terça-feira, 14 de novembro de 2023

Mulheres são as mais vulneráveis, mas são as motoras da Guiné-Bissau

© Lusa

POR LUSA  14/11/23 

As mulheres são as mais pobres e vulneráveis na Guiné-Bissau, mas são elas as motoras da economia familiar e as que deitam mão a todo o tipo de pequeno negócio para "ganhar o pão" de cada dia.

Da água à fruta, vendem de tudo na rua para sustentar a família, carregam os filhos nas costas e à cabeça o peso de um dia-a-dia que as obriga a "todos os dias estar de pé para ir procurar o que faz falta".

"Começam desde as cinco horas da manhã até ao pôr-do-sol para ir procurar dar de comer à família", enfatiza à Lusa Antónia Adama Djaló, presidente da Associação de Mulheres das Atividades Económicas (AMAE).

Os 50 anos de independência que o país completou em 24 de setembro, e festeja na quinta-feira, pouco alteraram nas rotinas, mas trouxeram novos modelos de organização que realçaram o papel das mulheres na sociedade guineense.

Continuam a ser as mais vulneráveis à pobreza, continuam afastadas da escola, com mais de 70% das mulheres adultas analfabetas, e a viver dos pequenos negócios, mas ganharam fôlego.

Em 1992, foi criada a AMAE, uma organização das mulheres, copiando um modelo do Brasil, que apoia a criação de cooperativas, alfabetização, planeamento familiar, gestão financeira e crédito.

A associação atua em todo o território nacional sob o lema "produzir e vender para sustentar a família e desenvolver a nação".

Com pequenos negócios, como vender água, mancarra (amendoim) e outros produtos locais, são as mulheres que todos os dias fazem dinheiro "para poder dar o sustento aos filhos [e estes] irem à escola, para a saúde e tudo mais", segundo a dirigente.

Antónia aponta o exemplo dela, que é funcionária no Ministério da Defesa, mas viu que o salário não é suficiente para sustentar a família e fez um anexo em casa, onde começou a vender peixe.

"Eu sou vendedeira de peixe. Saio às cinco da manhã, começo a vender até seis e meia, sete horas, vou para o serviço, às sete e meia tenho que estar lá", conta à Lusa.

Se não fizesse isto, com o salário de funcionária pública "nem sequer comia, e muitas outras mulheres fizeram isso para poderem aguentar a família", enquanto outras o único recurso que têm é a venda de rua.

Antónia dirige há 31 anos a AMAE, que tem entre os membros mulheres de todas as atividades económicas, até juristas, e que já mudou a vida de várias associadas.

"Sou o que sou hoje graças a essa organização. Consegui construir uma casa, pus os filhos a estudar, eu e outras mulheres", vinca.

A associação está presente em todo o território guineense com vários projetos económicos e também de sensibilização e informação, nomeadamente contra doenças como a sida.

O mais emblemático projeto é a caixa de residência, lançado há seis anos, para poupança e solidariedade.

No ano passado, "pelas caixas do sul passaram à volta de 12 milhões de francos cfa [cerca de 18.000 euros] e, apenas em Mansôa, 20 caixas movimentaram 318 milhões [cerca de 485 mil euros], na época do caju", uma das maiores riquezas da Guiné-Bissau.

Os valores e periodicidade das entregas para esta caixa-poupança depende da possibilidade de cada membro, e, numa caderneta, ficam registadas as entradas, com a supervisão de um comité.

O acumulado serve para investir, emprestar uns aos outros ou conseguir desenvolver a subsistência de cada um.

Com a poupança, como conta Antónia, "há mulheres que compram camas, outras preparam a casa, até há aquelas que ajudaram o marido a comprar maquinaria para carpintaria".

"Agora até os homens estão a aderir", diz.

O projeto está mais presente nas zonas remotas do país, onde o Estado não consegue ir e dá apoio à associação para lá chegar, tendo esta como parceiros e dadores outras organizações, nomeadamente das Nações Unidas.

A Guiné-Bissau autoproclamou a sua independência de Portugal em 24 de setembro de 1973, mas as comemorações oficiais estão marcadas para 16 de novembro, dia das Forças Armadas.

Entre os líderes convidados para as cerimónias oficiais estão o Presidente e primeiro-ministro portugueses, Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa, mas o programa oficial ainda não foi divulgado.



Leia Também: O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal chega hoje à Guiné-Bissau para participar nas comemorações do 50.º aniversário da independência do país, tendo previstas audiências com o Presidente e o primeiro-ministro guineenses, além de reunir com o seu homólogo.

Cerca de 40% dos portugueses com diabetes não sabe que tem a doença

Por sicnoticias.pt

No Dia Mundial do Diabetes, o endocrinologista Davide Carvalho alerta que, em Portugal, cerca de 40% dos diabéticos estão por diagnosticar. Na faixa etária entre os 30 e os 40 anos a percentagem pode ascender aos 60%.

Cerca de 40% dos portugueses com diabetes tipo 2 não sabem que têm a doença, porque, segundo o endocrinologista Davide Carvalho, habitualmente não têm sintomas e não vão ao médico.

Em entrevista à agência Lusa, no âmbito do Dia Mundial da Diabetes e sobre o livro do médico britânico Roy Taylor "Um guia simples para reverter a diabetes tipo 2", editado em Portugal pela Porto Editora, Davide Carvalho explicou esta terça-feira que faz parte das análises de rotina dosear a glicose.

"Quando nós analisamos, por exemplo, a percentagem de doentes que estão por diagnosticar, em média, anda à volta dos 40%, mas, por exemplo, entre os 30 e os 40 anos pode atingir os 60%, porque estas pessoas são ativas profissionalmente e não vão ao médico e não fazem análises", adiantou.

De acordo com o também professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, os sintomas da diabetes "são mais ou menos conhecidos" -- como ter muita sede, urinar muito e ter tendência a beber muitos líquidos, que aparecem numa fase doença "mais avançada", em que já é sintomática.

Aconselhando avaliações periódicas ao estado de saúde, Davide Carvalho referiu que as pessoas deveriam fazer análises idealmente uma vez por ano, mas, observou, se fizerem entre três e cinco anos, a maioria acabaria por ser diagnosticada.

"Devem fazer avaliações de acordo com o contexto, porque muitas vezes estes doentes ou têm história familiar de diabetes ou nasceram com excesso de peso ou (...) têm também obesidade ou outras doenças, como, por exemplo, hipertensão, e, portanto, nesses casos, deve ser feito o doseamento da glicose para se diagnosticar diabetes", sustentou.

Segundo o relatório anual do Observatório da Diabetes 2023, mais de um milhão de portugueses vive com a doença, ampliada, sobretudo, por erros alimentares e falta de atividade física, além dos fatores hereditários.

"Nas pessoas que aparecem com diabetes com 70 anos, a probabilidade de virem ter retinopatia, nefropatia, resultantes da diabetes, é menor do que aqueles que aparecem aos 30/40 [anos], porque [esses] vivem mais anos com açúcar elevado e, eventualmente, descompensado e o risco de terem complicações é maior. É por isso que diz que a diabetes pode encurtar a esperança de vida em cerca de sete anos em cada doente diabético, se for relativamente cedo", afirmou.

Em Portugal, cerca de 90% a 95% dos diabéticos têm diabetes tipo 2, tendo uma menor frequência de diabetes tipo 1 em comparação, por exemplo, com os suecos e os finlandeses.

Com o aumento da obesidade durante a pandemia de covid-19, Davide Carvalho, citando Roy Taylor, ressalvou que para reverter a diabetes, numa primeira fase, é necessário iniciar "uma dieta muito restritiva".

"[Perder] cerca de 800 quilocalorias pode fazer com que o indivíduo perca peso e reverta a sua diabetes. (...) É preciso não esquecer que para a diabetes tipo 2, os cuidados alimentares e a diminuição da ingestão calórica são fundamentais", frisou.

O endocrinologista lembrou ainda que a covid-19, que provoca a covid-19, pode levar à destruição da célula-beta (que produz insulina no pâncreas), originando uma diabetes "muito parecida" a com a diabetes tipo 1, insistindo em campanhas de sensibilização, de modo a prevenir o aumento de doentes diabéticos, que poderá chegar aos 1.300 milhões em 2050 no mundo.

"Acho que tem de haver campanhas, e já tem havido algumas medidas (...), como taxação aplicada aos produtos, como refrigerantes, com excesso de açúcar, as taxas maiores nos produtos que contêm excesso de sal também. Tem havido algumas medidas. Claro que não chegam. Passa muito também por uma atitude individual. (...) Cada um é um pouco médico de si mesmo e, portanto, tem de tomar as medidas que lhe permitam reduzir o seu peso, vigiar o seu peso, manter-se fisicamente ativo e ter opções alimentares adequadas à sua situação", destacou.


Leia Também: 40% das pessoas com diabetes tem doença renal

Cerca de 20% dos jovens timorenses não estudam, nem trabalham

© Lusa

POR LUSA    14/11/23 

Cerca de 20% dos jovens timorenses não estudam, nem trabalham devido à falta de educação, limitações na prestação da saúde e ineficácia da proteção social, refere um relatório sobre capital humano do Banco Mundial (BM).

"Vinte por cento dos jovens timorenses entre os 15 e os 24 anos não estudam, nem trabalham, uma taxa que não diminui desde 2010, causada por uma educação abaixo da média, por limitações na prestação de serviços de saúde e por uma ineficaz proteção social durante a infância e a adolescência", pode ler-se no documento que avalia a situação do capital humano no país.

O relatório, divulgado na página oficial do BM na Internet, refere que a "frequência escolar média de apenas 6,3 anos é sintomática dos fracos resultados de aprendizagem".

A superlotação das salas de aula, bem como a falta de professores e competências, tem resultado em distorções em relação à idade e ano de frequência escolar, a uma taxa de 20% de abandono escolar e em desmotivação, indica o BM.

"Os serviços de proteção social, que visam estimular a frequência escolar, enfrentam falhas consideráveis e apresentam taxas de sucesso varáveis. Isso é agravado por barreiras significativas de acesso a serviço essenciais de saúde", salienta o Banco Mundial.

O relatório indica que meninas e mulheres com menos de 20 anos "por vezes não têm acesso a serviços de saúde reprodutiva", e "apenas 19% das mulheres solteiras sexualmente ativas" usam contraceção.

O documento refere também que a taxa de desemprego é alta, 14% em 2021, sobretudo devido aos "fracos sistemas de formação profissional e exacerbada pela baixa procura de mão-de-obra no setor privado".

"A oferta de trabalhadores com formação universitária é o dobro da procura no mercado de trabalho, mas distribuída de forma desigual entre setores, com a oferta de mão-de-obra estrangeira a preencher lacunas críticas", salienta o relatório.

O BM refere também que 72% da população emprega trabalha no setor informal, o que "faz com que a maioria dos trabalhadores em Timor-Leste seja particularmente vulnerável a crise laborais", até porque, o "sistema de pensões contributivo cobre apenas 34% da força de trabalho e enfrenta problemas de sustentabilidade".

"O sistema de proteção social também não oferece benefícios de desemprego, essenciais para manter os meios de subsistência durante os períodos de desemprego", sublinha a organização.

"Timor-Leste necessita de uma economia diversificada que permita a criação de emprego num setor privado resiliente, que complemente as despesas do Governo, sustentado por um sistema de proteção social mais bem direcionado", defende o BM.



Leia Também: Banco Mundial alerta para crise de capital humano em Timor-Leste

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

🇦🇴A moeda nacional de Angola, Kwanza, atingiu nesta semana o seu maior nível de depreciação, com a diferença entre a taxa de câmbio oficial e a praticada no mercado paralelo ao nível mais alto desde agosto de 2020.

 VOA Português 

Em nota, o Banco Fomento Angola (BFA), concluiu que o kwanza tem mostrado sinais de depreciação mais acentuada no mercado paralelo nas últimas semanas, tendo caído cerca de 18% durante o mês de outubro. 

O kwanza perdeu quase 40% de valor desde o início do ano, principalmente no final do primeiro semestre.

🇵🇸🇮🇱Imagens aéreas mostram os palestinianos a fugir dos combates e dos bombardeamentos a norte da Faixa de Gaza em direção à parte sul do território.

  VOA Português 

As forças israelitas lutaram contra os militantes do Hamas na quinta-feira, na cidade de Gaza, enquanto os civis palestinianos fugiam da zona que está no centro das operações militares israelitas, na sequência de um ataque mortal do Hamas no mês passado.

Para além dos combates terrestres na maior cidade da Faixa de Gaza, as forças israelitas têm também atingido a zona com ataques aéreos. 

Os combates provocaram deslocações maciças, tendo o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas afirmado que 50.000 pessoas fugiram na quarta-feira para a parte sul da Faixa de Gaza.

Secretária de Estado da economia digital pretende relançar a empresa Guinetel e Guinetelecom

Radio TV Bantaba

Líder da Bancada parlamentar do PRS, condena espancamento de Deputado da nação Farid Michel Tavares Fadul

 
Radio TV Bantaba 

Pelo menos 70 civis mortos em ataque a aldeia no norte do Burkina Faso

©  Lassana Bary/Twitter

Notícias ao Minuto   13/11/23 

Os autores do crime permanecem desconhecidos, estando as autoridades a investigar o ataque. A maioria das vítimas eram crianças e idosos.

Pelo menos 70 civis foram mortos, principalmente idosos e crianças, num ataque a uma aldeia de Zaongo, no norte do Burkina Faso no início deste mês, relata a agência Reuters.

De acordo com uma declaração de um procurador local, esta segunda, o caso remonta a 5 de novembro. Assaltantes não identificados terão atacado a aldeia, matando os residentes e incendiando as propriedades.

Uma equipa judicial foi acionada para investigar o caso no sábado, tendo apurado a morte de pelo menos 70 pessoas. Contudo, o número exato de mortos, feridos e desaparecidos ainda não foi determinado.

A maioria das vítimas eram crianças e idosos, declarou um procurador estatal num comunicado.

"Os autores destas atrocidades permanecem desconhecidos. As investigações estão a decorrer", refere ainda na nota.

A União Europeia apelou no domingo às autoridades para que esclarecessem o massacre de "quase uma centena" de civis na aldeia de Zaongo.

De recordar que o Burkina Faso é um dos vários países da África Ocidental que lutam contra uma sangrenta insurreição jiadista que se instalou no Mali, em 2012.

A violência espalhou-se pela região do Sahel e, mais recentemente, pelos países costeiros, à medida que os militantes se apoderam de território, apesar das operações militares para os fazer recuar.

Até ao momento, milhares de pessoas foram mortas e mais de seis milhões foram obrigados a fugir das suas casas.



Leia Também: Violência no Burkina Faso impede um milhão de crianças de retomar estudos

O Ministro da Administração Territorial e Desenvolvimento Local e a UN-Habitat, assinam o Acordo de Parceria, destinado a orientar a implementação do projeto fortalecendo a governação urbana e o acesso aos serviços básicos para um desenvolvimento local Inclusivo e resiliente na Guiné-Bissau "Nô Misti Desenvolvimento Local".

Radio Voz Do Povo

O grupo de militantes do PRS “ Herdeiros de Kumba Yalá” exige realização do congresso para a escolha do Novo Presidente dos Renovadores em substituição do falecido Alberto Nambeia.

 Radio Voz Do Povo 

No âmbito da implementação da política sindical em parceria com a OIT/BIT-Turim, a UNTG liderada por Júlio Mendonça começa uma formação de três dias hoje, sob o lema: Reforçar a participação ativa dos sindicatos da Guiné-Bissau no mecanismo de supervisão da OIT e no diálogo social nacional.

 Radio Voz Do Povo

Hamas "perdeu o controlo de Gaza", diz Defesa israelita

© Israeli Defense Minister/Anadolu via Getty Images

POR LUSA   13/11/23 

O ministro da Defesa israelita garantiu hoje que o Hamas "perdeu o controlo de Gaza" e os seus combatentes estão "a fugir para sul", após mais de cinco semanas de guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano.

Os civis "estão a pilhar as bases do Hamas. Já não acreditam no Governo [do Hamas]" no poder no pequeno território palestiniano, frisou Yoav Gallant, numa mensagem de vídeo transmitida por várias televisões.

Israel tem bombardeado Gaza incessantemente, por ar, terra e mar, há mais de cinco semanas, em resposta ao ataque sem precedentes levado a cabo em 07 de outubro no seu território pelo Hamas, grupo considerado terrorista pela União Europeia e Estados Unidos.

Desde o final de outubro que as tropas israelitas têm avançado no norte do estreito território e os combates com os militantes do Hamas estão agora a ter lugar no coração da cidade de Gaza, onde ainda existem dezenas de milhares de civis.

O Exército israelita tem divulgado diariamente imagens de novas infraestruturas militares do Hamas desmanteladas em Gaza, de esconderijos de armas, túneis e comandantes do movimento palestiniano mortos durante as operações.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) e os serviços secretos (ISA) israelitas tinham reivindicado hoje terem abatido o chefe do Grupo de Mísseis Antitanque da Brigada Khan Yunis e o ex-líder dos Serviços de Informações Militares do Hamas.

Além disso, de acordo com um comunicado conjunto, a que a agência Lusa teve acesso, prossegue Israel, foi morto Mohammed Khamis Dababash, um operacional sénior do Hamas que, no passado, foi chefe dos serviços secretos militares do movimento islamita.

Segundo fontes militares israelitas citadas hoje em vários meios de comunicação social, o Hamas tinha antes de 07 de outubro cerca de 30.000 combatentes na Faixa de Gaza, divididos em cinco brigadas regionais, 24 batalhões e cerca de 140 companhias.

Segundo as mesmas fontes, os batalhões do Hamas no norte da Faixa de Gaza sofreram "golpes significativos" nas últimas semanas e muitos destes lutam agora para organizar os seus ataques, devido à morte dos seus comandantes.

Muitos especialistas alertaram para o perigoso confronto direto entre o Exército e o Hamas na devastada Gaza, que expõe ambos os campos a uma fase de combates urbanos de alto risco.

As organizações humanitárias internacionais estão a intensificar os apelos a um cessar-fogo na Faixa de Gaza, onde faltam água potável, energia e medicamentos, e a ajuda humanitária é insuficiente.

Desde 07 de outubro, os bombardeamentos israelitas mataram 11.240 pessoas, a maioria civis, incluindo 4.630 crianças, na Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

O ataque do Hamas causou cerca de 1.200 mortos do lado israelita, a maioria civis mortos em 07 de outubro, segundo os últimos dados oficiais israelitas.



Leia Também: Israel. UE quer reforço da Autoridade Palestiniana em Gaza

Junta militar no Gabão anuncia presidenciais e legislativas em 2025

© AFP via Getty Images

POR LUSA   13/11/23 

O governo militar do Gabão, que derrubou o Presidente Ali Bongo Ondimba este verão, anunciou hoje a realização de eleições presidenciais e legislativas em agosto de 2025, segundo um calendário "indicativo" a ser ainda validado.

O calendário deverá ser submetido em abril próximo à aprovação de uma conferência nacional, que reunirá "todas as forças vivas da Nação", segundo o porta-voz da junta militar, em declarações hoje transmitidas pelo canal estatal de televisão "Gabon Première".

"Agosto de 2025: eleições e fim da transição", anunciou o porta-voz, explicando que o "calendário oficial de transição" foi "adotado pelo Conselho de Ministros", mas continua a ser "indicativo".

Na noite de 30 de agosto, depois de ter sido declarado vencedor das eleições presidenciais, Ali Bongo foi derrubado por uma grande maioria de oficiais generais do exército gabonês, reunidos em torno do general Brice Oligui Nguema, proclamado dois dias depois presidente para o período de transição.

Ali Bongo governou o país durante 14 anos, depois de ter sido eleito em 2009 na sequência da morte do seu pai, Omar Bongo Ondimba, chefe de Estado do pequeno país centro-africano rico em petróleo com fronteira marítima com São Tomé e Príncipe, que liderou durante mais de 41 anos.

Os militares golpistas justificaram o golpe alegando a existência de fraude nas eleições que deram a vitória a Ali Bongo e a corrupção instalada junto ao círculo familiar e próximo do chefe de Estado, prometendo "devolver o poder aos civis" através de eleições, no final de uma transição cuja duração ainda não tinham anunciado.



Leia Também: Gabão pede que a justiça francesa devolva máscara Fang à nação africana

Comércio livre em África pode mudar legado de exportar matérias-primas

© iStock

POR LUSA   13/11/23 

O vice-presidente da Feira Intra-africana de Comércio (IATF) considerou hoje que o acordo de comércio livre em África pode acabar com o legado colonial da exportação de matérias-primas e importação de bens acabados.

"É insustentável que as economias africanas continuem a depender dos recursos naturais e das matérias-primas, que os tornam vulneráveis aos choques comerciais, aos constrangimentos de liquidez e traz desafios à gestão macroeconómica", disse o também antigo presidente do Banco Africano de Exportações e Importações (Afreximbank), Jean-Louis Ekra, na intervenção de abertura na IATF, que decorre esta semana no Cairo.

De acordo com um comunicado divulgado pelo Afreximbank, um dos organizadores do evento, Ekra vincou que "a situação precisa de ser mudada urgentemente, já que piorou com os efeitos da pandemia de covid-19, as tensões geopolíticas e as alterações climáticas".

O acordo de comércio livre continental africano (AfCFTA, na sigla em inglês) "não pode falhar, especialmente porque o comércio intra-africano vale apenas 16%", bem abaixo dos níveis estimados para outras regiões.

Este nível reduzido de trocas comerciais dentro do continente, concluiu o antigo banqueiro, "é explicado por constrangimentos como o comércio e infraestruturas limitadas, incluindo um sistema de pagamentos e acertos bancários entre os países, a falta de acesso a informação relevante para o mercado, conhecimentos limitados sobre o mercado, oportunidades de investimento sustentadas e poucas plataformas que liguem os compradores e os vendedores".

Durante a IATF, o Afreximbank anunciou também que concluiu acordos de cooperação e financiamento no valor de mais de mil milhões de dólares (937 milhões de euros) em vários países do continente, entre os quais um acordo de 150 milhões de dólares (145 milhões de euros) com o United Bank for Africa para ajudar a Nigéria a lidar com o encarecimento dos cereais no seguimento da invasão da Ucrânia pela Rússia, e outros para apoiar o Quénia e o Burundi, entre outros.


UE pede "contenção" a Israel e condena Hamas por usar "escudos humanos"

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POR LUSA   13/11/23 

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE) pediu hoje contenção a Israel na Faixa de Gaza, após o apelo europeu para pausas humanitárias imediatas, condenando também o movimento islamita Hamas por usar civis como "escudos humanos".

Pedimos a Israel que mostre a máxima contenção para salvar vidas civis. Condenamos a utilização pelo Hamas de pessoas e hospitais como escudos [humanos]", disse o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell.

Falando à chegada à reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, o responsável acrescentou que os 27 também manifestam "preocupação com a terrível situação dos hospitais que estão a ser fortemente afetados pelos bombardeamentos".

A posição surge dias depois de a Casa Branca ter anunciado que Telavive concordou com pausas humanitárias diárias de quatro horas nos seus ataques no norte da Faixa de Gaza.

No domingo, numa declaração em nome dos 27 chefes da diplomacia da União, Josep Borrell assinalou que a UE "está seriamente preocupada com o agravamento da crise humanitária em Gaza".

"A UE associa-se aos apelos a pausas imediatas nas hostilidades e à criação de corredores humanitários, nomeadamente através de uma maior capacidade nos postos fronteiriços e de uma rota marítima específica, para que a ajuda humanitária possa chegar em segurança à população de Gaza", exortou o Alto Representante da União.

Hoje, na chegada ao Conselho de Negócios Estrangeiros, Josep Borrell admitiu que "tem sido difícil" alcançar uma voz a 27 sobre o conflito entre Israel e o Hamas, nomeadamente "depois da votação nas Nações Unidas, em que os países [europeus] votaram de formas diferentes".

"Gaza precisa de mais ajuda de todos os pontos de vista - água, combustível, alimentos. Esta ajuda está disponível, está na fronteira, à espera de entrar", vincou.

Nas declarações, Josep Borrell pediu ainda que a UE "não se esqueça da Ucrânia [porque] a luta continua" após novos bombardeamentos.

De acordo com o responsável, o apoio europeu às autoridades ucranianas "está a aumentar".

"Posso dizer-vos que atingiu o nível de 27 mil milhões de euros de apoio militar e é o valor mais elevado alguma vez atingido. Continuamos a treinar soldados ucranianos, continuamos a apoiar a Ucrânia", concluiu.

Os chefes da diplomacia da União Europeia reúnem-se hoje para discutir a guerra da Ucrânia causada pela invasão russa e o conflito entre Israel e Hamas, numa altura em que a Comissão Europeia prepara novas sanções à Rússia.

Portugal estará representado na reunião pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.



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PRESIDENTE DA REPÚBLICA REGRESSA AO PAÍS PROVENIENTE DA ARÁBIA SAUDITA

 Presidência da República da Guiné-Bissau

O Presidente da República regressou hoje ao país, após uma viagem de trabalho a Riade, Arábia Saudita. Durante a sua estadia, destaca-se a participação na primeira Cimeira Arábia Saudita-África e na Cimeira Extraordinária Conjunta Árabe-Islâmica, convocada pela Organização de Cooperação Islâmica (OCI).

À margem das duas cimeiras, o Chefe de Estado encontrou-se com o Presidente de Transição do Gabão, General Brice Oligui Nguema e inaugurou a embaixada da Guiné-Bissau em Riade, aproveitando a oportunidade para se encontrar com a comunidade guineense residente em Riade.🇬🇼🇸🇦

PRS ACUSA SEGURANÇAS DO PR SISSOCO EMBALÓ DE TEREM ESPANCADO O DEPUTADO FARID FADUL

Por: Tiago Seide O DEMOCRATA  13/11/2023  

O Partido da Renovação Social (PRS) denunciou o espancamento do seu militante e dirigente, o deputado Farid Michel Tavares Fadul (Cuca Fadul) por agentes da segurança do perímetro da Presidência da República.

Em comunicado com a data de 12 de novembro de 2023, assinado pelo presidente Interino do PRS, Fernando Dias da Costa, o partido que integra o atual executivo lembra que forças da defesa e de segurança numa democracia e Estado de direito atuam como defensores de cidadãos e guardiões da legalidade e das instituições e não como praticantes de “atos criminais, bárbaros e que ferem de forma violenta os direitos humanos e as leis constitucionais”.

Por isso, o PRS condenou “com toda a veemência e energia” os atos de profunda violência e de espancamento praticados pela segurança do perímetro da Presidência da República contra o deputado Farid Michel Tavares Fadul, eleito no círculo eleitoral n°8.

Os renovadores exigiram do governo a assunção das suas responsabilidades, enquanto a entidade responsável pela garantia de segurança aos cidadãos, devendo instaurar competente processo para apurar as responsabilidades civil e disciplinar dos autores deste ato. 

“Exigir o engajamento do governo e da presidência da República na promoção de ações disciplinares que devem culminar no afastamento dos agentes implicados no caso, pois nenhuma instituição de defesa e segurança deve, em algum momento, ter agentes com comportamentos impróprios, inadequados aos princípios de um Estado de direito democrático” exigiu, alertando a opinião pública nacional e internacional sobre as consequências que um ato desta natureza poderão acarretar. 

Refira-se que a nova sessão parlamentar vai dar início esta terça-feira, 14 de novembro, para discutir, entre outros pontos, e aprovar o programa do governo e o Orçamento Geral do Estado para ano 2024.




domingo, 12 de novembro de 2023

ISRAEL: Chanceler alemão opõe-se a cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza

© Emmanuele Contini/NurPhoto via Getty Images

POR LUSA   12/11/23 

O chanceler alemão afirmou hoje que se opõe a um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, enquanto os apelos neste sentido estão a aumentar em todo o mundo, após os bombardeamentos do exército israelita.

"Admito francamente que não creio que os apelos a um cessar-fogo imediato ou a uma longa pausa - o que equivaleria quase à mesma coisa - sejam justos, porque isso significaria, em última análise, que Israel deixaria ao Hamas a possibilidade de recuperar e obter novos mísseis", disse Olaf Scholz durante um debate organizado por um diário regional alemão, o Heilbronner Stimme.

Por outro lado, o governante apelou a "pausas humanitárias".

Cinco semanas após o início da guerra, desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita, em 07 de outubro, os apelos a um cessar-fogo na Faixa de Gaza, bombardeada por Israel, continuam a crescer.

Ao opor-se, o chanceler alemão vai contra muitos países árabes e contra o Presidente turco, que deverá receber na próxima semana em Berlim.

Recep Tayyip Erdogan considerou hoje "vital" obter um cessar-fogo e instou o Ocidente a pressionar Israel a este respeito.

Olaf Scholz também se demarcou do Presidente francês, Emmanuel Macron, que na sexta-feira instou Israel a pôr fim aos seus bombardeamentos para poupar os civis em Gaza e afirmou que pretende trabalhar para um cessar-fogo para "proteger todos os civis que não têm nada a ver com terroristas".

O Ministério da Saúde do Hamas anunciou que pelo menos 11.078 pessoas, principalmente civis, incluindo 4.506 crianças, foram mortas em bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza desde o início da guerra desencadeada pelo ataque deste movimento contra Israel em 07 de outubro, que provocou 1.200 mortos, a maioria civis.



Leia Também: Netanyahu admite possibilidade de acordo para libertar reféns em Gaza

A Bancada parlamentar do PAI TERRA RANKA interpelou alguns membros do governo para inteirar-se das linhas defendidas pela coligação e que constam no programa do executivo.

Por: Mamadú Candé   Rádio Capital Fm   12.11.2023

O vice Coordenador do Movimento para Alternância Democrática G-15, Marciano Silva Barbeiro, garantiu que a sua formação política vai assumir posição clara face aprovação de programa e orçamento geral de estado do governo liderado por Geraldo Martins.

Por: Mamadú Candé  Rádio Capital Fm   12.11.2023

Ataque do Hezbollah deixa seis feridos em Israel e aumenta tensão com o Líbano

Ondas de fumaça saem das colinas de Ramim Ridge, na Alta Galileia, após uma troca de tiros entre Israel e o movimento libanês Hezbollah, perto de Moshav Margaliot, na fronteira de Israel com o Líbano, 11 novembro 2023. (Foto Jalaa Marey / AFP)

VOA Português

TELAVIVE — Radicais libaneses do Hezbollah dispararam mísseis antitanque contra uma comunidade israelita perto da fronteira entre os dois países neste domingo, 12, que deixaram trabalhadores de serviços públicos feridos, disseram autoridades de Telavive, sem dar mais detalhes.

A intensificação dos ataques do Líbano ameaça abrir uma segunda frente da guerra na região.

Israel disse que está a responder aos ataques.

A Israel Electric Corp. informou que trabalhadores da comunidade rural de Dovev ficaram feridos enquanto reparavam linhas danificadas por um ataque anterior.

A imprensa israelita informou que seis pessoas ficaram feridas, incluindo uma gravemente.

O Hezbollah confirmou ter lançado mísseis guiados contra uma “força logística pertencente ao exército de ocupação que estava prestes a instalar postes de transmissão e dispositivos de escuta e espionagem perto do quartel de Dovev”.

A nota acrescenta que os atacantes atingiram uma escavadeira militar israelita num ataque separado.

Pouco depois do ataque, sirenes de ataque aéreo foram ouvidas no norte de Israel.

A Rádio do Exército informou que outro míssil antitanque foi disparado do Líbano.

Este é o incidente mais grave envolvendo civis desde que um ataque aéreo israelita no sul do Líbano, a 5 de novembro, matou uma mulher e três crianças.

O exército israelita e os guerrilheiros do Hezbollah e seus aliados têm entrado em confronto ao longo da fronteira desde que a guerra entre Israel e o Hamas começou há cinco semanas, com uma incursão sangrenta no sul de Israel pelo grupo considerado terrorista pelos Estados Unidos e aliado do Hezbollah.


Embora em grande parte contidos, os confrontos aumentaram de intensidade à medida que Israel conduz uma ofensiva terrestre em Gaza contra o Hamas.

C/AP

PRESIDENTE DA REPÚBLICA PARTICIPA DA CIMEIRA EXTRAORDINÁRIA DA OIC SOBRE GAZA

 Presidência da República da Guiné-Bissau

O Presidente da República participou hoje da Cimeira Extraordinária Conjunta Árabe-Islâmica, convocada pela Organização de Cooperação Islâmica (OCI), em Riade, na Arábia Saudita, em reposta às circunstâncias excepcionais que ocorrem na Faixa de Gaza .

Os líderes de nações islâmicas convergiram para discutir estratégias cooperativas visando um apaziguamento eficaz do conflito Israel-Palestina. O debate abordou não apenas soluções imediatas, mas também iniciativas de longo prazo para promover a estabilidade e a paz duradoura em Gaza, refletindo o compromisso coletivo em enfrentar desafios humanitários e geopolíticos.🇬🇼🇸🇦


Polícia intervém em protestos pró-Israel na África do Sul

© ShutterStock

POR LUSA    12/11/23 

Cidade do Cabo, 12 nov 2023 (Lusa) -- A polícia interveio hoje com granadas de gás lacrimogéneo e canhões de água na Cidade do Cabo, na África do Sul, para controlar os confrontos entre manifestantes pró-Israel e pró-palestinianos.

Este foi o primeiro incidente do género registado na África do Sul desde 7 de outubro, dia em que começou o conflito entre Israel e o Hamas.

Manifestantes pró-Palestina, a usarem o lenço tradicional palestiniano (kufiya) e com bandeiras palestinianas, expulsaram hoje os apoiantes das orações por Israel, rasgaram os seus cartazes e ocuparam o espaço, relata a agência noticiosa francesa AFP.

A polícia interveio com canhões de água e lançou granadas de gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes, montando depois uma barreira policial.

Uma oração por Israel e pelos reféns do Hamas (organização classificada de terrorista pelos EUA, União Europeia e Israel), detidos em Gaza, seria organizada ao início desta tarde numa zona nobre da Cidade do Cabo, na costa atlântica, local de passeios familiares aos domingos.

Contudo, várias centenas de manifestantes pró-Palestina foram convidados para o evento, um dia depois de uma manifestação pró-Palestina que reuniu milhares de pessoas nas ruas da cidade portuária e turística, segundo jornalistas da AFP no local.

Numerosas manifestações de apoio a cada um dos dois campos foram organizadas durante as últimas semanas, nas principais cidades da África do Sul, onde o partido no poder, o ANC, tem sido um fervoroso defensor da causa palestiniana há décadas.

A África do Sul tem, por seu turno, a maior comunidade judaica da África subsaariana, que tem organizado vigílias e manifestações de apoio a Israel.

Outra franja mais discreta desta comunidade, muito à esquerda e que participou ativamente nas lutas contra o apartheid, manifesta-se, na maioria das vezes, ao lado da causa palestiniana, acrescentou a AFP.

As autoridades israelitas abriram hoje um novo corredor de evacuação de sete horas para facilitar a transferência da população entre as 09:00 e as 16:00 (hora local) para o sul da Faixa de Gaza.

O vice-ministro da Saúde do governo do Hamas em Gaza disse hoje que um ataque aéreo israelita "destruiu completamente" o prédio do departamento de doenças cardíacas do Hospital Al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza bombardeado e sitiado por Israel.

Após 36 dias de guerra, que começou a 07 de outubro com o ataque do Hamas ao território israelita, no qual morreram mais de 1.400 pessoas e mais de 240 foram raptadas de aldeias perto de Gaza, os bombardeamentos israelitas mataram já mais de 11.000 pessoas e feriram cerca de 27.500, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlada pelo grupo islamita.


Mais de 850 camiões de ajuda humanitária entraram na Faixa de Gaza

© MAHMUD HAMS/AFP via Getty Images

POR LUSA    12/11/23 

Mais de 850 camiões com ajuda humanitária entraram na Faixa de Gaza desde 21 de outubro, data em que a passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, foi aberta para permitir a primeira entrega de ajuda, avançaram as autoridades.

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), Jonathan Conricus, confirmou em conferência de imprensa que "a ajuda continua a ser entregue a Gaza".

"Continuamos a dar ajuda a Gaza. Não vem de Israel, mas facilitamos todos os dias. Há cada vez mais camiões a entrar na Faixa de Gaza. Até à data, entraram mais de 850 camiões", afirmou, desde que a passagem de Rafah foi aberta, em 21 de outubro, duas semanas depois do eclodir do conflito.

No entanto, os números da ONU sugerem que uma média de 700-800 camiões de ajuda humanitária entrava diariamente na zona antes do início da guerra.

Jonathan Conricus salientou que a entrega inclui alimentos, medicamentos, equipamento para refugiados, tendas, casas temporárias e água, entre outros.

"Os camiões podem não significar muito, mas estamos a falar de 6.000 toneladas de alimentos e 2.500 toneladas de diverso equipamento médico", acrescentou.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 37.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 11.000 mortos, cerca de 28.000 feridos, cerca de 2.500 desaparecidos, na maioria civis, e cerca de 1,5 milhões de deslocados, segundo as autoridades locais.



Leia Também: Gaza. Entram 81 camiões com ajuda e ambulâncias levam feridos para Egito

Hezbollah diz que vai usar novas "armas" para atacar território israelita

© Lusa

POR LUSA    11/11/23 

O líder do grupo libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, disse hoje que o seu movimento começou a usar novas armas nos ataques que realiza diariamente contra Israel desde o início da guerra em Gaza.

"Ao longo da última semana [...] houve um reforço da ação de resistência na frente libanesa, devido ao número de operações, ao número de objetivos visados e também às armas utilizadas", assegurou o chefe do grupo pró-iraniano.

"Pela primeira vez na história da resistência no Líbano, estamos a usar 'drones suicidas'", explicou Hassan Nasrallah, referindo-se aos ataques a alvos em Israel, num discurso televisionado.

O Hezbollah, acrescentou, também usou nos últimos dias, pela primeira vez, "mísseis Burkan, que podem transportar cargas explosivas de 300 a 500 quilos".

O líder do Hezbollah revelou que o movimento está preparado para enviar diariamente 'drones' de reconhecimento para o interior de Israel, "alguns dos quais chegam a Haifa, Acre e Safed".

Nasrallah também criticou os Estados Unidos, responsabilizando este país pela guerra entre Israel e o Hamas, e disse que Washington teria capacidade para impedir os excessos de Telavive nos ataques em Gaza.

Nos últimos dias, tem havido trocas diárias de tiros entre o Hezbollah e Israel na zona fronteiriça entre os dois países, no âmbito da guerra desencadeada pelos ataques perpetrados em 07 de outubro em solo israelita pelo grupo islamita Hamas.

Hassan Nasrallah acrescentou que o Hezbollah também usou foguetes Katyusha para bombardear o território israelita, em resposta às mortes de civis - uma mulher e as suas três netas - num ataque israelita em 05 de novembro no sul do Líbano.

Contudo, o líder libanês não assumiu a responsabilidade pelo ataque de 'drones' que atingiu a cidade de Eliat, no mar Vermelho, na quinta-feira.

Pelo menos 90 pessoas foram mortas no lado libanês durante confrontos transfronteiriços, a maioria delas combatentes do Hezbollah, enquanto seis soldados e dois civis foram mortos do lado israelita.



Leia Também: Presidente turco pede que seja investigado o arsenal nuclear israelita

sábado, 11 de novembro de 2023

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA INAUGURA EMBAIXADA DA GUINE-BISSAU NA ARÁBIA SAUDITA

O Presidente da República General Umaro Sissoco Embalo, inaugurou hoje a nova Embaixada da Guine-Bissau em Riade.

 Presidência da República da Guiné-Bissau

Países árabes dizem que não haverá paz sem um Estado palestiniano

© Lusa

POR LUSA  11/11/23 

Os países de maioria árabe, reunidos numa cimeira em Riade, disseram hoje que a criação de um Estado palestiniano independente é uma condição essencial para conseguir a paz e a segurança no Médio Oriente.

"A firmamos que nem Israel nem nenhum dos países da região desfrutarão de segurança e paz sem que os palestinianos a desfrutem e recuperem todos os seus direitos saqueados", pode ler-se num projeto de resolução final de uma cimeira que reuniu 57 países de maioria árabe em Riade.

O documento também responsabiliza Israel pela "continuidade do conflito e pelo seu agravamento" e considera a ocupação dos territórios palestinianos por Israel "uma ameaça à segurança e à estabilidade regional e internacional".

À margem da cimeira, o Presidente sírio, Bashar al-Assad, disse que o grupo islamita Hamas impôs uma "nova realidade" à região, com o seu ataque a Israel, em 07 de outubro, "abrindo portas políticas que estavam fechadas há várias décadas".

Bashar al-Assad afirmou ainda que esta oportunidade deve ser aproveitada para uma clarificação política pelos países da região, elogiando a coragem do movimento palestiniano.

"Com a nova realidade imposta pela corajosa resistência palestiniana na nossa região, temos estas ferramentas. Vamos aproveitá-las e aproveitar a transformação global que nos abriu portas políticas que estavam fechadas há décadas", defendeu Al Assad, que participou na cimeira de países árabes.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 36º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 11.000 mortos, cerca de 28.000 feridos, cerca de 2.500 desaparecidos, na maioria civis, e cerca de 1,5 milhões de deslocados, segundo as autoridades locais.



Apresentação de Resoluções finais da IV Reunião Extraordinária do Bureau Político do PAIGC


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