Militantes, amigos e familiares despediram-se do camarada Luís Oliveira Sanca, na sede nacional do Madem-G15.
Radio TV Bantaba / Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15
Militantes, amigos e familiares despediram-se do camarada Luís Oliveira Sanca, na sede nacional do Madem-G15.
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© Notícias ao Minuto
Notícias ao Minuto 06/10/22
Yevgeny Satanovsky, um dos mais conhecidos apoiantes de Vladimir Putin, emocionou-se na televisão estatal, adjetivando os russos que não apoiam a guerra como “decadência e lixo” e propondo uma solução mortal para acabar com o conflito: matar os Ocidentais que não estão do lado da Rússia.
Tudo aconteceu no programa ‘Noites com Vladimir Solovyov’, na terça-feira à noite, depois de Yevgeny Satanovsky ser questionado sobre como a Rússia poderá vencer a guerra na Ucrânia.
“Como vamos vencer? Como devemos reagir aos americanos? O que a Rússia deve fazer?”, perguntou Solovyov.
A resposta de Yevgeny Satanovsky, que é presidente do Instituto do Oriente Médio da Rússia, foi clara. “A Rússia é o que é, em termos de nação. Continuaremos da maneira que somos. Aqueles que estão connosco ficarão bem, e o resto nós mataremos... A atuar contra nós é um grupo relativamente pequeno que está no comando deste campo - eles são ameaçadores e não temem nada. Desde a época de Gorbachev, quando começámos a jogar com as regras deles, pararam de nos temer. Esse é o principal fator”, respondeu, de acordo com a tradução do Daily Beast.
Questionado sobre se isso significa massacrar as mais de 1,5 mil milhões de pessoas filiadas dos países filiados à NATO, o especialista russo foi mais conciso, dando a entender que em causa estão os líderes Ocidentais.
“Não há 1,5 mil milhões de pessoas a dirigir o processo do outro lado, mas cerca de uma a duzentas. Eles devem perceber que, se o empurrão acontecer, isso significa o fim deles, pessoalmente… Tu estás ciente de que eu conheço essas pessoas. Eu conheço-os todos. Eu vi-os a todos. Apenas quando perceberem que estão a enfrentar pessoalmente o fim... só isso terá um efeito sobre essas pessoas”, sublinhou, acrescentando que elaborou uma lista de nomes, que denominou “Lista de Satanovsky”.
Admitindo que fica furioso quando sugerem que a paz é melhor do que a guerra, Satanovsky defendeu que “não haverá paz”.
“Não, a paz não é melhor. Não haverá paz. O objetivo dessas pessoas é que nosso país não exista, que as pessoas que vivem aqui não existam e até que a língua que falamos desapareça – ou até mesmo uma memória de que isso já existiu (…) Eles querem fazer uma entrada numa enciclopédia: ‘Costumava haver russos, costumava haver Rússia - mas agora foi-se’”, afirmou.
Durante a entrevista, Yevgeny Satanovsky disse ainda que é triste que alguns russos “não entendam para que serve esta guerra” e questionou o motivo de algumas pessoas não se comoverem com o que os soldados russos estão a enfrentar.
"Se não podes mudar a tua atitude em relação ao teu país mesmo assim, tu és uma causa perdida, não és nada, és zero. Não há necessidade de ensinar patriotismo ou amor à humanidade. És decadência, és lixo", disse.
“Um soldado russo vai morrer em batalha por ti. Olha para aquele homem, a morrer por ti. Entende que ele deu a vida por ti”, acrescentou, emocionado.
Julia Davis, colunista do Daily Beast e produtora, partilhou um vídeo da entrevista, referindo ainda que o apoiante do Kremlin apelou a que outras pessoas de juntassem às forças russas, mas não expressou qualquer vontade de o próprio o fazer.
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Por LUSA 06/10/22
O Conselho da União Europeia (UE) aprovou hoje formalmente o oitavo pacote de sanções à Rússia pela invasão da Ucrânia, que entrará em vigor assim que for publicado no Jornal Oficial, o que acontecerá "em breve".
O pacote formalmente acordado "introduz na legislação da UE a base para estabelecer um limite de preços relacionado com o transporte marítimo de petróleo russo para países terceiros e mais restrições ao transporte marítimo de petróleo bruto e produtos petrolíferos para países terceiros", de acordo com um comunicado de imprensa do Conselho.
As novas sanções foram propostas pela Comissão Europeia -- que já saudou a aprovação de hoje -- na sequência da escalada militar russa na Ucrânia e a anexação ilegal das regiões de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson.
O oitavo pacote de sanções inclui medidas destinadas a reforçar a pressão sobre o governo e a economia russos e ainda enfraquecer as capacidades militares da Rússia.
Os 27 Estados-membros concordaram ainda em sancionar indivíduos e entidades que tenham desempenhado um papel na organização de referendos ilegais nas quatro regiões ucranianas em causa, representantes do setor da defesa, e pessoas que difundem desinformação sobre a guerra.
O Conselho alargou também os critérios para abranger que facilitar a evasão das sanções da UE.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.114 civis mortos e 9.132 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
Notícias ao Minuto 06/10/22
As mortes de 66 crianças na Gâmbia, em África, devido a lesões renais fatais podem estar ligadas a quatro xaropes para a tosse feitos na Índia, revelou a Organização Mundial da Saúde (OMS), esta quarta-feira.
De acordo com o diretor-geral da organização, a OMS está agora a realizar uma investigação mais pormenorizada, em conjunto com a empresa farmacêutica e as autoridades reguladoras da Índia, mas já encontrou algo suspeito nos exames efetuados.
"A análise em laboratório de amostras de cada um dos produtos confirma a contaminação com dietilenoglicol e etienoglicol em quantidades inaceitáveis", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, acrescentando que ambas as substâncias são tóxicas e podem ser fatais.
Segundo a OMS, este tipo de produtos pode dar dores abdominais, vómitos, diarreia, incapacidade de urinar, dores de cabeça e ainda confusão mental e lesão renal aguda, algo que pode causar a morte.
Para prevenir mais casos, a organização recomenda assim que todos os países retirem os medicamentos em questão de circulação, visto que, o fabricante pode ter usado o mesmo material contaminado em outros produtos e distribuído localmente ou através de exportação. "Portanto, há risco global", alertou Tedros.
São eles o Promethazine Oral Solution, o Kofexmalin Baby Cough Syrup, o Makoff Baby Cough Syrup e o Magrip N Cold Syrup, todos fabricados na mesma empresa, a Maiden Pharmaceuticals Limited.
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Notícias ao Minuto 06/10/22
Os meios de comunicação estão a divulgar imagens do principal suspeito, que se encontra em fuga.
Pelo menos 31 pessoas morreram, esta quinta-feira, num tiroteio em massa numa província do nordeste da Tailândia.
O massacre ocorreu numa creche em Nong Bua Lamphu, divulgaram as autoridades, citadas pelo jornal Arab News.
Dado que o principal suspeito, um antigo agente da polícia, encontra-se em fuga, foi lançada uma caça ao homem.
Os meios de comunicação estão a divulgar imagens do suspeito para facilitar a procura.
Os meios locais indicam, ainda, que o primeiro-ministro do país expressou já as suas condolências às famílias das vítimas.
[Notícia em atualização]
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Notícias ao Minuto 06/10/22
As autoridades da Ucrânia alegam que milhares de soldados russos estão a ligar para uma linha direta ucraniana, que foi criada para ajudar aqueles que desejam render-se.
Segundo Andriy Yusov, porta-voz da inteligência militar da Ucrânia, cerca de 2.000 pessoas ligaram para a linha direta 'Eu quero viver' nas últimas semanas.
"A linha direta recebeu muitas chamadas de russos que foram chamados recentemente e até de alguns que ainda nem foram chamados. Estão a ligar e a perguntar: 'O que devo fazer se for mobilizado? O que eu tenho que fazer, qual é a maneira certa de me render?'", disse o responsável, em declarações ao jornal Ukrainska Pravda.
Andriy Yusov adiantou também que o número de chamadas aumentou desde a ofensiva ucraniana em Kharkiv.
Sublinhe-se que as forças russas continuam a enfrentar derrotas significativas no campo de batalha, nomeadamente nas regiões que a Rússia anexou ilegalmente. Depois de reconquistarem Kharkiv, as tropas ucranianas fazem agora grandes avanços no sul e leste do país, com a reconquista de dezenas de localidades.
© Lusa
Por LUSA 06/10/22
A Coreia do Norte lançou hoje mais dois mísseis balísticos de curto alcance, em direção às suas águas, depois de os Estados Unidos terem destacado um porta-aviões para perto da península coreana.
O destacamento do porta-aviões norte-americano surgiu em resposta ao anterior lançamento por parte de Pyongyang de um míssil de capacidade nuclear sobre o Japão.
Os últimos lançamentos de mísseis sugerem que o líder norte-coreano, Kim Jong-un está determinado a continuar com os testes de armas destinados a impulsionar o seu arsenal nuclear, desafiando as sanções internacionais.
Muitos especialistas dizem que o objetivo de Kim é acabar por ganhar o reconhecimento dos EUA como Estado nuclear legítimo e o levantamento dessas sanções, embora a comunidade internacional não tenha mostrado sinais de permitir que isso aconteça.
Os últimos mísseis foram lançados com 22 minutos de diferença, caindo entre a península coreana e o Japão, disse o chefe do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul em comunicado.
Os detalhes do voo foram semelhantes às avaliações japonesas anunciadas pelo ministro da Defesa, Yasukazu Hamada, que confirmou que os mísseis não atingiram a zona económica exclusiva do Japão.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte admitiu hoje que os recentes lançamentos de mísseis balísticos de Pyongyang são "medidas de retaliação" contra os exercícios militares conjuntos conduzidos por Seul e Washington na região.
Na quarta-feira, no Conselho de Segurança das Nações Unidas, a Rússia e a China demarcaram-se de uma condenação geral ao teste com um míssil balístico realizado pela Coreia do Norte e que sobrevoou o território do Japão.
Excetuando a Rússia e a China, todos os membros do Conselho de Segurança criticam o lançamento do míssil norte-coreano, referindo que foram violadas várias resoluções das Nações Unidas.
Parte dos países pediu ainda medidas adicionais contra o Governo de Pyongyang, que já está sujeito a fortes sanções internacionais.
Porém, a imposição de novas sanções parece impossível devido à posição da Rússia e da China que, em maio, já vetaram uma resolução nesse sentido, tendo hoje mantido a mesma linha de orientação.
Moscovo e Pequim culparam os Estados Unidos e os seus aliados pelos últimos testes de armas realizados pela Coreia do Norte, afirmando que estes foram realizados em resposta às suas manobras militares na região.
Os dois países insistiram que é Washington que deve fazer concessões para facilitar o regresso ao diálogo com Pyongyang e que não consideram apropriadas novas sanções.
© Lusa
Por LUSA 06/10/22
Uma incursão de aviões militares chineses no espaço aéreo de Taiwan seria considerada "um primeiro ataque contra o país", disse o ministro da Defesa de Taiwan, Chiu Kuo-cheng, informou hoje a agência de notícias CNA.
O ministro fez esta observação na quarta-feira, durante uma reunião do Comité de Defesa Nacional da Câmara Legislativa da ilha.
"A defesa nacional é uma linha vermelha para Taiwan", disse, avisando que seriam tomadas "contramedidas" se a linha for atravessada.
Pequim respondeu à visita em agosto à ilha pela líder da Câmara dos Representantes do Congresso dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, com manobras militares que incluíram fogo real, com aviões chineses a atravessarem a linha média do Estreito de Taiwan, que na prática tinha sido uma fronteira não oficial tacitamente respeitada por Taipé e Pequim nas últimas décadas.
Chiu acusou Pequim de "quebrar" este acordo.
No ano passado, Taipé registou numerosas incursões de aviões militares chineses na sua ADIZ (zona de identificação de defesa aérea), que não está definida ou regulamentada por nenhum tratado internacional e não corresponde ao seu espaço aéreo.
Chiu explicou também que Taiwan continuará a comprar armas dos Estados Unidos, o principal fornecedor de armas ao território, "de acordo com as necessidades" da ilha.
A China chamou à viagem de Pelosi uma "farsa" e uma "traição deplorável" e decretou sanções comerciais a Taiwan, que descreveu os exercícios militares como um "bloqueio".
O ministro disse que várias agências governamentais de Taiwan estão a avaliar a possibilidade de alargar o serviço militar obrigatório na ilha "de quatro para 12 meses".
A China insiste em "reunificar" a República Popular com a ilha, que tem sido governada de forma autónoma desde que os nacionalistas recuaram para aquele território em 1949, depois de perderem a guerra civil contra os comunistas, e continuaram com o regime da República da China, culminando com a transição para a democracia nos anos 90.
Por: Bíbia Mariza Pereira radiosolmansi.net
O governo quer iniciar no mês de novembro próximo, o controle dos trabalhadores e confirma que a Guiné-Bissau está fora do sistema da convergência da UEMOA e da massa salarial, mas também o rácio dos funcionários por habitantes.
A ideia do governo foi informada pelo Ministro da Função Publica que falava na abertura do seminário sobre o sistema de Controlo de Assiduidade Biométrico dos Trabalhadores, destinado aos diretores dos recursos humanos das instituições públicas e privadas, realizada pela empresa “360 V2”.
Cirilo Mamasaliu Djaló disse que a Guiné-Bissau tem acima de 21 funcionários por mil habitantes e o aceitável, no espaço da UNEMOA, disse o político, é 7 funcionários por mil habitantes
“Temos uma massa salarial muito elevada que quase absorve acima de 80% das nossas receitas ordenarias, isto quer dizer que estamos fora do sistema da convergência da UEMOA, (…) mas também o rácio funcionário por habitante”, explica o ministro.
O titular da pasta da Função Publica, explica o benefício da empresa 360 V2 com o governo no controle dos trabalhadores.
“Essa fase é um dos objectos deste seminário que é o controle biométrico da assiduidade dos funcionários, e esse controle biométrico passa necessariamente na colaboração com a empresa 360”, sustenta o ministro garantindo que o governo vai tentar melhorar o sistema do controlo já a partir de mês de novembro próximo.
A 360V2 SARL é uma empresa informática da Guiné Bissau, que presta serviços a entidades públicas e privadas, destacando-se os sistemas de segurança, controlo e gestão da pontualidade e assiduidade.
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Por LUSA 05/10/22
O capitão Ibrahim Traoré, que comandou o golpe em 30 de setembro no Burkina Faso, foi oficialmente nomeado esta noite Presidente do país, segundo um comunicado intitulado Ato Fundamental, lido na televisão nacional.
"O presidente do Movimento Patriótico para a Salvaguarda e Restauração (MPSR) desempenha as funções de Chefe de Estado, Chefe Supremo das Forças Armadas nacionais", indica o Ato Fundamental, que substitui temporariamente a Constituição do Burkina Faso, enquanto se aguarda a adoção de uma carta de transição.
O Ato Fundamental foi lido pelo capitão Kiswendsida Farouk Azaria Sorgho, porta-voz do MPSR.
Em 30 de setembro, Burkina Faso sofreu o seu segundo golpe de Estado neste ano, após outro golpe liderado em 24 de janeiro pelo ex-Presidente de transição, tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba.
A tomada do poder pelos militares ocorreu em ambas as ocasiões após o descontentamento entre a população e o Exército devido aos ataques 'jihadistas' que o país sofre desde abril de 2015, realizados por grupos ligados tanto à Al-Qaida quanto ao Estado Islâmico (EI) e que já deslocou quase dois milhões de pessoas.
Por: Mamasamba Balde Radio TV Bantaba Outubro 5, 2022
Os citadinos de Buba alertam as autoridades pelo perigo a vista com subidas alarmantes de preços de bens essenciais no mercado.
À Rádio TV Bantaba , vendedeiras e feirantes estranham pela situação.
“ Nós vendedeiras, buscamos produtos na zona leste, para além de ser caro o preço de transporte também é muito elevado, no entanto, temos que vender para recuperar os lucros”.
Disse Cumba
Queita vendedeira no mercado local.
“ Dantes vendiamos peixe mil francos cfa por quilograma, mas agora compramos caro junto dos pescadores que também choram por subida de preço de combustível. Por isso, passamos a vender um quilograma de peixe mil e quinhentos francos cfa”.
Aua Djassi vendedeira.
Os consumidores pegam preços mais altos no mercado, constatou RTB esta quarta-feira (05.10).
“ A situação é insuportável, tudo, mas tudo mesmo está fora do normal. Até produtos que produzido aqui, legumes por exemplo, se vende nos preços alarmantes. As autoridades devem assumir as suas responsabilidades, agora um saco de arroz de 50 quilogramas é vendido por 25 mil francos cfa “.
Ansumane Indjai feirante.
Na mesma reportagem, RTB recolheu a preocupação de comerciantes sobre o saneamento no mercado local.
“ Aqui o serviço de Câmara não funciona. A associação “Buba Cidade Limpa” é que faz trabalho de voluntariado, mas há um mês não o fazem por falta de colaboração e meios para isso. Assim ficamos, casa de banho na situação caótica e sem falar de lixo arredores do mercado”.
Disse um comerciante.
JORNAL ODEMOCRATA 05/10/2022
O presidente da Associação Nacional dos Importadores e Exportadores da Guiné-Bissau (ANIE-GB), Mamadu Iero Jamanca, quer esclarecimentos sobre a aplicação de sete biliões de francos CFA depositados pelos empresários nacionais e estrangeiros na conta da Agência Nacional de Cajú (ANCA).
Segundo Mamadu Iero Jamanca, o valor em causa tinha sido mobilizado para melhorar a performance dos pomares de cajú, mas “os pomares estão a morrer por falta de cuidados técnicos, velhice e contaminação por pragas”.
O empresário fez essas revelações aos jornalistas esta quarta-feira, 5 de outubro, à margem de uma conferência de imprensa realizada pela confederação dos empresários em Bissau, afirmando que “os importadores e exportadores são os únicos contribuintes diretos da taxa sobre valorização da castanha de cajú do país no valor de 5 francos CFA por quilograma”.
“Passado todo este tempo, percebemos que esse fundo não estava a ser investido devidamente, o objetivo para o qual foi criado pelos atores da fileira de cajú, por isso intentamos uma ação judicial contra Agência Nacional de Cajú (ANCA) junto do tribunal regional de Bissau para que esclarecesse os equívocos que poderiam ter existido quanto à utilização desse fundo”, notou.
De acordo com o presidente ANIE-GB, o tribunal regional de Bissau decidiu na semana passada a interdição do pagamento da taxa sobre valorização de 5 franco CFA nas contas de ANCA e constituir a Associação Nacional dos Importadores e Exportadores da Guiné-Bissau como fiel depositário daquela taxa, aguardando o desenrolar do processo em curso no tribunal.
Jamanca assegurou que a Confederação Nacional dos Atores da Fileira de Cajú da Guiné-Bissau, que engloba todas as organizações que atuam nesse setor, estão determinados a defender os seus interesses e deixou um aviso que todos os fundos que o governo tinha alocado ao setor serão investigados e investidos para o bem-estar do cajú, das mulheres, dos homens e dos jovens que labutam diariamente nessa área.
“Estamos insatisfeitos com a forma como o dinheiro que nós pagamos está a ser gerido pela entidade gestora, razão pela qual decidimos recorrer ao tribunal, que nos deu razão e agora vamos avançar com uma previdência cautelar o quanto antes para definitivamente estancar a má gestão e o desvio de dinheiro que deveria ter sido canalizado para o caju”, enfatizou.
Chamamos a atenção à ANCA, à Administração dos Portos de Bissau, ao Conselho Nacional de Carregadores e outras entidades que todo o dinheiro que, por lei, foi direcionado para fim de melhoria da castanha de cajú, através da sua plantação, os operadores da fileira de cajú não vão cruzar os braços e lutarão até que seja usado para o fim a que se destina.
Mamadu Iero Jamanca disse estranhar que uma Agência de Cajú como ANCA, com a importância reguladora que tem, se tenha dado ao luxo de não prestar contas ao Conselho Geral daquela instituição.
“A Agência Nacional de Cajú da Guiné-Bissau não tem nenhum relatório financeiro fidedigno e confiável das suas atividades ao longo dos anos que tenha passado por uma auditoria de uma instituição financeira certificada para o efeito”, lamentou.
Por: Aguinaldo Ampa
© Reuters
Por LUSA 05/10/22
A presidente da Comissão Europeia avisou hoje os líderes da União Europeia (UE) que a crise energética "é grave e entrou numa nova fase", dado o aproximar da estação fria, apelando à cooperação para enfrentar este "desafio conjunto".
"Encontramo-nos mais uma vez num momento crítico. A crise energética é grave e entrou numa nova fase, [pelo que] só uma resposta europeia comum pode reduzir os custos energéticos para as famílias e empresas e fornecer segurança energética para este e para os próximos invernos", declara Ursula von der Leyen.
Numa carta hoje enviada aos chefes de Governo e de Estado da UE, um dia antes de uma cimeira informal de dois dias em Praga, a líder do executivo comunitário sugere várias medidas para enfrentar a acentuada crise energética este outono e inverno, quando se teme cortes no fornecimento do gás russo à Europa, entre as quais uma intervenção para limitar temporariamente os preços no mercado do gás natural, aquisição e gestão conjunta ao nível europeu, negociações com países como Noruega e Estados Unidos e ainda limites ao preço do gás natural para produção de eletricidade.
"Aguardo com expectativa a nossa discussão informal em Praga antes do Conselho Europeu em outubro e espero que ela venha a enriquecer as propostas que a Comissão está pronta a apresentar, refletindo a nossa resposta conjunta ao enorme desafio que enfrentamos conjuntamente no próximo inverno", vinca Ursula von der Leyen.
Reconhecendo que os preços do gás "permanecem muito elevados e estão a colocar um pesado fardo sobre as pessoas e a economia", a presidente da Comissão Europeia salienta que, "para evitar uma grave fragmentação, é necessária uma resposta europeia unida e comum".
Além destas medidas, a responsável defende inclusive mais "investimento para acelerar a transição para a independência energética", o que passaria por avançar com "infraestruturas tais como condutas, interconectores ou energias renováveis e eficiência energética", para assim a UE ficar "menos exposta a preços elevados de energia fóssil e a promover a autonomia estratégica".
"Com o [plano energético] REPowerEU demos os primeiros passos importantes de solidariedade, mas não será suficiente para assegurar um nível necessário de reforma e investimento em todos os Estados-membros necessários a esta crise energética, [pelo que] a Comissão irá estudar fontes de financiamento complementares" avança Ursula von der Leyen.
Este anúncio surge dias depois de terem surgido críticas na UE à nova 'bazuca' da Alemanha, um pacote 200 mil milhões de euros em ajudas às famílias e empresas alemãs para lidarem com os elevados preços da energia, por se tratar de um apoio avultado que coloca em desvantagem os restantes países (com economias mais vulneráveis).
Na missiva hoje enviada aos líderes europeus, Von der Leyen refere ainda que o executivo comunitário está a trabalhar na reformulação do mercado elétrico europeu, prevendo-se agora que, "até ao final do ano", a instituição apresente as suas "ideias ao Conselho e ao Parlamento para uma reforma que torne o mercado de eletricidade apto para um futuro mais descarbonizado", quando anteriormente se falava de uma proposta no início de 2023.
Na atual configuração do mercado elétrico europeu, o gás determina o preço global da eletricidade quando é utilizado, uma vez que todos os produtores recebem o mesmo preço pelo mesmo produto --- a eletricidade --- quando este entra na rede.
A guerra da Ucrânia, causada pela invasão russa, acentuou ainda mais a situação de crise energética em que a UE se encontrava, dada a dependência das importações dos combustíveis fósseis russos.
"Temos reagido com unidade, determinação e solidariedade: a nossa capacidade de armazenamento de gás já está cheia em cerca de 90%, compensámos o reduzido fornecimento de gás por gasoduto russo com importações mais diversificadas de parceiros fiáveis e de confiança e, graças ao forte empenho dos nossos Estados-membros e das presidências [do Conselho], chegámos rapidamente a acordos sobre a poupança de gás e as intervenções de emergência de eletricidade", elenca ainda Ursula von der Leyen.
© Reuters
Por LUSA 05/10/22
A guerra na Ucrânia aumentou o risco de um desastre nuclear e poderá atrasar a construção de centrais por empresas russas noutros países, caso as sanções económicas sejam alargadas a este setor, afirmou o especialista Mycle Schneider.
Coordenador do Relatório Anual sobre a Indústria Nuclear Mundial, cuja edição de 2022 foi hoje publicada, Schneider admitiu à agência Lusa que o conflito criou uma situação de risco.
"O mundo está visivelmente mais próximo de um desastre com uma central nuclear do que em qualquer ponto nas últimas décadas, porque a base das regras de segurança nuclear já não existe na Ucrânia", vincou.
O analista alemão atualmente baseado em Paris destacou o caso da central nuclear ucraniana de Zaporijia, a maior da Europa, ocupada desde o início de março por tropas russas e localizada num dos territórios ucranianos oficialmente anexados por Moscovo.
O diretor-geral da central nuclear ucraniana de Zaporijia, Igor Murachov, foi detido por tropas russas durante vários dias, tendo sido libertado na segunda-feira.
"Não é preciso um perito nuclear para perceber que se o principal responsável de uma central nuclear for raptado e o restante pessoal operacional estiver a agir sob ameaça permanente, a probabilidade de falha de qualquer tipo dispara", explicou.
De acordo com o relatório, as centrais não foram construídas para funcionar em situações de conflito, pois existe um risco agravado de o arrefecimento do núcleo do reator ou do combustível usado serem interrompidos, o que resultaria em "potencialmente grandes fugas de radioatividade".
Além de um fornecimento fiável de água e eletricidade, o bom funcionamento implica "funcionários motivados, descansados e treinados" e o acesso de especialistas do exterior, peças sobressalentes e inspecções ou reparações.
Até agora, o setor nuclear foi isento das sanções económicas da comunidade internacional, mas Schneider referiu existirem vozes no Parlamento Europeu favoráveis ao alargamento.
As empresas russas, nomeadamente a Rosatom, dominam o mercado internacional, sendo responsáveis por todos os projetos de centrais no estrangeiro fora da China desde 2019.
Atualmente, a Rosatom é responsável por 17 unidades em sete países, incluíndo na Índia, Turquia ou China.
"As centrais nucleares russas contêm milhares de componentes não-russos, incluindo os principais, como turbinas (de origem francesa) ou partes do controlo-comando (da Alemanha). (...) Não há dúvida de que as consequências [de sanções] sobre os projectos de centrais nucleares russas em curso e potenciais projectos futuros serão substanciais", disse Schneider à Lusa.
A invasão da Ucrânia também aumentou significativamente o foco de muitos governos na segurança energética e evidenciou os problemas de dependência das importações de combustíveis fósseis.
Porém, para Mycle Schneider, o interesse renovado na energia nuclear de vários países desencadeado pela guerra na Ucrânia para reforçar a segurança energética é "retórico", pois as energias renováveis são mais baratas e rápidas de desenvolver.
"O interesse não produz energia. Não existe procura do consumidor para centrais nucleares, este é exclusivamente um mercado de oferta", vincou.
O apoio, de três milhões de euros, tinha sido anunciado pelo Presidente Francês Emmanuel Macrom, em declaração conjunta com seu homólogo guineense Umaro Sissoco Embalo, no final de visita de 24 horas que efectuou ao país no pasado mês de agosto deste ano.
Segundo a nota do Gabinete de Assessoria de Imprensa do Ministério ds Finanças, a ANG teve acesso, a missão reuniu-se terça-feira com o ministro das Finanças Ilídio Vieira Té , na presença dos Secretários de Estado do Orçamento e Assuntos Fiscais, João Alberto Djata e do Tesouro, Mamadu Baldé.
Informou que a missão é chefiada pelo Conselheiro Financeiro para África na Direção-Geral do Tesouro francês Yves Charpentier.
De acordo com a nota, a missão revela que, as relações entre os dois países, Guiné-Bissau e França são excelentes", realçou, considerando o sector de caju como estratégico para a Guiné-Bissau na mobilização de receitas públicas.
Informou que o ministro das Finanças Ilídio Vieira Té abordou com a missão, entre outros assuntos, abertura da Escola francesa, execução orçamental, massa salarial, quadro fiscal e inflação.
O Embaixador da França na Guiné-Bissau, Terence Wills falou no "renascimento da cooperação entre Bissau e Paris", destacando, aquilo que chama, "missão magnífica do Presidente Umaro Sissoco Embaló a França".
O diplomata francês disse que, a missão simboliza a retoma plena da assistência financeira francesa à Guiné Bissau, suspensa há mais de vinte anos, alegando ser graças ao empenho do Presidente Embaló.
O documento revelou que a missão financeira francesa vai permanacer no país até sexta-feira para inteirar-se do contexto macroeconómico e, fiscal da Guiné-Bissau e acompanhar as negociações com o Fundo Monetário Internacional, FMI.
Acrescentou que a missão irá conhecer a situação das finanças públicas e as reformas em cursos na administração pública, assim como, recolher as informações necessárias com vista a apoiar a execução orçamental.
“Em Maio de 2021, o governo francês desembolsou 1,5 milhões de euros, no âmbito de apoio orçamental, 2021, cuja parte substancial se destinava ao sector de Saúde, num montante de 1,3M€ para pagar os técnicos envolvidos no combate à Covid-19, sendo, a parte remanescente de 200.000 euros é consignada à gestão de base de dados dos efectivos da Função Pública”, recorda a nota do Gabinete de Assessoria de Imprensa do Ministério das Finanças.
A Rubrica Visão continua a carimbar as suas edições com os olhos postos na Guiné-Bissau e na vida dos Guineenses. Um espaço onde tudo e todos contam.
Para a edição desta semana, a Visão convida o secretário-geral do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Dr. Jão André da Silva, para um olhar sobre o funcionamento do STJ no País.
Assuntos em análise:
1. A estruturação do Supremo Tribunal de Justiça;
2. Funcionamento e tomada de decisões daquele órgão;
3. Apresentação e recepção das queixas;
4. Articulação com outros órgãos da justiça e também órgãos da soberania;
5. Promoção de novos juízes;
6. Requisitos necessários para a legalização de partidos políticos;
7. Olhar sobre o prazo dado à todos os partidos para confirmar as suas existências;
8. Politização ou não das decisões do Supremo Tribunal de Justiça;
9. Visão sobre números de partidos políticos existentes e activos.
Tem alguma perguntar que gostaria de colocar ao Secretário-geral do Supremo Tribunal de Justiça, Dr. Jão André da Silva?
Não perca esta quinta-feira, 06 de outubro 2022, as 20h00, na Rádio da Juventude guineense, em 102.8Mhz, em www.radiojovem.info e na nossa página do Facebook.
Por: Mamasamba Balde ©Radio TV Bantaba Outubro 5, 2022
Até 2030 será necessário 69 milhões de professores para dar resposta ao ensino básico universal revelou hoje (05.10) a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
No Comunicado divulgado para celebrar Dia Mundial do Professor [ 5 de Outubro] UNESCO alertou a crise universal no setor da educação, apelou aos governos para intensificarem o seu apoio ao setor do ensino, tendo em conta as “dificuldades” em “manter o seu pessoal e atrair novos talentos”.
“A maior escassez de professores verifica-se na África Subsaariana, que tem “algumas das salas de aula mais superlotadas do mundo”, os “professores mais sobrecarregados” e os sistemas de ensino “com falta de pessoal”. Revelou a agência da ONU.
Para a diretora-geral da UNESCO Audrey Azoulay ” a falta de formação, condições de trabalho pouco atrativas e financiamento inadequado são fatores que minam a profissão e agravam a crise global de aprendizagem”.
Para atenuar a crise a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura para alcançar a meta 2030 [Educação básica universal] “são precisos 24,4 milhões de professores no ensino primário e mais de 44,4 milhões para o nível seguinte”.
“As necessidades de ensino primário para África Subsaariana são de 5,4 milhões de professores e para ensino secundário, com 90% das escolas a enfrentar greve e carência de professores, 11, 1 milhões “.
Lê-se no Comunicado.
Sul da Ásia é a segunda maior região com défice, onde serão necessários 1,7 milhões adicionais de professores primários e 5, 3 milhões adicionais de professores fé ensino complementar para atingir a meta.
A UNESCO propôs melhoria das condições para os professores, em particular no que tange à carga de trabalho, formação e cuidados com o ambiente onde os profissionais vivem, em especial as professoras.
A agência ainda explicou que “ a crise na profissão é também acentuada por salários não compatíveis “.
De acordo com os dados da UNESCO seis em cada 10 países pagam menos aos professores primários em relação aos outros profissionais com qualificações semelhantes.
“Apenas três países de elevados rendimentos têm uma política louvável de remuneração de professores: Singapura, com um salário médio igual a 139 % das profissões comparáveis, Espanha (125 %) e Coreia do Sul (124 %)”, revelou a UNESCO.
Preocupação recolhida pela Rádio TV Bantaba durante o encontro que o ministro do Comércio Guineense manteve com os comerciantes, sobre as causas das constantes subidas do preço dos produtos no mercado.
© Lusa
Por LUSA 05/10/22
O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, considerou hoje que a guerra da Ucrânia, causada pela invasão russa, está agora "numa fase perigosa" devido ao "cenário assustador" relativo às armas nucleares da Rússia.
"A guerra continua e as notícias do campo de batalha são boas para a Ucrânia. A Ucrânia está a voltar à ofensiva, [mas] a guerra entrou numa nova fase, uma fase que é sem dúvida perigosa porque estamos perante um cenário assustador, ao qual não devemos fechar os olhos", declarou o Alto representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança.
Intervindo num debate na sessão plenária do Parlamento Europeu, na cidade francesa de Estrasburgo, Josep Borrell falou num "cenário de uma guerra convencional envolvendo uma potência nuclear, uma potência nuclear que está atualmente a recuar no cenário convencional e que ameaça utilizar armas nucleares".
"É certamente um cenário preocupante, no qual temos de mostrar que o nosso apoio à Ucrânia não está a vacilar", sublinhou.
Apesar de vincar que "a Ucrânia está a avançar em três frentes, no Donbass, [...], no centro sul de Zaporijia, avançando para Mariupol, e finalmente em Kherson", o chefe da diplomacia comunitária apontou que a Rússia "ainda tem a superioridade numérica, a superioridade do poder de fogo", razão pela qual é necessária cautela.
Hoje mesmo, os Estados-membros da UE chegaram a acordo político sobre novas sanções à Rússia pela invasão da Ucrânia, um oitavo pacote que deverá entrar em vigor na quinta-feira como "forte resposta" à anexação de territórios ucranianos.
Proposto pela Comissão Europeia na passada quarta-feira, face à "nova escalada"russa com a realização de "referendos fraudulentos", à mobilização parcial e à ameaça de recurso a armas nucleares, o novo pacote de sanções da União Europeia inclui um teto ao preço do petróleo russo, novas restrições ao comércio para privar a Rússia de cerca de sete mil milhões de euros de receitas, uma proibição de exportações de mais produtos para privar o Kremlin de tecnologias-chave para a máquina de guerra russa e uma atualização da lista de indivíduos e entidades alvo de medidas restritivas.
Em concreto, a UE acrescentou à lista de sanções individuais os responsáveis pró-russos nas regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, ocupadas pela Rússia.
Nos últimos dias, registaram-se inclusive ataques russos contra a zona da central nuclear de Zaporijia, no sul da Ucrânia, a maior da Europa, depois de o Presidente russo, Vladimir Putin, ter anunciado uma mobilização parcial de 300 mil reservistas russos.
"A situação do exército russo é muito má. Entre outras coisas, porque os soldados russos não sabem para que serve a guerra e os 300 mil que serão levados das suas casas para a frente de batalha compreenderão ainda menos, pelo que a guerra pode ser ganha no campo de batalha, mas deve ser ganha sobretudo no campo das ideias. Além da guerra em si, há outra guerra, que é a guerra pela supremacia dos valores", disse ainda hoje Josep Borrell.
E numa altura em que se temem ruturas no abastecimento russo à UE, nomeadamente de gás, o chefe da diplomacia comunitária vincou que o Presidente russo, Vladimir Putin, "está à espera do frio, de cortes no fornecimento de gás, de preços elevados e temperaturas baixas para minar a vontade europeia de continuar a apoiar a Ucrânia".
"Este é o lugar para pedir aos europeus que compreendam o que está em jogo porque o nosso apoio à Ucrânia não é apenas uma questão de generosidade, o nosso apoio à Ucrânia deve ser infalível porque a segurança da Ucrânia está intrinsecamente ligada à nossa própria segurança", adiantou.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro passado.
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Por LUSA 05/10/22
O governo dos EUA pretende aumentar as restrições de exportações de chips de última geração para a China e estuda novos limites para empresas chinesas de inteligência artificial e supercomputação, segundo meios de comunicação.
O governo do presidente Joe Biden está a preparar novos controlos de exportação de semicondutores e máquinas para os produzir, com o objetivo de impedir que a China adquira capacidade de desenvolver tecnologia de ponta, algo que pode anunciar esta semana, publicou hoje o The Wall Street Journal.
Esta medida somar-se-ia às novas restrições decididas há poucas semanas a algumas exportações norte-americanas de chips.
Já o The New York Times indica que as novas medidas a anunciar por Biden destinam-se a obstaculizar as ambições de Pequim de criar a próxima geração de armas e automatizar sistemas de vigilância em grande escala.
As restrições seriam baseadas em uma regra da era Trump, que visou o conglomerado das telecomunicações Huawei, ao proibir às empresas de todo o mundo que lhe enviassem produtos fabricados com tecnologia, maquinaria ou programas informáticos dos EUA.
Espera-se agora que várias empresas chinesas, laboratórios de investigação governamentais e outras entidades se defrontem com restrições similares às destinadas à Huawei, adiantou o The New York Times.