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Por LUSA 01/04/22
O Presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou hoje que 30 países vão juntar-se aos Estados Unidos e colocar no mercado "dezenas de milhões" de barris de petróleo, para travar a escalada de preços devido à guerra na Ucrânia.
"As nações estão a unir-se para impedir [o Presidente russo Vladimir] Putin de usar os seus recursos energéticos como arma", disse o chefe de Estado a repórteres na Casa Branca.
Biden anunciou que hoje mesmo 30 nações chegaram a um acordo para aumentar a oferta de petróleo no mercado, atender à procura e tentar baixar os preços.
O chefe de Estado norte-americano não revelou quais as nações que chegaram a esse acordo, mas na quinta-feira a Casa Branca anunciou que os EUA estavam a conversar com os 30 países que fazem parte da Agência Internacional de Energia (AIE).
Os membros da AIE realizaram hoje uma reunião extraordinária para discutir possíveis ações para dar estabilidade ao mercado internacional de petróleo.
Essa reunião ocorre apenas um dia após Biden ter ordenado a libertação de uma quantidade recorde das reservas de petróleo do seu país - um milhão de barris por dia ao longo dos próximos seis meses - para tentar conter o aumento dos preços.
O plano de Biden servirá para adicionar um total de 180 milhões de barris de petróleo ao mercado global (um milhão por dia durante 180 dias ou seis meses), mas o impacto pode ser relativo porque a contribuição dos EUA representa apenas 1% da procura global.
Além disso, a Rússia deixou de colocar no mercado cerca de três milhões de barris por dia.
Biden já revelou na terça-feira que estava a coordenar com os seus aliados em todo o mundo e que esperava que outras nações avançassem com contribuições entre os 30 e 50 milhões de barris de petróleo.
A AIE já concordou em 01 de março, uma semana após a invasão russa da Ucrânia, libertar 60 milhões de barris de petróleo das reservas estratégicas dos seus membros.
Na altura, os Estados Unidos colocaram 30 milhões de barris de petróleo no mercado, apenas metade do que a AIE concordou.
O anúncio de quinta-feira de Biden já surtiu efeito nos mercados e, de facto, o preço do 'West Texas Intermediate', que e é usado como referência na definição de preços do petróleo nos EUA, abriu hoje com queda de 1,3%, para 98,95 dólares (89,59 euros) o barril.
A AIE é constituída pela Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Estónia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Japão, Luxemburgo, México, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Eslováquia, Espanha, EUA, Noruega, Holanda, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia, Suíça e Turquia.
O decreto assinado por Vladimir Putin que estabelece um novo mecanismo para o pagamento de gás russo entrou hoje em vigor, sem causar qualquer perturbação nos fornecimentos da Gazprom, segundo fontes russas e europeias.
A medida prevê que os compradores paguem em euros ou doláres, mas que os fornecedores russos recebam em rublos.
Isto passaria pela abertura de duas contas num banco russo, depositando os compradores em euros ou dólares na primeira conta, moeda que é depois cambiada para rublos pela mesma instituição bancária e o valor transferido para a segunda conta, de onde saem, em rublos, os pagamentos ao fornecedor russo.
A empresa estatal russa Gazprom informou hoje os seus clientes do novo mecanismo, mas sem fechar os seus oleodutos, num comunicado em que assegura que continua a ser "um parceiro fiável" e a "exportar gás para os seus consumidores"...Ler Mais
Saúde é a "prioridade número um" do líder russo e isso é notado pelo facto de ser frequentemente acompanhado por vários médicos.
As teorias acerca do estado de saúde do presidente russo, Vladimir Putin, têm-se multiplicado ao longo das últimas semanas. Do inchaço à paranoia e ainda as suspeitas de uso de esteróides, muitos apontam para a possibilidade do líder russo ter sido diagnosticado com cancro.
A plataforma Proekt (ou 'Projecto'), um meio de comunicação social russo independente especializado em jornalismo de investigação, publicou um trabalho extenso acerca das preocupações de saúde do presidente russo.
Um dos pontos observados pelos jornalistas durante a investigação é de que Putin é constantemente acompanhado por uma equipa médica em todas as suas viagens e um dos especialistas mais frequente é um oncologista...Ler Mais
Por NOTÍCIAS AO MINUTO 01/04/22
Um investigador do Departamento de Estudos de Guerra da King's College London acusa a mulher de ser responsável pela morte de "40 ucranianos, incluindo civis".
Uma ‘sniper’ russa procurada pelas forças ucranianas desde 2014 foi capturada, após ter sido “deixada para morrer”.
Irina Starikova, de 41 anos, terá dito aos captores que foi abandonada depois de ter ficado ferida numa batalha com as tropas ucranianas, relata o The Sun.
O anúncio foi feito pelas forças armadas ucranianas, no Twitter, onde indicaram que a mulher “atirou contra os nossos prisioneiros em 2014”, quando lutou com as forças separatistas russas de Donetsk.
Giorgi Revishvili, investigador do Departamento de Estudos de Guerra da King's College London, confirmou a captura, acusando-a de ser responsável pela morte de “40 ucranianos, incluindo civis”, no Twitter.
Segundo a instituição norte-americana The Peacemaker Center, que investiga crimes cometidos pelos separatistas russos na guerra da Ucrânia, Bagira – como é conhecida – é natural da Sérvia e tem duas filhas de nove e 11 anos, sendo casada com um soldado da Bielorrússia, Aleksandr Ogrenich. Conhecido como Gorynych, também lutará pelos separatistas russos.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.276 civis, incluindo 115 crianças, e feriu 1.981, entre os quais 160 crianças, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,1 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos. Além disso, a ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.