sábado, 29 de junho de 2024
Presidente da República Umaro Sissoco Embaló preside a cerimónia de juramento de bandeira de forças republicanos
Pelo menos 30 mortos em manifestações anti-governamentais no Quénia
© BRIAN ONGORO/AFP via Getty Images)
Por Lusa 29/06/24
Pelo menos 30 pessoas foram mortas nas manifestações anti-governamentais de terça-feira no Quénia, de acordo com um balanço publicado hoje pela Human Rights Watch, o mais elevado de sempre num dia de protestos que se transformou em caos.
A ONG chegou a este número com base em "relatos de testemunhas oculares, informações publicamente disponíveis e registos hospitalares e funerários".
Um relatório anterior do organismo oficial de proteção dos direitos humanos (KNHRC) estimava em 22 o número de pessoas mortas no país. O Grupo de Trabalho para a Reforma da Polícia, um grupo de ONG locais que inclui a secção queniana da Amnistia Internacional, declarou que, até à noite de 25 de junho, tinha contabilizado 23 mortes "causadas por disparos da polícia".
As autoridades não deram qualquer explicação sobre este dia mortífero, que ficou marcado, em particular, pela invasão do Parlamento por manifestantes, pouco depois de os deputados terem votado o muito criticado projeto de orçamento para 2024-25, que introduzia aumentos de impostos.
De acordo com a HRW, os seus investigadores viram 26 corpos de manifestantes em várias morgues de Nairobi e outras investigações "mostram que a polícia matou pelo menos três pessoas na cidade de Eldoret, uma pessoa em Nakuru e uma em Meru", afirmou a ONG num comunicado.
Tal como várias outras ONG, a HRW acusou a polícia de disparar munições reais, nomeadamente contra a multidão reunida em frente ao Parlamento, e apelou "às autoridades quenianas para que investiguem rapidamente, mas de forma credível e transparente, os abusos cometidos pela polícia".
A HRW também relatou o testemunho de um ativista dos direitos humanos que afirmou que 22 pessoas foram mortas por "soldados" em Githurai, a cerca de 20 quilómetros a norte de Nairobi.
"Disparar diretamente contra multidões sem justificação, incluindo quando os manifestantes estão a tentar fugir, é totalmente inaceitável ao abrigo do direito queniano e internacional", afirmou Otsieno Namwaya, diretor associado da HRW para África, no comunicado.
Depois de duas manifestações pacíficas em 18 e 20 de junho, o terceiro dia do movimento "Occupy Parliament", lançado nas redes sociais para se opor ao projeto de orçamento 2024-25 do Governo liderado pelo Presidente William Ruto, que prevê a introdução de novos impostos, registou vários incidentes violentos.
O protesto foi fortemente mobilizado no seio da "Geração Z" (jovens nascidos por volta do ano 2000), antes de arrastar quenianos de todas as idades. O slogan anti-impostos tornou-se anti-Governo.
Na quarta-feira, o Presidente Ruto anunciou a retirada do projeto de orçamento votado pelo Parlamento.
Só agora que o Desgoverno não presta porque o PR é Ditador ?!
Por O Democrata Osvaldo Osvaldo
Cidadão atento, como vês, nestas circunstâncias, é possível confiar nesta gente corrupta de SEMPRE, que na verdade querem o desenvolvimento da Guiné-Bissau? Só agora que o Desgoverno não presta porque o PR é Ditador ?!
A Guiné-Bissau, tornou-se num negócio familiar!
Outrora, eram todos eles no desgoverno ilegal e tinham todas as suas famílias no aparelho do Estado a trabalhar! Mas, afinal a Guiné-Bissau tornou-se numa em empresa familiar e exclusiva! Já estão a falar sobre igualdade como princípio jurídico, não demora muito, o dito político mais malandro vai chegar com seu discurso sobre evolução histórica do princípio da igualdade:
- a época pré-constitucional
- a época constitucional: a igualdade perante a lei; a igualdade real ou social, mas ele não é um democrata. Eu pensava que o (sacerdote) vazio ia fazer discurso ontem no congresso sobre o papel dos direitos fundamentais de natureza económica e social? O (businessman ) frustrado em Portugal em paralelo e não sabe dizer nada se não pedir a Deus, eu imaginava que ele ia marcar presença no congresso confuso e falar sobre a importância dos direitos fundamentais no constitucionalismo contemporâneo!!
O dito intelectual (maconheiro) que neste momento se encontra na América Latina vai aparecer com discurso sobre disciplina científica, da igualdade formal à igualdade social no Estado contemporâneo? Ou vai surgir com os mesmos argumentos de Marechal, porque estudou contrainteligência, geopolítica e antropológica?
Conclusão
O nosso povo não aguenta mais essa gente.
O.C.D - E.R.
NÓS SOMOS ALTERNATIVAS PARA O PAÎS.
Saturday 29 June
09:43.
- UK- Londres .
Juvenal Cabi Na Una.
Tudo apto para primeiro congresso extraordinário de PRS
Marcado para hoje, o partido de Kumba Yala irá realizar no ilhéu de Gardete seu primeiro congresso extraordinário, onde os delegados irão escolher novo presidente do partido! Desfilam-se 3 candidatos: Félix Nandungue, Fransual Dias, Ribana Nam Nkek
Por Estamos a Trabalhar
Guiné-Bissau: Congresso dos "inconformados" após eleição de Fernando Dias no PRS
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O denominado grupo dos "inconformados" do Partido de Renovação Social (PRS) da Guiné-Bissau convocou para hoje um congresso, que se segue a outro em que Fernando Dias foi eleito presidente.
O até agora presidente interino reuniu 748 do universo de 901 militantes no primeiro congresso extraordinário do partido, na sexta-feira, que se prologou pela noite dentro, e no qual obteve mais de 600 votos, numa eleição que disputou com Albino Nhasse, um militante de base.
A reunião foi marcada imediatamente a seguir ao anúncio da convocação, para hoje, de num congresso por parte do grupo que contesta a liderança interina de Fernando Dias.
Na base da contestação dos "inconformados" estava a exigência da realização de um congresso extraordinário "para eleger um novo presidente" do PRS, o partido do antigo presidente da Guiné-Bissau, Kumba Ialá (1953--2014).
O PRS está a ser liderado por Fernando Dias de forma interina desde fevereiro de 2023, apôs a morte do presidente eleito, Alberto Nambeia.
Mesmo depois de a direção interina ter decidido e realizado o congresso extraordinário, os contestatários anunciaram que mantêm o congresso que convocaram para hoje.
O grupo dos "inconformados", que conta com vários dirigentes do PRS, é liderado pelo atual ministro das Finanças, Ilídio Vieira Té, e pelo veterano e membro fundador do partido, Ibraima Sory Djaló.
Fernando Dias tem alegado que tem a maioria do partido e que "a guerra" por parte dos "inconformados" está a ser feita "por encomenda do Presidente Sissoco Embaló" para levar o PRS a apoiar um segundo mandato.
A direção de Fernando Dias exortou os membros do partido a abandonarem o Governo de iniciativa presidencial.
Imediatamente a seguir, o ministro da Saúde, Domingos Malú, apresentou a demissão do Governo e foi exonerado do cargo pelo Presidente da República.
A demissão do ministro do PRS seguiu-se a outras três de governantes da Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau.
O partido do antigo primeiro-ministro, Nuno Nabiam, retirou o apoio a Sissoco Embaló e, consequentemente saíram do executivo os ministros da Cultura, Juventude e Desporto, Augusto Gomes, e da Energia, Valentino Infanda, assim como o secretário de Estado da Juventude, Garcia Biifa Bedeta.
Leia Também: Fernando Dias eleito presidente do Partido da Renovação Social de Bissau
Editorial do New York Times pede a Biden que "abandone corrida" à Casa Branca
The New York Times
SIC Notícias
Joe Biden engoliu palavras, não terminou certas frases e ficou a olhar para o vazio. Assim esteve - irreconhecível - o democrata durante o debate televisivo contra o adversário Donald Tump. O primeiro frente a frente aconteceu a cinco meses das eleições presidenciais.
O conselho editorial do prestigiado jornal norte-americano New York Times apelou na sexta-feira ao Presidente Joe Biden para se retirar da corrida à Casa Branca, após o seu desastroso debate do dia anterior contra Donald Trump.
Num editorial publicado na sexta-feira à noite intitulado "Para servir o país, o presidente Biden deve abandonar a corrida" à Casa Branca, o New York Times descreveu Joe Biden como "a sombra de um líder", depois de o Presidente de 81 anos ter "falhado o seu próprio teste".
"O sr. Biden tem sido um presidente admirável. Sob a sua liderança, a nação prosperou e começou a enfrentar uma série de desafios a longo prazo, e as feridas abertas pelo Sr. Trump começaram a cicatrizar", começa por escrever o New York Times.
"Mas o maior serviço público que Biden poderia prestar hoje seria anunciar que não se recandidata", pode ler-se ainda.
Irreconhecível, Joe Biden engoliu palavras, não terminou certas frases e ficou a olhar para o vazio durante o duelo televisivo de quinta-feira contra o seu antecessor republicano.
O conselho editorial deste jornal reúne editorialistas de renome e deve refletir os valores dos 'media'.
O debate provocou um sobressalto político entre os democratas devido ao mau desempenho de Biden, com muitos analistas tradicionalmente alinhados com este partido a apelarem à sua substituição como candidato nas eleições de 05 de novembro.
Joe Biden, admitiu na sexta-feira não falar, nem debater, "tão bem como antes", mas advogou que está apto para mais quatro anos de mandato, após uma atuação muito criticada no debate presidencial de quinta-feira.
"Dou-lhes a minha palavra. Não concorreria novamente se não acreditasse, com todo o meu coração e toda a minha alma, que posso fazer este trabalho", disse o Presidente dos Estados Unidos aos seus apoiantes em Raleigh, na Carolina do Norte, um estado que "pretende vencer".
As declarações de Biden surgem na sequência de uma performance muito criticada por analistas num debate contra o seu rival republicano, Donald Trump, na noite de quinta-feira, o primeiro entre ambos antes das eleições de novembro.
Esta não é a primeira vez que Biden e Trump se enfrentam num debate televisivo: o primeiro do ciclo eleitoral de 2020, quando o republicano perdeu a Casa Branca, atraiu mais de 73 milhões de norte-americanos.
No entanto, o debate de setembro de 2016 entre Hillary Clinton e Trump durante as eleições de 2016 foi o mais visto na história do país, com mais de 84 milhões de telespetadores.
Trump irrompeu na cena política nacional há sete anos, depois de derrotar Hillary Clinton, ex-secretária de Estado e representante da elite política democrata.
sexta-feira, 28 de junho de 2024
Meteorologistas em alerta para oceano sobreaquecido a sul de Cabo Verde
Meteorologistas americanos estão em alerta com as "temperaturas recordes" registadas este ano à superfície do Atlântico, a sul de Cabo Verde, porque podem originar furacões mais cedo que o normal.
Meteorologistas em alerta para oceano sobreaquecido a sul de Cabo Verde
© Lusa
Notícias ao Minuto
28/06/24 21:14 ‧ Há 3 mins por Lusa
Mundo Cabo Verde
"As temperaturas recordes à superfície do Atlântico podem alimentar uma ou duas tempestades do tipo Cabo Verde na próxima semana", lê-se no portal sobre o clima ligado à Universidade de Yale, nos EUA.
Estes sistemas de baixas pressões têm o nome do arquipélago lusófono por nascerem perto dele, mas o impacto sente-se nas caraíbas e américas, depois de se transformarem em furacões, ao atravessarem o Atlântico em direção a oeste, entre agosto e setembro.
Desta vez, a variação nos termómetros fez com que alguns modelos de previsão meteorológica disparassem o alerta para uma possível formação ciclónica já na próxima semana, lê-se no Yale Climate Connections.
"A temperatura da superfície do mar está perto de um recorde, cerca de 28 graus centígrados", calor que fornece ainda mais energia ascendente (baixa pressão) às correntes de ar quente (ondas tropicais) oriundas do interior do continente africano.
Nos últimos anos, o estudo do mar e atmosfera tem permitido a Cabo Verde contribuir para investigações sobre as mudanças climáticas e avaliar a influência na origem de furacões -- por exemplo, através do Centro de Investigação Oceanográfica do Mindelo (Ocean Science Center Mindelo - OSCM), na ilha de São Vicente.
As autoridades cabo-verdianas divulgaram há uma semana a previsão sazonal, apontando para chuvas "acima do normal" entre julho e setembro e uma "boa campanha agrícola", mas alertando para tempestades (na origem de depressões) que podem atingir o arquipélago até outubro.
Leia Também: Ativistas detidos no Reino Unido por suspeitas de planearem protestos
Israel vai receber trabalhadores estrangeiros para substituir palestinianos
© Nasser Ishtayeh/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
Por Lusa 28/06/24
Israel aprovou a incorporação de até 6400 trabalhadores estrangeiros para substituir a mão-de-obra de palestinianos, que viram as autorizações de trabalho canceladas após o início da guerra em Gaza, em 07 de outubro de 2023.
A informação foi hoje divulgada, em comunicado, pelo gabinete do primeiro-ministro israelita e visa os setores do comércio, infraestruturas e serviços.
A ofensiva israelita teve um impacto negativo na economia do país, onde se registou escassez de trabalhadores em áreas como a construção, a agricultura e o comércio, onde a maioria dos trabalhadores eram palestinianos.
Só nos serviços e comércio, mais de 5000 palestinianos trabalhavam em Israel antes do início da invasão terrestre.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, fez regressar ao enclave palestiniano e à Cisjordânia ocupada a maioria dos habitantes de Gaza que se encontravam em território israelita a trabalhar quando o Hamas perpetrou os ataques de 07 de outubro.
Desde então, o governo hebreu assinou acordos bilaterais com países como a Índia e a Tailândia para colmatar esta falta de mão-de-obra, uma vez que precisa de pelo menos 92 mil trabalhadores.
A chegada de imigrantes do Sudeste Asiático a Israel já era comum antes da guerra.
Em abril, um primeiro grupo de 70 trabalhadores indianos chegou a Israel, onde recebem um salário de cerca de 1600 dólares por mês, a contrastar com o equivalente a 300 dólares que auferem na Índia.
Desvinculação na APU-PDGB: O Ex-Coordenador do Fórum dos Quadros da Asssembleia do Povo Unido, Partido Democrático da Guiné-Bissau _ APU-PGB, Timóteo Sabá Mbundé anuncia a desvinculação do PARTIDO.
Sabá Mbundé foi Ministro do Ensino Superior e Investigação Científica e Reitor da Universidade Amílcar Cabral.
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O primeiro-ministro da Ucrânia, Denis Shmigal, anunciou hoje que os Estados Unidos e oito países europeus estão dispostos a entregar em breve novos sistemas de defesa antiaérea, para além de mísseis Patriot e NASAMS.
© Thierry Monasse/Getty Images
Por Lusa 28/06/24
Kyiv anuncia entrega de defesas antiaéreas e mísseis pelos EUA e 8 países
O primeiro-ministro da Ucrânia, Denis Shmigal, anunciou hoje que os Estados Unidos e oito países europeus estão dispostos a entregar em breve novos sistemas de defesa antiaérea, para além de mísseis Patriot e NASAMS.
Os parceiros internacionais escutaram-nos. Convencemo-los de que fortalecer a defesa aérea da Ucrânia é a primeira prioridade”, indicou, citado pelos ‘media’ ucranianos.
De acordo com Shmigal, a Itália vai enviar o seu segundo sistema SAMP-T, capaz de intercetar mísseis balísticos, enquanto a Alemanha disponibilizará veículos blindados antiaéreos Gepard e mísseis teleguiados IRIS-T.
Shmigal precisou que os mísseis Patriot chegarão em maior quantidade devido à entrega de países como os Estados Unidos, Alemanha, Roménia, Dinamarca, Países Baixos, Espanha e Noruega. Assinalou ainda que a Súecia enviará à Ucrânia dois aviões de vigilância por radar.
“Vai permitir detetar objetivos aéreos incluindo de território inimigo, e prepararmo-nos melhor para repelir os ataques”, susteve.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais, que também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
Os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas têm-se confrontado com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.
Leia Também: Zelensky afirma que está a trabalhar num plano para colocar fim à guerra
Presidente da Comissão de Gestão do PRS Ibraima Sory Djaló em conferência de imprensa
1° Congresso Extraordinário do PRS liderado por Fernando Dias, único candidato.
Mali: Organizações políticas e associativas do norte do Mali denunciaram o assassínio de 120 civis por militares malianos e mercenários do grupo russo Wagner desde maio passado.
© Maksim Konstantinov/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
Por Lusa 28/06/24
Mali. Organizações denunciam assassínio de 120 civis
Organizações políticas e associativas do norte do Mali denunciaram o assassínio de 120 civis por militares malianos e mercenários do grupo russo Wagner desde maio passado.
O porta-voz do Quadro Estratégico Permanente (CSP, a autoridade de facto pró-independência no norte do Mali, região conhecida como Azawad), Mohamed Ould Ramadan, assegurou à agência EFE que só entre os dias 15 e 21 deste mês estas forças mataram um total de 30 civis e detiveram outros 40.
A mesma fonte explicou que estes assassínios tiveram lugar nas aldeias de Touzek, Tanaynayt e Tidjoranchitan, na província de Kidal; em Tadjalalt, Tinaghay e Fassanfass, em Gao, e em Djaloubé, situada na província de Timbuktu.
Ould Ramadan deu como exemplo destas violações o assassínio de 10 civis no dia 20 deste mês em Abeibara, situada em Kidal e especificou que algumas dessas pessoas tinham sido detidas pelas forças malianas e pelos mercenários do grupo Wagner, tendo sido posteriormente encontradas mortas.
O coletivo CSP, criado em 2021, reúne os grupos do norte que assinaram o acordo de paz de Argel de 2015, que prevê uma maior autonomia para o norte do Mali após a guerra que eclodiu em 2012 entre as forças do norte do país e o Governo central.
Por seu lado, a associação Kal Akal, ativa na defesa dos direitos humanos no norte do Mali, afirmou num relatório recente que um total de 90 civis foram mortos naquela zona em maio passado em execuções sumárias.
A associação afirmou que esta é a parte visível dos massacres cometidos pelo exército e por Wagner, lamentando não dispor dos instrumentos necessários para efetuar um balanço exaustivo de todas as violações do direito à vida no norte do Mali.
O mais mortífero dos massacres foi perpetrado no dia 19 na aldeia de Amassine, em Kidal, onde as tropas malianas e as milícias russas mataram em execuções sumárias e queimaram 30 civis.
De acordo com o relatório, no dia 25, as mesmas forças mataram oito civis na aldeia de Aghazraghan, na zona de Ménaka, no nordeste do país.
No relatório denuncia-se que as tropas malianas e os mercenários russos não só matam e detêm civis, como também organizam operações alargadas para saquear os seus bens.
Este país da volátil região do Sahel, governado por uma junta militar golpista desde 2020, que se apoiou no grupo Wagner para as suas operações antiterroristas, é palco de ataques contínuos do Estado Islâmico (EI) e da filial local da Al-Qaida, denominada Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (GAIM).
Nos últimos meses, as reações imprecisas e indiscriminadas do exército maliano, apoiado por mercenários do grupo russo Wagner, conduziram também a massacres entre as fileiras da população civil, denunciados por instituições como a ONU.
De acordo com o Projeto de Dados sobre Localização e Eventos de Conflitos Armados (ACLED), que monitoriza a violência em todo o mundo, entre maio de 2023 e maio de 2024, 4.394 pessoas foram mortas no Mali em eventos violentos por grupos não estatais e 2.277 por forças estatais.
União Europeia: Mais de 100 mil estrangeiros expulsos da UE no primeiro trimestre
© Bernd Wüstneck/picture alliance via Getty Images
Por Lusa 28/06/24
Um total de 103.515 cidadãos de países terceiros receberam ordem de expulsão da União Europeia (UE), no primeiro trimestre de 2024, um recuo homólogo de 7% segundo dados hoje divulgados pelo Eurostat.
Entre janeiro e março, 30.570 foram reenviados para outro país na sequência de uma ordem de expulsão, uma subida de 11% face ao mesmo período de 2023.
De acordo com os dados do serviço estatístico da UE, na comparação com o trimestre anterior, nos primeiros três anos do ano, o número de ordens de expulsão diminuiu 2% e o de reenvios de pessoas cresceu 6%.
Entre os cidadãos de países terceiros a quem foi ordenado que abandonassem o território de um Estado-membro, a maior percentagem foi de argelinos e marroquinos (7% cada), seguidos de turcos (6%) e de sírios e georgianos (5% cada).
A França (34.190), a Alemanha (15.400) e a Bélgica (6.965) foram os Estados-membros que mais estrangeiros expulsaram e ainda a França (4.205), a Alemanha (3.950) bem como a Suécia (3.135) apresentaram os maiores números de pessoas que efetivamente foram para outro país.
COMUNICADO ...FAKE NEWS ... AMANHA CONGRESSO DE PRS NA FIRMA TCHAM NINGUIM KA PUDI TUDJIL..
A Rússia advertiu hoje que os voos de drones militares norte-americanos no Mar Negro para ajudar as forças ucranianas a atacar alvos russos aumentam “o risco de confronto direto” com a NATO e prometeu responder.
© VALERY SHARIFULIN/POOL/AFP via Getty Image
Por Lusa 28/06/24
Rússia adverte para aumento do risco de confronto direto com a NATO
A Rússia advertiu hoje que os voos de drones militares norte-americanos no Mar Negro para ajudar as forças ucranianas a atacar alvos russos aumentam “o risco de confronto direto” com a NATO e prometeu responder.
O Ministério da Defesa russo afirmou num comunicado que registou recentemente "um aumento da intensidade de voos de veículos aéreos não tripulados dos Estados Unidos no Mar Negro".
Alegou que os drones são utilizados “para reconhecimento e designação de alvos para armas de precisão fornecidas às forças armadas ucranianas” pelo Ocidente para atacar alvos russos.
“Isto aponta para o envolvimento crescente dos Estados Unidos e dos países da NATO no conflito na Ucrânia, ao lado do regime de Kyiv”, disse o ministério, citado pela agência espanhola Europa Press.
Os voos “multiplicam a probabilidade de incidentes no espaço aéreo com os aviões das forças aeroespaciais russas, o que aumenta o risco de um confronto direto” entre a NATO e a Rússia, advertiu.
O ministro da Defesa russo, Andrei Belousov, “ordenou ao Estado-Maior das Forças Armadas que apresentasse propostas de medidas para responder rapidamente às provocações”, acrescentou.
Nas últimas semanas, Moscovo acusou o Ocidente de se ter tornado parte no conflito na Ucrânia, ao autorizar Kyiv a realizar ataques condicionais com armas ocidentais contra instalações militares em território russo.
Os aliados ocidentais sempre se mostraram relutantes em dar essa autorização com receio de provocar uma escalada, mas acabaram por fazê-lo após a Rússia ter lançado em maio uma nova ofensiva no leste da Ucrânia.
Em 24 de junho, a Rússia ameaçou os Estados Unidos de retaliação, acusando-os de “matar crianças russas”, no dia seguinte a um ataque ucraniano na Crimeia, uma península junto ao Mar Negro anexada por Moscovo em 2014.
De acordo com Moscovo, os ataques com mísseis ATACMS de longo alcance não podem ser executados apenas pela Ucrânia, uma vez que requerem especialistas, tecnologia e informações recolhidas pelos norte-americanos.
O Presidente russo, Vladimir Putin, já tinha ameaçado, no início de junho, entregar armas equivalentes aos inimigos do Ocidente para que pudessem atacar os seus interesses noutras regiões do mundo, segundo a agência francesa AFP.
O Mar Negro tem sido uma zona muito disputada entre ucranianos e russos desde o início da guerra em 2022.
Embora a frota russa tenha uma superioridade numérica na zona, perdeu numerosos navios, alvo de múltiplos ataques de drones navais lançados por Kyiv.
Graças a estes ataques, o exército ucraniano repeliu os navios de guerra russos e estabeleceu um corredor marítimo na zona para exportar cereais.
No plano do curso da guerra, Moscovo anunciou hoje que abateu 25 drones lançados pelas armadas ucranianas contra o território russo nas últimas horas.
Doze foram intercetados em Bryansk, nove em Smolensk, dois em Kursk e um em Voronezh e Rostov, segundo o Ministério da Defesa.
“O regime de Kyiv tentou levar a cabo ataques terroristas utilizando veículos aéreos não tripulados contra o território da Federação Russa”, disse o ministério, sem referir eventuais vítimas ou danos materiais causados pelos ataques.
A guerra foi desencadeada pela invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022.
Kyiv tem recebido apoio financeiro e em armamento dos aliados ocidentais, incluindo de países da NATO (sigla em inglês da Organização do Tratado do Atlântico Norte), de que Portugal é um dos 32 membros.
Os aliados de Kyiv têm igualmente imposto sanções à Rússia para tentar diminuir a capacidade russa de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
Coreia do Norte: Jovem de 22 anos executado em público na Coreia do Norte por ouvir K-Pop
© Reuters
Notícias ao Minuto 28/06/24
O caso foi denunciado num relatório sobre direitos humanos, que conta com testemunhos de 649 desertores norte-coreanos.
Um jovem de 22 anos foi executado em público na Coreia do Norte por ver e partilhar filmes e música sul-coreanos. O caso foi denunciado num relatório sobre direitos humanos, publicado pelo Ministério da Unificação da Coreia do Sul esta quinta-feira, que conta com testemunhos de 649 desertores norte-coreanos.
De acordo com o testemunho de um desertor anónimo, jovem residia na província de Hwanghae do Sul e foi executado em 2020.
Foi acusado, segundo o The Guardian, de ter ouvido 70 músicas sul-coreanas, o conhecido K-pop, e de ter visto e distribuído três filmes, infringindo uma lei de 2020 que proíbe a "ideologia e cultura reacionárias".
"Uma pessoa, que se crê ser um juiz do tribunal, disse: 'foi detido por ter ouvido 70 canções e três filmes dos canalhas'. Durante o processo de interrogatório, revelaram que ele os tinha distribuído a sete outras pessoas", lê-se no relatório, que cita o testemunho do desertor.
O jovem recebeu o "castigo mais severo", que é a "execução por fuzilamento", ao passo que a punição para quem consumiu o material distribuído "varia consoante a extensão do seu envolvimento".
Outro desertor também anónimo revelou que deixou de ver conteúdos externos por medo de ser punido depois de a lei ter sido promulgada e que testemunhou outras pessoas a serem punidas por terem sido apanhadas.
"Desde que Kim Jong-un chegou ao poder, parece que ele varre tudo o que não gosta", disse o desertor, descrevendo a lei como "irracional".
11 conclusões do debate presidencial da CNN com Biden e Trump
CNN, Eric Bradner, Daniel Strauss, Steve Contorno, Arit John e Gregory Krieg 28/06/2024
O problema da idade. Os temas em destaque. E os insultos no debate
O Presidente Joe Biden é três anos e sete meses mais velho do que o antigo Presidente Donald Trump.
No debate desta madrugada na CNN, a diferença entre o atual presidente, de 81 anos, e o seu adversário, de 78, pareceu muito maior.
Biden, rouco e com pouca força vocal, foi muitas vezes incapaz de expressar com clareza as suas diferenças face a Trump. A certa altura, depois de Biden se ter afastado enquanto defendia o seu historial em matéria de segurança das fronteiras, Trump disse: "Não sei mesmo o que é que ele disse no fim da frase. Acho que ele também não sabe o que disse".
Trump, entretanto, repetiu por vezes o seu frequente negacionismo eleitoral. Ele disse que aceitaria os resultados da eleição de 2024 se fosse "justo e legal", mas depois repetiu suas mentiras sobre fraude na eleição de 2020.
"Você é um chorão e perdeu da primeira vez", disse Biden.
Eles fizeram história na noite de quinta-feira: foi a primeira vez que um presidente em exercício e um ex-presidente debateram. Os dois discutiram sobre aborto, imigração, política externa, inflação e muito mais.
O confronto tomou um rumo amargo e pessoal. Biden destacou as condenações criminais de Trump. Trump respondeu invocando o filho de Biden, Hunter, que também foi recentemente condenado. Depois, Biden acusou Trump de ter tido relações sexuais com a estrela porno Stormy Daniels enquanto a mulher de Trump estava grávida.
"Eu não tive relações sexuais com uma estrela porno", disse Trump.
Aqui estão 11 conclusões do debate da CNN em Atlanta, moderado por Jake Tapper e Dana Bash:
O problema de idade de Biden ficou muito pior
A tarefa mais importante para Biden no debate era acabar com as preocupações dos eleitores sobre a sua maior vulnerabilidade - a sua idade - e transformar a eleição num referendo sobre Trump.
Não o conseguiu fazer.
Biden estava rouco e, por vezes, ininteligível. As palavras muitas vezes misturavam-se. Tropeçou, sobretudo quando tentou citar estatísticas e legislação. Raramente levantou a voz para martelar pontos de ênfase - perdendo oportunidades de atacar Trump por causa dos seus esforços para anular a eleição de 2020, as suas nomeações para o Supremo Tribunal que levaram à reversão das proteções ao direito ao aborto de Roe v. Wade e muito mais.
Duas fontes da campanha disseram que Biden tem estado constipado nos últimos dias.
Apesar de as primárias democratas já terem terminado há muito tempo, o seu desempenho vai certamente levar a mais dúvidas entre os membros do partido sobre se entregar a Biden uma segunda nomeação com uma oposição apenas nominal foi a jogada certa.
E sobe também a parada para 10 de setembro, quando Biden e Trump se encontrarem para o seu segundo e, prevê-se, último debate, organizado pela ABC.
Trump puxa (alguns) dos seus socos sobre Biden
Para um candidato que ataca regularmente Biden pela sua idade, Trump foi bastante comedido durante os numerosos tropeções do presidente.
Cerca de 20 minutos após o início do debate, Trump seguiu-se a uma observação de Biden com um rápido golpe, dizendo: "Eu realmente não sei o que ele disse no final da frase. Acho que ele também não sabe".
Foi a exceção que provou a regra - e a história sugere que foi uma espécie de regra imposta por si próprio ou pela campanha, para que Trump não fosse visto a gozar ou a ridicularizar as dificuldades de Biden. Há quatro anos, o primeiro debate das eleições gerais do ciclo foi uma confusão para Trump, que interrompeu constantemente Biden e gritou para os moderadores. Se não foi exatamente uma lição aprendida, então o seu tom em Atlanta foi uma correção destinada a apagar a memória desse desempenho prejudicial e desordenado.
Quando Biden tropeçou numa pergunta sobre a dívida nacional, tentando explicar os benefícios de aumentar os impostos sobre os super-ricos antes de perder o fôlego e concluir com a declaração de que "finalmente vencemos o Medicare", havia a sensação de que Trump iria atacar.
Durante a maior parte da resposta, que foi divagante e difícil de discernir, o Presidente manteve os olhos fixos no Presidente e os lábios cerrados. A certa altura, quase estremeceu. Mas Trump fez então uma coisa muito pouco parecida com Trump: respondeu como um típico político.
"Bem, ele tem razão: ele derrotou o Medicare", disse Trump, "derrotou-o até à morte".
Depois continuou, criticando a política de imigração de Biden.
Dúvidas sobre o objetivo de Biden
Além das deficiências físicas de Biden - uma voz que lhe falhou, uma aparência diminuída e uma cara de ecrã dividido que foi amplamente partilhada online - não era imediatamente claro, ao fim de 90 minutos, com que objectivos ele entrou na noite.
Ao contrário do que aconteceu nos seus primeiros encontros, há quatro anos, quando Biden analisou o historial de Trump e apresentou uma visão mais esperançosa para o país, a sua mensagem agora foi confusa e não apenas devido às suas dificuldades em concluir um pensamento.
Biden esteve claramente à defesa durante a maior parte da noite, mas isso era de esperar, uma vez que é o titular do cargo. Mas a explicação que deu para o seu historial foi muitas vezes muito profunda e não conseguiu evocar a imagem de "Joe da classe média" que cultivou durante anos.
Os seus ataques a Trump foram igualmente desiguais, e teve dificuldade em verificar as mentiras do ex-presidente - mesmo aquelas que tinham sido repetidas durante anos. Sobre a maior questão para os democratas - o aborto - Biden não conseguiu fazer nada. Por vezes, as suas réplicas ficaram atoladas em estatísticas que eram difíceis de seguir, como esta sobre os cortes de impostos do ex-presidente para os ricos:
"Temos 1000 trilionários na América, bilionários na América, e o que está a acontecer é que eles estão numa situação em que, de facto, pagam 8,2% de impostos. Se eles pagassem 24% ou 25% - qualquer um desses números quando ganham 500 milhões ou mil milhões de dólares, devo dizer, num período de 10 anos. Seríamos capazes de eliminar a sua dívida".
Noutro momento, disse que Trump "é o único presidente, para além de Herbert Hoover, que perdeu mais empregos do que tinha quando começou, desde Herbert Hoover".
As suas réplicas enlatadas apoiaram-se no pensamento coletivo de académicos constitucionais, historiadores e economistas laureados com o Prémio Nobel para fazer valer os seus pontos de vista.
Biden não é o primeiro candidato ao cargo a ser apanhado pelo debate inicial. Mas os seus assessores estavam supostamente conscientes desta maldição e tinham preparado o presidente durante uma semana de intensa preparação em Camp David.
No entanto, o que foi apresentado na noite de quinta-feira nos EUA [madrugada de sexta em Lisboa] não só não conseguiu acalmar as preocupações sobre a capacidade de Biden para continuar a lutar, como deixou os eleitores com uma ideia pouco clara daquilo por que ele está a lutar.
As frases-de-uma-linha de Biden
Ao longo do debate, a estratégia ofensiva de Biden consistiu em utilizar repetidamente frases de efeito para atacar Trump.
Algumas das frases foram típicas de Biden.
"Cada coisa que ele disse é uma mentira. Cada uma delas", disparou a certa altura contra o antigo presidente.
Noutra, disse: "Nunca ouvi tanta maluquice na minha vida".
E num ponto potencialmente positivo para Biden, o presidente destacou uma reportagem de 2020 do The Atlantic que dizia que Trump se tinha referido aos mortos de guerra americanos como "idiotas" e "falhados". Invocou o seu filho Beau, que morreu de cancro no cérebro após um ano no Iraque, onde esteve exposto a fumos tóxicos.
"O meu filho não era um idiota. Tu és um idiota. Tu és o perdedor", disse Biden.
E durante um comentário sobre o facto de Trump ter sido condenado por tentar encobrir um caso com Daniels, Biden disse: "Você tem a moral de um gato de rua".
A grande diferença na abordagem do dia 6 de janeiro
Em termos simples: Biden estava ansioso por abordar os acontecimentos de 6 de janeiro de 2021, enquanto Trump tentava mudar de assunto, e a diferença nas respostas entre os dois candidatos foi uma das mais acentuadas durante todo o debate.
Quando o debate se dirigiu para o ataque ao Capitólio dos EUA, Trump não o abordou diretamente.
Descreveu como o país, na altura, "tinha uma grande fronteira", que "éramos independentes em termos energéticos" e que os Estados Unidos tinham "os impostos mais baixos de sempre. Tínhamos os regulamentos mais baixos de sempre".
O antigo presidente não abordou o discurso que proferiu aos apoiantes antes do motim desse dia, durante o qual encorajou os apoiantes a "mostrar força" no Capitólio dos EUA.
Biden, por sua vez, disse que Trump "encorajou essas pessoas a irem ao Capitólio" e que, enquanto o Capitólio estava cercado, Trump "ficou sentado lá por três horas a assistir" enquanto os funcionários imploravam para que ele fizesse algo.
Trump é notícia com a sua posição sobre a pílula do aborto
Num debate dominado por discussões sobre a economia, a inflação, a imigração e a política externa, o aborto deveria ter sido o tema mais forte de Biden. O Supremo Tribunal dos Estados Unidos deu duas vitórias aos defensores do direito ao aborto este mês e os eleitores democratas ainda estão motivados pela raiva que sentem em relação à anulação do caso Roe v. Wade.
Em vez disso, foi um dos seus piores momentos da noite. Biden teve dificuldade em explicar a posição do seu partido em relação ao aborto, divagou, pareceu confuso em alguns momentos e, sem ser solicitado, deu a Trump uma abertura para mencionar os crimes que os migrantes cometeram contra os americanos.
No início deste mês, o Supremo Tribunal rejeitou um processo que teria restringido o acesso à pílula abortiva mifepristona. Na quinta-feira, Trump apoiou a decisão do tribunal superior.
"O Supremo Tribunal acabou de aprovar a pílula abortiva, e eu concordo com a decisão deles e não vou bloqueá-la", disse ele.
A partir daí, Trump reiterou a sua posição de que a regulamentação do aborto deve ser deixada aos estados e repetiu a sua falsa afirmação de que "todos os juristas" queriam acabar com a proteção federal do aborto. Disse que apoia as excepções em caso de violação, incesto e para proteger a vida da mãe.
"Tem sido uma coisa óptima", disse Trump sobre o facto de o tema do aborto ter passado a ser dos Estados.
"Tem sido uma coisa terrível", respondeu Biden. "O facto é que a grande maioria dos académicos constitucionais apoiou Roe quando esta foi decidida".
Mas enquanto o aborto deveria ter sido um dos momentos mais fortes do presidente da noite, dada a ênfase que sua campanha colocou na restauração do acesso, a resposta de Biden, em vez disso, tomou um rumo confuso e deu a Trump uma abertura para falar sobre crimes cometidos contra americanos por migrantes.
Uma luta de vibrações sobre Israel e Gaza
Não há dúvida de que Trump lidaria com a guerra em Gaza de forma muito diferente de Biden. Mas como?
"Deixem Israel terminar o trabalho", disse ele a Biden, sugerindo que o presidente fez demasiado para conter o governo israelita e o seu bombardeamento militar dos palestinianos em Gaza.
Trump não disse se apoiaria um Estado palestiniano, mas insistiu que o ataque de 7 de outubro do Hamas dentro de Israel "nunca teria acontecido" se ele estivesse na Casa Branca na altura. Disse também que Biden "se tornou como um palestiniano, mas não gostam dele porque é um mau palestiniano". A intenção era provavelmente sugerir que Biden é demasiado deferente para com os palestinianos, mas também demasiado ineficaz para ganhar o seu respeito.
Não caiu bem - se é que caiu de todo.
O próprio Biden não deu muito. Falou da estreita aliança dos Estados Unidos com Israel e fez notar que os EUA estão "a fornecer a Israel todas as armas de que precisam e quando precisam". Se ele estava à procura de votos progressistas, não havia muito para morder.
O presidente também falou do acordo de cessar-fogo de que falou há algumas semanas e que ainda não se concretizou. (De acordo com todos os relatos recentes, é um acordo que não tem qualquer hipótese de arranque com os líderes de ambos os lados).
O próximo Presidente - seja ele Biden ou Trump - terá um enorme trabalho a fazer na região. E isso é especialmente verdade em Israel e em Gaza, onde, quando os combates terminarem, os EUA e outras potências mundiais serão chamados a negociar algum tipo de caminho pacífico para o futuro. Mas como as suas actuações na noite de quinta-feira mostraram, não há respostas fáceis e as verdades duras serão difíceis de encontrar.
Trump esquiva-se às deportações
A secção de imigração do debate foi sobretudo memorável pelo tropeção de Biden.
Mas Trump não respondeu diretamente a uma pergunta sobre se a severa repressão da imigração que prometeu envolveria a deportação daqueles que estão nos Estados Unidos há décadas, daqueles que têm emprego e daqueles cujos cônjuges são cidadãos americanos.
Em vez disso, passou a atacar Biden, argumentando que o presidente é o responsável pelos crimes cometidos por imigrantes sem documentos desde que assumiu o cargo.
"Estamos a viver agora num ninho de ratos. Eles estão a matar o nosso povo", disse Trump. "Estão a matar os nossos cidadãos a um nível que nunca vimos antes."
Biden, que tinha procurado sublinhar que as travessias ilegais das fronteiras tinham diminuído recentemente, ripostou: "Cada coisa que ele disse é uma mentira".
A visão de Trump sobre política externa: culpar Joe
Segundo o antigo presidente, o atual não está a fazer um bom trabalho.
Os militares norte-americanos "não o suportam" por uma série de razões, sendo a mais infame a sua retirada falhada do Afeganistão. O Presidente russo Vladimir Putin foi "encorajado" por ele a invadir a Ucrânia. O Irão, que "estava falido" durante a sua presidência, foi libertado por ele para travar uma guerra por procuração contra Israel.
Trump pintou um quadro sombrio do mundo e da política global durante a era Biden. Mais uma vez, recusou-se a assumir um compromisso claro com a NATO, gabando-se, em vez disso, dos seus esforços para pôr os membros em dia com as suas quotas. Os termos de Putin para acabar com a guerra, disse ele, "não eram aceitáveis" - mas só depois de ter sido pressionado sobre o assunto.
Biden, em resposta, chamou-lhe "malarkey".
Foi Trump, insistiu, que encorajou Putin no período que antecedeu a invasão russa. Se houve algum "encorajamento", acrescentou, foi durante os quatro anos em que Trump andou a brincar com o autocrata.
O raciocínio de Biden para a continuação do apoio dos EUA à Ucrânia dividiu-se em duas linhas: Em primeiro lugar, que se trata de um passo prioritário e essencial, porque Putin, segundo ele, não se deteria na fronteira ocidental da Ucrânia. Também argumentou, como já o fez no passado, que a existência da NATO fortalece inerentemente os EUA - que uma aliança tão estreita com a Europa Ocidental oferece aos EUA uma mão mais forte em todas as suas interacções em todo o mundo.
Trump faz uma aposta nos eleitores negros e latinos
Quando o debate se centrou nos eleitores negros, Trump aproveitou a oportunidade para fazer uma oferta aos eleitores negros e latinos e bater em Biden no que respeita à inflação.
As hipóteses de Biden vencer em novembro dependem do apoio dos negros no Wisconsin, Michigan, Pensilvânia e em estados como a Geórgia e a Carolina do Norte. Mas as sondagens mostram que Trump está a fazer modestas incursões junto de alguns eleitores negros, especialmente homens, enquanto outros estão desinteressados das eleições.
Biden foi questionado sobre qual a sua mensagem para os eleitores negros, que registaram uma taxa de desemprego recorde, mas que ainda enfrentam disparidades em termos de salários, saúde materna e taxas de encarceramento. Biden elogiou as suas políticas, incluindo os seus esforços para reduzir a dívida dos empréstimos estudantis, mas reconheceu que os custos estão a aumentar.
"Não os censuro por estarem desiludidos, a inflação continua a afectá-los gravemente", afirmou Biden. "Há mais a fazer, consideravelmente mais a fazer, mas já avançámos muito até agora, e não vou desistir e eles sabem disso."
Trump culpou Biden pela criação da inflação e disse que a sua política de imigração levou à perda de empregos para os negros.
"Ele causou a inflação e está a matar famílias negras, famílias hispânicas e quase toda a gente", disse Trump. "O facto é que a sua grande morte para os negros são os milhões de pessoas que ele permitiu que entrassem pela fronteira. Estão a tirar os empregos aos negros".
A conversa voltou-se então para o policiamento, quando Biden disse que Trump tentou cortar o financiamento da polícia.
Trump disse incorretamente que Biden se referiu aos negros como "super predadores" na década de 1990 - era a ex-secretária de Estado Hillary Clinton - e elogiou seu trabalho na reforma da justiça criminal e zonas de oportunidade com o senador republicano da Carolina do Sul Tim Scott.
"E os maiores beneficiários são os negros, e é por isso que temos os melhores números com eles, talvez em todos os tempos", disse Trump.
O fio condutor: culpar a pandemia pela inflação
Biden e Trump recorreram ao mesmo bode expiatório quando lhes foi pedido que explicassem os seus resultados económicos: a pandemia. O debate sobre o coronavírus fez com que, por momentos, parecesse que estavam a retomar o debate de 2020.
Questionado no início do debate sobre um dos ventos contrários mais persistentes que enfrenta a sua candidatura à reeleição - a inflação - Biden disse que herdou uma economia que estava "em queda livre" causada pela gestão de Trump da Covid-19. Citou Trump dizendo que o coronavírus "não era assim tão grave" quando chegou e gozou com a solução sugerida por Trump de injetar desinfetante no corpo.
"Pusemos as coisas no lugar", disse Biden.
Trump, por seu lado, culpou a pandemia pela paragem de uma economia que disse ser "a maior economia da história do nosso país" - um refrão familiar do antigo presidente.
"Fomos atingidos pela Covid e, quando o fizemos, gastámos o dinheiro necessário para não sermos atingidos pela grande depressão", disse Trump.
Trump - que acumulou duas vezes mais dívidas federais do que Biden, de acordo com um novo relatório apartidário referenciado por Tapper - continuou a afirmar que estava prestes a começar a pagar a dívida do país quando o coronavírus apareceu pela primeira vez. Em seguida, desviou a conversa para a forma como o seu sucessor lidou com a pandemia, criticando inclusivamente os mandatos de vacinação instituídos pela administração Biden.
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Presidente da República felicita António Costa pela Eleição ao Conselho Europeu
O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, manteve uma conversa telefónica com António Costa, na qual congratulou o ex-Primeiro-Ministro de Portugal pela sua eleição como Presidente do Conselho Europeu.
Durante a chamada, o chefe de Estado augurou votos de sucesso nas futuras funções, sublinhando a certeza de que o novo presidente representará os valores da Europa com excelência.
A eleição de António Costa para a presidência do Conselho Europeu marca um momento significativo na política europeia, reforçando o papel de Portugal no cenário internacional. O Presidente destacou a importância deste novo capítulo na carreira política de Costa, expressando confiança nas suas capacidades de liderança e na sua habilidade para enfrentar os desafios futuros. 🇬🇼🇵🇹
Presidência da República da Guiné-BissauO Conselho de Ministros reuniu-se hoje, em Sessão Ordinária, no Palácio do Governo, sob a presidência do Presidente da República, General do Exército Umaro Sissoco Embaló.
Presidência da República da Guiné-Bissau