhões de dólares (3,9 mil milhões de euros) está programado para durar 25 dias, aproximadamente o mesmo período de tempo que as futuras tripulações estarão a bordo.

O objetivo é estabelecer uma presença humana duradoura, em preparação para uma viagem a Marte. O nome do programa, Artemis, refere-se à deusa da Lua, irmã gêmea mitológica de Apolo.

Veja o vídeo acima.☝

Na sequência das aucultações aos partidos políticos, a APU_PDGB também foi ouvido por Sissoco Embalo, PR.

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JORNAL ODEMOCRATA  17/11/2022  

O Presidente da Assembleia de Povo Unido-Partido Democrático da Guiné- Bissau (APU-PDGB), Nuno Gomes Nabiam, disse que o seu partido não está preocupado com a “caducidade” dos atuais membros do Secretariado Executivo da Comissão Nacional de Eleições, alertando que é um assunto que deve ser resolvido com toda a “tranquilidade”

“Porque há instituições responsáveis por essa matéria. Nós do APU-PDGB não temos problema quanto a isso. Esperamos que a CNE se pronuncie sobre condições que permitam a realização de eleições de forma transparente para que não haja sobressaltos no que diz respeito a vacatura deixada pelo Presidente da CNE” disse, à saída de uma audiência com o Presidente da República, na qual foram abordadas questões relacionadas com o adiantamento das eleições legislativas antecipadas marcadas para o dia 18 de dezembro.

Embora reconheça que a Assembleia Nacional Popular (ANP) não está a funcionar, Nuno Gomes Nabiam admitiu que a comissão permanente da ANP possa pronunciar-se sobre essa matéria.

Sobre as eleições legislativas antecipadas, o também chefe de Executivo afiançou que a data inicialmente marcada (18 de dezembro) não é exequível, sugerindo o adiantamento do pleito para o mês de maio, permitindo desta forma que se respeite todas as etapas legais do processo eleitoral.

Disse também que o governo já fez um esforço interno com aquisição de kits e toda a preparação do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral, informando que o governo já contou com o apoio financeiro de Timor e de Portugal, esperando que haja mais apoios dos parceiros do país.

PND PEDE PARTIDOS PARA CONFIAREM NA ATUAL DIREÇÃO DA CNE

O presidente interino do Partido da Nova Democracia (PND), Abas Jaló, pediu aos partidos políticos para confiarem na gestão da atual direção da Comissão Nacional de Eleições, que foi também escolhida na base da lei. 

“Para a eleição de uma nova equipa da Comissão Nacional de Eleições é exigido, no mínimo, dois terços de deputados da nação. Uma vez que não temos a Assembleia em funcionamento neste momento, então torna-se um bocado difícil exigir a eleição da nova direção e, por isso, temos que dar benefício de confiança à gestão desta direção” afirmou, mostrando a disponibilidade do seu partido em encontrar consenso sobre assuntos da vida política e social do país. 


Boko Haram matou 20 mulheres após acusá-las de bruxaria na Nigéria

© Lusa

Por LUSA  17/11/22 

O grupo extremista islâmico Boko Haram matou pelo menos 20 mulheres no fim de semana no nordeste da Nigéria, após as ter acusado de serem bruxas, denunciou hoje um grupo civil de apoio às forças de segurança nigerianas.

"Ali Ngulde, o comandante do grupo terrorista, acusou as mulheres de bruxaria e mandou cortar-lhes a garganta", disse Muhammad Goni, comandante da Força Tarefa Conjunta Civil (CJTF), um grupo de vigilantes que trabalha com o Exército nigeriano desde 2013 para combater o terrorismo, citado pela agência Efe.

O massacre ocorreu na área do governo local de Gwoza, que pertence ao estado nordestino de Borno.

Segundo Goni, as vítimas faziam parte de um grupo de mais de 40 mulheres raptadas pelo grupo terrorista.

Após a morte de um número desconhecido de filhos do líder do Boko Haram, este acusou as mulheres de lançarem feitiços para os matar.

"[Ngulde] é realmente bárbaro. É perverso o que estes terroristas estão a fazer ao nosso povo", lamentou Goni.

Uma fonte do Exército nigeriano, que solicitou o anonimato, também confirmou o massacre à Efe.

"Estas pessoas (combatentes de Boko Haram) são uma ameaça para a humanidade. Eles não devem viver", acrescentou a fonte militar.

O nordeste da Nigéria tem sido alvo dos ataques do Boko Haram desde 2009, violência que escalou em 2016 com o surgimento de uma sua fração, o Estado islâmico na província da África Ocidental (Iswap).

Ambos os grupos procuram impor um estado de estilo islâmico na Nigéria, que é predominantemente muçulmano no norte e predominantemente cristão no sul.

O Boko Haram e o Iswap já mataram mais de 35.000 pessoas e causaram cerca de 2,7 milhões de deslocados internos, na sua maioria na Nigéria, mas também em países vizinhos, como os Camarões, Chade e Níger, de acordo com dados do Governo e da Organização das Nações Unidas.

Comunicado do Conselho de Ministros_ 17.11.2022


PR Umaro Sissoco Embalo recebeu esta quinta-feira, (17.11) a direção do PAIGC chefiada pelo seu presidente Domingos Simões Pereira.

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 JORNAL ODEMOCRATA  17/11/2022  

O Partido da Renovação Social (PRS) defendeu a correção necessária na estrutura do Secretariado Executivo da Comissão Nacional de Eleições antes de avançar para as eleições legislativas.

A posição do PRS foi tornada pública pelo seu presidente em exercício, Fernando Dias, que alega que não se pode falar na realização   de eleições   uma “CNE   caduca e incompleta”

À saída da audiência com o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, o Presidente em exercício do PRS afirmou que não será possível a realização das legislativas a 18 de dezembro, mas admitiu que 14 de maio de 2023 venha a ser uma data consensual.

“O PRS enquanto partido deixou claro a sua posição de que a marcação da data de eleições não é da competência dos partidos. A data que for proposta pelo chefe de Estado será subscrita pelo PRS, porque o fundamental nesse momento é a realização das eleições para que o país possa sair da situação económica em que se encontra”, disse.

Segundo Fernando Dias, um dos assuntos abordados com o Presidente da República tem a ver com a caducidade da Comissão Nacional de Eleições, a entidade que gere e supervisiona o processo eleitoral.

“Para além da sua caducidade, a CNE tem uma vacatura no seu secretariado executivo. Propomos ao Presidente da República que se faça correção necessária, porque não se pode falar na realização das eleições com uma CNE caduca e incompleta”, salientou.

Fernando Dias disse que Umaro Sissoco Embaló deixou claro que não quer interferir no processo, mas pediu aos partidos políticos que apresentem uma proposta que leve todos os atores envolvidos no processo a um consenso sobre que tipo de configuração se deve adotar.

“Na verdade, o que deveria vigorar é a lei, mas na ausência desta procuraremos consenso. O PRS vai entabular contatos com outras formações políticas para resolver o problema da CNE e um dos caminhos é a Comissão Permanente da ANP, que integra todos os partidos representados do Parlamento   e qualquer arranjo será submetido a esse órgão”, frisou.

COP27: Alemanha financia Janela de Ação Climática em África com 40 milhões

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Por LUSA  17/11/22 

A Alemanha vai financiar a Janela de Ação Climática do Banco Africano de Desenvolvimento com 40 milhões de euros para ajudar os países mais vulneráveis, anunciou a instituição durante a Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP27).

De acordo com o secretário de Estado para a Cooperação Económica e Desenvolvimento alemão, Jochen Flasbarth, citado num comunicado do BAD, "a contribuição serve para apoiar a adaptação climática em Estados africanos frágeis" e inclui-se nos "esforços para equilibrar a paridade no financiamento entre a mitigação do clima e a adaptação, apesar dos atuais desafios económicos globais".

"Todos os nossos países têm desafios para obter o equilíbrio certo entre adaptação e mitigação, mas nós queremos fazer isto. Queremos olhar para a qualidade do financiamento da adaptação, e temos de olhar para a acessibilidade ao financiamento climático, especificamente para as contribuições determinadas a nível nacional dos países em desenvolvimento", sublinhou Jochen Flasbarth durante um debate no âmbito da COP27, que decorre até sexta-feira em Sharm El-Sheikh, no Egito.

Para o presidente do BAD, Akinwumi Adesina, o apoio da Alemanha mostra confiança no banco: "A ação climática em que está a investir o seu dinheiro vai permitir que 20 milhões de agricultores, incluindo pastores, tenham acesso a seguros indexados ao clima e irá fornecer a 20 milhões de agricultores tecnologias agrícolas resistentes ao clima, regenerar um milhão de hectares de terra degradada, permitir o investimento em 840 mil milhões de metros cúbicos de água para 18 milhões de pessoas, e fornecer energia renovável para 10 milhões de pessoas", disse o banqueiro, citado no comunicado.

No debate, Adesina destacou várias medidas e iniciativas que o Grupo Banco tinha iniciado para ajudar a atenuar o impacto climático em África, particularmente na produção de alimentos, e salientou que, "embora África contribua apenas cerca de 3% para as emissões de gases com efeito de estufa, o continente é o mais duramente atingido pelo impacto climático, incluindo secas, inundações, ciclones e infraestruturas danificadas, resultando em dívidas em todo o continente".


Leia Também: COP27. UE e quatro Estados-membros doam mil milhões de euros a África

'Sniper' ucraniano terá abatido soldado russo a quase 3 kms de distância... A confirmar-se, trata-se do segundo tiro mais longo de sempre.

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Notícias ao Minuto  17/11/22 

As Forças Armadas da Ucrânia divulgaram, esta semana, imagens que mostram um ‘sniper’ ucraniano a abater a tiro um soldado russo a cerca de 2.710 metros de distância. A confirmar-se, trata-se do segundo tiro mais longo de sempre.

“O tiro preciso do ‘sniper’ das nossas Forças Especiais eliminou o ocupante [soldado russo] a uma distância de 2.710 metros”, escreveu o Comando de Comunicações Estratégicas da Ucrânia na plataforma Telegram.

Este poderá ser o segundo tiro mais longo da história. O primeiro pertence a um militar canadiano que abateu, em 2017, um combatente do Estado Islâmico a uma distância de 3.450 metros, no Iraque. 

Atualmente, o segundo lugar é detido pelo britânico Craig Harrison, que, em 2009, abateu um talibã na província de Helmand, no Afeganistão, a 2.475 metros de distância.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou em fevereiro com o objetivo, segundo o presidente russo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que cerca de seis mil civis morreram e quase dez mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.


@Forces News  The Alligator: The two-metre-long rifle in Ukrainian hands explained☝

O Chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló reuniu-se esta quinta-feira, (17.11) duas instituições ligadas ao processo eleitoral, a CNE e o GTAPE. No final do encontro, o Presidente da CNE, Npapi Kabi e o Director-geral do G-TAPE, Gabriel Baldé prestaram declarações à imprensa.

 Radio Voz Do Povo

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Bissau, 17 Nov 22 (ANG) – O Presidente da Comissão Nacional das Eleições (CNE) disse que, tecnicamente, não estão preparados para organizar eleições legislativas antecipadas marcadas para 18 de Dezembro deste ano, tendo em conta a data  anunciada para o início de recenseamento.

Mpabi Cabi fez estas declarações à imprensa a saída do encontro com o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e disse  que, em termos de recursos humanos, a  instituição está preparada para as próximas eleições.

“Nós já temos um orçamento elaborado. De certeza que, talvez há fundos a mobilizar-se para cobrir esse orçamento”, salientou.

Disse  que não vale a pena alarmar-se sobre o momento da operação eleitoral propriamente dito, porque o país ainda está na fase de recenseamento.

Questionado sobre a proposta da CNE em relação à nova data para as legislativas, Cabi respondeu que não pode avançar com a data porque compete ao Presidente da República decidir e anunciar a referida data.

O Diretor-geral do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE), Gabriel Gibril Baldé disse  que a instituição que dirige está preparada para começar o trabalho de recenseamento eleitoral, por isso, solicitou ao Governo para anunciar a data do início de recenseamento e já foi tornado público no passado dia 10 do mês corrente.

“Sobre a data, tínhamos feito uma reunião com todos os partidos políticos e  todos assumiram que seria melhor a nova marcação, a partir de 14 de Maio de 2023 para frente. E agora cabe ao Presidente da República indicar a nova data”, disse.

De acordo com Baldé, o recenseamento vai ser de raíz para que haja mais participação de todos os partidos políticos e para que a sua instituição também possa ter uma base de dados consistente, evitando a repetição do recenseamento de raiz, em cada ano que se faça as eleições.

Aquele responsável acrescentou que o GTAPE pretende acabar com esse ciclo de recenseamento, a cada ano, e que estão a trabalhar para que, doravante, possam fazer apenas a atualização do caderno eleitoral tal  como diz a lei.

Disse  que o único apoio que o país teve para o processo eleitoral foi de Timor Leste. 

Primeiro Ministro Nuno Gomes Nabiam recebe a delegação do FMI na sua última missão de avaliação para estabelecimento do Programa de Facilidade de Crédito Alargado com a Guiné-Bissau.

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ECDC: Mais de 35 mil mortes por ano na Europa por resistência antimicrobiana

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Por LUSA  17/11/22 

Mais de 35 mil pessoas morreram por ano na Europa, entre 2016 e 2020, devido a infeções motivadas por resistência a medicamentos antimicrobianos, segundo um relatório do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) hoje divulgado.

De acordo com o ECDC (sigla em inglês), cujas estimativas divulgadas abrangem os países do Espaço Económico Europeu, o impacto da resistência antimicrobiana na saúde é comparável ao da gripe, tuberculose e sida juntos.

Citada em comunicado, a diretora do ECDC, Andrea Ammon, alerta para o aumento das mortes por infeções causadas por bactérias especialmente resistentes a tratamentos de última linha.

"Esforços adicionais são necessários para continuar a reduzir o uso desnecessário de antimicrobianos, melhorar a prevenção de infeções e as práticas de controlo e aplicar programas de administração de antimicrobianos", afirmou.

O relatório destaca que os países do norte da Europa reportaram taxas mais baixas de resistência antimicrobiana, contrariamente aos países das regiões do sul e do leste.

Dentro do Espaço Económico Europeu (União Europeia, Islândia, Noruega e Liechtenstein), o número de infeções por bactérias do género 'Acinetobacter' que se revelaram resistentes a diferentes grupos de antibióticos mais do que duplicou (121%) em 2021 face à média verificada entre 2018 e 2019, segundo o ECDC.

Também as infeções com a bactéria 'Klebsiella pneumoniae' resistente ao antibiótico 'carbapenems', frequentemente utilizado como último recurso, aumentaram 20% em 2021 e 31% em 2020.

O ECDC realça ainda, em comunicado, a quase duplicação entre 2020 e 2021 das infeções com o fungo 'Candida auris', que pode ser resistente a múltiplos agentes antifúngicos e está na origem de surtos associados aos cuidados de saúde (em centros de saúde ou hospitais).

Por definição, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, a resistência antimicrobiana ocorre quando bactérias, vírus, fungos e parasitas não respondem aos medicamentos, tornando as infeções difíceis de tratar, aumentando o risco de contágio, doença grave e morte.

Nos medicamentos antimicrobianos incluem-se antibióticos, antivirais, antifúngicos e antiparasitários.

ANÚNCIO DO CONCURSO: Reabilitação Das Vias Urbanas (Bissau, Bafata e Gabu), Reconstrução da Estrada Safim- Jugudjul e Construção da ponte em TcheTche.


Ministério Das Obras Publicas, Habitação e Urbanismo

O Ministro das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo faz saber que se encontra aberto o Concurso Público aberto (Internacional)  com a designação de “Obras de Reabilitação das vias urbanas (Bissau, Bafatá e Gabú), Reconstrução da estrada Safim-Jugudul e Construção da ponte metálica em Tchetche–Concepção e Execução”

1. Identificação e financiamento do projeto

Titulo : Obras de Reabilitação das vias urbanas (Bissau, Bafatá e Gabú), Reconstrução da estrada Safim-Jugudul e Construção da ponte metálica em Tchetche -Concepção e Execução

b) Fontes de financiamento : Orçamento Geral do Estado (sob prefinanciamento do empreiteiro) 

c) Situação de financiamento :   sob Prefinanciamento  do empreteiro

2. Identificação do contrato

a) Tipo de contrato : Preço Unitário

b) Objetivo : Reabilitação das vias urbanas e da Rede Rodoviária Nacional,

c) Número de lotes : 5

3. Critérios de elegibilidade, de origem e de avaliação

a) Elegibilidade e origem : O concurso é aberto a todas as empresas nacionais e estrangeira

b) Avaliação : Ver o caderno de encargos

4.   Autoridades adjudicantes

a) Entidade Adjudicante : Ministério das Obras Publicas, Habitação e Urbanismo Direcção Geral de Infra-estruturas de Transporte

Fiscal : Direcção Geral de Infra-estruturas de Transporte (Ministério das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo) através de um Gabinete a recrutar

5. Locais e Prazos

a) Localização dos trabalhos :

LOTE N° A1 : REABILITAÇÃO DAS VIAS URBANAS DE BAFATA (10 KM)

LOTE N° A2 : REABILITAÇÃO DAS VIAS URBANAS DE GABU (10 KM)

LOTE N° A3 : REABILITAÇÃO DA ESTRADA DE CACOMA (1,4 KM)

LOTE N° 2 : RENOVAÇÃO DA ESTRADA SAFIM-JUGUDUL (43KM )

LOTE N° 3 : CONSTRUÇÃO DA PONTE DE TCHETCHE (150 ML)

a) Prazo de execução das propostas bases :

LOTE N° A1 : 12 meses 

LOTE N° A2 : 12 meses 

LOTE N° A3 :   4 meses 

LOTE N° 2 :   24 meses 

LOTE N° 3 :     6 meses 

b) Prazo de validade das propostas : 90 (noventa) dias ou até a data de assinatura do contrato. A contar a partir da data de entrega da proposta (16/12/2022).

6.   Caderno de encargos

a) Tipo : Concurso público aberto (Internacional) com procedimento acelerado

b) Condições de aquisição:

Em troca do pagamento de 250.000 Francos CFA por lote. Um recibo será remitido ao comprador

O Caderno de Encargos poderá ser adequerido até 10 dias antes do prazo de entrega das propostas.

7.   Língua, recepção e abertura das propostas

a) As propostas das empresas podem ser redigidas em Português ou Francês em triplicado ( um original e dois cópias).

b) Data e hora (local) limites para a entrega : Dia 16 de dezembro de 2022 até às 11H00.

c) Local da entrega : Secretaria da Direcção Geral das Infraestruturas de Transportes Ministério das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo

Palácio do Governo. Bissau.

d) Data e hora (local) para a abertura pública : Dia 16 de dezembro de 2022 até às 11H00.

e) Local da abertura publica : Sala de reunião do Ministério das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo

Palácio do Governo. Bissau.

8.   Cauções e garantias

a) Garantia da proposta :  2% (dois porcentos) do montante da proposta do lote ou lotes

b) Garantia de boa execução: 10% (dez por cento) do valor do contrato ou dos contratos

c) Prova da capacidade financeira: Declaração do banco confirmando a disponibilidade do

concorrente no montante superior a 30% (trinta porcentos) do montante total da proposta do lote ou lotes

9. Visita aos locais das obras

Os concorrentes têm a obrigatoriedade de efectuar uma visita aos locais da realização dos trabalhos nos dias :

LOTE N° A1 (Bafatá) :  05/12/2022 

LOTE N° A2 (Gabú)   :  06 /12/2022 

LOTE N° A3 (Bissau) :  07 /12/2022 

LOTE N° 2  (Troço Safim-Jugudul): 05 /12/2022 

LOTE N° 3 (Tchetche, Região de Gabú): 06/12/2022 

Após da visita, a DGIT remetera um certificado de participação aos concorrentes que devera ser anexado a proposta de cada lote.

Republicanos recuperam maioria na Câmara dos Representantes dos EUA

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Por LUSA  17/11/22 

Os republicanos garantiram na quarta-feira a recuperação do controlo da câmara de representantes dos EUA, podendo tornar-se um obstáculo à estratégia política do presidente Joe Biden.

Depois de ter perdido a hipótese de recuperar o senado, o Partido Republicano conseguiu uma ligeira minoria na câmara baixa do Congresso, muito longe da "onda vermelha" (a cor do partido), prometida pelo ex-presidente Donald Trump como desfecho das eleições intercalares que decorreram no passado dia 8.

Com alguns círculos eleitorais ainda por esclarecer, os republicanos atingiram na quarta-feira os 218 lugares que garantem a maioria na câmara de representantes, suficiente para criar dificuldades à agenda política de Joe Biden, nos próximos dois anos.

Com este resultado, o Congresso dos EUA regressa ao modelo de "casa dividida", com o senado controlado pelos democratas e com a câmara de representantes liderada pelos republicanos.

O Partido Republicano não esperou pelos resultados finais para começar a escolher o líder da maioria na câmara baixa do Congresso, tendo indicado o nome de Kevin McCarthy para substituir a democrata Nancy Pelosi.

McCarthy venceu o primeiro embate - afastando o senador Rick Scott, que era apoiado por Donald Trump - mas para ficar com o lugar de Pelosi, terá de se sujeitar a uma votação final, no início do próximo ano, onde precisará do apoio da maioria dos 435 membros da câmara de representantes.

FDA - EUA: Carne produzida em laboratório autorizada para consumo humano

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Notícias ao Minuto 16/11/22 

Pela primeira vez, carne produzida a partir de células animais pode ser consumida por humanos, anunciou esta quarta-feira a Food and Drug Administration (FDA) dos EUA.

A Food and Drug Administration (FDA) dos EUA autorizou o consumo humano de carne produzida em laboratório. "O mundo está a passar por uma revolução alimentar e a FDA está comprometida em apoiar a inovação no fornecimento de alimentos", afirmou o regulador norte-americano, em comunicado, acrescentando que a conclusão dos testes deram conta que "o produto é seguro para consumo humano".

De acordo com a informação avançada pela agência Reuters, a agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos e o departamento de agricultura dos EUA regulam juntos a carne produzida através de células animais, num acordo que remonta a 2019, que permite trabalhar com outras empresas que desenvolvem alimentos produzidos em laboratório.

O Departamento de agricultura dos EUA está agora responsável pela supervisão do processo e pela rotulagem dos produtos.

"A demanda por alternativas à carne de criação cresceu juntamente com a conscientização sobre as altas emissões de gases de efeito estufa da criação de gado", avança a Reuters, revelando que "foi servido frango" produzido em laboratório aos participantes da COP27 deste ano, que se realizou no Egito.


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Taiwan. EUA avisam que estão preparados para eventual ataque chinês

© Greg Nash-Pool/Getty Images

Por LUSA  16/11/22 

Os Estados Unidos informaram hoje que estão a acompanhar "de perto" as ações militares da China contra Taiwan e garantiram que estão totalmente preparados para qualquer eventual ataque à ilha.

"Estamos a acompanhar de perto. Estamos preparados militarmente. Uma das questões essenciais agora é garantir que Taiwan se possa defender", disse o chefe do Estado-Maior dos EUA, general Mark Milley, durante uma conferência de imprensa.

Milley sublinhou que uma das "muitas lições aprendidas" com a invasão russa da Ucrânia é que "a guerra no papel é muito diferente da guerra real, quando o sangue é derramado e as pessoas morrem", lembrando que o exército chinês "não esteve envolvido em combate desde a luta contra os vietnamitas, em 1979".

"Estariam a jogar um jogo muito perigoso, ao invadir a ilha. Não têm experiência ou formação para isso. Ainda não treinaram para isso", acrescentou o general.

Milley explicou que, embora não conheça pessoalmente o Presidente chinês, Xi Jinping, considera-o uma pessoa "racional" que "tomará decisões com base no que acredita ser o interesse" do seu país.

"Acho que ele pesa as coisas com base no custo, benefício e risco. E acho que rapidamente concluiria que um ataque a Taiwan, no futuro próximo, seria muito arriscado e acabaria num verdadeiro desastre estratégico para os militares chineses", explicou o chefe de Estado-Maior norte-americano.

Ainda assim, Milley reconheceu que os EUA "estão a analisar atentamente a capacidade anfíbia chinesa e a capacidade de transporte aéreo".

"Para já, eles podem bombardear, podem lançar mísseis. Podem atacar Taiwan, mas será uma tarefa militar muito difícil", concluiu o general.

A ilha é uma das principais fontes de conflito entre a China e os Estados Unidos, até porque Washington é o principal fornecedor de armas a Taiwan, sendo o seu maior aliado militar no caso de uma guerra com a China.

Taiwan - onde o exército nacionalista chinês se retirou após a derrota contra as tropas comunistas na guerra civil - é governado de forma autónoma desde 1949, embora a China reivindique soberania sobre a ilha, que considera uma província rebelde para cuja reunificação não descartou a possibilidade de uso de força.

As tensões em torno da ilha foram agravadas, em agosto passado, como resultado de uma viagem à ilha da presidente da câmara de representantes dos EUA, a democrata Nancy Pelosi, à qual Pequim respondeu com exercícios militares na região.

No encontro bilateral entre o Presidente dos EUA e o seu homólogo chinês, em Bali, na véspera da cimeira do G20, o presidente dos EUA, Joe Biden disse a Xi que Washington não mudou a sua posição relativamente a Taiwan.

Xi aproveitou para avisar Biden de que Taiwan é "a primeira linha vermelha que não deve ser ultrapassada", acrescentando que espera que os EUA "honrem a promessa" de não apoiar uma eventual independência da ilha.

GUERRA NA UCRÂNIA: EUA acreditam que inverno favorecerá forças militares ucranianas

© Reuters

Por LUSA  16/11/22 

O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, defendeu hoje que a chegada do inverno poderá favorecer as tropas ucranianas, no combate contra a invasão russa, iniciada no final de fevereiro.

Austin explicou que o Exército ucraniano está mais preparado, hoje, para as condições impostas pelo inverno do que as tropas russas, lembrando que Kyiv tem tido a ajuda "muito generosa" dos países aliados, que recentemente anunciaram o envio de agasalhos e equipamentos para enfrentar esta época do ano.

"Por outro lado, o exército russo está a lutar num país estrangeiro. Os ucranianos tornaram as suas rotas de abastecimento problemáticas. Será difícil para as forças russas conseguir o equipamento necessário para uma guerra nestas condições", disse o responsável pela pasta da Defesa norte-americana.

Austin encorajou as Forças Armadas ucranianas a continuar a exercer pressão sobre a Rússia, no campo de batalha, alegando que o inverno colocará dificuldades adicionais às forças controladas por Moscovo.

Por isso, Austin incentivou as forças ucranianas a não permitirem que os russos "descansem e se rearmem".

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.557 civis mortos e 10.074 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


Leia Também: Os Estados Unidos admitiram hoje que é improvável, no curto prazo, que a Ucrânia seja capaz de expulsar as forças russas dos territórios ocupados por Moscovo, incluindo a Crimeia.

quarta-feira, 16 de novembro de 2022

Discurso do chefe estado maior "Biague Nan Tan a margem de comemoração do dia das Forças Armadas Revolucionárias do Povo "FARP"


 Radio Voz Do Povo

NATO garante "preparação" para incidentes e pede apoio aéreo para Kyiv

© Getty Images

Por LUSA  16/11/22 

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Jens Stoltenberg, garantiu, esta quarta-feira, que a Aliança Atlântica "está preparada" para incidentes como o da Polónia, exortando os Aliados a mobilizarem mais apoio aéreo para a Ucrânia.

"A NATO está preparada para situações como esta. Estamos a fazer exercícios e estamos a preparar-nos para incidentes como este, antes de mais nada para evitar que aconteçam e, se acontecerem, para garantir que não se descontrolam", assegurou Jens Stoltenberg.

Depois de admitir que a explosão que matou duas pessoas na Polónia "foi provavelmente causada" por um míssil ucraniano, ressalvando que "não é culpa da Ucrânia", o secretário-geral da NATO garantiu que os sistemas de defesa aérea da Aliança Atlântica "são criados para se defenderem contra ataques a toda a hora".

Falando numa conferência de imprensa em Bruxelas após ter presidido a uma reunião do Conselho do Atlântico Norte para discutir a explosão de terça-feira na Polónia, perto da fronteira com a Ucrânia, Jens Stoltenberg vincou que "a Ucrânia tem o direito de se defender contra a Rússia numa guerra ilegal de agressão".

"E a nossa principal prioridade agora - ou uma das principais prioridades agora - é fornecer mais sistemas de defesa aérea à Ucrânia", realçou o líder da Aliança Atlântica.

Ainda assim, Jens Stoltenberg reconheceu ter ficado "preocupado" quando soube dos acontecimentos de terça-feira, lamentando as duas mortes provocadas pelo incidente.

"Estamos a acompanhar de muito perto [as tensões] e, por conseguinte, estamos preparados para lidar com situações como esta de uma forma firme e calma, mas também de uma forma que evite uma nova escalada", adiantou à imprensa, no final de uma reunião do Conselho do Atlântico Norte, o principal organismo de decisão política da NATO.

O Presidente polaco, Andrzej Duda, admitiu esta quarta-feira que o míssil que matou duas pessoas na Polónia, na terça-feira, "tenha sido lançado pela Ucrânia", mas disse que nada indica que tenha sido um "ataque intencional".

Andrzej Duda declarou que a Polónia não vai invocar o artigo 4.º da NATO que prevê consultas entre aliados sempre que esteja ameaçada a "integridade territorial, a independência política ou a segurança" de qualquer dos Estados-membros da Aliança Atlântica.

A Polónia convocou uma reunião de emergência com os seus aliados da NATO depois de ter anunciado que um "projétil de fabrico russo" tinha caído na localidade de Przewodow, que faz fronteira com a Ucrânia.

Pouco depois do incidente se ter tornado conhecido, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que a explosão na Polónia tinha sido causada por um míssil russo.

O Ministério da Defesa russo negou que o míssil tenha sido disparado pelas suas forças, que bombardearam infraestruturas de energia por toda a Ucrânia na terça-feira.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse hoje que havia informações preliminares que punham em causa que o míssil tivesse sido disparado a partir da Rússia.

O Kremlin (Presidência russa) saudou a contenção dos Estados Unidos e reiterou que a Rússia "não tem nada a ver com o incidente na Polónia".

Fotos publicadas nos meios de comunicação social mostraram um veículo agrícola danificado junto a uma grande cratera e, de acordo com imprensa polaca, as duas vítimas mortais eram trabalhadores agrícolas.

A guerra na Ucrânia foi desencadeada pela Rússia em 24 de fevereiro deste ano, quando invadiu o país vizinho.

O conflito mergulhou a Europa naquela que é considerada como a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Adesão da União Africana como membro do G20 será considerada em 2023

@Macky_Sall

Por: LUSA  16 Novembro 2022

Paris "apoia a plena integração da União Africana no G20", da mesma forma que a União Europeia também é membro.

A candidatura da União Africana (UA) a membro permanente do G20, que reúne as maiores economias do mundo, será considerada na próxima cimeira do grupo em 2023, disse esta quarta-feira o chefe de Estado do Senegal, Macky Sall. “Agradeço aos membros do G20 que apoiaram a candidatura da UA para se juntar ao grupo na cimeira de Bali na Indonésia“, afirmou o Presidente na sua conta oficial na rede social Twitter.

“A adesão da UA será considerada na Cimeira do G20 de 2023 na Índia”, acrescentou Sall. Na cimeira de Bali, realizada entre terça-feira e hoje, tanto Sall, atual presidente da UA, como Cyril Ramaphosa, Presidente da África do Sul – o único país africano membro do G20 – apelaram à adesão da União Africana como membro permanente do fórum.

O Presidente senegalês já apelou este ano a uma revisão da governação internacional que daria uma maior representação africana em órgãos como o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e o G20. “Gostaria de salientar que nesta renovação do multilateralismo com o qual nos comprometemos em Bali, África continua a ser um parceiro essencial na cena internacional“, referiu Sall, no seu discurso na cimeira do G20 na terça-feira.

“É a oitava maior economia em termos de PIB [Produto Interno Bruto], tem mais de 60% de terra arável e uma população estimada em 2,5 mil milhões em 2050″, recordou o chefe de Estado senegalês. Por este motivo, acrescentou, África “pode ter a ambição justa de se tornar membro permanente do Fórum do G20 e eu gostaria de convidar os meus homólogos para o fazerem”.

A mesma opinião é partilhada pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, que afirmou que Paris “apoia a plena integração da União Africana no G20”, da mesma forma que a União Europeia também é membro. Macron anunciou, igualmente, a realização “no próximo mês de junho, em Paris” de uma “conferência internacional sobre um novo pacto financeiro com o Sul”, com o objetivo de “criar as condições para um verdadeiro choque de financiamento para o Sul”.

No seu discurso, o presidente em exercício da UA centrou-se também na luta contra a insegurança alimentar e apelou à “resolução do paradoxo de uma África com imenso potencial agrícola, florestal e hídrico, que muitas vezes enfrenta carências alimentares”.

“Temos de modernizar os nossos sistemas agrícolas, aumentar a produtividade neste setor através de investimentos maciços, promover o acesso dos nossos produtores a equipamento agrícola e fertilizantes, e desenvolver cadeias de valor agrícola para aceder aos mercados externos”, apontou.

Macky Sall observou, ainda, que se trata de “uma questão de mobilizar recursos significativos que excedem em muito as capacidades orçamentais” dos Estados, “daí a necessidade de acompanhar estes esforços com financiamentos concessionais”.

Sobre a transição energética, o presidente da UA reiterou – como fez na cimeira climática da 27.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP27) no Egito – o compromisso de África com o Acordo de Paris (2015) para combater a crise climática. África, salientou, “continua aberta à opção de uma economia de baixo carbono, mas isto requer transferência de tecnologia e investimento em energias renováveis”.

“Renunciar à exploração dos nossos recursos naturais enquanto a eletricidade continua a ser um luxo, tanto para a população como para as nossas empresas devido ao seu elevado custo, significa restringir o nosso potencial de industrialização, especialmente no setor agroalimentar”, advertiu Sall. O G20 é um grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo e a União Europeia. Juntas, as nações representam cerca de 80% de toda a economia global.