Por Joaquim Batista CorreiaSaúdo e comemoro o nascimento de Amílcar Cabral, bem como lamento a forma bárbara como foi assassinado com as armas que ele introduziu na antiga colônia portuguesa na África Ocidental, para a luta armada, com objetivo à independência.
Condeno a hipocrisia e oportunismo de muitos aqueles que perfilam outras ideologias sem critérios próprios refugiam na figura do malogrado Amilcar Cabral que hermeticamente escolheu a via da violência com objetivo político.
É bom recordar que antigo presidente senegalês, Léopold Sédar Senghor tinha desaconselhado, a luta armada como a única solução ideal para a independência, e, aconselhava aposta num diálogo directo com as autoridades coloniais lusa...
Muito se avançou, encontros em Casamance etc., mas as reticências de Amilcar Cabral não permitiram avanços significativos...
A opção da luta armada para a libertação do jugo colônia português foi fatal para ele, bem como as severas consequências nefastas para a Guiné, que até hoje perduram...
O Amilcar Cabral não foi a única vítima do vício da violência.
Também foram as vítimas da violência armada, muitos mesmo os mais emblemáticos guerrilheiros da luta da libertação que não escaparam da morte traidora e violenta perpetrados pelos os próprios colegas da luta de libertação...
Mas, no entanto, quêm assumiu e assume até atualidade os maiores prejuízos dos efeitos da guerra de libertação é o próprio povo guineense...
Se abrissem a porta para emigração a Portugal duvido que alguém ficaria na Guiné Bissau...
As estatísticas geram números dramáticos depois da independência:
Mais de 50% da população nativa originária optou à emigração para os quatro cantos do Mundo.
O Ensino, Saúde, Habitação, o Emprego, a Economia, Emprego e a Estabilidade Política são dos mais precários do Mundo, apesar da imensa riqueza que a Guiné Bissau possuí...
Pior ainda é a herança do "cabralismo" que perdura até a data.
O "cabralismo" imprimiu na Guiné Bissau, a destruição da nossa natural edioncracia multiculturalista...
Instalou-se o ódio, inveja, maldade cruel, e a ignorância...
Por isso, ficamos presos a práticas que tem vindo a destruir a nossa identidade multicultural, a nossa genomana resiliência solidária e societária, etc etc...
Hoje e como no passado, República da Guiné Bissau fugiu dos verdadeiros caminhos para um desenvolvimento perene e autossustentável, apesar da imensidão dos recursos multipolar que a natureza dispõe à República da Guiné Bissau...