terça-feira, 5 de novembro de 2024

Fome: A Save the Children disse hoje que estima que mais um milhão de crianças na Nigéria vão sofrer de desnutrição aguda até abril de 2025, totalizando assim cerca de 5,4 milhões de menores nesta situação.

© Lusa  05/11/24 

ONG prevê 5,4 milhões de crianças nigerianas a sofrer de desnutrição

A Save the Children disse hoje que estima que mais um milhão de crianças na Nigéria vão sofrer de desnutrição aguda até abril de 2025, totalizando assim cerca de 5,4 milhões de menores nesta situação.

Os dados, citados pela Organização Não-Governamental (ONG), são do 'Cadre Harmonisé' - a principal fonte regional sobre a gravidade das crises de fome no Sahel e na África Ocidental - e mostraram que 5,4 milhões de crianças estão agora em risco de sofrer de desnutrição aguda até abril próximo, um aumento de 25% em comparação com os 4,4 de abril deste ano, contextualizou.

Entre estas crianças, cerca de 1,8 milhões poderão estar a sofrer de desnutrição aguda grave, a forma mais mortal de desnutrição, que compromete o sistema imunitário das crianças e torna potencialmente letais doenças que, de outro modo, seriam tratáveis, como a diarreia, lamentou.

Isto representa um aumento alarmante de 80% nos casos de desnutrição aguda grave, indicou. 

"Durante a época seca deste ano, estima-se que cerca de 31,8 milhões de pessoas estejam a enfrentar uma crise ou, pior ainda, uma insegurança alimentar aguda", referiu.

Todavia, "no próximo ano, prevê-se que 33 milhões de pessoas na Nigéria não saberão de onde virá a sua próxima refeição, incluindo mais de 16 milhões de crianças", advertiu.

A fome aumentou acentuadamente na Nigéria nos últimos anos, passando de cerca de 7% da população analisada pelas Nações Unidas em 2020 para 15% atualmente. 

"A situação é particularmente grave no noroeste e nordeste do país, onde os conflitos e a insegurança em curso estão a provocar deslocações e a perturbar os meios de subsistência", explicou. 

Com uma população de cerca de 230 milhões de habitantes, a Nigéria é altamente vulnerável aos impactos da crise climática, segundo a ONG.

"A desertificação crescente está a consumir terras agrícolas e a limitar a capacidade das comunidades para cultivar alimentos", indicou.

Este ano, o país enfrentou as piores inundações dos últimos 30 anos, que mataram mais de 300 pessoas e obrigaram 1,2 milhões de pessoas a abandonar as suas casas, relembrou.

A Save the Children apela assim aos governos para que abordem a insegurança alimentar, combatendo a escassez de alimentos, estabilizando o aumento dos preços e aumentando a proteção dos agricultores, que enfrentam a violência dos grupos armados.

"Os governos também precisam de enfrentar a crise climática através da resiliência das comunidades, bem como de uma maior consciencialização e alerta precoce para que as pessoas se preparem para as catástrofes induzidas pelo clima", concluiu.


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Ucrânia. Grande parte dos 10 mil norte-coreanos na Rússia estão na frente

© Getty Images   Por Lusa    05/11/24 

O Ministério da Defesa da Coreia do Sul disse hoje que "um número considerável" dos cerca de 10 mil soldados norte-coreanos enviados para a Rússia já se encontram em zonas da frente de batalha.

"Mais de 10 mil soldados norte-coreanos estão atualmente na Rússia e sabemos que um número considerável foi destacado para as zonas da frente de batalha, incluindo Kursk [oeste]" afirmou o porta-voz do Ministério sul-coreano Jeon Ha-kyou, em declarações divulgadas pela agência de notícias Yonhap.

Jeon disse não ter informações sobre a atividade das tropas norte-coreanas, mas referiu que Seul está a acompanhar de perto a situação na Ucrânia.

A reação de Seul surgiu depois de o Departamento de Estado norte-americano ter afirmado, na segunda-feira, que cerca de 10 mil soldados norte-coreanos já se encontram na região de Kursk e vão poder entrar em combate "nos próximos dias".

Na sexta-feira, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que a Ucrânia detetou todos os locais onde a Rússia está a concentrar soldados norte-coreanos e poderá realizar ataques preventivos mediante a autorização dos aliados ocidentais.

Zelensky deixou um apelo aos parceiros de Kyiv para agirem em vez de "ficarem à espera" que os soldados norte-coreanos comecem a atacar o país.

O Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, apelou na segunda-feira para a adoção de "medidas abrangentes" para responder à "cooperação militar ilegal" entre a Coreia do Norte e a Rússia.


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A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou hoje para o aumento desde 2020 do número de pessoas com fome, para 733 milhões, por razões que vão do alastrar dos conflitos aos feitos da rutura climática.

© Reuters      Por Lusa   05/11/24 

 ONU alerta para necessidade de vontade política para acabar com fome

A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou hoje para o aumento desde 2020 do número de pessoas com fome, para 733 milhões, por razões que vão do alastrar dos conflitos aos feitos da rutura climática.

"Um mundo sem fome é possível e está ao alcance. Temos a tecnologia e o conhecimento para derrotar a fome, mas precisamos de vontade política e dos investimentos necessários", disse o diretor-geral da agência da ONU para o Desenvolvimento Industrial (ONUDI, na sigla em Inglês), Gerd Müller, em comunicado.

A capital da Etiópía acolhe entre terça e quinta-feira, a Conferência Mundo Sem Fome, onde esta agência da ONU e a dedicada à agricultura e alimentação (FAO, na sigla em Inglês) vão apresentar um estudo intitulado 'É possível acabar com a fome'.

No comunicado, Muller adiantou que "o novo estudo ONUDI-FAO apresenta uma solução duradoura para a crise de fome, em particular face ao crescimento demográfico", considerado ser "crucial que se realizem investimentos estratégicos de longo prazo, sem demora".

"Hoje, custaria 540 mil milhões de dólares adicionais acabar com a fome até 2030, em grande parte através de programas de proteção social. Em 2020, calculava-se que seriam necessários 330 mil milhões de dólares para tal", detalhou a ONUDI.

Este agravamento, segundo o estudo, deve-se a fatores como a elevada dependência das importações de alimentos, o que torna os países mais suscetíveis a variações dos preços mundiais.

Os eventos climáticos extremos e a rutura climática afetaram a produção e disponibilidade dos alimentos, o que agravou a crise alimentar nas regiões que sofreram secas ou inundações.

A solução que o organismo coloca para terminar com o problema da fome é a combinação do aumento da produção de alimentos e garantir os meios económicos para que a população compre comida, o que permite redistribuir a produção e o consumo para onde mais se necessita.

Para atingir este objetivo, segundo o organismo, é necessário investir em produtividade agrícola através da investigação, bem como na mecanização das explorações e a adoção de tecnologias de informação e comunicação.

Também "continua a existir uma importante necessidade de investimento para construir e manter infraestruturas de risco, eletricidade, estradas rurais e armazenamento para reduzir as perdas posteriores à colheita", ainda segundo a ONUDI.

A proporção da população mundial que sofre fome tinha diminuído quase 50% desde 1990lm quando afetava mais de mil milhões de pessoas.

Sem embargo, os números aumentaram drasticamente desde 2020 devido ao aumento dos conflitos em todo o mundo, eventos meteorológicos extremos e às interrupções das cadeias logísticas.

"Sudão está à beira da pior fome em quatro décadas, enquanto a rutura climática provocou graves secas no Corno de África e eventos meteorológicos extremos que afetam o rendimento dos cultivos no sul da Ásia", exemplificou a ONUDI.

O economista-chefe da FAO, Máximo Torero, avisou que "o custo da inação aumenta todos os dias e afeta não apenas as finanças, mas também a vida das pessoas".

Alertou ainda que "tem de se atuar com urgência e coordenar e priorizar os investimentos para acelerar a transformação do sistema agroalimentar".



Americanos também elegem hoje o Congresso

Sede do Congresso dos Estados Unidos   Por  VOA Português

Em jogo os 435 lugares da Câmara dos Representantes e 34 dos 100 lugares do Senado

Washington — Costuma dizer-se que na política americana ”o Presidente põe e o congresso dispõe” e por isso nas eleições desta terça-feira, 5 de novembro, com as atenções viradas para o duelo presidencial Trump/Harris, seja importante também verificar o que se vai passar nas eleições legislativas.

Todo o poder legislativo passa pelo Congresso americano embora o Presidente possa, muitas vezes, contornar essa realidade através de decretos - conhecidos como ordens executivas - que podem, no entanto, ser mais tarde anulados pelo próprio Congresso.

É muito normal na cena política americana ter-se um Presidente de um partido e o congresso controlado por outro partido, o que, em teoria)l, força as duas partes a compromissos.

Pode acontecer também a divisão do próprio congresso com os dois partidos a controlaram uma das duas câmaras do órgão legislativo.

Câmara dos Representantes

Neste momento, a Câmara dos Representante, de 435 lugares, é controlada pelos republicanos com 220 membros contra 212 dos democratas e outros três vazios..

Todos os lugares na Câmara dos Representantes estão em jogo nestas eleições em que os deputados têm mandatos de apenas dois anos.

São necessários 218 lugares para um partido conseguir a maioria e as sondagens indicam, tal como nas Presidenciais, uma luta renhida de dificil previsão

Senado

O Senado tem 100 membros e atualmente os Democratas controlam 47 lugares e tem o apoio de quatro independentes, contra 49 dos reepublicanos.

Ao contrário do que acontece na Câmara dos Representates,os senadores têm mandatos de seis anos e as eleições dos mesmos não se dão no mesmo ano.

Este ano, por exemplo, estão em jogo 34 lugares e desses 19 pertencem aos democratas e quatro aos independentes que geralmente votam com os democratas.

Esta situação coloca os democratas numa desvantagem eleitoral no Senado porque há mais lugares deles em jogo.

Dos 49 republicanos no Senado apenas 11 cadeiras vão a voto.

A salientar que em caso de empate no Senado. o vice-presidente é quem dá o voto de desempate.

Governadores

Nestas eleições, estão também em jogo os postos de governador em 11 dos 50 Estados.

Os governadores têm o poder de formar os Governos nos seus respetivos Estados que, ao abrigo do sistema federal americano, gozam de poderes em diversas áreas de governação.

Neste momento, os republicanos governam 27 dos 50 Estados contra 23 dos democratas.


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Lesme Mutna Monteiro presidente do Partido Luz em conferência de imprensa



 Radio Voz Do Povo 

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Cabo Verde lança Portal da Justiça para tornar serviços mais acessíveis

© Lusa  04/11/24 

Cabo Verde publicou hoje o decreto-lei que cria e regula o novo Portal da Justiça, um balcão único para acesso de cidadãos, empresas e operadores judiciais aos serviços digitais do setor.

"Pretende-se que o Portal da Justiça, acessível no endereço eletrónico www.justiça.gov.cv, possa suportar múltiplas ações, disponibilizando um leque variado de serviços interativos e transacionais que serão concebidos e implementados de forma progressiva e gradual ao longo dos próximos anos", anuncia o Governo.

A oferta vai "além do setor dos registos, notariado e identificação, ao abranger e estabelecer interconexão ou relacionamento com os sistemas de informação, bases de dados e ficheiros da administração pública".

"O Governo tem como objetivo principal tornar mais cómoda e acessível a prestação de serviços no setor da Justiça e, por via disso, aliviar, de forma muito significativa a procura presencial nas diferentes áreas, desde os registos, notariado e identificação, passando pelos tribunais e outros serviços", acrescenta.

A gestão e manutenção do portal será entregue a "um serviço ou entidade a criar, nos termos da lei, sob a tutela ou superintendência" do membro do governo que liderar a área da Justiça -- que, entretanto, poderá "nomear um gestor técnico" ou delegar a competência "num serviço ou entidade na sua dependência".

O Núcleo Operacional para a Sociedade de Informação (NOSI), empresa pública, será o parceiro tecnológico da entidade gestora, responsável pela integração do Portal da Justiça com o resto dos serviços digitais da administração pública.

O objetivo é "assegurar que a prestação de serviço público, a nível do setor da justiça, ocorra, sempre que possível, através do Portal da Justiça".

Cabo Verde tramitou 25 mil processos judiciais durante o ano judicial 2023/2024, segundo dados do Conselho Superior da Magistratura Judicial (CSMJ) divulgados em setembro, que indicam que 13.038 foram resolvidos e 11.951 ficaram pendentes para o ano judicial 2024/2025.

Carmem Martins, presidente da primeira comissão especializada do parlamento cabo-verdiano, apresentou na quinta-feira um relatório sobre a situação do setor, apontando para uma "necessidade urgente de estratégias para aumentar a produtividade e eficiência do Ministério Público, sobretudo na resolução de processos e na redução de pendências".


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O Presidente da República reuniu-se com os representantes da empresa chinesa de alumínio, CHINALCO.

 Presidência da República da Guiné-Bissau   04 de novembro de 2024,

BANCO MUNDIAL | Comunicado de Imprensa — A resiliência climática na Guiné-Bissau depende da estabilidade, da governação e do clima empresarial

Bissau, 4 de Novembro de 2024 — O reforço dos sistemas institucionais e financeiros é fundamental para promover a resiliência climática e o desenvolvimento sustentável na Guiné-Bissau, de acordo com o Relatório sobre o Clima e o Desenvolvimento do País (CCDR) do Banco Mundial, que é hoje lançado pela primeira vez na Guiné-Bissau.

Apesar de possuir o capital natural per capita mais elevado da África Ocidental, a Guiné-Bissau enfrenta obstáculos significativos ao desenvolvimento, tais como elevadas taxas de pobreza, instabilidade política e desafios económicos, incluindo uma dependência excessiva da castanha de caju e uma das taxas de acesso à eletricidade mais baixas da região. As alterações climáticas representam uma ameaça grave, afetando comunidades vulneráveis que vivem em zonas costeiras baixas, as que dependem da agricultura e das pescas e o já limitado sistema de infraestruturas. Sem adaptação, os riscos climáticos poderão conduzir a um aumento da pobreza. A boa governação, a estabilidade política e um clima empresarial favorável serão fundamentais para a trajetória de desenvolvimento sustentável do país.

“O Relatório sobre o Clima e o Desenvolvimento do País apresenta um quadro estratégico para alinhar os objetivos de desenvolvimento com a luta contra as alterações climáticas, o que é fundamental para promover transformações positivas e crescimento sustentável”, refere Rosa Brito, Representante Residente do Grupo Banco Mundial na Guiné-Bissau. “A Guiné-Bissau tem uma enorme riqueza de recursos naturais, mas é também altamente vulnerável aos choques climáticos, o que torna este relatório especialmente oportuno.”

Fazer face à vulnerabilidade climática exige uma abordagem integrada, que combine melhorias na governação, diversificação económica, preservação do capital natural, desenvolvimento do capital humano e investimentos sustentáveis na agricultura e nas infraestruturas. Uma estratégia centrada nas comunidades pode trazer benefícios a longo prazo e reduzir os riscos climáticos.

As prioridades imediatas identificadas no CCDR para os próximos três anos envolvem a adoção de práticas agrícolas inteligentes do ponto de vista climático para aumentar a produtividade, salvaguardando simultaneamente os recursos hídricos e terrestres, regenerando e protegendo as florestas, aumentando o acesso à energia e reforçando as capacidades humanas e os sistemas de conhecimento.

O relatório demonstra que a ação climática está alinhada com os objetivos de desenvolvimento e será benéfica para manter a Guiné-Bissau no caminho certo para alcançar as suas ambições de desenvolvimento. Países prósperos e em rápido crescimento estarão em melhor posição para se protegerem dos efeitos mais nocivos das alterações climáticas. Por conseguinte, a melhor opção para a Guiné-Bissau enfrentar a crise climática global é promover um crescimento mais robusto, sustentável e equitativo.

Para mais informações, leia e descarregue o relatório aqui.

Contactos:

Em Bissau: Joana Rodrigues, +245 96 640 17 28, jdossantosrodrig@worldbankgroup.org

Para saber mais sobre o trabalho do Banco Mundial na Guiné-Bissau: https://www.worldbank.org/en/country/guineabissau

Para mais informações visite: https://www.worldbank.org/en/region/afr/western-and-central-africa

Siga-nos no Twitter: https://twitter.com/WorldBankAfrica

Comunicado de Imprensa                                                                                                            2024/026/AFW 

Mon, Nov 4 2024


Joana Rodrigues


Communications Consultant

Guinea-Bissau Country Office

External and Corporate Relations

Western and Central Africa

E. jdossantosrodrig@worldbankgroup.org  

T. +245 966401728 / +351 916526735

W.https://www.worldbank.org/en/country/guineabissau

Guiné-Bissau: BANCO MUNDIAL - A cerimônia da apresentação do Relatório sobre o Clima e o Desenvolvimento do País, hoje no Hotel Ceiba, em Bissau.

 O Relatório sobre o Clima e o Desenvolvimento do País é um diagnóstico fundamental que integra alterações climáticas e desenvolvimento, e que é agora lançado pela primeira vez na Guiné-Bissau. 

O relatório apresenta um quadro estratégico para alinhar os objetivos de desenvolvimento com o combate às alterações climáticas, tendo em conta as especificidades do contexto nacional. 


Em atualização....

Veja Também: COMUNICADO DE IMPRENSA:  A resiliencia climática na Guiné-Bissau depende da estabilidade da governação e do clima empresarial 👇

Foto/video by Tuti Vitoria Iyere

Leia Também:  Um relatório hoje apresentado em Bissau pelo Banco Mundial aponta que as alterações climáticas representam "uma ameaça grave, com potencial impacto na agricultura, nas pescas e nas infraestruturas" para o desenvolvimento da Guiné-Bissau.  



Decreto Presidêncial anuncia adiamento das eleições legislativas de 24 Novembro. A nova data será anunciada.


 Radio Voz Do Povo 

Guiné Bissau. O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, recebe a entrega de 20 viaturas doadas pela República Popular da China, um feito inédito e de grande relevância para o país.

Esta conquista é fruto da cooperação e amizade entre as nações, reforçadas pela recente visita de Estado do nosso presidente à China.

 Presidência da República da Guiné-BissauRadio Voz Do Povo 

A Guiné-Bissau vai receber 6,75 milhões de dólares (6,1 milhões de euros) do Banco Africano de Desenvolvimento para a reforma das finanças e da administração públicas, incluindo um novo código de contratação pública, anunciou hoje a instituição financeira.

© Lusa   04/11/24 

 Guiné-Bissau vai receber 6,1 milhões de dólares do BAD para reformas

A Guiné-Bissau vai receber 6,75 milhões de dólares (6,1 milhões de euros) do Banco Africano de Desenvolvimento para a reforma das finanças e da administração públicas, incluindo um novo código de contratação pública, anunciou hoje a instituição financeira.

"O pacote financeiro será utilizado para implementar o Programa de Reforma da Administração Pública e das Finanças", que tem como objetivo "apoiar a administração da Guiné-Bissau e reforçar a resiliência económica através do aumento da sustentabilidade orçamental (reforço da mobilização de receitas internas e controlo das despesas públicas) e da melhoria do controlo e da transparência das finanças públicas", lê-se num comunicado do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).

Com o valor de 6,75 milhões de dólares, o programa visa "reduzir os vetores de fragilidade económica que travam o desenvolvimento através da melhoria da sustentabilidade orçamental, incluindo o alargamento do espaço orçamental, o controlo da massa salarial e o reforço do controlo e da transparência", disse o diretora-geral adjunto para a África Ocidental, Joseph Ribeiro, citado no texto.

O valor agora aprovado apoiará também a revisão e a adoção de um novo código para os contratos públicos que seja "sensível às questões de género e ao clima", detalha o BAD.

Um dos objetivos neste ambito é a "introdução de uma quota, de preferência entre 5% e 10%, para os contratos públicos adjudicados a empresas geridas por mulheres ou nas quais as mulheres detenham mais de 50% das ações".

A subvenção aprovada pela BAD pretende também apoiar o projeto do governo sobre "o regime geral de isenções tendo em conta os aspetos ambientais", com o objetivo de acabar com as "numerosas isenções concedidas numa base discricionária".

Pretende ainda "reforçar o imposto sobre as telecomunicações, em colaboração com as autoridades e em conformidade com a União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA), que favorecerá a aplicação de um imposto sobre as chamadas recebidas e as transferências de dinheiro através das redes de telefonia móvel".


O economista-chefe do Banco Mundial defende que os países africanos devem aumentar os gastos na educação apesar da elevada dívida pública, que pode ser recomprada investindo depois as poupanças nesse setor.

© Lusa   04/11/24 

 Países africanos devem gastar mais em educação reinvestindo poupanças

O economista-chefe do Banco Mundial defende que os países africanos devem aumentar os gastos na educação apesar da elevada dívida pública, que pode ser recomprada investindo depois as poupanças nesse setor.

"Os países podem experimentar recomprar a dívida, aproveitando as taxas de juro mais baixas, e investir as poupanças na educação", disse Andrew Dabalen em entrevista à agência Lusa no final dos Encontros Anuais do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, que decorreram em Washington.

Os países, defendeu, "podem poupar gastando mais, garantindo uma despesa controlada, disciplinada, e podem movimentar verbas de um lado para o outro dos seus orçamentos, por exemplo redirecionando o dinheiro que dão a subsídios poluentes, como os combustíveis ou o querosene, que de qualquer das maneiras também beneficiam mais os mais ricos".

Dabalen defendeu, em entrevista à lusa, a importância de apostar na educação para garantir uma base sólida para um crescimento económico mais alargado, e salientou que "a recompra da dívida através de 'buybacks' ou 'debt swaps' para investimentos na educação pode compensar a longo prazo", referindo-se a recompra de dívida beneficiando de juros mais baratos, e a emissões de dívida que está direcionada apenas para investimentos na Educação.

O economista-chefe do Banco Mundial referiu ainda que o principal problema dos países africanos em termos dos sistemas educativos já não é a dificuldade no acesso, mas sim a falta de resultados.

"Houve um progresso notável na questão do acesso; há alguns anos, o mais preocupante era as dezenas de milhões de crianças que não estavam na escola, mas desde então muitos foram trazidos para o sistema, e o acesso já não é o principal problema", afirmou, admitindo, ainda assim, que nas zonas remotas ou de conflito essa situação ainda é uma realidade.

Mas a maior crise na educação em África, apontou, é a crise de aprendizagem: "Os resultados na aprendizagem são críticos porque são a base da produtividade que vai permitir à região crescer", disse Dabalen no final da reuniões que decorreram na última semana de outubro em Washington.

Uma criança que nasce agora, fundamentou, ao chegar aos 18 anos, só terá 40% da produtividade que tem uma criança que tenha tido acesso a saúde, educação e a nutrição.

Questionado sobre quais a principais medidas que os governos devem implementar para garantir melhores resultados na educação, Dabalen elencou a formação, a responsabilização e o financiamento.

"É possível dar a volta à situação da educação, os professores podem aprender mais, e nalguns países já está a ser dada formação aos professores para melhorar a sua qualidade e garantir melhores resultados; depois, é preciso investir em sistemas controláveis, os decisores políticos precisam de responsabilizar os intervenientes através de um sistema de monitorização e avaliação", disse o economista-chefe do Banco Mundial.

Por último, disse, há a questão do financiamento: "Os países precisam de gastar mais em Educação, porque é impossível ter os resultados que queremos quando há mais estudantes a entrar no sistema do que a sair, por isso a despesa per capita tem de subir", afirmou, concluindo que uma das maneiras de canalizar mais verbas é envolver o setor privado para "expor os formados à necessidade de aplicarem o seu conhecimento na prática".


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