BRAIMA CAMARÁ É DE FACTO O LÍDER INCONTESTAVEL É CONDUTOR DE MASSAS.
BEM-HAJA BÁ DI POVO - MADEM-G15
Por Rogerio Dias
BRAIMA CAMARÁ É DE FACTO O LÍDER INCONTESTAVEL É CONDUTOR DE MASSAS.
Por Rogerio Dias
© Presidência da República da Guiné-Bissau
POR LUSA 09/07/23
A situação no Mali, Burkina Faso e Guiné-Conacri, segurança e terrorismo, e economia são alguns dos temas que vão hoje dominar a 69.º Cimeira da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que se realiza em Bissau.
Em agenda estará também a escolha da nova presidência rotativa, que, segundo o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, deverá ser entregue à Nigéria.
A Guiné-Bissau presidiu à CEDEAO desde julho de 2022.
O Burkina Faso, o Mali e a Guiné-Conacri foram suspensos pela CEDEAO após sucessivos golpes militares em 2020, 2021 e 2022.
Em fevereiro, a CEDEAO decidiu manter as sanções existentes contra os três países e impor proibições de viagem a membros do Governo e outros funcionários.
Nestes três países, o retorno à ordem constitucional é teoricamente esperado em 2024 no Mali e no Burkina Faso, e em 2025 na Guiné-Conacri.
Em relação à segurança e terrorismo, os chefes das Forças Armadas da CEDEAO realizaram dois encontros, o último dos quais em março de 2023, para traçar planos para a constituição de uma base sólida para o combate aos grupos e ações terroristas e as alterações à ordem constitucional, que poderá passar pela criação de uma força específica para o efeito.
Segundo o presidente Umaro Sissoco Embaló, poderá sair já desta cimeira uma decisão definitiva sobre a criação de uma força.
A CEDEAO, atualmente presidida pelo chefe de Estado guineense, é composta por 15 países, incluindo, além dos lusófonos Guiné-Bissau e Cabo Verde, Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Conacri, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Serra Leoa, Senegal e Togo.
© Getty Images
POR LUSA 09/07/23
O Ministério da Defesa de Taiwan detetou hoje dez caças e seis navios de guerra do exército chinês nas imediações da ilha.
Quatro aviões atravessaram o espaço aéreo a sudoeste, pelo que as forças armadas de Taiwan controlaram a situação e responderam com o destacamento de aviões, navios e sistemas de mísseis terrestres, indicou o Ministério da Defesa na rede social Twitter.
A escalada da tensão na região começou com a viagem à ilha da então presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos Nancy Pelosi, em agosto do ano passado, e a situação agravou-se na sequência da visita da líder taiwanesa, Tsai Ing-wen, aos EUA, onde se reuniu com vários congressistas norte-americanos, apesar dos avisos de Pequim.
Taiwan tem um governo independente desde 1949, mas a China considera o território sob a sua soberania e a sua política fundamental em relação à ilha é de reunificação pacífica, ao abrigo do princípio "um país dois sistemas", embora não exclua o uso da força face a "tentativas de independência".
© Lusa
POR LUSA 09/07/23
As autoridades japonesas recomendaram hoje a mais de 370 mil residentes, no sudoeste do Japão, para saírem das suas casas, devido à chuva torrencial.
A frente de chuva que tem afetado a metade sul do arquipélago japonês causou estragos particularmente significativos na prefeitura de Shimane, onde foram registados 20 transbordamentos de rios e 15 incidentes de aluimento de terras.
As autoridades locais pediram a mais de 370 mil pessoas de duas localidades da província que abandonassem as suas casas e se dirigissem a centros de acolhimento, além de recomendar a suspensão de comboios regionais e de alta velocidade.
De acordo com a Agência Meteorológica do Japão (JMA), foram registados mais de 100 milímetros de precipitação na região no espaço de seis horas.
A polícia e os serviços de socorro estão à procura de possíveis passageiros de um veículo que foi arrastado por um rio, noticiaram os meios de comunicação social locais.
As condições meteorológicas também perturbaram os comboios de alta velocidade entre as estações de Hiroxima e Hakata, no sudoeste do país, de acordo com a operadora.
A JMA alertou para o risco de inundações contínuas, aluimentos de terra e outros incidentes relacionados com as chuvas torrenciais previstas para todo o domingo nas regiões oeste, sudoeste e centro do país.
© Shutterstock
POR LUSA 08/07/23
Pelo menos 14 pessoas morreram e três estão desaparecidas em Abidjan, capital económica da Costa do Marfim, na sequência das fortes chuvas de quinta-feira à noite, anunciaram hoje fontes policiais.
As mortes ocorreram nos bairros de Yopougon e Attécoubé e a maioria foi causada por deslizamentos de terras, segundo informações avançadas pela polícia local e citadas pela agência espanhola EFE.
As notícias dão conta da morte de quatro elementos da mesma família - uma avó, a filha e os dois netos de 10 e 3 anos - que viviam na mesma casa e cujas paredes cederam devido a um deslizamento de terras, segundo informações prestadas por um familiar das vítimas.
Um outro familiar de uma mulher de 22 anos, que morreu na derrocada enquanto dormia, disse estar em choque.
Já no mês passado, cinco membros da mesma família (um casal e os três filhos) morreram depois de um deslizamento de terras ter atingido a sua casa.
Segundo o Observatório da Solidariedade e da Coesão Social, um organismo governamental de vigilância e alerta, as chuvas que começaram no país em março têm vindo a intensificar-se desde o final de maio.
Em comunicado, o Observatório destacou ainda o elevado número de crianças vítimas das chuvas nesta época: 15 crianças mortas e duas feridas de janeiro até ao início de junho.
Por VOA Português 08/07/23
Presidente da Giné-Bissau termina no domingo o seu mandato à frente da CEDEAO na Cimeira de Bissau
BISSAU — O Chefe de Estado da Guiné-Bissau não concorre a um segundo mandato à frente da Presidência em exercício da Comunidade Económica dos Estados Unidos da África Ocidental (CEDEAO) na cimeira de Chefes de Estado e de Governo da organização que se realiza neste domingo, 9, em Bissau.
Em entrevista à Voz da América na sexta-feira, 7, a ministra de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Suzi Barbosa, disse que Umaro Sissoco Embaló não seria canidato a um segundo mandato devido ao que "ele chama de Princípio de Bissau, ao defender que cada país deve ter apenas um mandato para prevenir a rotatividade".
Entretanto, em Bissau, o Presidente guineense admitiu que a sua decisão de não concorrer prende-se com o facto de agora ter de coabitar com o PAI-Terra Ranka, vencedora das eleições legislativas de 4 de Junho.
“Podia não ter nada a ver, mas por uma questão de ocorrência decidi não fazê-lo”, disse Sissoco Embaló a jornalistas na sexta-feira, 7, sustentando a sua posição com a necessidade de ser necessária uma cumplicidade entre o Presidente e o Governo, sobretudo a nível do que chamou de “ministros tutelais”, nomeadamente dos Negócios Estrangeiros, das Finanças, da Justiça, da Defesa e do Interior.
Ele reiterou que vai para uma coabitação e garantiu que não pediu ministérios, o que a priori não lhe dará uma garantia total de junção de interesses.
“Vou para uma nova era de coabitação em que não tenho maioria, não vou pedir pastas nem nada. O povo é soberano, já decidiu e ponto final. Tem que deixar o partido vencedor mostrar ao povo o que pode".
Umaro Sissoco Embaló sublinhou, no entanto, que "haverá uma coabitação sã e sincera, mas nunca abdicarei do meu papel de fiscalizador".
"Que fique claro que o Presidente da República é Presidente da República”, disse o Presidente em Safim, arredores de Bissau, no lançamento da primeira pedra do projecto imobiliário do Instituto Nacional de Segurana Social.
"Guiné-Bissau está de parabéns"
Em tempos de balanço, e em resposta a perguntas dos jornalistas, Sissoco Embaló disse que a Guiné-Bissau está de parabéns.
"Conseguimos restaurar a nossa autoestima e dignidade. Este sim é que é o Estado, não aquele banalizado, em que os embaixadores faziam tudo o que lhes apetecia, inclusive iam às reuniões do Conselho de Ministros, não”, afirmou o Presidente que destacou ainda as medidas de austeridade tomadas pelo Governo, alinhadas com o Fundo Monetário Internacional que vão dar resultados.
"Um dia, os cidadãos que nos têm criticado sentirão os frutos dessas medidas”, concluiu.
Os 15 Estados membros da CEDEAO escolhem no domingo o país que vai presidir a organização e aprovaam uma declaração que deve marcar os próprios passos.
Os dirigentes políticos e económicos presentes na Conferência Extraordinária dos Chefes de Estado e Governo da UEMOA refletiram sobre o dossier específico da evolução recente da situação financeira da União e suas perspetivas. Analisaram também a nota apresentada para decisão sobre o processo de elaboração da visão perspetiva para 2040.
Radio Voz Do Povo
Prigozhin (Imagem AP)
Por Agência Lusa, 08/07/23
Líder do Grupo Wagner explicou ainda que, após as férias, começará o trabalho de transferência dos mercenários para a Bielorrússia
O líder do Grupo Wagner, Yevgueni Prigozhin, ordenou férias aos seus mercenários até ao início de agosto, após a fracassada rebelião em junho passado, disse um dos comandantes da companhia militar privada a um jornalista russo.
"Fomos todos de férias até ao início de agosto, há muitas tarefas pela frente que precisam ser resolvidas, então Yvgeny Viktorovich [Prigozhin] decidiu deixar todos descansarem", disse Anton Yelizarov ao jornalista Timofey Ermakov, de acordo com contas do Telegram ligadas a blogues militares atualizadas este sábado.
"Pessoalmente, não vou ao mar com a minha família há cinco anos, outras pessoas agora também estão imersas nos assuntos familiares. Para dar a todos a oportunidade de descansar do grande trabalho que temos que fazer, foi tomada esta decisão pelo conselho de comandantes [do Grupo Wagner]”, observou o militar, conhecido como "Lotus".
A conversa aconteceu numa pastelaria no sul da Rússia, onde o jornalista conheceu Yelizarov por acaso. O comandante explicou que, após as férias, começará o trabalho de transferência dos mercenários para a Bielorrússia, no âmbito do acordo firmado com o Kremlin, sob mediação do Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, para impedir a rebelião armada em troca da anulação de processos criminais.
"Primeiro precisamos incutir sangue novo. A segunda coisa e mais difícil é o acesso à Bielorrússia. Temos que preparar bases, campos de treino, coordenar com os governos e administrações locais, organizar a interação com a aplicação da lei bielorrussa e estabelecer a logística", prosseguiu.
"Há muito trabalho e as tarefas não são fáceis, mas quanto mais difícil a tarefa, mais interessante ela é. Acho que podemos fazê-las", disse Yelizarov.
Esta semana, Lukashenko disse que Prigozhin, que deveria exilar-se na Bielorrússia, estava em São Petersburgo e os seus mercenários nas suas bases na Rússia.
Segundo o líder bielorrusso, o problema da transferência dos mercenários ainda não foi resolvido e a empresa militar tem uma visão "diferente" da sua futura missão, que consistiria em treinar e assessorar o Exército.
De qualquer forma, disse, a relação com o Grupo Wagner e a Bielorrússia será definida por lei ou por decreto presidencial.
O comandante de Wagner também disse que está a acompanhar a situação na Ucrânia e está "preocupado com o que está a acontecer”.
"Mas, quando eles não te ouvem, eles ignoram todas as propostas e formas de resolver os problemas, mesmo quando falamos sobre isso com o mundo inteiro, então provavelmente é melhor afastarmo-nos e observar o que acontece de fora", disse “Lótus".
"Embora seja muito ofensivo e doloroso quando há propostas e oportunidades para resolver o problema e elas são atiradas fora, como os nossos sábios ancestrais costumavam dizer, esperemos para ver. E ficaremos de lado e assistiremos em silêncio", prosseguiu.
No entanto, observou que, se os mercenários forem chamados para ajudar a pátria pelo povo russo, eles estão prontos para fazê-lo.
O Grupo Wagner, liderado por Prigozhin, iniciou na noite de 23 para 24 de junho uma rebelião com a captura sem resistência da cidade russa de Rostov, sede do comando sul do Exército, com a intenção de se dirigir a Moscovo para afastar as lideranças militares em resposta a um alegado bombardeamento contra os soldados mercenários na Ucrânia.
Em pleno conflito com o Kremlin e a 200 quilómetros da província de Moscovo, uma coluna militar do Grupo Wagner deu meia-volta, na tarde de 24 de junho, após mediação do Presidente bielorrusso, num acordo para travar a revolta, amnistiar os mercenários e enviar Prigozhin e alguns dos seus homens para o exílio na Bielorrússia, e oferecendo a outros a possibilidade de serem integrados nas forças regulares da Rússia.
O grupo Wagner esteve na linha da frente desde o início da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, tendo assumido protagonismo na conquista de Bakhmut, na província de Donetsk (leste), na mais longa e sangrenta batalha desta guerra, à custa de elevadas baixas, entre acusações abertas de Prigozhin de falta de apoio militar por parte de Moscovo.
Notícias ao Minuto 08/07/23
A ilha esteve sob controlo russo durante quatro meses. Entretanto, as tropas de Putin retiraram-se e a Ucrânia retomou-a.
É um dos maiores símbolos da resistência ucraniana desde a invasão da Rússia em fevereiro do ano passado. Este sábado, quando se assinala o 500.º dia de guerra, o presidente Volodymyr Zelensky decidiu visitar a Ilha da Serpente.
"A ilha livre da Ucrânia. Sou grato a todos os que lutaram aqui contra os ocupantes. Comemoramos os heróis que deram as suas vidas nesta batalha – uma das mais importantes durante a guerra em grande escala. Glória a todos os que lutam pela segurança do nosso Mar Negro", escreveu o líder ucraniano numa publicação na rede social Twitter, a qual é acompanhada por um vídeo do momento da visita.
Entretanto, o chefe do gabinete da presidência ucraniana, Andriy Yermak, também destacou a visita da equipa à Ilha da Cobra, revelando fotografias desse momento.
"A noite é sempre mais escura antes do amanhecer. Este amanhecer na Ilha das Cobras foi inspirador. Junto com o presidente e equipa, visitámos o local da vitória. A Ilha da Serpente é um símbolo da invencibilidade da Ucrânia. Vamos ter tudo de volta", escreveu Yermak numa publicação na rede social Twitter.
De recordar que as forças russas tomaram o controlo da pequena ilha rochosa em 24 de fevereiro de 2022, o dia em que Moscovo lançou a invasão contra a Ucrânia, na esperança aparente de a usar como base para um assalto a Odessa, o maior porto ucraniano e quartel general da Armada.
A ilha ganhou um significado lendário para a resistência ucraniana à invasão russa quando as tropas ucranianas receberam ordens de um navio russo para se renderem ou seriam bombardeadas, recusando-as categoricamente.
A Ucrânia tem celebrado o episódio com fervor patriótico, emitindo um selo postal comemorativo.
Os defensores da ilha foram capturados pelos russos, mas libertados mais tarde, numa troca de prisioneiros.
Depois da tomada da ilha, os militares ucranianos bombardearam fortemente a pequena guarnição russa, forçando os russos a recuar em 30 de junho de 2022. retirada russa reduziu a ameaça de um ataque por mar a Odessa e ajudou a abrir caminho para um acordo de exportação de cereais ucranianos.
"Que a liberdade que todos os nossos heróis, em diferentes momentos, desejaram para a Ucrânia e que deve ser conquistada agora, seja um tributo a todos os que deram a vida pela Ucrânia", declarou Zelensky.
"Vamos decididamente ganhar", vaticinou.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
© Shutterstock
POR LUSA 08/07/23
Analistas internacionais consideram que a missão de sete países africanos à Ucrânia e Rússia levantou questões sobre a relevância da União Africana (UA) na diplomacia de crise fora de África e contradiz os apelos a posições comuns africanas.
"Os apelos regulares a posições comuns africanas ao reforço das relações entre a UA e a Organização das Nações Unidas (ONU) e à sua representação no G20 estão em contradição com este estilo 'ad hoc' de diplomacia pan-africana", sustentam dois analistas do Instituto de Estudos de Segurança (ISS, na sigla em inglês).
Com África a tornar-se uma "arena de competição geopolítica", a missão foi importante e representou uma mudança radical na diplomacia do continente em crises de segurança não africanas, sustentam os investigadores Hubert Kinkoh e Ueli Staeger.
Mas "organizar a mediação fora dos quadros da UA levanta questões sobre a relevância e a posição do organismo continental em intervenções diplomáticas de alto nível" e crises fora de África, insistem.
Os investigadores questionam se a delegação agiu em nome do continente ou contribuiu para os interesses da África do Sul, com o seu Presidente, Cyril Ramaphosa, a liderar o grupo que incluiu os presidentes do Senegal, das Comores e da Zâmbia, juntamente com o primeiro-ministro do Egito e enviados da República do Congo e do Uganda.
Este episódio, dizem os analistas do ISS, evidencia que a dinâmica geopolítica e os impactos da guerra Rússia-Ucrânia em África levam "à necessidade de redefinir o mandato do Conselho de Paz e Segurança da UA", interpretado como limitado a África, no que diz respeito à diplomacia de crise não africana.
Sem a legitimidade política que uma iniciativa liderada pela UA teria proporcionado, a missão de paz de junho de 2023 ficou ainda vulnerável a acusações de parcialidade, escrevem Hubert Kinkoh, investigador na área da governação africana, paz e segurança, do ISS e Ueli Staeger, da Universidade de Genebra e Instituto Universitário da ONU.
Isto porque, "apesar da sua posição não alinhada, quatro das nações envolvidas (Egito, África do Sul, República do Congo e Uganda) se voltam para a Rússia", em contraste com "a Zâmbia e as Comores que estão mais alinhadas com o Ocidente".
A missão africana não forneceu um roteiro para a mediação além da viagem única e, olhando para iniciativas de outros países, como a Turquia, os analistas concluem que tinha poucas hipóteses de aproximar as posições da Ucrânia ou da Rússia.
© Gallo Images / Orbital Horizon/Copernicus Sentinel Data 2019
POR LUSA 08/07/23
O Ministério da Defesa de Taiwan detetou hoje, ao início da manhã, 13 aviões de combate e seis navios de guerra do exército chinês nas imediações da ilha.
Quatro aviões atravessaram o espaço aéreo a sudoeste, pelo que as forças armadas de Taiwan controlaram a situação e responderam com o destacamento de aviões, navios e sistemas de mísseis terrestres, indicou o Ministério da Defesa na rede social Twitter.
A escalada das tensões na região começou com a viagem à ilha da então presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos Nancy Pelosi, em agosto do ano passado, e a situação agravou-se na sequência da visita da líder taiwanesa, Tsai Ing-wen, aos EUA, onde se reuniu com vários congressistas norte-americanos, apesar dos avisos de Pequim.
Taiwan tem um governo independente desde 1949, mas a China considera o território sob a sua soberania e a sua política fundamental em relação à ilha é de reunificação pacífica, ao abrigo do princípio "um país dois sistemas", embora não exclua o uso da força face a "tentativas de independência".
© Getty Images
POR LUSA 08/07/23
O embaixador da Rússia nos Estados Unidos, Anatoli Antonov, considerou a decisão de enviar bombas de fragmentação para a Ucrânia como mais uma provocação dos EUA que "aproxima a humanidade de uma nova guerra mundial".
Antonov descreveu a ação dos EUA como um "gesto de desespero", mostrando que os EUA "e os seus satélites se aperceberam da sua impotência".
Neste sentido, o representante russo denunciou "a brutalidade e o cinismo" das autoridades norte-americanas ao abordar "a questão do fornecimento de armas letais a Kiev".
O embaixador russo disse que "as provocações dos EUA estão realmente fora de escala" e Washington está "tão obcecado com a ideia de derrotar a Rússia que não se apercebe da gravidade das suas ações".
A interferência da potência ocidental "só causa mais vítimas e prolonga a agonia do regime de Kiev", lê-se num comunicado divulgado pela embaixada russa na plataforma Telegram, na sexta-feira.
A Rússia também denunciou que os Estados Unidos "ignoraram as opiniões negativas dos aliados sobre os perigos do uso indiscriminado de munições de fragmentação", assim como "fecharam os olhos às vítimas civis".
No entanto, Antonov garantiu que o fornecimento de armas ocidentais "não impedirá de forma alguma a realização dos objetivos da operação militar especial destinada a erradicar as ameaças à segurança da Federação Russa, incluindo o nazismo alimentado na Ucrânia".
O Presidente dos EUA disse que foi "difícil", mas necessária, a decisão de enviar bombas de fragmentação para a Ucrânia, como parte do novo pacote de ajuda militar, justificado por "os ucranianos estão a ficar sem munição".
Numa entrevista à cadeia de televisão CNN, Joe Biden indicou que a decisão foi acertada com os aliados, apesar das reservas da Alemanha e das críticas da organização não-governamental Human Rights Watch (HRW).
As bombas de fragmentação foram proibidas em mais de uma centena de países devido ao risco de causar danos a civis, uma vez que muitos subprojéteis lançados não explodem, podendo permanecer enterrados no solo e serem acionados facilmente.
A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia foi justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, invasão condenada pela comunidade internacional que tem respondido com envio de armamento, além da imposição de sanções políticas e económicas à Rússia.
Mais de nove mil civis, incluindo 500 crianças, foram mortos desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro de 2022, disse a Missão de Monitorização dos Direitos Humanos da ONU na Ucrânia, num comunicado divulgado na sexta-feira, dia em que os combates ultrapassaram a marca dos 500 dias.
© Lusa
POR LUSA 07/07/23
A entrega à União Africana (UA) de um lugar no G20 permitiria reparar uma "injustiça", considerou hoje, em Aix-en-Provence, o presidente senegalês, Macky Sall, que apelou também a aumentar a solidariedade dos países desenvolvidos para com os pobres.
"A África no seu conjunto está no oitavo lugar em termos de produto interno bruto" (PIB), disse Sall, que discursava, por videoconferência, no quadro dos Encontros Económicos de Aix, no sul de França.
"Hoje, admitir o continente enquanto União Africana" no seio do G20 [Grupo dos 20, que junta as 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia] permitiria reparar uma "injustiça", prosseguiu o chefe de Estado do Senegal e antigo presidente da UA.
"Há avanços na medida em que o conjunto dos membros do G20 deram o seu acordo para que África obtenha este lugar permanente", possibilidade que Macky Sall espera ver concretizada durante a próxima cimeira do G20, na Índia, no final deste ano.
Agora, apenas um Estado africano, a África do Sul, tem assento enquanto membro permanente no G20, que representa mais de 80% do PIB mundial.
Também presente hoje em Aix-en-Provence, a antiga diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) e atual presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, defendeu o aumento do peso de África naquela instituição.
"Os países africanos têm dois lugares no [conselho de administração do] FMI, três no Banco Mundial", recordou.
"O terceiro lugar representando os países africanos no FMI deveria ser concebido no futuro próximo", considerou, enquanto recordava que a decisão pertence aos 190 "Estados membros" do FMI. O conselho de administração do FMI tem 24 diretores.
Por seu lado, Macky Sall apelou ainda ao aumento de reafetação dos direitos de saque especiais [DSE, uma espécie de moeda de reserva] dos Estados ricos em favor dos pobres.
No final de junho em Paris, os Estados desenvolvidos atingiram o seu objetivo de redirigir 100 mil milhões de dólares dos seus DSE para os Estados pobres, para financiar em particular o desenvolvimento e a transição climática.
"As necessidades são tão grandes para o conjunto dos países em desenvolvimento, que os 100 mil milhões de DSE não chegam, apesar de ser um balão de oxigénio importante", acrescentou Macky Sall.
Presidência da República da Guiné-Bissau
O dia de hoje ficará gravado na história do nosso país.
Com efeito, a realização do “Projecto Imobiliário INSS/Safim”, através do INSS , em parceria com o Banco Atlantique e a Sociedade SIMMO LUXURY, vai contribuir para uma mudança qualitativa importante das condições de habitação das nossas populações.
O Instituto Nacional de Segurança Social que, é o promotor deste projeto, vai poder criar uma nova fonte de receitas e garantir o aumento das pensões dos reformados, bem como a melhoria das suas prestações em geral.
Enquanto Presidente da República, estarei sempre disponível para apoiar na concretização de mais projetos sociais deste natureza, animado da mesma vontade de tudo fazer para criar melhores condições de vida e o bem-estar do povo da Guiné-Bissau.
Aproveito esta ocasião para encorajar o Senhor Director-Geral do INSS e a sua equipa, a Empresa SIMMO LUXURY e todas as pessoas envolvidas, à não pouparem esforços, a fim de garantir a concretização desse Projecto Imobiliário que, contempla diferentes tipos de habitações, com os serviços básicos que o Estado garante ao cidadão, nomeadamente infra-estruturas sanitárias, educacionais, espaços de lazeres etc…
Trate-se de um investimento necessário e viável , destinado a satisfazer a procura de habitações modernas e de qualidade, por parte de cidadãos que vivem no território nacional, bem como na Diáspora.
Em três anos, demostramos ser possível, juntos, construímos uma outra Guiné-Bissau.
Várias são as obras iniciadas e concluídas, com centenas de quilómetros de estradas , infraestruturas administrativas e educativas totalmente reabilitadas, tais como o Liceu Kwame Nkrumah e o Complexo “Cimeira dos 5” , onde será instalada a Escola Francesa.
Todas estas realizações têm como único propósito, promover e servir o interesse colectivo, com determinação e redobrada energia, como temos feito, desde a nossa eleição na qualidade de Supremo Magistrado da Nação.
A comunidade local, convido a máxima colaboração na proteção e conservação destas infra-estrutural, porque os cidadãos residentes nesta zona serão os principais beneficiários destes importantes investimentos.
Muito Obrigado
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POR LUSA 07/07/23
Pelo menos três pessoas morreram num ataque ocorrido quinta-feira contra uma coluna logística da missão das Nações Unidas no Mali (Minusma), anunciou hoje o contingente da organização.
Segundo a Minusma, na rede social Twitter, uma das suas colunas foi alvo de dois ataques na quinta-feira na zona de Ansongo, no leste do país.
O primeiro dos ataques provocou "três mortos e 11 feridos civis, dois dos quais ficaram em estado grave".
Os 'capacetes azuis', salienta-se na mensagem, "responderam aos dois ataques sem perdas".
A Minusma está a tratar da sua saída do país, o que deverá ocorrer antes do final do ano, em resultado da recente escalada das tensões políticas com o Governo maliano.
No final de junho, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução que estabeleceu o fim da Minusma, que conta atualmente com cerca de 13.000 'capacetes azuis'.
A junta militar do Mali, chefiada por Assimi Goita, tinha exigido a partida "imediata" das tropas e recebeu esta semana o plano de retirada da Minusma.
As relações de Bamaco com a Minusma foram afetadas por um relatório da ONU sobre o massacre de mais de 500 pessoas em março de 2022 na cidade de Moura (centro), que apontava o exército maliano como o principal responsável.
O governo rejeitou "firmemente" o relatório e afirmou que as imagens de satélite obtidas pelos investigadores constituem um crime de "espionagem".
Nos últimos meses, Goita já tinha colocado a Minusma no centro das atenções, apelando a uma maior cooperação com o exército na realização das suas operações contra a ameaça terrorista, especialmente dos movimentos ligados à Al-Qaida e ao grupo extremista Estado Islâmico.
A missão tem 'capacetes azuis' destacados no país desde 2013, embora as relações se tenham deteriorado na sequência dos golpes de Estado liderados por Goita em agosto de 2020 e maio de 2021 e dos adiamentos da junta para o estabelecimento de um calendário eleitoral para uma transição democrática.
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POR LUSA 07/07/23
As autoridades nigerianas confirmaram hoje um surto de difteria na capital, Abuja, após a recente morte de um rapaz de 4 anos, em pleno pico de infeções com quase 800 casos confirmados até agora este ano.
O Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (NCDC, na sigla em inglês) indicou que o sistema de gestão de incidentes de difteria foi ativado "para coordenar as atividades de resposta", o que inclui o reforço dos esforços para detetar possíveis infeções e campanhas de sensibilização.
Desde dezembro de 2022, foram confirmados 798 casos em oito estados do país, com um total de 80 mortes, dos quais 782 em Kano (norte), o estado mais afetado.
Cerca de 71,7% dos casos foram detetados em crianças com idades compreendidas entre os 2 e os 14 anos.
A difteria é uma doença infecciosa causada pela bactéria 'corynebacterium diphtheria', que infeta principalmente a garganta e o trato respiratório superior e produz uma toxina que afeta outros órgãos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
A OMS refere que a toxina "pode, em casos graves, causar miocardite ou neuropatia periférica" e acrescenta que "a doença é transmitida através do contacto físico direto ou da inalação de secreções em aerossol provenientes da tosse ou espirros de indivíduos infetados".
© Shawn Thew/EPA/Bloomberg via Getty Images
POR LUSA 07/07/23
Os Estados Unidos fornecerão munições de fragmentação ('cluster') à Ucrânia, confirmou hoje a Casa Branca, ultrapassando uma barreira importante no tipo de armamento oferecido a Kyiv para se defender da Rússia.
"É uma decisão difícil, adiámo-la" por algum tempo, mas era "a coisa certa a fazer", disse o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, em conferência de imprensa.
Sullivan afirmou que o Presidente norte-americano, Joe Biden, tomou a decisão em consulta com aliados e após uma "recomendação unânime" da sua administração.
O conselheiro assegurou ainda que os ucranianos deram garantias "por escrito" sobre a utilização que darão a estas armas para minimizar "os riscos que representam para os civis".
A decisão surge apesar das preocupações generalizadas de que as controversas munições de fragmentação possam causar vítimas civis.
Sullivan disse que as munições que os Estados Unidos entregarão à Ucrânia têm uma taxa de não explosão - ou seja, as que permanecem no solo e por detonar -- inferior a 2,5%, indicando que haverá muito menos cartuchos não detonados que podem resultar em mortes não intencionais de civis.
Por outro lado, as bombas de fragmentação que a Rússia supostamente usou têm uma taxa de não explosão de 30 a 40%, de acordo com Sullivan.
Mais de uma centena de países, incluindo membros da NATO como a França e a Alemanha, opõem-se ao uso de bombas de fragmentação e ratificaram a Convenção sobre Munições de Fragmentação, da qual a Ucrânia, a Rússia e os Estados Unidos não fazem parte.
Sullivan também indicou que a Ucrânia não se deverá juntar à NATO no final da cimeira de Vilnius, marcada para a próxima semana, mesmo que essa questão seja levantada durante o evento.
Kiev "ainda tem muitas etapas a percorrer antes de se tornar um membro" da Aliança Atlântica, disse.
Antes da confirmação por parte da Casa Branca, o secretário-geral da ONU, António Guterres, manifestou-se hoje contra o uso de munições de fragmentação.
"O secretário-geral apoia a Convenção sobre Munições 'Cluster', que, como sabem, foi adotada há 15 anos. Ele quer que os países atuem de acordo com os termos dessa convenção. E, como resultado, é claro, ele não quer que haja um uso contínuo de munições 'cluster' no campo de batalha", disse o vice-porta-voz de Guterres, Farhan Haq, no seu 'briefing' diário à imprensa.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).