© PressOffice of Ukrainian Presidency/Anadolu Agency via Getty Images
Notícias ao Minuto 07/03/22
A mulher do presidente ucraniano frisou que são “necessários” corredores nas cidades mais afetadas e que “centenas de crianças morrem” em ‘bunkers’ "sem comida e cuidados médicos".
Olena Zelenska, mulher do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, recorreu às redes sociais para divulgar a história de algumas das crianças que morreram desde o início da invasão russa da Ucrânia e acusou as tropas russas de matarem “consciente e cinicamente”.
A primeira-dama ucraniana lembrou Kirill, o menino de 18 meses levado para o “hospital de urgência pelos pais” após ficar ferido num bombardeamento, mas “os médicos não puderam fazer nada”.
Alice “poderia ter completado oito anos”, mas “morreu num bombardeamento com o avô, que a protegia”.
Polina, de nove anos, morreu em Kyiv, também durante um bombardeamento “nas ruas da capital, junto dos pais e do irmão”. A irmã, a única sobrevivente, permanece em estado crítico.
Arseniy, de 14 anos, foi “atingido por um por fragmento de um projétil na cabeça”. “Os médicos não o conseguiram ajudar no tiroteio. Arseniy sangrou até à morte”, frisou Olena.
Por último, Sofia, de seis anos, o irmão, de um mês e meio, a mãe, o avô e a avó “foram mortos a tiro no carro” quando tentavam sair de Nova Kakhovka.
Estas são apenas algumas das “38 crianças que já morreram na Ucrânia”. Um número que, segundo a primeira-dama ucraniana, “pode estar a aumentar neste exacto momento” devido aos “bombardeamentos” nas “cidades pacíficas”.
“Quando as pessoas na Rússia dizem que as suas tropas não estão a prejudicar a população civil, mostrem-lhes estas fotos. Mostrem o rosto destas crianças que nem tiveram a hipótese de crescer. Quantas mais crianças devem morrer para convencer as tropas russas a parar de disparar e a permitir os corredores humanitários?”, questionou na publicação.
Olena Zelenska frisou que são “necessários” corredores nas cidades mais afetadas e que “centenas de crianças morrem” em ‘bunkers’ "sem comida e cuidados médicos". “Os soldados russos disparam em famílias que tentam deixar os prédios. Eles também matam voluntários que tentam ajudar”, denunciou.
Num apelo dirigido “a todos os meios de comunicação imparciais do mundo”, Olena pede para ser dita a “terrível verdade”: “os invasores russos estão a matar crianças ucranianas”.
“Mostrem isto às mães russas - deixem-nas saber exatamente o que os seus filhos estão a fazer aqui, na Ucrânia. Mostrem estas fotos às mulheres russas - os maridos, irmãos, compatriotas estão a matar crianças ucranianas”, reiterou. “Que eles saibam que são pessoalmente responsáveis pela morte de todas as crianças ucranianas porque deram seu consentimento tácito a esses crimes.”
Por fim, Olena dirigiu-se à NATO e pediu o encerramento do espaço aéreo da Ucrânia. “Salvem os nossos filhos, porque amanhã salvará os seus”, terminou.
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Trump sugere ataque à Rússia com caças disfarçados com bandeiras chinesas
O antigo presidente falou durante 84 minutos num discurso em Nova Orleães.
O antigo presidente norte-americano falou este sábado num congresso republicano sobre a invasão da Rússia à Ucrânia. Durante esta mais recente aparição pública, o ex-governante afirmou que os EUA deviam disfarçar os aviões militares F-22 de aeronaves chinesas para bombardear a Rússia e fez também elogios ao líder totalitário norte-coreano, Kim Jong Un.
Donald Trump discursou durante 84 minutos, em Nova Orleães, e terá dito que Kim é um líder "seriamente duro" e que foi mais severo com o regime de Vladimir Putin que qualquer outro governante mundial.
Afirmou, ainda, que tinha ficado maravilhado com a forma como os generais e assessores do líder norte-coreano “se acovardavam” quando o ditador falava com eles. Contou que quando esteve com o governante “os seus funcionários estavam sentados em posição de sentido”, acrescentou que o seu desejo é que os seus colaboradores "ajam assim" em relação ao presidente.
Mais adiante no discurso afirmou também que o exército dos EUA devia bombardear a Rússia com aviões F-22 disfarçados com bandeiras chinesas alegando que diriam depois: “A China fez isso". Algo que resultaria, segundo o antigo presidente, num conflito em que "eles [China e Rússia] começariam a lutar uns com os outros e nós [EUA] ficamos sentados a assistir”, dizem as declarações citadas pelo jornal The Washington Post.
Recorde-se que a Rússia lançou no dia 24 de fevereiro de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 2.000 civis, incluindo crianças, segundo Kyiv. A ONU deu conta de mais de 1,5 milhões deslocados para países vizinhos como a Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar Moscovo.
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A presidente da Comissão Europeia confirmou hoje que a União Europeia está a trabalhar em novas sanções contra a Rússia, à luz da "negligência do Kremlin em relação aos civis" durante a ofensiva militar em curso na Ucrânia.
Numa declaração à imprensa ao acolher na sede do executivo comunitário, em Bruxelas, o primeiro-ministro italiano, Ursula von der Leyen indicou que um dos assuntos que vai discutir com Mario Draghi é "o novo pacote de sanções" em que a UE está "a trabalhar neste momento" para punir "a guerra atroz" conduzida pelo Presidente russo, Vladimir Putin, na Ucrânia.
A Rússia esteve ausente hoje na abertura de uma audiência no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), num processo iniciado pela Ucrânia, que solicita ao tribunal da ONU que ordene Moscovo a parar a sua invasão militar.
"Otribunal lamenta a ausência da Federação Russa durante estes procedimentos", disse Joan Donoghue, juíza-presidente do TIJ, indicando que já havia sido notificada dessa ausência pelo embaixador russo nos Países Baixos, onde está localizada a sede do tribunal.