segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Guiné-Bissau: Apoiante do PR guineense exorta Simões Pereira a entender-se com Embaló... Um dos principais apoiantes da reeleição de Umaro Sissoco Embaló como Presidente da Guiné-Bissau, Botche Candé, exortou hoje o líder da oposição, Domingos Simões Pereira, a entender-se com o chefe de Estado do país.

© Lusa   27/10/2025

Botche Candé é coordenador da Plataforma Republicana, espaço que congrega vários partidos guineenses que apoiam a reeleição de Sissoco Embaló, e é ministro do Interior do Governo de iniciativa presidencial, nomeado depois da dissolução, em 2023, do parlamento da maioria liderada por Simões Pereira. 

Em declarações citadas pela imprensa guineense, Botche Candé, que falava domingo numa localidade do interior da Guiné-Bissau, observou que Simões Pereira "devia procurar Umaro Sissoco Embaló e este procurar Simões Pereira para conversarem".

"Domingos Simões Pereira, em pessoa, devia procurar Umaro Sissoco Embaló e este também deveria procurar o Domingos para conversarem, para andarem juntos, para que o PAIGC não morra", afirmou Botche Candé.

O responsável, um dos principais apoiantes da reeleição de Sissoco Embaló para um segundo mandato de cinco anos, comentava a exclusão decretada pelo Supremo Tribunal de Justiça à Plataforma Aliança Inclusiva (PAI -- Terra Ranka) de participar nas próximas eleições legislativas, marcadas para 23 de novembro, juntamente com as presidenciais.

A plataforma, afastada do poder com a dissolução do parlamento, é liderada pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que apoiava a candidatura de Simões Pereira às eleições presidenciais, cuja inscrição foi rejeitada pelo STJ, alegando impossibilidade de a mesma ser analisada dentro dos prazos legais.

A Guiné-Bissau realiza eleições legislativas e presidenciais no dia 23 de novembro e, para o coordenador da Plataforma Republicana, o PAIGC "devia seguir o exemplo do Senegal", que passaria pela escolha de uma outra figura para as eleições presidenciais no lugar de Domingos Simões Pereira.

"O PAIGC devia seguir o exemplo do Senegal, onde Ousmane Sonko [então opositor] foi impedido de se candidatar, por força da lei, e indicou alguém do seu partido, neste caso Diomaye Faye, e este foi eleito Presidente, poucos dias depois de sair da prisão", defendeu.

Botche Candé considerou que o PAIGC "poderá morrer" se o atual líder "persistir com a ideia de ser o único candidato" à presidência da República em nome daquele partido.

O político disse ainda que nunca irá "insultar" Domingos Simões Pereira, que considera um irmão por tudo o que já passaram na política guineense, deixando, contudo, o apelo de entendimento da classe política sob a liderança de Umaro Sissoco Embaló.

"Faço apelo à unidade de todos os políticos guineenses, sob a liderança de Umaro Sissoco Embaló, para fazermos história na Guiné-Bissau", declarou Botche Candé.


lançamento oficial de pedra para reabilitação da estrada em Pantcha envolvendo Tanundé Keita nesta segunda-feira, 27 de outubro.


  Radio TV Bantaba

Arrancou esta segunda-feira (27.10) a produção dos boletins de voto para as próximas eleições, nas instalações da INACEP... O diretor-geral da instituição, Leônico Pereira Tavares, garantiu que “todas as condições de segurança estão asseguradas” para o bom andamento do processo.

A cerimónia de início dos trabalhos contou com a presença da ministra da Comunicação Social, Maria Conceição Évora, do presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), N’pabi Cabi, e dos representantes dos candidatos à Presidência da República, bem como dos partidos e coligações concorrentes às legislativas.

 Radio Voz Do Povo

Putin rompe acordo nuclear com EUA sobre reprocessamento de plutónio... O presidente russo, Vladimir Putin, assinou hoje uma lei que rompe o acordo com os EUA sobre o reprocessamento de plutónio, destinado a limitar a produção de novas armas nucleares e considerado obsoleto há vários anos.

© Reuters   Lusa   27/10/2025

O presidente russo, Vladimir Putin, assinou hoje uma lei que rompe o acordo com os EUA sobre o reprocessamento de plutónio, destinado a limitar a produção de novas armas nucleares e considerado obsoleto há vários anos. 

O Acordo de Gestão e Processamento de Plutónio, assinado em 2000 e revisto em 2010, comprometia Moscovo e Washington a transformar 34 toneladas de plutónio proveniente da Guerra Fria em combustível para centrais nucleares, o suficiente para eliminar material capaz de produzir cerca de 17 mil ogivas.

O Kremlin já tinha suspendido unilateralmente a aplicação do tratado em 2016, durante a presidência do democrata Barack Obama, num período de crescente tensão entre os dois países.

A nova lei, aprovada este mês pelo Parlamento russo e hoje promulgada, formaliza a denúncia definitiva do acordo.

As autoridades norte-americanas consideravam o pacto um dos pilares da cooperação nuclear entre Moscovo e Washington após o fim da Guerra Fria.

O seu término é visto como mais um sinal do colapso das estruturas de controlo de armamento entre as duas potências.

Desde o início da invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, os líderes ocidentais têm acusado Moscovo de usar a retórica nuclear como forma de intimidação.

Poucos dias após o início da ofensiva, Putin colocou as forças nucleares russas em alerta máximo e, em 2024, reduziu o limiar para o uso dessas armas.

No domingo, o Presidente russo anunciou o sucesso do teste final do míssil de cruzeiro nuclear Burevestnik, de longo alcance, alimentando receios de uma nova corrida armamentista.

Entretanto, as conversações de paz entre Moscovo e Kyiv permanecem bloqueadas, apesar das tentativas de mediação do Presidente norte-americano, Donald Trump, que tinha prometido encerrar rapidamente o conflito.

Na terça-feira passada, Trump adiou indefinidamente o encontro planeado com Putin em Budapeste, afirmando que não queria "negociações inconsequentes".


Médio Oriente: Hamas critica decisão sobre sucessão do líder palestiniano... O grupo radical Hamas, no poder na Faixa de Gaza, criticou hoje a Autoridade Palestiniana por ter adotado unilateralmente um processo de substituição do presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, em caso de morte.

© REUTERS/Hatem Khaled   Lusa   27/10/2025

O grupo radical Hamas, no poder na Faixa de Gaza, criticou hoje a Autoridade Palestiniana por ter adotado unilateralmente um processo de substituição do presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, em caso de morte.

Abbas, 89 anos, anunciou no domingo um processo formal de sucessão no caso de morrer que colocará o vice-presidente palestiniano, Husein al Sheij, como líder em funções até à realização de eleições.

O porta-voz do Hamas, Hazem Qasem, considerou tratar-se de "mudanças unilaterais por parte da cúpula" da Autoridade Palestiniana no sistema político, "violando a Lei Básica e sem consenso nacional".

Qasem disse que as mudanças realizadas e as tentativas de as explorar "para beneficiar algumas partes distorceram profundamente o sistema político e complicaram a possibilidade de o reformar".

O porta-voz reiterou que "o Hamas continuará os esforços para reformar o sistema político no âmbito de um consenso nacional", conforme noticiou o jornal palestiniano Filastin.

"Continuaremos os nossos esforços para construir este consenso e uma verdadeira unidade palestiniana que nos permita fazer face a desafios sem precedentes na história da causa palestiniana", acrescentou, segundo a agência de notícias espanhola Europa Press.

A reação de Qasem surgiu depois de Abbas ter consolidado o processo de sucessão em caso de morte, um cenário que deixará temporariamente nas mãos de Al Sheij o comando do governo palestiniano na Cisjordânia.

Caberá também ao atual vice-presidente negociar com o Hamas uma autoridade na Faixa de Gaza após a ofensiva militar israelita contra o enclave, na sequência dos ataques contra Israel de 07 de outubro de 2023.

No caso de o cargo ficar vago, Al Sheij "assumirá temporariamente a Presidência da Autoridade Nacional por um período não superior a 90 dias", segundo a declaração constitucional divulgada por Abbas.

Durante esse período, deverão realizar-se "eleições livres e diretas para eleger um novo presidente, em conformidade com a Lei Eleitoral palestiniana".

A ordem contempla, no entanto, a prorrogação do mandato por decisão do Conselho Central Palestiniano se não for possível realizar eleições "por força maior".

A decisão visa "proteger o sistema político palestiniano, salvaguardar a nossa pátria, garantir a sua segurança e preservar as instituições constitucionais", segundo a declaração divulgada pela agência de notícias oficial palestiniana WAFA.

"A liberdade do indivíduo, o Estado de direito e a promoção de valores como a igualdade, a democracia, o pluralismo e a justiça social são a base da legitimidade de qualquer sistema de governo que irá liderar o país", acrescentou.

O Hamas e a Fatah, o partido de Abbas, têm estado mergulhados há anos em diversas conversações de unidade, sem qualquer acordo até agora, após o conflito armado que se seguiu às eleições de 2006.

O impasse agravou-se com as tensões e diferenças provocadas pela ofensiva israelita contra Gaza e as exigências para que o Hamas não tenha qualquer papel no futuro governo palestiniano.

O grupo extremista islâmico, que venceu as eleições de 2006, assumiu o governo de Gaza no ano seguinte depois de expulsar a Fatah, que controla a Cisjordânia, onde tem sede a Autoridade Palestiniana.


PR Umaro Sissoco Embaló recebeu esta segunda-feira (27.10), em audiencia João Cravinho, antigo Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, encontram-se no país na qualidade de Representante especial da Uniao Europeia para Sahel.


 Radio Voz Do Povo

Governo são-tomense acusa parlamento de querer atrasar ajuste salarial... O ministro das Finanças são-tomense acusou hoje o parlamento de querer atrasar a implementação do ajuste salarial e o aumento do salário mínimo, mas garantiu que todos os valores serão pagos no final de outubro como previsto.

© Lusa    27/10/2025

"É para ser concretizado este mês e vai ser pago neste mês de outubro, conforme nós já tínhamos prometido. Nós não vamos desviar dos nossos objetivos", garantiu Gareth Guadalupe, em resposta à Lusa, antes de participar numa reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional, convocada pelo Presidente da República, Carlos Vila Nova. 

"Há muita gente com vontade que isso não aconteça este mês, está a espalhar muitas desinformações, há muita gente que não está interessada que esse país dê passos, há muita gente que não está interessada em que haja um clima de harmonia e isso tudo tem estado a criar aqui um clima para poder desgastar a população", acrescentou o governante.

Em 06 de outubro, o ministro das Finanças anunciou o aumento do salário mínimo da função pública de 100 para 120 euros e garantiu melhoria de rendimentos para todas as categorias, assegurando que a lei será votada pelo parlamento ainda este mês.

No entanto, o parlamento são-tomense agendou uma sessão plenária para sexta-feira, sem incluir a discussão da lei de ajuste salarial e do salário mínimo na ordem do dia.

Fontes do parlamento disseram à Lusa que após o Governo submeter o documento, houve necessidade de correções, e após isso não restava tempo suficiente para que o documento fosse analisado pela comissão especializada, e depois ser submetida para a discussão e aprovação na generalidade e na especialidade e final global, e ser posteriormente submetida para a promulgação pelo Presidente da República.

No entanto, o ministro das Finanças disse hoje que o Governo entregou os documentos no dia 14, a Assembleia só respondeu no dia 22, pedindo para corrigir algumas coisas, o que assegurou que  foi feito de imediato.

Gareth Guadalupe sublinhou que a Assembleia e as comissões tiveram tempo suficiente para trabalhar na matéria porque trata-se de um "objetivo maior".

"Assembleia existe para trabalhar, a Assembleia não existe para criar problemas [...] eu não posso dizer que existe claramente um bloqueio da parte da Assembleia, mas o que eu estou a dizer é que houve e há tempo material suficiente para que isso pudesse entrar na próxima reunião de sessão plenária que só terá lugar no dia 31 de outubro", sublinhou.

Gareth Guadalupe assegurou que "todo o sistema salarial já está carregado com um novo ajuste salarial e é para acontecer este mês".

O atual Governo são-tomense foi empossado em janeiro, após o Presidente da República, Carlos Vila Nova, ter demitido o então primeiro-ministro, Patrice Trovoada, e ter escolhido para o cargo Américo Ramos, contra a indicação da direção do partido Ação Democrática Independente (ADI) que detém a maioria absoluta no parlamento.

Desde então, a direção da ADI, que inclui o ex-primeiro-ministro Patrice Trovoada e a atual presidente do Parlamento e primeira vice-presidente do partido, Celmira Sacramento, demarcou-se das ações do Governo, contrariando publicamente algumas ações, que têm sido apoiadas por outra ala que inclui o primeiro-ministro Américo Ramos, o segundo vice-presidente do partido Orlando da Mata e alguns membros do Governo, nomeadamente o ministro das Finanças, Gareth Guadalupe.


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O ex-primeiro-ministro do Mali Moussa Mara foi condenado hoje a dois anos de prisão, um com pena suspensa, por "prejuízo ao crédito do Estado e oposição à autoridade legítima", após expressar apoio a presos políticos.


Familiares dos reféns pedem suspensão de tréguas até entrega de todos os corpos... A principal organização israelita que faz campanha pela libertação dos reféns em Gaza pediu hoje a suspensão das próximas etapas do acordo de cessar-fogo até que o Hamas devolva os últimos 13 corpos ainda mantidos em território palestiniano.

© REUTERS/Stoyan Nenov    Lusa   27/10/2025

Lembrando que, segundo o acordo, todos os reféns, vivos e mortos, deveriam ter sido devolvidos até há duas semanas, o Fórum das Famílias solicitou, em comunicado, "ao Governo israelita e aos mediadores que não avancem para a próxima fase do acordo até que o Hamas cumpra todas as suas obrigações". 

Em vigor desde 10 de outubro, o cessar-fogo foi alcançado após o anúncio de um plano de 20 pontos impulsionado pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, e semanas depois do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ordenar uma nova invasão terrestre à cidade de Gaza.

Numa primeira fase, o acordo permitiu a libertação pelo Hamas e por outras fações extremistas palestinianas dos últimos 20 reféns vivos e dos corpos de 15 reféns, em troca de cerca de 2.000 prisioneiros palestinianos e dos restos mortais de habitantes de Gaza.

No âmbito do acordo, o grupo islamita palestiniano Hamas deveria ter devolvido 28 corpos de reféns que estavam na sua posse, mas até à data só entregou 15, alegando dificuldades em encontrar os cadáveres no território devastado pela ofensiva israelita.

A segunda fase do plano de tréguas inclui o desarmamento do grupo islamita palestiniano, a continuação da retirada israelita de Gaza e a criação de uma administração civil para iniciar a reconstrução do território, pontos que permanecem em aberto para discussão.

"As famílias pedem ao Governo israelita, ao Governo norte-americano e aos mediadores que não avancem para a próxima fase do acordo [de cessar-fogo] até que o Hamas cumpra todas as suas obrigações e devolva todos os reféns a Israel", referiu o comunicado divulgado pela organização.

"O Hamas sabe exatamente onde está cada um dos reféns falecidos. Passaram duas semanas desde o prazo estabelecido no acordo para o regresso dos 48 reféns, e 13 permanecem retidos", denunciaram.

As famílias dos reféns apelaram ao Governo israelita e às partes mediadoras para que tomem "medidas imediatas e decisivas para garantir que o Hamas cumpre integralmente os seus compromissos" e devolva os restantes corpos.

O Hamas, juntamente com outras milícias de Gaza, mantém os corpos de 13 reféns, incluindo indivíduos que morreram em cativeiro, assassinados a 07 de outubro de 2023, e um corpo que se encontra no enclave desde 2014, o do soldado israelita Hadar Goldin.

Durante as negociações de cessar-fogo, o Hamas informou os mediadores que nem todos os corpos estavam na sua posse e que, uma vez iniciada a trégua, teria de tentar localizar os restantes corpos.

Há quase uma semana que o Hamas não devolve qualquer corpo, embora prossigam as escavações em Gaza para recuperar os restantes 13.

Os islamitas alargaram, no domingo, as buscas para zonas para lá da "linha amarela", ou seja, as que permanecem sob controlo militar do Exército israelita.

A operação, conduzida pela organização internacional Crescente Vermelho, entidade federada com a Cruz Vermelha, foi solicitada por ambas as partes, sendo que a equipa é composta exclusivamente por pessoal técnico, sem presença militar.

Mediadores internacionais, com destaque para os Estados Unidos, têm pressionado o Hamas para que conclua a entrega dos corpos, etapa considerada essencial para avançar para a segunda fase do plano.

A guerra que motivou o cessar-fogo começou em 07 de outubro de 2023, depois de o Hamas ter matado cerca de 1.200 pessoas em Israel e raptado 251, que levou para Gaza como reféns.

A retaliação israelita causou mais de 68.000 mortos na Faixa de Gaza e a destruição de grande parte das infraestruturas do território.

Israel foi acusado de genocídio e de usar a fome como arma de guerra, o que nega.

O Hamas é considerado uma organização terrorista por vários países, incluindo Israel e Estados Unidos.


Leia Também: Um morto e seis feridos em ataque aéreo israelita no sul de Gaza

Um palestiniano morreu hoje e outros seis ficaram feridos, dois deles gravemente, num ataque om drones israelitas na área de Abasan al-Kabira, a leste de Khan Yunis (sul de Gaza), indicou o Ministério da Saúde do enclave.


França: Hacker coloca registos fiscais de Brigitte Macron com nome de homem... Primeira-dama francesa foi alvo de novo ataque que põe em causa o seu género.

© Getty Images/ELIOT BLONDET/POOL/AFP   Notícias ao Minuto  27/10/2025

A mulher de Emmanuel Macron voltou a ser alvo de um ataque por aqueles que continuam a alegar que a primeira-dama francesa é, na realidade, um homem.

Segundo conta o Daily Mail, um hacker alterou os registos fiscais da mulher do presidente de França, atribuindo-lhe um nome masculino.

Recorde-se que Brigitte tem sido alvo de vários rumores que questionam o seu género, com vários internautas a alegarem que a mulher, de 72 anos, nasceu homem. As mesmas alegações referem que o seu nome verdadeiro é Jean-Michel Trogneux.

A informação sobre o ataque foi avançada por um dos responsáveis da equipa de Macron, Tristan Bromet, ao canal francês BFMTV, revelando ainda que a primeira-dama do país ficou chocada ao saber do ataque que tinha sido alvo.

Desde então, foi apresentada uma queixa junto das autoridades e duas pessoas envolvidas foram identificadas.

Este caso surge depois de 10 pessoas terem sido acusadas de de assédio online contra a primeira-dama, as quais serão julgadas hoje em Paris. 

Os acusados são oito homens e duas mulheres com idades entre os 41 e os 60 anos. 

Rumores começaram em França

O início das alegações sobre a primeira-dama começaram a surgir nas redes sociais desde a eleição de Emmanuel Macron, em 2017, e segundo as quais se alega que Brigitte Macron, nascida Trogneux, nunca existiu.

Duas mulheres começaram a ser julgadas em junho do ano passado no Tribunal Penal de Paris por terem espalhado na internet o boato segundo o qual a mulher do presidente francês mudou de sexo, um rumor que se tornou viral.

O presidente francês já lamentou os "ataques machistas e sexistas" de que é alvo "uma mulher poderosa" que o acompanha.

"O pior são as informações falsas e os cenários inventados, com as pessoas a acabarem por acreditar neles e a perturbar-nos, mesmo na nossa intimidade", disse Macron em declarações aos jornalistas, quando questionado quais as suas "piores recordações como presidente".

Brigitte Macron vai apresentar evidências de que é uma mulher em tribunal

Em setembro, o presidente francês e a sua mulher anunciaram que vão apresentar "provas cientificas" de que a primeira-dama gaulesa é efetivamente uma mulher. A decisão aconteceu após múltiplas polémicas e alegações.

O advogado da família anunciou que o presidente francês e a sua mulher vão apresentar evidências para suportar o processo de difamação que apresentaram contra a influencer norte-americana Candace Owens.

Tom Clare, o principal advogado dos Macron, afirmou, ao podcast 'Fame Under Fire' da BBC, que os seus clientes estavam dispostos a demonstrar "de forma genérica e específica" que as alegações são falsas.


"Ninguém sabe ao certo o que irá acontecer" no final das 48 horas que Trump deu ao Hamas para devolver mais reféns a Israel... Henry Galsky, correspondente da CNN Portugal em Israel, faz o ponto da situação em Gaza, numa altura de impasse no acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas

Estrada que liga São Vicente e São Domingos está de mal a pior... As preocupações dos condutores e dos passageiros foram manifestadas esta segunda feira 27 de outubro a Repórter da Rádio TV Bantaba.


 Radio TV Bantaba

Estudo: A vitamina que pode ser a solução contra doença comum no fígado... Estudos revelam que existem resultados promissores contra esta condição. Pode não pôr fim por completo, mas são várias as melhorias que esta vitamina traz a pessoas com Doença Hepática Esteatótica Associada à Disfunção Metabólica, também conhecida como MASLD.

© Shutterstock    Adriano Guerreiro   noticiasaominuto.com  27/10/2025 

Existe uma vitamina que pode ajudar a pôr fim a uma doença do fígado bastante comum. Estudos revelaram-se promissores e mostraram as melhorias que os pacientes tiveram ao tomá-la durante um certo período de tempo. Falamos de Doença Hepática Esteatótica Associada à Disfunção Metabólica, também conhecida como MASLD ou como doença hepática gordurosa não alcoólica.

Dor na zona do abdómen, fadiga extrema, perda de apetite e barriga inchada são alguns dos sintomas a que deve estar atento e que podem indicar que está com esta condição. O fígado acaba por armazenar gordura em demasia. Pessoas com diabetes tipo 2, obesidade e hipertensão estão em risco elevado.

São dois os estudos que mostraram melhorias no fígado devido à toma de vitamina B3, um publicado na Nutrients e outro na BMC Public Health.  "Níveis mais baixos de miR-93 relacionam-se com a redução do acumular de gordura no fígado em roedores. Observou-se que o tratamento com niacina, ou vitamina B3, reduziu o miR-93 e, consequentemente, diminuiu a gordura no fígado", explica Amol Rangnekar, especialista em doenças hepáticas, aqui citado pela revista Parade.

A vitamina que pode ajudar o fígado

"Isto pode levar a uma menor deposição de gordura no fígado. A niacina é um antioxidante, o que pode reduzir o stress oxidativo no fígado, levando a menos inflamação e, consequentemente, menos cicatrizes da doença hepática gordurosa", continua.

Apesar dos resultados nestes dois estudos, "precisamos de mais estudos em humanos para avaliar a eficácia e a segurança antes de recomendar este tratamento".

A dose de vitamina B3 pode ser suficiente através da adoção de uma dieta equilibrada e não por via de uma suplementação. "A vitamina B3 é encontrada em diversos alimentos, incluindo carne vermelha, aves, peixes, arroz integral, cereais e pães, nozes, sementes, leguminosas e bananas."

Mais formas de conseguir tratar doenças no fígado

O médico recomenda ainda a adoção de práticas diárias que ajudam a tratar este tipo de condição. É o caso de algumas mudanças na dieta que podem ajudar a reduzir a gordura e perda de peso. 

Amol Rangnekar explica que pode ajudar o consumo de proteínas magras, como é o caso de peixe, frango e peru, mas também a redução do consumo de carne vermelha e o consumo de café.

Pela saúde do seu fígado, veja o que deve ter sempre em casa

Ao agregador de blogues HuffPost, a especialista em nutrição Ana Luzón revela alguns dos alimentos em que deve apostar para evitar inflamações e doenças graves no fígado. Em primeiro lugar, explica que vegetais como brócolos, couve-flor e couves de Bruxelas são perfeitos. "Promovem a desintoxicação e reduzem o stress oxidativo."

Por outro lado, o alho e a cebola também são perfeitos. "Estimulam as enzimas hepáticas que são responsáveis por eliminar as toxinas." Aposte também em frutas cítricas e ainda em cozinhar com azeite.

Alimentos ricos em ómega-3 são outros nos que deve apostar. É o caso do salmão, da cavala, sardinha ou dos frutos secos. Tenha ainda em casa aveia e grãos integrais.

O chá verde é mais um dos alimentos que vão fazer a diferença. "Ajuda a reduzir a gordura acumulada." Frutos vermelhos, como mirtilos e amoras, deixam também o fígado protegido.


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Um novo estudo investigou a rapidez com que o nosso cérebro processa os diferentes aspetos dos alimentos e de como pode influenciar na hora de fazermos escolhas (mais ou menos saudáveis).


Israel diz que piorar condições de detidos palestinianos reduziu ataques... O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, afirmou que a política de deterioração das condições dos detidos palestinianos nas prisões israelitas levou a "uma diminuição" dos ataques terroristas.

© Getty Images    Lusa   27/10/2025 

"Atualmente, até o Shin Bet [inteligência israelita] admite que a aplicação da política levou a uma diminuição dos ataques e dissuadiu o Hamas", afirmou o ministro, numa declaração em vídeo. 

A declaração foi feita na sequência da publicação de uma entrevista exclusiva com o ex-refém Bar Kuperstein ao canal público israelita Kan, na qual descreveu em pormenor as torturas de que foi vítima às mãos dos captores na Faixa de Gaza.

Isto após declarações de Ben Gvir a dizer ter piorado o tratamento dos prisioneiros palestinianos nas prisões israelitas.

"Colocaram-nos contra a parede e espancaram-nos brutalmente... Disseram que a culpa era de Ben Gvir, que 'o que quer que ele faça com os nossos prisioneiros, faremos com vocês'", contou Kuperstein, na primeira entrevista desde a libertação, após dois anos de cativeiro.

O ministro da Segurança Nacional protestou contra as declarações, acusando os meios de comunicação israelitas de "adotarem a narrativa do Hamas" ao publicá-las e afirmando que os atos de violência do movimento islamita palestiniano começaram "muito antes das mudanças nas prisões".

Mudanças que, segundo disse Gvir, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, não permitiu que implementasse antes de 07 de outubro.

Questionado sobre se sentia raiva em relação a Ben Gvir, Kuperstein respondeu que estava irritado com o facto de qualquer ação contra os prisioneiros palestinianos ser tornada pública.

"O senhor sabe que eles nos têm nas mãos, como é que pode permitir que abusem de nós? É um ministro do Governo, é suposto zelar pelo nosso bem-estar, porque não zelou pelo nosso bem-estar?", questionou.

Em agosto de 2024, a organização não-governamental israelita B'Tselem publicou um relatório baseado em entrevistas com 55 prisioneiros palestinianos, alegando que estes foram vítimas de espancamentos, más condições sanitárias, detenção em regime de incomunicabilidade, abusos sexuais e privação de alimentos e de sono durante o tempo de cativeiro.

De acordo com um comunicado oficial do Knesset (parlamento israelita) publicado este mês, com base em dados do serviço prisional do país, o número de detidos nas prisões israelitas aumentou em 6.061 reclusos desde 07 de outubro de 2023, dia do ataque do Hamas em solo israelita.

Kyiv reivindica autoria de ataque a barragem na região russa de Belgorod... A Ucrânia reivindicou hoje a responsabilidade por um ataque, no fim de semana, que danificou uma barragem num reservatório na região russa de Belgorod, na fronteira com a Ucrânia.

© Reuters    Lusa   27/10/2025

Os 'drones' ucranianos provocaram uma fissura na estrutura e, em consequência, o nível da água desceu um metro, afirmou o comandante das Forças de Sistemas Não Tripulados do exército ucraniano, Robert Brovdi. 

Os meios de comunicação ucranianos noticiaram, este fim de semana, que o reservatório na região russa de Belgorod tinha sido atingido por lançadores de foguetes HIMARS, um sistema norte-americano que a Ucrânia tem vindo a utilizar desde o primeiro ano da invasão.

As autoridades regionais de Belgorod declararam no sábado que a barragem - no rio Seversky Donets - tinha sido danificada por fogo de artilharia ucraniana.

De acordo com as autoridades de Belgorod, a intenção do ataque era destruir por completo a barragem, o que teria provocado inundações na zona adjacente, onde vivem mil pessoas.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem afirmado repetidamente que a Ucrânia responderá à campanha russa de ataques ao sistema energético e a outras instalações civis do país, neste outono, com bombardeamentos semelhantes contra infraestruturas críticas russas.


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O Ministério da Defesa russo anunciou hoje ter intercetado 193 'drones' ucranianos durante a madrugada, num ataque que causou uma morte, de acordo com as autoridades locais.


Trump considera inoportuno teste de míssil russo de propulsão nuclear... Presidente dos Estados Unidos diz que "é inadequado da parte de Putin" anunciar este teste

Por  Cnnportugal.iol.pt

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, considerou esta segunda-feira que o anúncio do homólogo russo, Vladimir Putin, sobre a realização do teste de um míssil de cruzeiro russo de propulsão nuclear, "é inoportuno".

O Presidente da Rússia "deveria pôr fim à guerra" na Ucrânia, afirmou o dirigente norte-americano, considerando que "é inadequado da parte de Putin" anunciar este teste.

“Esta guerra, que deveria durar uma semana, entrará em breve no quarto ano. É isso que ele deveria fazer, em vez de testar mísseis”, disse Trump, aos jornalistas, a bordo do avião que o leva ao Japão, no segundo dia de uma digressão pela Ásia.

O Presidente russo anunciou, no domingo, o sucesso do teste final de um míssil de cruzeiro com propulsão nuclear, elogiando a arma, que descreveu como única, com um alcance de até 14 mil quilómetros, em resposta ao escudo antimísseis dos EUA.

“Os testes decisivos estão agora concluídos”, disse Vladimir Putin num vídeo divulgado pelo Kremlin, durante uma reunião com responsáveis militares, ordenando que se comecem a “preparar as infraestruturas para colocar esta arma ao serviço nas forças armadas” russas.

Segundo garantiu, o Burevestnik ('pássaro da tempestade' em russo) tem um “alcance ilimitado” e “é uma criação única que mais ninguém no mundo possui”.

Durante o último teste, em 21 de outubro, o míssil Burevéstnik permaneceu no ar “cerca de 15 horas”, sobrevoando 14 mil quilómetros, precisou o chefe do Estado-Maior russo, Valeri Guerasimov, acrescentando que “este não é um limite” para este armamento.

“As características técnicas do Burevestnik permitem utilizá-lo com precisão garantida contra locais altamente protegidos situados a qualquer distância”, afirmou.

Vladimir Putin anunciou em 2018 o desenvolvimento pelo exército russo destes mísseis, capazes, segundo o líder, de superar praticamente todos os sistemas de interceção.

Segundo Guerasimov, “durante o seu voo, o míssil completou todas as manobras verticais e horizontais”, demonstrando assim “as suas grandes possibilidades na hora de eludir os sistemas antiaéreos e antimísseis”.

Putin destacou que se trata de “uma peça de armamento única que mais ninguém tem no mundo” e lembrou que especialistas do mais alto nível previram que tal projeto era “irrealizável”.

"E agora concluímos os testes finais", afirmou, orgulhosamente.

Putin anunciou pela primeira vez em outubro de 2023 um teste bem-sucedido com o Burevestnik, um míssil envolto em controvérsia devido aos numerosos testes falhados realizados no final da década passada.

A Rússia decidiu avançar com o desenvolvimento desses mísseis quando os EUA decidiram criar um escudo antimísseis, abandonando, em 2001, o tratado antimísseis, assinado por Moscovo e Washington em plena Guerra Fria (1972).

Putin dirigiu esta semana manobras das forças nucleares russas por terra, mar e ar, logo após o cancelamento da cimeira de Budapeste com Donald Trump, devido à recusa de Moscovo em cessar as hostilidades na Ucrânia.


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O Presidente norte-americano, Donald Trump, reiterou hoje que adoraria encontrar-se com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, durante a deslocação ao continente asiático esta semana.

domingo, 26 de outubro de 2025

Israel quer direito de veto sobre membros de força internacional em Gaza... O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou hoje que tem poder de veto em relação aos membros da força internacional que o seu aliado norte-americano está a tentar formar para proteger a Faixa de Gaza no pós-guerra.

Por LUSA 

De acordo com o plano do presidente Donald Trump, no qual se baseia o acordo de cessar-fogo entre Israel e o movimento radical palestiniano Hamas, uma força internacional de estabilização, composta principalmente por tropas de países árabes e muçulmanos, será enviada para Gaza à medida que o exército israelita se retira do enclave.

Deixamos (...) claro, em relação às forças internacionais, que Israel decidirá quais as forças que são inaceitáveis para nós", declarou Netanyahu, que se opôs ao envio de forças da Turquia, um país com laços estreitos com o Hamas.

"Somos um Estado independente", insistiu perante os seus ministros. "A nossa política de segurança está nas nossas mãos".

Na sexta-feira, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, disse que os membros da força internacional "devem ser pessoas ou países com os quais Israel se sinta confortável", depois de uma fonte do Ministério da Defesa turco ter relatado discussões sobre a participação turca.

A primeira fase do acordo de cessar-fogo, que entrou em vigor a 10 de outubro, prevê, além do cessar-fogo, a libertação de todos os reféns, vivos e mortos, a retirada parcial do exército israelita de Gaza e a distribuição pelas Nações Unidas de ajuda humanitária em Gaza.

O Hamas libertou todos os 20 reféns vivos a 13 de outubro, mas até agora só entregou 15 dos 28 corpos, alegando dificuldades em encontrar restos mortais no território devastado pela ofensiva de retaliação israelita.

Hoje, antes do amanhecer, veículos e camiões egípcios que transportavam equipamento pesado de construção entraram em Gaza e seguiram para Al-Zawayda (centro), onde ficarão sediados.

Shosh Bedrosian, porta-voz do gabinete de Netanyahu, confirmou que uma equipa técnica egípcia foi "autorizada a entrar para lá da linha amarela", que demarca a zona de Gaza controlada por Israel, "para procurar os [corpos dos] reféns".

"Não daremos à ocupação (israelita) uma desculpa para retomar a guerra. Novas áreas estarão acessíveis para a busca de alguns dos corpos" de reféns, declarou o negociador do Hamas Khalil al-Hayya.

Além do envio de uma força multinacional, as fases subsequentes do plano de Trump incluem a continuação da retirada israelita de Gaza, o desarmamento do Hamas e a reconstrução do território, entre outras.

O Hamas, que tomou o poder na Faixa de Gaza em 2007, recusou até agora considerar o desarmamento, embora Netanyahu queira expulsá-lo do território.

Na quinta-feira, o vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, disse que a força internacional deve estar na linha da frente para garantir o desarmamento do Hamas.

"Gaza será desmilitarizada" e isso "será feito da forma mais fácil ou mais difícil", reiterou Bedrosian, reafirmando que Israel "exercerá um controlo total sobre a segurança de Gaza".

O cessar-fogo visa pôr fim a dois anos de guerra em Gaza, desencadeada pelos ataques a Israel, liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023, que causaram cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.

A retaliação de Israel já provocou mais de 68 mil mortos e cerca de 170.000 feridos na Faixa de Gaza, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde do território (tutelado pelo Hamas), que a ONU considera credíveis.

Maior refinaria de África vai duplicar capacidade para 1,4 milhões... A maior refinaria africana, na Nigéria, vai duplicar a sua capacidade para 1,4 milhões de barris de petróleo por dia, em três anos, tornando-se "a maior" do mundo, anunciou hoje o proprietário, Aliko Dangote.

Por LUSA 

"Vamos mais do que duplicar a capacidade de produção de barris, de 650.000 para 1,4 milhões", anunciou o empresário nigeriano, numa conferência de imprensa, na cidade de Lagos, citado pela AFP.

Segundo o proprietário, isto fará com que o gigante complexo petroquímico na Nigéria se torne na maior refinaria do mundo, ultrapassando a de Jamnagar, na Índia.

Antes da inauguração da Refinaria Dangote, no ano passado, a Nigéria precisava de importar quase todo o seu combustível, apesar de ser o maior produtor de petróleo de África.

"Esta expansão reflete a nossa confiança no futuro da Nigéria, a nossa crença no potencial de África e o nosso compromisso em construir a independência energética do nosso continente", salientou o homem mais rico de África segundo a revista Forbes.


Não é psicológico... Respirar fundo ajuda mesmo a relaxar, diz estudo... Investigadores da universidade ETH Zurique descobriram que respirar fundo ajuda, de facto, a aliviar o stress e a tensão, uma vez que esta ação tem um efeito no surfactante pulmonar, líquido que reduz de forma significativa a tensão superficial nos alvéolos pulmonares.

Por noticiasaominuto.com

Sente-se melhor depois de respirar fundo? Não é por caso. A sensação de relaxamento acontece devido a um 'fluído' presente nos seus pulmões, denominado de surfactante pulmonar, que ajuda estes órgãos a funcionarem corretamente. 

Investigadores suíços da universidade ETH Zurique descobriram que respirar profundamente tem um efeito interessante na forma como esse 'fluído' interage com os pulmões. 

O fluído 'mágico' que tem fascinado os especialistas

Há já muito tempo que os cientistas se interessam pelo surfactante pulmonar e pela forma como nos ajuda a respirar. Na década de 80, conforme revela o 'website' CNET, pesquisas nesta área ajudaram ao desenvolvimento de tratamentos que salvaram a vida de bebés prematuros com pulmões subdesenvolvidos. 

Para tal, os médicos extraíram o fluído de pulmões de animais, aplicando-os a bebés prematuros, o que se revelou essencial para o seu correto funcionamento.

Respire profundamente para aliviar o stress

Uma das coisas que os investigadores analisaram foi a forma como o surfactante pulmonar se comporta ao ser estendido ou comprimido, simulando para isso movimentos de respirações normais e mais profundas, em laboratório. 

Entretanto mediram a tensão superficial deste líquido e compararam os dados. Feito isto, descobriram que a tensão diminuía significativamente após cada respiração profunda. 

Segundo Maria Novaes-Silva, que faz parte do grupo de investigadores, o alongamento e a compressão do surfactante pulmonar, que ocorre após inspirações profundas, reorganiza a composição da camada superficial dos pulmões.  

É por isso que depois de inspirarmos profundamente, a respiração torna-se mais fácil. 

Os investigadores acreditam que estas descobertas poderão contribuir para uma compreensão mais aprofundada da insuficiência pulmonar em adultos.

Dificuldades em respirar? Falta de água poderá ser o problema

Todo o organismo precisa de água e os pulmões não são exceção. Para mantê-los a funcionar da melhor forma, a hidratação é bastante importante. A redução da produção de muco é uma das consequências, mas há mais.

Segundo um estudo de 2018, publicado na Thorax, quando fica desidratado a elasticidade dos tecidos pulmonares fica comprometida. Assim, é mais complicado expandirem e contraírem a cada respiração que faz.

Desta forma, a respiração pode tornar-se mais difícil e poderá trazer até outro tipo de problemas. Segundo um relatório do American Journal of Respiratory Cell and Molecular Biology, existe uma ligação clara entre pessoas com falta de hidratação e casos de asma ou bronquite.

Numa entrevista que deu ao Lifestyle ao Minuto, Catarina Carvalheiro, cirurgiã cardiotorácica, da unidade de pulmão do Centro Clínico Champalimaud, destacou a importância da reabilitação respiratória, essencial na recuperação de doentes com patologias respiratórias.

Netanyahu diz que Israel controla a sua política de segurança e nega pressões... O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou hoje que "Israel é um Estado independente", responsável pela sua própria segurança, e classificou como "ridículas" as afirmações que sugerem interferências dos Estados Unidos.

Por LUSA 

"No último mês, testemunhámos afirmações ridículas sobre a relação entre os Estados Unidos e Israel. Quando estive em Washington, dizia-se que eu controlo a administração norte-americana e que dito a sua política de segurança. Agora afirmam o contrário: a administração norte-americana controla-me e dita a política de segurança de Israel", disse o líder israelita no início de uma reunião do executivo de Telavive.

"Israel é um Estado independente. Vamos defender-nos por conta própria e continuar a controlar o nosso próprio destino", insistiu.

Após uma semana em que recebeu a visita de uma série de altos funcionários norte-americanos, que procuravam consolidar o cessar-fogo em vigor em Gaza desde 10 de outubro, o líder israelita aproveitou a sua intervenção para sublinhar que a relação com os Estados Unidos, o seu maior aliado e principal financiador da ofensiva militar que devastou Gaza, atingiu "um máximo histórico" com a chegada de Trump.

No entanto, realçou que Israel não está "disposto a tolerar ataques" contra o país.

"Respondemos aos ataques segundo o nosso critério, como vimos no Líbano e recentemente em Gaza. Lançámos 150 toneladas contra o Hamas e os elementos terroristas após o ataque aos nossos dois soldados", acrescentou, referindo-se aos bombardeamentos do dia 19 que mataram pelo menos 45 habitantes de Gaza, apesar do cessar-fogo.

De acordo com informações divulgadas pela imprensa norte-americana, Netanyahu teria pedido permissão ao Governo Trump para romper o cessar-fogo no domingo passado, após a morte de dois soldados em Rafah, em circunstâncias que ainda não foram esclarecidas e nas quais parece que o Hamas não esteve envolvido.

"Não pedimos a aprovação de ninguém para isso. Controlamos a nossa própria segurança e, no que diz respeito às forças internacionais, deixámos claro que Israel determinará quais as forças que são inaceitáveis para nós", afirmou Netanyahu, referindo-se à chamada "força de estabilização" internacional que deverá operar em Gaza para consolidar o cessar-fogo.

O acordo de cessar-fogo, em vigor desde 10 de outubro, só aconteceu após o anúncio de um plano de 20 pontos, impulsionado por Trump, e semanas depois de Netanyahu ordenar uma nova invasão terrestre à cidade de Gaza.

A pressão externa, sobretudo dos EUA, segundo vários analistas, fez com que Netanyahu finalmente cedesse, dando lugar a um cessar-fogo no qual já foram libertados os últimos 20 reféns vivos e 15 corpos de reféns mortos em troca de cerca de 2.000 detidos e prisioneiros palestinianos, além de corpos de habitantes de Gaza (muitos com sinais de tortura e abusos).


Leia Também: Unicef insta Israel a permitir a entrada de material educativo em Gaza

A Unicef exigiu hoje que Israel agilize a passagem de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza e permita a entrada urgente de diversos materiais de ajuda, nomeadamente de apoio educativo, psicossocial e de saúde mental.


Rússia anuncia teste bem-sucedido com míssil de cruzeiro com propulsão nuclear... O Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou hoje o sucesso do teste final de um míssil de cruzeiro com propulsão nuclear, elogiando esta arma "única" com um alcance de até 14.000 quilómetros, em resposta ao escudo antimísseis dos EUA.

© Lusa  26/10/2025

"Os testes decisivos estão agora concluídos", disse Putin num vídeo divulgado pelo Kremlin, durante uma reunião com responsáveis militares, ordenando que se comecem a "preparar as infraestruturas para colocar esta arma ao serviço nas forças armadas" russas.

Segundo garantiu, o Burevéstnik (pássaro da tempestade em russo) tem um "alcance ilimitado" e "é uma criação única que mais ninguém no mundo possui".

Durante o último teste, em 21 de outubro, o míssil Burevéstnik permaneceu no ar "cerca de 15 horas", sobrevoando 14.000 quilómetros, precisou o chefe do Estado-Maior russo, Valéri Guérasimov, acrescentando que "este não é um limite" para este armamento.

"As características técnicas do Burevéstnik permitem utilizá-lo com precisão garantida contra locais altamente protegidos situados a qualquer distância", afirmou.

Vladimir Putin anunciou em 2018 o desenvolvimento pelo exército russo destes mísseis, capazes, segundo ele, de superar praticamente todos os sistemas de interceção.

Segundo Guérasimov, "durante o seu voo, o míssil completou todas as manobras verticais e horizontais", demonstrando assim "as suas grandes possibilidades na hora de eludir os sistemas antiaéreos e antimísseis".

Putin destacou que se trata de "uma peça de armamento única que mais ninguém tem no mundo" e lembrou que especialistas do mais alto nível previram que tal projeto era "irrealizável".

"E agora concluímos os testes finais", afirmou orgulhosamente, acrescentando ser preciso construir a infraestrutura necessária para a sua implantação e colocá-lo ao serviço das Forças Armadas, para o que ainda há "muito trabalho pela frente".

Putin anunciou pela primeira vez em outubro de 2023 um teste bem-sucedido com o Burevéstnik, um míssil envolto em controvérsia devido aos numerosos testes falhados realizados no final da década passada.

A Rússia decidiu avançar com o desenvolvimento desses mísseis quando os EUA abandonaram, em 2001, o tratado antimísseis, assinado por Moscovo e Washington em plena Guerra Fria (1972), para criar o seu próprio escudo antimísseis.

Putin dirigiu esta semana manobras das forças nucleares russas por terra, mar e ar, logo após o cancelamento da cimeira de Budapeste com o seu homólogo dos EUA, Donald Trump, devido à recusa de Moscovo em cessar as hostilidades na Ucrânia.


Taiwan: Unificação com a China? "Democracia e autoritarismo são incompatíveis"... O Governo de Taiwan declarou que as supostas vantagens da unificação com a China não atraem o povo taiwanês e que "a democracia e o autoritarismo são incompatíveis".

© Lusa   26/10/2025

O Conselho dos Assuntos Continentais (MAC) de Taiwan, responsável pelas relações com a China, reagiu assim no sábado a um evento organizado no mesmo dia, na capital chinesa, para celebrar o "Dia da Retrocessão de Taiwan", nome dado por Pequim à devolução da ilha após a rendição japonesa em 1945. 

Dirigindo-se a cerca de 500 participantes, incluindo taiwaneses, Wang Huning, membro do Comité Permanente do Politburo do Partido Comunista Chinês (PCC), no poder, pediu às pessoas dos dois lados do Estreito para trabalharem em conjunto para avançarem no sentido da "reunificação nacional" para "não deixarem espaço para atividades separatistas".

Em comunicado, o MAC sublinhou que o "problema essencial" das relações entre os dois lados do Estreito "reside na diferença de sistemas", uma vez que "a democracia e o autoritarismo são incompatíveis".

"A experiência de Hong Kong demonstrou que o sistema 'um país, dois sistemas' equivale, em última instância, ao domínio autoritário do PCC. Por isso, o suposto 'futuro próspero após a unificação' não é atrativo para a população taiwanesa", afirmou o MAC.

De acordo com Taipé, o princípio "uma só China", o "Consenso de 1992" - segundo o qual ambas as partes reconheceram a existência de uma única China, embora com interpretações diferentes - e a política "um país, dois sistemas" têm como objetivo "eliminar a República da China [nome oficial da ilha] e anexar Taiwan".

A comemoração do "Dia da Retrocessão de Taiwan" teve lugar num contexto de persistentes tensões políticas e militares entre a China e Taiwan, alimentadas este ano por diferentes narrativas históricas sobre o fim da Segunda Guerra Mundial e pelo aumento da pressão diplomática e militar de Pequim sobre a ilha.

sábado, 25 de outubro de 2025

EUA preparam resolução para ONU autorizar força internacional em Gaza... Os Estados Unidos da América estão a preparar uma resolução a apresentar nas Nações Unidas para autorizar o envio de uma força multinacional para a Faixa de Gaza no âmbito do acordo de cessar-fogo em vigor.

Por LUSA 

O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, indicou que irá ser abordada a questão no domingo, numa reunião no Qatar.

Muitos dos países que manifestaram a sua intenção de participar, seja economicamente, com pessoal ou ambos, vão precisar disso (uma resolução da ONU) porque as suas leis nacionais assim o exigem, por isso temos uma equipa inteira a trabalhar nisso", disse durante a sua viagem entre Israel e o Qatar, segundo o jornal israelita The Times of Israel.

"Penso que, em última análise, o objetivo da força de estabilização é deslocar essa linha até cobrir, esperemos, toda a Faixa de Gaza, o que significa que toda a Faixa de Gaza será desmilitarizada" disse Rubio aos jornalistas no avião que o levava de Israel para o Qatar.

Por outro lado, o porta-voz do Departamento de Estado, Tommy Pigott, informou que Rubio falou por telefone com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e discutiram "as medidas coletivas para aplicar o Plano Integral para Acabar com o Conflito em Gaza do presidente Donald Trump" e reafirmou a "relação estratégica entre os Estados Unidos e Israel".

"Penso que, em última análise, o objetivo da força de estabilização é deslocar a linha até cobrir, esperemos, toda a Faixa de Gaza, o que significa que toda a Faixa de Gaza será desmilitarizada" disse Rubio aos jornalistas no avião que o levava de Israel para o Qatar.

Israel destacou que Netanyahu e Rubio discutiram a viagem do político norte-americano a Israel, sendo o primeiro-ministro israelita agradeceu a Rubio pelo seu apoio e convidou-o a voltar a visitar o país.

Ambos expressaram o seu compromisso de continuar com a "estreita cooperação e promover os interesses e valores comuns que unem os Estados Unidos e Israel, em primeiro e mais importante lugar, o retorno dos corpos de reféns mortos, bem como o desarmamento do Hamas e a desmilitarização da Faixa de Gaza".

O chefe da diplomacia americana foi o último de uma série de altos funcionários americanos a visitar Israel esta semana, depois do enviado Steve Witkoff, do genro do presidente Donald Trump, Jared Kushner, e do vice-presidente JD Vance, para tentar consolidar o frágil cessar-fogo.

Nos termos deste acordo, paralelamente à retirada progressiva do exército israelita, iniciada com a entrada em vigor do cessar-fogo a 10 de outubro, o plano americano prevê que o Hamas seja excluído da futura governação da Faixa de Gaza, onde tomou o poder pela força em 2007, e que o seu arsenal seja destruído.

Israel e Hamas anunciaram no dia oito de outubro um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, primeira fase de um plano de paz proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após negociações indiretas mediadas pelo Egipto, Qatar, Estados Unidos e Turquia.

Esta fase da trégua envolve a retirada parcial do Exército israelita para a denominada "linha amarela" demarcada pelos Estados Unidos, linha divisória entre Israel e Gaza, a libertação de 20 reféns em posse do Hamas e de 1.950 presos palestinianos.

O cessar-fogo visa por fim a dois anos de guerra em Gaza, desencadeada pelos ataques a Israel, liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023, que causaram cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.

A retaliação de Israel já provocou mais de 68 mil mortos e cerca de 170.000 feridos, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza (tutelado pelo Hamas), que a ONU considera credíveis.

"Não vou desperdiçar o meu tempo": Trump diz que só se encontra com Putin se houver acordo sobre Ucrânia

Por  Sicnoticias     25/10/2025

O presidente norte-americano diz que não se encontra com Putin se não houver a possibilidade de um acordo de paz. Trump espera ajuda da China para acabar com o conflito na Ucrânia e tem encontro marcado com Xi Jinping na próxima semana.

Donald Trump afirmou, este sábado, que só vai encontrar-se com Vladimir Putin quando estiver garantido que é possível avançar com um acordo de paz na Ucrânia. O presidente norte-americano diz que não quer perder tempo. Apesar de afirmar que tem uma boa relação com Putin, o líder dos Estados Unidos diz que está dececionado.  

“Vou ter de saber que é para fazermos um acordo. Não vou estar a desperdiçar o meu tempo”, afirmou Trump, em declarações aos jornalistas, quando questionado em relação ao encontro com o presidente da Rússia. 

Sempre tive uma ótima relação com Vladimir Putin, mas isto tem sido muito decepcionante. Pensava que [o tema da guerra na Ucrânia] estaria resolvido bem antes da paz no Médio Oriente”, atirou. 

O encontro de Trump com Xi Jinping

Trump quer a ajuda da China para acabar com a guerra na Ucrânia e esse é um dos temas a debater no encontro com o presidente da China. Trump e Xi Jinping vão estar juntos na próxima quinta-feira, na Coreia do Sul. O encontro está integrado no périplo do presidente dos Estados Unidos pela Ásia.  

Na primeira viagem oficial à Ásia desde o início do segundo mandato, Donald Trump visita o Japão, a Malásia e a Coreia do Sul. Antes de regressar a Washington, o presidente dos Estados Unidos terá a reunião mais aguardada, com Xi Jinping, com quem vai encontrar-se à margem da cimeira asiática em que ambos participam.  

Os dois presidentes reúnem-se numa fase particularmente complexa da relação entre as duas maiores economias do mundo, ensombrada pela ameaça de uma guerra comercial. É o primeiro encontro entre os dois líderes desde que Donald Trump regressou à Casa Branca e uma das primeiras oportunidades que terão para discutir frente a frente a guerra que envolve um dos maiores aliados de Pequim.  

A mini-cimeira Trump-Xi Jinping acontece depois do cancelamento do encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin e quando Washington, além de impôr sanções a Moscovo, pondera fornecer à Ucrânia armas que podem mudar o curso da guerra.

Rússia adverte: Se UE usar ativos russos congelados pagará "com juros"... A Rússia advertiu hoje a União Europeia (UE) de que, caso decida confiscar os ativos russos congelados para ajudar a Ucrânia, terá de devolvê-los no futuro "com juros".

 MIKHAIL METZEL/POOL/AFP via Getty Images    Lusa    25/10/2025 

"Os países europeus envolvidos nesse roubo terão de pagar somas muito maiores, com juros", escreveu Vyacheslav Volodin, presidente da Duma ou Câmara dos Deputados, no seu canal da aplicação russa Max.

Volodin, que lembrou que tais ações são uma violação do direito internacional, refutou o argumento de que a Rússia tenha assumido que nunca recuperará esses fundos.

"Por essas decisões, não só pagarão aqueles que as tomam hoje, mas também as gerações futuras, ninguém os perdoará, exigiremos a devolução do que foi roubado", sublinhou.

O mesmo político propôs que o dinheiro apreendido seja recuperado por Moscovo através do confisco dos ativos pertencentes aos indivíduos que adotam e aprovam essas decisões.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu na quinta-feira aos líderes da UE que tomem o mais depressa possível as medidas necessárias para que os fundos russos congelados possam ser destinados a ajudar a Ucrânia.

"Quando falamos dos ativos russos congelados, devemos utilizá-los de forma a fazer a Rússia sentir a dor da sua própria guerra. Por isso, peço-vos que tomem uma decisão o mais rapidamente possível: os ativos russos devem ser usados inteiramente para a defesa contra a agressão russa", disse Zelensky aos chefes de Estado e de Governo reunidos na capital belga.

No entanto, os líderes da UE apenas pediram à Comissão Europeia que apresentasse o mais rapidamente possível "opções de apoio financeiro" para a Ucrânia.

O principal obstáculo foi a relutância da Bélgica, país que detém a grande maioria dos cerca de 200 mil milhões de euros em ativos russos congelados e que exigia, para apoiar a iniciativa, que os riscos financeiros e legais fossem partilhados entre todos os Estados da UE e que também fossem utilizados os ativos imobilizados noutros países.

No final de setembro, a Comissão Europeia propôs conceder um "empréstimo de reparação" à Ucrânia de cerca de 140 mil milhões de euros, financiado com o dinheiro gerado pelos ativos russos imobilizados pelas sanções, que serviria para cobrir as suas despesas de defesa ou necessidades orçamentais.

O esboço do plano de paz de doze pontos para a Ucrânia, que os europeus apresentarão em breve aos Estados Unidos, inclui a devolução desses fundos congelados, se Moscovo aceitar conceder reparações a Kyiv e contribuir para a reconstrução do país após a guerra.