Bissau, 4 de Novembro de 2024 — O reforço dos sistemas institucionais e financeiros é fundamental para promover a resiliência climática e o desenvolvimento sustentável na Guiné-Bissau, de acordo com o Relatório sobre o Clima e o Desenvolvimento do País (CCDR) do Banco Mundial, que é hoje lançado pela primeira vez na Guiné-Bissau.
Apesar de possuir o capital natural per capita mais elevado da África Ocidental, a Guiné-Bissau enfrenta obstáculos significativos ao desenvolvimento, tais como elevadas taxas de pobreza, instabilidade política e desafios económicos, incluindo uma dependência excessiva da castanha de caju e uma das taxas de acesso à eletricidade mais baixas da região. As alterações climáticas representam uma ameaça grave, afetando comunidades vulneráveis que vivem em zonas costeiras baixas, as que dependem da agricultura e das pescas e o já limitado sistema de infraestruturas. Sem adaptação, os riscos climáticos poderão conduzir a um aumento da pobreza. A boa governação, a estabilidade política e um clima empresarial favorável serão fundamentais para a trajetória de desenvolvimento sustentável do país.
“O Relatório sobre o Clima e o Desenvolvimento do País apresenta um quadro estratégico para alinhar os objetivos de desenvolvimento com a luta contra as alterações climáticas, o que é fundamental para promover transformações positivas e crescimento sustentável”, refere Rosa Brito, Representante Residente do Grupo Banco Mundial na Guiné-Bissau. “A Guiné-Bissau tem uma enorme riqueza de recursos naturais, mas é também altamente vulnerável aos choques climáticos, o que torna este relatório especialmente oportuno.”
Fazer face à vulnerabilidade climática exige uma abordagem integrada, que combine melhorias na governação, diversificação económica, preservação do capital natural, desenvolvimento do capital humano e investimentos sustentáveis na agricultura e nas infraestruturas. Uma estratégia centrada nas comunidades pode trazer benefícios a longo prazo e reduzir os riscos climáticos.
As prioridades imediatas identificadas no CCDR para os próximos três anos envolvem a adoção de práticas agrícolas inteligentes do ponto de vista climático para aumentar a produtividade, salvaguardando simultaneamente os recursos hídricos e terrestres, regenerando e protegendo as florestas, aumentando o acesso à energia e reforçando as capacidades humanas e os sistemas de conhecimento.
O relatório demonstra que a ação climática está alinhada com os objetivos de desenvolvimento e será benéfica para manter a Guiné-Bissau no caminho certo para alcançar as suas ambições de desenvolvimento. Países prósperos e em rápido crescimento estarão em melhor posição para se protegerem dos efeitos mais nocivos das alterações climáticas. Por conseguinte, a melhor opção para a Guiné-Bissau enfrentar a crise climática global é promover um crescimento mais robusto, sustentável e equitativo.
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Comunicado de Imprensa 2024/026/AFW
Mon, Nov 4 2024
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